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http://repositorio.febab.org.br/files/original/49/6005/SNBU2012_144.pdf
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Educação de usuários e competências informacionais
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Trabalho completo
SERViÇOS DA BIBLIOTECA NA WEB 2.0 : UM ESTUDO DE CASO
DOS TUTORIAIS EM VíDEO DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
NO SITE YOUTUBE.COM
Diego Fabrízio Kroth" Marcelo Votto Teixeira2, Marcos Leandro Freitas
Hübner3
1 Bacharel
em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS,
Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
2Bacharel em Biblioteconomia pela Fundação Universidade do Rio Grande - FURG, Especialista em
Didática e Metodologia para o Ensino Superior pela Universidade Anhanguera Educacional,
Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
3Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade de Caxias do Sul, Mestrando em
Educação pela Universidade de Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul , Rio Grande do Sul.
Resumo
Neste estudo de caso são apresentados os principais processos envolvidos na
disponibilização de tutoriais em formato de vídeo pelo Sistema de Bibliotecas da
Universidade de Caxias do Sul. Apresentam-se os contrastes existentes entre
tutoriais estáticos e tutoriais em vídeo, a autonomia fornecida por estes tutoriais aos
usuários e as decorrentes alterações nos treinamentos realizados pela biblioteca .
Valendo-se de embasamentos teóricos, são discutidos os detalhes envolvidos no
processo de formulação dos tutoriais, edição dos vídeos e a disponibilização na web.
Os autores elucidam os motivos que os levaram a escolha do software Camtasia
Studio para a edição dos tutoriais, bem como, a decisão de disponibilizá-los no site
de compartilhamento de vídeos Youtube. São listados os tutoriais já disponibilizados
na web e relatado os impactos e a reformulação da imagem da biblioteca, perante a
comunidade acadêmica, obtidos a partir deste novo serviço.
Palavras-Chave:
Tutoriais em vídeo; Web. 2.0; Youtube; Biblioteca universitária; Sistema de
Bibliotecas da Universidade de Caxias do Sul.
Abstract
In this case of study the main processes involved in videos tutoriais available through
Libraries System of Caxias do Sul University are presented . Presents contrasts
between statics tutoriais and video tutorial , the autonomy given by these tutoriais to
users and the resulting changes in training conducted by the library. Drawing on the
theoretical basis, details involving in the process of formulation of tutoriais, videos
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editing and availability on the web are debated. The authors elucidate the reasons
why they have chosen Camtasia Studio software to tutorial edition , as well as the
decision to make them available on the website Youtube. Tutoriais already available
on the web are listed and it is reported their impact and the reformulation of library's
image before the academic community obtained after this new service.
Keywords:
Video tutoriais; Web. 2.0; Youtube; University Library; Libraries System of
Caxias do Sul University.
1 Introdução
Atualmente, é muito comum aos bibliotecários ministrarem oficinas e/ou
treinamentos sobre os principais serviços oferecidos nas bibliotecas universitárias. O
treinamento de usuários ocorre, geralmente, no próprio espaço físico das bibliotecas
que, por vezes, não possuem recursos humanos e estrutura física para uma alta
demanda de usuários.
Por esse motivo, a escolha por mídias que permitam o acesso às informações
ministradas nas oficinas torna-se necessária. Muitas vezes, ao apresentar os
serviços oferecidos pela biblioteca, os bibliotecários geram novas dúvidas e deixam
de sanar o desconhecimento sobre a biblioteca. A utilização de tutorais é um
complemento na tentativa de prestar esclarecimentos e facilitar o acesso de toda a
comunidade acadêmica aos serviços prestados pelas bibliotecas universitárias.
O Sistema de Bibliotecas da Universidade de Caxias do Sul (UCS) vem
desenvolvendo, desde 2011, seus tutoriais em formato de vídeo. A escolha pelo
suporte para os tutoriais ser em vídeo ocorreu a partir das dificuldades cotidianas
encontradas pelos usuários nos tutoriais estáticos disponibilizados pelo sistema de
biblioteca. Para Daniela Oliveira (2009) os tutoriais auxiliados por computador
possuem as seguintes vantagens:
a) os tutoriais ficam disponíveis o tempo todo, permitindo mais flexibilidade
ao aluno, que pode cursá-los no local que achar conveniente e a
qualquer hora;
b) os tutoriais podem ser seguidos no ritmo adequado a cada aluno em
função, por exemplo, de sua capacidade, experiência anterior e nível de
profundidade desejado;
c) os profissionais encarregados do treinamento ficam com mais tempo
disponível para outras tarefas, como por exemplo o atendimento
personalizado aos usuários.
