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BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E OS INDICADORES DO SINAES:
Estudo do caso UnB
Flor Maria Silvestre (UnB) - silvestreestela@gmail.com
Murilo Bastos da Cunha (UnB) - murilobc@unb.br
Resumo:
Este trabalho pretende obter resposta à seguinte questão: A Biblioteca Central da
Universidade de Brasília (BCE/UnB) cumpre com todos os indicadores do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES) para o bom atendimento das necessidades de
informação de seus usuários? Para fornecer resposta a esse questionamento, a metodologia
adotada foi a análise documentária a partir de fontes de informações, documentos da
Universidade de Brasília (UnB) e as publicações geradas pela Comissão Própria de Avaliação,
no período 2014, para dar resposta às dimensões dos instrumentos de avaliação do SINAES, a
saber: instalações físicas; instalações para o acervo e funcionamento; informatização. Tem-se
por pressuposto que se essas dimensões não forem cumpridas, o público-alvo da BCE/UnB
deixará de ser usuário e se converterá em não-usuário, tendo em vista não ter conseguido
satisfazer suas necessidades de informação naquela biblioteca. Os resultados mostram que a
BCE/UnB não está contribuindo no processo de ensino, extensão de os estudantes da UnB.
Palavras-chave: Avaliação de biblioteca. Biblioteca Universitária. Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior. Universidade de Brasília.
Área temática: Eixo 1 - Gestão sustentável
Subárea temática: Avaliação e Gestão Pública em Serviços de Informação
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XIX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
1 Introdução
A organização da informação tem como objetivo facilitar a recuperação e o uso
oportuno da informação nos diversos contextos, para os quais as bibliotecas ofertam uma
variedade de serviços que geram custos inerentes de operação. O uso desses serviços dará
resposta aos serviços oferecidos pela biblioteca, há, contudo, um conjunto de membros do
público alvo que não utilizam física ou virtualmente os serviços das bibliotecas. Nesse caso,
esses indivíduos são identificados como “não-usuários”. Os lucros de uma empresa se mede
em relação à o número de clientes que compraram, então como menciona Srighar (1994) em
outras palavras, não só é tentar satisfazer e manter os clientes existentes, mas também tenta
atrair os não-usuários de seus produtos. É um jogo de sobrevivência e crescimento no
negócio.
Este trabalho pretende obter resposta à seguinte questão: A Biblioteca Central da
Universidade de Brasília (BCE/UnB) cumpre com todos os indicadores do Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior (SINAES) para o bom atendimento das necessidades de
informação de seus usuários?
Muitos podem ser os fatores pelos quais os não usuários não acessam a um serviço ou
consumem um produto. Com as respostas dos objetivos e hipóteses pretende-se contribuir no
desenvolvimento da biblioteca universitária da UnB, brindando os recursos necessários para
focar seus serviços à os não-usuários, contribuindo está no cumprimento dos objetivos da
instituição de ensino superior (IES) ensino, pesquisa e extensão. Pelo exposto pretende-se dar
resposta a nosso objetivo por médio dos resultados apresentados pela UnB-CPA1, Comissão
Própria de Avaliação que foi instituída pela Lei 10.861/2004, que criou o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES), toda instituição concernente ao nível educacional
em pauta, pública ou privada o constituirá. É a comissão responsável por coordenar os
processos de avaliação interna das Instituições de Ensino Superior e pelo fornecimento de
informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (INEP). Anualmente a CPA elabora o Relatório de Autoavaliação da instituição, com
informações sobre as dez dimensões de avaliação do SINAES. Para o presente estudo
considera-se o item que se refere a biblioteca.
2 Revisão de literatura
Apresentamos uma breve revisão de literatura sobre os conceitos fundamentais
da pesquisa, quais sejam, bibliotecas universitárias, a BCE-UnB, SINAES.
2.1. Bibliotecas universitárias – estudo de usuários
As bibliotecas universitárias (BU) constituem um recurso importante para
desdobramentos dessas capacidades como indica Amaral (2007). A BU visa atender as
necessidades de informação de todos os usuários (estudantes de graduação, estudantes de pósgraduação, professores e pesquisadores) deve ser de suporte no processo de construção do
conhecimento. Diante dessa situação nos perguntamos se a BCE/UnB realmente está
cumprindo seus objetivos de atender às necessidades de todos os seus usuários.
