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COMPORTAMENTO INFORMACIONAL COMO APORTE TEÓRICO PARA
CONSOLIDAÇÃO CONCEITUAL DE COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
NO CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
LINS, G. S.1
LEITE, F. C. L.2
RESUMO
O estudo procura investigar a relação entre os conceitos de comportamento
informacional e competência informacional para aplicação no contexto da
comunicação científica. Para isso, procura demonstrar que seus fundamentos
podem estar contidos em alguns pontos da definição de habilidades informacionais.
Como primeiro resultado da pesquisa, é mostrado um quadro associativo entre os
dois conceitos. Concluiu-se que, a comparação é possível através das relações
entre as descrições de cada ação entre os dois conceitos.
Palavras-chave: Competência Informacional. Comportamento Informacional.
Comunicação Científica.
ABSTRACT
This paper aims to investigate the relationship between the concepts of information
behavior and information literacy for application in the context of scientific
communication. For this reason, seeks to demonstrate that their foundations may be
contained in some points of the definition of informational skills. As a first result of the
search, it offered a voluntary framework between the two concepts. It was concluded
that the comparison is possible through relations between the descriptions of each
action between the two concepts
Keywords: Information Literacy. Information Behavior. Scientific Communication
�2
1 INTRODUÇÃO
Estudos
sobre
competência
informacional,
ou
information
literacy
(expressão original) estão em expansão, já que sua aplicação se adequa a muitas
áreas do saber, como forma de definição de atributos especiais requisitados para a
relação entre indivíduo e informação. O conceito de competência informacional se
concentra em alguns predicados individuais que se relacionam com capacidades em
utilizar a informação de forma efetiva e eficiente a partir do reconhecimento da
necessidade de informação, passando pelos processos de busca, seleção, acesso,
avaliação, aplicação e comunicação. A existência de diversos conceitos, embora
caracterizados basicamente pelo mesmo sentido, demonstra a variedade de
aplicações, além da diversidade de grupos a partir das quais as competências
informacionais são avaliadas. Tomando por base o conceito normativo de
competência informacional cunhado pela ALA (2000), onde são intituladas
“habilidades” exigidas para estudantes de nível superior, muitos outros conceitos
surgem, porém com finalidades específicas. Segundo a ALA, as habilidades
qualificadas a serem avaliadas por instituições de nível superior são as habilidades
em
1. Determinar a extensão da informação necessária,
2. Acessar a informação necessária efetivamente e eficientemente,
3. Avaliar criticamente a informação e suas fontes e incorporar a
informação selecionada aos seus conhecimentos básicos,
4. Usar a informação efetivamente com um propósito específico,
5. Conhecer os aspectos econômicos, legais e sociais que cercam o
uso da informação, acessar e usá-la eticamente.
Geralmente, os conceitos em diversas abordagens são semelhantes,
ainda que contenham as peculiaridades de aplicações com fins específicos, como,
por exemplo, estudantes de ensino fundamental (as competências são ensinadas e
avaliadas pelo professor em sala de aula), as competências para os profissionais
(educação ou formação continuada), ou ainda competências para indivíduos como
cidadãos (tomada de decisão para assuntos políticos e econômicos). Como
entendimento da expressão competência informacional esteve inicialmente focada
na “informação para o trabalho, técnicas e habilidades para uso de instrumentos de
informação e uso para resolução de problemas” (BEHRENS, 1994), ainda hoje, a
despeito de mudanças para a construção de um modelo completo para a descrição
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de competências, sua idéia fundamental volta-se para o acesso efetivo à informação
de qualidade, além da capacitação para o uso e comunicação de novas informações
através do conhecimento adquirido pelas informações recuperadas. Além disso, a
competência informacional é aspecto essencial para a formação individual do
aprendizado ao longo da vida, por meio da abordagem de atitudes específicas para
cada contexto (acadêmico, profissional ou social).
