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��IV CONGRP^SSO
BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA S DOCIJ^/IENTAÇáO
Notas sobre o problema da informação nas bibliotecas especializadas
por
Alice Camargo Guarnieri
Fortaleza
1963
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�IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
UNIVERSIDADE DO CEARÁ
7 a 14 de julho de 1965
Tema
III
-
Informação Científica
Notas sobre o Problema da Infoirmação nas Bibliotecas Especializadas
por
Alice Cajnargo Guamieri (♦)
CDU 002:026
SÃO PAULO
o^y
(♦) Bibliotecária Chefe do Instituto Eletrotécnico
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�RESUMO
Funções
primoirdiais das bibliotecas especializadas e requesitos
básicos à organização dos seus serviços de informações. Fatores negativos
coadjuvantes na influencia negativa dos atuais serviços de informações di»
bibliotecas especialiiadas.
A cultvira especializada dos bibliotecíírios como condição fundamen
tal ao êxito desses serviços.
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�NOTAS SOBRE 0 PROBI.EMA DA INFORMAÇÃO NAS
BIBLIOTECAS ESPECIALIZADAS
O que importa verdadeiramente em uma biblioteca especializada e o USO
e ACESSIBILIDADE do seu acervo; a
RAPIDEZ
no
atendimento; a ATUALIZAÇÃO das suas
coleções e processos de trabalho; a SBíPLICIDADE da sua organização e seus SERVIÇOS
de INFORMAÇÃO.
Ccan estas palavras
iniciámos relatório apresentado em maio de 1961 â
Comissão de Bibliotecas da Universidade de São Paulo,
sição com respeito â organização e funcionamento
a fim de firmarmos nossa po-
dessas
bibliotecas, que, a nosso
ver, são orgãos, governamentais ou não, destinados a colecionar, conservar, classificar, ajialisar e divulgar toda espécie de documentos sobre determinado assunto, oferecendo
informações
mais completas e atualizadas sobre ele. Assim, para atingir
esses objetivos é absolutamente necessário que;
1. o controle
mas
documentário cujas unidades são livros, revistas, separatas, nor-
te'cnicas,
gráficos,
relatórios de pesquisa, gravuras, filmes etc. seja
entregue a pessoal preparado para operar no ramo especifico, e técnico em biblioteconomia;
2. o preparo
desses
biblioteconomia,
3. a análise
cas
e
documentos
para uso do leitor seja confiado a técnicos em
com razoáveis conliecimentos básicos sobre a especialização;
dos docvurientos chegue ao estudioéo por meio de listas bibliográfi-
resumos
com
a
máxima rapidez, preferivelmente no momento em que vim
trabalho tenha sido projetado a fim de que sejam evitadas duplicatas de estudos ou pesquisas e reduzidos ao máximo os atrazos, tanto com relação â compra
de novas obras, como com relação ao emprestimo das existentes;
4. a reprodução
dos documentos essenciais seja assegurada por serviços de foto-
reprodução, a preços reduzidos, e, qiiando possível, gratuitos;
5* a impressão
de originais das instituições seja facilitada pelo uso de apare-
lhos simples (multilith, ditto, cópias off-set
e outros) à falta de máquinas
de alto custo;
6. a diAnilgação desses documentos essenciais seja garantida
de modo amplo e sem
entraves por serviços de permutas e doações e emprestimos entre-bibliotecas;
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�7« o uso do acervo total, seja garantido por uma política de ampla confiança entre
os usuários
e
bibliotecários, de modo que, tanto a consulta nas sedes como a
que e feita pelo emprestimo domiciliar e entre-bibliotecas, seja permitida sem
restrições desnecessárias.
