-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/21/2069/Febab_C_B_B_D_V_I_Joao_Pessoa_15.pdf
79480b1aaebc92ddb7463541828e79dd
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Text
CDD 0027.622
27.622
CDU 0027.6-053.89
27.6-0 53.89
A
BIBLIOTECA PÚBLICA E
O
ATENDIMENTO
ATENDI.MENTO
AO IDOSO
Maria da Conceição
Carvalho
Professor Assistente do Cur
30 de Biblioteconomia da UFES
so
Res umo
Considera o problema do idoso na socie
dade moderna, em especial nb
nò Brasil.
Analisa o papel da biblioteca
pública
ém relação a esse grupo de idade,
rindo programas e serviços.
Digitalizado
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suge
�1. INJRODUÇÃO
Já se tornou lugar comum denominar o Brasil
"Nação Jovem", conceituação usada indistintamente pelos
de
ufanis_
tas ingênuos ou pelos grupos interessados em aumentar suas
ven
das através da propaganda dirigida aos jovens, estes, consumidores ativos.
Essa 3upervalorização
supervalorização da juventude e de seus
va
lores implícitos - beleza, sexo, consumismo e, sobretudo,produt^
sotxetudo,produtl^
vidade, coloca o indivíduo com mais de 60 anos de idade em pos^
çâo de desconfortável isolamento dentro da nossa sociedade.
ção
Pois se é verdade que mais da metade da
popula
çâo do país tem menos de 20 anos, a minoria de 5.43% (segundo Cen
ção
so 1980) com mais de 60 anos não deixa de representar o
número
considerável de 6 milhões e 600 mil pessoas. Além disso, êé prec^
so lerttrar
leiíihrar que a expectativa de vida no Brasil está aumentando
aumenteindo
progressivamente, devendo o tempo de vida atual de 59 anos
atin
gir a idade média de 71 anos no final do século.
A preocupação com os problemas da chamada terce^
tercei^
ra idade ainda não assumiu a importância devida nos paises
em
desenvolvimento,segundo alerta a Organização Mundial de Saúde,em
bora pesquisas demográficas adiantem que no
tora
já próximo
ano
ano.
2.000 cerca de 60% da população idosa do planeta estará
vivendo
nos paises do terceiro mundo.
Por tudo isto, o presente estudo pretende des
desper
per
tar as bibliotecas
Ubliotecas públicas brasileiras para a discussão do
pro
blema do idoso em nosso país, pois, como agências a serviço
da'
da
às outras instituições sociais
comunidade,elas devem se unir ãs
na
organização de um sistema coordenado de distribuição de
serviço
219
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�àquele grupo de cidadãos.
2. CONHECENDO O IDOSO
A segregação física e psicológica do idoso
no
no.
mundo moderno é um fato evidente, decorrente das profundas mudan
ças sociais do último século em que as sociedades pré- industri
industry
ais de l^e agrária, dentro das quais o velho tem autoridade
prestígio,.passam
prestígio, passam pelo processo de urtanização
urlanização e
e
industrializa
çao, com a fragmentação dos laços, familiares tradicionais e
ção,
o
enfraquecimento da autoridade do chefe patriarcal;
patriarcal.
A valorização do indivíduo em função de sua
ut^
uti^
lização econômica conduz os grupos idosos a uma inevitável margi
marg^
nalização com a chegada de aposentadoria. Neste momento seu
pa
pel social é trin
tru.camente
camente mudado, passando de cidadão ativo a ina
tivo,
ti
vo, independentemente de sua auto-£>ercepção
auto-percepção
ou de sua
dispo
sição para o tratalho.
tralalho.
Robinson (8) a perda do papel ocupacional êé
Para Rohinson
que ocasiona, mais do que as mudanças biológicas, a descaracter^
descaracteri
zação do indivíduo
como adulto normal e a aceitação da velhice.
