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A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO HUMANA NA CAPACITAÇÃO DE
USUÁRIOS DIANTE DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO:
O CASO DO SERVIÇO DE BIBLIOTECA E INFORMAÇÃO DO INSTITUTO DE
QUÍMICA DE SÃO CARLOS-SBI/IQSC
Clélia Junko Kinzú Dimário (1)
Eliana de Cássia Aquareli Cordeiro (2)
Sonia Alves (3)
Vitoria Atra Gonçalves (4)
Resumo: Os profissionais bibliotecários que lidam com a informação como
atividade finalística encontram-se, mais que nunca desafiados a inovar, mudar
sempre a forma de trabalhar tendo como foco principal o usuário. Novos papéis
devem ser assumidos por esses profissionais, atitudes que sejam compatíveis
com os novos paradigmas da informação. A velocidade, a aplicação das
tecnologias e as diversas ferramentas disponíveis hoje em dia são inúmeras, e
perguntamos: qual a melhor mediação a ser utilizada? Qual o melhor meio e o
mais eficaz de se transmitir todas estas informações para o usuário? Baseado
nisso, o presente estudo relata a experiência do SBI/IQSC de capacitação
oferecida aos usuários da graduação. Descreve os suportes utilizados na
capacitação de usuários mediada pelos meios da tecnologia da informação e
comunicação através do bibliotecário. Conclui-se que a mediação humana é
imprescindível no primeiro contato com o usuário, pois não adianta a tecnologia
da informação e comunicação se não houver a interação do bibliotecário com o
usuário, pois sem a parte humana o treinamento inexiste. Destaca-se que o mais
importante nessa mediação é o cuidado e atenção que é dispensado a cada
usuário a partir do primeiro momento em que ele é apresentado à biblioteca.
Palavras-chave: Capacitação de usuários. Mediação humana-capacitação.
Novas tecnologias de informação-metodologia.
(1)
Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Química de São Carlos (USP). Discente
do curso de MBA em Gestão de Pessoas - UNICEP - São Carlos-SP- clelia@iqsc.usp.br
(2)
Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Química de São Carlos (USP). Discente
do curso de MBA em Gestão de Unidades de Informação - UNICEP - São Carlos-SP eliana@iqsc.usp.br
(3)
Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Química de São Carlos (USP)
sonia@iqsc.usp.br
(4)
Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Química de São Carlos (USP).
vitória@iqsc.usp.br
�1 - Introdução
Com o crescente processo de informatização da sociedade, as bibliotecas,
que são instituições que trabalham com a disseminação e com o registro da
informação, precisam mudar a imagem de “depósito de fontes de informação”
para a filosofia de “acesso à informação”, independente do suporte que estejam
disponíveis essas informações, pois estamos passando por uma transformação
em todas as áreas da sociedade, através do impacto das Tecnologias da
Informação e Comunicação-TICs.
Os impactos das TICs são percebidos pelos bibliotecários em todos os
serviços de uma biblioteca como: no processamento técnico, no serviço de
referência e na administração da biblioteca. E em todos os momentos, o
computador e a Internet são os principais recursos que o usuário pode acessar.
Segundo Soares (2006) com a Internet, a comunicação evoluiu para um
modelo multilateral, pluridirecional e atemporal, de muitos para muitos, não há
restrições de espaço e tempo. A comunicação passa de um modelo horizontal
para um modelo de teia que significa o símbolo da própria Web.
Para tanto é necessário que a biblioteca inove em serviços e produtos e
que viabilize o acesso às fontes de informação on-line. Para isso, há necessidade
de capacitar os seus usuários para interagirem com essas fontes, e utilizar as
TICs na criação, disseminação e armazenamento de uma grande quantidade de
informações, no entanto, as TICs não possuem valor por si mesmas, somente
quando transformam-se em conhecimento.
Baseado nisso, pretende-se nesse breve relato demonstrar a necessidade
do profissional bibliotecário de referência, no caso das bibliotecas de instituições
de ensino superior, em assumir a responsabilidade na mediação e acesso às
informações aos usuários. De acordo com Soares (2006) “toda a tecnologia será
inútil se estiver em mãos de pessoas que não se disponham a compartilharem o
�que sabem, a aprenderem de outras o que não sabem, independentemente de
posições, hierarquias e graus acadêmicos”.