Outra vantagem percebida é a reformulação da imagem da biblioteca perante
a comunidade, que passa a ver esta instituição como um centro de informação
atualizada e que está constantemente se renovando e disponibilizando novos
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serviços e não como um depósito de livros e pessoas, estática e falecida de vigor
para atender a demanda universitária. Conforme a UNESCO (1999, p. 647),
Uma Biblioteca não é mais simplesmente um lugar onde se coletam ,
catalogam e conservam permanentemente obras e outros impressos que
interessam ao ensino e à pesquisa . Ela é, cada vez mais, um centro
nervoso que assegura , entre os provedores e os usuários da informação,
interações que condicionam amplamente a aprendizagem , a pesquisa e o
ensino modernos.
Além disso, a imagem em vídeo é uma ferramenta dinâmica que permite uma
fácil assimilação pelo perfil de usuários existentes nas universidades, uma vez que
estes usuários estão, na sua grande maioria, habituados com a utilização e
interação com os serviços da Web 2.0.
Sendo assim, o presente trabalho visa apresentar os caminhos adotados pela
equipe de bibliotecários da Universidade de Caxias do Sul no desenvolvimento,
aplicação e disponibilização de tutoriais em vídeo na web dos serviços oferecidos
pelo Sistema de Bibliotecas. Também será abordado o impacto e as reformulações
na visão dos usuários sobre a instituição biblioteca.
2 Revisão de Literatura
o embasamento teórico para o desenvolvimento do projeto e também deste
artigo deu-se sobre quatro pilares estruturais, sendo eles:
a) Bibliotecas universitárias;
b) Serviços de referência em bibliotecas;
c) Web 2.0;
d) Sites de compartilhamento de vídeos.
A Biblioteca Universitária constitui-se em um ambiente de apoio às atividades
de ensino, pesquisa e extensão e apresenta um relevante papel na formação
acadêmica ao contribuir para a inserção do estudante no universo da pesquisa,
através do desenvolvimento de atividades de mediação junto aos usuários na busca
pela informação e na transformação desta em conhecimento.
A pesquisa acadêmica encontra na biblioteca o seu alicerce. Não há pesquisa
sem consulta exaustiva às mais variadas fontes de informação as quais são
disponibilizadas, na sua maioria, pelas bibliotecas. Para que uma pesquisa obtenha
êxito, é necessário o acesso a fontes confiáveis de informação. Atualmente, ter
acesso a informações é relativamente fácil, entretanto, nem todas as fontes são
verídicas e de cunho científico. As Bibliotecas dão garantia ao pesquisador de que
as informações disponibilizadas por elas provêm de fontes seguras. Sendo assim,
Pérez Rodrígues (2008, tradução nossa) afirma que a Biblioteca é o motor propulsor
da produção científico-universitária .
Um grande desafio que se impôs às bibliotecas universitárias nas últimas
décadas foi adequar-se às novas tecnologias da informação. Nos dias de hoje, não
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se concebe uma Biblioteca sem acesso ao universo digital. Conforme Almada e
Blattmann (2006), a Biblioteca Universitária deve desenvolver e aprimorar as
competências necessárias para sobreviver na sociedade da informação, na qual o
uso intensificado de tecnologias da informação e comunicação são uma constante.
A segunda geração da web, amplamente conhecida como web 2.0, surgiu no
início do século XXI e trouxe, juntamente com a já difundida Internet, uma revolução
na interação usuário-web. É interessante a posição de Jesus e Cunha (2012 , p. 112113) ao apresentarem a denominação da web 2.0:
Desde a sua eclosão, em meados de 2004, a segunda geração de
aplicações da web ou web 2.0 , tem se consolidado como algo presente
constantemente na vida das pessoas. Muitos ainda acreditam que essa
denominação seja algo apenas comercial , que web 2.0 é apenas a evolução
natural da web e que classificá-Ias em fases ou gerações nada mais é do
que estratégias de marketing . Porém , estrategicamente ou não, e no
cotidiano de todos , mesmo daqueles que ainda não se deram conta disso.
