1
500
83
-
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61135c58b97fc4a54ba112503003cb56
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5.23
A BIBLIOTECA CENTRAL
DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO E OS
DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS EMERGENTES DE INFORMAÇÃO
*
Nanci de Oliveira Toledo
**
Conceição Lopes
***
Auta Rojas Barreto
RESUMO
Apresenta as tecnologias emergentes de informação. Aborda o papel e a atuação
da Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco e enfatiza suas
perspectivas quanto à adoção desses recursos tecnológicos e o impacto dos
mesmos junto à comunidade universitária.
1 O IMPACTO DAS
TECNOLOGIAS
EMERGENTES
EM
SERVIÇOS DE
INFORMAÇÃO EM COMUNIDADES ACADÊMICAS
A adoção de novas tecnologias informacionais é um modelo atualizado de
organização do trabalho. Um dos grandes desafios dos Serviços de Informação e
Documentação de nosso tempo é transformar as informações consideradas
importantes (críticas e vitais), disponíveis em meios analógicos, para meios digitais.
Esse desafio está sendo assumido pela Biblioteca Central da UFRPE, consciente
da necessidade de se atualizar tecnologicamente para melhor atender sua clientela.
1.1 INFORMAÇÕES ANALÓGICAS X INFORMAÇÕES DIGITAIS
Diretora da Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Assessora da Diretoria da Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
***
Diretora da COLLECTA, Processo, Produto e Coleta de Dados SIC Ltda.
*
**
�5.19
As informações analógicas estão disponíveis sob a forma de publicações
impressas em papel, enquanto que as informações digitais são armazenadas em
BITS, que é o menor elemento da informação. São
imagens, textos e sons
digitalizados, arquivos e banco de dados disponíveis através de computadores.
A informação digital pode ser partilhada, transmitida; é dinâmica e ocupa um
espaço relativo.
No mundo digital o meio não é a mensagem e sim uma das formas que a
informação assume.
Nesse novo formato de informação, o problema de volume versus
profundidade desaparece, de modo que leitores e autores podem mover-se com
maior liberdade entre o geral e o específico.
1.2 SISTEMAS ABERTOS E REDES
Um
conceito que vem produzindo grandes impactos e mudanças nos
serviços de informação é o de “sistemas abertos”. Estes sistemas permitem que
informações, ou documentos digitalizados, possam ser acessados ou enviados
através de redes de computadores para telas de monitores com alta definição,
acessíveis a multiusuários. É um conceito de trabalho em sistemas de informação
que exercita a porção empreendedora de nossa economia e desafia tanto os
sistemas proprietários quanto os monopólios mais amplamente regulamentados. É
sem dúvida um grande avanço tecnológico, que põe as bibliotecas tradicionais de
grandes centros de ensino e pesquisa frente ao compromisso de se automatizarem.
�5.19
A automação de uma biblioteca se faz, partindo do estágio tradicional, pela
implantação de um sistema referencial, desenvolvendo após um sistema que
permita pesquisas em textos integrais. Dentro do conceito de sistema aberto é que
vem funcionando a INTERNET, a rede das redes de informação, a rede planetária.
Outro ponto a destacar nos dias atuais é a arquitetura de computação baseada em
rede, onde determinados componentes são disponibilizados para uso comum. O uso
de multimídia, tecnologia móvel, software de qualidade e a convergência entre redes
torna possível uma nova maneira de melhorar o aprendizado, aumentar o acesso à
informação e poupar dinheiro. Novas tecnologias com modernas práticas de ensino
e pesquisa se tornam viáveis, pois umas habilitam a realização das outras.
As
bibliotecas também fazem parte desse processo e, como tal, têm que acompanhar
tecnologicamente todo o contexto em que se situam.
O ensino tradicional pode ser considerado lento, se comparado com o uso de
novas tecnologias informacionais
que tornam o aprendizado mais rápido e
produtivo. Como vivemos em uma sociedade onde só os rápidos têm vez, a
velocidade na obtenção de informação está diretamente relacionada com a
produtividade no aprendizado.
Atualmente, universitários navegam na Internet, utilizam o E-mail para
intercâmbio, pesquisam em CD-ROM multimídia e executam simulações. Podem até
localizar softwares específicos para seus usos. Estamos na época do aprendizado
just in time, da informação distribuída. Há, portanto, aumento de flexibilidade, melhor
retenção de aprendizado a custos reduzidos.
A Internet inaugurou a maior aventura tecnológica da história da humanidade.
Nicholas Negroponte, Diretor do Laboratório de Multimídia do Instituto de Tecnologia
�5.19
de Massachusetts - MIT, diz que o futuro chegou, ao discorrer sobre o avanço dos
computadores, das redes de telecomunicações digitais e das transformações
radicais que a Internet vem implantando. Pode-se consultar um livro ou um
documento em 2.000 bibliotecas acessíveis à distância, 24 horas por dia. Centenas
de bibliotecas ao redor do mundo podem ser rastreadas em busca da informação
desejada. Cientistas, separados no tempo e no espaço, podem trabalhar em
projetos de pesquisas comuns, compartilhando uma mesma tela de computador,
contando com teclados em locais diferentes.
As novas tecnologias derrubam barreiras, personalizam a instrução e tornam
a educação mais eficiente, sobretudo em termos de custo. A tendência atualmente
é de que os serviços de documentação e informação de uma universidade
acompanhem as mudanças impostas pelas tecnologias que estão provocando
também grande impacto sobre a educação. Essas tecnologias encaixam-se em três
amplas categorias: redes, multimídia e mobilidade. As redes incluem LANs, WANs e
serviços on line (especialmente a Internet), bem como aplicações habilitadas pelas
redes, como conferências de áudio e vídeoconferências, E-mail, software
colaborativo, e gerenciamento de instrução. Essas tecnologias estão produzindo
cada vez mais impactos sobre professores e alunos e sobre os serviços de
informação e documentação convencionais.
�5.19
1.3 NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS
Conceitos educacionais modernos, surgidos em decorrência de trabalhos
teóricos como os do francês Jean Piaget, do pesquisador do MIT, Seymour Papert e
do psicólogo russo Lev S. Vygotsky demonstram uma mudança nos paradigmas
educacionais.
QUADRO 1 - DEMONSTRATIVO
DE
MUDANÇAS
NOS
PARADIGMAS
EDUCACIONAIS
Modelo antigo
PARADIGMAS EDUCACIONAIS
Modelo novo
Implicações tecnológicas
• Palestras em sala de aula
• Exploração individual
• PCs em rede com acesso às informações
• Absorção passiva
• Atitude ativa de aprendizado
• Desenvolvimento de habilidades e
• Trabalho individual
• Aprendizagem em equipe
• Uso de ferramentas colaborativas e
• Professor polivalente
• Professor como orientador
• Acesso a experts através da rede
• Conteúdo estável
• Conteúdo em rápida mudança
• Redes e ferramentas de publicação
• Homogeneidade
• Diversidade
• Variedade de ferramentas e
simulações
de E-mail
métodos de acesso
1.4 BIBLIOTECAS VIRTUAIS
A tecnologia colabora na absorção das informações necessárias aos
universitários e disponibiliza as informações consideradas críticas e vitais de forma
descentralizada.
As chamadas Bibliotecas Virtuais ou mesmo a chamada Universidade
Virtual só funcionam com a participação de alunos, administradores e profissionais
da informação altamente motivados. É uma nova realidade que provoca uma
verdadeira reengenharia dos centros de documentação e nas salas de aula.
�5.19
O uso da Internet propicia a qualquer universitário o contato com o novo
mundo virtual, faz aumentar o grau de domínio do uso do computadores e permite
analisar informações de diversas fontes. TelNet é o sistema que disponibiliza um
protocolo de forma a permitir a um usuário remoto entrar num computador distante e
trabalhar nele como se fosse seu computador pessoal, consultando arquivos e
podendo até rodar programas no computador que acessou. É o sistema instalado
nas bibliotecas nacionais e públicas ligadas à Internet, como é o caso da Library of
Congress e da Biblioteca do Vaticano.
É preciso que, dentro dos novos paradigmas impostos pelas tecnologias
emergentes, as bibliotecas se preparem para lidar com esse ambiente interligado, e
tenham apoio e espaço para adaptar-se ao futuro. A universidade brasileira já
participa, há alguns anos, da Internet. Na maioria dos estados é o ponto focal da Rede Nacional de Pesquisas RNP.
As bibliotecas atuais, sobretudo as bibliotecas universitárias têm que contar
com ferramentas tecnológicas que as capacitem como bibliotecas virtuais,
compatíveis com a comunidade acadêmica a que servem. Catálogos on line, textos
completos de documentos, dentre eles a produção intelectual da Universidade,
índices de citações e outros recursos, transformam a biblioteca tradicional em
biblioteca virtual, atendendo às necessidades da comunidade de usuários.
Tendo em vista o atual enfoque de mundo virtual em que vivemos, a
Biblioteca Central da UFRPE está se preparando para participar dessa nova
realidade, para poder oferecer, dentro em breve, o atendimento a seus clientes,
contando com esses recursos.
�5.19
2 O PAPEL DA BIBLIOTECA CENTRAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL
DE PERNAMBUCO
A Biblioteca Central Prof. Mário Coelho de Andrade Lima - criada em 1947
com a finalidade de dar a infra-estrutura bibliográfica necessária às atividades
realizadas na Universidade e orientar o usuário na utilização desses recursos, ao
longo desse período vem procurando acompanhar o desenvolvimento da informação
nas áreas de atuação da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.
Funciona seis dias por semana, para atender uma clientela aproximada de
1.200 usuários/dia. É órgão suplementar e está diretamente subordinada à ViceReitoria. Apresenta-se como uma biblioteca universitária de porte médio, com
acervo em torno de 43.800 livros e folhetos e cerca de 1.300 títulos de periódicos.
No contexto acadêmico em que está inserida, onde o ensino, a pesquisa e a
extenção se desenvolvem cotidianamente, e diante do crescente surgimento de uma
nova categoria de usuários conscientes de seus direitos a produtos, serviços e
informação com qualidade, vem buscando o redesenho adequado para suas
atividades, junto à Administração da Universidade. Procura adotar de tecnologias
emergentes de informação como parte de uma estratégia capaz de poder oferecer
melhores serviços e produtos a seus clientes. Desse modo, a Biblioteca Central da
UFRPE tem se empenhado na reformulação do seu papel, associando à sua
finalidade maior a atuação como Centro de Informação e Documentação, utilizando
novos mecanismos, adotando como elementos essenciais as técnicas básicas
(catalogação, indexação), somadas às tecnologias emergentes de informação.
�5.19
No âmbito da divulgação da informação produzida na Universidade, a
Biblioteca Central vem colaborando com a comunidade universitária, oferecendo
espaço e instrumento para o processo de ensino, pesquisa e extensão. O principal
destaque pode ser dado ao incentivo junto ao aluno de graduação, para exposição
de seus trabalhos como parte da iniciação à atividade de pesquisa, por programa
canalizado através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Esse programa
promove a realização de Congressos de Iniciação Científica, realizados nos últimos
cinco anos consecutivos. Tal iniciativa tem motivado o corpo discente de graduação
à procura de informações, passando a utilizar as fontes de pesquisa da Biblioteca,
bem como os canais de intercâmbio existentes intra e inter-universidades, através
do serviço de informação que a Biblioteca oferece.
O nível de aceitação dos Congressos de Iniciação Científica realizados na
UFRPE pela comunidade acadêmica pode ser confirmado pela comparação do
número de 142 trabalhos apresentados no Primeiro Congresso, realizado em 1991,
com os 358 trabalhos apresentados no último Congresso, realizado em 1995. Esses
números demonstram um aumento da produção intelectual da comunidade
acadêmica em mais de 200% em apenas cinco anos. Esses trabalhos fazem parte
da memória, do registro da produção da Universidade, podendo ser disponibilizado
pela Biblioteca Central através de base de dados.
3 SITUAÇÃO ATUAL DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DOS USUÁRIOS DA
BIBLIOTECA
�5.19
A pesquisa científica na UFRPE vem sendo desenvolvida desde sua
fundação em 1912. Seu corpo docente faz parte de uma comunidade acadêmica
que se dedica à busca de novos conhecimentos em suas áreas. Dentro desta ótica,
como acontece em outras instituições de ensino superior, a UFRPE, enfrenta
dificuldades para publicar os resultados de suas pesquisas, além de barreiras
administrativas que impedem o acesso aos poderes com capacidade de decisão,
bem como a própria competitividade existente no meio científico.
A produção intelectual dos usuários da Biblioteca, em especial os que
compõem o corpo docente da UFRPE tem merecido destaque nos projetos de
pesquisa coordenados pela Biblioteca Central. Foi feito levantamento enfocando a
bibliometria da produção científica do corpo docente. Posteriormente, foi feito uma
atualizada análise das citações bibliográficas utilizadas nas teses de mestrado e na
caracterização dos hábitos do professor e seu comportamento em relação à
Biblioteca e ao processo de seleção do material bibliográfico, com dados relativos à
última década.
Na prática, observa-se que a recuperação da produção científica do corpo
docente, nas instituições de ensino superior, como iniciativa das bibliotecas,
representa apenas um pequeno percentual. “Essas iniciativas de recuperação e
difusão da produção intelectual das instituições de ensino superior, têm-se
constituído
em
responsabilidade
de
outros
setores
dessas
instituições,
predominantemente as pró-reitorias de pesquisas e de pós-graduação.” (TARGINO,
1988). A falta de iniciativa das bibliotecas quanto à recuperação da produção
científica reflete o seu comportamento passivo e estático a nível institucional, sem
ter uma participação efetiva nas áreas de ensino e pesquisa.
�5.19
Considerando a importância do resgate da produção científica para a
memória da UFRPE, a Biblioteca Central vem procurando manter-se atualizada
quanto aos trabalhos publicados pelos professores, pesquisadores, alunos de pósgraduação e alunos de graduação, acompanhando dessa forma, a constante
mudança no grupo de elite composto pelos autores mais produtivos da UFRPE.
Esse comportamento parece confirmar a “Lei do elitismo na Ciência” de PRICE
(1975), na qual ele diz que existe uma tendência de um grupo de cientistas se
responsabilizarem pelo maior número de trabalhos publicados em determinadas
áreas.
Apesar de as dificuldades de toda ordem por que passa o ensino superior em
nosso país, a UFRPE vem desenvolvendo um número expressivo de trabalhos,
reunidos pela Biblioteca segundo demonstrativos a seguir:
�5.19
QUADRO 2 -PRODUÇÃO DOS DOCENTES DA UFRPE, SEGUNDO O TIPO
DE PUBLICAÇÃO
Categoria de Publicação
Total
− Artigos
1.766
− Resumos
820
− Comunicações em Eventos
437
− Teses
286
− Livros
99
− Relatórios
27
− Capítulos de livro
14
− Total
3.449
Nota-se a grande preferência pela publicação sob forma de artigos de
periódicos, pois corresponde a mais de 50% do tipo de publicação escolhida.
Atualmente, surge a possibilidade de se planejar uma base de dados
contendo os textos integrais desses artigos.
Os quadros 3, 4 e 5 demonstram (conforme a Lei de Solla Price) que há uma
área de concentração dentre assuntos mais estudados, pesquisados e divulgados
pela comunidade acadêmica da UFRPE: esta área é a Fitopatologia/Fitossanidade.
Há portanto, um nicho de excelência na Universidade, que poderá dar margem à
geração de uma base de dados, com textos integrais nessa área do conhecimento.
�5.19
QUADRO 3 - PERIÓDICOS MAIS UTILIZADOS PELOS DOCENTES DA UFRPE
PARA PUBLICAÇÃO DOS ARTIGOS
TÍTULOS DO PERIÓDICO
1. Fitopatologia Brasileira
NÚMERO DE ARTIGOS
288
2.
Caderno Ômega
277
3.
Anais da Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootécnica
217
4.
Anais do Congresso Bras. de Entomologia
206
5.
Anais da UFRPE
190
6.
Anais de Soc. Entomologia do Brasil
171
7.
Anais da Reunião Bras. de Milho e Sorgo
120
8.
Anais do Congresso Bras. de Fitopatologia
118
9.
Anais do Congresso Bras. Ciência do Solo
098
10. Agronomia Sulriograndense
085
11. Soil Science Soc. American Journal
084
12. Anais do Congresso de Med. Veterinária
072
13. Rev. Bras. de Ciência do Solo
072
14. Anais do Congresso Nac. de Botânica
064
15. Rev. da Soc. Bras. de Fitopatologia
064
QUADRO 4 - PRODUTIVIDADE DOS DOCENTES POR AUTORIA ÚNICA E
MÚLTIPLA SEGUNDO AS ÁREAS
Áreas
Única Nº
Múltipla Nº
Total Nº
Fitossanidade
510
644
1.154
Ciência do Solo
270
361
631
Adm. Rural
218
118
336
Botânica
176
184
360
Veterinária
289
179
468
Nutr. Animal
123
156
279
Total
586
722
3.228
Com relação à produção intelectual dos alunos da pós-graduação que
integram os sete Cursos de Mestrado e o de Doutorado existentes na Universidade,
�5.19
especificamente no que se refere as teses/dissertações, 368 foram defendidas e
aprovadas segundo o demonstrativo a seguir.
QUADRO 5 - TESES/DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS E APROVADAS
Curso Mestrado/Doutorado
Teses e dissertações
Botânica
88
Fitossanidade
86
Ciências do Solo
75
Administração e Comunicação Social
36
Produção Animal
35
Medicina Veterinária
46
Ensino das Ciências (recém-criado)
-
Botânica (Doutorado)
02
5 CONCLUSÃO
A implementação de um Serviço de Informação que conta com tecnologias
emergentes de informação faz parte das novas perspectivas da Biblioteca Central
da UFRPE.
