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A INTEGRAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO INFORMACIONAL (ALFIN)
NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DE
INICIATIVAS NO BRASIL E NA ESPANHA
Maria da Graça Gomes Almeida (UFBA) - mggomes@ufba.br
Resumo:
Este trabalho tem como finalidade analisar, descrever e apreciar como a Alfabetização
Informacional (ALFIN) está sendo implementada em bibliotecas de universidades públicas no
Brasil e na Espanha e como ela pode ser integrada à formação do estudante universitário. Este
estudo é fundamentado por um quadro teórico articulado com a pesquisa de campo em 33
bibliotecas de universidades públicas federais do Brasil e em 28 universidades públicas da
Espanha. A análise dos dados empíricos realiza-se por meio de uma abordagem quantitativa,
aliada à qualitativa. Apesar de diferentes autores terem a mesma opinião de que a integração
da ALFIN na formação do estudante universitário deve ser por meio do currículo acadêmico,
os resultados sugerem que as universidades e suas bibliotecas estão encontrando dificuldade
para implantar a educação para a ALFIN, de forma sistemática e, mais ainda, de forma
escalonada em diferentes níveis, integrada com as disciplinas acadêmicas.
Palavras-chave: Alfabetização informacional. Competências informacionais.
curricular. Espanha. Brasil. Universidade. Educação superior.
Área temática: Eixo 2 - Responsabilidade Política, Técnica e Social
Subárea temática: Educação de usuários e competências informacionais
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Integração
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XIX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo foi compreender a Alfabetização Informacional (ALFIN) e, mais
especificamente, como implantá-la de forma estável, progressiva e de amplo alcance na
formação do estudante universitário. Com a finalidade de contribuir com o processo
educacional das universidades e de suas bibliotecas, propondo um conjunto de diretrizes e
recomendações para apoiar o desenvolvimento das competências informacionais durante a
etapa universitária do aluno.
A Alfabetização Informacional, tradução literal do termo em inglês Information Literacy, é
amplamente difundida como um processo de aquisição e desenvolvimento de conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores em relação ao procedimento de acessar, avaliar, organizar,
interpretar e utilizar, de maneira crítica e ética, a informação (ACRL, 2000). A ALFIN surge
com base em múltiplos fatores sociais e tecnológicos e incide, principalmente, na formação
do estudante, uma vez que é um elemento propulsor para a compreensão do universo
informacional e para o desenvolvimento do pensamento crítico e do processo de pesquisa.
Por um lado, os alunos estão chegando à universidade com muitas carências em relação à
busca, avaliação e ao uso da informação científica como mostram os estudos de Marzal
García-Quismondo e Calzada-Prado, 2003; González Rivero e Santana Arroyo, 2008; Head e
Eisenberg, 2010; Connaway e Dickey, 2010, entre outros. Por outro lado, a biblioteca
universitária já atua na formação de seus usuários, oferecendo capacitação para o uso da
biblioteca, de seus serviços e de seus recursos informacionais. Porém, a capacitação de
usuários oferecida pela biblioteca para a busca e uso da informação nas universidades,
geralmente, ofertada de maneira opcional, em muitos casos, por meio de esforços dispersos da
biblioteca, não alcança a todos os estudantes e não lhes dar a oportunidade de praticar de
forma contínua as competências informacionais.
Considerando-se que a universidade e sua biblioteca devem dar igualdade de oportunidades a
todo estudante de formar-se com competências informacionais, neste trabalho procurou-se
investigar e encontrar respostas para as seguintes perguntas: Como as universidades e suas
bibliotecas estão integrando a ALFIN em seus currículos e/ou formação de seus usuários?
Quais são as principais estratégias e/ou formatos utilizados? Que requisitos ou fatores
conduzem a um entorno favorável e/ou são necessários para integrar a ALFIN no currículo
acadêmico? Quais são as principais limitações e como superá-las para lograr sua efetiva
integração na universidade?
Ressalta-se que esta comunicação é uma síntese dos principais resultados obtidos na pesquisa
originalmente apresentada como uma tese, intitulada “La Integración de la Alfabetización
Informacional (ALFIN) en la Formación del Estudiante Universitario: análisis de iniciativas
en Brasil y España”, defendida em abril de 2014, no Programa de Doutorado em
Documentação: arquivos e bibliotecas no entorno digital, da Universidade Carlos III de
Madri, na Espanha.
