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Eixo III
Ensino
CURSOS DE GRADUAÇAO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA: UM ESTUDO
SOBRE A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA NA AVALIAÇÃO IN LOCO PELO INEP
2010-2017177
FEDERAL UNIVERSITY OF BAHIA UNDERGRADUATE COURSES: A STUDY ON
UNIVERSITY LIBRARY WITHIN INEP IN LOCO EVALUATION 2010-2017
Resumo: O objetivo do artigo é investigar qual a contribuição da biblioteca universitária na
avaliação dos cursos de graduação da UFBA, pelo INEP, tendo como foco as bibliografias básicas
e complementares e também os periódicos especializados que atendem cada curso. Para tanto,
analisaram-se as notas atribuídas pelos avaliadores nas visitas in loco aos cursos, entre os anos de
2010 a 2017. O estudo se configura como uma pesquisa qualitativa e quantitativa, de caráter
descritivo, baseada teoricamente na literatura pertinente, bem como em levantamento documental
referente aos instrumentos do INEP de 2015 e aos relatórios de avaliação dos cursos, elaborados
pelos avaliadores do mesmo Instituto. A análise dos dados, comparativamente à realidade
conhecida e vivenciada pelas bibliotecas da UFBA revelou que os critérios de avaliação registrados
pelos avaliadores se apresentam muitas vezes subjetivos, não revelando com fidedignidade o
estado real das bibliotecas. Conclui-se, assim, que ter como únicos indicadores de avaliação da
biblioteca universitária as bibliografias básicas e complementares e os periódicos especializados
não é uma medida suficiente para configurar se ela cumpre sua função para a comunidade
acadêmica. Além disso, a falta de um profissional da Biblioteconomia integrando as equipes de
visita do INEP faz com que as avaliações não sejam realizadas com critérios adequados e
suficientes para representar a biblioteca, o que influencia evidentemente nas notas finais obtidas
pelos cursos.
Palavras-chave: Biblioteca universitária. Bibliografias. Cursos de graduação. Avaliação do INEP.
Abstract: The purpose of this article is to investigate the contribution of the university library to
the evaluation of UFBA undergraduate courses by INEP, focusing on the basic and complementary
bibliographies and also the journals that aim at each course. Therefore, the grades attributed by the
evaluators during the in loco visits to the courses, between the years 2010 to 2017, have been
analyzed. The study is a qualitative and quantitative research of descriptive nature. Its theory is
based on the appropriate literature, as well as on documentary survey referring to the 2015 INEP
instruments and the evaluation reports of the courses, prepared by the evaluators of the same
177
Este estudo foi elaborado com base no Instrumento de avaliação de cursos de graduação presencial e a distância,
do INEP, de 2015, tendo em vista o período em que ocorreram as avaliações na UFFB. Assim, não foi possível
considerar os novos instrumentos datados de outubro de 2017.
�Institute. The data analysis, compared to the reality known and experienced by the UFBA libraries,
revealed that the evaluation criteria registered by the evaluators are often subjective, not revealing
the actual state of the libraries accurately. It is concluded, thus, that having only basic and
complementary bibliographies and journals as the only evaluation indicators of the university
library is not sufficient so as to determine whether it fulfils its role for the academic community.
Furthermore, the absence of librarians in the INEP evaluation teams means that evaluations are not
carried out with adequate and sufficient criteria to reflect the library, which obviously influences
the final grades attained by the courses.
Keywords: University libraries. Bibliographies. Undergraduate courses. INEP evaluation.
1 INTRODUÇÃO
A universidade brasileira se consolida como tal a partir da segunda metade do século XX,
apesar dos esforços de Anísio Teixeira, nos anos de 1920. No entanto, seu desenvolvimento vem
ocorrendo
ainda que dependente de momentos político-governamentais mais ou menos
comprometidos com a educação
pela influência de pesquisadores e docentes, cuja ação se
concretiza em atos governamentais, paralelamente a medidas de parlamentares e do próprio
Governo, por meio de seus ministérios. Com isto, se quer dizer que nem todas as medidas oficiais
têm favorecido o desenvolvimento pleno da universidade pública, mas, ainda que de forma
sinuosa, ela tem tido uma trajetória ascendente. Dois exemplos recentes têm afetado
profundamente essa instituição: do ponto de vista negativo, as medidas do atual governo (2016-), já
marcado, entre outras perdas, pelos cortes na educação, em geral, e na pesquisa, em particular; do
ponto de vista positivo, os dois governos que o antecederam (2003-2016), quando foi
implementado o projeto Reestruturação e Expansão das Universidades (REUNI), dentre outros,
como dos mais impactantes no que se refere à ampliação de vagas, abertura de cursos noturnos e
concursos para docentes, ademais do impulso dado aos Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia (criados pela Lei federal nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008), atualmente em
número de 38, espalhados em 314 campi. (PACHECO, 2009?)