Enquanto os estudos sobre competência informacional se direcionam para
características que qualificam os processos de busca e uso da informação, as
teorias de comportamento informacional, por seu turno, descrevem etapas do
processo de busca da informação a partir de necessidades identificadas, incluindo
ações e interações de busca, fornecimento e uso da informação. O modelo de
comportamento informacional de Wilson (1999) destaca como ação inicial a própria
necessidade, a partir da qual é desencadeado o comportamento de busca da
informação, onde as chamadas variáreis intervenientes (e.g. psicológicas e
demográficas) e mecanismos de ativação (e.g. teoria do stress, teoria da
recompensa) fazem parte do decorrer do processo de busca. A proposta de
Kuhlthau (1994), por sua vez, estabelece ainda como parte do processo de busca da
informação, sentimentos, pensamentos e ações numa perspectiva fenomenológica.
Observa-se dentre as pesquisas de comportamento informacional as mais variadas
abordagens, tais como a diferença de comportamento entre gêneros (STEINEROVÁ;
ŠUŠOL, 2007) e uso da web (CHOO; DETLOR; TURNBULL, 1998).
Nessa
perspectiva,
é
possível
ressaltar
que
a
literatura
sobre
comportamento informacional, especialmente resultados de pesquisa empírica, trata
de modelos aplicados em diferentes contextos, ambientes, grupos ou comunidades.
No caso de comunidades científicas, a pesquisa em comunicação científica tem
explorado significativamente o que se denomina de comportamento informacional de
pesquisadores, nomeadamente as necessidades, busca, uso e, adicionalmente os
padrões de comunicação. Tendo em vista essa questão, um dos pressupostos
básicos dos estudos de comunicação científica é o reconhecimento de que as
diferenças disciplinares influenciam diretamente o comportamento de pesquisadores
no que se refere aos seus padrões de comunicação, bem como ao comportamento
informacional no desenvolvimento de suas atividades (necessidades, busca e uso da
informação).
�4
Portanto, levando em consideração que a competência informacional
prescreve habilidades que se desenvolvidas e incorporadas pelo indivíduo ele estará
mais capaz de lidar efetiva e eficientemente com suas necessidades, busca uso e
assimilação da informação; e que diferenças disciplinares influenciam diretamente o
comportamento informacional e padrões de comunicação de pesquisadores de
áreas do conhecimento distintas, a proposta de pesquisa pretende compreender e
responder a seguinte questão: quais os elementos, conceitos, e relações entre
eles, devem constituir um modelo de competência informacional que acomode
e seja aplicável às comunidades científicas de diferentes áreas do
conhecimento?
O modelo conceitual que norteia a condução da pesquisa embute a teoria
de que modelos de competência informacional devem ser distintos para
pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento uma vez que diferenças
disciplinares determinam padrões de comportamento informacional diferenciados.
2 COMPETÊNCIA INFORMACIONAL E COMPORTAMENTO INFORMACIONAL
Os estudos de competência informacional, de um modo geral, discutem os
processos informacionais a partir da valorização econômica e social da informação,
decorrente disso a concepção da qualidade sobre os processos de busca da
informação. Há certo consenso por parte de institutos renomados, como ALA,
UNESCO e setores governamentais de alguns países, sobre a importância da
divulgação e ensino das habilidades da competência informacional, como diferencial
profissional e principalmente como exercício da cidadania. Nesse contexto, teorias
de competência informacional muito têm a contribuir para a argumentação da
pesquisa sobre comportamento informacional a, especialmente voltados para a
identificação de necessidades e processos de busca e uso da informação.
A ciência da informação domina corpo de conhecimento bem consolidado
no tópico comportamento informacional, especialmente quanto às atribuições e
contextos variados. Miranda (2006) parece concordar com tal afirmativa ao sugerir
que tais estudos podem ter em sua base teórica três abordagens: cognitivas (em que
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o indivíduo é o foco), sociais (em que o contexto é o foco) e multifacetadas (que
focam o indivíduo e o contexto ao mesmo tempo).
A teoria de competência informacional não leva em consideração quais
etapas do processo da relação informação x indivíduo podem ser adicionadas ou
sucedâneas por outras, e quais seriam as dificuldades ou facilidades pessoais para
completar a busca de acordo com os procedimentos estabelecidos por modelos de
comportamento informacional, que por sua vez, analisam aspectos internos e
externos ao indivíduo em sua relação com a informação, levando em consideração
as interveniências e facilidades ambientais e outras variáveis. Estudos de
comunicação científica, por seu turno, comumente levam em consideração tanto as
diferenças disciplinares de pesquisadores quanto a natureza dos processos
relacionados com a produção do conhecimento científico, sua disseminação e uso.