2 METODOLOGIA
A pesquise foi desenvolvida no contexto da educação superior e seu recorte incidiu no âmbito
das bibliotecas de universidades públicas e presenciais do Brasil e da Espanha. Trata-se de
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BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
uma pesquisa exploratória e descritiva que teve como finalidade analisar, descrever e
compreender o processo de integração da ALFIN na formação do estudante universitário.
Como procedimento para a análise dos dados empíricos, adotou-se uma abordagem
quantitativa e qualitativa, ou seja, a forma híbrida. Também foi utilizado o método
comparado, com vistas a verificar as similitudes e divergências entre os fenômenos estudados
no Brasil e na Espanha, assim como na teoria exposta por meio da revisão da literatura.
Foram enviados 59 questionários para as bibliotecas universitárias brasileiras, dos quais,
retornaram 33 (55,9%) e, na Espanha, foram enviados 47 e retornaram 28 (59,6%),
compreendendo uma porcentagem superior a cinquenta por cento em ambos países. O
questionário foi estruturado em três partes, a primeira abordou os aspectos generais da
formação de usuários na biblioteca; a segunda tratou sobre a organização e execução de
programas ou atividades específicas de ALFIN na universidade e a terceira destacou as
barreiras e retos que limitam a implantação da ALFIN universidade.
Com a finalidade de complementar os dados obtidos por meio dos questionários, realizou-se
uma entrevista semiestruturada e em profundidade em três universidades espanholas que
lograram, no momento de revisão curricular, integrar a educação da ALFIN de forma
institucional em todos os cursos de graduação.
3 REVISÃO DA LITERATURA
A ALFIN no contexto da universidade é difundida por meio das bibliotecas universitárias. A
biblioteca universitária tem investido na formação de seus usuários para o uso da biblioteca,
de seus recursos e serviços. Porém, a educação para o desenvolvimento de competências
informacionais, mediante atividades opcionais, não sistemáticas, de curta duração e não
alinhadas formalmente com qualquer disciplina ou titulação não chega a todos os estudantes.
Bernhard (2002) argumenta que, em virtude de seu caráter optativo, as atividades de ALFIN
oferecidas pelas bibliotecas e de escolha do estudante não chegam a mais de que uma
proporção relativa do alunado. Assim, é necessária uma formação formal que assegure que
todos os estudantes se beneficiem dessa formação. McGuinness (2007) destaca que a natureza
ad hoc e não estruturada da educação da ALFIN, que ocorre por meio de sessões desenhadas
para satisfazer uma necessidade de informação particular, identificada pelo professor em sua
classe, não garante a viabilidade de manter essa oportunidade de formação em longo prazo.
Complementando essa ideia, MacDonald, Rathemacher, Burkhardt (2000) sinalizam que,
apesar de que esse modelo de instrução personalizada chegue a um grande número de
estudantes, nessas sessões curtas de ALFIN, a informação pode ser pouco assimilada pelos
estudantes. Também pode ocorrer que seja duplicada/repetida para alguns alunos, outros
podem receber somente uma formação mínima e outros nenhuma.
São muitas as críticas na literatura de que a educação da ALFIN desde a biblioteca
universitária tem sido pouco abrangente e que a formação não contempla o momento da
necessidade de informação do estudante em seu contexto de aprendizagem. Dudziak (2005,
p.70) argumenta que “a falta de engajamento e a não adaptação ao contexto são fatores que
levam ao fracasso muitos programas de competências informacionais implementados por
bibliotecários mesmo com o apoio dos docentes”. Curzon (2004) sinaliza que os programas de
ALFIN fracassam porque na maioria das universidades são implantados de forma isolada pela
biblioteca.
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Nessa perspectiva, a oferta da ALFIN deve ocorrer por meio do currículo acadêmico. Esse
enfoque é apoiado por várias instituições e autores individuais, por exemplo ACRL (1999,
2000), Rockman et al. (2004), Lau e Cortés (2006) e Area Moreira (2007). A ACRL (1999)
recomenda que a biblioteca deve promover a educação da ALFIN relacionada e integrada com
as disciplinas acadêmicas. Bernhard (2002) destaca a conveniência de uma formação ofertada
de forma progressiva ao largo de toda a carreira universitária. Sharma (2007) aponta que a
falta de oportunidades contínuas de aprendizagem das competências informacionais
fragmenta o processo de ALFIN na universidade.