Isto posto e com base na crença no ensino público, gratuito, de qualidade e inclusivo, este
artigo abordará as características do instrumental que rege o ensino superior, quanto à sua
avaliação, destacando a biblioteca universitária como um dos elementos fundantes da universidade
e, apesar disto, o pouco peso com que ela contribui no processo avaliativo dos cursos de
graduação.
�2 AMBIENTE UNIVERSITÁRIO
Pelo desenvolvimento das ciências, das letras, das técnicas e das artes, resultante do ensino,
da pesquisa e da aplicação do conhecimento junto à sociedade (extensão
educação
tripé que sustenta a
universidade deve ser capaz, a partir desse conjunto de saberes e fazeres,
numa visão crítica, de promover a acumulação do capital cultural.
Com essa maxi função e ante a multifacetada e complexa estrutura, a universidade, na
perspectiva de participar e de contribuir para seu próprio desenvolvimento e da sociedade como um
todo, entre outras iniciativas, se debruça sobre seu planejamento, de modo a abarcar todas suas
frentes de investimento e de custos, oriundas de suas funções, demandas e necessidades. Entendase, então, por planejamento, conforme Lubisco (2011, p. 44),
[...] o processo que delineia, prospectivamente, as ações de uma organização, a partir de
objetivos estabelecidos segundo suas funções precípuas e sua missão, devidamente
alinhadas ao seu momento histórico e político. Neste sentido, isto é, considerando também
o ambiente externo, ele é designado planejamento estratégico que, no dizer de Maximiano
(2007, p. 154), leva em conta [...] as ameaças e as oportunidades do ambiente [...].
Destacando os objetivos organizacionais, principalmente os de caráter operacional, sabe-se
que eles são capazes de influenciar a gestão de qualidade, uma vez que representam, segundo Sueli
a ação concreta dos grupos de interesse sobre áreas estratégicas como
Do ponto de vista da Teoria da Administração, o planejamento integra os quatro processos
administrativos, ao lado da organização, direção e controle, que permeiam toda a ação
organizacional.
Segundo o escopo deste artigo, levaremos em conta apenas o planejamento e o controle,
tendo-se o planejamento como primeira etapa da gestão e base dos demais processos, que visa à
tomada de decisões orientada aos objetivos e às metas
é o pensar. Quanto à formalização do
pensar, tem-se o plano, descrição sistematizada das informações que darão base de sustentação às
ações que se quer desenvolver. Já o projeto é o detalhamento de uma ação específica dentro da
organização. No processo controle é onde se encontram as ações relativas ao acompanhamento e
à avaliação das ações, na perspectiva de averiguar o cumprimento dos objetivos, a necessidade de
ajustes ou correção de rota ou mesmo quando se confirmam as boas práticas e iniciativas,
reafirmando-se, assim, as condições de dar continuidade ao que foi prospectado. É quando se sabe
do desempenho organizacional
Para Zainko e Pinto:
�Administrar uma instituição de ensino superior (IES) não é apenas organizar algo que já
existe, que está pronto e acabado; é também produzir novas relações em contextos sociais,
políticos, culturais e pedagógicos. (ZAINKO; PINTO, 2008, p.18).
A Lei
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), quanto ao
planejamento da educação superior, estabelece em seus artigos 12 e 9, respectivamente, a
incumbência dos estabelecimentos de ensino superior e a responsabilidade da União no processo
de avaliação de rendimento educacional. (BRASIL, 1996).
Os instrumentos de planejamento, no âmbito da administração da educação superior,
indicados pela LDB, são: Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Políticopedagógico do Curso (PPC), sendo o PDI o documento de gestão da Instituição de Ensino Superior
(IES), com validade de cinco anos; já o PPC reflete a construção de cada curso de graduação e pósgraduação e é:
[...] um processo intencional, permanente, coletivo e participativo, [...] com base na
missão, nos fins e nas diretrizes institucionais e nas especificidades de sua área de
conhecimento [...] define os rumos da formação do cidadão/profissional. (ZAINKO;
PINTO, 2008, p. 77).
