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GERENCIAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE PERIÓDICOS ELETRÔNICOS :
A EXPERIÊNCIA DO PERIÓDICO ETD – EDUCAÇÃO TEMÁTICA DIGITAL DA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Gildenir Carolino Santos
Rosemary Passos
Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Educação
Av. Bertrand Russel, 801 – Cidade Universitária
Campinas – São Paulo - Brasil
gilbef@unicamp.br / bibrose@unicamp.br
1. O PANORAMA DOS PERIÓDICOS ELETRÔNICOS
BRASILEIRO : REVISÃO DE LITERATURA
Historicamente, o surgimento do primeiro periódico
NO
CENÁRIO
ocorreu em Paris no ano de
1665, denominado “Journal des Sçavans”, destinado a publicação de notícias sobre
acontecimentos europeus na ‘república das letras’.
“Até o século XVII a ciência era feita por filósofos, que usavam a
argumentação e dedução para explicar os fenômenos da natureza. A
partir do século XVII há uma grande mudança no meio científico: a
dedução deixou de ser aceita como método principal de pesquisa, e a
comunidade cientifica começa a exigir evidências baseadas na
observação e na experiência empírica para que os conhecimentos
resultantes, pudessem ser considerados científicos.” (MUELLER, 2000,
p.73)
No período anterior a materialização dos periódicos,
a comunicação de novos
conhecimentos era realizada através de reuniões para debater questões filosóficas, e
mensageiros eram enviados ao exterior para coletar dados e analisar informações, através
de conversas e observações diretas, enquanto outros permaneciam na sede lendo e fazendo
resumos da literatura publicada no mundo inteiro.” (MEADOWS, 1999, p.7)
Essa forma de comunicação científica era utilizada pela Royal Society, criada em
1662 em Londres, por um grupo de filósofos ingleses interessados na comunicação.
O esforço empreendido e o custo despendido
incalculável. Com o volume crescente de
na busca de informações era
informações coletadas, surgiu a necessidade de
�buscar na publicação impressa, uma solução para a questão da divulgação e distribuição de
informações.
A materialização de informações em periódicos significa a “formalização do
processo de comunicação”, e esse
processo
constitui um canal formal de registro e
transmissão de conhecimento “de forma durável e acessível.” (MEADOWS, 1999, p.9)
Segundo Meadows (1999, p.7), “os periódicos científicos surgiram na segunda
metade do século XVII devido a várias razões, algumas específicas, como a obtenção de
lucros por parte dos editores , outras gerais, como a crença de que para fazer novos
descobrimentos era preciso que houvesse um debate coletivo. Mas o objetivo principal
seria a necessidade e de comunicação, do modo mais eficiente possível, e com uma
clientela crescente interessada em novas realizações.
“A principal finalidade do periódico científico e a divulgação das pesquisas
realizadas entre os pesquisadores de comunidades científicas, além da :
•
•
•
•
comunicação formal de resultados da pesquisa original para a comunidade científica e
demais interessados;
a preservação do conhecimento registrado;
estabelecimento da propriedade intelectual;
manutenção do padrão da qualidade na ciência.” (MUELLER, 2000, p.73)
“Além de estarem coerentes com os objetivos da área, os resultados da
pesquisa, também mensagens de informação, precisam representar um
anseio da comunidade que elabora as suas práticas cotidianas. A opinião
do público que detém o saber acumulado no campo pesquisado deve
aceitar a informação de pesquisa como verdade e, por consenso,
socializar esse conhecimento como um novo conhecimento público,
aceito pelo pares em comunidade” (BARRETO, 1998, p.123)
De Revista a
Journal, de Journal a Magazine e finalmente de Magazine
Periodical [periódico]. A
evolução dos termos
reflexos da explosão de informações,
a
veio acompanhada de alguns problemas,
“que se agravam com o desenvolvimento da
tecnologia e se modificam os meios de comunicação científica”. (MUELLER, 2000, p.76)
A demora na publicação do artigo; altos custos de aquisição e manutenção de
coleções; a rigidez do formato impresso em papel; a dificuldade na localização de assuntos
�pertinentes ao pesquisador; e a dificuldade de acesso, são apontados por Mueller (2000,
p.76-77), como problemas crônicos da publicação científica..