�5.19
As modernas tecnologias baseadas em computadores e comunicações tais
como: captura de textos com scanner e - Reconhecimento Óptico de Texto (OCR),
acesso à Internet, bancos textuais com pesquisa por palavras ou expressões (full
text), o uso das redes LAN e WAN, a arquitetura cliente - servidor e uso de correio
eletrônico podem ser adequadamente integradas para garantir aos professores,
pesquisadores, alunos e funcionários de universidades modernas a informação
necessária no momento oportuno.
Dentro deste enfoque, os serviços a serem realizados visam:
a) disponibilizar, na rede da UFRPE, na RPN e na Internet, informações sobre
a produção intelectual gerada pela Universidade ou que seja de seu
interesse, de modo que a comunidade acadêmica nacional e internacional
possa rapidamente dispor dessas informações;
b) disponibilizar as informações referenciais dos documentos existentes e
organizados no acervo da Biblioteca Central e da Memória Técnica da
UFRPE, composta pela produção intelectual de sua comunidade
acadêmica.
São necessários uma postura inovadora e investimentos financeiros que
permitam transformar a Biblioteca Central da UFRPE em unidade de informação,
com o compromisso de atender com qualidade sua comunidade usuária, deixando
de ser apenas um centro de custos.
�5.19
ABSTRACT
This paper describes recent developments in information technology. It discusses
the role and performance of the Central Library of the Federal Rural University of
Pernambuco, and emphasizes the impact which these technological resources will
have on the University community.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BARRETO, A. R.; CARVALHO, E.R. Plano estratégico para a área de
informação em ciência e tecnologia do CEPED. Salvador : CEPED,
1992.
2 _____. A informação eficaz na empresa. Ciência da Informação, Brasília, v.
20, n. 1, p. 78-81, jan./jun. 1991.
3 CASTRO, C. da M. Há produção científica no Brasil? In: SCHWARTZMAN, S.;
CASTRO, C. da M. (Orgs.). Pesquisa universitária em questão. Campinas: UNICAMP, 1986. p. 190-229.
4 COLLECTA Processo Produto e Coleta de Dados. Diretrizes gerais para
memória técnica - propriedade intelectual (sedimentação de transferência do “know-how” interno da SABESP). São Paulo : COLLECTA, 1995.
5 CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRPE, 1., 1991, Recife.
Resumo dos trabalhos. Recife : UFRPE, 1991. 232 p.
6 _______, 2., 1992, Recife. Resumo dos trabalhos. Recife : UFRPE, 1992.
276 p.
7 _______, 3., 1993, Recife. Resumo dos trabalhos. Recife : UFRPE, 1993.
261 p.
8 _______, 4., 1994, Recife. Resumo dos trabalhos. Recife : UFRPE, 1994 .
341 p.
9 _______, 5., 1995, Recife. Resumo dos trabalhos. Recife : UFRPE, 1995.
454 p.
�5.19
10 COUTO, M. L. de M. do. Produção bibliográfica gerada na Universidade de
São Paulo : a experiência do sistema integrado de bibliotecas da USP no
controle e disseminação. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP,
Biblioteca Central, 1994, p. 137-149.
11 NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo : Companhia das Letras,
1995. 210 p.
12 OXNER, William; CHARLES, Sergio. A revolução da informação da
informação. Rio de Janeiro : SENAI-DN/NID, 1995. 44 p.
13 PALACIO, M. L. P. O professor da UFRPE : caracterização dos seus hábitos
e comportamento em relação à biblioteca e ao processo de seleção do
material bibliográfico. Recife : UFRPE, 1991. 23 p.
14 PRICE, D. de S. Studies in scientometics transciense and continuace in
scientific authorship. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1,
p. 27-40, 1975.
15 TARGINO, M. das G. Análise da produção científica em uma instituição de
ensino superior : o caso da Universidade Federal do Piauí. Ciência da
Informação, Brasília, v. 17, n. 1, p. 15-25, 1988.
16 TOLEDO, N. O. Primeira análise bibliométrica da produção científica do
corpo docente dos cursos de mestrado da UFRPE : resultados preliminares. Recife : UFRPE, 1991. 27 p.
17 VIEIRA, Anna da Soledade. Redes de ICT e a participação brasileira.
Brasília : IBICT: SEBRAE, 1994. 72 p.
18 WITTER, G. P. Aspectos psicológicos no relacionamento bibliotecário e
usuário. Ciência da Informação, Brasília, v. 15, n. 1, p. 35-37, 1986.
Trabalho/pernamb/semiufrp.doc
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
A Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco e os desafios das tecnologias emergentes de informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Toledo, Nanci de Oliveira; Lopes, Conceição; Barreto, Auta Rojas
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta as tecnologias emergentes de informação. Aborda o papel e a atuação da Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco e enfatiza suas perspectivas quanto à adoção desses recursos tecnológicos e o impacto dos mesmos junto à comunidade universitária.
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pt
-
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f87e015508a3371b5767f0eb7e46a72e
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3.1
A BIBLIOTECA E A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA: ASPECTOS
ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS
*
Leila Mercadante
RESUMO
Aborda a questão da autonomia universitária sob o ponto de vista administrativo e
financeiro e seu impacto na biblioteca. Recomenda a modernização de estrutura e
avaliação constante de processos, serviços e produtos, objetivando torná-la apta a
trabalhar com a flexibilidade administrativa e financeira, resultado da autonomia
universitária. Focaliza a necessidade de melhoria da área de Recursos Humanos,
como condição de sucesso.
Sem discutir a grande questão da autonomia universitária, pretende-se nesta
ocasião abordá-la sob o ponto de vista administrativo e financeiro, e seu impacto na
biblioteca universitária.
A proposta de analisar esse assunto parece extremamente necessária e
oportuna, uma vez que é uma experiência nova no País, tem sido vivida pelas
Universidades Estaduais Paulistas nos últimos anos, e espera-se que em breve seja
uma realidade em todas as demais universidades públicas brasileiras.
Vista sob o aspecto administrativo financeiro, a autonomia universitária exige,
antes de tudo, um compromisso de melhor administração dos recursos, aliado à
uma política clara das finalidades e metas de cada Instituição, inserida na área do
ensino universitário do País.
Ao contrário do que se poderia imaginar, a autonomia universitária não gera
ilimitados recursos, talvez até seu limite fique menor, mas a flexibilidade de alocação
�3.1
desses recursos é que possibilita melhores resultados. Depois de anos de
administração de recursos “carimbados”, isto é, compromissados com destinação
específica, a autonomia financeira e administrativa exige mudança radical de ações.
A adoção de critérios próprios para gerir os recursos é que permite a cada
Instituição construir sua escala de prioridades e seus planos essenciais. Se a
autonomia é uma oportunidade única, é também um desafio considerável. Para que
ela se realize plenamente, a organização precisa ser mais flexível, mais criativa e
mais produtiva. Espera-se
que a universidade possa fazer mais e com melhor
qualidade, criando mecanismos próprios de alocar e empregar os recursos.
A biblioteca universitária como parte integrante da Instituição deve conhecer
os novos caminhos, e estar apta para participar e obter os resultados, junto com os
demais órgãos da Universidade. Estará sendo questionada e pressionada para
apresentar seus pedidos de recursos com dados que convençam sobre o controle
de custos, a produtividade e a qualidade de seus produtos e serviços.
A
autonomia
universitária
parece
combinar
bem
com
estruturas
organizacionais flexíveis e com a procura de caminhos próprios para melhorar o
desempenho. Combina também, e muito, com a redução de custos operacionais, e
com a manutenção de orçamentos equilibrados. Isso supõe, necessariamente,
contar com recursos humanos da melhor qualidade, com bons indicadores de
trabalho e produção. A flexibilidade administrativa e financeira deve permitir a
destinação de recursos para programas de valorização, desenvolvimento e
qualificação de pessoal.
*
Coordenadora do Sistema de Bibliotecas da UNICAMP
�3.1
A biblioteca universitária brasileira precisa considerar os seus desafios e
refletir sobre a autonomia administrativo/financeira face às tendências atuais:
- dificuldades de recursos para o ensino superior;
- diminuição do tamanho do Estado e das Instituições;
- explosão/crescimento de fontes de informação em vários suportes;
- aumento/explosão de usuários internos/externos;
- necessidade constante de atualização de
equipamentos/instrumentos
decorrente das mudanças das tecnologias de informação;
- diminuição do staff: saída dos mais experientes como consequência
das novas regras da Previdência Social;
- demandas por serviços mais qualificados: usuários mais exigentes;
- desenvolvimento do acervo tanto no que se refere a informação em
meios eletrônicos quanto em suportes tradicionais.
Para responder positivamente às novas condições de trabalho com a
autonomia universitária, a biblioteca necessita estar preparada para discutir, expor
dados e argumentos para disputar internamente os recursos. A negociação por
recursos é uma tarefa extremamente importante, necessária, e, para ser
estabelecida, deve supor a inclusão da Biblioteca como um dos integrantes da
administração da Universidade.
A flexibilidade na alocação e distribuição dos recursos financeiros fez com
que se aperfeiçoasse
nas Universidades o processo de montagem de seus
orçamentos. Pode-se citar um exemplo recente: na UNICAMP, a distribuição do
orçamento de custeio entre as Faculdades e Institutos obedece a critérios de
desempenho qualitativo. Significa que os recursos são destinados de acordo com os
�3.1
indicadores de desempenho de cada Unidade quanto à graduação, pesquisa e pósgraduação. Na área financeira, a flexibilidade permite que se gerencie os recursos à
partir de cronogramas próprios, o que leva a melhores resultados.
Parece que a autonomia universitária é um novo desafio, e imediatamente
aflora a grande questão: pode-se continuar na biblioteca com a atual estrutura
organizacional, o atual modelo de planejamento para enfrentar esse desafio?
Se a resposta é não, quais novos modelos devem ser implementados?
Situação atual
- estruturas antigas;
- staff passivo, desvalorizado, com pouca motivação;
- métodos de trabalho pouco criativos;
- tomadas de decisão baseadas em fatores históricos,
cultura corporativa;
- isolamento da biblioteca dentro da Universidade.
Mudanças necessárias
- criar e utilizar competência interna;
- inovar;
- conhecer e trabalhar com vistas às metas institucionais;
- criatividade;
- flexibilidade nas estruturas;
- avaliação;
- coleta sistemática de dados;
- trabalho com padrões;
- compartilhamento;
�3.1
- educação, treinamento e valorização de recursos humanos;
- melhor instrumentação nas tarefas: manuais, normas técnicas, rotinas
padronizadas;
- tomadas de decisão baseadas em avaliação constante de processos,
serviços, produtos.
A necessidade de mudança é praticamente um consenso; intelectualmente é
fácil assumir, mas agir nessa direção é bem mais difícil e complexo.
Se aceita a necessidade de mudança, a primeira tarefa da biblioteca
universitária, ao enfrentar o desafio da autonomia, é determinar quais aspectos
priorizar. Sem deixar de lado sua missão de apoiar as atividades de ensino,
pesquisa e extensão, isto é, prover as necessidades e atender as expectativas de
seus usuários, a biblioteca deve reexaminar suas metas, e considerar sua real
capacidade de modernizar estruturas e introduzir novos métodos de trabalho com
soluções mais ágeis e positivas. Não parece haver uma fórmula mágica , ou um
modelo já estabelecido. A própria literatura, quando trata de mudança de estrutura
de biblioteca parece levantar mais perguntas que respostas. Esse novo modelo de
trabalho deve engajar todo pessoal da biblioteca, e sabe-se como é difícil essa
tarefa. Há que se encontrar caminhos próprios, principalmente a partir do
conhecimento profundo da própria universidade e das metas institucionais. Cada
Instituição tem suas peculariedades, necessidades e metas, e gerencia a autonomia
partir dessas definições. O essencial é que a biblioteca esteja preparada e atenta
para se integrar a essa nova realidade.
Se de um lado esse aspecto da autonomia universitária exige maior
competência e agilidade na gestão financeira, na área administrativa a flexibilidade
�3.1
pode atingir, de maneira positiva, a área de recursos humanos, sem dúvida,
principal fator para se chegar ao novo modelo de gestão mais produtivo.
Segundo DE GENNARO, um dos pontos focais de mudança nas
bibliotecas
valorização
está
exatamente
no
staff,
e
há necessidade de treinamento,
e mudança de comportamento, de cultura profissional “institucional”
local. Ele observa que há tanto a necessidade de reciclar, atualizar, envolver o
pessoal da biblioteca em novos compromissos de trabalho, quanto de recrutar e
empregar o melhor profissional possível.
Para aceitar as novas concepções de trabalho e estrutura, todos os
trabalhadores da biblioteca, de diretores a pessoal operacional, devem não só
aprender novas formas de trabalho e ação, mas também abandonar velhos hábitos,
rotinas e orientações. Não é um processo fácil nem rápido. Mudar valores,
comportamento, e padrões de trabalho, exige tempo e investimento em ensino e
treinamento, dando-se a oportunidade de aprendizagem e crescimento.
Como exemplo de política de recursos humanos, já flexibilizada pela
autonomia universitária, pode-se citar novamente a UNICAMP, com diretrizes que
têm concorrido para solucionar esta questão. Indiscutivelmente, sem as restrições
financeiras dos últimos anos, seus efeitos teriam alcançado ainda melhores
resultados. As principais diretrizes são:
- plano de carreiras técnico-administrativas em três níveis;
- perfis de ocupações com especificações próprias;
- avaliação anual de desempenho com investimento, a cada ano, de 2% da
folha de pagamento;
�3.1
- possibilidade de acesso de um nível da carreira para outro, através de
progressão;
- aproveitamento de recursos de vacância (aposentadoria ou
demissão) para progressão dos demais funcionários;
- possibilidade
de
transformação
de
vaga
existente,
inclusive
da
categoria administrativa para técnica, ou vice-versa;
- plano atual de definição de responsabiblidades/competência
dos
grupos para chegar à definição de metas individuais;
- programa de treinamento.
Para gerenciar essa política, criou-se o Conselho de Recursos Humanos,
uma Comissão Central de Avaliação e Comissões Locais em cada uma das
Unidades de ensino, pesquisa e de serviços da Universidade, com participação
efetiva de pessoal de todos os níveis, como garantia dessas diretrizes.
Reconhecendo a área de recursos humanos como um componente essencial
para o sucesso de qualquer organização, os esforços da biblioteca para atingir
melhor desempenho de seu pessoal devem ser constantes. O envolvimento nas
tarefas e a participação em treinamentos extensiva a todos os níveis do pessoal são
ações imprescindíveis.
Finalizando, poder-se-ia afirmar o seguinte:
A mudança é necessária e urgente. Não se pode esperar que se tenha um
novo modelo perfeitamente claro, e sem riscos, porque corre-se o risco maior de
perder a oportunidade. A biblioteca, mais que nunca, deve aceitar o desafio de
inovar, em função de uma estrutura mais flexível. Precisa compartilhar experiências,
�3.1
conhecer outros modelos, aproveitar todas as possibilidades de introduzir
mudanças, sempre a partir da integração com sua Instituição.
Antes mesmo que a autonomia universitária esteja plenamente instalada,
é imprescindível que as bibliotecas comecem a se preparar para vivê-la com
resultados positivos para seus usuários.
ABSTRACT
The paper presents the university autonomy related to the financial and
administrative aspects and its impact at the library. It recommends the modernization
of the library structures and systematic evaluation of their process, services and
products, in order to become more flexible, more creative and more productive. It
focuses the human resources as the key to reach success.
�3.1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BERRY, Johns. Departing shots from Richard De Gennaro: interview. Library
Journal, v. 120, n. 18, p. 30-31, nov. 1995.
2 CRIST, Margo. Structuring the academic library organization of the future : some
new paradigms. Journal of Library Administration, v. 20, n. 2, p. 47-65,
1994.
3 GIANOTTI, J.A. Sobre a universidade. ”O Estado de S.Paulo”, São Paulo,
19/07/1996. p. A2.
4 UNICAMP qualifica seu orçamento. Jornal da UNICAMP, Campinas, abril 1996.
p. 3.
5 MARTIN, Susan K. An entrepreneurial bent for a service profission. The Journal
of Academic Librarianship, v. 21, n. 6, p. 473-474, Nov. 1995.
6 NEAL, James G. Academic libraries: 2000 and beyond. Library Journal, v. 121,
n. 12, p. 74-76, Jul. 1996.
7 STOFFLE, C.J. et al. Choosing our futures. College and Research Library, v.
57, n. 2, p. 213-233, maio 1996.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A biblioteca e a autonomia universitária: aspectos administrativos e financeiros.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Mercadante, Leila Magalhães Zerlotti
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Aborda a questão da autonomia universitária sob o ponto de vista administrativo e financeiro e seu impacto na biblioteca. Recomenda a modernização de estrutura e avaliação constante de processos, serviços e produtos, objetivando torná-la apta a trabalhar com a flexibilidade administrativa e financeira, resultado da autonomia universitária. Focaliza a necessidade de melhoria da área de Recursos Humanos, como condição de sucesso.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4747/SNBU1996_054.pdf
9d1d8defcde1a650b184a25871899a84
PDF Text
Text
7.1
A BIBLIOTECA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO ACADÊMICO
*
Maria José Gomes Monteiro Vianna
Maria de Lourdes Mussi Paulo**
Valéria Marques de Queiroz**
Vanda Pires Rohem**
RESUMO
O tema se refere às características da vida acadêmica e sua relação com a
biblioteca, sendo esta a agente de integração. Descreve as dificuldades e apresenta
soluções para alguns problemas. Enfatiza o marketing e as redes como
instrumentos capazes de influenciar as relações.
1 INTRODUÇÃO
Do que conhecemos de biblioteca universitária, algumas estão ainda na idade
da fichinha, e para isto não precisamos buscar dados estatísticos confiáveis. Basta
uma visita aqui, outra ali.