O PPC, segundo o glossário do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação
presencial e a distância (INEP, 2015, p. 48), está definido conforme segue:
É o documento orientador de um curso que traduz as políticas acadêmicas institucionais
com base nas DCNs [Diretrizes Curriculares Nacionais]. Entre outros elementos, é
composto pelos conhecimentos e saberes necessários à formação das competências
estabelecidas a partir de perfil do egresso; estrutura e conteúdo curricular; ementário;
bibliografia básica e complementar; estratégias de ensino; docentes; recursos materiais;
laboratórios e infraestrutura de apoio ao pleno funcionamento do curso.
Pelo exposto, o PPC comporta o Plano de Ensino (PE), instrumento no qual o docente se
baseia para atingir o esperado dos alunos em determinada disciplina, considerando o conjunto da
matriz curricular. Sua estrutura, constituída de identificação, ementa, objetivos, conteúdo
programático, metodologia (técnicas e materiais didáticos e instrucionais), avaliação, bibliografia
(básica e complementar) e cronograma, deve nortear, assim, tanto o trabalho docente, como
facilitar o desenvolvimento da disciplina por parte dos alunos. Por este motivo, sua elaboração
supõe, por parte do docente, levar em conta o contexto, o perfil dos alunos e o Projeto Pedagógico
do Curso, conforme indicado anteriormente. (MASETTO, 2015; SPUDEIT, 2014).
Resumindo e reforçando sua função, o Plano de Ensino é um instrumento de comunicação
oficial didático-pedagógico, que informa a universidade sobre o planejamento do período letivo do
docente, elaborado segundo a proposta do PPC e em conformidade com o PDI. Trata-se também de
�um dos instrumentos utilizados pela Coordenação do Curso para verificar se está sendo executado
tudo o que foi planejado para o desenvolvimento acadêmico do discente.
Dentre os itens que integram o Plano de Ensino, destaca-se, para efeito deste estudo, a
bibliografia, por sua relação direta com a biblioteca universitária.
2.1 BIBLIOGRAFIA
Visando ao processo ensino-aprendizagem, neste caso, no âmbito da educação superior, o
material didático e instrucional
aqui restrito às bibliografias
deve alinhar-se ao planejamento
institucional, pois, segundo Bruno Ferreira e Cláudio Castro Filho:
Entender a relação existente entre a bibliografia das disciplinas e a universidade, reside
em compreender todo o funcionamento do ensino superior, bem como a sua estrutura
voltada à formação de conhecimento e a prática científica em sociedade. (FERREIRA;
CASTRO FILHO, 2014, p. 23, grifo nosso).
Também, há que destacar as diferentes funções da indicação bibliográfica nos Planos de
Ensino: referencial teórico oficial adotado pelo docente para a elaboração do conteúdo
programático que será ministrado no período letivo; fonte de informação, na rotina estudantil,
norteadora dos assuntos que serão abordados em sala; informação à biblioteca sobre os títulos das
bibliografias básicas e complementares que deverão ser adquiridas e suas respectivas quantidades;
meio de o Colegiado de Curso verificar a coerência da bibliografa com que preconiza o PPC; base
para nortear outros professores no planejamento de disciplinas para turmas mais avançadas,
considerando a sequência de assuntos dentro matriz curricular.
As indicações bibliográficas deverão ser divididas em Bibliografia Básica, Bibliografia
Complementar e Periódicos Especializados. Ainda que este último item integre a avaliação
realizada pelo INEP, o foco deste estudo privilegia os dois primeiros, devido às variáveis
envolvidas e as variadas operações relacionadas a essa definição, paralelamente à sua importância
no ciclo informacional dos cursos de graduação. Ademais, a existência do Portal de Periódicos da
Capes, desde o ano 2000, dispensa comentários sobre a variedade e quantidade de informações
especializadas que ele disponibiliza para a comunidade acadêmica.
Na tentativa de orientar a adequação das bibliografias, o Instrumento de Avaliação de
Cursos de Graduação presencial e a distância do INEP (2015) inclui no seu glossário as
definições adotadas do que sejam a bibliografia básica e a complementar. No entanto, pela leitura
cuidadosa dessas definições pode-se depreender que elas não são claras; na verdade, ambas são
�as características de uma e de outra. A esse respeito, há uma sugestão de nova redação, proposta
por Lubisco, para a Bibliografia Básica, como sendo
[...] o conjunto de obras (ou fontes) impressas e eletrônicas, cujo conteúdo é essencial e
indispensável para o estudo e a pesquisa dos fundamentos teóricos e práticos de
determinada área, campo, componente curricular ou disciplina. (LUBISCO, 2014, p. 46).
