-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/50/5771/SNBU2018_169.pdf
8b11c3a0f737a4d0335f8953439b0d49
PDF Text
Text
Eixo II - Pesquisa e Extensão
AVALIAÇÃO DE SITES DE BIBLIOTECAS DE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE
ENSINO SUPERIOR (IFES) COM BASE NO CRITÉRIO DE USABILIDADE:
ANÁLISE EMPÍRICA DE AMOSTRA SELECIONADA
EVALUATION OF LIBRARY SITES OF FEDERAL INSTITUTIONS OF HIGHER
EDUCATION (IFES) BASED ON THE USABILITY CRITERIA: EMPIRICAL ANALYSIS OF
SELECTED SAMPLE
Resumo: Apresenta a importância de manter sites, enquanto fontes de informação eletrônica,
usuais e acessíveis na experiência de navegação do usuário. Possui como objetivo geral a
avaliação, com base no critério de usabilidade, dos sites de bibliotecas vinculadas às
instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil. Adota como metodologia pesquisa
aplicada com método avaliativo de codificação dos sites para análise dos dados colhidos por
meio de etapas pré-definidas. Baseia-se nos conceitos de usabilidade, fontes de informação
eletrônica e as heurísticas de Nielsen. Busca contribuir com a melhoria desse tipo de fonte de
informação, de modo que se tornem mais usuais e facilitem a disseminação e a recuperação da
informação pelo usuário. Obtém como resultados preliminares que 69% dos sites possuem
controle fácil, 80% são de fácil reconhecimento e 65% apresenta características flexíveis.
Palavras-chave: Usabilidade. Site de bibliotecas. Bibliotecas universitárias.
Abstract: It presents the importance of maintaining websites, as sources of electronic
information, usual and accessible in the user browsing experience. It has as general objective
the evaluation, based on the usability criterion, of library sites linked to federal institutions of
higher education (IFES) in Brazil. It adopts as methodology applied research with evaluation
method of codification of the sites to analyze the data collected through predefined steps. It is
based on the concepts of usability, electronic information sources and Nielsen heuristics. It
seeks to contribute to the improvement of this type of source of information, so that they
become more usual and facilitate the dissemination and retrieval of the information by the
user. It obtains as preliminary results that 69% of sites have easy control, 80% are easy to
recognize and 65% have flexible features.
Keywords: Usability. Site of libraries. University libraries.
919
�1 INTRODUÇÃO
O contexto da sociedade em rede foi responsável por impulsionar e ampliar o uso de
fontes de informação eletrônica em bibliotecas. Como decorrência as unidades de informação
apropriaram-se da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), de modo a possibilitar a
ampliação do acesso à informação para os usuários. Tais unidades cujo paradigma era a
preservação e guarda de documentos passaram a priorizar o usuário e, consequentemente, buscar
o acesso à informação por meio de suportes variados, entre eles os sites. Neste contexto, as
bibliotecas disponibilizam seus acervos na rede com o objetivo de divulgar serviços e produtos
que oferece.
No entanto, somente disponibilizar o acervo, serviços e produtos não é suficiente, o
usuário precisa encontrar com facilidade as informações de que necessita ou utilizar os serviços
e recursos disponíveis no site da biblioteca, sendo a rapidez na recuperação da informação um
dos fatores que vai determinar a continuidade do acesso e da navegação por determinada página.
Páginas que dificultam a experiência de navegação do usuário estão destinadas a fracassarem em
sua função informacional e tornam-se inúteis. Dessa forma, como a oferta de serviços de
informação na internet é bastante expressiva, se os usuários não conseguirem utilizar o site de
uma biblioteca, certamente migrarão para outras opções e até mesmo outros suportes.
Nesta perspectiva, o critério que estabelece se os recursos presentes em uma interface são
acessíveis para os usuários é a usabilidade. Os testes de usabilidade levam em consideração um
conjunto de características e métodos, fundamentados em heurísticas, que buscam identificar
possíveis violações nos sites (fontes de informação eletrônicas). A finalidade de tais testes, além
de identificar a incidência de falhas nas interfaces de sites, é avaliar se tal fonte pode ser
considerada usual e, casa não sejam, propor soluções para sua atualização ou reformulação.
