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XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação
22 a 24 de julho de 2015
BIBLIOTECAS, GESTÃO DO CONHECIMENTO E A PERSPECTIVA DE REDES
SOCIAIS
Liliane Juvência Azevedo Ferreira
Universidade Federal de Goiás (UFG)
ljuvencia@hotmail.com
Introdução
A crescente importância atribuída à informação e ao conhecimento tem
levado às organizações a busca por adequações tecnológicas e recursos
humanos qualificados. A justificativa dada a essa importante consideração
deve-se ao contínuo desenvolvimento das tecnologias da informação e da
comunicação que vem desenvolvendo a produção de informação e
conhecimento.
Mas, como uma organização trabalha neste sentido? A Gestão do
Conhecimento tem sido uma alternativa interessante, contempla a importância
do capital intelectual no mapeamento e reconhecimento dos fluxos informais de
informação, cujo tratamento requer o uso de tecnologias da informação e,
assim, promover a criação, armazenamento e transferência do conhecimento
(VALENTIM, 2002). E é nas redes sociais dessas organizações que esse
processo acontece. Nelas se encontram os atores que criam, geram e
disseminam o conhecimento institucional.
Este trabalho se propõe elencar, em vista disso, algumas concepções de
Gestão do Conhecimento e a perspectiva das Redes Sociais, apresentando
suas influências na administração organizacional, onde as bibliotecas podem
se incluir.
Método de pesquisa
Trata-se de um extrato da revisão de literatura do projeto de pesquisa de
mestrado em Ciência da Informação em andamento, cujo tema é a Gestão do
Conhecimento e a Análise de Redes Sociais, que será aplicado em uma
biblioteca universitária. Constitui-se em revisão de literatura analítica de
abrangência temática e específica, cujo tratamento e abordagem são de
natureza bibliográfica, de forma a fornecer um panorama geral do
desenvolvimento do tema em questão (NORONHA; FERREIRA, 2003).
Resultados e Discussão
O conhecimento é a condição subjetiva de saber alguma coisa por meio
da experiência acumulada e do entendimento de uma ciência, arte ou técnica,
sendo necessário um nível mais elevado de compreensão do que aquele
exigido por dados ou informações. Pode ser um elemento importante em
organizações que possuem a capacidade de reconhecer as habilidades de
seus especialistas na promoção e difusão de conhecimento organizacional,
incorporando-o em produtos e serviços, por meio de um modelo de inovação
contínua (NONAKA, TAKEUCHI, 1997). O conhecimento organizacional é
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�gerado a partir da integração de processos relacionados ao uso da informação
- criação de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões em um ciclo contínuo de interpretação, aprendizado e ação (CHOO, 2006).
Mesmo com base nessas concepções, administrar o conhecimento
dentro de um ambiente formado de pessoas distintas não é uma tarefa fácil. É
importante fazê-lo reconhecido entre seus membros de uma forma recíproca,
tornando-o acessível. É necessária a ordenação dos saberes para que seja
possível a realização de iniciativas que consideram as características do
ambiente, a natureza do conhecimento e a cultura na qual os indivíduos fazem
parte (LEITE; COSTA, 2007). As concepções de Gestão do Conhecimento
surgem, por conseguinte, como meio de trabalhar sistematicamente a
informação e o conhecimento, observando o ambiente externo e utilizando-se
de inovação e competência (TARAPANOFF, 2006). Na perspectiva das redes
sociais, é possível entender esse processo a partir da concepção de conjunto
de indivíduos que interagem cotidianamente e unem recursos e ideias para
interesses em comum (MARTELETO, 2001). Esse coletivo, uma vez
organizado em ambientes institucionais, constitui as qualidades da organização
na qual presta e atua. E a Gestão do Conhecimento é o mapeamento dessas
pessoas, no sentido que envolve o gerenciamento de suas competências. A
biblioteca neste cenário pode absorver essas concepções em suas rotinas de
trabalho, uma vez que os bibliotecários, a partir de suas habilidades de busca e
recuperação de informação, possuem técnicas bem desenvolvidas para
encontrar o que as pessoas precisam, nesse caso, os colegas de trabalho.
