-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/50/5840/SNBU2018_238.pdf
320f6c3789947809350ab39091b9c27b
PDF Text
Text
Eixo III - Ensino
A GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO COMO SUBSÍDIO À
ADMINISTRAÇÃO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
THE MANAGEMENT OF INFORMATION AND KNOWLEDGE AS SUBSIDY TO THE
ADMINISTRATION OF UNIVERSITY LIBRARIES
Resumo: O artigo pretende trazer à luz e cooperar com o desenvolvimento da temática Gestão da
Informação e do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias. Os objetivos consistem em analisar
as dinâmicas gerenciais relativas às questões de criação, uso e compartilhamento de informações e
de conhecimentos na conjuntura da administração de bibliotecas universitárias. Os aspectos
investigados exploram as concepções dessa gestão como subsídio às práticas administrativas do
bibliotecário gestor. Assim, o estudo classifica-se quanto aos objetivos como exploratóriodescritivo e possui abordagem qualitativa. Em relação à fundamentação teórica, elegeu-se como
modelo o Ciclo do Conhecimento Organizacional proposto por Choo. Tal modelo apresenta uma
visão cíclica sobre a informação e assemelha-se, de modo formal ou informal, aos trâmites
informacionais presentes na administração de bibliotecas universitárias. O percurso metodológico
traduz-se na elaboração de uma revisão da literatura dos trabalhos dedicados à gestão da
informação e do conhecimento em organizações analisados sob a ótica da administração
bibliotecária. Para isso, foram consultados autores clássicos e contemporâneos da Ciência da
Informação, da Biblioteconomia e da Administração. Os resultados de pesquisa convergem para o
alinhamento entre a gestão da informação e do conhecimento e a administração de bibliotecas
universitárias. Essa interligação é possível por meio do uso racional dos recursos tangíveis e
intangíveis existentes nas bibliotecas universitárias, além da ressignificação das competências do
bibliotecário gestor. Em face disto, concluiu-se que a gestão da informação e do conhecimento é
capaz de apoiar ações que interfiram de modo prático, inovador e criativo, no desenvolvimento de
produtos e serviços da biblioteca universitária.
Palavras-chave: gestão da informação. gestão do conhecimento. administração de biblioteca.
biblioteca universitária.
Abstract: The article intends to bring to light and cooperate with the development of the subject of
Information and Knowledge Management in University Libraries. The objectives are to analyze the
managerial dynamics related to the creation, use and sharing of information and knowledge in the
context of the administration of university libraries. The investigated aspects explore the
conceptions of this management as subsidy to the administrative practices of the librarian manager.
Thus, the study is classified as exploratory-descriptive and has a qualitative approach. In relation to
the theoretical foundation, the Organizational Knowledge Cycle proposed by Choo was chosen as
the model. Such a model presents a cyclical view on information and resembles, formally or
informally, the informational procedures present in the administration of university libraries. The
�methodological course is the elaboration of a literature review of the works dedicated to the
management of information and knowledge in organizations analyzed from the perspective of the
librarian administration. For this, classic and contemporary authors of Information Science,
Librarianship and Administration were consulted. The research results converge to the alignment
between information management and knowledge and the administration of university libraries.
This interconnection is possible through the rational use of the tangible and intangible resources
existing in university libraries, in addition to the re-signification of the skills of the librarian
manager. In the face of this, it was concluded that the information and knowledge management is
able to support actions that interfere in a practical, innovative and creative way, in the development
of products and services of the university library.
Keywords: information management. knowledge management. library management.
libraries.
university
1 Introdução
O atual cenário político-econômico das Instituições de Ensino Superior (IES) pauta-se por
incertezas quanto ao seu futuro. De igual modo, ressalta-se o momento histórico no qual essas
Instituições educacionais recebem acusações relacionadas à sua (suposta) ineficiência e críticas
quanto a um possível distanciamento da sociedade. Nesse viés, a biblioteca enfrenta o desafio de se
reinventar e de se adequar às mudanças pretendidas pela sociedade da informação.
Diante desse panorama, reforça-se que as bibliotecas universitárias constituem-se de locais
em que se privilegia, primordialmente, a transmissão do saber já consagrado e do intercâmbio de
informações e conhecimento. Assim sendo, cabem às bibliotecas universitárias aperfeiçoar e
direcionar as suas práticas e rotinas em para o uso e do domínio de novas técnicas em prol da
inovação e da criação.
Nesse contexto, a parca discussão aprofundada sobre os aspectos gerenciais da informação
e do conhecimento no campo da Biblioteconomia e da Administração educacional, representa uma
incômoda lacuna na trajetória construtiva da administração bibliotecária. Esse estado da arte basal
impossibilita uma análise mais efetiva e transformadora sobre essa temática. Nesse sentido, a
pesquisa classifica-se quanto aos objetivos como exploratório-descritivo e com abordagem
qualitativa.