E para a Bibliografia Complementar, como sendo
[...] o conjunto de obras (ou fontes) impressas e eletrônicas que ampliam o conteúdo e as
abordagens da bibliografia básica, enriquecendo os conhecimentos e práticas
contidos/resultantes das obras fundamentais de determinada área, campo, componente
curricular ou disciplina. (LUBISCO, 2014, p. 46).
O aumento quantitativo de publicações envolve um processo administrativo complexo para
as bibliotecas e oneroso para a instituição, tendo-se que a oferta de fontes no mercado editorial
aumenta de forma exponencial praticamente na proporção da produção de conhecimento, o que
repercute principalmente na necessidade de revisão da atualização das obras indicadas.
3 AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA NO CONTEXTO DO INEP
A avaliação é um processo de medição de desempenho organizacional, por meio da
verificação do cumprimento dos objetivos traçados no planejamento. Ainda que seja feita a priori,
a posteriori ou concomitantemente à ação, muda a modalidade, mas não sua função de corrigir
rumos, confirmar acertos, ampliar possibilidades, justificar investimentos e demandar novos, além
de prestar contas dos gastos. Com se trata de um processo de exposição, ainda não é incomum
encontrar-se resistência para sua concretização, o que exige um trabalho preliminar de
sensibilização e envolvimento da comunidade
no caso da Universidade
visando ao
desenvolvimento de uma cultura orientada aos benefícios que uma avaliação participativa e
honesta pode trazer à Instituição. Como insumo básico do planejamento, quanto mais ampla e
precisa ela for, mais reais serão seus resultados. Por ser complexa e laboriosa, a literatura
recomenda que seja feita atentando-se para dois aspectos fundamentais: a mesma periodicidade e
de forma sistematizada, pois só assim serão obtidas séries históricas que possibilitarão análises
mais profundas de determinada situação ou organização, bem como a construção de padrões e
indicadores de desempenho.
No caso da avaliação institucional e da avaliação dos cursos de graduação, implementadas
pelo INEP, os indicadores de qualidade já estão estabelecidos nos Instrumentos pertinentes, o que
não exclui o desenvolvimento de outros sistemas, muitas vezes setoriais, que podem vir a
�enriquecer ou mesmo ampliar o escopo da avaliação governamental, mas que se destinam, com
mais especificidade, para a autoavaliação setorial ou da instituição como um todo.
A avaliação governamental ganhou destaque a partir de 1990, com o Programa de
Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) e hoje é realizada mediante os Atos
de Permanência178 no Sistema Federal de Ensino, pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), instituído pela Lei 10.861, de 14 de abril de 2004, tendo como objetivo,
segundo seu artigo 3º,
[...] identificar o seu perfil e o significado de sua atuação, por meio de suas atividades,
cursos, programas, projetos e setores, considerando as diferentes dimensões institucionais
[...] (BRASIL, 2004).
Todo o processo avaliativo do SINAES é integrado por vários instrumentos
complementares179, que permitem a atribuição de alguns conceitos e a sua ordenação numa escala
de cinco níveis a cada uma das dimensões avaliadas. Esse conjunto de instrumentos avaliativos
serve de certa forma, para corrigir o rumo do planejamento que a Instituição está tomando em suas
ações. Todo esse trajeto de avaliação afeta, de forma complexa, o ambiente universitário, uma vez
que todos os atores são avaliados.
A Avaliação dos Cursos de Graduação se alicerça em três atos regulatórios: Autorização,
Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento180. Em todos eles, as dimensões a serem
avaliadas são: Organização Didático-pedagógica, Corpo Docente e Tutorial e Infraestrutura, com
seu elenco de indicadores, sendo que, dentre eles, como a Infraestrutura, há apenas três elementos
representativos da biblioteca, quais sejam: a bibliografia básica, a bibliografia complementar e os
periódicos especializados.