2 - A biblioteca universitária e os programas educativos
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e
organizações transformem suas vidas em processos permanentes
de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua
identidade, do seu caminho pessoal, profissional e do seu projeto
de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão,
emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus
espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se cidadãos
realizados e produtivos (MORAN, 2003).
As universidades são chamadas também de organizações sociais, pois são
locais de produção do conhecimento com a finalidade de gerar o desenvolvimento
científico, tecnológico e social do país, através do ensino, pesquisa e extensão,
melhorando assim a qualidade de vida dos cidadãos. E as bibliotecas
universitárias por sua vez, estão diretamente ligadas às universidades, não
podem ser julgadas independentemente das organizações às quais estão
inseridas, pois facilitam e possibilitam o acesso à informação.
Baseado nisso, as bibliotecas universitárias como instituições também
sociais devem acompanhar o desenvolvimento científico, social e tecnológico. O
conceito de biblioteca está associado à educação e neste caso, a presença
humana é imprescindível, pois o bibliotecário em seu ambiente de trabalho
assume o papel educativo de ensino-aprendizagem informal, a partir do momento
que ele participa do processo de construção do conhecimento de outras pessoas.
Segundo Dudziak (2004) “como educador, o bibliotecário deve estar apto a
expressar-se e comunicar-se, criando um ambiente que estimule o aprendizado,
utilizando técnicas de transmissão de informação”. Ainda no processo de ensino
aprendizagem, destacamos o papel do aluno que geralmente ao ingressar na
universidade desconhece a importância de uma biblioteca em sua formação, uma
vez que no Brasil, a biblioteca escolar e a biblioteca pública inexistem.
�Assim, a biblioteca universitária deve levar em consideração esse fator,
pois não se pode deixar que o aluno passe por um curso de graduação sem
conhecê-la e usufruir sua utilidade. Esse problema obviamente encontrará uma
resposta negativa também na pós-graduação, quando os alunos deverão cumprir
tarefas de pesquisa mais adequada, pois não se pode duvidar da importância da
biblioteca na formação do aluno em qualquer nível de formação profissional e de
pesquisador. Portanto, para que se faça uso real dos recursos disponíveis em
uma biblioteca, é necessário que o aluno receba orientação adequada do
profissional bibliotecário, pois a quantidade de informação produzida na
sociedade como um todo, aumenta a cada dia. De acordo com Mota (2004)
percebe-se às vezes que muitas destas informações não são recuperadas por
diversos fatores, tais como: falta de mecanismo eficiente de busca (tanto off-line
quanto on-line), o uso inadequado ou ainda a falta de conhecimento acerca da
utilização de tais mecanismos.
Esse profissional bibliotecário de organizador de livros transforma-se em
um profissional da sociedade da informação, que lida com o conhecimento e com
a informação, participando do processo educacional, pois a ele cabe ensinar
como chegar à informação.
3 – Caracterização da biblioteca do IQSC/USP
Em 1971, o Departamento de Física e Ciências dos Materiais e o
Departamento de Química e Física Molecular da Escola de Engenharia de São
Carlos constituíram o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC),
criando junto as bibliotecas.
Em 1994, o IFQSC subdividiu-se formando o Instituto de Química de São
Carlos.
�O Serviço de Biblioteca e Informação que ocupava uma área de 533,50 m2
a partir de outubro/1999 passou a ocupar prédio próprio com área de 1441,77 m2,
divididos em 03 pisos, abrigando atualmente o acervo de livros (13.065),
fascículos de periódicos (79.230), teses e dissertações(1.660), trabalhos de
conclusão de curso (284) e outros tipos de materiais, além de ambientes para
estudo individual, cabines para estudo em grupo, estações de trabalho individuais
com microcomputadores para acesso às bases de dados nacionais e
internacionais, laboratórios de línguas, salas de estar e leitura das últimas
publicações. No último ano a freqüência total de usuários foi de 93.842, que
realizaram 115.035 consultas, com 7.393 usuários inscritos e 1.407 usuários que
utilizaram a Biblioteca, mas não puderam ser inscritos, pois não têm vinculo com
a USP.