Motivado por esses fatores, esta pesquisa tem como objetivo contribuir para o acréscimo de
referenciais pertinentes à Gestão da Informação e do Conhecimento (GIC) em bibliotecas
universitárias. Igualmente, esses objetivos visam compreender a GIC como subsídio à
administração de bibliotecas universitárias. Deste modo, pretende-se analisar as dinâmicas
gerenciais relativas às questões de criação, uso e compartilhamento de informações e de
conhecimentos na perspectiva da administração de bibliotecas universitárias.
�Os aspectos investigados exploram as concepções teóricas e estratégicas dessa gestão como
subsídio às práticas administrativas bibliotecárias. Para isso, foram consultados autores clássicos e
contemporâneos da Ciência da Informação, da Administração e da Biblioteconomia.
2 Revisão bibliográfica
A fundamentação teórica desta pesquisa considera a multiplicidade dimensional que
envolve os conceitos de gestão, de informação e de conhecimento. Nesse intento, elegeu-se o
modelo gerencial da informação proposto por Choo (2003). Essa escolha ocorre pela abordagem
cíclica da informação e do conhecimento evidenciada nesse padrão e a sua semelhança, de modo
formal ou informal, ao modelo existente em bibliotecas universitárias (FERREIRA; MAIA, 2013).
Diante do exposto, para o desenvolvimento dessa pesquisa foram concatenados os aspectos
conceituais da informação e do conhecimento nas organizações. Posteriormente, foram abordadas
as dinâmicas relativas à administração de bibliotecas, suas particularidades organizacionais e o
papel de seu gestor, o bibliotecário. Para isso, foram consultados livros, artigos e demais trabalhos
científicos de autores da Ciência da Informação, da Administração e da Biblioteconomia.
A informação e o conhecimento possuem divergências conceituais entre si. Deste modo,
alguns auto
ambas
(SMIT, 2012, p. 94).
Em
contrapartida, uma das vertentes existentes na Ciência da Informação (CI) ratifica a inexistência da
diferenciação entre informação e conhecimento, exceto sob um contexto linguístico (MACHLUP,
1962).
Ainda nessa acepção, a informação estabelece-se como o elemento de comunicação entre
pessoas ante uma sucessão de processos orientados pelas necessidades humanas (LE COADIC,
2004). Neste trabalho, assume-se que esse processo de comunicação ocorre pela incorporação da
informação a uma rede cognitiva/intelectual, que possibilita gerar novos conhecimentos de modo
individualizado (SMIT, 2012). Assim sendo, a informação, por si só, é incapaz de proporcionar
conhecimento, o mesmo atua como um auxiliar na resolução de um problema (LE COADIC, 2004;
OLIVEIRA, 2008).
A informação registrada, armazenada para socialização e potencialmente utilizável, integrase a uma abordagem de comunicação que é direcionada ao usuário/receptor. Nesse seguimento, o
receptor (ou usuário), ao processar a informação, deve encontrar, em sua rede cognitiva, a condição
à qual esse novo elemento poderá se conectar (SMIT, 2012). O conhecimento, por sua vez, é
próprio do indivíduo/usuário e configura-se como complexo e imprevisível, diferenciando-se da
�informação por contemplar crenças e compromisso humanos (NONAKA; TAKEUSHI, 2008).
Entende-se que as organizações, de modo formalizado ou não, já fazem uso de práticas em
gestão estratégica, da inovação, do capital humano e da informação (CHOO, 2003). Desse modo,
muitas dessas práticas percorrem o gerenciamento do conhecimento organizacional e,
consequentemente, demandam a identificação das práticas e definição das metas em benefício do
amadurecimento das etapas de captação e compartilhamento de conhecimento.
2.1 Gestão da informação e do conhecimento (GIC)
A GIC estabelece-se como um campo interdisciplinar da ciência, sendo seus principais
colaboradores oriundos das áreas da Administração; da Ciência da computação e da Ciência da
informação (ALVARENGA NETO, 2008). Enquanto o domínio da Administração abrange
questões de planejamento, organização e controle, o campo da Ciência da computação contempla
características de distribuição e armazenamento da informação (ALVARENGA NETO, 2008;
ARAÚJO; DIAS, 2008). A Ciência da Informação, por sua vez, contribui quanto à recuperação, ao
armazenamento e a utilização de documentos e dados (BARBOSA; PAIM, 2003).
Não há uma delimitação única e estática sobre quando começa ou termina a gestão da
informação (GI) e a gestão do conhecimento (GC), porém, é possível destacar suas principais
características. A GI tem uma preocupação com a administração dos registros e documentos que
levam à criação, organização e manutenção de repositórios de conhecimento (ALVARENGA
NETO, 2008; ARAÚJO; DIAS, 2008). Os estudos acerca da GI perpassam, entre outros, aspectos
técnicos da Biblioteconomia, como a coleta, o tratamento, a organização e a indexação
(LANCASTER, 2004; OLIVEIRA, 2008; SARACEVIC, 1996).