Nessa perspectiva avaliativa, a biblioteca universitária, como um dos indicadores para a
avaliação das IES e dos cursos de graduação, em sendo conceitualmente uma função didáticopedagógico, portanto, mais do que cabe no significado de Infraestrutura, não poderia ser avaliada
apenas pela bibliografia básica, a complementar e os periódicos especializados, uma vez que esses
três indicadores não conseguem abarcar a sua missão e sua função perante a comunidade
178
Atos de permanência (Recredenciamento e Transformação de Organização Acadêmica; Reconhecimento e
Renovação de Reconhecimento). (INEP, 2017, p.1)
179
Autoavaliação, Avaliação Externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação e Instrumentos de informação como
o censo e o cadastro. (INEP, 2015)
180
Autorização: quando uma instituição pede autorização ao MEC para abrir um curso; Reconhecimento: quando a
primeira turma de curso novo entra na segunda metade do curso, a instituição deve solicitar seu reconhecimento;
Renovação de Reconhecimento: de acordo com o Ciclo do Sinaes, ou seja, a cada três anos. É calculado o Conceito
Preliminar do Curso (CPC) e aqueles cursos que tiverem conceito preliminar 1 ou 2 serão avaliados in loco por dois
avaliadores, ao longo de dois dias. Os cursos que não fazem Enade, obrigatoriamente terão visita in loco para este ato
ser autorizado (INEP, 2018)
�acadêmica, concretizadas na oferta de produtos e serviços para dar apoio ao desenvolvimento dos
programas de ensino de graduação e pós-graduação, bem como de pesquisa e de extensão.
Nos critérios de avaliação da biblioteca mediante a bibliografia básica, a bibliografia
complementar e os periódicos especializados, segundo o INEP (2015), para obter-se a nota máxima
conceito 5
é necessário que a bibliografia básica disponha no mínimo de três títulos por
disciplina, na proporção de um exemplar para menos de cinco vagas anuais, de cada uma das
disciplinas dos os cursos que utilizem o acervo. Para o indicador bibliografia complementar obter
a nota 5, o acervo deve contar com, pelo menos, cinco títulos por dis
exemplares de
15). Quanto aos periódicos
especializados, a nota máxima ocorrerá quando houver assinaturas com acesso à forma impressa
ou virtual, maior ou igual a 20 títulos com acervo atualizado (INEP, 2015).
Todos esses processos de avaliação citados acima colocam a biblioteca simplesmente como
um espaço físico de uma infraestrutura e não como um ambiente de transformação de
conhecimento. Esse ambiente precisa ser avaliado de acordo com as modificações que ele traz para
a formação profissional, social, política e educacional da comunidade universitária.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de uma pesquisa documental, cujas fontes para obtenção dos dados foram as
páginas web da Comissão Própria de Avaliação da UFBA, bem como da Superintendência de
Avaliação e Desenvolvimento Institucional/Coordenação de Avaliação/Cursos, da mesma
Universidade.
Identificaram-se e analisaram-se 83 relatórios em Portable Document Format (Formato
Portátil de Documento), referentes às visitas in loco realizadas por ocasião dos processos de
Autorização, Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento dos Cursos de Graduação, da
Universidade Federal da Bahia, entre os anos de 2010 a 2017, pelas comissões de avaliação do
INEP. Utilizou-se o aplicativo Excel da Microsoft para lançar e organizar os dados e, assim,
facilitar a sua análise.
Iniciou-se por identificar quais dados precisariam ser coletados e, logo, procedeu-se ao seu
ordenamento por categorias para possibilitar a sua correlação, visando às conclusões e inferências
que seguem. Foram analisados os relatórios relativos a todas as avaliações efetuadas no período,
considerando-se minuciosamente o que concerne aos indicadores acatados pelo INEP para a
avaliação da biblioteca universitária.
�5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
De acordo com o levantamento feito para este estudo, vários cursos da UFBA foram criados
em decorrência do projeto REUNI. Com isto, pode-se notar que, pela passagem de 4 a 6 anos desde
as respectivas Autorizações pela Instituição, grande número deles passou pelo processo de
Reconhecimento, no período entre 2011 e 2015. O Gráfico 1 mostra os cursos avaliados na UFBA,
registrando principalmente o Reconhecimento de novos cursos (ano de 2014) oriundos do REUNI.
Gráfico 1
Total de 83 Cursos de Graduação da UFBA avaliados entre os anos de 2010-2017
por ato regulatório.
Fonte: Dados da pesquisa.
Ainda no Gráfico 1 apresenta-se o percentual dos Atos Regulatórios dos períodos
analisados, notando-se que a maior faixa foi a de Reconhecimento de Curso (51 cursos), ou seja,
criaram-se novas vagas de graduação na UFBA, com ênfase para os cursos do turno noturno. Hoje
a UFBA conta com um total de 107 cursos de graduação181, os quais passarão por avaliação in loco
se os alunos não atingirem nota 3 ou mais no Exame Nacional de Desempenho do Estudante
(Enade).