Se por um lado já conseguimos convencer as altas administrações sobre qual
o verdadeiro papel da biblioteca na vida acadêmica, por outro lado nos deparamos,
inúmeras vezes, com perguntas primárias sobre qual o papel da biblioteca e, por
conseqüência, o do bibliotecário.
A idéia de uma grande livraria parece ser, ainda hoje, depois da galáxia de
Gutenberg, da mecanização dos serviços, da evolução para a informática, da
*
**
Chefe da Biblioteca da Universidade Veiga de Almeida - UVA
Bibliotecárias da Biblioteca Central Veiga de Almeida - UVA
�7.1
formação da grande aldeia global bibliográfica, da Internet, uma premissa que
lamentavelmente carregam alguns pseudo-educadores.
Nosso trabalho, desenvolvido na Universidade Veiga de Almeida - UVA sediada no Rio de Janeiro, teve início no ano de 1975, ocasião em que se
diplomava uma primeira turma de um único curso. A fiscalização federal exigia
condições mínimas para reconhecimento do primeiro curso, e entre estas condições
figurava a biblioteca como grande vilã, embargando o aval definitivo.
Foi neste momento que a administração enxergou o seu grande problema:
afinal a biblioteca, seu calcanhar de Aquiles, não possuía o perfil de biblioteca
universitária. Todos constataram a terrível realidade: o que possuíamos não era
uma biblioteca, mas um depósito de livros.
Também se deram conta de que a instituição biblioteca teria de se interligar
com as necessidades acadêmicas, estudá-las e apresentar soluções técnicas,
acadêmicas, sociais e culturais, tornando-se o coração vivo da universidade.
2 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
Segundo a legislação brasileira vigente, o departamento é a menor fração da
estrutura da universidade, para todos os efeitos de operacionalização do ensino, da
pesquisa e da extensão, compreendendo disciplinas afins e congregando os
professores que as ministram ou desenvolvem atividades na área.
Acima da estrutura departamental estão os conselhos, decanias, pró-reitorias,
vice-reitorias, institutos, reitorias, chancelarias. Porém é nos departamentos que a
biblioteca deve concentrar e estreitar sua relação.
�7.1
É nos departamentos que são elaboradas e atualizadas as ementas que
contêm as indicações bibliográficas; a eles cabe apresentar propostas de material
bibliográfico e de apoio para as atividades didático-pedagógicas.
A universidade não pode preparar somente profissionais, ela tem que discutir
os problemas contemporâneos, discutir a ética profissional. E a pesquisa deve
começar na graduação. É necessário que haja uma integração entre pesquisa e
graduação.
Como realizar pesquisas afastando as bibliotecas universitárias de uma
relação estreita e contínua com o contexto acadêmico?
A biblioteca universitária tem que sair de seu próprio “castelo” para ver o
mundo de perto e o questionar, junto à comunidade acadêmica. É preciso perguntar
a esta se a biblioteca está atendendo ao que ela espera dela.
3 A INSTITUIÇÃO BIBLIOTECA
Falar das bibliotecas universitárias brasileiras é quase como falar da própria
universidade; ela é tão complexa que numa observação superficial já se enxerga a
primeira dicotomia: técnica versus política administrativa.
Filosoficamente a biblioteca universitária é, em última análise, uma
universidade em si mesma; assim como os enciclopedistas consideravam a
�7.1
“Enciclopédia” como uma biblioteca impressa, a biblioteca universitária encerra, ou
deveria encerrar, todo o saber da humanidade; ela é o locus da preparação de
segmentos da sociedade. Imensurável e inesgotável é o seu papel de “arquiteto
silencioso” na construção do país que queremos, pois é lá que buscamos ampliar e
clarificar o nosso conhecimento. Com tamanha responsabilidade social e cultural,
nada é mais
necessário e urgente do que reconhecermos o seu próprio
desempenho, a sua contribuição à sociedade.
Os mesmos problemas que as universidades brasileiras enfrentaram, e
continuam enfrentando, afligem a biblioteca.
Se as universidades concentrarem um grande número de pesquisas e
produção de novas tecnologias, cabe às bibliotecas o fornecimento de informação
técnico-científica atualizada e tratada de tal forma que a disseminação de todo o
material, bibliográfico ou não, chegue ao usuário no menor tempo possível.
Se as universidades ainda não se dirigem às pesquisas, a biblioteca deve se
antecipar a esses novos projetos, em consonância com os interesses da
comunidade acadêmica.
O corpo docente que usa e transmite conhecimentos e idéias muito
conservadoras e defasadas pode se atualizar com um alerta da biblioteca.
Integrar a biblioteca na vida da comunidade acadêmica, oferecendo
informações técnicas, científicas, culturais, artísticas e de lazer, proporcionar
encontros, debates, exposições e outras atividades, é o objetivo principal a ser
atingindo.
Os últimos anos registraram uma transformação estrutural, política, técnica e
organizacional nas bibliotecas universitárias brasileiras. Elas enfrentam uma crise de
�7.1
crescimento interno, provocada por razões variadas e distintas: o próprio
crescimento
das
universidades,
inchadas
e
desestruturadas;
a
explosão
documentária em decorrência das grandes mudanças científicas, técnicas etc.; a
carência de recursos financeiros; o despreparo dos profissionais e sobretudo, o
profundo atraso do País em relação ao Primeiro Mundo, além do desafio de trilhar
os caminhos do ciberespaço com a determinação e decisão de superá-los.
4 INTERFACE: ADMINISTRAÇÃO X BIBLIOTECA
Com todas as dificuldades citadas, as bibliotecas universitárias brasileiras
buscaram formas de estruturação, praticando dia a dia uma luta em busca de sua
integração à alta administração das universidades. O entrosamento da biblioteca
com os canais decisórios vem provocando uma mudança na maneira como a
comunidade acadêmica vê a biblioteca, já com filosofia própria, voltada para a
racionalização no emprego de recursos.
Se existe controvérsia entre possíveis datas da criação dos primeiros cursos
superiores no Brasil (1808?), se a universidade brasileira vem caminhando de
reforma em reforma, a situação das bibliotecas se apresenta ainda mais caótica.
A Lei da Reforma Universitária não menciona as bibliotecas universitárias, o
que tem sido interpretado por alguns como omissão imperdoável e, por outros, como
omissão voluntária, testemunho de que tínhamos chegado a um consenso tácito
quanto à necessidade da biblioteca universitária.
Atualmente não se pretende a adoção de um modelo ótimo e uniforme para
todas as bibliotecas universitárias brasileiras. Pretende-se, isto sim, que se
�7.1
considere critérios adaptáveis a cada situação, desde que os padrões técnicos
sejam adotados, até porque o estabelecimento de redes integradas através de
softwares bibliográficos se apresenta como a grande saída para a formação de
redes nacionais, inclusive desestimulando iniciativas isoladas, objetivando consórcio
de IESs.
A Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior, para ficarmos
neste caso com a posição das universidades particulares, já está estudando a
formação desta união com objetivo de integrar as instituições, em particular as
bibliotecas.
O que serve para a universidade se aplica à biblioteca universitária,
acompanhando-a, ela cresce junto.
5 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E ACERVOS
Quando se pensa no planejamento de uma biblioteca universitária, a primeira
grande preocupação é a indagação do que se precisa. Quais são as exigências dos
órgãos competentes? Quais os padrões a serem seguidos?
A realidade da biblioteca universitária brasileira é crônica, a maioria dos
problemas está relacionado com a administração, com planejamento e com a
política de aquisição.
Os acervos são formados através de “correrias” atrás das publicações, com
interesse exclusivo de preencher uma exigência que fala em números mínimos;
assim se formam as bibliotecas que não resistem a uma amostragem, quanto ao
que se tem e o que realmente se usa do acervo.
�7.1
É na relação entre biblioteca e departamentos (corpo docente) que devemos
instalar nossas armas, investindo na atualização constante do acervo.
Escolhendo o melhor caminho para a integração da biblioteca no contexto
acadêmico, é necessária a prática de políticas definidas junto aos órgãos superiores
e, mais que tudo, praticar aquisição seletiva, já que por suas próprias características
a biblioteca universitária, centralizada ou setorizada, é por natureza interdisciplinar.
Justamente por ser interdisciplinar o conteúdo dos acervos universitários é que nos
deparamos com a necessidade de selecionar, inicialmente com base nas indicações
bibliográficas contidas nas ementas, acrescidas mais tarde de um atento estudo do
conteúdo programático das disciplinas.
Nossa experiência pessoal levou-nos, nos últimos 20 anos, a manter uma
eterna vigilância na qualidade e na avaliação e uso do acervo. O que constatamos
de início é que havia uma demanda bastante expressiva no uso do livro-texto em
detrimento do uso de publicações ditas complementares e recomendadas, mas de
suma importância na formação do graduando. A demonstração do uso do acervo foi
mensurada no decorrer dos anos e divulgada entre o corpo docente. Como a
situação persistia, realizamos uma amostragem e selecionamos duas disciplinas do
ciclo profissional e mais três do básico, somamos o número de alunos matriculados
em cada disciplina; destacamos, dentro do sistema de classificação adotado, todos
os assuntos pertinentes ao conteúdo destas disciplinas. Separamos as pesquisas
bibliográficas realizadas em livros-texto (adotados), livros recomendados e
complementares das publicações consideradas científicas, técnicas e culturais que
constróem as informações atualizadas (periódicos, teses e dissertações).
�7.1
Os dados referentes às consultas específicas foram tomados num todo, dado
o baixo número de pesquisas realizadas.
O que se constatou, conforme quadro abaixo, foi o elevado número de
pesquisas (consultas? cópias?) realizadas em livros cujas edições às vezes já estão
bastantes defasadas. Não nos detivemos na necessidade da formação básica, do
uso dos livros que iniciam o estudante na disciplina: sabemos da importância da
formação básica na teoria da aprendizagem.
O que ficou questionável foi o grande desnível entre estes indicadores, como
por exemplo: cento e quatorze alunos fizeram mil, setecentos e três consultas em
livros e apenas cento e sessenta e quatro em publicações como periódicos, teses e
dissertações.
�7.1
QUADRO 1 - CONSULTAS ESPECÍFICAS DE ACORDO COM A DISCIPLINA,
ALUNOS MATRICULADOS E CICLO - 1° SEMESTRE 1995
Disciplina
Alunos matriculados
Consulta
Empréstimos
realizados / livro
/ Consulta
periódicos
(todas as disciplinas)
Ciclo
A
19
432
164
Profissional
B
18
437
164
Profissional
C
94
1724
887
Básico
D
114
1703
164
Básico
E
206
1240
164
Básico
O número se repete nas disciplinas A, B, D, E, tendo em vista que o curso escolhido para
amostragem, no qual foram inscritos 1.800 alunos --- os usuários em conjunto --- realizaram 164
consultas ao acervo de periódicos.
Na disciplina C foram consultados 887 fascículos de periódicos.
Obs.: Estamos realizando no momento uma nova coleta de dados com vistas ao confronto com os
dados acima.
Treinar o usuário de uma biblioteca universitária, iniciá-lo na pesquisa
bibliográfica, levá-lo a conhecer todo o potencial de informações contido em acervos
de bibliotecas faz parte do contexto educativo, propicia melhor qualidade de ensino,
valoriza a própria universidade, e assim os alunos graduados apresentarão uma
sólida formação profissional/acadêmica.
A que atribuir a elevação dos indicadores? Acreditamos que num intensivo e
agressivo programa de divulgação dos sumários das publicações: por um lado em
forma de Boletim para o Corpo Docente, e por outro lado imensos quadros de aviso
espalhados pelos campi das diversas unidades, com o cuidado de manter atualizado
(fotocópias dos sumários das publicações), seja uma proposta de solução.
�7.1
6 O GRANDE DESAFIO: ORÇAMENTO
Relacionar-se satisfatoriamente com o contexto acadêmico, sob o ponto de
vista técnico, político e acadêmico são barreiras que se consegue vencer. O difícil
é transpor o grande desafio: o orçamento.
Sabemos das dificuldades das verbas públicas para as bibliotecas
universitárias do sistema; mas conhecemos melhor as dificuldades das instituições
particulares que sobrevivem com as mensalidades dos alunos. Criar e financiar
laboratórios, manter corpo docente e administrativo com formação sólida, mestres e
doutores, pesquisas, participação em eventos, investimentos no aperfeiçoamento de
pessoal e todas as demais despesas demandam custos altos.
É neste ponto que a biblioteca universitária deve também se integrar ao
contexto, apresentar propostas compatíveis com a situação econômico-financeira,
sem prejudicar a formação das coleções.
Trabalhamos com orçamentos anuais, com proposta de atualização do
acervo, baseados nos seguintes critérios:
a) cursos em andamento 50 livros/mês;
b) cursos em formação 100 livros /mês.
Quanto às demais publicações, propomos um acréscimo em percentuais
compatíveis com os possíveis lançamentos que acompanham a modernidade
(50%).
�7.1
7 MARKETING E VIDA ACADÊMICA
Somente na década de 80 surgiram no Brasil os primeiros estudos
relacionando marketing com bibliotecas. Segundo Amélia SILVEIRA (1992) “É a
primeira vez que se fala claramente em uma Biblioteca Universitária vendendo um
produto (a informação), tendo um mercado para colocar o produto (os usuários reais
e potenciais) e contando com um canal formal para distribuir o produto (o setor de
Referência)”.
Na mesma obra cujo texto acima citamos, a autora propõe que a divulgação
dos serviços da biblioteca faça parte de uma política integrada com setores
específicos
da
área
de
marketing,
caracterizando
um
trabalho
conjunto,
endossando, assim, a filosofia da integração da biblioteca no contexto acadêmico.
O marketing da biblioteca universitária passa por todas as atividades por ela
desenvolvidas, mas com a preocupação de divulgar seus serviços via produtos,
bibliográficos ou não, que atinjam os usuários.
Certamente especialistas surgirão com propostas voltadas para assunto tão
novo para nós, com conotações positivas, esperamos.
E o que dizer das redes? Não seriam elas nosso melhor instrumento de
divulgação?
8 APOIO ACADÊMICO VIA REDES INTERNAS E EXTERNAS
Quando salientamos no item quatro a importância da formação de redes
como a grande saída, tendo em vista os mencionados problemas de ordem
�7.1
econômico/financeira, tínhamos a intenção de enfatizar o papel das redes, quer
internas, quer externas.
Uma biblioteca universitária que permite, através de terminais, a todos os
componentes da comunidade acadêmica o acesso a seus dados, está sem dúvida
integrando, de forma racional e moderna.
Não repetiremos aqui o papel da Internet, já sobejamente conhecido pelos
colegas.
Deixo somente a indagação: será a Internet o passo máximo para integração
da biblioteca universitária não apenas com a vida acadêmica, mas com o mundo?
9 CONCLUSÃO
Não pretendemos esgotar o assunto: há muito por estudar, discutir e,
sobretudo, é preciso viver a vida acadêmica no seu dia-a-dia.
Será no pluralismo das idéias e das concepções pedagógicas que as
mudanças se processarão para melhor.
É preciso mudar. Contornar correntes políticas e ideológicas: econômicas,
sociais, etc., é mudar muito mais: é investigar mentalidades, é crescer a ponto de
renunciar a estreiteza de nossas mentes e alcançar o objetivo maior.
�7.1
ABSTRACT
This paper describes the characteristics of university life and its relationship with the
library, the integrating agent. It describes the difficulties, and suggests solution to
these problems. It stresses the importance of marketing and networks in influencing
this relationship.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Desenvolvimento da
relatório. Genebra : Conferência Internacional de Educação, 1994.
educação:
2 CLARK, Burton R. Ordem e desordem na educação superior. Dialogo, Rio de
Janeiro, v. 10, n. 4, p. 68-74. 1977.
3 COSTA, Antônio Fernando G. da. Guia para elaboração de relatórios de
pesquisas: monografias: trabalhos de iniciação científica, dissertações,
teses e preparo de originais de livros. Rio de Janeiro : UNITEC, 1994.
4 FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Desenvolvimento e avaliação de coleções.
Rio de Janeiro : Campus, 1994.
5 SANTOS FILHO, Onofre. Sobre a universidade e a pesquisa. Jornal da
PUC-MG, Belo Horizonte, 8 dez. 1994.
6 SILVEIRA, Amélia. Marketing em bibliotecas universitárias. Florianópolis:
UFSC, 1992.
7 VIANNA, Maria José Gomes Monteiro. A biblioteca universitária: filosofia,
estrutura, organização e funcionamento. Revista da UVA, Rio de Janeiro v.3,
n. 3, p. 11-14, 1993.
8 _____. A excelência na universidade: vista através da ótica da biblioteca.
Rio de Janeiro,1995. 70 p. Monografia (Administração Universitária) Universidade Veiga de Almeida
9 VIEIRA, Anna da Soledade. Redes de ICT e a participação brasileira.
Brasília : IBICT/SEBRAC, [1994?]
�
Dublin Core
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A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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UFPR & PUC-PR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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Português
Type
The nature or genre of the resource
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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A biblioteca e sua relação com o contexto acadêmico.
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An entity primarily responsible for making the resource
Vianna, Maria José Gomes Monteiro; Paulo, Maria de Lourdes Mussi; Queiroz, Valéria Marques de; Rohem, Vanda Pires
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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The nature or genre of the resource
Evento
Description
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O tema se refere às características da vida acadêmica e sua relação com a biblioteca, sendo esta a agente de integração. Descreve as dificuldades e apresenta soluções para alguns problemas. Enfatiza o marketing e as redes como instrumentos capazes de influenciar as relações.
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a67547c7b749a5c6e5f8407b2e840c7f
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8.13
A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E O SISTEMA EDUCACIONAL
Carlos Eduardo Pimentel*
RESUMO
A educação é colocada diante de um novo desafio, face ao acelerado processo de
informatização da sociedade. A Biblioteca Universitária, como um instrumento
indispensável para melhoria da qualidade da educação superior, e a introdução das
novas tecnologias nos seus serviços contribuirão para facilitar e dar uma maior
amplitude ao processo de integração com a comunidade universitária.