Quanto à GC, ela incorpora questões relativas à criação, ao uso e ao compartilhamento do
conhecimento sob um contexto de gestão e capacitação (ALVARENGA NETO, 2008). No
ambiente organizacional, a GC é estudada como fonte de informações para a competitividade
empresarial (DAVENPORT; PRUSAK, 1998) e no gerenciamento de questões estratégicas
(CHOO, 2003). Complementarmente, a temática é trabalhada na perspectiva da gestão da inovação
e do capital intelectual (NONAKA; TAKEUCHI, 2008).
�De acordo com Valentim (2010) os fluxos de informação no ambiente organizacional
dividem-se entre fluxos formais (estruturados) e fluxos informais (não estruturados). Os fluxos de
informação formais estão em registros tangíveis enquanto que os informais são, por sua vez,
originários das experiências dos sujeitos organizacionais (VALENTIM, 2010). Nessa continuidade,
Davenport e Prusak (1998) determinam que os fluxos de informação, sejam eles estruturados ou
não, são intrínsecos à dinâmica das organizações e, por isto, podem ser mapeados, identificados e
caracterizados sob a perspectiva do ambiente informacional.
Nesse viés, segundo Valentim (2010), essas ações gerenciais na organização visam
prospectar, selecionar, organizar e disseminar seus ativos informacionais e intelectuais. Para isso,
integram-se desde documentos e bancos de dados produzidos pela organização até o
reconhecimento individual dos sujeitos organizacionais na organização (ALVARENGA NETO,
2008).
2.2 Administração de Bibliotecas Universitárias
Diante do exposto, denota-se que os espectros de atuação da GIC e dos fluxos
informacionais são amplos e abrangentes. Nesse sentido, percebe-se que nas IES, destacando-se as
bibliotecas universitárias, tal fenômeno não é diferente. Ressalta-se que as bibliotecas
universitárias, mesmo submetidas a uma organização superior, são consideradas como
organizações (MACIEL; MENDONÇA, 2006).
Assim, as bibliotecas universitárias têm como principal função subsidiar as práticas de
ensino, de pesquisa e de extensão desenvolvidas no ensino superior, intermediando a provisão de
recursos de informação seletivos, diversificados e organizados (ALMEIDA, 2005; NUNES;
CARVALHO, 2016). A incorporação de aspectos direcionados à organização da informação
gerencial, além da criação e compartilhamento de conhecimentos, proporciona, consequentemente,
incrementos de ordem qualitativa essenciais às bibliotecas universitárias (BEM; AMBONI, 2013,
CASTRO, 2005).
Davenport e Prusak (1998) alegam que a administração da informação transcorre em
ambientes inter-relacionados: o ambiente de informações, o ambiente externo e o ambiente
organizacional. Nesse sentido, as bibliotecas universitárias apresentam tanto relações internas
(equipe administrativa e técnica) quanto externas (clientes/usuários). A troca contínua de
�informações e de conhecimentos entre o pessoal da biblioteca e o usuário possibilita o aprendizado
mútuo e agiliza o fluxo de conhecimento (VALENTIM, 2010).
A GIC em bibliotecas, nos últimos anos, foi analisada sob algumas perspectivas interrelacionadas. No âmbito das bibliotecas universitárias, são mencionadas as práticas de GIC em
sistemas de bibliotecas federais (BEM; AMBONI, 2013; FERREIRA; MAIA, 2013); a análise de
produtos e serviços inovadores (ALVARENGA NETO, 2008) e a gestão da qualidade (SOUZA et
al., 2016). Adicionalmente, ainda no contexto das bibliotecas acadêmicas, procura-se abranger as
competências de gerenciamento e prestação de seus serviços de informação (MOSTOFA;
MEZBAH-UL-ISLAM, 2015) e as pesquisas referentes à gestão de fluxo de informação como
suporte ao processo decisório (VALENTIM, 2010).
3 Materiais e métodos
Diante do exposto, utiliza-se como percurso metodológico a elaboração de uma revisão da
literatura dos trabalhos dedicados à GIC correlacionando-a com os aspectos administrativos
inerentes às bibliotecas universitárias. Assim, são descritos os conhecimentos e interpretações
sobre a temática, além das suas semelhanças e contradições.
Posteriormente, são discutidos os aspectos de construção do sentido, criação de
conhecimento e tomada de decisões em organizações que conectam ao modelo gerencial da
informação direcionado às bibliotecas universitárias. Os resultados e as discussões, além dos
apontamentos e possibilidades passíveis de aplicação em bibliotecas universitárias, foram
desenvolvidos de modo simultâneo e dispostos em cada etapa do Ciclo do Conhecimento
Organizacional proposto por Choo (2003).