As possibilidades
ficiênciàs da informação,
de
dependem
êxito desses serviços, capazes de reduzir as deda
organização das bibliotecas
como organismos
vivos,
centros de estudo e pesquisa nas instituições em que estão sediadas; da capa-
cidade
e
vel
e
capaz de, se não pesquisar, pelo menos compreender os problemas dos pesquisa-
dores;
da aproximação entre leitores e bibliotecários para que sejam sanados os gra-
ves
número do pessoal empregado que deve ter formação profissional de alto ní-
problemas
profissional
com
os quais ambos defrontam, nem sempre por deficiência da formação
especializada
dos segundos, porem, muitas vezes decorrentes do precon-
ceito ainda existente, de que os bibliotecários não
podem alcançar o âmago das ques-
tões, nem sabem informar.
Como
formações
o
problema
ftindamental e finalidade principal do serviço de in-
nas bibliotecas especializadas e " colocar as informações técnicas tão ra-
pidamente quanto
possível, nas mãos do quem precise delas, " o mais importante e en-
contrar e desenvolver os meios para atingir esses objetivos.
Primeiramente
e necessário organização aberta, de livre acesso aos do-
cumentos, porque este promove intercâmbio de conhecimentos entre leitores e bibliotecários,
facilitando a estes a tarefa de descobrirem exatamente os problemas dos con-
sulentes,
os q\iais, inúmeras vezes, pedem ajuda de modo vago, impreciso ou demasiado
geral, quando tem em mente, pormenores de uma questão.
Alem
disso,
a
acessibilidade do recinto, responsável pela maior fre-
^
^
K>»
quencia as bibliotecas, permite maior utilizaçao dos acervos e maior difusão dos serviços que podem prestar.
Em segundo lugar destacamos os emprestimos domiciliares e entre-bibliotecas
pelos quais são beneficiados todos quanto trabalham ou moram fora do local on-
de
estão instaladas. Dentro da nossa realidade social e necessária a mais ampla aju-
da
por emprestimos, com restrições mínimas, especialmente aos leitores que pertencem
a industria, quase sempre distanciadas da capital e centros culturalmente mais elevados,
Felizmente esta muito claro o papel que às instituições universitárias cabe, no
tocante
ao
desenvolvimento científico e industrial de um país. Se, como destacaaü E.
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Egger, " o auge econômico significa desenvolvimento da indústria e este depende, em
grande parte, da investigação piira e da documentação
a organização da documenta-
ção e imprescindível ao progresso cientifico e tecnológico, o qual e consequencia da
combinação de inúmeros impulsos
individuais passados, presentes e futuros, cada um
resultpjido da combinação dos conhecimentos pessoais de \mi cientista ou estudioso com
os que adquiriu de outros. É necessário compreendermos que, a despeito da
lização
cada
especia-
vez mais marcada da ciência, do desenvolvimento da pesquisa em maior
número de países e da difusão em línguas sempre mais diversas, a informação científica
e
técnica
permanece um todo, cujos fragmentos são permutados entre iniímeros
técnicos com a ajuda dos serviços existentes em bibliotecas e centros de documentação. A
informação
organizada continuará a representar o único fator que permite a
unidade da ciência.Toda a ciência, toda produção científica, todo o progresso e todo benefício que a humanidade espera dele, depende em princípio, da informação; mas,
o paradoxo
está
evidente. Quanto mais se ampliam os conhecimentos maàs escasseia
a informação para os usuários.
A
^
" A abundancia de conhecimentos aumenta a produção intelectual, imundando a informação, ameaçando-a de caos", disse M.Hans Rotters, por ocasião
nião Europea
sobre
Informação
da Reu-
Científica, porem, mais grave, " e' a crise pessoal
dos
próprios técnicos, os quais, assoberbados com tanto material bibliográfico que
não
têm
tempo de estudar, dissimulam as suas lacunas, mesmo perante os colegas
As conseqüências deste estado de coisas são imprevisíveis, a menos que a informação
seja
organizada e melhorada. Os esforços, portanto, devem ser dirigidos no sentido
de melhorar a informação de modo que os usuários
lhes
sejcim beneficiados com aquilo que
for possível assimilar. Êste ponto, pensamos, e fundamental e deve ser objeto
de atenção por parte dos responsáveis pela organização das informações técnicas.