Definitivamente o desenvolvimento da tecnologia da informação possibilitou aos
cientistas novas formas de comunicação. O compartilhamento de informações ocorre
praticamente de forma simultânea, utilizando-se os recursos das telecomunicações e da
Internet (RUSSEL, 2000, p.38).
2. O PERIÓDICO NA ÁREA EDUCACIONAL
No Brasil a comunicação científica
é limitada. A produção científica brasileira
necessita ser visualizada e acessível no âmbito nacional e internacional.
“Os resultados de pesquisa, que têm por objeto a comunicação
ocorrida entre os membros de uma comunidade científica , podem
ser vistos como subsídios para os estudos epistemológicos e
arqueológicos desenvolvidos com a finalidade de se aprofundar no
conhecimento de campos disciplinares constantes do sistema dos
saberes.” (ALVARENGA, 2000, P.123)
“O problema da comunicação dos resultados de pesquisas na área
da educação tem sido objeto de reflexão por parte de
pesquisadores que integram a comunidade específica no Brasil.
Estudos ressaltam o problema da divulgação dos resultados de
pesquisa, assinalando o caráter social das publicações, enquanto
registro escrito do que é produzido no campo da educação,
identificando-se carências no processo de divulgação da pesquisa,
tanto no meio universitário, como em outros espaços: entre
professores e alunos dos diversos níveis de ensino, e entre
membros de outros segmentos da sociedade em geral, que têm a
educação como objeto de estudo.”(ALVARENGA, 2000,p.127)
O periódico ocupa papel importante no processo de divulgação e produção do
conhecimento, por ser um canal de divulgação de pesquisas, garantindo a prioridade sobre
descobertas e idéias originais. Mas a irregularidade na publicação dos fascículos,
dificuldades das bibliotecas na manutenção dos acervos, demora na publicação dos
trabalhos, faz com que muitas vezes o periódico seja preterido, como fonte segura de
informação. (ALVARENGA, 2000,
p.124-125)
�Em pesquisa realizada por Ortega, Favero, Garcia (1998), publicada na RBPE1, os
pesquisadores analisaram os periódicos correntes sobre Educação, produzidos no Brasil,
localizados nos acervos da Faculdade de Educação/USP, Fundação Carlos Chagas,
Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, Ação Educativa e Fundação de
Desenvolvimento da Educação na cidade de São Paulo - SP.
A análise realizada
classificou os periódicos científicos em duas categorias : periódico científicos
(gerais,
especializados) e periódicos genéricos (de divulgação ampla, de divulgação restrita). O
resultado gerou um catálogo com 120 referências (títulos), que compreende periódicos
e
séries educacionais.
O que mais marcou nesta pesquisa, foi o fato de que muitas publicações não
conseguem,
em
impossibilidade
alguns
casos,
honrar
a
categoria
"periódico",
exatamente
pela
de manter a periodicidade definida, pela falta de informação para
obtenção do ISSN (registro importante para o periódico) e principalmente pelo número
reduzido de indexações em bases de dados nacionais e internacionais da área educacional.
A área de ciências humanas está se destacando, o que não ocorri anteriormente na
realização de publicações eletrônicas, visto que com o advento da Internet, a publicação
eletrônica passa a ser aceita universalmente, tornando-se uma ferramenta para a
disseminação e divulgação dos resultados de pesquisas científicas, aumentando o espaço de
publicações na área educacional.
3. ETD – EDUCAÇÃO TEMÁTICA DIGITAL : A CONSOLIDAÇÃO DE UMA
PUBLICAÇÃO
A Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE/Unicamp)
desde o início de suas atividades em 1972, tem consolidado o seu papel na formação dos
futuros educadores, com o intuito de garantir novas formas de vinculação entre a teoria e a
prática, valorizando o espaço para a pesquisa na formação docente, com investimentos
institucionais que englobam a captação de recursos financeiros para a promoção projetos
relacionados a infra-estrutura da Faculdade, recursos humanos e
materiais, no sentido de
criar condições favoráveis ao pleno desenvolvimento de pesquisas e projetos educacionais.
1
RBPE - Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, DF, n.193, 1998.