Gráfico 2
Reconhecimento de cursos relacionado com os turnos na UFBA.
Fonte: Dados da pesquisa.
O destaque para o Reconhecimento em detrimento dos outros atos regulatórios deve-se a
que este representa a criação de novos cursos. Assim, a instituição cumpre seu papel criando os
cursos, enquanto o Governo federal cumpre o seu, avaliando-os.
O Gráfico 2 destaca os relatórios das Avaliações in loco dos cursos e o aumento expressivo
de atos de Reconhecimento dos cursos noturnos realizados na UFBA. De acordo com o boletim de
181
https://siac.ufba.br/
�estatística da UFBA, Retrospectiva - Especial 70 anos, o total de cursos noturnos passou de 1 para
31 cursos, entre os anos de 2006 e 2015, tendo o número de vagas aumentado de 40 para 2.370. O
número de inscritos teve um aumento de 153 para 65.177. O ano que teve a maior criação de
cursos foi 2010, segundo as estatísticas da Universidade. (UFBA em números..., 2016, p. 10).
Gráfico 3
Relação do Ato Regulatório com o crescimento das Avaliações do INEP por Áreas
dos Cursos de Graduação da UFBA, entre os anos de 2010-2017.
Fonte: Dados da pesquisa.
Legenda: Área I: Ciências Físicas, Matemática e Tecnologia; Área II: Ciências Biológicas e
Profissões de Saúde; Área III: Filosofia e Ciências Humanas; Área IV: Letras; Área
V: Artes; Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (Bacharelado Interdisciplinar);
Curso Superior de Tecnologia.
A UFBA aloca seus cursos de graduação em sete áreas, para efeito da organização
administrativa, acadêmico-pedagógica e financeira da Universidade. No Gráfico 3, fica exposto o
crescimento da Avaliação do INEP em relação a essas áreas e demonstra o crescimento da área I,
seguida da área II e III. Na área I, houve maior crescimento de novas vagas e renovação das vagas
na UFBA, entre os anos de 2011 e 2017.
O Gráfico 4 apresenta um resumo dos anos avaliados e indica a evolução das notas finais.
Gráfico 4
Conceitos atribuídas aos 83 cursos de graduação da UFBA, avaliados entre 2010 e
2017, por quantidade de curso
Fonte: Dados da pesquisa.
Legenda: Os numerais de 2 a 5 correspondem às notas; S/C = Sem Conceito.
As bibliotecas da UFBA, neste contexto, não seguem a mesma tendência de crescimento
que se observa nos cursos (Gráfico 4), pois nos cálculos do conceito final aqueles Indicadores
�relacionados a elas não influenciam no resultado: dos 83 cursos analisados, 3 receberam conceito 1
nos 3 indicadores (Bibliografia Básica, Bibliografia Complementar e Periódicos Especializados),
mas ficaram com a nota final 3 e 4, portanto, muito próximas à nota máxima
Quadro 1
CONCEITO DA
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
1
1
1
2
2
3
4
5
5 (Quadro 1).
Conceito Máximo da Dimensão 3 (Infraestrutura), comparando com os Conceitos
Mínimo da Bibliografia Básica, Bibliografia Complementar e Periódico
Especializados.
CONCEITO DA
CONCEITO DOS
BIBLIOGRAFIA
PERIÓDICOS
COMPLEMENTAR
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
3
3
4
4
5
5
Fonte: Dados da pesquisa.
DIMENSÃO 3
NOTA FINAL
ANO DA
AVALIAÇÃO
CÓDIGO DE
AVALIAÇÃO
2,9
3,3
4,0
2,1
2,0
3,0
3,1
4,1
3
4
4
3
4
2
2
3
2014
2012
2011
2012
2014
2011
2012
2013
108608
94207
89802
93457
89183
89184
93169
103258
Ademais, a priori, surpreendem as notas de 1 a 4 atribuídas ao indicador Periódicos
Especializados, ao considerar-se que todas as bibliotecas da UFBA têm acesso ao Portal da Capes
(Quadro 1). No entanto, numa análise mais acurada, há dois fatores a considerar: 1) normalmente,
nos Planos de Ensino dos cursos de graduação da UFBA não se incluem periódicos especializados
mais afetos aos cursos de pós-graduação; 2) e, caso algum docente, na sua prática, adote um ou
mais títulos para a graduação, não faz constar do referido Plano. Com isto, um curso bem avaliado
na dimensão 3 (Infraestrutura), como demonstra o Quadro 1, pode perfeitamente ter nota 1 no
Indicador Periódicos Especializados. No entanto, este conceito mínimo não repercute no conceito
final da dimensão Infraestrutura, uma vez que os três Indicadores relativos à Biblioteca
(Bibliografia Básica, Bibliografia Complementar e Periódicos Especializados
condições de igualdade entre si e com mais 20 itens, dessa dimensão.