Todos os tipos de bibliotecas têm como objetivo comum satisfazer as necessidades de
informação dos seus usuários alvos. Mais tem usuários que não utilizam fisicamente ou
virtualmente os serviços das bibliotecas e, nesse caso são definidos como os “não usuários”.
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BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
Existe uma variedade de estudos sobre os usuários dos diferentes tipos de bibliotecas,
contudo, conforme menciona Dumont (1994), são pouco os esforços para estudos de não
usuários, apesar de serem esses uma realidade em todas as bibliotecas: a existência dos não
usuários.
Hoje os serviços prestados pelas bibliotecas em geral mudaram com o avanço da
tecnologia e as mídias sociais que proporcionam outras formas de aprender a lidar com a
informação. Uma nova geração de usuários que não utilizam os serviços tradicionais das
bibliotecas estáticas as quais se limitam a um espaço físico e com serviços básicos em muito
dos casos. Ao respeito Diógenes (2012) em sua pesquisa “A futura biblioteca universitária”,
nos indica num dos resultados a importância dos indicadores de: tecnologia, estudos de
necessidades de informações para atender às necessidades dos usuários envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem desde as universidades.
Quanto ao usuário, a exigência deles para acesso cada vez mais rápido aos
serviços de informação oferecidos e a necessidade de conhecer o
comportamento do usuário são tendências expressivas que colocam o usuário
em posição de destaque e chama a atenção de que é a ele que a biblioteca
deve servir nas suas necessidades de informação de aprendizagem, ensino,
pesquisa e extensão, no âmbito da universidade. (DIÓGENES, 2012, p. 111).
Os usuários de bibliotecas universitárias (BU) são indivíduos ávidos de informação
são geralmente autossuficientes na tomada de decisões e toram-se, por sua vez, criadores e
coprodutores de informação e conteúdo, usuários autónomos que estão cada vez mais
familiarizados com as tecnologias, como descreve Cunha, Amaral, Dantas, 2015 em seu livro
estudos de usuários, tem uma outra forma de classificar a esses usuários é de acordo na
geração na que pertencem.
“Usuários da geração Y: também conhecida como geração do milênio ou geração da
internet. São os filhos da geração X, que nasceram entre 1980 e 1999. [...] Geração
num contexto de crescimento das tecnologias, sistemas de comunicação,
intensificação da TV como mídia. Por isso, têm mais intimidade com informática.
[...] fizeram várias aulas extraclasse na infância - inglês, esportes etc”.
(MAGALHÃES, 2010, p. 9)
Cunha (2015) menciona o importante de fazer um estudo de usuários de esse universo
amplio e diversificado com a finalidade de entender quais são suas necessidades e como ele
fazem para satisfaze-las, esses usuários são autônomos na busca e avaliação da informação a
biblioteca universitária em cuja faixa etária se situa tem que conhecer sim esta satisfazendo as
necessidades de esses usuários ou eles se convertiam em não usuários.
Existe uma variedade de estudos sobre os usuários dos diferentes tipos de bibliotecas,
contudo, conforme menciona Dumont (1994), são pouco os esforços para estudos de não
usuários, apesar de serem esses uma realidade em todas as bibliotecas: a existência dos não
usuários e quem é o não-usuário, são o público alvo de uma determinada biblioteca que por
diversas circunstancias não fazem uso dos serviços que apresenta uma biblioteca, no respeito
tem confusões ao pensar que fazer uso da biblioteca é só pegar os livro emprestado ou baixar
um artigo da bases de dados, fazer uso da biblioteca também é utilizar os espaços físicos,
fazer uso das cabines de internet. Em tal sentido é muito importante ter em consideração todos
os aspectos mencionados no primeiro contato dos alunos com a biblioteca este fato pode
definir se eles se tornarão usuários ou não-usuários. Quanto mais atrativo for um produto ou
um objeto mais ele chamará atenção como indica Rocha, Kafure (2014). “Produtos atrativos
funcionam melhor, quanto mais atrativos mais emoções positivas despertam, o que por sua
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BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
vez afeta o processo mental tornando o indivíduo mais criativo e resistente aos problemas”
(COSTA, 2009, p. 9).