1 INTRODUÇÃO
Existem prognósticos bem fundamentados afirmando que os computadores
irão se impor, no próximo século, como instrumentos capazes de favorecer a
capacidade do ser humano de ampliar seus conhecimentos e produzir informações,
armazená-las, organizá-las e difundi-las, englobando assim todos os aspectos da
sociedade humana.
Destaca-se o papel fundamental do computador, como instrumento capaz de
facilitar o processo de ensino-aprendizagem em todas as áreas do conhecimento
humano, permitindo que as pessoas explorem diferentes formas de pensar,
expandindo a sua criatividade.
A informática tem penetrado em nossas vidas, muitas vezes sem mesmo
percebermos. Ela está fazendo parte das rotinas diárias em muitas das atividades
*
Professor do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE.
�8.13
humanas. A educação aparece como um desses setores de difusão e utilização dos
computadores, com a preocupação de preparar uma sociedade informatizada.
Diferentemente do que ocorre com outras áreas, um dos grandes problemas
da área educacional tem a ver com a melhoria do produto educacional, o qual não é
facilmente mensurável. Se assim não o fosse, haveria ao menos uma maneira de
controlar a qualidade do ensino, passando a ser uma tarefa corriqueira a introdução
de novas técnicas educacionais, com o que se beneficiaria o trabalho dos
professores e também a aprendizagem. Atrelado a este problema, o próprio meio
educacional tem se mostrado resistente às inovações e mudanças, sendo na
maioria das vezes mais conservador que os demais setores da sociedade. No Brasil,
de acordo com pesquisa publicada no Caderno de Informática do Jornal Diário de
Pernambuco, em setembro de 1995, o nível de informatização no Setor Educacional
é de apenas 1% contra 65% no Setor Bancário, por exemplo.
Considerando-se então a resistência às mudanças, juntamente com a
deficiente preparação de professores e a escassez de pesquisas, é de se esperar
que o Sistema Educacional permaneça sempre defasado com relação às reais
necessidades do País. A atividade de ensinar pouco mudou nos últimos anos e a
maneira de transmitir conhecimentos permanece quase que inalterada. As salas de
aula do século XX ainda são muito parecidas com aquelas do século passado, com
o agravante de que a sociedade atual está vivendo transformações enormes,
passando a exigir mais e mais de um Sistema Educacional que a cada dia se
distancia da própria realidade atual.
Sabendo-se da existência de limitações e com o objetivo de superá-las, o
homem deve se valer de recursos tecnológicos que, se bem utilizados, podem
�8.13
contribuir para que se corrijam as distorções do Sistema Educacional. Já se
conhecem os benefícios gerados para a educação através da utilização de
tecnologias como o rádio e a televisão, por exemplo. A sociedade atual passa por
um estágio de desenvolvimento no qual a cada dia se faz mais presente a idéia de
informatização em larga escala, bem como é de se esperar que o advento do
computador se faça ainda mais presente no meio educacional. Considerando-se
que a Biblioteca Universitária é parte integrante desse meio educacional, espera-se
que o computador seja, também, mais e mais utilizado, tanto nos serviços
administrativos como nos serviços oferecidos à comunidade universitária. Esta
tecnologia, quando é bem direcionada, pode provocar profundas mudanças no
Sistema Educacional e, conseqüentemente, na Biblioteca Universitária.
Com relação ao uso de computadores no processo educacional, existem
alguns aspectos, tanto do potencial quanto das limitações, que são considerados,
tais como:
1) Aspectos Potenciais:
a) aprendizagem mais ativa por parte do aluno;
b) modos sensoriais e conceituais mais variados;
c) aprendizagem livre das tarefas repetitivas e cansativas;
d) aprendizagem mais próxima da velocidade do pensamento;
e) aprendizagem mais individualizada e independente;
f) oferecimento de melhor suporte às abstrações.
2) Aspectos quanto às Limitações:
�8.13
a) microcomputadores podem complementar o
processo
de
educação, mas não podem substituí-lo;
b) os produtos e sistemas estão sendo criados e comercializados
em tal profusão e com tanta velocidade que se torna quase
impossível planejar os projetos educacionais computadorizados;
c) há pouco tempo que começou a se entender mais sobre como
usar computadores na educação;
d) é
muito
matérias
difícil
que
usar
envolvam
microcomputadores
critérios
de
para
julgamento,
ensinar
intuição,
improvisação e criatividade;
e) microcomputadores
não
resolverão
muitos dos mais sérios
problemas da educação, como o custo da mesma, as diferenças
sociais, entre outros.
A Biblioteca Universitária caminha na mesma trilha do Sistema Educacional
Brasileiro, uma vez que a utilização do computador ainda é feita de forma muito
incipiente ou não é feita adequadamente. Para minimizar este problema é
necessário que a Biblioteca Universitária exija da Administração Superior da
Universidade a legitimidade da sua existência, como condição para o estímulo e
melhoria da qualidade de ensino, tornando-a uma organização tecnicamente
preparada para garantir aos alunos, professores e pesquisadores o acesso às
informações de que necessitam para consecução dos seus trabalhos. Dessa forma,
a Biblioteca Universitária passará a utilizar as novas tecnologias com vistas à
satisfação de seus objetivos, tais como:
�8.13
a) incrementar os Programas Cooperativos e dinamizar o uso da informação;
b) utilizar a Rede Nacional de Catalogação Bibliográfica Cooperativa;
c) agilizar os serviços oferecidos ao usuário;
d) agilizar o processo de Disseminação da Informação;
e) melhorar a qualidade dos serviços prestados;
f ) centralizar e coordenar as informações;
g) criar novos Serviços de Alerta;
h) controlar a circulação do acervo;
i ) integrar a biblioteca a Redes como a INTERNET, por exemplo.
O preocupante, contudo, é que muitas Bibliotecas Universitárias estão
utilizando as novas tecnologias sem o devido planejamento, e outras desenvolvem
seus sistemas através de um processo um tanto lento, causando sérios problemas
de satisfação, tanto por parte dos usuários como dos próprios bibliotecários.
Assim, a Biblioteca Universitária deve acompanhar as novas tendências da
sociedade e implantar, com urgência, as novas tecnologias, visando a modernização
dos seus serviços, a democratização da informação e a sua renovação institucional,
como uma organização séria e flexível, capaz de permitir aos seus usuários o
desenvolvimento de seus planos de trabalho, estudo e pesquisas.
3 CONCLUSÃO
Não há dúvida de que estamos no limiar de transformações profundas e
extensas na estrutura e no conteúdo da educação, e depende da própria
�8.13
comunidade docente e bibliotecária o uso correto do computador como instrumento
auxiliar indispensável, frente aos grandes desafios do ensino e da disseminação da
informação nos próximos anos.
Juntamente com numerosos outros recursos de ensino / aprendizagem, e sob
o comando de professores e bibliotecários versáteis, bem informados e bem
formados, o microcomputador poderá integrar-se no dia-a-dia da Universidade e da
Biblioteca Universitária, como um dos melhores veículos de informação, como uma
das formas de integração do conhecimento para o desenvolvimento da capacidade
de pensar de modo coerente e lógico, e como um dos meios de adaptação a um
mundo que se transforma rapidamente sob todos os aspectos.
A integração da Biblioteca Universitária com a própria Universidade ocorrerá
a partir da sua legitimação como um instrumento indispensável para o crescimento
do corpo docente, discente e técnico-administrativo, levando-os a participar de um
processo envolvente de estímulo à imaginação, à descoberta, à solução de
problemas, à tomada inteligente de decisões, como condições sine qua non tanto
para o progresso pessoal como para a superação de obstáculos.
�8.13
ABSTRACT
Education is confronted with a new challenge, in the face of the rapid process of the
computerization of society. The University Library, as an essential instrument for
improving the quality of higher education, and the introduction of new technology in
the services it offers, will serve to facilitate and broaden the process of integration
with the university community.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, v. 13, n. 61, p. 50-57, nov./dez.
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�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
A biblioteca universitária e o sistema educacional. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Pimentel, Carlos Eduardo
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A educação é colocada diante de um novo desafio, face ao acelerado processo de informatização da sociedade. A Biblioteca Universitária, como um instrumento indispensável para melhoria da qualidade da educação superior, e a introdução das novas tecnologias nos seus serviços contribuirão para facilitar e dar uma maior amplitude ao processo de integração com a comunidade universitária.
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7.6
A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ENQUANTO ESPAÇO DE
MÚLTIPLA COMUNICAÇÃO
*
Francisco das Chagas de Souza
RESUMO
Trata-se de uma reflexão acerca da natureza fundamental da biblioteca universitária.
Esta natureza da biblioteca universitária é entendida como representada por um
espaço de comunicação que tornaria possível uma plena interatuação ou encontro
de todos os membros da comunidade utilizadora com todas as idéias e artefatos
disponíveis.
Pensar sobre as ações da biblioteca universitária não é o mesmo que pensar
a biblioteca universitária. Essa obviedade sugere então que deve-se pensar sobre
as duas questões. A primeira questão está dimensionada no que a biblioteca
universitária faz, em sua objetivação, no que pode representar em termos de
respostas a demandas já identificadas, ou no que presume como demandas
existentes ou potenciais. A segunda questão, por outro lado, está ancorada numa
perspectiva do que a biblioteca universitária é: por que e para que existe, quais são
seus compromissos essenciais, enfim, qual a sua natureza fundamental. Da
discussão dessas duas questões surgirá uma terceira, que diz respeito à relação
entre as ações realizadas pela biblioteca universitária brasileira e a sua natureza
fundamental.
*
Departamento de Biblioteconomia e Documentação - Universidade Federal de Santa Catarina UFCS.
�7.6
Pode-se dizer que é possível, a partir de uma visada histórica, ver a natureza
da biblioteca universitária definível como um espaço de comunicação, portanto,
como um microcosmo de um sistema de interação homens-idéias-homens, com o
encontro permanente dos saberes acadêmicos e dos saberes não-acadêmicos; das
idéias encadernadas e dos cérebros transformadores dos estudantes, dos
professores e dos demais estudiosos; do encontro dos técnicos e/ou trabalhadores
bibliotecários e de todos os outros de outros campos de saberes com as idéias e
pessoas existentes. Ou seja, a biblioteca universitária é o lugar de encontro de
todos com todos e com tudo.
Colocada nesta perspectiva, a biblioteca universitária terá em todas as
pessoas que por ela passam sujeitos de comunicação, sendo, ao mesmo tempo e
cumulativamente, emissores e receptores de conhecimento e de informação, ou
seja, sendo membros de uma comunidade de troca. Com isso, a biblioteca
universitária vai se caracterizar como um fórum onde interatuam os sujeitos de uma
comunidade e terá nisso o sentido de sua natureza, a explicação de sua existência,
o seu compromisso essencial. Essa perspectiva não a descaracteriza do que a
Sociologia do Conhecimento (BERGER e LUCKMANN, 1985) denomina de
Instituição, na medida em que ela já cumpre um papel ou função, ou em que se
determina pelo uso social como um espaço definido, como um fórum de
comunicação ou interatuação. E é a partir daí que ela se objetiva como um
composto estrutural e que se torna real entre os que a tornam expressão de uma
comunidade, amalgamando um certo número de papéis particulares, expressos por
�7.6
um conjunto de especializações, que culmina no planejamento, organização e
desenvolvimento de ações.
Antes, porém, de vê-la pelas suas manifestações operativas, pode ser
interessante vê-la melhor como espaço de comunicação, para talvez poder percebêla como recurso social comprometido com a comunicação pedagógica. O
macrocosmo
comunicacional,
no
âmbito
dos
países
economicamente
subdesenvolvidos, representando uma vasta parcela da sociedade mundial, vem
sendo objeto de estudo estimulado pela Unesco a partir, sobretudo, da década de
1970 (SOARES, 1992). Na América Latina, em particular, vários trabalhos têm sido
realizados, especialmente nos países de língua espanhola, dirigidos à pesquisa e à
execução de ensino não-formal do que se convencionou chamar de Educação para
a Comunicação. Tais trabalhos, em geral, abordando os meios de comunicação
social de massa, procuram formar ouvintes, espectadores e leitores mais
habilidosos na recepção de mensagens. Um objetivo central de tais trabalhos é
proporcionar a ruptura da idéia de comunicação como um processo unidirecional do
EMISSOR para o RECEPTOR, orientando-a para a idéia de que comunicação é um
processo multidirecional em que o receptor [entidade física e intelectual] não seja a
mera representação de um ser estático, mas que a recepção [ato em processo] seja
uma circunstância que encaminha para a transformação e a troca de idéias entre
sujeitos comunicantes. Essa abordagem teórica, pela sua forma de expressão, é
passível de ser utilizada na interpretação do microcosmo comunicacional biblioteca
universitária e levar ao entendimento do funcionamento dela no processo como um
todo, a partir da análise desse ângulo da recepção.
�7.6
Para isso, tome-se a análise de OROZCO GÓMEZ (1992), que torna possível
a apreensão de um conjunto de premissas que, uma vez compreendidas, permitem
um entendimento mais claro do processo de recepção e que, mesmo aplicado
inicialmente aos meios de comunicação social de massas, reflete uma forte noção
de contexto. Essa análise é também aplicável ao espaço comunicacional definido
como biblioteca universitária, especialmente na relação entre os seus utilizadores e
a linguagem de comunicação biblioteconômica utilizada. Tal linguagem, sabe-se, se
expressa através dos instrumentos de organização do acervo (a linguagem de
descrição dos documentos, a linguagem de representação simbólica dos conteúdos,
a linguagem de arranjo dos catálogos, a linguagem de arranjo das estantes, a
linguagem de distribuição e alocação do espaço físico, etc.) e da estrutura do
funcionamento institucional (a linguagem representadora da segmentação do acervo,
a linguagem que promove a distinção entre os membros da equipe, etc.)
Continuando com OROZCO GÓMEZ (1992), vai-se identificar que uma de
suas premissas iniciais é a de que “o processo da recepção é complexo e não se
limita ao mero instante de interatuar direta e/ou fisicamente com as mensagens
produzidas por um meio, mas transcende este instante, fundindo com as práticas
cotidianas do receptor”.Além dessa premissa, cujas implicações são muito mais
amplas do que parecem num primeiro momento, exatamente pelo fato de a
mensagem e forma de sua manifestação, pela fusão com a existência concreta do
receptor, marcarem reações imprevisíveis, o autor arrola outra seis que se
expressam pelo seguinte:
“a recepção é um processo mediado, não apenas em seu conjunto, mas em
cada um de seus momentos;
�7.6
“a recepção é interação ... em distintas direções: com o meio, com o gênero,
com a mensagem, com a cultura, com as instituições, com o que mais recentemente
se chama de grandes temas...;
“a recepção tem clareza de que a exposição aos meios não é a variável
determinante. O importante em todo o caso é a maneira de expor-se a suas
mensagens;
“o receptor dos meios é isso e muitas outras coisas... Frente aos meios, o
sujeito receptor se apresenta como sujeito social... com uma história e um acúmulo
de experiências e com certas determinações;
“...é na recepção e não na emissão onde se produz a comunicação. ... Em
parte porque toda mensagem é polissêmica, suscetível de várias interpretaçõe.
Mas também porque o receptor não é uma tábua rasa. É um sujeito historicamente
situado que interatua contextualmente com as mensagens;
“o receptor não nasce receptor, mas se faz receptor; vai-se constituindo como
tal... Esta constituição diferenciada, que não é anárquica, significa que não há uma
só maneira de ser radiouvinte, telespectador ou leitor, mas muitas... os receptores
de mensagens não são sujeitos estáticos, mas mudam, crescem e se
transformam...”.
Em seu conjunto, estas premissas apontam para a construção de uma visão
do receptor como sujeito, e isso tem que levar em conta que a construção pessoal
dos indivíduos é realizada a partir de suas inserções em diferentes microcosmos
comunicacionais. Por si, tais premissas representam a construção de significados
em torno do ser social, em um processo dinâmico de mudança.
�7.6
De acordo com GIROUX e SIMON (1995), a operação cognitiva, que está
relacionada à construção de significados, representa-se pela elaboração e ação
pedagógica. Nesta circunstância, pode-se afirmar, tanto são sujeitos de uma
pedagogia o receptor [ou segundo produtor] quanto o emissor [o primeiro produtor]
da mensagem e tanto melhor será a segunda produção desta mensagem quanto
mais habilmente o primeiro produtor puder dispor os meios em condições de gerar o
mínimo ruído, ou o mínimo obstáculo à sua apreensão.
É por esta trajetória da elaboração pedagógica que a biblioteca universitária,
do mesmo modo que vários outros microcosmos de comunicação, vai estar
comprometida com a comunicação pedagógica e a fará acontecer com maior ou
menor eficácia na razão direta em que perceba
que esta é uma de suas
responsabilidades, especialmente por ter meios que podem, se adequadamente
organizados, garantir a dinâmica apropriada ao fluxo interativo que produz a
comunicação.
Porém, por ser um espaço concreto de comunicação, a biblioteca
universitária não o é somente por ter um espaço físico e recursos materiais e
pessoais, ela o é porque vem se
construindo historicamente e porque vem
desenvolvendo tarefas que demarcam suas ações, ainda que condicionadas pelos
humores políticos, econômicos ou funcionais.
Talvez por isso, mesmo as abordagens mais tradicionais que enxergavam a
biblioteca universitária como conservadora de coleções, dando mais ênfase à
preservação de materiais, tendo suas ações mais circunscritas a um conjunto de
meios, de técnicas e de normas, têm sido superadas. Segundo essa velha visão, na
�7.6
qual a comunicação não era o foco mais importante do trabalho, não se podia
pensar a biblioteca universitária senão comunicando-se ao estilo de
velhos
depósitos, ao estilo de velhos armazéns. Com isso, a prática da comunicação,
realizada para dar curso às ordens e comandos administrativos, ao chegar ao
utilizador final, chegava com mensagens afirmativas do seu não-pertencimento, da
exclusão dos “curiosos”, do afastamento dos interessados no livre acesso aos
documentos ou informações, da rejeição ao browsing; por fim, pela exortação ao
distanciamento de todos os estusiastas de uma comunicação direta.