�Tais investimentos refletem diretamente na produção científica da FE/Unicamp,
através dos alunos de graduação e
pós graduação,
que são contemplados com bolsas
financiadas por instituições de fomento como Capes, CNPq, FAPESP, PIBIC, para
desenvolvimento de projetos de iniciação científica, pesquisas de mestrado e doutorado.
Além dos projetos desenvolvidos por seus alunos, a
FE/Unicamp conta com a
produção intelectual de seus 36 grupos de pesquisa2, expressa nas publicações da própria
Faculdade, que possui atualmente 5 (cinco) revistas, e nos vários livros editados durante o
ano, onde professores e alunos registram e demonstram a construção do conhecimento
produzido em sala de aula.
“Os sistemas de promoção na carreira universitária
e de
concessão de prêmios e financiamentos dos órgãos governamentais
de fomento à pesquisa, aos quais os cientistas e professores
universitários atualmetne são submetidos, adotam o número de
publicações como um dos critérios mais importantes no julgamento
do mérito científico.”(MUELLER, 2000, p.77)
Assim como tem ocorrido na esfera mundial, a produção de informações, também
assumiu grandes dimensões em nossa Faculdade. A produção intelectual muitas vezes,
acaba restrita apenas no universo da
Instituição, restrição essa ocasionada pela falta de
divulgação de alguns trabalhos desenvolvidos, que encontram dificuldades no momento de
publicação,
tais como : falta de recursos financeiros; restrição na quantidade de artigos
publicados em cada
fascículo; seleção e correções gráficas que ocasionam a demora na
publicação.
Nesse sentido a Biblioteca Prof. Joel Martins da
Faculdade de Educação da
Unicamp (BFE/UNICAMP), tomou a iniciativa de promover a divulgação da produção
intelectual da Faculdade, idealizando a Revista Online da Biblioteca Prof. Joel
Martins,
atualmente ETD – Educação Temática Digital.
Inicia lmente os bibliotecários da BFE/UNICAMP, com
a
colaboração de 3
(três) alunos (1 de graduação e 2 de pós graduação), que participaram da revista como
voluntários, divulgaram o projeto da Revista, através de pequenas apresentações para
2
Veja site com a relação dos grupos de pesquisa : http://www.fae.unicamp.br/html/grupopes.html
�alguns grupos de pesquisa da Faculdade. A idéia tinha como principal objetivo agregar as
áreas temáticas destes grupos de pesquisa, bem como divulgar a produção intelectual da
Faculdade, promover o intercâmbio de informações entre os pares da Academia.
A princípio foi acordado que como a Revista não possui um Comitê Editorial para
Avaliação dos Artigos, a responsabilidade pelo conteúdo das informações seria de cada
grupo, sendo que o Coordenador do Grupo ficaria responsável pela revisão do teor de cada
artigo a ser publicado, com relação a normalização e padronização da estrutura do artigo,
esta seria função dos bibliotecários da BFE/UNICAMP.
Fazer a publicidade da revista na Faculdade de Educação/UNICAMP, foi uma
tarefa dispendiosa, pois a consolidação do produto que estava sendo oferecido, dependia
exclusivamente da colaboração dos artigos produzidos pelos grupos participantes e
principalmente no fator confiança, por se tratar de um projeto inovador dentro da
Instituição.
Acontece em 1999 a concretização do projeto da Revista Online da Biblioteca Prof.
Joel Martins, como uma publicação quadrimestral (atualmente semestral) composta por
artigos produzidos por alguns dos vários grupos de pesquisa da Faculdade de
Educação/UNICAMP e instituições convidadas, transformando a Revista em uma fonte de
pesquisa nos diversos canais e em formato digital, com textos completos de artigos em
português e inglês, com o formato HTML e PDF de acesso gratuito.
O gerenciamento e diagramação eletrônica (tratamento técnico dos documentos) da
revista é realizado pelos próprios bibliotecários da BFE/UNICAMP, juntamente com a
colaboração de alunos voluntários e membros da equipe técnica da revista.
A Comissão Editorial da revista, conta com a participação de um representante de
cada coordenador temático, além dos convidados de outras instituições em cada área.
A revista possui normas para a sua estruturação, e adota para padronização as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que orienta com relação a
descrição bibliogáfica de dados coletados na Internet ou em outro meio magnético.