A elevada competição no mercado de trabalho
tralalho e
supremacia numérica de jovens faz com que, no Brasil, muito
tes da aposentadoria,jâ
aposentadoria,já por volta dos 45 anos de idade,o
tes'da
duo seja relegado, de maneira geral, a uma inatividade
a
an
indiv^
compulsó
ria, com todas as consequências psico-sociais que isto pode acar
retar.
Assim, torna-se inevitável que, ã luta pela
so
brevivência física, a pessoa que chega aos 65 anos de idade - ou
220
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♦
�antes, talvez - se empenhe do mesmo modo na luta pela sobrevivên
cia psicológica. 0 idoso, como qualquer pessoa, necessita
des em
penhar papéis que sejam significativos para a sociedade como
pa
ra si próprio. Eles querem .continuar
continuar servindo ã comunidade,
ao
invés de apenas serem "mantidos" por e-la.
eia.
Existem, evidentemente, as mudanças biológicas e
psicológicas inerentes ao processo de envelhecimento.Entretanto,
há toda uma série de falsos estereótipos limitando a percepção e
a ação das instituições púklicas e privadas e da sociedade
em
geral em relação aos idosos. Costuma-se encará-los
se
como
"constituíssem" um grupo uniforme de pessoas inativas,dependen tes, estagnadas intelectualmente, fornecendo-lhes uma
assistên
cia paternalista (alrigo,
(atrigo, alimentação e vestuário) sem se
preo
cuparem com a promoção humana do idoso através do fortalecimento
da posição deste na própria família e na comunidade.
Torna-se-lhes, desse modo, cada vez mais difícil
satisfazer suas próprias necessidades: tém
têm agora rendas menores,
já não convivem com seus iguais mas com pessoas mais novas ■
que
quea
pensam e sentem de maneira diferente. Começa, para grande
maios
maio
ria dos idosos
idosos,, o período doloroso de dependência real ou
ima
ginária.
POBLICA
3. 0 PAPEL DA BIBLIOTECA PpBLICA
Como agir, diante de um quadro tão som trio?
0
grande uesafio, para titliotecas como para outras instituiçõesso
instituições so
ciais, êé tentar conhecer as necessidades e interesses
inter^ses dos idosos
na comunidade. EÉ importante notar que, embora gostem de ter
aW
at^
221
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�vidades que se coadunem com seu grupo de idade,eles não
gostam
de se sentir isolados dos outros adultos, ou seja,não gostam da
implicação de que não sejam capazes de fazer o que outros
este
jam fazendo. Apenas aqueles com deficiências físicas deverão ser
considerados como grupo específico.
A pessoa que atinge
os 60 anos de idade
num
processo normal de envelhecimento continuará tendo necessidade de
atividades interrelacionadas, tais como trakalho,
trabalho, recreação,est^
recreação,estl
mulo educacional e intelectual, satisfação religiosa e pessoal ,
auto-manutenção e relações sociais. O indivíduo recorrerá
ãs
instituições que lhe estejam próximas ou que ofereçam o s.erviço
serviço
relacionado com sua necessidade. Vale a pena pergunl^ar:
pergunÇar: em
que
proporção o cidadão brasileiro
trasileiro com mais de 60 anos procura a
tlioteca? Ou: Em que medida estão as bibliotecas
blioteca?
tibliotecas públicas
1^
prepá
radas para atender satisfatoriamente esses cidadãosí
cidadãos V
Não conhecemos pesquisas brasileiras para
minar o us o da biblioteca púllica por parte desse grupo
soas. Entretanto, acreditamos ser possível arriscar a
deter
de
pes
pes_
afirmação
afirmação-
de que idosos us
usam
am a biblioteca
hi tlioteca pública menos do que qualquer ou
tro grupo
grupo.de
de idade.
Seria desejável que cada biblioteca
tí. blioteca desenvolvesse pesquisas a esse respeito e, caso se confirmasse a situação a
cima sugerida, que se analisassem
as causas
cais as e consequências da
mesma, assim como pcssíveis
possíveis mudanças.