Que informações são essas, poderão nos perguntar ? As informações que
as bibliotecas especializadas devem
o
podem dar, dividem-se ao nosso ver, em dois
grandes grupos;
1. informações puramente bibliográficas, isto e', sobre autores, títulos, assuntos,
editores, datas do edições etc., as quais entretanto, precisam ser pesquisadas ;
2. informações técnicas,
mvdto experientes
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isto e, sobre a especialização. Somente bibliotecários
possuidores de conhecimentos do assunto poderão dá-las;
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�porem, todos podem pedi-las aos especialistas.
Exemplifiquemos.
No primeiro caso teríamos perguntas tais como:
- A biblioteca possue a obra intitulada - Pulse Techniqxieç, editada
pela Prentice-
Hall, em 1951 ?
V
- A biblioteca pode informar qxiais os manuais de eletrotecnica existentes no seu acervo ?
- Possue o acervo os folhetos do Research Laboratory of the British Thomson-Houston?
Quais ?
- Em 1956 foi publicado
sistemas
de
artigo
í
na revista Electronics sobre Redução de ruidos nos
comunicação. Poderá a biblioteca informar o título, o autor, em que
mês e página foi publicado ?
- Nas referências bibliográficas de uma obra foi citado o autor tal,que publicou em
maio de i960, artigo na revista Electrical Engineering, Poderá a biblioteca verificar o título e determinar o assunto do mesmo ?
- Poderá a biblioteca verificar se no Rider- Television Manual foi publicado o circuito do aparelho dc Televisão Stropiberg-Carlson, modelo 321 CD 2m ?
- Qual firma brasileira, paulista, estrangeira, fabrica ou representa tal produto ?
- Ejcistcm catálogos da G.E., Westinghouse etc. sobre características de motores ?
- Possue a biblioteca tal revista ? o artigo
V
desejado pode ser solicitado a outros
centros ? etc. etc. etc.
No segundo caso teríamos perguntas mais ou menos como estas:
- A Norma VDE
n2
530 apresenta tabela
com os dados sobre tolerâncias
para moto-
res de c.c. A biblioteca poderá verificar a percentagem citada para o item 4 ?
- A American Standards Association já publicou o código eletrico da NFPA. Qual o numero recebido ?
- Qual o número recebido na ASA pela norma IPCEA da NEMA ?
- A biblioteca possue normas sobre ruidos ? De que sociedade ?Qual seu número edata?
- O que significam as siglas IRE, UL, ASE, IRAM ?
- Poderá a biblioteca dar a equivalente da válvula 12BE6 ?
- Possue a biblioteca publicações sobre motores Schräge ?
- Como se deve preparar a sinopse de xim trabalho ?
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- Como se classificam artigos de revistas ?
- Qiiais as obras que pessoalmente li, sobre Mica, em 1959 ?
- Sei que em 1950 li artigo sobre isolantes numa revista da biblioteca« Poderá a biblioteca informar o autor, titulo, qual a revista ?
- Poderá a biblioteca lêr o item 19 da secção 4 da Norma BS-196: 1961 ?
E inúmeras
tas. Entretanto; surgem
desse tipo. Para tpdas temos possibilidades de dar resposalgumas que devem ser dadas exclusivamente por especialista,
ou com ajuda deles.
Exemplo;
*
-
No relatório tal, quando se fala da Usina Nogueira Garcoz aparece o se-
guinte; A demanda foi da
ordem de
7Ö.ÖA4 kvh/h e o consumo 310.Ö70.690 lcvh.Pergun-
ta-se: - Porque na demanda aparece barra h (/h) depois de kvh, e no consumo não ?
- Qual a constante dieletrica do óleo isolante de origem vegetal ?
- Como se determina a velocidade no motor Schräge ?
- Qual a diferença entre resistência e resistividade ?
- O que significa " Capacitor " ?