Assim, o objetivo geral desta pesquisa é avaliar, com base no critério de usabilidade, os
sites de bibliotecas vinculadas às instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil.
Busca-se contribuir com a melhoria dos sites, de modo que se tornem mais usuais e,
consequentemente, facilitar a disseminação e a recuperação da informação pelo usuário.
�2 USABILIDADE DE INTERFACES
Observa-se a usabilidade como um conjunto de critérios de avaliação aplicado tanto em
interfaces de sites quanto em objetos físicos. Os aspectos referentes à condição em que o
indivíduo tem para colocar uma funcionalidade em prática é o que definirá o grau de usabilidade
da interface ou do objeto. Esta pesquisa se preocupa com a usabilidade de interfaces na web.
A base para os estudos de usabilidade são de Nielsen, divulgados nos anos 1990, além
dos artigos de Silveira e Souza (2011) e Ferreira e Leite (2002), que servirão como base para
reflexão sobre esse conceito.
No estudo de Silveira e Souza (2011) são cinco as características definidas por Nielsen
que uma interface precisa contemplar para ser reconhecida como usual por usuário: facilidade de
aprendizado; eficiência; facilidade de memorização; baixo índice de erros e uso agradável. Ainda
com base na lógica de Nielsen, o usuário em contato com uma interface realiza uma visualização
geral procurando informações objetivas.
O conceito de usabilidade para Ferreira e Leite (2002, p. 2) destaca que:
[...] um sistema orientado à usabilidade, a interação homem-máquina
deve ser transparente; sua interface deve ser projetada com o objetivo de
satisfazer as necessidades de seus usuários e, ao mesmo tempo, ser
amigável. Isto é, deve ser uma interface que o usuário se sinta
confortável e encorajado de usar.
O conceito de usabilidade de Nielsen e o estudo de Ferreira e Leite (2002, p. 2) são
convergentes, sendo que os autores do estudo supracitado o torna mais abrangente, ao estender a
usabilidade para além das interfaces e fontes de informação eletrônicas:
a usabilidade é a característica que determina se o manuseio de um
produto é fácil e rapidamente aprendido, dificilmente esquecido, não
provoca erros operacionais, oferece um alto grau de satisfação para seus
usuários, e eficientemente resolve as tarefas para quais foi projetado.
No que se refere ao teste de usabilidade é interessante mostrar a perspectiva do
funcionando e o que não está. No entanto a maneira mais eficiente de perceber as necessidades
do usuário é observando-
. O objetivo de um estudo de usabilidade, de acordo
com o mesmo autor é medir a eficiência dos recursos ou aplicações presentes nas interfaces de
fontes de informação eletrônicas (LOWDERMILK, 2013).
�Para Araújo e Fachin (2015), a caracterização de uma fonte de informação eletrônica esta
em sua essência que é a eletricidade, pois as ondas eletromagnéticas foram responsáveis pela
relação emissor-receptor nas primeiras fontes que foram o rádio e televisão. A relação emissorreceptor é fundamental em fontes de informação de forma geral, sobretudo as eletrônicas, devido
a ampla utilização destas pelas TIC.
Mediante o impulso das TIC e apropriação destas pelas bibliotecas universitárias,
observa-se na discussão de Rodrigues e Crespo (2006), que tais fontes têm por finalidade reunir
determinada quantidade de recursos e serviços disponibilizados em uma mesma página, onde
podem funcionar de maneira simultânea e integrada. Dessa forma, os sites enquanto fontes de
informação eletrônica compilam em seu layout um conjunto de recursos informacionais,
fundamentais no processo de navegação que envolve atividades de busca e recuperação da
informação.