4 Construção do sentido, criação de conhecimento e tomada de decisões em organizações
Em retomada aos objetivos desta pesquisa, reforça-se que eles visam compreender a GIC
como subsídio à administração de bibliotecas universitárias. Nesse intento, elegeu-se o modelo
gerencial da informação proposto por Choo (2003). Essa escolha ocorre pela abordagem cíclica da
informação e do conhecimento, evidenciada naquele modelo e pela sua semelhança, de modo
formal ou informal, ao adotado em bibliotecas universitárias (FERREIRA; MAIA, 2013).
Nessa perspectiva, as organizações, incluindo as bibliotecas universitárias, fazem uso
estratégico da informação (FIG.1) para atuação em uma tríade de campos distintos, porém,
�conectados: sensemaking; criação de conhecimento e tomada de decisão (ALVARENGA NETO,
2008; CHOO, 2003).
Dada amplitude do tema sensemaking (ou a construção do sentido), optou-se por um recorte
que aponta para as questões da construção de sentido em organizações. São abordados, portanto, os
aspectos de análise e interpretação do ambiente informacional e seus sistemas interpretativos
(CHOO, 2003). O sensemaking permite a construção de um entendimento compartilhado dos
sujeitos organizacionais, do que é a organização e o que ela faz (ALVARENGA NETO, 2008).
FIGURA 1
A organização do conhecimento
Fonte: Adaptado de Choo, 2003.
Ainda no tocante à construção de sentido e do valor às atividades das organizações, Choo
(2003) apresenta a sua estruturação por meio das etapas de necessidade, busca e uso de
informação. Sob a perspectiva bibliotecária, as necessidades de informação em bibliotecas
universitárias implicam em um reconhecimento aprofundado das perspectivas da equipe de
trabalho e dos usuários de seus produtos e serviços.
A próxima etapa, intrínseca à construção de sentido, refere-se à busca da informação. Para
isso, a GIC de Choo (2003) indica o escaneamento ambiental e a pesquisa em sistema de
informações por intermédio de pesquisa.
O último passo para a construção de sentido consiste no uso da informação e alude às
questões de redução da incerteza e administração de ambiguidade. A informação pode reduzir ou
aumentar a incerteza em uma tomada de decisão (ALVARENGA NETO,2016; VITAL et al.,
2010). Diante disso, torna-se mais relevante o gerenciamento de ambiguidades informacionais por
meio de um entendimento coletivamente construído.
O segundo elemento da tríade desenvolvida por Choo (2003) destina-se à criação de
conhecimento, cuja construção exige o conhecimento tácito de indivíduos ou grupos (NONAKA;
TAKEUCHI, 2008). Conforme Alvarenga Neto (2008), as organizações criam, adquirem,
�organizam e processam a informação com o objetivo de gerar novos conhecimentos, utilizando-se
para tanto, a aprendizagem organizacional. A partir disso, o desenvolvimento de novas habilidades
e capacidades, a criação de novos p
-BARTON, 1998 apud ALVARENGA NETO, 2008,
p. 81).
A última área descrita por Choo (2003) refere-se à tomada de decisão estruturada por regras
e rotinas, sendo aqui trabalhada no limite da racionalidade. Assim, quanto às limitações desse
processo, Simon (1971) explica a impossibilidade prática de o gestor acessar a totalidade de opções
possíveis para um processo decisório racional integral. Desta forma, o administrador é auxiliado
por um número limitado de informações que o subsidiará para uma decisão suficientemente boa em
relação aos objetivos da organização (SIMON, 1971; ALVARENGA NETO, 2008).
Assim, a prática da GIC corre por intermédio de abordagens gerenciais e de ferramentas
orientadas para o diálogo entre informação e conhecimento em prol do processo decisório
(SANTOS; VALENTIM, 2014). Deste modo, cabe ao gestor atentar-se à diferença entre fatos, de
natureza objetiva e valores, de natureza subjetiva. Ressalta-se, porém, que ambos, fatos e valores,
influenciam o processo decisório (SIMON, 1971; FERREIRA; MAIA, 2013).
4.1 Ciclo do Conhecimento Organizacional direcionado às bibliotecas universitárias
Apresentadas as concepções fundamentais de construção de sentido, criação de
conhecimento e tomada de decisões, aventa-se discutir o ciclo da informação gerencial. Para isso,
procede-se a incorporação das dinâmicas e ferramentas administrativas que conduzam à GIC sob a
ótica da biblioteca universitária e do seu gestor, o bibliotecário (FIG.2).
Nesse sentido, Choo (2003) aponta um modelo processual de administração indicativo de
um ciclo constante de atividades administrativas que se comunicam: identificação das necessidades
de informação; à aquisição da informação; à organização e armazenamento da informação; ao
desenvolvimento de produtos e serviços de informação; à distribuição da informação e ao uso da
informação.
O primeiro passo trabalhado refere-se à identificação das necessidades de informação.