E justamente este embate, esta dialética, mostrando que o receptor está em
construção permanente, e transformação contínua, vem modificando as posturas
mais conservadoras que alguns grupos ainda fomentam pelo Brasil.
�7.6
Não chega a ser surpreendente, mas este senso de atualidade vem sendo
assimilado e pode ser encontrado no discurso de muitos trabalhadores bibliotecários
de bibliotecas universitárias, que defendem o combate ao mero armazenamento das
coleções e ressaltam, como H. A. PRADO (1992), que o objetivo da biblioteca
universitária seja o de “facilitar o acesso e o uso das fontes de informações, que
representam a base do ensino e da pesquisa” ou que, mais recentemente, centramse no discurso da qualidade como motivador de certos segmentos de serviço, como
a referência, por exemplo (TOMAÉL e ZANINELLI, 1995). Ora, ambas as idéias -acesso e qualidade -- só fazem sentido dentro de discursos que só existem como
objetos
linguísticos
construídos,
comunicados,
percebidos,
reconstruídos
e
compreendidos. Neste percurso de comunicações, surge muito claramente a noção
de compreensão como algo bastante expressivo e que se torna mais evidente em
seu sentido quando se pode buscar em um filósofo da expressão de
WITTGENSTEIN (1994) o que este filósofo pensa da idéia de compreensão como o
“ver conexões” e assinala: “Uma das principais fontes da nossa falta de
compreensão é que não dominamos com uma clara visão o uso de nossas palavras”
(com itálico no original citado). Pela citação, percebe-se que o filósofo tratava da
gramática que nem sempre se dispõe de forma clara e, portanto, está exigindo
permanentemente a invenção de conectivos. Ora,
língua, gramática, clareza
gramatical e linguística são formas e simbologias universais da comunicação, mas
que para serem eficazes dependem dos conectivos, pois é a partir deles que se
pode perceber as múltiplas relações, os pontos de encontro ou as afinidades das
mensagens, o que leva à efetivação das múltiplas possibilidades comunicacionais.
No entanto, tais formas e simbologias não se esgotam por si e, em termos
�7.6
humanos, necessitam de recursos naturais extra-simbólicos, como o que WURMAN
(1991) denomina de comunicação interna, sem o que os outros conectivos não
farão sentido, pois não poderão ser apreendidos e percebidos humanamente. A
soma de todas essas direções pelas quais passeia a idéia de comunicação, mais
que a vontade de alguns conservadores bibliotecários universitários, mais que a
própria prática que ainda desenvolvem, impulsiona a biblioteca universitária para o
mesmo mundo desconhecido para o qual sempre caminha a sociedade e a
humanidade, o que provoca o seu não-isolamento. Essa pressão pela comunicação
impõe uma dinâmica tão poderosa à instituição e ao espaço comunicacional
biblioteca universitária que explodirão as camisas de força que as mentalidades
retrógradas ainda possam querer impor-lhe.
Diante disso, como fica a questão referente às ações da biblioteca
universitária? Aquela questão que gira em torno de seu fazer objetivo, de como ela
responde concretamente as demandas identificadas e o que ela realiza para
transformar as demandas potenciais em demandas identificadas [ou reais]?
No
Brasil,
têm
sido
contempladas
algumas
alternativas,
conforme
comunicadas na parca literatura existente. Delas se pode tomar como amostra
propostas organizacionais, serviços, etc; e, no entanto, pouca coisa se encontra que
a aborde de uma angulação comunicacional. Assim, alguns trabalhos apontam para
a Administração Universitária, o Planejamento Bibliotecário aplicado, a Organização
Institucional, a Aquisição de Material Bibliográfico, a Avaliação de Coleções, a
Formação e Treinamento de Usuários, a Arquitetura de Bibliotecas, a Automação de
Serviços, etc. Em nível coletivo, busca-se a alternativa acadêmica da pósgraduação, especialmente no sentido amplo de cursos de especialização e a
�7.6
alternativa complementar dos fóruns de discussão, como os Seminários Nacionais
de Bibliotecas Universitárias. Por outro lado, ainda continua muito frouxa a interação
por meio de um periódico especializado na temática, por exemplo. Essa fragilidade
comunicativa entre os próprios trabalhadores da biblioteca universitária ressalta um
ainda ínfimo nível de profissionalização, isto é, de atitudes profissionais. Uma certa
fuga da exposição comunicativa também poderá estar denunciando que os modelos
de comunicação dominados pelos trabalhadores das bibliotecas universitárias ainda
se limitam ao tradicional fluxo de comunicação burocrática, hierarquizada, separada
do contexto externo. Isso contrasta com a natureza fundamental da biblioteca
universitária, e reforça, a necessidade de realizar [tornar real, transformar em
práticas] os discursos do acesso e da qualidade, por exemplo. E por serem
discursos de caráter público, por poderem
ser transformados em realizações
concretas, tenderiam a ser mais benéficos para os utilizadores, tenderiam a colocar
o discurso organizacional no âmbito interno das equipes, mais próximo do sentido
da comunicação interna criado por WURMAN (1991). Ao ser executada nessa
dimensão, de comunicação com o utilizador, o que é hoje a linguagem
biblioteconômica, vinculada aos fatos mencionados nas páginas iniciais, sofrerá
natural modificação. As linguagens dos instrumentos organizacionais do acervo e da
estrutura do funcionamento organizacional, hoje emitidas com muita intensidade
pelos trabalhadores da biblioteca universitária, serão retraduzidas para o cotidiano
dos utilizadores, tal como foram as linguagens técnicas da informática que,
progressivamente, vêm sendo retraduzidas para os leigos.
A biblioteca universitária brasileira ainda não chegou a esse nível de
retradução, mas está sendo obrigada a perceber isto, ainda que não sejam os seus
�7.6
trabalhadores com formação em graduação bibliotecária que o farão. Alcançando
este estágio, retraduzindo suas mensagens, ela melhorará em muito sua relação
com os usuários e descobrirá que muitas das demandas que entende como
identificadas estão muito mais próximas daquelas tidas como potenciais. Neste
ponto é que surge a terceira questão referente à relação entre as ações realizadas
pela biblioteca universitária e a natureza fundamental desta.
Com base na realidade social e econômica brasileira, produtora de uma
educação superior incipiente, a despeito dos avanços, especialmente em pósgraduação, as ações realizadas pela biblioteca universitária no país são, como já
se discutiu e se pode constatar, de caráter pouco profissional e profundamente
empírico. Além disso, há o agravante de ser pouco propícia ao remodelamento do
instrumental de trabalho, pouco afeita à inovação de métodos e processos, porque
está, sobretudo, apegada a métodos e processos exógenos, assimilados
sem
crítica através de uma Escola de Biblioteconomia deixada por sua própria conta.
As ações realizadas são ações que estão concentradas nos meios, na operação dos
meios, no normativismo das relações e na comunicação deste normativismo.
�7.6
Ora, os meios são apenas meios, sua operação, suas normas e a
comunicação destas, inclusive na forma de serviços e nas orientações de uso, são
inteligíveis aos iniciados na prática bibliotecária, pois mesmo aos pesquisadores em
Ciência da Informação e Biblioteconomia parecem esotéricas. É neste ponto que a
biblioteca universitária brasileira demonstra ainda desconhecer a sua natureza
fundamental, ou seja, a da centralidade da comunicação. E, ao desconhecer isso,
não consegue inserir-se numa pedagogia universitária que valoriza o indivíduo ou
pessoa. A sua não-inserção numa pedagogia assim, onde e quando aconteça, tem
isolado a biblioteca universitária da sua vocação original, ou seja, a de existir
enquanto espaço de múltipla comunicação.
ABSTRACT
This paper consists of reflexions on the fundamental nature of the university library,
seen as a space for communication which enables all members of the client
community to interact fully with all the ideas and materials available.
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UFSC, 1992.
13 SISTEMAS de bibliotecas universitárias. Brasília : IBICT, 1984.
14 SOARES, I. O. Teoria y prática de la comunicación : incidencia sobre los
proyectos de educación para los medios en America Latina. In:
EDUCACIÓN para la comunicación; manual.... Santiago, Chile : CENECA, 1992. p. 273-289.
15 TOMAÉL, M. I., ZANINELLI, N. J. Qualidade como fator de motivação no
atendimento de referência. Informação e Informação, Londrina, p. 47-54,
jul./dez. 1995.
16 WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. Petrópolis : Vozes , 1994.
17 WURMAN, R. S. Ansiedade de informação. São Paulo : Cultura, 1991.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
A biblioteca universitária enquanto espaço de múltipla comunicação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Souza, Francisco das Chagas de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Trata-se de uma reflexão acerca da natureza fundamental da biblioteca universitária. Esta natureza da biblioteca universitária é entendida como representada por um espaço de comunicação que tornaria possível uma plena interatuação ou encontro de todos os membros da comunidade utilizadora com todas as idéias e artefatos disponíveis.
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A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4787/SNBU1996_075.pdf
87b41a16f0105fdd4e30d3b29c01dbc2
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8.16
A BUSCA PELA PADRONIZAÇÃO:
PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS
Sueli de Fátima Faria*
RESUMO
Relata a experiência do Sistema de Bibliotecas da Unicamp na busca pela
padronização e sistematização da coleta de dados quantitativos de seus serviços e
produtos. Aponta as dificuldades em geral, analisando a postura dos diretores das
bibliotecas seccionais em relação a esse serviço, e sua filosofia administrativa para
uma biblioteca universitária integrada a um Sistema.
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento e uso de indicadores de performance é parte do
empreendimento de um órgão para estabelecimento de um esquema que identifique
a distinção entre a provisão do serviço e o monitoramento do mesmo. Os
indicadores não são um fim em si mesmo, são mais propriamente instrumentos
práticos para a administração de biblioteca e tomada de decisão. A coleta e análise
dos dados sobre performance podem prover uma base para fixação de prioridades e
alocação de recursos. O monitoramento da performance pode oferecer um guia de
como a biblioteca se encontra em seus objetivos, o quadro do progresso em direção
a metas específicas e identificar alguma área-problema. A habilidade para
*
Bibliotecária da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
�8.16
demonstrar que níveis de performance estão sendo alcançados pode ser útil para
justificativa de alocação de recursos, ou argumento para se obter mais (CRAM,
1995).
A prática tem apontado que a coleta de dados quantitativos sobre os serviços
e produtos de bibliotecas é algo que toma tempo e que nem sempre é possível
fazer na hora certa. Isso sem contar os ítens difíceis de serem mensurados e os
diferentes procedimentos de rotina. Por conta desses fatores, nem sempre pode-se
garantir confiabilidade e precisão nos dados sobre o desempenho, quando da
necessidade de se elaborar relatórios para avaliação e planejamento administrativos
de bibliotecas.
A literatura sobre medidas de performance é bem crítica em relação aos
dados de bibliotecas, apontando fatores que depõem contra o desenvolvimento de
um bom programa de medidas assim descritas: rústicas, demasiadamente
simplificadas, utilização de resultados de curto prazo para enfatizar o custo de
metas de longo raio de ação, ênfase demais em algumas metas do desempenho
organizacional às custas de outras, e até sistemas estatísticos similares aos de uma
loteria (CRAM, 1995; DEMING, apud ALURI e REICHEL, 1994).
A regularidade com que estão disponíveis e a qualidade das informações
estatísticas das bibliotecas universitárias brasileiras, segundo CARVALHO (1995),
também não têm merecido a devida atenção. A autora menciona alguns indicadores
estatísticos que incluem dados de bibliotecas, observando a falta de uniformidade e
o propósito para o macroplanejamento. Dedica, enfim, uma obra inteira sobre essa
problemática, objetivando orientar as bibliotecas universitárias. Esse trabalho vem
justamente ao encontro de uma de nossas preocupações na Unicamp, que é o
�8.16
estabelecimento de procedimentos para a coleta de dados para medida de
desempenho, imprescindíveis à tomada de decisão. Um trabalho nessa linha
começou a ser desenvolvido, de forma modesta, no Sistema de Bibliotecas da
Unicamp, por volta de 1990.
2 HISTÓRICO
O Sistema, criado em 1983, é integrado por dezenove Bibliotecas Seccionais
e uma Biblioteca Central (BC). Das Seccionais, quinze são acadêmicas (de
Institutos/Faculdades), uma de Colégio Técnico, três de Centros Especializados. A
Biblioteca Central atua como coordenadora do Sistema, centralizando a parte
técnica e executando o orçamento para material bibliográfico. Tendo em vista a
dificuldade de contato com todas as Bibliotecas, criou-se, na estrutura da BC, uma
Diretoria de Serviços de Seccionais, com a missão de promover a integração das
Bibliotecas, objetivando um perfeito entrosamento das mesmas em relação às
diretrizes e políticas traçadas no âmbito do Sistema. Tais políticas e diretrizes são
definidas pelo Órgão Colegiado, que é constituído por membros docentes
participantes das Comissões de Bibliotecas e bibliotecários representantes de áreas
(BIBLIOTECA, 1984).
A Diretoria de Serviço de Seccionais, conforme sua missão, solicitava os
dados sobre as atividades das Bibliotecas para organização do Relatório Anual de
Atividades do Sistema, que na época era bastante simplificado. Os dados eram
captados aleatoriamente e percebeu-se, ao longo do tempo, que a ausência de
sistematização nos procedimentos e
normas
gerava dados extremamente
�8.16
discrepantes e inconsistentes. Desencadeou-se, assim, um estudo a partir do
levantamento dos ítens (serviços/produtos) relevantes à coleta: rotina dos serviços,
produtos gerados, instrumentos e formas de registro. Em um segundo momento,
passou-se à projeção de normas e procedimentos da coleta. A seguir, elaborou-se
modelos de formulários específicos para cada item, juntamente com suas variáveis
e subvariáveis. Na última fase, montou-se um glossário de termos utilizados em
biblioteca e pertinentes à tarefa, buscando colocar à mão do executor da coleta um
instrumento conceitual para compreensão de cada item.
Desse trabalho, resultou a primeira versão do Manual de Procedimentos para
Coleta de Dados Estatísticos, em 1991, que foi distribuído nas Bibliotecas
Seccionais.
Por ocasião da compilação dos dados para o Relatório do Sistema de
Bibliotecas- 1991, editado no início de 1992, observou-se que os dados de algumas
Bibliotecas mantinham as mesmas discrepâncias e/ou inconsistências. Após uma
investigação,
constatou-se que eles não foram coletados de acordo com as
instruções do Manual, e havia até mesmo bibliotecários que nunca o tinham lido ou
passado orientação ao seu pessoal. Em consequência disso, a Biblioteca Central
ministrou um curso de treinamento ao pessoal de apoio, onde se tentou imprimir a
importância da coleta dos dados, seus objetivos finais e a filosofia que norteia os
serviços de nossas bibliotecas, bem como toda estrutura do Sistema. A melhora nos
resultados subseqüentes foi sensível, mas apresentava duplicidade em relação a
serviços cuja automação estava em fase de transição.
No ano seguinte, 1993, procurou-se esclarecer dúvidas por contato telefônico,
formalizando-as em instruções normativas sobre os ítens polêmicos cujas rotinas
�8.16
tinham mudado. Obteve-se resultados nada animadores durante a organização do
Relatório 1992, tendo em vista, também, que a automação progressiva dos serviços
centralizados, como aquisição/tombamento, gerava dados diferenciados daqueles
das Seccionais.
Partiu-se, dessa vez, para uma visita programada às Bibliotecas Seccionais
localizadas no Campus Zeferino Vaz (quinze participantes), para uma discussão
acerca da problemática da coleta dos dados. Esse programa possibilitou identificar
as dúvidas, bem como esclarecê-las diretamente ao pessoal das Bibliotecas, entre
diretores e auxiliares. O programa culminou na atualização do Manual.
Verificou-se, finalmente, uma melhora qualitativa nos dados coletados pela
maioria das Seccionais, maior rapidez na compilação dos mesmos para organização
de um relatório (1994) mais abrangente e baixa incidência de inconsistências.
Cumpre ressaltar que esse salto foi obtido ao longo de quatro anos, conduzidos por
um processo de conscientização não só sobre o conteúdo pragmático da coleta
como também sobre o aspecto conceitual dessa tarefa. Diga-se de passagem,
tarefa essa sempre relegada a segundo plano, embora seja ela, contraditoriamente,
o ponto de partida para análise dos programas informacionais de uma instituição.
Recentemente, quando do lançamento do relatório 1995 no fórum do Órgão
Colegiado do Sistema de Bibliotecas, ocorreu um fato inédito: bibliotecários de
algumas unidades colocaram a necessidade de mudanças na forma de
apresentação de alguns dados que não contemplavam as expectativas das
mesmas. Seriam os dados sobre alguns dos serviços prestados, que vinham sendo
apresentados em bloco, e a reivindicação se pautou pela apresentação
personalizada nas tabelas. Essa preocupação com o produto final do Relatório
�8.16
sugere uma mudança na postura bibliotecária também em relação à coleta de
dados.
A coleta, naturalmente, nunca esteve isenta de pontos polêmicos e
pendentes, mas só depois de percebido esse amadurecimento, é chegada a hora de
discutir as arestas e fechá-las de forma consensual, consolidando, assim, a
padronização da coleta de dados quantitativos em nossas bibliotecas.
Pode-se
inferir que isto é o resultado de um processo em que pessoas e idéias se transpõem
na via do progresso, em direção às mesmas metas.