Assim, optou-se nesta pesquisa em aplicar o critério de usabilidade para avaliar sites das
bibliotecas universitárias das IFES brasileiras, de modo a contribuir para que a navegação se
torne mais usual e intuitiva.Para realizar tal avaliação foi utilizado o método das heurísticas de
Nielsen descritas na seção a seguir.
3 HEURÍSTICAS DE NIELSEN
As heurísticas de Nielsen (1995) formam um conjunto de dez diretrizes e regras de cunho
teórico-metodológico para avaliação de interfaces na web. Tais heurísticas estabelecem
parâmetros que os sites devem manifestar na experiência de navegação para que sejam
considerados usuais, conforme descritos a seguir:
a) Visibilidade
A interface precisa disponibilizar acesso fácil e ágil às informações de que o usuário
precisa em tempo real e deve estar ao alcance dos seus olhos, o que contribui para que o usuário
se localize nas diferentes seções do site dentro do site, isto é, o usuário precisa ter ciência de
onde está situado bem como as ações que realiza no ato da navegação. Em síntese, a visibilidade
consiste em facilitar o entendimento das ações praticadas pelo usuário no site.
�b) Correspondência com mundo real
O site precisa fazer uso de termos que sejam da compreensão do usuário, assim busca-se,
por meio de palavras, frases, conceitos, sons e cores, estabelecer familiaridade com usuário e a
interface. Tal familiaridade visa promover aproximação com o mundo real ao proporcionar que
as informações fiquem evidentes de forma natural e não associadas à termos técnicos que são
desconhecidos pelos usuários.
c) Controle fácil
Trata-se da autonomia (controle) do usuário para realizar ou desfazer alguma interação
de modo fácil na interface. Caso este selecione alguma função por engano imediatamente
precisará sair de tal interface indesejada de forma rápida e de fácil localização.
d) Consistência e padrões
Significa que a interface precisa ter consistência adotando os mesmos elementos de
página sejam eles caracteres, menus, ícones e botões de atalho, por exemplo, para as mesmas
tarefas estando em áreas diferentes do site.
e) Prevenção de erros
Consiste nas mensagens, mediadas por janelas de diálogo, para os usuários com alerta
sobre o que este estará sujeito caso decida prosseguir com determinada ação na navegação.
Evitar que erros ocorram na experiência de navegação do usuário é função de tais mensagens
que
confirmem
a
opção
do
mesmo
antes
de
realizarem
determinada
ação.
f) Reconhecimento
Considera os aspectos de reconhecimento do caminho percorrido pelos usuários dentro
dos sites para a busca e realização de determinadas ações no ato da navegação. Favorece e
estimula a intuição do usuário ao reconhecer de maneira fácil e rápida elementos de páginas
(ícones e botões) ao passo que este não precisará memorizar para operar as funções do site.
�Porém, caso seja necessário instruções para realização de atividades no site devem ser de fácil
recuperação na interface.
g) Flexibilidade
A flexibilidade é alcançada por meio de atalhos presentes como elementos de página nas
interfaces dos sites, com a finalidade de acelerar a interação do usuário com a função que este
busca. Os atalhos encurtam e facilitam o caminho para ações mais frequentes realizadas pelos
usuários nas interfaces.
h) Estética
O design das interfaces deve considerar aspectos minimalistas nos elementos de página
para compor sua estrutura com a finalidade de viabilizar clareza e objetividade, evitando excesso
de informações e elementos desnecessários, isto é, sem poluição.
i) Ajuda os usuários
A interface deve estar programada para gerar mensagens de erros claras e objetivas, por
meio de caixas de diálogos, que venham a sugerir soluções de como usuário deve agir para
desfazer determinada função selecionada, com a finalidade de assegurar a integridade do mesmo.
Tais mensagens devem ser elaboradas de forma simples, priorizando a correspondência com o
mundo real.
j) Ajuda e documentação
Visa a acessibilidade à documentos de ajuda ao usuário como, por exemplo, manuais de
navegação, tutoriais de atividades, mapas do site e etc.