Segundo informação enviada por e-mail por parte do INEP (Coordenação-geral de
Avaliação dos Cursos de Graduação e IES
CGACGIES) a uma das autoras, em 22 de agosto de
2017, pelo protocolo n. 2784301:
O conceito do curso (CC) é calculado, pelo sistema e-MEC, com base na média aritmética
ponderada dos conceitos das dimensões, os quais são resultados da média aritmética
simples dos indicadores das respectivas dimensões. Não há pesos atribuídos aso
indicadores.
Esta situação é um dos pontos críticos que vimos levantando em relação à adequação e
suficiência dos indicadores dos INEP e que reforça nossa posição de que a biblioteca universitária
venha a constituir-se numa quarta Dimensão a ser avaliada, de modo que seu desempenho, de um
lado, contribua efetivamente na nota final não só da Dimensão, mas do curso como um todo; de
outro, que a biblioteca seja representada com fidedignidade no seu desempenho
para o mal
para o bem e
e assim forneça aos gestores os elementos necessários para sua melhoria no
�cumprimento do seu papel dentro da academia e para justificar os investimentos feitos e
demandados.
O Portal de Periódicos da Capes, oficializado em 2000, teve como o objetivo de solidificar
o uso do formato eletrônico das coleções científicas para as Instituições de Ensino Superior. Com
essa iniciativa, a Capes passou a centralizar a compra de assinaturas dos periódicos especializados,
liberando as universidades desse encargo, sendo que elas mantiveram, segundo seu interesse, as
assinaturas dos periódicos impressos.
O Gráfico 5, aparentemente, revela o desconhecimento do conteúdo do Portal de Periódicos
da Capes, por parte dos avaliadores, ou das instruções que o Indicador atribui a cada conceito, visto
que dos 83 cursos avaliados só 46 cursos receberam conceito máximo (5) no Indicador Periódicos
Especializados.
Gráfico 5 - Nota do Indicador Periódicos Especializados, relacionada com o Conceito Final nos
83 cursos avaliados.
Fonte: Dados da pesquisa.
Legenda: O eixo horizontal corresponde aos conceitos atribuídos pelos avaliadores ao Indicador
Periódicos Especializados. O eixo vertical corresponde à quantidade de cursos por
Conceito final de Curso.
Além disso, um dos relatórios de Avaliação in loco, com conceito 4 no Indicador de
Periódicos Especializados, tem uma justificativa sem razão de ser visto, que o Portal de Periódico
da Capes deveria atender a todos os critérios da nota máxima do indicador, e na justificativa os
avaliadores pontuaram que um periódico criado pelo curso está classificado pelo WebQualis no
estrato B-2, como se esta classificação influenciasse na nota do indicador. Não há a menor razão,
se isto ocorreu de fato. Segue a justificativa do avaliador:
A IES mantém assinaturas de 15 periódicos especializados indexados e correntes, sob
forma impressa ou virtual, cujos títulos encontram-se distribuídos entre as principais áreas
do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos três anos. Além
destes, a IES possui uma revista intitula-se "Cultura Visual" e possui classificação Qualis
B-2. Também são disponibilizados artigos de periódicos especializados como Arco
Design, por exemplo, entre outros. (INEP, avaliação n. 128678, 2017).
Outro aspecto que surpreendeu nos relatórios examinados foi o resultado da avaliação
121807 (número atribuído pelo INEP). Consta no relatório tomado como exemplo, quanto à
�amostragem feita, verificou-se que existe um exemplar para 7 vagas
ar no Plano de Ensino, é
avaliada por unidade curricular (disciplina). Pergunta-se: Como o avaliador pôde avaliar a
Bibliografia Básica por amostragem, se o conceito a ser atribuído a ela é calculado pela média do
total dos exemplares do Curso? Neste caso, pode-se considerar que houve um equívoco do
avaliador quanto ao entendimento das Instruções para Preenchimento do Formulário e-MEC.