Sobre iss
é responder, mas que a
necessidades de informação a serem gerenciadas tornam-se ações primordiais da GIC na biblioteca
universitária.
�Diante do exposto, torna-se pertinente o desenvolvimento de uma série de objetivos básicos
Segundo Choo (2003), os sujeitos organizacionais sempre tentam compreender o que acontece à
sua volta. Assim, a instrumentalização dos processos necessários para essa compreensão pode
acontecer por meio de um mapeamento de necessidades dos sujeitos organizacionais (CHOO,
2003) e, sob a ótica bibliotecária, dos estudos de usuários de bibliotecas (CUNHA; AMARAL,
2015).
FIGURA 2
GIC como subsídio à administração de bibliotecas universitárias.
Fonte: Adaptado de Choo, 2003.
A identificação das necessidades de informação ocorre pela mediação entre os processos
comunicacionais e os sujeitos envolvidos (FERREIRA; MAIA, 2013). Diante desse fluxo contínuo
informacional, a definição de políticas de informação proporciona uma descrição meticulosa das
necessidades existentes (ALVARENGA NETO, 2008). Nesse viés, é característico da biblioteca,
especialmente da universitária, a adoção de políticas bibliotecárias.
informal, está ligada ao atendimento da missão da bibli
Entre as políticas mais comuns, destacam-se as relativas ao acervo (Política de desenvolvimento de
coleções) e as que contemplam diretrizes direcionadas à seleção, aquisição e descarte (ALMEIDA,
2005). De igual modo, estão presentes políticas direcionadas aos aspectos técnicos (LANCASTER,
2004) de tratamento da informação (Política de Classificação e de Indexação) e de serviços
(Política de empréstimos).
Após a identificação, o processo posterior do ciclo informacional apresentado por Choo
(2003) remete à aquisição da informação. A multiplicidade de fontes e de formatos de informação
existente tornou ainda mais complexa essa etapa (FERREIRA; MAIA, 2013). Assim, Davenport e
Prusak (1998) afirmam que pessoas são os melhores meios para identificação e filtragem da
�informação a ser adquirida. No âmbito da biblioteca universitária, a informação pode ser buscada
em registros internos ou externos, por meio de sistemas de inteligência. Nesse aspecto, Choo
(2003) ressalta o papel do bibliotecário e dos profissionais de informação no monitoramento
externo e na utilização das tecnologias de informação.
No decorrer do processo de busca é possível que a informação demandada inexista e, nesse
caso, Alvarenga Neto (2008) cita a necessidade de investigação em prol da descoberta de uma nova
informação. O autor complementa que, ao refinar, avaliar e monitorar percepções, a compreensão
do próprio processo é incrementada, superando eventuais omissões informacionais e
proporcionando condições para a organização da informação.
A etapa conseguinte do modelo de Choo (2003) relaciona-se à organização da informação
criada e/ou acumulada. Para isto, é indicado o uso da tecnologia da informação como amparo ao
armazenamento de dados estruturados coletados pela administração bibliotecária (CHOO, 2003;
LIMA, 1998). As ferramentas e instrumentos derivados do sistema informacional adotado devem
ser capazes de organizar a informação, oriundas de fontes diversas, de modo a classifica-la,
armazená-la e trata-la (ALVARENGA NETO, 2008; CHOO, 2003).
Segundo Cunha e Cavalcanti (2008), sistemas de gerenciamento da informação são
integrados a suportes lógicos (softwares) e têm por objetivo a administração da informação. Assim,
na perspectiva das bibliotecas, Lima (1998) apresenta três sistemas de informação essenciais que
visam o gerenciamento do acervo, dos dados bibliográficos e a estruturação de bases de dados.
O primeiro sistema citado por Lima (1998) é o de gerenciamento de bibliotecas e tem a
função de administrar o acesso aos documentos do acervo, monitorando o seu paradeiro (CUNHA;
CAVALCANTI, 2008). O segundo sistema refere-se ao gerenciamento de bases de dados
bibliográficos e tem a incumbência de atender às situações específicas do repertório bibliográfico
(LIMA, 1998). Nesse sistema, quando determinada informação bibliográfica é modificada, todas as
demais associadas a ela também serão modificadas imediatamente (CUNHA; CAVALCANTI,
2008). Por fim, o terceiro sistema aplica-se ao gerenciamento de base de dados, que é definido pela
estrutura lógica e física dos dados estruturados em uma base.
Se, por um lado, não faltam recursos e mecanismo para a administração das informações
estruturadas (formais), por outro lado há uma inquietação quanto à organização de dados não
estruturados (informais). Nesse intuito faz-se necessário a criação de uma memória organizacional
que atue como um repositório ativo de conhecimentos e experiências (CHOO, 2003; FERREIRA;
MAIA, 2013) e Ferreira declara sobre No ambiente das bibliotecas universitárias, esse
armazenamento é de extrema valia, haja vista a possibilidade de que sejam aproveitados os
conhecimentos da equipe da biblioteca.