Faz parte do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São
Paulo (SIBi-USP) e teve sua estrutura organizacional aprovada em 31/05/1995
para Serviço Nível I, sendo composto por uma diretoria técnica e três seções.
Todos os serviços estão automatizados, proporcionando atendimento
rápido e preciso aos usuários. O serviço de referência virtual, a cada dia mais
presente e utilizado na home page do SBI/IQSC, varia de um simples link para um
e-mail de sugestões como também permite o acesso aos formulários on-line para
preenchimento de solicitação de artigos/livros em outras bibliotecas, permitindo
assim, o controle de andamento da solicitação.
De acordo com Soares (2006) a mediação desses softwares não substitui o
profissional bibliotecário, muito pelo contrário, exige que o bibliotecário se
capacite a cada dia, pois há dois tipos de usuários, os que sabem lidar com a
tecnologia e os que não tem familiaridade nem uma, mas ouvem e sabem dos
serviços prestados através da tecnologia, nesse caso o bibliotecário necessita ser
o mediador entre a tecnologia utilizada e o usuário, pois atualmente as bibliotecas
universitárias que são mantidas pelas mais conceituadas universidades a cada
dia evoluem para bibliotecas sem paredes, pois não se limitam mais ao tempo
(expediente da biblioteca) e pelo espaço (físico) das bibliotecas tradicionais.
�Ressaltamos neste sentido, que o mais importante, não é a técnica de
manuseio da máquina, da Internet ou a educação on-line e sim o da
aprendizagem, das carências ou motivos que mantém pessoas interessadas em
aprender.
4 - O programa educativo de usuários da graduação do Serviço de
Biblioteca e Informação do IQSC (SBI/IQSC)
Aqueles que lidam com a informação encontram-se, mais do que nunca
desafiados a inovar, mudar sempre a forma de trabalhar tendo como foco
principal o usuário. Novos papéis devem ser assumidos pelos bibliotecários de
referência, atitudes e comportamentos que sejam compatíveis com os novos
paradigmas da informação. Diante da velocidade, do uso das tecnologias e da
diversidade das ferramentas disponíveis atualmente, nos perguntamos: Qual a
melhor forma de utiliza-las? Qual o melhor e o mais eficaz meio de se transmitir
todas as informações para o usuário?
Baseadas nessas indagações descreveremos as experiências do Serviço
de Biblioteca e Informação do Instituto de Química de São Carlos.
O serviço de referência de uma biblioteca apresenta uma série de
atividades que se caracterizam por prestar um atendimento especializado com
qualidade aos seus usuários por meio de inovações. Anualmente o SBI-IQSC vem
empenhando-se em alcançar melhores resultados a fim de capacitar os usuários
a se tornarem autônomos para realizar as suas buscas de informações de forma
eficaz.
Com essa finalidade de capacitação, a primeira tentativa de treinamento
dos usuários foi uma visita organizada pela biblioteca no início de cada ano letivo
aos ingressantes. Primeiramente, essa visita tinha como finalidade transmitir aos
alunos ingressantes uma visão prática e concisa dos serviços e produtos
�(primeiros socorros) que a biblioteca poderia oferecer, assim como: a inscrição na
biblioteca, localização do material nas bases e bancos e dados e posteriormente
nas estantes. Por vários anos consecutivos, essa visita era realizada mais
formalmente, pois fazia parte das várias atividades que o Instituto oferecia como
recepção na semana dos calouros.
Nesse primeiro momento de treinamento, os ingressantes chegavam todos
juntos e apenas uma bibliotecária (de referência) transmitia o treinamento todo, ou
seja, apresentava a biblioteca (fazia uma visita pela biblioteca inteira), seus
produtos e serviços. Com tanta informação passada aos alunos, percebíamos que
não era tão proveitoso, pois ficavam demasiadamente eufóricos e perdidos diante
de tanta novidade.
Após essa tentativa, pensamos em trabalhar juntamente com os docentes
com a finalidade de pedir a colaboração e interação deles, assim atuaríamos
como co-autoras desse processo educativo. Solicitamos apenas uma aula em
classe para fazer a apresentação dos produtos e serviços da biblioteca, tendo
como recurso as TICs, que nos possibilitou a manipulação de diferentes mídias
(texto, imagem e som). Porém, percebemos que essa tentativa também não foi
satisfatória, pois ficou uma apresentação monótona, onde somente o bibliotecário
falava, não houve interação com os alunos.