Pelo exposto é muito importante conhecer como a BCE/UnB vem sendo avaliada no
componente de Auto avaliação Institucional, relativo ao ano de 2014, o qual foi elaborado sob
a coordenação da Comissão Própria de Avaliação (CPA/UnB) nos indicadores de
infraestrutura, serviços, coleções e informatização, pelo Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (SINAES). O resultado do item BU é de suma importância no contexto
das bibliotecas universitárias.
2. UnB - Biblioteca Central (BCE) e SENAIS
Descrever o processo de avaliação interna da BCE/UnB implica refletir incialmente
sobre sua trajetória de 55 anos. No contexto da criação da Universidade de Brasília – UnB em
1962 passando por muitas circunstâncias políticas, sociais e culturais que historicamente a
constroem como o modelo de universidade no Brasil.
Na criação da UnB representa o passo por um dos três grandes momentos que
marcaram o desenvolvimento da educação superior no DF como menciona Sousa (2010), o
primeiro momento vai de 1962 a 1994, corresponde a gênese e instalação das primeiras
instituições – uma pública e as demais de natureza privada. É esse primeiro momento que
representaria a consolidação da UnB passando ela por reforma no seu plano inicial, mantendo
o pensamento dos grandes intelectuais formados nas salas de aulas na época do militarismo e
finalmente a UnB atende as demandas sociais de acesso na educação superior.
Agora universidade moderna que promove o ensino a pesquisa e a extensão como suas
finalidades essenciais da Universidade de Brasília descritas no estatuto e regulamento geral da
UnB. De acordo com o segundo item, do artigo 41, Capítulo V, Título II, do Estatuto da UnB,
publicado no DOU n. 7, de 11/01/94, e atualizado em 1º/7/2011.
A missão da BCE/UnB é muito clara: “Promover e garantir à comunidade
universitária o acesso à informação científica e o compartilhamento do conhecimento
científico no âmbito do Sistema de Bibliotecas da UnB, contemplando o ensino, a pesquisa e
a extensão” (BCE, 2011). Nesse sentido queremos conhecer de que maneira a BCE/UnB vem
contribuindo para a satisfação das necessidades de informação de seus usuários alvos, por
meio dos seus serviços e infraestrutura. A não satisfação dos usuários alvos poderia acontecer
por muitos fatores: desconhecimentos dos serviços, infraestrutura inadequada, bibliografia
desatualizada entre outros, o problema vai além ao fato de fazer um diagnóstico e conhecer as
causas do não uso da biblioteca o detalhe principal é que a BCE/UnB não estaria contribuindo
no desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, os usuários alvos ao não satisfazerem
suas necessidades de informação. As necessidades insatisfeitas provocam não uso dos
serviços tornando-se os usuários alvos da BCE/UnB em não usuários de informação da
BCE/UnB.
Nesse sentido, vamos conhecer como a BCE/UnB tem sido avaliada no que se refere
as coleções e infraestrutura na última avaliação da UnB realizada através do Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior (SINAES).
2.2 Avaliação das bibliotecas universitárias no SINAES
Desde 2004, a Instituições Educação Superior (IES) no Brasil é avaliada pelo
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que abrange as instituições,
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nº de bibliotecas (central e setoriais);
acesso a bases de dados e bibliotecas virtuais;
nº de livros, periódicos e títulos em geral;
nº e condições de laboratórios de informática;
As perguntas na autoavaliação se complementam para uma visão geral da biblioteca,
por exemplo temos perguntas especificas sobre satisfação das necesidades de informação dos
usuarios “Qual o grau de satisfação dos usuários com relação ao sistema de acesso aos
materiais e a sua consulta, “Qual é a satisfação dos usuários com a quantidade, qualidade e
acessibilidade da bibliografia? ”. (BRASIL, 2004b) perguntas abertas que se caracterizam por
apresentar o parecer dos entrevistados as quais são confrontadas com os indicadores da
avaliação interna subsidiando informação para as melhoras das IES.
4.2 Avaliações dos cursos da graduação – bibliotecas universitárias
Conforme o Art. 4o do SINAES a avaliação dos cursos de graduação tem por objetivo
identificar as condições de ensino oferecidas aos estudantes, em especial as relativas ao perfil
do corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica, (BRASIL,
2004a). Com relação às bibliotecas são: o 3.6. Bibliografia básica, 3.7. Bibliografia
complementar, 3.8. Periódicos especializados (ver quadro 1).