�A compreensão desse conhecimento e sua efetiva possibilidade de consulta pelos demais
membros da organização demandam ações sistemáticas organizacionais (CHOO, 2003; NONAKA;
TAKEUSHI, 2008). Nesse sentido, ao estimular a interação e a aprendizagem entre os
colaboradores, o bibliotecário gestor propicia aumento do conhecimento individual e coletivo de
seus membros, impactando os seus serviços e produtos.
O desenvolvimento de produtos e serviços de informação é o próximo passo do ciclo
organizacional de Choo (2003). Tal processo estabelece-se via mapeamento do conhecimento e das
necessidades do cliente/usuário. Nessa acepção, Choo (2003) afirma que o objetivo de desenvolver
produtos e serviços de informação é estabelecer relações com a necessidade de informação do
usuário.
Nesse sentido, a biblioteca universitária, por meio de seus sujeitos atuantes, em especial o
bibliotecário, deve compreender os processos de produção, aquisição, organização e disseminação
da informação (SOUZA et al; 2016). Assim, ao propiciar os serviços e produtos na biblioteca
universitária, novos conhecimentos são gerados. Esses conhecimentos criados permitem a
concepção de novos serviços e produtos, o aperfeiçoando dos antigos e a melhora dos processos da
organização (ALVARENGA NETO, 2008).
Os conhecimentos organizados e traduzidos de forma harmônica, nos produtos e serviços,
proporcionam condições necessárias para disseminação da informação. Dessa forma, o próximo
passo do ciclo de Choo (2003) consiste na distribuição da informação. Nessa linha, distingue-a
difusão da informação, considerada relevante, para as pessoas certas, no momento devido e no
formato adequado (CHOO, 2003; VALENTIM et al., 2014).
Nos trabalhos biblioteconômicos, a distribuição da informação é trabalhada sob o olhar de
antecipação de desejos do cliente (FIGUEIREDO, 1992) e sob a ótica da divulgação do livro (ou
outra fonte de informação) para o usuário (RANGANATHAN, 1931). Sendo a própria biblioteca
uma fonte de informação, seus serviços de disseminação seletiva da informação podem ser
referência na modelização do modo de distribuição da informação.
Conforme Choo (2003), o processo de disseminação e compartilhamento da informação, a
partir de fontes amplas, diversificadas e trabalhadas de modo factual, geram novas soluções e
perspectivas de uso. Deste modo, a distribuição da informação de modo articulado contribui para a
codificação da mensagem pelo receptor dessa informação e a promoção de um maior aprendizado
organizacional (CHOO, 2003). Consequentemente, ao se trabalhar a distribuição da informação de
forma criteriosa, aumenta-se os aspectos qualitativos para o uso da informação. .
O próximo estágio do ciclo modelado por Choo (2003) consiste no uso da informação e
suas ligações com o contexto social e as condições em que ocorre tal emprego da informação.
�o da informação envolve a seleção e o
processamento da informação de modo a responder uma pergunta, resolver um problema, tomar
-se considerar o
contexto social do uso da informação, quando a mesma adquire sentido por intermédio do
compartilhamento dos envolvidos (CHOO, 2003).
Portanto, a percepção sobre o problema enfrentado, subsidiado pela informação
administrada, pode ser alterada, gerando para o bibliotecário, novas dúvidas e incertezas. Dessa
maneira, é reiniciado o ciclo do conhecimento organizacional do modelo de Choo (2003).
Os resultados de pesquisa convergem para o alinhamento entre a GIC e a administração de
bibliotecas universitárias. Essa interligação é possível por intermédio de um uso racional dos
recursos intangíveis e tangíveis presentes nas bibliotecas universitárias, além da ressignificação das
competências do bibliotecário gestor.
O uso da informação é condicionado ao ambiente singular de cada tipo de organização. Isto
posto, a função do bibliotecário não se restringe ao mero gerenciamento das informações
documentárias (SILVA; DUARTE, 2015), sendo o mesmo a figura central na administração da
biblioteca e, por conseguinte, do processo decisório. Nesse seguimento, no espaço das Bibliotecas
universitárias, cabe ao bibliotecário não desempenhar a função exclusiva de solucionador de
problemas e, sim, de agente vigilante.
6 Considerações finais
Em face disto, concluiu-se que a gestão da informação e do conhecimento, analisada sob a
ótica da administração bibliotecária, é capaz de apoiar ações que interfiram de modo prático,
inovador e criativo, no desenvolvimento de produtos e serviços da biblioteca universitária. Assim
sendo, enfatiza-se que a GIC, estruturada pelas formas de comunicação organizacional e as
tecnologias de informação, são elementos que apoiam o processo de compartilhamento do
conhecimento. Nesse sentido, reforça-se o uso racional de todos os recursos disponíveis nas
bibliotecas universitárias, incluindo a informação registrada e o conhecimento dos sujeitos
organizacionais envolvidos, são promissores para o aprimoramento da sua eficiência
administrativa.