Ainda quanto aos resultados, cujas evidências sugerem subjetividade ou mesmo má
interpretação por parte dos avaliadores, foram encontradas também argumentações referentes a
aspectos não solicitados pelo instrumento de avaliação do INEP, tais como alguns exemplos que
seguem:
A Instituição tem uma Biblioteca Central, com 4 andares para os cursos da saúde, bem
iluminada e ventilada. O acervo tem um sistema informatizado que possibilita consulta e
reserva via internet. Tem 55 mesas para leitura e 12 cabines individuais. Não tem salas de
reunião para pequenos grupos. (INEP, avaliação n. 113129, 2015).
Na visita in loco na Biblioteca do curso de Química verificou-se um número razoável de
livros para os dois primeiros anos do curso, considerando 40 vagas semestrais de entrada
de alunos. Na visita in loco na Biblioteca do curso foi verificado existir um número
razoável de bibliografia complementar para os alunos do curso. (INEP, avaliação n.
121847, 2016).
Reiterando o parágrafo anterior, os itens 3 e 4 das Instruções para Preenchimento (INEP,
2016, p. 1) orientam o avaliador a:
3. Atribuir os conceitos a cada um dos indicadores. Os conceitos deverão ser justificados,
com argumentação qualitativa e contextualizados, com base nos indicadores.
4. Assegurar a coerência dos conceitos atribuídos aos indicadores com as suas respectivas
justificativas (análise quantitativa e análise qualitativa).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por oportuno, conclui-se que os casos de avaliação inadequada, anteriormente indicados,
não excluem os casos exitosos, em que os cursos, em todos os seus aspectos, inclusive nos
Indicadores que representam a Biblioteca, são avaliados de forma fidedigna à realidade conhecida.
O que se quer, no entanto, é que a biblioteca universitária seja transformada numa quarta
Dimensão a ser avaliada
ao lado da Organização Didático-Pedagógica, Corpo Docente e Tutorial
e Infraestrutura , na perspectiva de que, por um lado, ela tenha representatividade no total da
avaliação por sua função de estrutura fundante da Instituição; por outro, que avaliação fidedigna de
seu status quo venha promover seu constante aperfeiçoamento, na oferta de serviços e produtos
pertinentes ao desenvolvimento dos programas de ensino e de pesquisa da Universidade, o que não
�ocorre quando apenas as bibliografias básicas e complementares e os periódicos são levados em
consideração. (LUBISCO, 2017).
REFERÊNCIAS
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Poder
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 20 - Ano: 2018 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: O Futuro da Biblioteca Universitária na Perspectiva do Ensino, Inovação, Criação, Pesquisa e Extensão.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Cursos de graduação da Universidade Federal da Bahia: um estudo sobre a biblioteca universitária na avaliação IN LOCO pelo INEP –2010-2017.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Sousa, Flávia Bulhões de; Lubisco, Nidia Maria L.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O objetivo do artigo é investigar qual a contribuição da biblioteca universitária na avaliação dos cursos de graduação da UFBA, pelo INEP, tendo como foco as bibliografias básicas e complementares e também os periódicos especializados que atendem cada curso. Para tanto, analisaram-se as notas atribuídas pelos avaliadores nas visitas in loco aos cursos, entre os anos de 2010 a 2017. O estudo se configura como uma pesquisa qualitativa e quantitativa, de caráter descritivo, baseada teoricamente na literatura pertinente, bem como em levantamento documental referente aos instrumentos do INEP de 2015 e aos relatórios de avaliação dos cursos, elaborados pelos avaliadores do mesmo Instituto. A análise dos dados, comparativamente à realidade conhecida e vivenciada pelas bibliotecas da UFBA revelou que os critérios de avaliação registrados pelos avaliadores se apresentam muitas vezes subjetivos, não revelando com fidedignidade o estado real das bibliotecas. Conclui-se, assim, que ter como únicos indicadores de avaliação da biblioteca universitária as bibliografias básicas e complementares e os periódicos especializados não é uma medida suficiente para configurar se ela cumpre sua função para a comunidade acadêmica. Além disso, a falta de um profissional da Biblioteconomia integrando as equipes de visita do INEP faz com que as avaliações não sejam realizadas com critérios adequados e suficientes para representar a biblioteca, o que influencia evidentemente nas notas finais obtidas pelos cursos.
Language
A language of the resource
pt