Assim, para promover a formação em ALFIN, autores, em diferentes países, têm destacado
distintas estratégias formativas. Area Moreira (2007, p. 11-12) menciona quatro
possibilidades: a oferta de disciplina específica de ALFIN comum a todas os cursos da
universidade; a oferta de disciplinas ou seminários opcionais com valor de créditos
acadêmicos; a oferta de conteúdos específicos da ALFIN distribuídos transversalmente entre
distintas disciplinas de uma mesma titulação, assim como a oferta de cursos pontuais.
Gómez Hernández e Benito Morales (2001, p.14) recomendam “introducir la ALFIN como
contenido de aprendizaje y evaluación dentro de las distintas asignaturas de los planes de
estudio”. Basulto Ruíz (2008, p.33) destaca que a inserção no currículo por meio de uma
disciplina é a opção de maior consenso na literatura “[…] porque motiva el aprendizaje de las
habilidades en los estudiantes a partir de la necesidad de resolver un problema o tarea
académica”.
A sua vez, Wang (2011, p.704) utiliza os termos: extracurricular (um curso fora do currículo
acadêmico, ou seja, não alinhado com qualquer unidade ou curso), intercurricular (sessões,
cursos ou conferências programadas dentro da unidade curricular de uma titulação
acadêmica), intracurricular (integrada em uma titulação através da colaboração entre
professores e bibliotecários) e stand-alone (um curso independente dentro dos planos de
estudo). Enquanto Dudziak (2009) destaca as seguintes modalidades: genérica (ações
voluntárias, extracurriculares, independentes), paralela (atividades complementarias às
disciplinas ou titulações específicas) e integrada (atividades que são parte integrante do
currículo/curso/disciplina).
Porém, as bibliotecas universitárias enfrentam muitas dificuldades para integrar a formação
em ALFIN ao currículo acadêmico. A pesquisa de McGuinness (2009) realizada em
universidades irlandesas destaca que, em sua maioria, a formação da ALFIN é implantada de
forma independente pelas bibliotecas e elas utilizam os modelos tradicionais, que não são
integrados no currículo acadêmico. Outra pesquisa realizada por Jiyane e Onyancha (2010)
em bibliotecas universitárias e em departamentos de Biblioteconomia e Documentação, na
África do Sul, destaca que as bibliotecas têm dificuldades para atrair os estudantes para os
programas de formação, uma vez que os programas não são formais, tampouco obrigatórios.
Julien, Tan e Merillat (2013) detectaram muitas barreiras, entre elas, as dificuldades de
integração da ALFIN no currículo, a falta de comunicação com o corpo docente, a falta de
apoio institucional e a falta de tempo dos bibliotecários.
Implantar e manter um programa de ALFIN na formação do estudante ainda representa um
grande reto para as universidades e suas bibliotecas. Mas, a educação para a ALFIN deve ser
um objetivo a ser alcançado, uma vez que, nos dias de hoje, ela é essencial e sempre aporta
benefícios para o aluno. Julien e Boon (2004) realizaram uma investigação com o objetivo de
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identificar os resultados da formação em ALFIN tanto para os estudantes como para as
universidades e destacaram como resultados importantes a “diminuição da ansiedade” e um
“aumento da confiança”, quer dizer, a aquisição de um maior domínio pessoal sobre o
universo informacional. Em outro estudo realizado na Universidade de Granada, para avaliar
e diagnosticar os níveis de competências e habilidades em informação em estudantes de
graduação, os autores destacaram que “[…] probablemente cuanto más se entrene al
alumnado en una competencia determinada y mayor nivel vayan adquiriendo en ella, mayor
será la importancia y el valor que le den a la misma” (PUERTAS VALDEIGLESIAS; PINTO
MOLINA, 2009, p.10).
A incorporação da ALFIN por meio do currículo acadêmico é destacada na literatura como
uma das formas mais adequadas para que o aluno desenvolva e pratique as competências
informacionais durante sua etapa universitária. Porém, essa forma de integração depende de
políticas institucionais que reconheçam a ALFIN como uma prioridade de aprendizagem
institucional e da estreita colaboração entre professores e bibliotecários, valorizando o
trabalho interdisciplinar.
4 A ALFABETIZAÇÃO INFORMACIONAL NA FORMAÇÃO
ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO NO BRASIL E NA ESPANHA
DO
Adotando o modelo de Centro de Recursos para a Aprendizagem e a Informação (CRAI), as
bibliotecas espanholas integram a Rede Espanhola de Bibliotecas Universitárias (REBIUN),
enquanto as bibliotecas universitárias brasileiras, em nível nacional, ainda não estão
agrupadas por meio de uma rede formalizada. Contam com o apoio da Comissão Brasileira de
Bibliotecas (CBBU), a qual tem, entre outras atribuições, a missão de representar as
bibliotecas universitárias juntamente aos organismos governamentais e à comunidade
científica brasileira.