A combinação existente entre as tradicionais atividades administrativas biblioteconômicas e
a incorporação de novos olhares pautados pelas perspectivas práticas de identificação e
desenvolvimento de conhecimento organizacional, são propulsores de novas estratégias nas
bibliotecas universitárias. Essa ressignificação sobre o exercício gerencial universitário denota
�maior participação do bibliotecário sobre um todo coletivo. Nesse seguimento, a partir da
compreensão da GIC em bibliotecas universitárias, o processo decisório do bibliotecário adquire
maior valor agregado conduzindo a administração de bibliotecas universitárias para a
concretização de seus objetivos.
Referências
ALMEIDA, M. C. B. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. 2. ed. Brasília, DF:
Briquet de Lemos, 2005.
ALVARENGA NETO, R. C. D. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de
mapeamento conceitual integrativo. São Paulo: Saraiva, p. 236, 2008.
ARAÚJO, E. A.; DIAS, G. A. A atuação profissional do bibliotecário no contexto da sociedade de
informação: os novos espaços de informação.. In: OLIVEIRA, Marlene de (Org.). Ciência da
informação e biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de atuação. Belo Horizonte: Editora
Ufmg, 2008. Cap. 6. p. 111-122.
BARBOSA, R. R.; PAIM, Í. Da gerência de recursos informacionais à gestão do conhecimento. In:
PAIM, Í. (org.). A gestão da informação e do conhecimento. Belo Horizonte: Escola de Ciência da
Informação da UFMG, 2003. Capítulo 1, p. 07-31.
BEM, R.; AMBONI, N. F. T. Práticas de gestão do conhecimento: o caso da biblioteca
universitária da ufsc knowledge management practices: the case of the university library
ufsc. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v. 18, n. 1, 2013. Disponível em:
<http://www.brapci.inf.br/v/a/11982>. Acesso em: 03 Nov. 2018.
CARVALHO, G. M. R. Informação & conhecimento: uma abordagem organizacional. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2001.
CASTELLS, M. O espaço de fluxos. In: _____. A sociedade em rede. 6. Ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2001. v.1. Cap. 6. P. 467-521.
CASTRO, G. Gestão do conhecimento em bibliotecas universitárias: um instrumento de
diagnostico. 2005. 160 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
CHOO. A Organização do Conhecimento: como as organizações usam a informação para criar
significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora Senac, 2003.
CUNHA, M. B.; AMARAL, S. A.; DANTAS, E. B. Manual de estudo de usuários da informação.
São Paulo, SP: Atlas, 2015. 448p. ISBN 978-85-224-9877-2.
CUNHA, M. B., CAVALCANTI, C. R. O. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia.
Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2008. 451p.
DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta
para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998. 316p.
�FERREIRA, L. A. MAIA, L. C. G. Gestão da informação em bibliotecas universitárias: as práticas
do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Goiás (Sibi/UFG). Encontros Bibli: revista
eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 18, n. 36, p. 181-202, abr.
2013. ISSN 1518-2924. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/15182924.2013v18n36p181>. Acesso em: 03 nov. 2017.
FIGUEIREDO, N. M. A modernidade das cinco leis de Ranganathan. Ci. Inf., Brasilia, v. 3, n. 21,
p.186-191, set. 1994. Trimestral. Ci. Inf., Brasília, 21. Disponível em:
<http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/04/pdf_f4374b74ba_0009047.pdf>. Acesso em: 20
nov. 2017.
LANCASTER, F. W. Avaliação de serviços de bibliotecas. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2004.
LE COADIC, Y. A Ciência da Informação. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.
LIMA, G. A. B Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura
brasileira até 1998. Ci. In. Brasília, v. 28, n. 3, p. 310-321. set./dez. 1999. Disponível em: <<
http://www.scielo.br/pdf/ci/v28n3/v28n3a9.pdf>> Acesso em: 30 nov. 2017.
MACHLUP, F. The production and distribution of knowledge in the United States. Princeton:
University Press, 1962.
MACIEL, A. C.; MENDONÇA, M. A. R. Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro:
Interciencia; Niterói: Intertexto, 2006.
MCGEE, J.; PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação: aumente a competitividade e
eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma ferramenta estratégica. Rio de
Janeiro: Elsevier, 1994. 224p.
MOSTOFA, S. M; MEZBAH-UL-ISLAM, M. Challenges and Opportunities of Knowledge
Management in University Library: A Case Study of Dhaka University Library in
Bangladesh. Journal Of Information Science Theory And Practice, [s.l.], v. 3, n. 4, p.49-61, 30 dez.