Efi possível que muitas bibliotecas púbJ.icas
públicas se
e
ximam de respons
responsabilidade
a b. lidade de atender os idosos de sua comunidade
por terem estabelecido como prioridade o atendimento a
outros
grupos de idade. Outras estarão placidamente "abertas a todo
ci
dadão, independentemente de raça, cor, sexo ou idade", sem perce
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Q
II
12
13
�berem que, desde o acesso físico ao prédio até o coftteúdo
coflteúdo
e
forma de acervo, poderão estar solenemente rejeitando os
cida
dãos maiores de 60.
Nesta época de carência de recursos
financeiros
é compreensível que o estabelecimento de serviços prioritários re
caia sobre a faixa de usuários .jovens, que constituem a
maioria da nossa população. Entretanto a U.
fcLllioteca
tlioteca
grande
pública,não
podendo tomar a si a responsabilidade de atender ãs
âs necessidades
de informação e lazer dos' idosos dentro da comunidade,o que
se
ria proibitivo para seus magros orçamentos,não precisa renunciar
ao princípio humanitário de servir a todos os cidadãos,inclusive
aos que chegaram ãâ idade avançada;
avançadaj poderia se associar às
âs outras
instituições sociais que jã
já estejam atuando com esse grupo (paro
(parõ
quias , comunidades de base , clubes recreativos , ins tituições of^
ciais. Lions
ciais,
Lions,, Rotary etc.) fornecendo material,participando
do
planejamento dos programas, convocando voluntários,fazendo publ^
publi
cidade, etc. Aliás, os bibliotecários interessados em
desenvob^
desenvol^
ver programas de informação gerontolõgica devem
devera se lembrar
que
precisarão, qualquer que seja o programa que pretendam
desen
volver, da assessoria de outros profissionais-médicos,
sociõlo
gos , assistentes sociais, educadores, psicólogos - para
ident^
identi^
ficar problemas e obter informações que lhes permitam atender os
idosos tão eficientemente quanto possível.
J. 1 -ESTABELECENDO
J.l
PROGRAMAS
Os programas de serviços de informação para
ido
sos podem ser vistos de duas maneiras:
aj programas desenvolvidos na biblioteca
hb hlioteca
b) programas para grupos especiais de idosos (em asiles,
asilos,
hospitais, casas de repouso, nas residências, etc.)
223
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�A) Ao se pensar neste tipo de programa a questão
inicial i: em que medida as necessidades de informação dos
ido
sos diferem das necessidades dos adultos em geral?
Baseados
em pesquisas de preferência
de
leitu
ra (ou temas) dos ides
idosos,
os, será possível definir que tipo de mate
rial (conteúdo e formato) será apropriado. E preciso lembrar
lemlrar que
o idoso normal, saudável, conserva os mesmos interesses que
pos
suía na juventude e maturidade e continua desenvolvendo outros.
A idéia comumente aceita de que os idosos preferem romances
com
finais . felizes, histórias religiosas e de que rejeitam histórias
de sexo, violência e ficção científica pode estar apenas
refle
tindo preconceitos.
A idade, por si só, não modifica os interessesda
interessesd®
pessoas, embora seja necessário admitir, como lemtxa
lem)a:a FISCHER(4),
"background"
que o idoso iê produto de uma época, tem um "badcground"
cultu
ral semelhante ao das outras pessoas de sua idade fato que
se
refletirá nas idéias e preferências desse grupo de idade. Portan
to, a conclusão êé ainda de FISCHER (4) são as experiências
ante
riõres e não a velhice em si que determinam as suas preferências
rlOres
de leitura.
Como já foi dito, as pessoas idosas se ressentem
de serem tratadas como "grupo uniforme". Na seleção do
deve-se fugir desse estereótipo, escolhendo matetial
material
tão varia
do quantos forem os interesses dos indivíduos do grupo.