Quanto à interação usuário-web, ainda em Jesus e Cunha (2012, p. 113), os
mesmos a definem precisamente ao citarem que as ações de um usuário na web 2.0
são basicamente criar, participar e compartilhar materiais na rede. Sendo assim, a
existência da web 2.0 é fundamental para interação entre bibliotecas e seus usuários
através da rede mundial de computadores.
Dessa forma, nas ações de criar e compartilhar é que estão as possibilidades
das bibliotecas disponibilizarem seus serviços de referência na web. Destacamos a
análise histórica de Piccolo (2006, p. 59) sobre o desenvolvimento, por parte das
bibliotecas, de tutoriais via web:
No final da década de 1990 foram várias as universidades americanas que
desenvolveram e implementaram seus próprios tutoriais via web . Nos
últimos anos da década de 1990 e nos primeiros da década de 2000, foram
publicados muitos artigos apresentando estes tutoriais. Nos anos mais
recentes têm sido publicados vários artigos avaliando o impacto dos tutoriais
nos alunos e tentando medir a eficácia desse tipo de treinamento.
Outro ponto pertinente sobre a relação usuário-web, e neste caso
especificamente o usuário universitário, é descrito por Calheiros (2009, p. 53):
A utilização da internet como recurso ou ferramenta educacional tem
avançado de forma significativa na realidade das instituições de ensino
superior, sejam elas públicas ou privadas. As TIC têm sido utilizadas nas
mais variadas formas nas IES. Todavia, esses recursos não podem ser
introduzidos no processo educacional como mais um recurso da nova
tecnologia , sem que façam estudos mais aprofundados considerando as
características próprias e as mudanças que sua utilização poderia estar
provocando nas IES.
Todavia, ao partir para um novo suporte para a prática do serviço de
referência , devemos fazer uma breve reflexão acerca desta prática. Para isso,
citamos Grogan (2001, p.16) ao afirmar que "naturalmente, o serviço de referência
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em seu sentido mais amplo geralmente inclui tanto as funções informacionais (isto é,
trabalho de referência) quanto as funções instrucionais".
Esta reflexão nos leva ao pressuposto de que a instrução sobre a utilização
de ferramentas e serviços de uma biblioteca está sim alocada ao setor de referência .
E, como é impossível termos um bibliotecário para cada usuário, 24 horas por dia,
torna-se necessário mecanismos para atendimento em outros suportes.
3 Materiais e Métodos
Inicialmente teve-se a proposta de proporcionar aos usuanos uma maior
autonomia no uso dos recursos online disponibilizados pela universidade, que se
resumiam a disponibilizar à comunidade acadêmica tutoriais em vídeo, de fácil
compreensão, nos quais poder-se-ia prestar, em horário integral, serviço de
referência ao nosso usuário.
O pressuposto de oferecer os tutoriais em formato de vídeo ganhou
embasamento a partir das palavras de Mestre (2012) ao citar que os usuários
preferem os tutoriais em vídeo por, diferentemente dos tutoriais em imagens,
oferecerem vários modos de apresentação (visual, texto e sonora).
Além disso, os tutoriais em vídeo, disponibilizados em uma plataforma de
compartilhamento de vídeo, permitem ao usuário interatividade para elogiar, criticar,
sugerir ou até mesmo compartilhar o tutorial com outros colegas. Com os tutoriais
em vídeo, o usuário não está mais limitado a acessar unicamente o site da
biblioteca , o que é muito comum entre os tutoriais disponibilizados pelas bibliotecas
universitárias brasileiras.
A fim de efetivar o oferecimento dos tutoriais em vídeo e em uma plataforma
de compartilhamento online, percebeu-se a necessidade das seguintes ferramentas:
a) software para edição de vídeos;
b) conhecimento sobre elaboração de tutoriais;
c) ferramenta online para hospedagem de vídeos.
3.1 Edição de vídeos
Inicialmente, notou-se a dificuldade, por parte da equipe de bibliotecários,
devido à falta de conhecimento técnico para a edição dos vídeos. A solução foi
buscar na literatura e em fóruns na internet, alternativas viáveis para a instituição e
que tivessem interfaces amigáveis para a edição.