- Qual o significado de " Jitter " ?
- Qual a resistência em ohms por Km a 25^ do cabo nO 250.000 C.M. da Brovm & Sharpe?
- Qual a carga máxima, em ampéres, para condutores isolados ?
- Qual
o tamanho mínimo de eletroduto para um ou mais fios de borracha, sem capa de
chumbo ?
Como organizar
serviço
que preste essas informações ? Nao cabe neste
artigo relato sobre organização, porem, como o seu funcionamento e eficiência se mede
pelas respostas dos profissionais (bibliotecários) torna-se necessário que estes
possam
poiatesponder a confiança depositada neles. Assim em terceiro lugar, destaca-
mos a necessidade de os profissionais diplomados, posstdrem preparo adequado ao ramo
onde irão trabalhar, desde que em nosso país, nós,
bibliotecários
nem sempre sânos
tambón médicos, dentistas, engenheiros etc.
Todo pesquisador sabe a ajuda
que lhes presta o bibliotecário bem in-
formado, não só no tocante aos princípios de administração e organização de bibliotecas
e serviços de informação, mas também possuidor de conhecimentos fundamentais da
especialização» êste e o itbío mais eficiente e necessário para aproximar o leitor do
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bibliotecário.
Assim, a primeira qualificação do bibliotecário para bibliotecas especializadas e a de
ganização
ser técnico em fontes de informações no campo de interesse da or-
para a qual trabalha. Precisa saber onde, como e quando encontrar ou pro-
curar a informação; precisa saber usar as fontes de referência, suas' ferramentas mestras de trabalho, no momento em que um problema
perspicácia
lhe
fôr apresentado; precisa ter a
necessária para descobrir o que realmente o leitor deseja saber, procu-
rar ou conhecer,
desde que a maioria solicita ao bibliotecário de modo extremamente
especializado ou muito vago, como já dissemos.
Mais de uma vez
atendemos
leitores que, precisando saber as fases de
ensaio de rigidez dieletrica de óleo isolante
sem dúvida, representava
o
m
pediram obras sobre isolantes, o que,
problema, porem, em caráter geral. A rigidez dieletrica
era o ponto principal, no entanto nem foi mencionada, Inqucrindo pacientemente, conseguimos chegar ate o problema a ser resolvido. Esta
questão por iniciativa do bibliotecário
serem indicados para
atitude, de
ir ate o âmago da
diferencia os profissiomis e os capacita a
bibliotecas especializadas. Por outro lado, precisa conhecer a
terminologia, geralmente ainda confusa entre nós, do
ramo
científico, artístico ou
técnico onde estiver trabalhando. Precisa ser capaz de relacionar e preparar bibliografias antes da pesquisa propriamente, a fim de informar os interessados
com ante-
cedência sobre que material terão â disposição para estudar. Esta antecipação permite igualmente que a biblioteca possa tomar as providências necessárias, mandando vir
o material que não possue, por meio do microfilmes ou emprestimos.
Em i960 oferecemos a um
pesquisador
deste Instituto ajuda no sentido
de prepararmos bibliografia necessária ao estudo do projeto e constinição de mesa de
corrente continua para exame das condiçoes
de
operação
de rede eletrica qualquer
particularmente destinada ao estudo de uma, que seria construida no Brasil na região
centro-sul» Aceito
dos
o oferecimento iniciámos as buscas bibliográficas, arrolámos to-
os títulos desde 1943, separámos todo material aqui eidLstente em livros, folhe-
tos, artigos de revistas, catálogos técnicos, normas relacionados com o assunto e copilamos a bibliografia " Analisadores
estrangeira) " que
foi
de circuitos de corrente cont5!nua (literatura
publicada sob ns 22 da serie bibliotecológica do Serviço de
Documentação, já distribuída aos centros congêneres»
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�Desta bibliografia, com total de 66 títulos de artigos de revistas,
foram encomendados dez ao estrangeiro como microfilmes por intermedio do I.B.B.D,
e, no laboratório fotográfico do I.E., ampliados para o pesoiiisador.