Desse modo, contempla também os impactos das tecnologias no comportamento
dos indivíduos.
Nesse contexto, uma análise mais cuidadosa da literatura revela que há
uma relação, ainda não discutida, entre as teorias de comportamento informacional e
competência informacional, e que há uma lacuna a ser preenchida quanto à
flexibilização da determinação das habilidades previstas nos modelos de
competência informacional, principalmente quanto às diferenças contextuais, já
devidamente consideradas e explicitadas de comportamento informacional, como
pode ser verificada na figura 1.
�6
Figura 1 - Modelo de comportamento informacional
Fonte: Wilson (1999).
Portanto, as contribuições desse trabalho, no que diz respeito à
consolidação de estudos sobre competência informacional na ciência da informação,
são especialmente voltadas para o contexto da comunidade científica, onde, por
meio do viés das teorias de comportamento informacional, tende a se completar e
elucidar a partir de modelos relacionais entre pesquisador X informação, em todos
os processos informacionais (necessidade, busca, uso e comunicação da
informação).
Desse modo, a proposta de pesquisa que se apresenta justifica-se por
alguns de seus aspectos. O primeiro deles diz respeito ao tema “competência
informacional”, cuja manifestação como tópico de estudo configura-se ainda recente
mesmo em nível internacional (meados de 1974). Outro aspecto diz respeito às
comunidades cientificas, cujo comportamento de busca e uso da informação vem
sendo transformado por conta da aplicação de tecnologias da informação. Disso
resultam novos modelos que representam o comportamento informacional dos
indivíduos.
No Brasil, há um número significativo de estudos que investigam padrões
de comportamento informacional de diferentes comunidades, e do mesmo modo,
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estudos sobre o uso e otimização das competências informacionais, principalmente
sob o ponto de vista acadêmico, tornam-se mais freqüentes. A junção dos dois
aspectos, em nível prático e conceitual, ainda não foi devidamente explorada, pois
modelos de competência informacional limitam-se muitas vezes ao ambiente
educacional como uma questão a ser implementada, uma vez que não se reconhece
facilmente um indivíduo competente em informação, tal como descrito em seus
modelos, como demonstra a figura 21, representação das definições propostas por
Mike Eisenberg e Bob Berkowitz (apud SAYERS, 2006).
Etapas
Ação 1
Ação 2
Definir o problema da
Identificar a informação
informação
necessária
Estratégia de busca da
Determinar todas as
Selecionar as melhores
informação
possibilidades de fontes
fontes
Definição da tarefa
Localizar e acessar
Localizar fontes
(intelectualmente e
fisicamente)
Uso da informação
Síntese
Avaliação
Encontrar informações
dentro das fontes
Dedicação (isto é, ler,
Extrair a informação
ouvir, ver, tocar)
relevante
Organizar de múltiplas
fontes
Julgar o produto
(efetividade)
Atualizar a informação
Julgar o processo
(eficiência)
Figura 2 - The Big 6
Fonte: Adaptação de SAYERS, R. Principles of awareness-raising: Information literacy: a
case study. Bangkok: UNESCO, 2006. p. 77-78.
Assim, a presente proposta, além de ter como objeto de pesquisa as
comunidades científicas como grupos intensivos no uso e produção da informação, a
partir de suas necessidades e processos de busca e uso e padrões de comunicação,
1
Outro exemplo é o modelo Empowering 8 (SAYERS, 2006) que descreve competência informacional como o seguinte conjunto de
habilidades em informação: Identificação, Exploração, Seleção, Organização, Criação, Apresentação, Avaliação e Aplicação. Cada
categoria, aqui resumida em verbos, possui um série de atributos explicativos que qualificam a competência, de forma que o
individuo que as apresenta, obtém de forma satisfatória seu rendimento, em seu caso específico.
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pretende contribuir para o desenvolvimento e consolidação de estudos de
competência informacional de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento.