3 PROCESSO CONTÍNUO
E como todo processo se caracteriza pela continuidade, algumas ações já
estão sendo planejadas para encaminhamento futuro. Serão duas ações a cumprir:
a primeira será a realização de um fórum de discussões sobre a coleta de dados,
cuja introdução ficará por conta de um expert no assunto, com um enfoque teóricoconceitual sobre a problemática. A segunda ação será a elaboração de um
programa de gerenciamento de dados, voltado inicialmente à instrumentalização da
coleta e posteriormente à construção de um banco de dados para fins gerenciais.
Automatizar o registro de quantificação sobre os serviços e produtos de uma
biblioteca está longe de ser uma tarefa fácil, pela natureza dos mesmos - difíceis de
serem mensurados com exatidão, no momento em que são realizados, sem perdêlos de vista, principalmente em se tratando de serviços de atendimento ao público,
em especial nas questões de referência. É bem possível, entretanto, informatizar os
dados que podem ser captados segundo um formato relativamente fixo, vindo a
�8.16
beneficiar a própria execução da tarefa, que terá redução no tempo de registro, sem
problemas de sinonímia, sem possíveis erros de cálculo, bem como fornecer
subsídios ao processo de tomada de decisão, com a disponibilização dos mesmos
em qualquer tempo e momento necessários.
A sistematização do registro estatístico é fundamental para a informatização
da coleta. Naturalmente, a existência de relatórios já bem organizados, manuais
com formulários, campos e procedimentos bem definidos, facilita em muito a
implantação de um banco de dados, permitindo uma transição quase que direta
entre os formulários e um esquema de gerenciamento automático dos dados.
4 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
Cabe aqui fazer algumas colocações acerca da dificuldade de estabelecer
padrões para os procedimentos da coleta. Tão complicado quanto coletar é esbarrar
na falta de compreensão sobre a importância dos dados gerados, bem como
reconhecer a finalidade do Relatório do Sistema de Bibliotecas, que é o produto
concreto desse serviço.
Há profissionais que o utilizam no gerenciamento de sua biblioteca, para
elaborar projetos para captação de recursos, avaliar serviços, entre outras
finalidades, e esses já se ressentem de mudanças sobre a apresentação de alguns
tópicos de seu interesse. Por outro lado, há administradores que não reconhecem a
necessidade nem mesmo de uma biblioteca coordenadora dos serviços, tampouco a
importância de um relatório global. Estes, sem dúvida, não elaboram projetos por
iniciativa própria, não avaliam constantemente os serviços que estão sob sua
�8.16
administração e, notoriamente, não têm uma visão do
que representa uma
organização sistêmica. Naturalmente, esses consideram a coleta de dados uma
cobrança dispensável.
Anteriormente, quando a maioria das bibliotecas eram organismos estáticos
dentro de uma instituição, essa visão até que seria passível de compreensão. Mas
hoje, quando o conceito de organização, de administração de serviços, de qualidade
dos produtos, tomam outro caráter para se adequarem à dinâmica exigida pelo
contexto desta era eminentemente de informação, não se pode pensar que a
simples circulação de fascículos de períodicos pelos usuários, por exemplo, seja
item para destaque em um relatório que busca colocar dados relevantes ao
planejamento local, à análise da alta administração da Universidade em seus
projetos globais, e aos organismos de fomento aos projetos de ampliação e
modernização das bibliotecas que atuam como suporte
ao desenvolvimento do
ensino e da pesquisa.
O crítico W. Edwards DEMING, anteriormente citado, condena a avaliação de
performance como uma doença mortal que aflige os administradores americanos, e
toma como exemplo os administradores de bibliotecas, que embora valorizem esse
serviço, têm dificuldade em definir medidas de performance significativas. Afirma,
ainda, que a literatura biblioteconômica focaliza o indivíduo e exclui o ponto de vista
do sistema organizacional para avaliação de performance (ALURI e REICHEL,
1994).
Considerando que há relatórios para diversas finalidades, vale lembrar que o
Relatório do Sistema de Bibliotecas da Unicamp objetiva subsidiar o processo de
tomada de decisão em todos os níveis de gerenciamento, possibilitando a análise
�8.16
sobre os serviços e produtos que constituem a performance das Bibliotecas. Com tal
propósito, o Relatório não tem que apontar números sobre correspondências
expedidas e recebidas, despesas de custeio, processamentos que estão por fazer,
não tem que detalhar cada rotina, o tempo e pessoal gasto para executá-las, não
tem que tratar dados não significativos, nem enriquecê-los com gráficos e alusões
óbvias. Ao nosso ver, ele deve fornecer indicadores para apontar a evolução que o
Sistema de Bibliotecas apresentou na prestação de serviços à comunidade, bem
como no uso de seus recursos para a consumação dos objetivos junto à
Universidade, além de ser um referencial idôneo para elaboração de projetos
específicos e avaliações mais aprofundadas sobre a atuação do mesmo,
funcionando como um banco de dados que possibilite gerar novos dados com
índices sobre os diferentes aspectos de uma abordagem. Essas prerrogativas
podem ser retratadas em um relatório composto de dados concisos, simples e ao
mesmo tempo abrangentes em termos qualitativos. Por isso, a seleção dos ítens e
de como enfatizá-los deve fugir aos padrões de um relatório que aponta tarefas
multi-detalhadas e com análises de crescimento virtual sobre recursos e serviços.
Digamos virtual, porque o crescimento sempre é proporcional aos investimentos
previstos pela conjuntura e política vigentes. Será que ao invés de mostrar que o
acervo de livros aumentou em x%, não é mais importante divulgar a aquisição de
novos tipos de acervo, como as bases de dados em CD-Rom, ou de novos acessos
a acervos remotos, para o usuário não ficar a navegar nesse infinito de informações
dispersas? Não será mais importante mostrar que os bibliotecários estão
capacitados para operarem as novas tecnologias e trabalharem na organização e
tratamento da informação além de suas tarefas tradicionais? Dentro dessa ótica,
�8.16
considera-se válido apontar a dinâmica do desempenho do Sistema para a
modernização
das
Bibliotecas
e
qualificação
dos
profissionais,
condições
imprescindíveis ao atendimento às necessidades da comunidade em que a
biblioteca se insere. Aí sim, vale mostrar no Relatório a que veio aquele recurso tão
batalhado pela Instituição.
Enfim, o que se preconiza aqui é que tão necessário quanto assimilar as
mudanças em termos de conceitos e valores organizacionais e gerenciais é
transportar esses novos conceitos para a formulação dos instrumentos que retratam
a performance da biblioteca - os procedimentos da coleta dos dados quantitativos.
�8.16
ABSTRACT
This paper describes the experiences of the University of Campinas (UNICAMP)
library system in its attempt to standardize the collection of quantitative data about its
services and products. It points out the difficulties in general, analyzing the attitudes
of section heads towards this service, and their administrative philosophy for a
university library integrated in a system.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALURI, Rao, REICHEL, Mary. Performance evaluation: a deadly disease?
The Journal of Academic Librarianship, Greenwich, CT, v. 20, n. 3, 1994.
2 CARVALHO, Maria Carmen Romcy de. Estatísticas e padrões para o
planejamento e avaliação de bibliotecas universitárias. Brasília: [s. n.],
1995 (Florianópolis: Imprensa Universitária da UFSC). 195 p.
3 CRAM, Jennifer K. Measuring quality and productivity: performance
measures for non-school libraries. Austrália : Queeland Department of
Education, 1995.
4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Biblioteca Central.
anual das atividades. Campinas, 1983. 15 p.
Relatório
�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A busca pela padronização: procedimentos para coleta de dados quantitativos.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Faria, Sueli de Fátima
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Relata a experiência do Sistema de Bibliotecas da Unicamp na busca pela padronização e sistematização da coleta de dados quantitativos de seus serviços e produtos. Aponta as dificuldades em geral, analisando a postura dos diretores das bibliotecas seccionais em relação a esse serviço, e sua filosofia administrativa para uma biblioteca universitária integrada a um Sistema.
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657e179e229042821a42aeec55f3a2a1
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5.22
A ESTRUTURAÇÃO DA REDE BRASILEIRA DE INFORMAÇÃO EM ENERGIA
*
Luiz Fernando Sayão
**
Selma Chi Barreiro
RESUMO
Com o apoio do PADCT/ICT, o Centro de Informações Nucleares da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CIN/CNEN) está estruturando a Rede Brasileira de
Informação em Energia - RBIE, que reúne as instituições da área de C&T que
desenvolvem atividades na área de Energia. A RBIE tem como principal objetivo a
alimentação da base de dados ENERGY, produzida pelo Energy Technology Data
Exchange - ETDE. Como consequência será formada também a Base de Dados
Nacional de Energia. As instituições participantes, chamadas centros cooperantes
nacionais, irão coletar e processar as informações produzidas na área e o CIN,
como centro coordenador nacional, reunirá as informações recebidas para serem
enviadas ao ETDE. Com a base ENERGY serão oferecidos serviços de atualização
profissional tipo DSI e buscas online, via Rede ANTARES, INTERNET e RENPAC.
Um convite é feito às instituições da área a participarem na RBIE para que
possamos cobrir exaustivamente a literatura produzida na área e termos, assim,
uma participação representativa na base ENERGY.
1 INTRODUÇÃO
O Centro de Informações Nucleares da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CIN/CNEN) tem uma longa experiência no trabalho cooperativo de
formação de bases de dados bibliográficos. Essa experiência é o fruto de vinte e
cinco anos de atividades como representante do Brasil no Sistema INIS International Nuclear Information System, cujo objetivo é a produção da Base de
Dados INIS, que cobre a área de Energia Nuclear e as disciplinas correlatas como
Física, Química etc.
*
Chefe da Divisão de Tecnologia da Informação do Centro de Informações Nucleares, Professor
Adjunto da UNI-RIO.
**
Bibliotecária do Centro de Informações Nucleares, Coordenadora da Rede Brasileira de Informação
em Energia.
�5.22
O CIN disponibiliza para pesquisadores, estudantes de pós-graduação e
profissionais das mais diversas áreas em todo o país, serviços de atualização
profissional do tipo DSI e levantamentos bibliográficos on-line via RENPAC e via
INTERNET. Esses serviços são oferecidos com a Base de Dados INIS e as várias
outras bases de dados do acervo do CIN.
Há tempos que o CIN está sensível para a demanda de seus usuários por
informações sobre energia de maneira geral, seja para subsidiar estudos
comparativos técnicos, econômicos e ambientais entre Energia Nuclear e outras
formas de energia, seja para mapear o que se faz no País nas áreas relacionadas
às fontes de energia não-nucleares.
A primeira iniciativa no sentido de preencher esta lacuna foi a criação da
base de dados FONTE, em 1983, tendo como objetivo a coleta de toda a literatura
técnica nacional sobre energia, excetuando-se Energia Nuclear, já coberta pelo
INIS. Já naquela época tinha-se em mente a necessidade de disseminar
internacionalmente as informações da FONTE. Tanto que foi adotado um esquema
de classificação derivado da base de dados do DOE - Departament of Energy dos
Estados Unidos, bem como seu tesauro. Adotaram-se também padrões de
catalogação e indexação que pudessem ser mais facilmente aceitos ao nível
internacional.
Além desta iniciativa, o CIN vinha negociando com o DOE a participação do
Brasil no ETDE - Energy Technology Data Exchange, rede internacional de
instituições, responsável pela produção da base de dados ENERGY, considerada a
mais importante e mais completa da área, que engloba informações bibliográficas
de 19 países. A filiação do Brasil ao ETDE pressupõe uma participação em duas
�5.22
vias: o Brasil pode acessar livremente as informações da base ENERGY, mas deve
também incluir a literatura técnico-científica gerada no Brasil na área de Energia.
Seguindo a filosofia de trabalho compartilhado, o CIN, com o apoio do
PADCT/ICT, propôs a criação de uma rede cooperativa para coleta e tratamento das
informações brasileiras a serem incorporadas à base ENERGY: a Rede Brasileira de
Informação em Energia, assunto desta nossa comunicação.
2 O ETDE E A BASE DE DADOS ENERGY
O ETDE é uma rede internacional de instituições que tem como objetivo
produzir, de forma descentralizada, a base de dados ENERGY. Suas atividades
foram iniciadas em 1987 sob os auspícios da IEA - International Energy Agency,
organização que faz parte da OECD (Organização para a Cooperação Econômica e
o Desenvolvimento).
Apesar da natureza descentralizada e cooperativa que permeia a construção
e a manutenção da base de dados, há
necessidade de um ponto focal, uma
instituição que faça a coordenação, administração e manutenção do Sistema. A
escolha desse ponto focal recaiu sobre o OSTI - Office for Scientific and Technical
Information do Departamento de Energia dos Estados Unidos, pela grande
experiência no processamento e distribuição de informações. Assim sendo, o OSTI
é o agente operacionalizador do ETDE: é para onde as informações nacionais são
enviadas e de onde as informações internacionais são recebidas.
O ETDE funciona como um consórcio de países que trocam informações
técnico-científicas, culminando com a formação da mais importante base de dados
�5.22
bibliográficos em Energia disponível no mercado internacional de informação - a
base ENERGY.
O aspecto de
troca
está permanentemente presente na estratégia de
trabalho do ETDE: para um país se beneficiar das informações geradas nos outros
países ele tem, obrigatoriamente, que contribuir com as informações por ele
geradas. Esta divisão de trabalho tem as vantagens de assegurar uma cobertura
mais completa da literatura da área e possibilitar que a literatura em diversos
idiomas seja tratada de uma maneira eficiente e que os documentos sejam muito
mais rapidamente incorporados à base de dados.
A partir da idéia de que cada país sabe melhor do que ninguém o que está
sendo publicado dentro do seu território, numa determinada área, cabe a cada um
deles, como membros do Sistema, identificar, selecionar e providenciar o
processamento técnico de toda a literatura técnico-científica de interesse da base de
dados, mesmo os trabalhos de estrangeiros publicados no país e os dos congressos
internacionais ali realizados.
Cabe ao ETDE a responsabilidade de providenciar e coordenar o
estabelecimento de normas e padrões a serem utilizados pelas diversas instituições
da Rede, para que haja um perfeita compatibilização entre as contribuições de todos
os países. Uma vez processada, esta documentação é enviada ao Agente
Operacionalizador do ETDE, que reúne as informações recebidas a cada quinze
dias e as distribui dentro do mesmo período de tempo.
As informações de interesse do escopo da base ENERGY incluem todas as
fontes de energia e todos os aspectos a elas relacionados tais como:
�5.22
a) aspectos ambientais da produção e uso de energia, com ênfase nas
mudanças climáticas globais;
b) aspectos de planejamento e política energética;
c) aspectos de armazenamento, conversão e conservação de energia.
A base de dados ENERGY também inclui informações sobre as ciências
básicas que apoiam a pesquisa e o desenvolvimento na área de energia, como
Química, Engenharia, Ciências Biomédicas, Geociências, Física, Matemática,
Ciências da Computação e Instrumentação. No Anexo 1 encontra-se a Lista de
Assuntos detalhada.
A base ENERGY, em fita magnética, é o principal produto do ETDE. Ela é
distribuída a cada quinze dias com cerca de 7.000 registros, contendo as referências
bibliográficas completas e os resumos em inglês. O ETDE também fornece, por
subscrição, as microfichas da documentação não-convencional, ou seja, aquela de
difícil acesso, como teses, relatórios técnicos, anais de conferências etc.
3 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NO ETDE
Quando foi estabelecido, o ETDE congregava apenas os países membros da
OECD.
Este fato trazia uma consequência grave para a cobertura da literatura
internacional na base de dados, já que deixava de fora uma parte significativa da
produção mundial de informações em Energia, que correspondia à documentação
produzida pelos países não-membros da OCDE. Esta política foi revista e abriu-se
então a oportunidade de adesão de outros países, desde que se comprometessem
a contribuir com as informações geradas dentro do respectivo país.
�5.22
Para permitir o acesso dos pesquisadores e técnicos brasileiros à Base de
Dados ENERGY e ao mesmo tempo divulgar em âmbito internacional a nossa
literatura técnico-científica, a CNEN tomou a iniciativa de negociar, em nome do
Governo Brasileiro, a adesão do País ao ETDE. Tendo aceito as condições de
trabalho impostas, o Brasil assinou o Acordo de Cooperação em novembro de 1994
e passou a ser o 17° membro do sistema, ao lado do Canadá, Dinamarca, Finlândia,
França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia do Sul, Holanda, Noruega, Polônia,
Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Na CNEN este Acordo de
Cooperação está sendo implementado pelo CIN.
Para o CIN esta responsabilidade não foi uma tarefa estranha às suas
atividades, já que vinha alimentando a base de dados INIS há muitos anos e tinha
também a experiência de produção da base de dados FONTE, que reunia as
informações sobre fontes alternativas e convencionais de energia. Além disso, o
tratamento técnico dado à documentação incorporada à base de dados FONTE já
previa sua futura incorporação a uma base de dados internacional.
Levando em consideração o grande volume de literatura técnico-científica
publicada no Brasil dentro do escopo da base ENERGY e, sobretudo, o grande
número de instituições envolvidas com pesquisa e desenvolvimento em áreas
relacionadas à Energia, o CIN decidiu que o melhor, neste caso, seria montar uma
rede nacional de coleta e processamento de informações, onde estivesse presente
o maior número possível de instituições responsáveis pela contribuição da ‘parcela
brasileira’ para a formação da base ENERGY .
Para concretizar a participação brasileira no ETDE, o CIN vem trabalhando na
estruturação da Rede Brasileira de Informação em Energia - RBIE, que se constitui
�5.22
num projeto apoiado financeiramente pelo PADCT/ICT. Esta Rede, segundo a
filosofia de descentralização e cooperação do próprio ETDE, reunirá organizações
atuantes nas áreas de energia para a coleta e tratamento da produção técnicocientífica brasileira. Ao mesmo tempo em que a Rede reunirá a contribuição
brasileira à base de dados ENERGY, formará também a Base de Dados Nacional de
Energia.