Com relação à oferta formativa, tanto no Brasil como na Espanha, as bibliotecas universitárias
oferecem as tradicionais atividades de formação de usuários (visitas guiadas, cursos
especializados, aulas e/o conferências em disciplinas a pedido do professor e palestras sobre
os serviços da biblioteca). Porém, em relação aos cursos e/ou sessões específicas de ALFIN
(determinar o alcance, acessar, avaliar, organizar e utilizar a informação), na Espanha, a
grande maioria (96,4%) das bibliotecas oferta esse tipo de atividade, enquanto as brasileiras
ainda são uma minoria (48,5%).
A ALFIN está presente nas linhas do plano estratégico de 15 (45,5%) bibliotecas brasileiras
das 33 que participaram da pesquisa, enquanto das 28 bibliotecas espanholas, 82,1% (23)
especificaram as competências informacionais em seus planos estratégicos. Ressalta-se que a
ALFIN na Espanha está concebida como uma competência genérica recomendada pela
Conferência de Reitores das Universidades Espanholas (CRUE) para ser integrada com a
alfabetização informática, na formação de todos os estudantes universitários.
Com relação às estratégias utilizadas para integrar as atividades de ALFIN na formação dos
estudantes, em ambos países, são similares:
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Quadro 1 - Tipos de atividades de ALFIN
Tipos de actividades
Número de
Número de
universidades - Universidades - España
Brasil
Sesiones cortas dentro de
5
22
asignaturas
Participan en asignaturas
8
8
específicas de ALFIN
Curso sin reconocimiento de
12
19
créditos
Curso con reconocimiento de
6
16
créditos
Fonte: Almeida, 2014, p.301
Porém, as bibliotecas universitárias espanholas já estão significativamente mais adiantadas
em relação a oferta dessas atividades. Das 33 bibliotecas brasileiras participantes da pesquisa,
48,5% (16) oferecem alguma atividade de ALFIN, embora somente 11 planificam de forma
específica por meio de um plano ou programa. Na Espanha, das 28 universidades
participantes, 96,4% (27) estão oferecendo algum tipo de atividade e, entre elas, 20 (71,4%)
possuem um programa definido para o desenvolvimento das competências informacionais dos
estudantes.
A implantação da ALFIN no currículo acadêmico é um processo dificultoso. Mesmo as
bibliotecas espanholas que estão investindo esforços para desenvolver as competências
informacionais de seus estudantes, por um lado, um número significativo delas ainda não
conseguiu implantar ações formais por meio do currículo. Por outro lado, são destacáveis as
poucas iniciativas institucionais, ou seja, três universidades oferecem ALFIN, em nível
básico, de forma transversal e obrigatória para todos os alunos de graduação de primeiro
semestre. Ressalta-se que, entre as bibliotecas brasileiras pesquisadas, não foram detectados
indícios de iniciativas de ALFIN com as características de uma estratégia de carácter
institucional, obrigatória para todos os cursos de graduação.
Para ajudar a superar as carências informacionais dos estudantes, a formação em ALFIN deve
estar articulada por meio do marco curricular e deve contar com o apoio dos órgãos de
governo da universidade, tanto políticos como administrativos. Essa afirmação está em
consonância com o que explicitaram os participantes desta pesquisa em ambos países quando,
em sua maioria, sugerem que a forma mais eficaz de implantar a ALFIN na universidade seria
através do currículo acadêmico. Defendem como estratégia de integração, tanto no Brasil
(60,6%) como na Espanha (57,1%), disciplinas específicas e/ou cursos integrados ao projeto
pedagógico do aluno.
A educação para a ALFIN por meio do currículo é fundamental porque capacita praticamente
cem por cento dos alunos, ajuda a obter uma relação mais fluida entre professores,
coordenadores e bibliotecários, assim como a trabalhar mais próximos dos estudantes e
detectar mais facilmente suas necessidades, assim como indicaram os participantes desta
pesquisa que implantaram a ALFIN de forma institucionalizadas em suas universidades.