Ao mesmo tempo contribuirá para estudos de comunicação científica na medida em
que aprofunda e situa a intersecção dos temas de competência e comportamento
informacional, reconhecidamente de interesse para a pesquisa em ciência da
informação.
Resultados obtidos em estudo anterior (LINS, 2007) ofereceram indícios
de que algumas habilidades profissionais eram sugeridas como competência
informacional2, mesmo que não fossem reconhecidas como tal, caso se tomasse
como pressuposto os modelos vigentes na literatura especializada. Neste caso,
observa-se a possibilidade de particularizar o conceito de competência informacional
para um determinado grupo de profissionais, o que no caso das comunidades
científicas, leva-se em consideração os estudos já avançados de comunicação
científica e comportamento informacional de pesquisadores.
Outro aspecto que justifica a realização do estudo proposto possui caráter
mais teórico do ponto de vista de sua contribuição ao corpo de conhecimentos da
ciência da informação. Um dos eixos desta proposta, ‘comportamento informacional’
possui forte relação pesquisa em comunicação científica. No entanto, além de uma
postura interdisciplinar, o problema de pesquisa requer a intersecção entre eixos de
pesquisa diferenciados no interior da própria área, como a própria comunicação
científica e estudos de usuários. Além disso, teorias da psicologia cognitiva em dado
momento podem oferecer subsídios para a construção e avaliação do modelo de
competência informacional aplicável às determinadas comunidades científicas.
É importante destacar que o projeto de pesquisa em questão consta em
um plano de pesquisa mais amplo, iniciado anteriormente durante a realização do
curso de mestrado (LINS, 2007). Os resultados do referido estudo propuseram a
inserção de conceitos de competência informacional nas diretrizes curriculares na
formação de profissionais da informação, mas não sem antes definir o que
constituíam essas competências para tais profissionais, além de considerar o uso da
2
No contexto do estudo mencionado, algumas características das atividades dos profissionais da informação foram atribuídas como
competência informacional, a partir dos conceitos básicos, mas que teoricamente não se atribuía ao cotidiano desses profissionais.
Habilidades como definição de características para a criação de sistemas interativos, facilidade de comunicação com o usuário e
conhecimento dos conteúdos das bases de dados da instituição foram categorizadas como competência informacional.
�9
tecnologia da informação e comunicação como tópico essencial a ser considerado
como competência. Ter como foco as comunidades científicas para estruturar um
modelo adequado de competência informacional poderá também subsidiar
constructos básicos para teorias de comportamento informacional, assim como
avaliar práticas de comportamento de pesquisadores e dar suporte ao desenho de
sistemas de informação apropriados.
3 RESULTADOS PRELIMINARES
Como resultados preliminares, e para o alcance do objetivo específico de
relacionar os aspectos intrínsecos entre os modelos de competência informacional e
comportamento informacional sob a perspectiva da comunicação científica
apresenta-se sistematização de conceitos entre competência e comportamento
informacional, e suas relações. A complexidade das características, atribuições e
direcionamentos dos estudos de comportamento informacional, bem como suas
controvérsias e avaliações são encontrados em estudos e pontos de vista teóricos
de autores como Kuhthau (1994), Wilson (1999), Ellis (1993), Dervin (2003),
Chatman (2000), Krikelas (1983), e Savolainen (2005), além de uma extensa e rica
revisão de literatura realizada por Case (2007). Além disso, os resultados
apresentados fundamentam-se, no que diz respeito ao eixo competência e
comportamento informacional, principalmente em estudos recém publicados, relatos
de experiência de aplicação de seus conceitos, além de críticas e reformulações.
Quanto ao eixo comunicação científica adotou-se como quadro teórico de referência
as obras de Meadows (1999) e Garvey (1979).