Quadro 1 – Indicadores do SINAE para a biblioteca
Indicador
Conceito
3.6. Bibliografia básica
(Para fins de autorização, considerar o acervo da bibliografia básica disponível
para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se
bacharelados/licenciaturas)
Nos cursos que possuem acervo virtual (pelo menos 1 título virtual por unidade
curricular), a proporção de alunos por exemplar físico passa a figurar da seguinte
Os conceitos
maneira para os conceitos 3, 4 e 5:
dos cursos
3.7. Bibliografia complementar
(Para fins de autorização, considerar o acervo da bibliografia complementar variam de 1 a 5
disponível para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se
bacharelados/licenciaturas)
3.8. Periódicos especializados
(Para fins de autorização, considerar os periódicos relativos às áreas do primeiro
ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas)
Fonte: Adaptada do INEP (2015)
Nesse caso, o instrumento da avaliação dos cursos de graduação só permite que o
avaliador externo verifique, conforme o descrito nos relatorios emitidos pelas IES, como
menciona Heloisa Brasil ( 2011).
O desenvolvimento de coleções nas bibliotecas universitarias mudou muito com
acesso à World Wide Web (WWW) as bibliotecas tradicionais agora são também digitais no
respeito Cunha(2010) no seu artigo intitulado “A biblioteca universitária na encruzilhada”
enfatiza as mudanças e adaptações que tem que assumir as bibliotecas universitárias como:
introdução do livro eletrônico e o surgimento de um novo acervo ligado à dados científicos (escience); o espaço físico da biblioteca; os produtos e serviços, enfatizando a referência digital,
o repositório eletrônico; as inovações e tecnologias que afetam a unidade de informação e, por
último, a importância da cooperação bibliotecária como elemento facilitador para a absorção
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BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
dessas mudanças. A nosso ver todos os elementos mencionados por Cunha (2010) deveriam
ser considerados nos critérios de avaliações do SENAIS.
3 Materiais e métodos
A coleta de dados baseado na análise documentária a partir das publicações geradas pela
Comissão Própria de Avaliação (CPA), no período 2014, para dar resposta às dimensões dos
instrumentos de avaliação do SINAES, no referente ao item biblioteca considerando os itens de
instalações físicas; serviços, acervo, funcionamento e informatização.
O Relatório de Auto avaliação Institucional da Universidade de Brasília, é relativo ao ano de
2014, foi elaborado sob a coordenação da Comissão Própria de Avaliação (CPA/UnB) e baseia-se
na Nota Técnica INEP/DAES/ CONAES nº 65 publicada em 09 de outubro de 2014 3. O presente
relatório considera as dez dimensões previstas na lei do SENAIS. Apresentamos, a seguir, a
descrição dos indicadores do auto avaliação institucional que corresponde ao eixo 5: Infraestrutura
Física, dimensão 7, da BCE- UnB.
4 Resultados parciais/finais
BCE- UnB. Auto avaliação Institucional do SENAIS
Infraestrutura
A comunidade universitária foi consultada acerca da infraestrutura da UnB. No total,
foram dezoito quesitos relacionados a instalações físicas, biblioteca, espaços para lazer e
atendimento, recursos de tecnologia, entre outros, que professores, técnicos e alunos puderam
avaliar e sugerir melhorias. A seguir, apresentam-se os resultados dessa etapa do auto
avaliação (UnB, 2015, p. 171).
Quanto à infraestrutura da biblioteca, 15% dos estudantes disseram ser ruim; 22%
péssimo e 28% regular entre os docentes, 34% disseram ser regular. Entre os técnicos, as
respostas, em sua maioria, se dividiram entre boa (35%) e regular (31%). Os dados mostram
que os estudantes, docentes e técnicos percebem as instalações da BC como regular para
satisfazem suas necessidades. O indicador que refere na infraestrutura ótimo têm porcentagem
muito baixa.
Gráfico 2 – Infraestrutura da Biblioteca
Fonte: UnB (2015, p. 175)
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BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
A Biblioteca se caracteriza por ser um lugar agradável, confortável, com iluminação
adequada, mesas confortáveis, tomadas suficientes, ventilação adequada, como indica Cunha
(2010) ela geralmente é abrigada em belos e espaçosos prédios, com áreas para salas de
leitura, para reuniões em grupo com o necessário silêncio e conforto para facilitar as tarefas
ligadas ao aprendizado e a interação com o conhecimento registrado e o, mas importante
atendendo a seus usuários alvos. Segundo as respostas do gráfico 02 a BCE/UnB não está
cumprindo com esses indicadores.