2015. Korean Institute of Science and Technology Information (KISTI).
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Teoria da criação do conhecimento organizacional. In: ______.
Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008. p.54-90.
NUNES, M. S. C.; CARVALHO, K. de. As bibliotecas universitárias em perspectiva histórica: a
caminho do desenvolvimento durável. Perspectivas em Ciência da Informação, [s.l.], v. 21, n. 1,
p.173-193, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO).
OLIVEIRA, M. de. Origens e evolução da ciência da informação. In: OLIVEIRA, Marlene de
(Org.). Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de atuação. Belo
Horizonte: Editora Ufmg, 2008. Cap. 1. p. 9-28.
RANGANATHAN, S.R. The five laws of library science. Madras: The Madras Library
Association, 1931.
�SANTOS, C. D.; VALENTIM, M. L. P. As interconexões entre a gestão da informação e a gestão
do conhecimento para o gerenciamento dos fluxos informacionais. Perspectivas em Gestão &
Conhecimento, v. 4, n. 2, p. 19-33, 2014. Disponível em:
<http://www.spell.org.br/documentos/ver/33854/as-interconexoes-entre-a-gestao-da-informacao-ea-gestao-do-conhecimento-para-o-gerenciamento-dos-fluxos-informacionais>. Acesso em: 03 nov
2017.
SARACEVIC, T. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em Ciência da
Informação. Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 41-62, jan./jun. 1996. Disponível em:
<http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/235>. Acesso em: 14 nov 2017.
SILVA, A.N; DUARTE, E.N. Instrumento para Dignóstico da Gestão da Informação e do
Conhecimento (GIC) para Bibliotecas Universitárias. Ciência da Informação em Revista, [s.1],
v.2, n. 2, p. 54-66, out. 2015. Disponível em:<<
http:qqwww.seer.ufal.brqindex.phpqcirqarticleqviewq1756>>. Acesso em: 14 out 2017.
SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações
administrativas. 2.ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 1971. 277p.
SMITH, J.W. The information in Information Science. InCID: R. Ci. Inf. e Doc., Ribeirão Preto, v.
3, n. 2, p. 84-101, jul./dez. 2012.
SOUZA; T. L.; OLIVEIRA; R.I; ROSÁRIO, M. H. S. Gestão da Informação e do Conhecimentos:
a gestão da qualidade nos serviços da biblioteca. Biblioonline: v. 12, n. 1 2016. Disponível em: <
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/28146 >acesso em: 13 nov 2017.
TEIXEIRA, T. M. C; VALENTIM, M. L. P. Fluxos de informação e linguagem em ambientes
organizacionais. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.22, p.151-156, maio/ago. 2012.
Disponível em: http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/10651/7764. Acesso em: 10
nov 2017.
VALENTIM, M.I.P Ambientes e fluxos de informação. In: ______ (Org.). Ambientes e fluxos de
informação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p.13-22 .
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 20 - Ano: 2018 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: O Futuro da Biblioteca Universitária na Perspectiva do Ensino, Inovação, Criação, Pesquisa e Extensão.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A gestão da informação e do conhecimento como subsídio à administração de bibliotecas universitárias.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Santos, Allan Julio
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O artigo pretende trazer à luz e cooperar com o desenvolvimento da temática Gestão da Informação e do Conhecimento em Bibliotecas Universitárias. Os objetivos consistem em analisar as dinâmicas gerenciais relativas às questões de criação, uso e compartilhamento de informações e de conhecimentos na conjuntura da administração de bibliotecas universitárias. Os aspectos investigados exploram as concepções dessa gestão como subsídio às práticas administrativas do bibliotecário gestor. Assim, o estudo classifica-se quanto aos objetivos como exploratóriodescritivo e possui abordagem qualitativa. Em relação à fundamentação teórica, elegeu-se como modelo o Ciclo do Conhecimento Organizacional proposto por Choo. Tal modelo apresenta uma visão cíclica sobre a informação e assemelha-se, de modo formal ou informal, aos trâmites informacionais presentes na administração de bibliotecas universitárias. O percurso metodológico traduz-se na elaboração de uma revisão da literatura dos trabalhos dedicados à gestão da informação e do conhecimento em organizações analisados sob a ótica da administração bibliotecária. Para isso, foram consultados autores clássicos e contemporâneos da Ciência da Informação, da Biblioteconomia e da Administração. Os resultados de pesquisa convergem para o alinhamento entre a gestão da informação e do conhecimento e a administração de bibliotecas universitárias. Essa interligação é possível por meio do uso racional dos recursos tangíveis e intangíveis existentes nas bibliotecas universitárias, além da ressignificação das competências do bibliotecário gestor. Em face disto, concluiu-se que a gestão da informação e do conhecimento é capaz de apoiar ações que interfiram de modo prático, inovador e criativo, no desenvolvimento de produtos e serviços da biblioteca universitária.
Language
A language of the resource
pt