A demanda por competência informacional surge na medida em que novos
valores e formatos de informação, conhecimento e comunicação são inseridos em
uma determinada comunidade. Os resultados sugerem que nesta situação, não são
observadas as condições de preparação (intelectual e material) do indivíduo para
aquela nova ou atual situação. Em um primeiro momento, a construção conceitual de
parâmetros dentro das teorias de competência informacional demonstra forte
tendência em atribuir etapas de qualificação para os processos de busca e uso da
�10
informação. Esses parâmetros estruturados em modelos não possuem, para sua
constituição, nenhuma relação ao estado comportamental e suas interferências,
como pode ser observado no quadro a seguir. Utilizando o modelo de Wilson (1999),
para comportamento informacional e os modelos The BIG 6, The Empowering 8 e
The Seven Pilars para competência informacional, o quadro sugere a associação de
cada item (denominados de ‘ação’). A teoria de Wilson descreve o comportamento
do usuário de informação, enquanto a teoria de competência informacional “avalia”
este comportamento, através de premissas rotuladas como competência. Neste
caso, vale ainda ressaltar que, em sua origem, a expressão competência
informacional é denominada de information literacy, o que, em sentido literal,
significa letramento, alfabetização. Em sua história, o que se intencionava
inicialmente era o desenvolvimento de novos letramentos, que não fossem o de ler e
escrever e saber funções aritméticas. Portanto, um descreve as etapas do
comportamento (modelo de comportamento informacional), outro qualifica e impõe
ações (competências), que se forem seguidas, poderão resultar em sucesso no
processo do conhecimento individual e social no contexto onde o usuário está
inserido. O quadro, ao pretender associar as duas teorias, competência e
comportamento informacional, demonstra associações de caráter substancial,
relacionado às práticas de competência informacional. Partindo da sistematização
apresentada, sugere-se que as teorias e modelos de comportamento informacional
podem contribuir para uma reformulação da estrutura de competência informacional,
baseada nas diferenças comportamentais das comunidades científicas.
�11
Descrição
Necessidades básicas:
psicológica, afetivas e
cognitivas.
Necessidades secundárias:
Função social e Ambiental
Teoria do stress: O indivíduo
se considera possuidor de
informações o suficiente
COMPORTAMENTO
INFORMACIONAL
Ação
Contexto da
Necessidade de
Informação
Mecanismo de
Ativação
Psicológica
Demográficas
Relacionadas com a função,
cargo; interpessoal
Ambiental
Variáveis
Intervenientes (As
variáveis intervenientes
podem dar suporte ou
impedir o processo de
busca da informação).
Características da Fonte
Teoria do Risco,
Recompensa: Algumas
fontes podem ser mais
utilizadas que outras.
Teoria da Aprendizagem
social: A convicção de que
se pode executar o
comportamento exigido para
produzir o resultado
esperado (Auto-eficácia)
Mecanismo de
Ativação
Associação - Comparação
O modelo sugere que o
comportamento de busca da
informação surge como uma
conseqüência
dentro
do
contexto das necessidades
básicas e/ou secundárias.
COMPETÊNCIA
INFORMACIONAL
Ação
Reconhecimento da
necessidade de
informação
A competência, por sua vez,
é atribuída ao
reconhecimento da
necessidade.
Determinar as
estratégias de busca
As variáveis intervenientes
não estão, em um primeiro
momento,
passíveis
de
serem
associadas
às
competências. No entanto,
na prática do processo de
reconhecimento
da
necessidade e processo de
busca, ela poderá ser mais
bem visualizada como parte
da mesma.
Localizar e Acessar
as fontes
Os mecanismos de ativação
também não estão implícitos
na construção de alguma
competência. No entanto,
possui
relação
com
a
determinação da estratégia
de busca.