�Como fonte de registro, a
revista está cadastrada e patenteada, possuindo o
controle de International Standartization Serial Number (ISSN), indicada para publicações
seriadas,
e indexada nas bases de dados bibliográficos da Biblioteca da Faculdade de
Educação, Edubase e Sumários Correntes de Periódicos Online, estando também em
processo de indexação em outras bases, tanto nacionais e estrangeiras.
4. ESTRUTURAÇÃO DE UM PERIÓDICO
A estruturação de um periódico convencional, baseia-se apenas na diagramação, no
tipo de papel, no formato de impressão, no registro do título na Agência Nacional do ISSN,
conforme o mercado gráfico de publicações.
A publicação de um periódico digital, envolve algumas etapas, diferenciadas do
processo utilizado no periódico tradicional, relacionadas nos tópicos a seguir.
4.1. O cadastramento no ISSN
Um dos primeiros passos a serem tomados na estruturação de um periódico, é sem
margem de dúvida,
o registro do seu título na Agência Nacional do ISSN3, sediada no
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), uma vez que este título
não deverá ser cópia de outro título existente, verificando-se no Ibict a sua procedência.
Após a realização do registro do título, este será encaminhado ao solicitante com a devida
numeração do ISSN, bem como a forma padronizada da abreviatura do título atribuído ao
periódico.
O número do ISSN é importante para o periódico, caracterizado como se fosse o
RG para uma pessoa. Através deste número, o periódico pode ser localizado nos catálogos
e diretórios sobre periódicos, como o Ulrichs4 e mesmo pela Internet. Segundo
informações da Agência do Nacional do ISSN, que encaminha juntamente com o número,
instruções para se fixar o número no periódico.
3
ISSN – International Standard Serial Number
�4.2 O processo de formatação dos textos
Na seqüência, após o cadastramento do periódico, passamos para a formatação do
texto, que significa tratá-lo tecnicamente através de um processador de texto, como por
exemplo MS-Word5 (versão utilizada 7.0), que irá delinear o tipo de fonte que será usado
em todo texto (Times New Roman e Arial), o tamanho da fonte no corpo do texto (12),
resumo/abstract (11), palavras-chave/keyword (11)notas de rodapé (10), título do artigo
(14),
nome do autor e títulações (12), título da seção do periódico (artigo, resenha, relato
de experiência, etc.) (14). Além do tipo e tamanho da fonte, utiliza-se para destacar alguns
dos tópicos, o negrito e itálico. O negrito será usado para o título do artigo, título da seção,
nome do autor, título dos tópicos do artigo internamente, nas palavras resumo, abstract,
palavras-chave e keyword,
e algumas palavras dentro do próprio texto. O itálico será
usado na titulações dos autor, no título do periódico que segue no rodapé de cada folha, e
algumas palavras em destaque inseridas dentro do texto.
Na formatação dos parágrafos, entre linhas o espaço utilizado é de 1,5 cm, e para os
demais como resumo, abstract entre linhas adota-se o espaço simples, com alinhamento
justificado. Para que haja um layout próprio de um periódico científico, adota-se o uso de
duas colunas do texto até o final. Se houver figuras, quadros, etc. que ilustram o texto,
deverá ser colocado de forma que não prejudique a leitura contínua do texto. A
configuração da página segue o padrão adotado do próprio computador, ou seja, margens
superiores, inferiores e laterais 2,5 cm. O tamanho do papel adota-se o formato carta (216 x
279 mm).
4.3 A conversão para o formato PDF
Todo documento em formato MS-Word, tem a sua extensão salva em .DOC. Este
formato é compatível na conversão para o formato PDF (Portable Document File)6 do
4
Ulrichs – Diretório internacional de controle dos títulos lançados no mercado do mundo inteiro.
M S-Word – Microsoft Word é um processador de texto americano, registrado pela marca ® Microsoft,
empresa de Bill Gates.
6
PDF – é um tipo de arquivo de compactação, que permite a visualização do documento da mesma forma do
original, sem modificações. É um arquivo de domínio da empresa Adobe, que desenvolveu o Acrobat Writer,
programa para gerar o PDF, e o Acrobat Reader, programa para leitura do Arqui vo PDF.