Outro dos indicadores do SINAES é “A quantidade de postos na biblioteca e salas de
leitura que são adequadas às necessidades dos usuários? ”. Os ambientes da BCE/UnB nos
últimos anos foram convertidos num lugar accessível para os “concurseiros” os quais ocupam
os espaços destinados para os estudantes como menciona Silva (2013) pode se dever ao grau
de dificuldade dos concursos para o ingresso na área pública e à grande concorrência, os
candidatos estão cada vez mais procurando formas de se preparar para tal, através de
cursinhos preparatórios, cursos via web, grupos de estudos, entre outros. Como nem todos
tem acesso, ou até mesmo não se encaixam em uma dessas opções citadas, preferem outros
meios, grande parte desse público recorre às bibliotecas públicas ou bibliotecas universitárias,
pois ali encontram um ambiente com espaço amplio, silencioso e para se prepararem. A
BCE/UnB, nesse caso estaria satisfazendo as necessidades de não usuários alvos.
Em relação aos serviços oferecidos pela Biblioteca, segundo os usuários alvos
principais os estudantes, um 24% opina que os serviços são regulares, 11% ruim, 10%
péssimo só um 38% opinam que os serviços são bons.
Gráfico 03 - Serviços oferecidos pela Biblioteca
Fonte: UnB (2015, p. 175)
Os serviços da biblioteca mudaram com o avanço da tecnologia e agora apresentam
outros novos serviços tecnológicos como as Cunha (2010, p. 13).
A biblioteca universitária existe porque presta serviços de atendimento no
campus, de forma presencial ou virtual. O atendimento presencial tenderá a
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decrescer à medida que os usuários passem a utilizar, de forma intensa e
variada, as inúmeras ferramentas disponíveis na chamada Web 2.0. A
biblioteca não ficou parada frente a esse avanço e, nos últimos anos, essas
ferramentas também passaram a ser usadas em nosso contexto. A nova
biblioteca 2.0 é centrada e dirigida para o usuário com aplicações de
interação, colaboração e tecnologias multimídias baseadas na internet.
A BCE oferece alguns produtos e serviços digitais apresentados no seu
site:[http://www.bce.unb.br/servicos-oferecidos/: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações;
Biblioteca Digital e Sonora (BDS); Repositório; Biblioteca Digital de Monografias de
Graduação e Especialização (BDM); Diretório de Periódicos Acadêmicos; LE UnB – Livros
eletrônicos da UnB, biblioteca digital destinada à publicação de livros eletrônicos produzidos
na UnB; Repositório de Objetos Digitais de Aprendizagem (RODA), Tradutor online
integrado ao site da BCE; Catálogo online, bases de dados.
Se os seus usuários alvos não satisfazem suas necessidades de informação, como se
pode observar no gráfico 3, inserimos as seguintes questões: A BCE tem um plano de
marketing? A BCE conhece como seus não usuários satisfazem suas necessidades de
informação? A coleção da BCE está atualizada? A infraestrutura da BCE é adequada? A BCE
faz estudos de usuários?
Na questão referida ao acervo da biblioteca, os dados mostram: 24% dos estudantes e
29% dos docentes julgaram regular, seguidos de 33% dos estudantes e 35% dos docentes
julgaram bons. As coleções da BCE/UnB não satisfazem as necessidades de informação de
seus usuários como se observa no gráfico 04. Só 14% de estudantes e 8% de docentes
julgaram as coleções como ótimas
Gráfico 04- Acervo da Biblioteca
Fonte: UnB (2015, p.177)
No outro componente citado constantemente no relatório da auto avaliação (UnB,
2015, p. 51). No item Apoio Institucional à Disciplina – 1° semestre de 2014. CPA /UnB
sinala: que o Acesso à bibliografia das disciplinas em bibliotecas da UnB obteve as
pontuações mais baixas.
Este bloco da avaliação discente foi o que obteve as médias mais baixas, se
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comparado ao restante da avaliação. Nenhum dos cinco itens avaliados
atingiu média igual ou superior a quatro, o que mostra uma fragilidade
institucional que deve ser tratada com atenção nas futuras ações de melhoria.