Faltam
pesquisas sobre-hábitos
s o Ire-h á ti tos de leitura de idosos no Brasil,como
de
resto para outras faixas de idade. Nos E.U.A., Genevieve Casey ,
citada'em Fischer (4) menciona as seguintes áreas de necessidade
informacional de americanos que passaram dos 65 anos de idade;
idade:
224
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*
11
12
13
�- Informação so
solre
Ire os recursos da comunidade;
- Informação sobre como minimizar as dificuldades do
idoso
e maximizar as suas oportunidades;
- Informação sofre
sotre as necessidades especiais do idoso
em
áreas como ha
habitação,
fitação, renda, emprego,saúde, nutrição,etc;,
nutrição,etc;
- Preparação para a aposentadoria;
- Orientação para dar a sociedade novos conceitos de
velhi
velh,i
ce, em que o homem idoso volte a ocupar um lugar de
res_
peito e de valia.
0O formato do material éi outro ponto importante a
ser considerado. Devem ser lembradas as transformações físicas ^
nerentes ao processo de envelhecimento como enfraquecimento
da
visão,, artrite, diminuição da audição, assim como uma relutância
natural a usar material audio-visual. Desse modo, deverá haver
l
livres com tipos de
grande variedade de formatos, incluindo livros
im
pressão grandes, brochuras (mais fáceis de manusear,para
tem artrite) filmes, diapositivos, livros falados. Além
quem
disso,o
bibliotecário deverá estar atento para familiarizar- a pessoa ido
sa com os mistérios das máquinas audio-visuais,fotoduplioadoras,
audio-visuais,fotoduplicadoras,
eto.
etc.
Muitas pessoas da comunidade, inclusive os
ido
sos, deixam de ter acesso â coleção, seja pelos problemas já men
oionados de forma e formato do material, seja por problemas rela
cionados
tivos âã arquitetura e mobiliário do prédio da biblioteca,
como,
por exemplo, a ausência de rampas e elevadores, portas muito
pe
ssadas
adas e difíceis de abrir, móveis pouco anatômicos
anatômicos,iluminaçãopre
,iluminaçãopre
cária, etc.
cãria,
A hL
biblioteca
hlioteca que desejar atender adequadamente
aos
idosos deverá dar atenção ãa esses aspectos.
Voltando ãâ questão inicialmente proposta,veremos
226
225
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�que, com raras excessões,
excessoes, a orientação táslca
tásica de um serviço para
idosos em ti
titllotecas
tliotecas pútlicas
pútllcas será principalmente a de
Inte
inte
grar esse serviço ao já existente para o púlllco
pútlico adulto em
ral. Mesmo considerando-se as preferências e necessidades
ge
indl^
ind^
viduais dos idosos não há neoessidade
vlduals
necessidade de segregá-los dentro
da
hL hlioteca.
tlioteoa. Os serviços e materiais preparados tendo-se em vista
H
o usuário idoso serão usados também por outros segmentos da popu
lação, o que não deixa de ser uma justificativa de custos e
tem
po gasto pelo staff.
Aliás, segundo especialistas no assunto,
ativ^
ativl^
dades passivas e segregativas
segregatlvas são exatamente o que os idosos não
precisam. Ao que parece, os programas que alcançam mais êxito são
os que conseguem umum envolvimento ativo das pessoas idosas em pro
jetos,, discussões, programas integrados com pessoas de outras fa^
jetos
fai^
xas de idade.
Eis alguns programas de que tivemos notícias
noticias ,
e
xecutados em H
ti lliotecas
lliotecas- brasileiras e estrangeiras:
- pessoas idosas contam histórias para grupos de
crian
ças na "hora do conto";
oriados na região gravam a hlstõ
histõ
- idosos nascidos e/ou criados
ria do lugar, taseados
laseados em suas remlniscências;
reminisoênoias ;
- idosos ajudam na compilação de material de valor histó
histõ
rico (retratos, recortes de jornais,cartas,documentos
de família, etc.);
- na seleção do acervo, usuários idosos são
convidados
a dar seu parecer;
- grupos de discussão entre jovens e idosos debatendo um
tema da atualidade.