Sendo assim, em uma primeira etapa foram realizados testes com alguns
softwares de edição de vídeo, escolhidos com base na opinião de profissionais
familiarizados com edição de vídeo e também em listas e rankings na internet, onde
destacamos os seguintes softwares:
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a) Camtasia Studio (software pago);
b) Windows MoveMaker (gratuito);
c) Adobe Premiere (software pago) ;
d) Vegas Movie Studio (software pago) .
A avaliação do software foi feito a partir da relação custo x benefício oferecido
pelos editores analisados. Ao verificar os benefícios do software, foram analisados
os seguintes serviços:
a) Qualidade na captura de tela;
b) Possibilidade de inserção de textos (legendas);
c) Utilização de elementos gráficos para apontamentos (destaques de texto
ou áreas no vídeo);
d) Movimento da tela (zoom);
e)Áudio (narração) ;
f) Exportação em um formato de vídeo de comum uso (.wma, .mp4 ou
.avi).
o software escolhido para o desenvolvimento dos tutoriais foi o Camtasia
Studio, de propriedade da empresa TechSmith Corporation. O motivo da escolha
deu-se pela qualidade da captura de tela (sendo o Windows Move Maker o único,
dos avaliados, a não realizar este serviço), interface amigável e o valor da licença de
uso mais acessível em relação aos concorrentes.
Figura 1 - Tela de abertura do software Camtasia Studio
Fonte: TechSmith Corporation
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3.2 Elaboração de tutoriais
Os tutoriais foram elaborados com o objetivo de serem intuitivos e seguirem a
lógica racional de navegabilidade por parte de um usuário não familiarizado com a
web. De acordo com Zhang (2006, p.297), a estruturação do tutorial dentro de uma
lógica baseia-se no princípio de que "planejamento adequado e organização lógica
dos fatores acabará por ajudar os estudantes a compreender melhor as
informações". (tradução nossa)
Desta forma , após a seleção do tema abordado no tutorial, a primeira etapa
da criação é a elaboração de um roteiro com a atividade que será gravada na tela.
Os tutoriais em vídeo possuem uma estrutura divida em três partes:
a) a abertura e apresentação institucional que padroniza os tutoriais (em
torno de 20 segundos) ;
b) o tutorial propriamente dito, com o conteúdo a ser apresentado (o tempo
varia conforme o serviço);
c) um encerramento padrão com os créditos pela edição e o logo da
instituição (10 segundos);
Nos primeiros vídeos a abertura utilizada era elaborada pela equipe da
biblioteca, mas a partir do terceiro tutorial, o Sistema de Bibliotecas em parceria com
a equipe de edição e produção do canal de televisão da universidade, elaborou uma
vinheta padrão para as aberturas dos tutoriais. Esta vinheta colaborou para a
"profissionalização" do tutorial perante a comunidade universitária.
Na elaboração houve a preocupação com acessibilidade, pois todos os
tutoriais são audio-visuais, incluindo legendas. As legendas estão localizadas na
base do vídeo, destacadas em fonte sem serifa, com corpo equivalente a arial 14, na
cor branca em um fundo preto, nunca se sobrepondo ao conteúdo. Cada segmento
de legendas contém, no máximo, três linhas de texto que podem ocupar toda a
largura da tela, ficando visível durante o tempo da narração do mesmo trecho de
texto .
A parte informativa do tutorial possui uma introdução na qual é feita uma
breve abordagem do assunto que será tratado no vídeo, informando pré requisitos
para a utilização do recurso ou serviço, como tutoriais anteriores que devem ser
assistidos. Essa introdução tem a função de indicar ao usuário onde ele deve
começar, que recursos/ferramentas utilizar e outros temas relacionados.
Alguns detalhes foram levados em consideração na apresentação do
conteúdo do tutorial , como a preocupação com o tempo de duração e a qualidade do
vídeo (resolução da imagem) .
A qualidade do vídeo é importante porque o tutorial deverá ter a mesma
proporção em telas de tamanhos diferentes. Por esse motivo a resolução escolhida
foi de 720 pixel de altura ou HO (High Oefinition) .
No que se refere ao tempo do vídeo, o tutorial deve manter uma relação entre
velocidade e compreensão do conteúdo, evitando ser cansativo por ser longo e
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incompreensível por ser muito rápido e denso de um ponto de vista da quantidade
de informação.