O item “Qualidade das instalações destinadas às aulas teóricas” foi o que
obteve o maior desempenho, com média de 3,69 na avaliação; já o aspecto
mais mal avaliado foi o “Acesso à bibliografia das disciplinas em bibliotecas
da UnB” (UnB, 2015, p. 51).
Gráfico 5 - Acesso à bibliografia das disciplinas em bibliotecas da UnB. UnB 1/2014
Fonte: UnB (2015, p. 51).
Os dados mostram o acesso às bibliografias das disciplinas na BCE/UnB não são
suficientes a o 25% declaram que são regulares e o 25% bons. As políticas de aquisições
BCE/UnB, deveriam estar em contato direto com as faculdades a fim de comprar material
bibliográfico com antecedência. Nesse indicador tampouco a BCE/UnB satisfaze as
necessidades de informação dos alunos e docentes.
5 Considerações parciais/finais
O presente trabalho buscou dar resposta na seguinte questão: A Biblioteca Central da
Universidade de Brasília (BCE/UnB) cumpre com todos os indicadores apontados pela
política do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) para o bom
atendimento das necessidades de informação de seus usuários? Pode-se observar que a
(BCE/UnB) não cumpre satisfatoriamente os indicadores do SINAES relacionados a
biblioteca universitária como mostra os resultados do último relatório de avaliação
institucional da UnB. Esses indicadores ainda são pouco utilizados no contexto bibliotecário
brasileiro e podem servir de insumos para complementar os estudos de usuários
tradicionalmente realizados no âmbito da BU. É claro que esses indicadores ainda precisam
de uma evolução, contemplando outros aspectos da biblioteca.
Os resultados mostraram, baseados na análise documentária, que no item
infraestrutura, serviços e coleções da BCE/UnB, os usuários a avaliam como regular, não
contribuiriam mais fortemente na promoção da pesquisa, ensino e extensão. No item
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infraestrutura poderia ter mudanças imediatas no referente às salas de estudo, se identifica a
seus usuários alvos. No item serviço é urgente a promoção e difusão a realização de um plano
de marketing contribuirão na identificação dos canais mais adequados para difundir os
serviços e benefícios. Na aquisição de novas coleções deveria ser coordenada com as
secretarias acadêmicas. A utilização do marketing é uma maneira de mostrar a importância da
biblioteca e fazê-la visível ante os olhos da comunidade acadêmica.
Em síntese, toda organização da informação tem como objetivo facilitar a recuperação
e uso oportuno da informação nos diversos contextos, para o qual as bibliotecas ofertam uma
variedade de serviços os quais geram custos inerentes de operação. O uso desses serviços dará
resposta na oferta oferecida pela biblioteca, mais tem um grupo de usuários que não faz uso
da biblioteca, como se pode observar nos resultados da avaliação externa da (BCE/UnB) no
SINAES, conhecer como os não usuários estão satisfazendo suas necessidades de informação
contribuirá grandemente para redirecionar um plano de satisfação de necessidades de
informação.
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XIX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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Acesso em: 12 jan. 2016.
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 19 - Ano: 2016 (UFAM - Manaus/AM)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária como agente de sustentabilidade institucional.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFAM
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2016
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Manaus (Amazônia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Bibliotecas Universitárias e os indicadores do SINAES: estudo do caso UnB.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silvestre, Flor Maria; Cunha, Murilo Bastos da
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Manaus (Amazonas)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFAM
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2016
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho pretende obter resposta à seguinte questão: A Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE/UnB) cumpre com todos os indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) para o bom atendimento das necessidades de informação de seus usuários? Para fornecer resposta a esse questionamento, a metodologia adotada foi a análise documentária a partir de fontes de informações, documentos da Universidade de Brasília (UnB) e as publicações geradas pela Comissão Própria de Avaliação,no período 2014, para dar resposta às dimensões dos instrumentos de avaliação do SINAES, a saber: instalações físicas; instalações para o acervo e funcionamento; informatização. Tem-se por pressuposto que se essas dimensões não forem cumpridas, o público-alvo da BCE/UnB deixará de ser usuário e se converterá em não-usuário, tendo em vista não ter conseguido satisfazer suas necessidades de informação naquela biblioteca. Os resultados mostram que a BCE/UnB não está contribuindo no processo de ensino, extensão de os estudantes da UnB.
Language
A language of the resource
pt