Como amplamente mostra a literatura publicada e as iniciativas de ALFIN implantadas nas
universidades espanholas, podem-se destacar várias modalidades de integração da ALFIN que
dependem diretamente do apoio institucional, tais como: uma disciplina específica e
transversal a todos os cursos, uma disciplina específica integrada em um determinado curso,
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cursos breves integrados formalmente como parte de disciplinas obrigatórias, sessões
integradas formalmente como parte de uma ou várias disciplinas obrigatórias e cursos com
reconhecimento de créditos acadêmicos.
Referente ao conteúdo da formação em ALFIN, nas bibliotecas brasileiras, as temáticas estão
relacionadas com o domínio de conhecimentos acerca da busca da informação,
particularmente do uso das fontes e da recuperação da informação, além dos conhecimentos
sobre a biblioteca universitária, suas instalações, recursos e serviços. Enquanto as temáticas
“identificar a necessidade de informação” e “avaliar a informação” são menos ofertadas. Nas
bibliotecas espanholas, todas as temáticas relativas à ALFIN, em maior ou menor grau, estão
contempladas na maioria das bibliotecas pesquisadas. Os temas “apresentação de citações e
referências”, “seleção de recursos de informação”, “fontes de informação e recuperação da
informação online ou impressa”, “planificação de estratégias de busca”, são ofertados por
mais de 80% das bibliotecas, enquanto “identificação da necessidade de informação”,
“critérios de avaliação da informação” e “uso ético da informação” foram sinalados por mais
de 70% das bibliotecas.
A principal modalidade de oferta das atividades de ALFIN nas bibliotecas brasileiras é a
presencial (93,8%), enquanto nas espanholas combinam a presencial com a virtual (74,1%).
Em relação ao lugar onde a formação é oferecida, tanto no Brasil como na Espanha, as
bibliotecas utilizam espaços variados como a sala de formação da biblioteca, a aula de
informática e as salas de aula convencionas. Com relação ao número de horas de formação, o
total geral em cada curso/titulação na maioria das bibliotecas brasileiras é de menos de cinco
horas. Na maioria das bibliotecas espanholas, a duração média aproximada está entre menos
de cinco horas e entre cinco e dez.
No que diz respeito ao perfil dos participantes da capacitação, em ambos países, a maioria das
bibliotecas oferece formação para os alunos em geral, tanto de graduação como de pósgraduação. Porém, na Espanha, as sessões dentro de disciplinas, específicas ou não, são mais
ofertadas para alunos de graduação.
Com relação ao perfil dos formadores de ALFIN, destaca-se que a formação é oferecida por
ou com a participação do bibliotecário tanto no Brasil como na Espanha, na maioria das
bibliotecas pesquisadas. Porém, é importante pontuar que o envolvimento dos bibliotecários
nas atividades de formação nas bibliotecas analisadas é baixo, uma vez que, tanto no Brasil
como na Espanha, um número muito pequeno de profissionais atua na educação de usuários.
No Brasil, mais da metade (18) das bibliotecas conta com menos de dez bibliotecários
dedicados a educação de usuários e, na Espanha, mais de uma terça parte também conta com
menos de dez formadores.
Os bibliotecários cada vez mais são e continuarão sendo os principais interessados e
responsáveis por esse tipo de alfabetização, como sinalizam os participantes desta pesquisa,
tanto no Brasil (66,7%) como na Espanha (64,3%), quando afirmam que a responsabilidade
de fomentar a ALFIN na universidade recai, principalmente, sobre as bibliotecas. Porém, é
importante ressaltar que, em muitos países, o bibliotecário não possui o status de professor,
como é o caso do Brasil e da Espanha, nesse contexto a colaboração entre professor e
bibliotecário é um elemento essencial na implantação da ALFIN por meio do marco
curricular.
Com relação às principais barreiras para a implantação da ALFIN na universidade, o grande
desafio enfrentado pelas bibliotecas está relacionado com a compreensão do conceito da
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ALFIN. Tanto para as bibliotecas brasileiras (78,8%) como para as espanholas (82,1%), a
ALFIN não se utiliza e não se compreende plenamente, o que reforça a necessidade de
estabelecer um diálogo sobre a ALFIN nesses espaços de aprendizagem. Outras barreiras mais
destacadas pelos bibliotecários foram a falta de pessoal, a escassa colaboração entre docentes
e bibliotecários e a falta de claridade sobre em quem recai a responsabilidade principal para
fomentar a ALFIN na universidade.