Durante o vídeo são utilizados diversos recursos para atrair a atenção do
usuário:
a) realce do ponteiro do mouse com uma cor em contraste com a imagem
na tela (Figura 2) ;
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Figura 2 - Realce no ponteiro do mouse.
Fonte: material elaborado pelos autores
b) Call outs, que são intervenções animadas para destacar algum ponto da
tela , com setas, círculos, retângulos, entre outros (Figura 3) ;
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Emprestado
Emprestado
19/ 06/ 2011
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Figura 3 - Utilização de Call outs em um tutorial em vídeo.
Fonte: material elaborado pelos autores
c) Picture-to-picture, que consiste da inserção de uma imagem ou vídeo em
destaque sobre uma imagem ou vídeo de fundo;
d) Zoom e Panorâmica, que permitem mostrar em destaque uma área
específica do vídeo, sem necessidade de cortes, podendo gerar
movimentos laterias do vídeo .
Para que os tutoriais fossem sonoramente atrativos foi incluído uma trilha
sonora padrão do software como som ambiente, com apenas 12 % do volume total
da narração. Esta trilha serve para preencher o tempo do vídeo onde não existe
narração, evitando o silêncio e, desta forma, estimulando o usuário a assistir o
tutorial completamente, ao invés de ir diretamente a partes específicas, o que
poderia fazer com que informações importantes do tutorial passassem
despercebidas.
3.3 Hospedagem de vídeos na internet
Após a escolha do suporte e formato para os tutoriais, a definição dos passos
e atributos para cada tutorial, precisou-se definir a plataforma onde seriam
disponibilizados os tutoriais.
Inicialmente, tratou-se da possibilidade de disponibilizar os tutoriais em um
formato transmitido diretamente do site da biblioteca . Contudo, este serviço
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restringiria o acesso e não permitiria o compartilhamento de informações entre os
nossos usuários.
Por isso, definiu-se que os tutoriais seriam disponibilizados em um site de
compartilhamento de vídeos. Este site deveria ser amplamente conhecido pela
comunidade acadêmica, além de possuir um imagem confiável e segura, para
agregar valor a imagem da Universidade de Caxias do Sul.
Quanto aos sites de compartilhamento de vídeo, percebeu-se a existência de
diversos serviços, mas para otimização do tempo de avaliação, analisamos os
seguintes:
a)
Dailymotion <http://www.dailymotion.com>: site francês , online desde
2005. Possui interface em português e permite o armazenamento de
vídeos com no máximo 2 GB (gigabytes) de tamanho, além do limite de
resolução ser de 720p . O Dailymotion trabalha com grupos de
compartilhamento, ou seja , é possível seguir grupos que postam vídeos
sobre assuntos específicos, como no caso a biblioteca .
b)
YouTube <http://www.youtube.com> : o maior site de compartilhamento
de vídeo do mundo. Foi desenvolvido por três funcionários da empresa
norteamericana de pagamento online PayPal , em fevereiro de 2005 .
Em 2006 foi comprado pela Google Inc. por 1,65 bilhões dólares e
agora opera como uma das subsidiárias.
Sobre o Youtube cabe aqui uma citação de Oliveira (2009, p.38-39) que diz:
Dados sobre o Youtube provocam reflexão: desde seu início, mais de 78
milhões de vídeos foram disponibilizados em seus domínios. Ao fazer as
contas, cerca de nove mil horas de conteúdo são publicadas no site
diariamente - são 240 mil vídeos, de em média três minutos , publicados
todos os dias. Ao pensarmos novamente na televisão , seria o equivalente a
ter quase 400 canais de TV com programação 24 horas por dia, nos sete
dias da semana . Por conta de todo esse volume, o Youtube é líder no
segmento.
Quanto aos serviços, o Youtube permite a criação de canais, onde o
administrador do canal poderá inserir os seus vídeos conforme sua vontade . Aos
usuários, há possibilidade de assinar o canal e receber informativos via email de
novos vídeos publicados.
c) Vimeo <http://www.vimeo.com> : O Vimeo foi desenvolvido em 2004,
nos Estados Unidos. Tornou-se mundialmente conhecido a partir da
sua política de compartilhamento de vídeos, que não permite ao
usuano
publicar vídeos comerciais, de jogos eletrônicos ou
conteúdo que não seja de autoria do próprio usuário.