226
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�Ampla pullicidade
putlicidade dos programas desenvolvidos de
ve ser feita pela tLtlioteca,
titlioteca, de modo a atingir o maior
possível
de usuários, assim como para despertar nos
de qualquer idade o desejo de auxiliar os tratalhos
tralalhos
número
cidadãos
litliotecá
ti tliotecá
rios na qualidade de voluntários
voluntários..
B) É preciso lemhrar
lemlrar da grande quantidade
de
pessoas idosas confinadas em asiles, hospitais ou em suas
pró
prias residências, que só serão beneficiadas com serviços
bl^
lliotecãrios
lliotecârios se a ti
lillioteca
tliotecá pútlica dispuser de sistemas alter
nativos d.e disseminação da informação. Ainda uma vez,
vez,antes
antes
de
mais nada, serâ
será necessário investigar em que medida essas
pes^
soas carentes, com prollemas
pro tlemas físicos e em diferentes estágios de
"perda do seu papel social", podem ser leneficiadas
teneficiadas pelo
trata
traia
Iho do lihliotecário.
ti tliotecãrio. Sobretudo nesse tipo de programa se
fará
necessária a conjugação
de serviços com outras entidades
so
ciais e principalmente a cooperação da própria instituição,
na
pessoa dos diretores, assistentes sociais,enfermeiros,etc.
Os sistemas de carro-ti
carro-li tliotecá
blioteca e caixas - estan
tes podem ser moülizados
molilizados para esses casos e voluntários da
munidade podem ser recrutados para atuar sob a orientação
co
dos
hi lliotecârios.
ti
tliotecãrios.
Para qualquer um dos tipos de programas citados,
atenção deverá ser dada ao treinamento das pessoas envolvidas
(bL tliotecãrios
(tL
lliotecârios e estagiários). Devem receter
receber informações seguras sobre conceitos gerontolõgicos , seja em forma de leituras so
Ire o assunto, seminários ou contatos informais com profissio tre
nais da área de saúde. Além disso,para lidar com pessoas em
fa
se de importantes transformações físicas e psicológicas é prec^
preci^
227
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11
12
13
�so ter uma personalidade madura, sensi
sens! tL
li lidade e
empatia.
4. EDUCAÇÃO PERMANENTE
O seminário sotre
sobre Educação Permanente
realizado
em Buenos Aires, em 1 970 ( 6), estateleceu
estaheleceu como conceito de educa
ção permanente
"o aperfeiçoamento integral
e sem solução
de
continuidade de pessoa humana, do seu nascimento até a sua
mor
te. "
Pesquisas realizadas nos E.U.A.(8)
E.U.A. (8) demonstram
demons tram que
as pessoas idosas que continuam se instruindo são mais felizes
mais satisfeitas consigo mesmas e adoecem com menos frequência.
Além disso, permanecem mentalmente alertas e tendem a
conservar
pcsitiva a sua auto-imagem.
positiva
O conceito de deterioração da capacidade
inte
infce
lectual do adulto parece estar sendo contestado, acreditando-se
que a única limitação para o aprendizado do idoso
idcso êé uma
veloc^
veloci^
dade menor das operações intelectuais, sem desmerecer a sua capa
cidade.
Existe, éê verdade, uma atitude negativa e
discr^
minatõria da sociedade, muitas vezes vinda do próprio idoso,
minatória
re
jeitando o processo educativo até a idade avançada.
Com a chegada da aposentadorià
aposentadoriá o indivíduo sofre
uma perda do seu status ocupacional, há uma quetra
quekra no seu
rio diário, etc. A educação e o aprendizado poderiam
horá
horã
constituir
suIstitutivos aceitáveis para essas mudanças.