Davenport e Prusak (2003) afirmam que, ademais suas responsabilidades
técnicas, podem agir como intermediários ou corretores de conhecimento
dentro da sua rede de trabalho, apropriados para a tarefa de criar contatos e
guiando pessoa-pessoa, ou seja, intermediando entre “compradores e
vendedores” de conhecimento.
Considerações Finais
Os estudos sobre Gestão do Conhecimento podem contribuir para área
da Ciência da Informação, e para a Biblioteconomia, visto que propõem estudar
elementos de seu interesse, tais como: tratamento de estruturas que lidam com
tecnologia e organização da informação e consideração do conhecimento como
peça importante para o sucesso organizacional.
A comunidade científica passou a se interessar pelos métodos de
estudos de Redes Sociais pelo fato de apresentarem as relações entre as
entidades sociais e as implicações dessas relações (WASSERMAN; FAUST,
1994). E, para a Ciência da Informação esses estudos têm sido cada vez mais
constantes, pois na perspectiva organizacional, identificam os fluxos de
informações entre os especialistas (atores) envolvidos. E essa grande área,
ademais aos seus objetivos técnicos, é também uma ciência social, que têm
utilizado a metodologia de Análise de Redes Sociais para ilustrar a real
configuração dos vínculos entre indivíduos, favorecendo estudos sobre Gestão
do Conhecimento. Contextualizar a biblioteca nessa temática significa que esta
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�estrutura, além dos objetivos educacionais pedagógicos e técnicos, tem a
administração organizacional como atividade relevante. Sem os funcionários,
sem os especialistas, sem as tecnologias e processos, esses objetivos tornamse inatingíveis.
Palavras-chave: Gestão do Conhecimento. Redes Sociais. Bibliotecas.
Referências
CHOO, C.W. A organização do conhecimento: como as organizações usam
a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões.
São Paulo: SENAC, 2006.
DAVENPORT, T. H., PRUSAK, L. Conhecimento empresarial. Rio de Janeiro:
Campus, 2003.
LEITE, F. C. L; COSTA, S. M. de S. Gestão do Conhecimento científico:
proposta de um modelo conceitual com base em processos de comunicação
científica. Ciência da Informação, Brasília, v.36,p.92-107, 2007.
MARTELETO, R. M. Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de
transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v.30, n.1,
p.71/81,. jan./abr. 2001.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. Rio de
Janeiro: Campus, 1997.
NORONHA, Daisy Pires; FERREIRA, Sueli Mara Soares Pinto. Revisões de
Literatura. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CEDÓN, Beatriz Valadares;
KREMES, Jeannette Marguerite (org). Fontes de Informação para
pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
TARAPANOFF, K. Informação, conhecimento e inteligência em corporações:
relações e complementaridade. In: _______ (org.). Inteligência, Informação e
conhecimento. Brasília: IBICT, 2006.
VALENTIM, M. L. P. Inteligência competitiva em organizações: dado,
informação e conhecimento. DataGramaZero: Revista de Ciência da
Informação, Rio de Janeiro, v. 3, n. 4, 2002. Disponível em:
<http://www.dgz.org.br/ago02/Art_02.htm>. Acesso em: 02 maio. 2013.
WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social Network Analysis: methods and
applications. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.
Agências financiadoras: Este trabalho encontra-se em andamento no
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de
Brasília.
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 26 - Ano: 2015 (São Paulo/SP)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2015
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo/SP
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Bibliotecas, gestão do conhecimento e a perspectiva de redes sociais
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Ferreira, Liliane Juvência Azevedo
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo (São Paulo)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2015
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Subject
The topic of the resource
Gestão do conhecimeto
Redes Sociais
Bibliotecas
Description
An account of the resource
A crescente importância atribuída à informação e ao conhecimento tem levado às organizações a busca por adequações tecnológicas e recursos humanos qualificados. A justificativa dada a essa importante consideração deve-se ao contínuo desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação que vem desenvolvendo a produção de informação e conhecimento.
Language
A language of the resource
pt
cbbd2015