5 DIRETRIZES PARA PROMOVER A ALFABETIZAÇÃO INFORMACIONAL
NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO
O desenvolvimento desta pesquisa por meio dos procedimentos metodológicos seguidos nos
permite inferir que, para integrar as competências informacionais na formação do estudante
universitário de forma estável, progressiva e extensiva (para todo o alunado), o
programa/projeto de ALFIN deve sustentar-se nas seguintes bases:
todo estudante universitário deve ter igualdade de oportunidades para formar-se com
as competências informacionais;
a educação específica da ALFIN deve ser caracterizada como uma estratégia
institucional e curricular para garantir sua permanência ao longo do tempo;
a formação em ALFIN deve ser planificada e programada;
o processo educativo da ALFIN deve ser colaborativo (construído em equipe) e de
docência corresponsável, isto é, de responsabilidade compartida entre professores e
bibliotecários para garantir uma formação integral (teoria e prática) e contextual
através das disciplinas acadêmicas;
a docência da ALFIN deve ser uma prática que forme o aluno para uma aprendizagem
ativa e autônoma, avançando em complexidade através do currículo acadêmico.
Para implantar a educação da ALFIN formalmente na universidade, é necessário o
desenvolvimento de um programa e/ou plano de ação e, para isso, é aconselhável que a
biblioteca consiga que a universidade forme um grupo de trabalho multidisciplinar, ou seja,
formado por distintos representantes da comunidade universitária (por ex.: bibliotecários,
professores, estudantes, pedagogos, informáticos etc.), de preferência, instituído pelos órgãos
de governo da universidade com a missão de discutir, trocar ideias, experiências e
desenvolver estudos, uma vez que no planejamento de um programa/plano para implantar a
ALFIN na formação do estudante universitário é importante:
Analisar o contexto institucional
Na planificação do programa ALFIN, é necessário fazer uma análise da cultura da instituição
e de sua comunidade de aprendizagem. Do mesmo modo, é muito importante detectar
fortalezas, oportunidades, debilidades e ameaças (LAU; CORTÉS, 2006), indicando as ações
que podem ser empreendidas para aproveitar os fatores positivos, assim como as ações para
contrastar os elementos negativos, isto é, avaliar todos os inconvenientes (em termos
humanos, econômicos e de recursos materiais disponíveis). É importante também pesquisar a
percepção, a presença/reconhecimento e a prática atual da ALFIN na universidade para
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responder perguntas como: Que é a ALFIN na universidade? Que deveria ser a ALFIN na
universidade e por quê? Onde está situada a ALFIN na universidade? A ALFIN é um
requisito do item biblioteca na avaliação da qualidade dos cursos de graduação? A ALFIN
está presente em algum documento de carácter institucional (planos estratégicos ou em outras
políticas institucionais etc.)? Que estão fazendo a universidade e a biblioteca? As iniciativas
de ALFIN existentes estão vinculadas com as políticas institucionais? Quais são as
competências da ALFIN trabalhadas pelos professores através das disciplinas acadêmicas?
Quais são as principais necessidades de ALFIN dos estudantes?
Definir políticas e a estratégia de integração
Com base na Teoria da ALFIN construída ao longo dos anos por distintos organismos e
autores (como ACRL, 2000, 2006; SCONUL, 2011; Lau e Cortés, 2006; Secker e Coonan,
2011, entre outros) e nos resultados da análise do contexto institucional, é fundamental definir
as competências informacionais e os conteúdos que deverão ser desenvolvidos no contexto da
graduação e da pós-graduação. Para integrar as competências informacionais de forma
integral (teoria e prática), o modelo que conforma uma situação ideal, conforme análise da
literatura e os resultados desta pesquisa, é o modelo de sessões integradas em disciplinas do
currículo acadêmico. Por um lado, as sessões integradas implicam uma aprendizagem no
contexto das disciplinas e podem proporcionar ao aluno, desde o início de sua primeira
qualificação até o final de sua formação acadêmica, uma capacitação sistemática. Por outro
lado, deve ser uma estratégia institucional para que chegue a todos os alunos e permita
contemplar o aspecto de progressão dos conteúdos por meio das disciplinas e em momentos
da formação do aluno que requerem uma intervenção mais direta e explicita dos conceitos
dessa alfabetização, tais como:
no momento da incorporação do aluno na universidade (em uma disciplina do primeiro
semestre): a transição do aluno do ensino médio ao ensino superior requer uma
atenção especial por parte da universidade para ambientá-lo ao universo e a cultura da
aprendizagem acadêmica, assim como para que ele conheça e aprenda a usar os
recursos e as fontes de informação básicas de seu campo de estudo, entenda a natureza
e a influência da informação no desenvolvimento da aprendizagem acadêmica, assim
como aprenda a usar de forma eficiente grandes bibliotecas, seus serviços e produtos;
no avanço dos estudos (em uma disciplina de semestres intermediários): é no momento
do aluno conhecer com mais profundidade as bases de dados por área do
conhecimento. Cada vez mais, o processo de ensino-aprendizagem está centrado nas
técnicas de pesquisa, de modo que o aluno necessita conhecer e utilizar, de forma mais
elaborada, bases de dados específicas em sua disciplina, conhecer as características da
pesquisa, o rigor científico, as questões da propriedade intelectual e o uso de normas e
recursos para citar e organizar referências;
no momento da elaboração do projeto de fim da graduação (no último semestre ou no
semestre onde esteja fixada a disciplina metodologia da pesquisa ou horas créditos
destinadas ao trabalho de conclusão do curso): seria no momento da preparação do
aluno para o trabalho final de graduação, com uma intervenção mais específica e
direcionada a fortalecer os conceitos da ALFIN até então trabalhados nas disciplinas
anteriores e para reforçar e solucionar dúvidas sobre os requisitos de informação e
documentação necessários, que exige um trabalho de investigação.