5
�programa Acrobat Writer (versão utilizada 4.05),
programa escolhido para geração dos
arquivos em PDF do periódico em estudo neste artigo.
O processo de conversão baseia-se simplesmente, em abrir o arquivo no MS-Word,
que possui um ícone disponível no próprio programa, que
converte
automaticamente o
texto em PDF, através de um quadro de opções para selecionar a sua continuidade na
conversão.
Poderemos observar nas figuras a seguir, o conversor de texto em PDF, que permite
além da conversão, a seguridade e integridade do texto, não permitindo copiá-lo, apenas
imprimi-lo da mesma forma convencional dos textos disponíveis na Internet.
FIGURA 1 – Janela de abertura do processador do Acrobat Writer para PDF
FIGURA 2 – Janela de processamento dos links de processamento para PDF
�FIGURA 3 – Processo de conversão final do DOC para PDF
FIGURA 4 – Apresentação do texto convertido em PDF
�4.4 A linguagem HTML
Dentro da metodologia utilizada para a constituição do periódico digital, está
também a linguagem HTML7.
O uso da linguagem foi adotado no início da idealização do periódico estudado, até
o momento de mudança para o formato PDF. Atualmente utiliza-se a linguagem HTML,
para disponibilização do sumário do periódico, bem como a página de
abertura principal
do site que abriga o periódico ETD.
Elabora-se através do uso do software Frontpage8, software que possibilita a
confecção das tabelas do sumário e menus da página central. Adotou-se o Frontpage na
confecção das páginas, por ser um software amigável e semelhante ao MS-Word por se
tratar de software da mesma empresa. Independente do Frontpage, outros tipos de editores
de HTML podem ser utilizados na confecção de periódicos eletrônicos, como o Browser
do Netscape, ou outro editor gratuito existente na rede, dependendo da versão do MSWord, pode-se salvar o documento elaborado em HTML.
A página principal de acesso para o periódico ETD, é produzida totalmente na
linguagem HTML.
4.5 O processo de indexação em bases de dados da área
Após a transformação do periódico, e da consolidação de sua consistência na
Internet, é necessário para que ele seja conhecido pelos órgãos de fomento como uma
publicação científica, cadastrá-lo ou melhor, solicitar o processamento dele em bases
nacionais e internacionais de indexação.
Entre as base nacionais mais conhecidas da área de Educação, estão a base do
CIBEC/INEP
–
BBE
(Bibliografia
Brasileira
de
Educação),
da
Faculdade
de
Educação/UNICAMP - Edubase (Base nacional de artigos periódicos em Educação);
internacionais estão a base do ERIC, Contents Page, etc. A indexação nestas bases é aceita
7
HTML – Hypertext Markup Language (linguagem universalmente utilizada na Internet).
�mediante uma solicitação, e dependendo da relevância do periódico ele é aceito para
indexação.
4.6 O acesso aos artigos
O periódico ETD, depois de toda sua constituição física no meio digital, é
depositado no servidor da biblioteca com o conteúdo de todos os artigos gerados em PDF,
e cria-se um link para o acesso destes artigos, através de um endereço específico (URL)
direcionado na Internet pelo endereço: www.bibli.fae.unicamp.br/etd/index.html.
Na figura abaixo, poderemos verificar a página principal do ETD, que contém todos
os dados de acesso aos artigos na integra.
FIGURA 5 – Página do periódico ETD
5. VANTAGENS DE UM PERIÓDICO ELETRÔNICO
No princípio pudemos observar que com a flexibilidade para publicação de
documentos, artigos, comunicações, etc., houve uma integração construtiva entre grupos
8
Frontpage – é um software de domínio e registro da empresa ® Microsoft.
�das áreas temáticas de nossa Faculdade , promovendo entre seus membros o espírito de
colaboração, e incentivo à produção intelectual.
Aos poucos os grupos de pesquisa que não aderiram no primeiro momento da
revista, trouxeram suas colaborações em artigos, o que demonstrou a aceitação do projeto.
Os vários recortes da revista , permitiu a construção de um conteúdo rico, que por
sua diversidade permitiu aos leitores, a realização de um percurso interessante e interação
com assuntos importantes e atuais.