Bi hliotecas
tliotecas púUicas
púllicas americanas já iniciaram sua
participação na educação permanente do idoso criando cursos
228
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de
�rápida duração na própria hitlioteca, ao mesmo tempo que
promo
vem palestras, delates, projeções de filmes, etc., sohre
sotre
temas
variados. Ou asscjciam-se
assqciam-se a escolas ou universidades que
este
jam preocupadas em atrair pessoas com mais de 60 anos para seus
cursos de verão ou outros de uma semana. A tillioteca
ti llioteca pútlica
púhlica a
tua, nesses casos, como fornecedora de material de informação e
de pesquisa, fazendo tamtém putlicidade dos cursos
cursos..
A avaliação de tais programas tem mostrado
que
"a aprendizagem" tem aceitação entre os idosos,que na condição
de estudantes encontram uma atividade comparável ao tra
tratalho,es^
talho,es^
tatelecem novos contates
contatos sociais. Além do mais,a atualização
e
ampliação dos seus conhecimentos permite que eles continuem
a
ser força de tratalho útil, participando mais efetivamente
meio social e
mantendo um nível de integração individual
no
mais
adequado ao processo de envelhecimento.
5. CONCLUSÃO
Nosso mundo em transformação colocou a
socie
dade diante de um impasse: a tecnologia tornou possível o
pro
longamento da vida humana mas as instituições sociais ainda não
apresentaram soluções de como tem
hem aproveitar esse tempo da
ve
Ihice.
Os primeiros passos para o tratamento da questão,
no Brasil, foram dados a partir de 1974, com a criação de
um
programa de assistência aos idosos
idcsos pela Previdência Social, que
a funcionar em praticcimente
passou a.funcionar
praticamente todos os Estados da
ção, mas que infelizmente sõ atende 25% das pessoas com
Federa
mais
229
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�de 60 anos através da aposentadoria.
Há, segundo TAPIOCA ( 9) , deficiência de dados re
ferentes ao idoso e
seu atendimento, decorrente da carência de
estudos que englobem todos os aspectos envolvidos na pro tlemát^
ca.
Uiotecário que se proponha a usar os
O li tliotecãrio
recur
sos da tihlioteca
ü. tlioteca criativamente em favor dos idosos deve,tanto
quanto possível, integrar o seu programa a canais já existentes,
na tentativa de superar problemas
protlemas sérios como a carência de
cursos financeiros,dificuldades de identificar
as pessoas
re
ido
sas na comunidade, dificuldade de recrutar profissionais e para
profissionais interessados na tarefa.
Acreditamos que a melhoria do padrão de serviço
das instituiçõés,
instituições, inclusive
inclisive da Bitlioteca
Bi llioteca Pútlica,s5
Púllica,só acontecerá
aoontecerá
quando houver uma mudança de mentalidade em relação ao
perfil
psicossocial do idoso, capaz de redefinir o seu papel como ser
pleno de dignidade e capaz de realizações.
230
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�9_
9. TAPIOCA, M.P. O idoso nos programas sociais-comunitários
no
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Brasl
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v.3,atril
3,atril ,
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Als tract
Ats
It considers the problem of older adults in the
modern society, with emphasis
emjSiasis in Brazil.
lysis of the puhlic library's
li trary's role in
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Ana
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231
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Digitalizado
gentilmente por:
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.232
Digitalizado
gentilmente por:
of
Quar
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 11 - Ano: 1982 (João Pessoa/PB)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa (Paraíba)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A biblioteca pública e o atendimento ao idoso
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Carvalho, Maria da Conceição
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Subject
The topic of the resource
Bibliotecas Públicas
Idosos
Description
An account of the resource
Considera o problema do idoso na sociedade moderna, em especial no Brasil. Analisa o papel da biblioteca pública além relação a esse grupo de idade, sugerindo programas e serviços.
Language
A language of the resource
pt