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Como reforço, na pós-graduação, é recomendável a integração dos conteúdos da ALFIN
também em uma disciplina e poderá seguir a mesma metodologia adotada na graduação,
poderia ser na disciplina “Metodologia da Pesquisa” ou outra que se considere adequada na
grade curricular do mestrado e do doutorado. Essa estratégia de implantação da ALFIN, por
meio de sessões integradas, se molda e aplica por meio de uma série de sessões como parte de
uma disciplina acadêmica e por meio da colaboração entre professores e bibliotecários.
Desenhar a proposta de integração
O plano/proposta de integração fundamentada na análise do contexto institucional deve
estabelecer as metas e as linhas de atuação do programa de ALFIN na universidade. Entre
outras características, o plano de ação deverá contemplar a missão, justificativa, metas e
objetivos, resultados de aprendizagem e conteúdos básicos, a estratégia de integração, os
recursos humanos necessários, as metas para a formação de formadores, as formas promoção
e difusão, os recursos necessários e o cronograma. O plano/proposta de ALFIN definido
deverá ser apresentado às autoridades acadêmicas, sejam reitores ou vice-reitores ou à
instância acadêmica pertinente para sua aprovação final e posteriores deliberações. Com a
devida aprovação institucional, o plano/ proposta deverá ser apresentado e discutido em todas
as instâncias necessárias (ex: conselho deliberativo da biblioteca, departamentos, comitês,
coordenações acadêmicos e de estudantes).
Estabelecer mecanismos de articulação, coordenação e colaboração
A partir do momento em que se consiga o apoio da comunidade acadêmica para a proposta de
integração da ALFIN, começam as ações de articulação nos cursos e disciplinas, assim como
a coordenação, organização e a planificação específica dos planos docentes e das atividades.
Esta é considerada como uma das fases mais complexas do processo de integração da ALFIN
por meio das disciplinas acadêmicas. Com o devido respaldo institucional, a equipe
responsável pela ALFIN deverá estabelecer os contatos necessários com os representantes de
todas as instâncias acadêmicas envolvidas no projeto (ex.: representantes de graduação e pósgraduação, biblioteca, faculdades e centros, serviço de informática, departamento de apoio
educacional, vice-reitorias/departamento de desenvolvimento de pessoas, coordenação
estudantil etc.) com o objetivo de instituir equipes de aprendizagem e aplicação da ALFIN em
diferentes campi da universidade.
Implementar e avaliar
No modelo proposto (sessões integradas em disciplinas acadêmicas), os responsáveis pela
planificação e docência da ALFIN serão os professores das disciplinas integradoras e os
bibliotecários envolvidos no processo. Esses profissionais serão os encarregados de integrar
os conteúdos da ALFIN ao conteúdo das disciplinas e definir: os objetivos, os métodos, as
atividades, os recursos didáticos e os instrumentos de valoração e avaliação da aprendizagem.
Na preparação das classes e atividades, recomenda-se ter em conta os princípios
metodológicos mencionados por Area Moreira (2007, p. 14), uma vez que estão definidos de
acordo com os princípios da aprendizagem ativa, tais como partir dos conhecimentos prévios
do estudante, planificar atividades que permitam ao estudante aprender por meio da
experiência, favorecer tanto o trabalho individual como em grupo, adaptar os conteúdos às
necessidades do campo científico de cada titulação, avaliar continuamente, entre outros. A
avaliação, esta deve estar presente no momento da planificação das classes por meio da
avaliação diagnóstica, para detectar o nível de ALFIN dos alunos e da definição dos
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resultados de aprendizagem, assim como durante todo o processo de execução das mesmas.