Por mais interessante que a proposta de limitar as inserções de vídeos possa
parecer, ela torna o site pouco atrativo aos usuários da web 2.0, que não somente
desejam compartilhar seus arquivos, mas também assistir a vídeos diversos. O que
não é muito útil no Vimeo.
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o YouTube foi selecionado por sua popularidade e integração com outras
ferramentas utilizadas pela biblioteca , como Blog (Wordpress), Twitter e Facebook.
Além disso, a permissão de upload de vídeos HD, em vários formatos, contribuiu
para a escolha deste portal. O mesmo possui uma restrição em relação à duração do
vídeo, pois, por padrão, permite apenas vídeos com até 15 minutos, mas como o
foco da biblioteca são vídeos curtos, com no máximo 10 minutos, este aspecto não
influenciou na seleção do serviço .
4 Resultados Parciais/Finais
A disponibilização dos tutoriais em vídeo permitiu aos bibliotecários do
Sistema de Bibliotecas da UCS reformularem os conteúdos ministrados nas oficinas,
tornando-as mais dinâmicas e interessantes aos usuários. Com a otimização das
oficinas, percebeu-se um aumento na procura deste serviço pela comunidade
acadêmica . Além disso, com a disponibilização dos tutoriais em vídeos, os usuários
da biblioteca podem, agora, conseguir informações sobre os serviços oferecidos
acessando qualquer computador, nos locais e horários que forem mais
convenientes.
Atualmente o canal no Youtube "Bibliotecas UCS" (Figura 4), com endereço
eletrônico WWw.youtube.com/bibliotecasucs. possui 9 (nove) vídeos inseridos, sendo
eles:
a) Como adquirir impressões de e-books na BVU (online desde
22/09/2011 );
b) Configuração do proxy no navegador Internet Explorer (online desde
14/05/2011 );
c) Configuração do proxy no navegador Mozilla Firefox (online desde
17/05/2011 );
d) Configuração do proxy no navegador Safari da Apple (online desde
24/10/2011 );
e) Empréstimo Interbibliotecas (30/09/2011);
f) Pesquisa de e-books/Livros digitais na BVU 3.0 (elaborado pela
Pearson Brasil e editado pelo Sistema de Bibliotecas da UCS) (online
desde 18/04/2012);
g) Pesquisa no catálogo do Sistema de Bibliotecas da UCS (online
desde 09/07/2011);
h) Renovação no catálogo do Sistema de Bibliotecas através do UCS
Virtual (online desde 25/08/2011);
i) Reserva o catálogo do Sistema de Bibliotecas através do UCS
Virtual (online desde 03/08/2011).
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Figura 4 - Canal de vídeos do Sistema de Bibliotecas da UCS no Youtube, online
desde 10/05/2011.
Fonte: material elaborado pelos autores
Pela proposta apresentada por este artigo, torna-se difícil mensurar um
resultado final para o projeto, tendo em vista continuarmos com atualizações dos
vídeos, bem como , o ingresso de novos acadêmicos à universidade sempre renova
o perfil de usuários deste serviço.
Mesmo assim , passado um ano da publicação do primeiro tutorial em vídeo ,
possuímos hoje alguns dados expressivos, que comprovam o impacto positivo desta
nova ferramenta, que são:
a) Mais de 5.400 (cinco mil e quatrocentos) acessos ao canal da biblioteca;
b) 48 usuários inscritos no canal ;
c) O vídeo mais acessado é o tutorial "Configuração do proxy no navegador
Internet Explorer", com mais de 1.100 (mil e cem) visualizações.
Ao mensurarmos os tutoriais mais visualizados, tivemos a oportunidade de
focar nossas oficinas nas reais necessidades do usuário quanto ao uso dos nossos
serviços.
É notório, entre a equipe de bibliotecários da UCS, que o Youtube não
somente agregou um novo serviço aos nossos usuários, mas também forneceu ao
Sistema de Bibliotecas um real estudo de usuário, onde através do número de
acesso podemos verificar quais são as principais dúvidas e serviços usados pela
comunidade acadêmica.
O princípio da web 2.0 é criar e compartilhar, e partindo desta premissa ,
atualmente o Sistema de Bibliotecas da UCS já integra os seus tutoriais em vídeo
em sua página institucional no site Facebook (www.facebook.com/bibliotecaucs) .