4 METODOLOGIA
Adota como metodologia a pesquisa aplicada, onde busca-se ter conhecimento sobre o
grau de usabilidade dos sites da IFES brasileiras pelo emprego da teoria das heurísticas de
Nielsen (1995). Para Gil (2010), esse tipo de pesquisa busca obter conhecimento acerca do
�objeto estudado e a partir disso relacionar com o referido contexto. O campo empírico deste
estudo são os sites da IFES selecionadas. Para análise dos dados foi utilizado método avaliativo
mediante a codificação positiva (1) ou negativa (0) para cada heurística selecionada e posterior a
isso a interpretação das porcentagens obtidas.
Quadro 1: Modelo de estrutura de análise
Heurísticas de Nielsen
Visibilidade
0
Correspondência Controle fácil
1
0
Padrões
Prevenções
Reconhecimento
1
0
1
Flexibilidade Estética
0
Ajuda usuários
Ajuda
Docs.
0
0
1
Fonte: Os autores (2017).
A primeira etapa da pesquisa constituiu na realização de três levantamentos: a) das IFES
brasileiras; b) dos sites das IFES; c) dos sites das bibliotecas universitárias das IFES. A
localização das IFES brasileiras foi possível por meio da base de dados do Ministério da
Educação (MEC) relativa às informações sobre as IFES , e-Mec (BRASIL, 2017). Obteve-se o
total de sessenta e duas IFES, seguida da identificação dos sites das instituições e das respectivas
bibliotecas.
Adotou-se como primeiro critério para seleção que todos os sites das bibliotecas
estivessem ativos, após três buscas consecutivas, trata-se, portanto, de uma amostra (não
probabilística) de conveniência. No período da pesquisa, entre os meses de setembro, outubro e
novembro de 2016 (três meses), todos os sites estavam ativos. A seguir serão apresentadas em
quadros organizados por blocos regionais (norte, nordeste, centro-oeste, sudestes e sul) as
sessenta e duas IFES identificadas.
A segunda etapa da pesquisa consistiu em analisar os sites das bibliotecas das IFES da
região Norte, Centro-Oeste e Sul, totalizando 26 universidades federais. Tais universidades são
apresentadas nos quadros a seguir:
Quadro 2: IFES da Região Norte
Estado
Acre
Amapá
Amazonas
Pará
Pará
Universidade
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Amapá
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Oeste do Pará
Sigla
UFAC
UNIFAP
UFAM
UFPA
UFOPA
�Pará
Pará
Rondônia
Roraima
Tocantins
Universidade Federal do Rua da Amazônia
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Universidade Federal de Rondônia
Universidade Federal de Roraima
Universidade Federal do Tocantins
UFRA
UNIFESSPA
UNIR
UFRR
UFT
Fonte: Os autores (2017).
Quadro 3: IFES da Região Centro-Oeste
Estado
Goiás
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Distrito Federal
Universidade
Universidade Federal de Goiás
Universidade Federal da Grande Dourados
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade de Brasília
Sigla
UFG
UFGD
UFMS
UFMT
UnB
Fonte: Os autores (2017).
Quadro 4: IFES da Região Sul
Estado
Universidade
Paraná
Universidade Federal do Paraná
Paraná
Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Paraná
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande
Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Pampa
Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Santa Maria
Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Pelotas
Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Rio Grande do Sul/
Universidade Federal da Fronteira Sul
Santa Catarina/ Paraná
Santa Catarina
Universidade Federal de Santa Catarina
Sigla
UFPR
UNILA
UTFPR
UFRGS
FURG
UNIPAMPA
UFSM
UFPEL
UFCSPA
UFFS
UFSC
Fonte: Os autores (2017).
Esse total como conjunto para análise se mostrou significativo considerando tanto o
quantitativo quanto serem regiões com características sócio-econômicas bastante distintas.