Paralelamente a essas tentativas e sempre preocupadas em orientar e
capacitar os usuários a fim de aprenderem a utilizar os serviços e produtos da
biblioteca, confeccionou-se folders e manuais de como utilizar a biblioteca.
Porém, ainda precisávamos encontrar um método de treinar os usuários a fim de
divulgar o acesso à informação.
O processo de Educação de usuários, portanto será estreitamente
ligado à promoção do acesso à informação, sua comunicação e a
geração da informação, sendo uma das atribuições do serviço de
referência e informação. Seu objetivo é sem dúvida, promover a
�interação do usuário com a biblioteca e os recursos informacionais
(BELLUZZO, 1989).
Após essas duas tentativas, percebemos que os usuários precisavam ter
mais atenção individualmente no primeiro contato com a biblioteca, pois estamos
em novos tempos e hoje o papel do bibliotecário passa a ser o de estar entre o
usuário e a informação.
É necessário enfatizar que o bibliotecário é em sua essência um
mediador, um comunicador, alguém que põe em contato
informação com pessoas, pessoas com informações (SILVA,
2002).
Baseado nisso, juntamente com uma docente do Instituto de uma
determinada disciplina, planejamos um treinamento informal dentro da biblioteca,
porém dessa vez, dividimos em grupos de no máximo cinco alunos por
bibliotecária. Ressaltamos aqui, a importância do trabalho em equipe em uma
biblioteca. Pois na seção de referência e atendimento ao usuário trabalha apenas
uma bibliotecária e duas técnicas em documentação. Na semana do treinamento,
a maioria da equipe da biblioteca se mobiliza para direcionar atenção ao
treinamento, pois acreditamos que a razão principal da biblioteca é o atendimento
ao usuário com a máxima qualidade possível. Quanto ao treinamento oferecido,
cada grupo permaneceu nas respectivas salas de trabalho da bibliotecária
responsável pela apresentação. Após o treinamento, para quem demonstrasse
interesse a bibliotecária responsável apresentava a biblioteca inteira.
Pudemos perceber que o método do treinamento foi satisfatório, pois o
grupo era menor e com isso, possibilitou-nos dar mais atenção individualmente.
Percebemos que os usuários não ficaram constrangidos, pois questionavam a
todo o momento. Como foi em uma determinada sala dentro da biblioteca, não
houve dispersão dos usuários em relação ao espaço físico. Após esse primeiro
contato com os usuários, percebemos que no decorrer do ano letivo,
mantínhamos o contato com alguns usuários, mas a maioria já adquiria
�habilidades informacionais, demandando assim menor mediação da bibliotecária,
não que isso seja prejudicial para a biblioteca, porém isso demonstra que o
treinamento foi eficaz.
No último treinamento realizado em fevereiro de 2006, as tecnologias de
informação e comunicação proporcionaram mais uma vez a manipulação de
diferentes mídias (texto, imagem e som), confeccionamos um CD-ROM com o
objetivo de demonstrar aos novos alunos os principais serviços que a Biblioteca
oferece, bem como orientar a localizar material nesta Biblioteca e nas Bibliotecas
de outras Unidades da USP e a executar pesquisas bibliográficas em bases de
dados. Ao final do treinamento cada usuário recebeu uma cópia do CD, como
brinde.