Segundo Mueller (2000, p.81):
“Nessa busca por alternativas inovadoras e mais satisfatórias, o
meio eletrônico foi vislumbrado como a esperança da solução há
muito buscada, já que oferece mais rapidez na comunicação e
flexibilidade de acesso, tem largo alcance e baixo custo relativo,
disponibilidade imediata, é capaz de diminuir a necessidade de
manutenção de coleções, barateando os custos.”
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde o início do projeto da revista, a proposta principal foi a de buscar o
aperfeiçoamento, para oferecer qualidade, tanto na construção da revista, quanto na
apresentação dos trabalhos, pesquisadores, pós-graduados, e outros profissionais que
decididamente firmaram um compromisso cultural e científico, seja na área de educação,
ensino superior, formação de professores, biblioteconomia, estreitando os laços de
conhecimentos diversos, que reunidos na revista eletrônica, demonstram a preocupação de
muitos com a história da educação brasileira, com a política educacional e social do país, e
com o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
A especificidade dos assuntos tratados na revista, foi relevante para atingirmos
diferentes focos de cultura. Houve um aumento do
intercâmbio de informações entre os
Grupos de Pesquisa da FE/UNICAMP, com os seus pares de área espalhados pelo país, que
encontram muitas vezes nesta publicação, um complemento para sua pesquisa.
�Criou-se
mais um espaço de troca e produção de conhecimento dentro da
Faculdade de Educação, e um link entre nossa Instituição com outras no país. O que antes
era restrito apenas aos Grupos de Pesquisas, ganhou dimensão nacional, reconhecida
através dos contatos que ocorridos entre os autores e o público leitor que acessa o endereço
da revista.
A metodologia implementada pelos bibliotecários da FE/UNICAMP, para a
construção de um periódico eletrônico, é uma solução eficiente para instituições que
dependem de recursos dos órgãos de fomento, ou da própria instituição, para aplicação de
investimentos
disponível
Internet, e
em publicação impressa, mas possuem uma pequena infra-estrutura
(computador, servidor, software), para a disponibilização de um periódico na
o que
é mais importante, a divulgação da produção cientifica de cada
instituição. (PACKER, 1998).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, L. Alguns enunciados sobre a comunicação e o uso de fontes de
informação entre pesquisadores brasileiros da área da educação In: MUELLER, S.P.M. ;
PASSOS, E.J.L. (Org.). Comunicação científica. Brasília, DF : Depart. Ciência da
Informação Universidade de Brasília, 2000. p.123-138.
MUELLER, S.P.M. O periódico científico In : CAMPELLO, B.S.; CENDON, B.V.;
KREMER, B.M. (Org.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo
Horizonte: Ed. UFMG, 2000, p.73-95.
MEADOWS, A . J. A comunicação científica. Brasília, DF : Briquet de Lemos, 1999.
ORTEGA, C. ; FÁVERO, O. ; GARCIA, W. Análise dos periódicos brasileiros de
educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, DF, v.709, n.193, p.1734, set./dez. 1998.
PACKER, A.L. SciELO : uma metodologia para publicação eletrônica. Ciência da
Informação, Brasília, DF, v.27, n.2, p.109-121, maio/ago. 1998.
RUSSELL, J.M. Tecnologias
eletrônicas de comunicação : bônus ou ônus para os
cientistas dos países em desenvolvimento? In: MUELLER, S.P.M. ; PASSOS, E.J.L.
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Universidade de Brasília, 2000. p.123-138.
�
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A name given to the resource
SNBU - Edição: 12 - Ano: 2002 (UFPE - Recife/PE)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: Bibliotecas universitárias: espaços de (r) evolução do conhecimento e da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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UFPE
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2002
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Recife (Pernambuco)
Event
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Gerenciamento e estruturação de periódicos eletrônicos: a experiência do periódico ETD- Educação Temática Digital da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.
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Passos, Rosemary
Coverage
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Recife (Pernambuco)
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2002
Type
The nature or genre of the resource
Evento
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An account of the resource
Destaca a necessidade de buscar na publicação impressa, uma solução para a questão da divulgação e distribuição de informações
Language
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pt
snbu2002