Além de hoje já estar sendo desenvolvido uma nova versão do seu aplicativo para
1606
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Educação de usuários e competências informacionais
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aparelhos móveis, com sistema operacional Android, que conterá uma aba destinada
aos tutoriais em vídeo.
Como mencionamos anteriormente , não há como medir o resultado final deste
projeto, mas é altamente perceptível que a vinculação da imagem da biblioteca à
serviços da web 2.0 agrega valor e remodela a imagem das bibliotecas perante a
comunidade acadêmica . O Youtube faz parte de um projeto maior, que envolve a
aquisição de e-books, informações através de um blog , novo site e entre outros
serviços - que visou a inserção do Sistema de Bibliotecas da UCS aos serviços
compreendidos por uma Biblioteca 2.0.
5 Considerações Parciais/Finais
Tornar a biblioteca mais próxima de seu usuário é uma das premissas do
Sistema de Bibliotecas da UCS, o qual, gradativamente, tem alcançado seu objetivo
com relativo sucesso.
A disponibilização de tutoriais dos serviços da Biblioteca foi algo inovador e
ousado em termos de Brasil, e o retorno constatado junto a sua comunidade
acadêmica tem sido gratificante.
Inúmeros membros desta comunidade acadêmica (funcionários, professores e
alunos) tem encaminhado mensagens através dos canais de comunicação da
biblioteca, parabenizando a iniciativa, as facilidades proporcionadas através do uso
dos tutoriais em vídeo, bem como a melhor utilização dos serviços disponibilizados
pela biblioteca .
Entre as surpresas ocorridas com a disponibilização dos tutoriais em vídeo,
está o fato de que serviços que até então nenhum usuário apresentava dúvidas, tais
como reservas e renovações , atingirem um número elevado de visualizações.
Esta ferramenta além de cumprir sua funcionalidade inicial de orientar o
usuário quanto à utilização dos serviços da Biblioteca , tem colaborado na divulgação
dos serviços da mesma. O destaque que esta ferramenta obteve junto ao meio
acadêmico foi tão impactante que a Universidade de Caxias do Sul está ampliando a
implantação dos tutorias em vídeo em outros setores da instituição.
O Sistema de Bibliotecas está elaborando novos vídeos com serviços ainda
não contemplados (pesquisa em bases de dados e normalização de trabalhos
acadêmicos) , visando auxiliar seus usuários na utilização e conhecimento de todos
os serviços disponibilizados pela Biblioteca.
6 Referências
ALMADA, Magda; BLATTMANN , Ursula. Biblioteca no ambiente educacional e a
sociedade da informação. Apresentação oral apresentada pela Magda Alamada no
XIV SNBU , Salvador (Bahia) dia 24 de outubro de 2006 , às 17h30min. Eixo temático:
As redes e virtual idades da pesquisa acadêmcia - Sala Violeta - Disponível em :
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Educação de usuários e competências informacionais
Trabalho completo
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 17 - Ano: 2012 (UFRGS - Gramado/RS)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária como laboratório na sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Serviços da biblioteca na web 2.0: um estudo de caso dos tutoriais em vídeo da Universidade de Caxia do Sul no site youtube.com.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Kroth, Diego Fabrízio; Teixeira, Marcelo Votto; Hubner, Marcos Leandro F.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Neste estudo de caso são apresentados os principais processos envolvidos na disponibilização de tutoriais em formato de vídeo pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade de Caxias do Sul. Apresentam-se os contrastes existentes entre tutoriais estáticos e tutoriais em vídeo, a autonomia fornecida por estes tutoriais aos usuários e as decorrentes alterações nos treinamentos realizados pela biblioteca. Valendo-se de embasamentos teóricos, são discutidos os detalhes envolvidos no processo de formulação dos tutoriais, edição dos vídeos e a disponibilização na web. Os autores elucidam os motivos que os levaram a escolha do software Camtasia Studio para a edição dos tutoriais, bem como, a decisão de disponibilizá-los no sitede compartilhamento de vídeos Youtube. São listados os tutoriais já disponibilizados na web e relatado os impactos e a reformulação da imagem da biblioteca, perante a comunidade acadêmica, obtidos a partir deste novo serviço.
Language
A language of the resource
pt