Conteúdo do CD-ROM
Foi dividido em 4 partes:
1. A primeira parte contou com a apresentação da biblioteca com os
dados numéricos de acervo, localização por andar dos materiais
disponíveis, funcionários que ficam em cada andar, horário, o que é
necessário para inscrição, o material que pode ser emprestado e os
prazos diferenciados para cada categoria de usuário, os equipamentos
que podem ser utilizados e o que se pode ou não fazer na biblioteca, de
acordo com o regulamento existente;
2. Na segunda parte demonstrou-se como localizar um documento em
uma biblioteca da USP. Foi explicado passo-a-passo como efetuar um
dos vários tipos de busca no Banco de Dados Bibliográficos da USP –
Dedalus – Catálogo On-line Global. Este banco é de acesso público, a
partir de quaisquer equipamento, inclusive externo à USP, e contém
todo acervo das bibliotecas da USP. Com o documento sendo
localizado no SBI/IQSC, através do banco acima citado, explicou-se
como é feita a localização do material nas estantes e como são
organizados;
�3. Nessa parte foram demonstradas algumas bases de dados on-line mais
utilizadas pelos usuários do SBI/IQSC para pesquisa e para acesso a
textos completos de revistas científicas. São bases de dados com
acesso regulamentado, acessíveis através de equipamentos existentes
somente nos campi da USP;
4. E nessa última foram indicados mais alguns serviços que a biblioteca
presta aos usuários, dando-se ênfase ao serviço de solicitação de
cópias em outras unidades da USP e outras instituições e de
empréstimo entre bibliotecas. Este serviço de solicitação é on-line e
está disponível no site da biblioteca, utiliza um programa de
gerenciamento e acompanhamento da solicitação desenvolvido pela
Seção de Referência do SBI/IQSC e a equipe da Seção Técnica de
Informática do IQSC.
Material impresso auxiliar
Como auxiliares nos treinamentos foram publicados documentos no
formato de folders, manuais e guias. Dentre eles estão: A Biblioteca é sua:
colabore, você é quem ganha; CCN: Catálogo Coletivo de Publicações
Periódicas; Como localizar livros, Periódicos nas Estantes do SBI/IQSC; Scielo;
Como utilizar o CCN para localizar sua referência no Brasil (1999); Como
consultar o Chemical Abstracts; Dedalus : fácil e rápido; Dúvidas sobre a
biblioteca?; ERL; Kit Calouro 2005; Manual de solicitação/fornecimento online:
Ariel/Comut/EEB; Normas para elaboração de dissertações e teses do IQSC/USP;
Normas para apresentação de dissertações e teses do IQSC/USP 2005; Preserve
o acervo; Portal CAPES; Probe; Probe : Academic Press; Probe : Elsevier; Probe
Gale Group Info Trac; Probe : HighWire Press; Probe : Scielo; Referências
Bibliográficas; Referências bibliográficas: guia prático 2005; Regulamento –
SBI/IQSC; SBI/IQSC : algumas dicas, você vai precisar; SBI/IQSC : leia, é de seu
interesse; Você não sabe usar o DEDALUS? O
SBI/IQSC
ensina; Web of
Science.
Além do material já existente, no início de 2006 também foram publicados:
�•
Conhecendo a biblioteca: localizando material bibliográfico, que tem o
objetivo de orientar o usuário no procedimento para solicitação de material
bibliográfico;
•
Conhecendo a biblioteca: normas para empréstimo, que são as normas
que disciplinam o empréstimo do material bibliográfico da Biblioteca do
IQSC.
•
Conhecendo a biblioteca: pesquisando material bibliográfico, que tem
o objetivo de orientar o usuário, de forma objetiva, na execução de
pesquisa bibliográfica, acessando diversas bases de dados e periódicos
eletrônicos, pela Internet, a partir de equipamentos existentes na
Universidade. Foram abordadas as seguintes bases de dados: SciFinder
Scholar, Web of Science, SciELO e Periódicos CAPES.
5 – Considerações finais
A medida que os bibliotecários passam a empregar as TICs, de
forma ampliada, tais ferramentas passam a se constituir de
elementos de sua prática profissional. A amplitude do seu uso
passa a interferir na relação com os usuários da informação, bem
como nas formas de interpretar suas práticas, levando o
profissional a constituir novos modos de subjetivação de sua
profissão e suas práticas (MORIGI, 2004).
Pensaríamos assim, a relação entre tecnologia e sua mediação entre os
bibliotecários com os usuários, priorizando os princípios da condição humana, a
aprender a ser, a comunicar-se e a compreender as necessidades dos outros,
pois o que adiantará tanta tecnologia, se as pessoas que necessitam utilizá-las,
não saberão ou não terão acesso, se não forem devidamente capacitadas?
É necessário valorizar o profissional da informação – o bibliotecário como
mediador das novas tecnologias da informação, pois com a utilização mais
intensiva dessas tecnologias da informação e comunicação e o conseqüente
�aumento dos suportes eletrônicos da informação, a imagem desses profissionais,
aos poucos apresenta os primeiros sinais de rompimento de identificação com o
bibliotecário tradicional. Assim, faz-se necessário pensar a relação entre a
tecnologia e a sua mediação, percebida a partir da prática profissional, como
responsável pela construção da identidade profissional do bibliotecário.