Ainda como resultados do levantamentos das IFES apresenta-se nos quadros a seguir as
regiões Nordeste e Sudeste (cujo o processo de análise ainda encontra-se em andamento):
�Quadro 5: IFES da Região Nordeste
Estado
Alagoas
Bahia
Bahia
Bahia
Universidade
Sigla
Universidade Federal de Alagoas
UFAL
Universidade Federal da Bahia
UFBA
Universidade Federal do Sul da Bahia
UFSB
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFRB
Universidade Federal da Integração Internacional da
Bahia/Ceara
UNILAB
Lusofonia Afro-brasileira
Ceará
Universidade Federal do Ceará
UFC
Ceará
Universidade Federal do Cariri
UFCA
Maranhão
Universidade Federal do Maranhão
UFMA
Paraíba
Universidade Federal da Paraíba
UFPB
Paraíba
Universidade Federal de Campina Grande
UFCG
Pernambuco
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Pernambuco
Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE
Pernambuco/Bahia/Piauí
Universidade Federal do Vale do São Francisco
UNIVASF
Piauí
Universidade Federal do Piauí
UFPI
Rio Grande do Norte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFRN
Rio Grande do Norte
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFERSA
Sergipe
Universidade Federal de Sergipe
UFS
Fonte: Os autores (2017).
Quadro 6: IFES da Região Sudeste
Estado
Espírito Santo
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
São Paulo
Universidade
Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal de Alfenas
Universidade Federal de Itajubá
Universidade Federal de Juiz de Fora
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal de São João del Rei
Universidade Federal de Uberlândia
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Universidade Federal de Lavras
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Universidade Federal de São Carlos
Sigla
UFES
UNIFAL
UNIFEI
UFJF
UFMG
UFOP
UFSJ
UFU
UFV
UFTM
UFVJM
UFLA
UNIRIO
UFRJ
UFRRJ
UFF
UFSCar
�São Paulo
São Paulo
Universidade Federal de São Paulo
Universidade Federal do ABC
UNIFESP
UFABC
Fonte: Os autores (2017).
A análise das IFES das regiões Norte, Centro-Oeste e Sul foram efetuadas com base em
três heurísticas, por serem as que mais impactam na experiência de navegação: Controle fácil,
autonomia do usuário para realizar ou desfazer alguma atividade de modo ágil;
Reconhecimento, identificação de recursos e ícones para estimular a intuição do usuário e não a
memorização; Flexibilidade, ocorrência de atalhos que dinamizam a navegação.
5 RESULTADOS PRELIMINARES
As análises feitas nos 26 sites das três regiões (Norte, Centro-Oeste, Sul) com base nas
três heurísticas pré-definidas e os resultados preliminares deste estudo, serão apresentadas nesta
seção. Primeiramente o resultado da análise quantitativa pelo método avaliativo na codificação
positiva (1) ou negativa (0) para cada heurística, na identificação das universidades. Visto isso,
seguem os resultados qualitativos por meio do método interpretativo das porcentagens obtidas
para cada heurística.
[...] usuários geralmente escolhem as
para deixar o estado indesejado sem ter que pass
1995). Assim, foi observado que 19 universidades não violam esta teoria enquanto 7
apresentaram violações em sua interface.
A heurística
Minimize a carga de memória
do usuário, tornando visíveis objetos, ações e opções. O usuário não deve ter que lembrar as
informações de uma parte do diálogo para outra. As instruções para o uso do sistema devem ser
visíveis ou facilmente recuperáveis
95). Assim, foi
observado que 21 universidades não violam esta teoria enquanto 5 apresentaram violações em
sua interface.
Na que se refere à heurística
Aceleradores - não vistos pelo
usuário novato - muitas vezes podem acelerar a interação para o usuário especialista, de modo
que o sistema possa atender a usuários inexperientes e experientes. Permitir que os usuários
não violam esta teoria enquanto 8 apresentaram violações em sua interface.
Em relação às porcentagens obtidas pelas heurísticas foi possível alcançar o seguinte
�resultado: 69% dos sites possuem controle fácil, 80% são de fácil reconhecimento e 65%
apresentam características flexíveis.