A primeira etapa do trabalho de estruturação da RBIE foi identificar
instituições que desenvolvessem atividades na área de Energia e produzissem
literatura de interesse para a base de dados. Era fundamental para o sucesso do
empreendimento que essas instituições firmassem o compromisso de coletar e
processar a documentação produzida dentro de determinado domínio estabelecido
formalmente, e de comum acordo entre a instituição e o CIN. Pela própria natureza
de suas missões como pólos geradores de conhecimento, foram os centros de
pesquisa e as universidades as primeiras instituições que manifestaram interesse
neste trabalho cooperativo. Essas organizações, além de serem consumidoras
vorazes de informação e, portanto, necessitarem do acesso irrestrito à Base de
Dados ENERGY, visualizaram outras vantagens importantes em participar da RBIE,
tais como:
a) ter
sua
produção
bibliográfica
divulgada
em
âmbito
nacional
e
internacional;
b) ter a literatura nacional e internacional reunidas numa única base de
dados;
�5.22
c) poder receber, mediante solicitação, a Base de Dados ENERGY em meio
legível por computador, bem como ter direito a adquirir a versão em CDROM da Base.
Em contrapartida, estas instituições, denominadas Centros Cooperantes
Nacionais, têm as seguintes responsabilidades:
a) identificar, selecionar e processar a literatura técnico-científica brasileira
nas áreas
específicas de Energia estabelecidas no Acordo de
Cooperação;
b) enviar ao CIN, em meio legível por máquina, a informação processada de
acordo com os padrões estabelecidos pelo ETDE;
c) atender às solicitações de cópia dos documentos incorporados pela
instituição à Base de Dados.
Ao Centro de Informações Nucleares, além da coordenação da Rede
Nacional, cabem as seguintes responsabilidades:
a) receber a contribuição dos diversos Centros Cooperantes, fazer o controle
de
qualidade, reuni-las e enviá-las ao ETDE;
b) fornecer software para o tratamento técnico dos documentos;
c) dar treinamento em descrição catalográfica e indexação aos profissionais
das instituições participantes da Rede, além de assistência técnica quando
necessário;
d) colocar a base de dados ENERGY disponível para acesso on-line;
e) fornecer, mediante solicitação, a Base de Dados ENERGY em fita
magnética para processamento e uso interno na instituição.
�5.22
Como uma retribuição adicional ao esforço dos Centros Cooperantes
Nacionais em processar a literatura brasileira, o CIN distribuirá a estes Centros, a
Base de Dados ENERGY em CD-ROM.
4 CONCLUSÃO
As bases de dados internacionais refletem, via de regra, o conhecimento
gerado nos países desenvolvidos, desprezando a Ciência e a Tecnologia produzida
nos países que ainda não alcançaram o estágio de pleno desenvolvimento. A prova
disso é que menos de 5% da informação produzida nesses países é incorporada
nas grandes bases de dados, o que pode significar que uma parte importante do
conhecimento gerado nos países do Terceiro Mundo está inacessível através dos
métodos formais, como a busca em bases de dados.
Exatamente neste ponto reside a importância da participação do Brasil no
ETDE, pois assim a literatura técnico-científica produzida nas nossas instituições de
pesquisa vai figurar lado a lado com a de outros países e, como consequência, se
tornar visível para quem acessar a base de dados ENERGY no mundo inteiro.
Por outro lado, o livre acesso à Base ENERGY, através da sua internalização
no País, permitirá a multiplicação da oferta de serviços de informações talhados
para as organizações brasileiras que lidam com problemas relacionados à Energia.
Outro fator relevante é a maneira estabelecida para reunir a ‘parcela
brasileira’ a ser enviada ao ETDE: uma rede cooperativa e descentralizada. A Rede
�5.22
Brasileira de Informação em Energia visa criar um ambiente de cooperação
independente, que seja abrangente o suficiente para cobrir toda a documentação
produzida no País. Mas para isso se tornar realidade, é necessário que um número
cada vez maior de instituições participe da RBIE. Neste momento, a Rede conta
com a adesão oficial de duas instituições e está em fase de negociação com mais
quatro. O CIN faz um convite a outras instituições geradoras de informação na área
de Energia e áreas correlatas para participarem da RBIE, trabalhando juntas na
alimentação da Base ENERGY e na produção da Base de Dados Nacional de
Energia.
�5.22
ABSTRACT
With the support of PADCT/ICT (Support Programme for Scientific and
Technological Development - Scientific and Technological Information), the National
Nuclear Energy Board’s Centre for Nuclear Information (CIN/CNEN) is restructuring
the Brazilian Energy Information Service (RBIE), which links scientific and
technological institutions working in the field of energy. The RBE’s main objective is
to input data into the Energy database, produced by the Energy Technology Data
Exchange (ETDE). As a result, a national Energy database will be formed. The
institutions taking part, called ‘national cooperating centres’, will collect and process
information produced in this area, and the CIN, as the ‘national coordinating centre
will gather the information received and send it to ETDE. The Energy database will
offer SDI-type professional updating services and on-line searches via Antares,
Internet and RENPAC. Institutions are invited to participate in the RBIE so that the
literature produced in this field can be covered exhaustively and the Energy
database can be truly representative.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BLANTON, Janice M. Information strategy stands the test of time. Electronic
Library, v. 14, n. 2, p.157-161, April 1996.
2 GAILLARD, J. La science du tiers monde est-elle visible? La Recherche, v. 20,
n. 210, p. 636-640, Mai 1989.
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4 QUEIROZ, Gilda Gama de. FONTE: base de dados bibliográficos em fontes de
energia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO,
Camboriú, 1983. Anais... Camboriú, 1983.
5 SAYÃO, Luiz Fernando, BARROS, Anna Christina Teixeira Monteiro de Centro
de Informações Nucleares: 25 anos de apoio da CNEN à área de C&T.
Ciência da Informação, v. 24, n. 2, p. 232-240, maio/ago. 1995.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A estruturação da Rede Brasileira de Informação em Energia.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Sayão, Luiz fernando; Barreiro, Selma Chi
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Com o apoio do PADCT/ICT, o Centro de Informações Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CIN/CNEN) está estruturando a Rede Brasileira de Informação em Energia - RBIE, que reúne as instituições da área de C&T que desenvolvem atividades na área de Energia. A RBIE tem como principal objetivo a alimentação da base de dados ENERGY, produzida pelo Energy Technology Data Exchange - ETDE. Como consequência será formada também a Base de Dados Nacional de Energia. As instituições participantes, chamadas centros cooperantes nacionais, irão coletar e processar as informações produzidas na área e o CIN, como centro coordenador nacional, reunirá as informações recebidas para serem enviadas ao ETDE. Com a base ENERGY serão oferecidos serviços de atualização profissional tipo DSI e buscas online, via Rede ANTARES, INTERNET e RENPAC. Um convite é feito às instituições da área a participarem na RBIE para que possamos cobrir exaustivamente a literatura produzida na área e termos, assim, uma participação representativa na base ENERGY.
Language
A language of the resource
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-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4645/SNBU1996_012.pdf
45044fcf735b084a2dec898364ea9caa
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4.2
A MODERNIZAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA PARA A SUA INTERAÇÃO
ADEQUADA À UNIVERSIDADE NA "ERA DA INFORMAÇÃO"
Rosaly Favero Krzyzanowski*
RESUMO
O avanço da tecnologia e o aumento crescente da informação impõem às
bibliotecas universitárias a adoção de novas posturas e maior capacitação para
adaptar-se às inovações tecnológicas, aplicando-as em suas rotinas, com vistas a
salvaguardar seu espaço no contexto da Universidade e oferecer serviços
bibliotecários mais completos, qualificados, ágeis e adequados às exigências
individuais do pesquisador/docente/aluno.
O fascínio que as novas formas de comunicação vêm apresentando,
principalmente a partir da década de 80, tem o atributo em si mesmo das soluções
imediatas de problemas, independente das condições sociais e humanas
circundantes (SODRÉ, 1996); a comunidade acadêmica nas Universidades não
escapa desse fascínio.
Isto porque, num mundo onde tudo parece transformar-se com extrema
rapidez, emergindo no mercado de trabalho a insegurança, a instabilidade de
emprego, a competitividade do conhecimento técnico, há na área acadêmica um
incitamento pelo uso dos meios tecnológicos como aceleradores do processo de
*
Diretora Técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo.
�4.2
obtenção da informação cada vez mais atualizada o que, por sua vez, agiliza a
criação de novos conhecimentos.
Conforme SOLLA PRICE
(1976), "a lei exponencial é a conseqüência
matemática de haver uma quantidade que aumenta tanto mais rapidamente quanto
maior se torna. É como se cada avanço da ciência gerasse uma série de novos
avanços, segundo um índice razoavelmente constante de produção".
Como contornar ou seja controlar essa situação em que o saber se torna
veloz, como efeito da informação aberta, abundante e acelerada pelos meios
eletrônicos de comunicação?
A arte de selecionar, comparar, avaliar e sintetizar o mais sabiamente
possível as informações essenciais às exigências imediatas de cada indivíduo, deve
ser considerada como uma das estratégias mais eficientes.
No ambiente universitário essa premissa é altamente verdadeira, onde
predominam a geração, difusão e intercâmbio de novos conhecimentos e onde as
bibliotecas têm papel de destaque como centros de informação, disponibilizando a
infra-estrutura bibliográfica organizada, adequada, ágil e necessária às pesquisas ali
realizadas para geração de novos conhecimentos. O processo é cíclico, permitindo
que a informação pré-existente seja estudada, discutida, modificada, aplicada,
incorporada, produzindo novos conhecimentos e ações capazes de mudanças de
ambiente (BARRETO, 1990).
�4.2
Desta forma, deve-se destacar que na mescla de tantos e novos recursos
tecnológicos com a combinação apropriada dos recursos tradicionais de
transferência da informação, cabe às bibliotecas universitárias e aos seus
profissionais assumirem novas posturas para melhor interagir com a comunidade
acadêmica junto à qual atuam, demonstrando capacidade e domínio frente às novas
formas de gerenciamento da informação.
Estamos num momento de grandes reflexões que se relacionam com o
reposicionamento do bibliotecário perante às novas tecnologias aplicadas à área da
informação.
Com essa preocupação, o Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade
de São Paulo - SIBi/USP, promoveu em 1995, o "Encontro sobre Gestão da
Informação", sob a coordenação da CEPAL/CLADES (Comisión Economica para
America Latina e Caribe/Centro Latino Americano de Documentación Economica y
Social). Esse encontro reuniu 28 especialistas, com responsabilidade de gerência,
com destaque de diretores de sistemas de informação, tais como da UNICAMP,
UNESP, UFMG e da própria USP; docentes da ECA/USP e PUC/CAMPINAS,
responsáveis pela formação dos novos profissionais de informação e de
representantes do IBICT, COMUT, FBN, FGV, BIREME, entre outros.
Das considerações desse grupo, foram destaque as seguintes preocupações
pela nova postura do profissional da informação, frente aos avanços tecnológicos:
�4.2
"O novo profissional deve ter em mente que é fundamental trocar seu
comportamento "reativo" por uma ação "pró-ativa".
Dentro desse aspecto o
profissional que já está no mercado deve ser treinado e retreinado constantemente,
para acompanhar o alucinante ritmo de mudanças na área da informação".
"É preciso fazer fortes investimentos na educação e capacitação dos
profissionais da informação, frente às novas exigências do mercado.
Assim,
poderiam utilizar as atuais ferramentas disponíveis, trabalhando em equipe, tanto
em suas organizações como em grupos externos (universidade/empresa)".
"Em relação às políticas de implementação de ações devem ser consideradas
algumas premissas que afetam a todos, como a crescente globalização da
economia e, em conseqüência, o aumento da competitividade e crescimento da
corrente neo-liberal, no que implica uma avalanche de privatizações, desempenho,
enxugamento da máquina pública e privada etc." (ENCUENTRO..., 1995).
Infeliz ou felizmente, a competência do bibliotecário em assumir novas tarefas
acompanhando a evolução desta "era da informação", é que garantirá o seu espaço
como agente da informação.
Na Universidade, seu papel não será diferente, talvez até mais marcante, se
ele souber buscar parceria com os demais profissionais da área e até mesmo com
os seus usuários, adotando postura adequada para interagir, compartilhar das
atividades de ensino e pesquisa, contribuindo, desta forma, para o cumprimento da
missão da universidade.
Segundo SCHWARTZMAN (1986), o sistema universitário com todas as suas
conhecidas dificuldades e limitações é aquele que ainda dá mais espaço para a
iniciativa,
liderança
e
capacidade
empreendedora
dos
pesquisadores.
�4.2
Acrescentamos a isso, o fato de que é neste ambiente que também se mantém
atividades e ações mais contínuas, independentes de mudanças nas esferas da alta
administração.
Neste contexto, as bibliotecas universitárias, cuja principal missão está
centrada no atendimento das atividades de ensino e pesquisa do sistema
universitário, têm maiores garantias na manutenção de suas atividades do que
aquelas bibliotecas de outros setores públicos e, especialmente, privados.
Seu espaço na Universidade vem sendo garantido pelo contexto tradicional
indissolúvel: informação � pesquisa � conhecimento � informação.
No entanto, na atual conjuntura de grandes transformações onde a
informação é o poder e se apresenta sob diferentes e variadas formas, não basta
ter o espaço, é preciso acrescentar a capacidade de "encantar o cliente", através de
serviços bibliotecários com valores agregados, modernos, dinâmicos, de alta
qualidade e adequados às expectativas individuais do pesquisador (cliente).
O Banco de Dados Bibliográficos da USP - DEDALUS, exemplifica essa
iniciativa de tecnologias associadas à captação, armazenagem e disseminação da
informação, disponibilizando, em diferentes suportes, (online, CD-ROM, disquete,
fita magnética, papel). 1.300.000 registros bibliográficos, provenientes:
a) dos acervos das 38 bibliotecas que compõem o Sistema Integrado de
Bibliotecas da USP - SIBi/USP;
b) das teses defendidas na Universidade;
c) da produção intelectual dos seus docentes e pesquisadores e
d) dos vídeos alí produzidos.
O DEDALUS destaca-se ainda por:
�4.2
a) Integrar a "Rede Antares de Serviços de InformaÇão em Ciência e
Tecnologia", gerenciado pelo IBICT/CNPq;
b) Participar do "Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas", do
IBICT, por meio da exportação dos registros do seu módulo "publicações
seriadas";
c) Compor o CD-UNIBIBLI - Catálogo de livros, teses e periódicos das três
Universidades
Paulistas
(UNESP, UNICAMP e USP), através da
exportação dos seus módulos respectivos;
d) Participar do "Sistema de Informação de Teses - SITE" ligado ao Programa
PROSSIGA/CNPq, por meio da exportação dos registros do módulo "Teses
defendidas na USP".
e) Estar disponível online pela INTERNET, ampliando consideravelmente as
possibilidades de acesso pelos usuários (Figura 2).
Todo esse processo de criação, implementação e disponibilização do
DEDALUS ocorreu de forma gradativa a partir de 1985, exigindo planejamento e
adoção de procedimentos integrados, compartilhados em nível gerencial e
operacional, endossados pela alta administração e acompanhados por consultores
internos e externos à Universidade, além da interação com profissionais da área da
informatização e com a comunidade acadêmica, para o sucesso da sua instalação e
funcionamento.
Dentre os reflexos oriundos desse esforço das bibliotecas do Sistema em
consolidar sua missão junto à Universidade, participando de forma ativa na
construção e difusão do saber, são representativos:
�4.2
• A racionalização de esforços e tempo no registro de dados, agilizando a
disponibilidade da informação para o usuário (docente/aluno/pesquisador);
• O compartilhamento de recursos informacionais entre as bibliotecas,
ampliando o universo de busca da informação para o usuário;
• A adequação do papel do bibliotecário em função das inovações
tecnológicas, equipamentos e metodologias de trabalho (Coutto, 1994),
proporcionando atendimento mais qualificado às necessidades do usuário;
• A modernização de produtos emitidos a partir dos dados existentes no
DEDALUS, tais como: "USP: Produção Intelectual: Catálogo da Produção
Técnica-Científica e Artística do Docente/Pesquisador e Teses da USP"
(em CD-ROM), possibilitando através de Resolução do M. Reitor no 4221
de 17.11.95, um trabalho interativo bibliotecário/pesquisador, de coleta e
armazenagem da informação publicada;
• A melhoria na qualidade do acervo, a partir de análise de dados por
computador, referentes ao uso e completeza de coleções, às duplicações
de assinaturas entre outras;
• A maior independência do usuário final (docente/aluno/ pesquisador) no
monitoramento de suas pesquisas bibliográficas e de consultas ao acervo;
• A redução do tempo dispendido pelo usuário em suas consultas ao acervo
e pesquisas bibliográficas;
• O maior número de consultas de pesquisas simultâneas pelos usuários aos
catálogos das bibliotecas;
• A facilitação dos serviços bibliotecários relativos:
a) ao empréstimo entre bibliotecas;
�4.2
b)
à
Comutação
bibliográfica
(Programas:
COMUT/IBICT/CNPq,
Comutação online da BIREME, Intercâmbio de cópias de documentos via
INTERNET - serviço LIGDOC/ISTEC - Ibero American Science and
Technology Education Consortium, na área de Engenharia);
c) à busca bibliográfica, considerando o acesso a outras bases de dados
geradas e adquiridas pela USP disponíveis nas bibliotecas em meio
eletrônico online e em CD-ROM (UNIVERSIDADE..., 1996);
• A abertura de suporte financeiro de agências de fomento nacionais e
estrangeiras, incentivadas pela existência do DEDALUS e objetivando a
sua modernização e implementação, para melhor disponibilizá-lo à
comunidade acadêmica da USP e
• de outras instituições de ensino e pesquisa do País e Exterior.