Surge assim, uma nova forma de comunicação, proporcionando o
dinamismo e a rapidez na transferência da informação, o que não implica, no
distanciamento entre bibliotecário e usuário, pois o SBI/IQSC tem conseguido
adequar seus serviços e produtos às necessidades do usuário, pois sempre
houve a preocupação de trazê-lo à biblioteca para que ele pudesse usufruir e
familiarizar-se de todo ambiente tecnológico informacional. De acordo com
Cuenca (1999) “quanto mais tecnologia é disponibilizada, maior é o compromisso
das bibliotecas em capacitar e orientar seus usuários para esse fim”. A cada
avanço tecnológico, a educação de usuários torna-se mais importante, pois
cresce também a necessidade de adequação do sistema para os usuários, e o
bibliotecário é o mediador nesse processo de ensino-aprendizagem.
Referências
BELLUZZO, Regina Celia Baptista. Educação de usuários de biblioteca
universitária: da conceituação e sistematização ao estabelecimento de diretrizes.
1989. 107 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Comunicações e Artes,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989.
CUENCA, A. M. B. O usuário final da busca informatizada: avaliação da
capacitação no acesso a bases de dados em biblioteca acadêmica. Ciência da
Informação, v. 28, n. 3, p. 293-301, 1999.
DUDZIAK, E. A. Tendências inovadoras em Bibliotecas Universitárias : rumo à
constituição de Learning Libraries. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 13., 2004, Natal. Anais... Natal : Universidade Federal do Rio
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�MORAN, J.M. Ensino e aprendizagem inovadoras em tecnologias. Disponível em:
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MORIGI, J. V.; PAVAN, C. Tecnologia de informação e comunicação: novas
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MOTA, F. R. L.; JOB, I. O treinamento de usuários no contexto informacional
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UNIVERSITÁRIAS, 13., 2004, Natal. Anais... Natal : Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2004. CD-ROM.
SILVA, E. L.; CUNHA, M. V. A formação profissional no século XXI: desafios e
dilemas. Ciência da informação, v. 31, n. 3, p.77-82, 2002.
SOARES, Suely de Brito Clemente. Cibereduc: construção e desenvolvimento de
uma comunidade virtual de aprendizagem colaborativa das TICs, aplicadas ao
fazer diário de bibliotecários de referência de universidades brasileiras. 2006.
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação, Universidade de Campinas,
2006. 1 CD-ROM
�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 14 - Ano: 2006 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: Acesso livre à informação científica e bibliotecas universitárias.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2006
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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A importância da mediação humana na capacitação de usuários diante da tecnologia de informação e comunicação: o caso do serviço de biblioteca e informação do Instituto de Química de São Carlos- SBI/QSC.
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The nature or genre of the resource
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Os profissionais bibliotecários que lidam com a informação como atividade finalística encontram-se, mais que nunca desafiados a inovar, mudar sempre a forma de trabalhar tendo como foco principal o usuário. Novos papéis devem ser assumidos por esses profissionais, atitudes que sejam compatíveis com os novos paradigmas da informação. A velocidade, a aplicação das tecnologias e as diversas ferramentas disponíveis hoje em dia são inúmeras, e perguntamos: qual a melhor mediação a ser utilizada? Qual o melhor meio e o mais eficaz de se transmitir todas estas informações para o usuário? Baseado nisso, o presente estudo relata a experiência do SBI/IQSC de capacitação oferecida aos usuários da graduação. Descreve os suportes utilizados na capacitação de usuários mediada pelos meios da tecnologia da informação e comunicação através do bibliotecário. Conclui-se que a mediação humana é imprescindível no primeiro contato com o usuário, pois não adianta a tecnologia da informação e comunicação se não houver a interação do bibliotecário com o usuário, pois sem a parte humana o treinamento inexiste. Destaca-se que o mais importante nessa mediação é o cuidado e atenção que é dispensado a cada usuário a partir do primeiro momento em que ele é apresentado à biblioteca.
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