Conversando
o
com
o
interessado, tivemos a satisfação de saber que
projeto dessa rede dependeu, indiretamente, da ajuda antecipada da biblioteca.
Para que, pessoalmente pudessemos preparar bibliografia especializa
da sem possuirmos diploma de engenheiro eletricista, foi preciso:
1. conhecimento dos fundamentos desse ramo da engenharia,adquirido,desde 1945»
com a leitura de obras básicas de física, matemática e fundamentos da elotro
te'cnica, quando sentimos que, para compreendermos os problemas dos engenhei
ros e do próprio
Instituto, terícimos que conhecer os princípios básicos da
especialidade j
2. conhecimento das fontes de referência;
3. conhecimento do problema a ser resolvido.
Com
trato diário com
daílos
os
conhecimentos
básicos
dos
fundamentos da especialização,
os leitores e seus problemas, interesse real, verdadeiro em aju-
e muito esforço pessoal, conseguimos levar avante nosso plano de organiza-
ção de centro vivo dentro da institiiição em que está nossa biblioteca.
Se nós
capaz de entender
os
podemos ajudar, (não como especialistas) mas como alguém
os problemas dos especialistas, todos os bibliotecários poderão
fazê-lo também.
Ainda
aqui destacamos a necessidade de as Escolas de Biblioteconomia
se encarregarem de dar aos seus al\inos esses fundamentos essenciais.
O problema repousa nos conhecimentos
especializados
adquiridos
em
ciarso
adequado. Sobre esta questão tivemos pessoalmente oportunidade de enviar em
1959»
acompanhando
carta, aos Senhores Dr. Abner Lellis Vicentini, Presidente da
A.P.B., Antonio Francisco de Azevedo, Diretor da Biblioteca Municipal Mário de Andrade e Senhora Maria Antonieta Mesquita
Barros,
Professora
do
Rio de Janeiro,
sugestões sobre o Ensino da Biblioteconomia e Documentação. Para o curso e sua duração
propuzemos que: " Nas Escolas de Biblioteconomia e Dociimentação fossem rea-
lizados, em nível superior, entre outros, os seguintes:
a) Cursos de Graduação ou Normais em 3 (três) anos;
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b) Cursos de Especialização destinados a aprofundar em " ensino intensivo e sistemático
conhecimentos atinentes a finalidades " científicas,
artísticas ou
industriais " das bibliotecas especializadas, em 1 (um) ano;
c) Cursos de PÓs-Graduação ou aperfeiçoamento para estudo aprofundado de qualquer
disciplina. "
A escolha da especialização deveria ser feita na Escola de Biblioteconomia para que,
ao término do curso básico,
zação escolhida. Se a sua escolha recaisse,
os alunos fizessem um ano de especialipor exemplo sobre a eletrote'cnica, a Es**
cola de Biblioteconomia oferecer-lhes-ia axilas das matérias fundamentais, como física,
mateniatica e fundamentos de eletrotécnica, familiarizando-os com os conceitos do
campo, as quais poderiam ser assistidas em qualquer das nossas Escolas Superiores.
As Escolas de Biblioteconomia ensinam princípios básicos da administra
ção de Bibliotecas incluindo as especializadas, porém, deveriam
ensinar, não só
ganização e administração particularmente destas, mas suas relações com
or-
organizações
das quais são parte e orgãos vitais.
Deveriam ensinar, e nisto insistimos, as relações entre leitores e bibliotecários dando a estes treino sobre
aquela
atitude
especial e particular
precisam ter diante dos problemas dos consulentes, decorrente do conhecimento
sunto,
que
do as-
não tanto como especialistas, mas como aqueles que entendem as questões
pos-
tas por eles.