No que tange ao Controle Fácil, obteve-se predominância no Centro-Oeste, com 80%,
região de menor concentração de universidades. Em seguida, as regiões Norte e Sul
apresentaram 70% e 64% respectivamente com relação ao Controle Fácil. Pode-se observar que
mais da metade (50%) das universidades, considerando por região, manifestaram ser usuais pelo
Controle Fácil, embora nenhuma tenha alcançado a máxima.
Com relação ao Reconhecimento, obteve-se unanimidade no Centro-Oeste, com todas
(100%) as universidades tendo manifestado o que diz a teoria sobre tal heurística. Em seguida, as
regiões Norte e Sul apresentaram 90% e 64%, respectivamente, com relação ao Reconhecimento.
Pode-se observar que mais da metade (50%) das universidades por região manifestaram ser
usuais pelo Reconhecimento, porém a região Sul se destaca de maneira não favorável, pois a
região Norte, por margem percentual pequena, quase obteve o mesmo índice da região CentroOeste.
Sobre a Flexibilidade, obteve-se novamente maior predominância no Centro-Oeste, com
80%. Em seguida, as regiões Norte e Sul apresentaram 70% e 54,5% respectivamente com
relação ao Flexibilidade. Observa-se que as percentual significativo das universidades da região
Sul, pelo índice apresentado, manifestam violações acerca desta heurística.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudos de usabilidade possibilitam identificar nas fontes de informação eletrônica (sites)
possíveis violações manifestadas pela experiência de navegação e utilização dos recursos e
serviços que estas contemplam. Portanto, pode-se inferir que a aplicação de testes de
usabilidade, baseados em determinados critérios (nesta pesquisa as dez heurísticas de Nielsen),
são fundamentais e imprescindíveis para garantir que tais fontes não fracassem em sua função
informacional tornando-se inativas. Trata-se de uma questão que as unidades de informação
precisam se preocupar seriamente para que não comprometa seu propósito de oferecer aos
usuários a informação que este procura.
Desse modo, foi possível estabelecer o impacto que as três heurísticas selecionadas
podem causar ao usuário durante a experiência de navegação, busca e recuperação em contato
com os sites. Referente ao Controle fácil, não é incomum que o usuário selecione uma opção
por engano, ou acabe percorrendo um caminho o qual, só no meio do percurso, percebe que está
perdido na interação com o inteface. O usuário em questão precisa conseguir desfazer esse
caminho e encontrar atalhos que o permitam retornar ao ponto inicial ou no ponto anterior.
�Referente ao Reconhecimento, o usuário não tem o dever de memorizar a função de um recurso
nem como encontrá-lo, um site deve proporcionar esse encontro por meio de uma interação
intuitiva com a interface. Referente a Flexibilidade, que abrangem um pouco do comportamento
das duas heurísticas anteriores, no meio de uma interação ou no começo dela, seja por ter se
enganado em selecionar determinada função ou por aspectos intuitivos, o usuário precisa ter a
opção de encurtar seu caminho e otimizar seu tempo de navegação no site pelos atalhos. Assim,
conclui-se que o emprego de tais heurísticas, pelos sites, visam diminuir a ociosidade nessas
fontes eletrônicas e tendem a direcionar melhor os usuários.
Logo se sugere que os sites avaliados contemplem, nas futuras atualizações de suas
estruturas (layout), aspectos que facilitem o acesso do usuários tornando-as fontes mais
eficientes. Do ponto de vista dos heurísticas recomenda-se que sejam pensados os seguintes
passos para diminuir as violações: indicar o caminho que o usuário está percorrendo e onde ele
está exatamente dentro do site; deixar visível recursos e serviços de uso mais recorrente e manter
a objetividade nos menus e submenus; adicionar atalhos como elementos de páginas quando
necessário de acordo com finalidade do site.