Quadro 1 - Associação entre Competência Informacional e Comportamento Informacional
Organizar a
Informação
Descrição
1.Saber o que é conhecido,
2.Saber o que não é conhecido e
identificar as lacunas
1.Determinar todas as
possibilidades de fontes
2. Selecionar as melhores fontes
3. Saber como desenvolver e
refinar uma estratégia de busca
1.Localizar fontes apropriadas
(intelectualmente e fisicamente)
2. Encontrar informações dentro
das fontes
3. Fazer entrevistas, pesquisas
de campo e outras pesquisas
1. Classificar a informação
2. Seqüenciar a informação em
uma ordem lógica
(continua)
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Descrição
Atenção Passiva
Busca Passiva
Busca Ativa
Busca Contínua
Demandas em sistemas de
informação OU
Demanda em outras fontes
=
Êxito OU falha
COMPORTAMENTO
INFORMACIONAL
Ação
Comportamento de
Busca da Informação
Intercambio de Informações
Outra pessoa
Feedback do processo
Uso da Informação:
Satisfação ou Não
Satisfação
Novamente, o contexto da
Necessidade de Informação
Fim e reinício do ciclo
Processo e Uso da
Informação
Pessoa no contexto
Contexto da
Necessidade de
Informação
Associação - Comparação
O comportamento de busca
está diretamente ligado aos
processos de Localização e
Acesso. A teoria de Wilson
expõe possíveis situações no
processo de escolha da
forma como se dará a busca,
enquanto
a
teoria
de
competência
informacional
direciona para que essa
busca se torne eficaz.
COMPETÊNCIA
INFORMACIONAL
Ação
Avaliar a informação
criticamente
O processo e uso da
informação se relacionam
tanto com a avaliação quanto
à Aplicação.
Um dos aspectos mais
relevantes no
que
diz
respeito ao estudo de
comunicação científica
A
auto-avaliação
como
competência
informacional
pode
trazer
para
seu
processo o contexto da
necessidade de informação.
Quadro 1 - Associação entre Competência Informacional e Comportamento Informacional
Aplicar e Criar
Comunicar
Auto Avaliação
Descrição
1. Saber como avaliar a
relevância e a qualidade
da informação recuperada;
2. Distinguir entre fatos, opiniões
e ficção
3.Conferir tendências, linhas de
pensamento
4.Procura informações
relacionadas com os interesses
pessoais
1.Conhecer como associar novas
informações às já existentes,
tomar decisões,
2. Saber como compartilhar os
resultados dessas ações ou
decisões com outros
1. Compartilhar a informação
com o público de interesse
2. Exibir o produto em um
formato adequado
1.Julgar o produto (efetividade)
2. Julgar o processo
3. Determinar se novas
habilidades foram aprendidas
(conclusão)
�13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o uso da informação como um processo, sob o foco do
conceito de competência informacional, desde o reconhecimento individual da
necessidade da informação até a sua recuperação para tomada de decisão, este
trabalho procurou estabelecer as possíveis relações entre os conceitos de
competência
informacional
e
comportamento
informacional.
Ao
demonstrar
inicialmente as relações que existentes, pretende-se contribuir não só para a
consolidação do conceito de competência informacional, como também para os
estudos de modelos de comportamento informacional, ao mesmo tempo em que é
possível averiguar uma complementaridade entre os dois conceitos.
De fato, o tema competência informacional vem trazendo conceitos
pertinentes ao uso da informação e se constitui de um assunto de extrema
relevância que ultrapassa os limites da ciência da informação, no entanto, no
entanto, é necessário levar em conta que existem percepções complementares
sobre o mesmo objeto, como as teorias de comportamento informacional.
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__________________
1
2
Greyciane Souza Lins, Universidade de Brasília, PGCINF, greycilins@gmail.com.
Fernando César Lima Leite, Universidade de Brasília, Embrapa, Informação Tecnológica,
fernandodfc@gmail.com.
�
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A name given to the resource
SNBU - Edição: 15 - Ano: 2008 (CRUESP - São Paulo/SP)
Subject
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: Empreendedorismo e inovação: desafios da biblioteca universitária
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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CRUESP
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2008
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
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São Paulo (São Paulo)
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Title
A name given to the resource
Comportamento informacional como aporte teórico para consolidação conceitual de competência informacional no contexto da comunicação científica.
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Lins, G. S.; Leite, F. C. L.
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2008
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Evento
Description
An account of the resource
O estudo procura investigar a relação entre os conceitos de comportamento informacional e competência informacional para aplicação no contexto da comunicação científica. Para isso, procura demonstrar que seus fundamentos podem estar contidos em alguns pontos da definição de habilidades informacionais. Como primeiro resultado da pesquisa, é mostrado um quadro associativo entre os dois conceitos. Concluiu-se que, a comparação é possível através das relações entre as descrições de cada ação entre os dois conceitos.
Language
A language of the resource
pt
snbu2008