Finalizamos afirmando que cabe às
centros
de
bibliotecas
aos
Porque há fatores negativos impedindo-as de se desenvolve-
rem convenientemente. E esses fatores negativos
atuais
e
docximentação, o forneeimento organizado da informação. Por que nem todas
os possuem ? Respondemos,
dos
especializadas
coadjuvantes
na influencia negativa
serviços de informação das bibliotecas especializadas e centros de docu-
mentação podem ser resumidos nos seguintes itens;
1. falta sistematização no controle documentário;
2. faltam meios para seleção daquilo aue deve ser impresso;
3. faltam meios para reprodução de publicações básicas;
4. falta organização de setores para distribuição dos trabalhos impressos;
5. falta destinar os acervos a todos os interessados;
6.
falta dar-lhes organização que permita o livre acesso a todos os documentos;
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7. faltam serviços de informações indiretas, isto e, de listas e resiimos bibliográficos dor.material já publicado
ou manuscrito, na língua original ou tra-
4uzidos;
Ö. falta ainda quem controle, sistemâticcmente, como vem tentando fazer o I.B.B.
D., todas as pesquisas em andamento e estudos projetados num detemánado ramo científico;
9. falta o incentivo aos esforços dos responsáveis pelos serviços de informação;
10, falta também o mínimo de conliecimento,
por parto dos próprios pesquisadores
sobre os problemas de documentação com
os quais deparam hoje os bibliotecá-
rios;
11. falta fe no trabalho que realizam os bibliotecários, por parte dos dirigentes de muitos institutos universitários.
Enquanto
vencerem de que a
controlam,
os
responsáveis pela direção desses institutos riao se con
informação científica e técnica depende dos profissionais que a
selecionam,
classificam, preparam e difundem; enquanto
não dedicarem
mais do seu tempo â compreensão dos problemas com os quais defrontam esses profissionoás; enquanto não separoj?em as atividades de rotina administrativa das que são
específicas
da informação científica; enquanto continuarem a relegar as bibliote-
cas a plano inferior,
em vez de traze-las para o contacto direto com a pesquisa e
os pesquisadores; enquanto não
se convencerem de cue as bibliotecas são laborató-
rios onde os instrumentos de trabalho são as fontes de referência bibliográfica, cujo uso
depende da capacidade dos bibliotecários em torná-las conhecidas dos usuá-
rios; enquanto destinarem às bibliotecas o mínimo dos seus orçamentos; enquanto negarem
a admissão de pessoal profissionalmente preparado para execução
dos traba-
lhos específicos de biblioteconomia e doctunentação, não será positiva (com raras e
honrosas exceções) a
influencia das bibliotecas sobre o meio em que estiverem se**
diadas.
Entretanto, inúmeros proeminentes
homens do governo da ciência e da
indústria tem sido alertados sobre os graves problemas da ineficiência e inadequabilidade dos métodos existentes em nossas
bibliotecas
para a busca bibliográfica
ou dos documentos.
Embóra saibam que a proporção pela qual o desenvolvimento científico
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e tecnologico pode prosseguir depende, como
ja dissemos, freqüentemente da facili-
dade, exatidão e.rapidez com a qual a informação técnica chega
ser conseguida e disseminada, auase nada têm
feito
ao
usuário
e pode
no sentido de resolver, com os
bibliotecários responsáveis por bibliotecas especializadas os problemas da informação organizada.
Podemos repetir, como refrão, a celebre frase do cientista Dr, Vannevar Bush; " Um documento, se útil à ciência, deve ser continuamente propagado, deve
ser conservado, e, acima de tudo, consultado
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CBBD - Edição: 04 - Ano: 1963 (Fortaleza/CE)
Subject
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Biblioteconomia
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IV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação
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Date
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1963
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Fortaleza/CE
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Português
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IV Congresso Brasileiro de Bblioteconomia e Documentação
Title
A name given to the resource
Notas sobre o problema da informação nas bibliotecas especializadas
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Guarnieri, Alice Camargo
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Date
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1963
Language
A language of the resource
pt
cbbd1963