É importante ressaltar que a estruturação de um site deve ser precedido por estudos que
procurem identificar o comportamento informacional dos usuários na busca da informação,
considerando para tanto o contexto em que atuam, no caso as IFES e, também, aspectos sociais e
psicológicos dos seus usuários em potencial.
A próxima etapa da pesquisa terá como objetivo expandir a avaliação para os 62 sites,
contemplando dessa forma todas as regiões, e considerando as dez heurísticas de Nielsen. Serão
efetuadas, também, análises mais avançadas com relação a usabilidade dos sites, procurando
correlacioná-las com o número de alunos matriculados e os diversos cursos existentes em cada
IFES. Por fim, busca-se, ao ampliar e aprofundar esta pesquisa contribuir para o avanço de
estudos nessa área, de tal forma que os usuários sejam os principais beneficiários ao facilitar o
acesso à informação existente nas coleções das bibliotecas universitárias dessas instituições.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, N. C.; FACHIN, J. Evolução das fontes de informação. Biblos: Revista do
Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Rio Grande do Sul, v. 29, n. 1, 2015.
Disponível em: <https://www.seer.furg.br/biblos/article/view/5463/3570>. Acesso em: 18 dez.
2017.
BRASIL. Ministério da Educação. e-Mec. Brasília, DF, 2017. Não paginado. Disponível em:
<http://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 18 dez. 2017.
�FERREIRA, S. B. L.; LEITE, J. C. S. do P. Exemplificando aspectos de usabilidade em sistemas
de informação. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ADMINISTRAÇÃO, 26., 2002, Salvador. Anais eletrônicos... Salvador: ANPAD, 2002.
Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2002-adi-1122.pdf>. Acesso em:
18 dez. 2017.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LOWDERMILK, T. Design centrado no usuário. São Paulo: Novatec, 2013.
NIELSEN, J. 10 usability heuristics for user interface design. Nielsen Norman Group,
California, 01 jan. 1995. Disponível em: <https://www.nngroup.com/articles/ten-usabilityheuristics/>. Acesso em: 18 dez. 2017.
RODRIGUES, A. V. F.; CRESPO, I. M. Fonte de informação eletrônica: o papel do
bibliotecário de bibliotecas universitárias. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da
Informação, Campinas, v. 4, n. 1, p. 1-18, 2006. Disponível em:
<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/2032/2154>. Acesso em:
18 dez. 2017.
SILVEIRA, W. M. M. da; SOUZA, J. F. Analysis: Analisador de usabilidade de sites. In:
WORKSHOP DE TRABALHOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO DO DCC, 3.,
2011, Juiz de Fora. Relatórios Técnicos... Juiz de Fora: UFJF, 2011. Disponível em:
<https://nrc.ice.ufjf.br/seer/index.php/relate/article/view/61>. Acesso em: 18 dez. 2017.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 20 - Ano: 2018 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: O Futuro da Biblioteca Universitária na Perspectiva do Ensino, Inovação, Criação, Pesquisa e Extensão.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Avaliação de sites de bibliotecas de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) com base no critério de usabilidade: análise empírica de amostra selecionada.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silva, Gabriel José Teixeira da; Sá, Nysia Oliveira de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta a importância de manter sites, enquanto fontes de informação eletrônica, usuais e acessíveis na experiência de navegação do usuário. Possui como objetivo geral a avaliação, com base no critério de usabilidade, dos sites de bibliotecas vinculadas às instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil. Adota como metodologia pesquisa aplicada com método avaliativo de codificação dos sites para análise dos dados colhidos por meio de etapas pré-definidas. Baseia-se nos conceitos de usabilidade, fontes de informação eletrônica e as heurísticas de Nielsen. Busca contribuir com a melhoria desse tipo de fonte de informação, de modo que se tornem mais usuais e facilitem a disseminação e a recuperação da informação pelo usuário. Obtém como resultados preliminares que 69% dos sites possuem controle fácil, 80% são de fácil reconhecimento e 65% apresenta características flexíveis
Language
A language of the resource
pt