Com o objetivo de proporcionar a máxima informação para melhorar o processo de ensinoaprendizagem, reajustando constantemente os objetivos, planos e programas, métodos e
recursos.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o contexto estudado, esta pesquisa mostra que as universidades e suas
bibliotecas estão utilizando distintas modalidades de formação em ALFIN (sessões, cursos
breves e disciplinas), tanto de carácter genérico (atividades extracurriculares) e paralelo
(atividades complementárias às titulações e/o disciplinas) como integrado (atividades
incorporadas formalmente como parte do currículo), de forma individual ou combinada para
garantir a progressão dos conteúdos. Porém, a integração da ALFIN na formação do estudante
universitário nas universidades pesquisadas ainda não é uma tendência generalizada. As
universidades e suas bibliotecas, devido a seus problemas estruturais, culturais e/ou humanos,
encontram muitas dificuldades para integrar a educação para a ALFIN de forma extensiva,
estável e escalonada em diferentes níveis.
Para integrar a ALFIN de forma estável, progressiva e que dê igualdade de oportunidades a
todos os estudantes, é necessário desenvolver uma estratégia institucional de ALFIN com base
na análise da cultura da instituição, de sua comunidade de aprendizagem e da definição de um
marco de competências informacionais alinhadas com um conjunto de conteúdos básicos,
para serem integrados formalmente ao currículo acadêmico.
Assim, esta pesquisa ratifica que a educação da ALFIN na universidade recai, principalmente,
sobre a biblioteca universitária e exige um esforço maior, transcende seus limites, uma vez
que é recomendada por políticas e diretrizes educacionais internacionais e nacionais e, sendo
assim, é um compromisso de toda a universidade. Deve estar integrada ao currículo macro
planteado pela universidade e, para isso, depende dos gestores da universidade e de todos os
que se encarregam do ensino-aprendizagem e da formação.
A educação da ALFIN formalmente integrada no currículo acadêmico exige que a biblioteca
universitária assuma uma nova perspectiva no âmbito de sua ação educativa, a qual necessita
estrategicamente reorganizar-se e potenciar suas estruturas, principalmente em relação aos
recursos humanos e a capacitação complementaria destes para poder ensinar as competências
informacionais de forma corresponsável com os professores.
Com base nesses resultados, recomenda-se que as universidades: reconheçam e defendam a
integração da ALFIN na formação do estudante universitário; que estabeleçam uma comissão
institucional de trabalho multidisciplinar formada por distintos representantes da comunidade
universitária; que definam políticas de competências e de conteúdos da ALFIN; que
desenvolvam um plano de ação institucional; que implantem a ALFIN de forma transversal e
obrigatória através do currículo acadêmico; assim como potenciem, adéquem e reorganizem
as bibliotecas universitárias para essa finalidade.
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 19 - Ano: 2016 (UFAM - Manaus/AM)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária como agente de sustentabilidade institucional.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFAM
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2016
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Manaus (Amazônia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
A integração da alfabetização informacional (ALFIN) na formação do estudante universitário: análise de iniciativas no Brasil e na Espanha.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Almeida, Maria da Graça Gomes
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Manaus (Amazonas)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFAM
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2016
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho tem como finalidade analisar, descrever e apreciar como a Alfabetização Informacional (ALFIN) está sendo implementada em bibliotecas de universidades públicas no Brasil e na Espanha e como ela pode ser integrada à formação do estudante universitário. Este estudo é fundamentado por um quadro teórico articulado com a pesquisa de campo em 33 bibliotecas de universidades públicas federais do Brasil e em 28 universidades públicas da Espanha. A análise dos dados empíricos realiza-se por meio de uma abordagem quantitativa, aliada à qualitativa. Apesar de diferentes autores terem a mesma opinião de que a integração da ALFIN na formação do estudante universitário deve ser por meio do currículo acadêmico, os resultados sugerem que as universidades e suas bibliotecas estão encontrando dificuldade para implantar a educação para a ALFIN, de forma sistemática e, mais ainda, de forma escalonada em diferentes níveis, integrada com as disciplinas acadêmicas.
Language
A language of the resource
pt