Ressalta-se, aqui, o apoio: da FAPESP ao "Projeto de Modernização do
Sistema Integrado de Bibliotecas da USP", para aquisição de software (com
função integrada de bibliotecas e arquitetura cliente/servidor) e hardware adequado,
além de outros equipamentos e materiais de infra-estrutura para implementação do
sistema proposto (UNIVERSIDADE..., 1994); da The A.W. Mellon Foundation para
a conversão retrospectiva dos dados existentes no Banco DEDALUS, a partir do
Catálogo Coletivo da "OCLC - Online Computer Library Center", para o formato
MARC completo; da CAPES e FINEP quanto à atualização dos acervos de livros e
periódicos.
Concluindo, observa-se que o avanço tecnológico, somado ao crescente
aumento da produção científica em todas as áreas de conhecimento humano, impõe
aos profissionais de informação a adoção de novas posturas, que possibilitem
�4.2
salvaguardar as suas funções junto à comunidade acadêmica. Para tanto, deverão
ter visão estratégica das transformações futuras, capacitar-se para adotar as novas
tecnologias, utilizando-as com a devida flexibilidade de adaptação, em busca de
melhor qualidade na prestação dos serviços bibliotecários (WEBB, 1995).
Por outro lado, também se faz necessária a conscientização das Instituições
de Ensino e Pesquisa em colaborar com esse empenho, mantendo conjunto de
software/hardware modernos e conectados a uma infra-estrutura básica satisfatória
de telecomunicação, para facilitação e agilização dos serviços de acesso à
informação.
Este é um momento de grandes ações. "As novas oportunidades se oferecem
e se produzem a cada dia. Como aproveitá-las e gerenciá-las adequadamente,
dependerá de quanto seremos capazes de mudar nossas velhas formas de pensar"
e de agir, e de quanto estamos preparados para isto (RAYPORT; SEVIOKLLA,
1994).
�4.2
ABSTRACT
Advances in technology and increasing information make it necessary for university
libraries to develop new attitudes and better training in order to adopt the
innovations. This is important to safeguard the position of the university library and to
offer fuller, better quality, speedier and more suitable library services to researchers,
teaching staff and students.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 COUTTO, Mariza Leal de Meirelles Do. Impacto do uso de redes: uma experiência do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. In: SEMINÁRIO
SOBRE AUTOMAÇÃO EM BIBLIOTECAS E CENTROS DE DOCUMEN
TAÇÃO, 5. , 1994, São José dos Campos. Anais... São José dos
Campos : INPE/UNIVAP, 1994. p. 20-23.
2 BARRETO, Aldo de Albuquerque. A informação : suas técnicas, seus esforços.
Informativo IBICT, nov./dez. 1990.
3 ENCUENTRO Gestión de Información - USP/SIBi. Elementos para una
agenda sobre gestión de la información en Brasil y mecanismos de
discusión 1995-1999; propuesta de los participantes de la CEPAL. São
Paulo : 1995. [mimeografado].
4 RAYPORT, J; SEVIOkLLA, J. Managing in the marketspace. Harvard Business
Review, p. 141-153, Nov../Dec. 1994.
5 SCHWARTZMAN, Simon. O desempenho da pesquisa universitária. In:
SCHWARTZMAN, Simon; CASTRO, Cláudio de Moura (Orgs.). Pesquisa
universitária em questão. Campinas : UNICAMP; São Paulo : Ícone;
Brasília : CNPq, 1986. p 81-94.
6 SODRÉ, Muniz. Educação e novas tecnologias da informação.
Comunicação & Política, v. 3, n. 2, p. 226-231, maio/ago. 1996.
7 SOLLA PRICE, D. A ciência desde a Babilônia. Belo Horizonte :
Itatiaia/EDUSP, 1976. p. 149.
8 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas.
Bases de Dados externas disponíveis nas bibliotecas da USP :
acesso em CD-ROM e online. 2. ed. São Paulo : USP/SIBi, 1996. 232p.
9 _____. Sistema Integrado de Bibliotecas. Informatização do Sistema
�4.2
Integrado de Bibliotecas da USP: implementação de recursos para o
Banco de Dados Bibliográficos - DEDALUS e infra-estrutura para as
bibliotecas do Sistema (projeto). São Paulo : SIBi/USP, 1994. 1 v.
(Proposta global do SIBi, para obtenção de recursos do projeto FAPESP
Infra-estrutura I)
10 WEBB, T. W. The frozen library: a model for twenty - first century libraries.
The Electronic library, v. 13, n. 1, p. 21-26, Fev. 1995.
�4.2
�4.2
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A modernização da biblioteca universitária para a sua interação adequada à universidade na "era da informação".
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Krzyzanowski, Rosaly Favero
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O avanço da tecnologia e o aumento crescente da informação impõem às bibliotecas universitárias a adoção de novas posturas e maior capacitação para adaptar-se às inovações tecnológicas, aplicando-as em suas rotinas, com vistas a salvaguardar seu espaço no contexto da Universidade e oferecer serviços bibliotecários mais completos, qualificados, ágeis e adequados às exigências individuais do pesquisador/docente/aluno.
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A language of the resource
pt
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http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4662/SNBU1996_020.pdf
365e46fab034b0d6d79259b806cb78e2
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5.6
A MULTA FINANCEIRA NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: SUA
CONTRIBUIÇÃO AO DESVIO EDUCACIONAL E À INJUSTIÇA SOCIAL
Francisco das Chagas de Souza *
RESUMO
Trata-se de reflexão em torno do sentido tradicional da multa financeira,
especialmente quando empregada na biblioteca universitária, onde é utilizada como
instrumento de repressão e de desestruturação das atitudes de solidariedade.
No atual momento histórico, no qual se exacerba o liberalismo econômico,
com o apregoado individualismo (privatismo) como a medida de todas as coisas, e
em que se coloca como valor a ser assumido pela sociedade o cada um por si,
talvez não fosse má idéia o levantamento de questões sobre a construção dessa
concepção de homem. Considerada a dialética que preside as relações da
sociedade, em que a antítese e a síntese estão produzindo, em contraposição ao
permanente status quo, uma nova tese, pode-se dizer que o amanhã está sendo
feito hoje e será o que for desejado e não necessariamente o explicitamente
planejado.
Sob este ângulo, olhando-se a biblioteca universitária brasileira de
hoje, pode-se afirmar que desde a década de sessenta ela tem sido construída
pelos bibliotecários para distorcer ou contrapor-se a uma pedagogia de ensino
superior que prepara o indivíduo para a idéia de valorização da ação coletiva. Isso,
embora possa não ter sido intencional, pois o discurso era e ainda é centrado no
coletivo, determinou a construção de mecanismos claramente exclusores da
�5.6
população universitária enquanto utilizadora dos acervos e serviços das bibliotecas
universitárias.
Dentre os vários mecanismos que, neste sentido, podem ser analisados, um
que chama a atenção refere-se ao expediente da multa financeira por atraso na
devolução de material bibliográfico.
É evidente que tal mecanismo foi imposto
em decorrência de modelos ensinados pela Escola de Biblioteconomia, pelos quais
a multa financeira é naturalizada como parte integrante do processo de empréstimo
bibliográfico domiciliar. Por ser veiculada como uma idéia natural, tal multa assume
características dogmáticas e, portanto, expressa o caráter de coisa inquestionável
ou indiscutível. Porém, o fato de envolver punição financeira, ao determinar o
dogmatismo que cerca a idéia, deveria determinar também o questionamento sobre
sua eficácia social, sobre seu valor formativo (pedagógico) dentro de uma instituição
modeladora de personalidade profissional e não expor tão exageradamente sua
intenção implícita de excluir pessoas.
Num sentido mais tradicional, a multa financeira tinha a pretensão de
expropriar de parte de seus poucos haveres os agregados das casas senhoriais,
dos estados imperiais ou dos reinados, que se omitissem ou se recusassem, por
injusto, a pagar certos tributos arbitrados por seus senhorios ou dominadores.
Fossem quais fossem seus motivos, tal recusa significava uma resistência a uma
ditadura que se reificava ou deificava (COULANGES [19--]) e, em certos momentos,
enquanto expressão de inconformismo, tendia a uma explosão coletiva, como a
que fez eclodir na França moderna a revolução que culminou com o que hoje se
conhece como o modelo de democracia da modernidade. Outro significado da multa
*
Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
�5.6
financeira, colocado como um objetivo social a ser atingido pelos que a aplicam, é o
do exemplo. Isso tem um enorme componente de cinismo, pois materializa o teor
ideológico do liberalismo centrado no cada um por si, que se manifesta em nível da
linguagem popular por bordões como “cada um por si e Deus por todos”, “quem for
podre que se quebre”, “quem não tem competência não se estabelece”, “quem não
pode com o pote que não pegue na rodilha”, etc. A idéia matriz é que o flagelamento
de um indivíduo induziria os demais a não utilizarem o mesmo expediente de
rebelião ou omissão. Para os defensores da multa financeira, aplicá-la representa
uma ação pedagógica no sentido de ensinar que não se deve praticar certas
atitudes que soem como contestadoras e que é melhor ser submisso. O mais
impressionante é que esse “pedagogismo” é o mesmo que sempre foi utilizado pelos
donos do poder e que, embora combatido, é exercitado na prática cotidiana pelos
seus empregados, subordinados etc. E, segundo tal perspectiva, quanto mais cara
ou mais dolorosa for esta punição financeira, tanto maior será sua eficácia.
No entanto, essa visão cínica, e até mesmo por sê-lo, tem o efeito de punir
mais agudamente aos menos afortunados financeiramente, aos mais pobres que,
por isso mesmo, mais dependem de serviços públicos como os das bibliotecas.
Essa incidência sobre os mais pobres repete dentro da universidade o que se vê no
dia-a-dia das cidades, no sistema tributário geral em que a sonegação e a
inadimplência são premiadas com a eliminação de multas, alongamento das dívidas,
perdão de parcela de tributos não pagos desde que o sonegador e o inadimplente
(nome esquisito de caloteiro) sejam altos capitalistas e banqueiros, valendo o
“pedagogismo do exemplo” para os pobres, os desamparados e os incapazes de
influenciar diretamente o centro do poder. Com esse procedimento, os aplicadores
�5.6
dos regulamentos fazem cair por terra a democracia que alegam estar contida na
ideologia da multa, como exemplo, que se basearia no princípio da igualdade de
todos perante as leis e regulamentos. Constatar isso reforça e torna verdadeiro o
bordão cunhado pela sabedoria popular de que sempre “há alguns que são mais
iguais que os outros”. Ora, se caem por terra, na prática social, os princípios
“democráticos” da multa financeira, o que sobra então? Sobra a expressão do poder
de dominar a quem não tem defesa, a quem está cercado, a quem não pode se
rebelar contra o sistema. Enfim, sobra a antidemocracia do jeito único arbitrado de
cima. Deste ângulo de visão, a biblioteca universitária brasileira, salvo poucas
exceções, pela sua prática de punição ao atraso na devolução dos livros
emprestados, é uma ditadura e seus dirigentes são pequenos ditadores, com ou
sem respaldo dos conselhos superiores de suas instituições. E são ditadores cruéis.
Cruéis nas práticas administrativas e nos argumentos que produzem com o fim de
sustentar estas práticas contra os usuários.
No caso da maioria das bibliotecas universitárias, o que se costuma ouvir é
que há a necessidade da cobrança de multa financeira porque apenas este
mecanismo garante o retorno do livro na data marcada para sua volta, permitindo
que outros usuários não sejam prejudicados. De tão falso, isso se aplica para os
livros de alta demanda e também incide sobre aqueles que raramente são
demandados. E aí se verifica que o objetivo não é o de democratizar o processo
mas sim o de mostrar o poder de punir, ou de excluir, por tratar com a mesma
palmatória
ou
com
o
mesmo
carrasco
faltas
que
produzem
diferentes
consequências, ferindo inclusive o espírito das leis penais que distinguem as
infrações em culpa e dolo, ou seja, entre o que é involuntário e o que é intencional.
�5.6
Nas bibliotecas universitárias, mesmo que coubesse uma distinção similar, dá-se
tratamento único às faltas, isto é, toda não prontidão do utilizador em dar a resposta
esperada pelo sistema é tratada como dolo. Por esta visão, todo e qualquer usuário
ao atrasar a data de entrega de qualquer livro, o faria intencionalmente. Supondo
que a biblioteca tivesse razão ao entender desse modo o princípio democrático da
igualdade de aplicação da lei, norma ou regulamento, deveria ser equânime na
aplicação da pena. Se a pena é financeira, o valor da multa deveria ser igual para
todos. E isso não ocorre.
No mundo da academia é tido como ponto pacífico que há cursos em que o
custo médio anual do aluno é um, quando se trata de Ciências da Vida (Medicina,
etc.)
é outro mais baixo, quando se trata de Ciências Humanas, incluídas as
designadas como Sociais (JAPIASSU, 1994). Isto se dá, entre outras coisas, pela
diferença de porte da infra-estrutura que determina valores desiguais, seja pela
complexidade dos laboratórios, seja pelo custo da bibliografia necessária.
Se é
relativamente fácil comprovar a diferença de custo de alunos de cursos distintos, e
isto foi feito pela UFSC, que informa ser em torno de R$ 6.000,00 o custo anual de
um estudante do Curso de Medicina, R$ 2.500,00 o de um estudante do Curso de
Engenharia Mecânica e R$ 2.000,00 o dos estudantes dos demais Cursos, também
não é difícil verificar o perfil sócio-econômico dos estudantes universitários
�5.6
(Tabela 1). Dados do Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Assuntos da Comunidade
e Estudantis (UNIVERSIDADE..., 1995), compilados em 1995, asseguram que
48,95% dos estudantes de universidades públicas integram famílias cuja renda varia
de 1 a 2 salários mínimos, 24,58% vêm de famílias com renda mediana e apenas
26,47% de famílias com elevada condição sócio-econômica. Tais dados mostram
que em torno da metade do estudantado é muito carente em termos financeiros, e
apenas uma quarta parte do total não teria problemas financeiros.
Embora muitos falem mal da cobrança do tributo designado como Imposto de
Renda, ele contém em si mais justiça que a cobrança de multa na biblioteca
universitária. Ao ser calculado, ele estabelece isenção e alíquotas conforme a classe
de renda econômica do “contribuinte”. Nas bibliotecas universitárias isso é
indiferente, mesmo quando dados oficiais das próprias IES afirmam, como se
demonstrou no parágrafo precedente, a segmentação de classe social que há
dentro da comunidade estudantil.
Além disso, deve-se considerar que a maioria dos estudantes universitários
mais pobres economicamente estão vinculados aos Cursos que oferecem menores
chances de ascenção econômica, como as Licenciaturas. Esses Cursos, além de
estarem entre os mais baratos da universidade, são também aqueles cuja
bibliografia tem um custo médio bem mais baixo. Desse modo, à desigualdade em
relação ao custo médio anual estudante/curso, à distinção de renda familiar do
estudante e à diferente possibilidade de ascensão econômica proporcionada pelo
Curso realizado, junta-se o fato da desigualdade na cobrança da multa, exatamente
por ser cobrada, via de regra, com valores únicos, tendo como unidade de cálculo o
�5.6
dia ou hora (como na UFSC) de atraso. Se tal incidência adotasse a mesma
unidade de cálculo, mas tomasse como referência a área do Curso, por exemplo,
levando em conta o custo médio do estudante, ou o custo médio do livro que
compõe a bibliografia da área, esta desigualdade se reduziria acentuadamente.
Nesse sentido, a partir de um cálculo, considerando o padrão da UFSC para o custo
médio anual do estudante e o valor unitário (dia) da multa, dá para perceber a
extensão da discrepância.
TABELA 1 - CUSTO MÉDIO ANUAL DO ESTUDANTE UFSC X CUSTO MULTA
__________________________________________________________________________________________
CURSO
CUSTO ANUAL/ESTUDANTE [R$]
MULTA DIA [R$]
_________________________________________________________________________________________
Medicina
+ 6.000,00
0,20
Engenharia Mecânica
+ 2.500,00
0,20
Outros Cursos
+ 2.000,00
0,20
_________________________________________________________________________________________
A partir de tais dados, uma simulação vai revelar que se um estudante de
qualquer dos Cursos da UFSC atrasar por trezentos dias a devolução de um livro,
pagará R$ 60,00 de multa pelo período inteiro. Porém, se ele é um estudante do
Curso de Medicina isso representará 1% de seu custo anual, se ele for de
Engenharia Mecânica isso significará 2,4% de seu custo anual e se for de outros
Cursos, incluindo as Licenciaturas, isso representará 3% de seu custo anual. Por si
só tal simulação mostra o cinismo do argumento de que a multa é democrática, se
isto for entendido que ela incide igualmente sobre todos. Se não bastasse o fato de
o estudante dos outros cursos pagar uma multa três vezes maior que a do estudante
do Curso de Medicina, há um outro indicador mais sério, que é o do preço médio do
livro. Enquanto o preço médio do livro do Curso de Medicina é pelo menos cinco
�5.6
vezes maior que o da maioria dos outros cursos, a multa é do mesmo valor
financeiro.
Na hipótese de um estudante da universidade atrasar a devolução de um
livro por 300 dias, acarretando uma multa, pelo valor UFSC, de R$ 60,00, ter-se-á a
situação real mostrada na tabela abaixo, em que a punição aplicada ao estudante
dos “Outros Cursos” é cinco vezes maior para a mesma “infração” que a pena
aplicada ao estudante do Curso de Medicina.
TABELA 2 - REFLEXO DA APLICAÇÃO DA MULTA SOBRE ESTUDANTES DE
CURSOS DIFERENTES EM RELAÇÃO DO CUSTO MÉDIO DO LIVRO
_________________________________________________________________________________
REFLEXO DA MULTA
CURSO
CUSTO MÉDIO/LIVRO [R$]
_________________________________________________________________________________
Medicina
+ 300,00
0,2
1,0
Outros Cursos
+ 60,00
_______________________________________________________________________________
É a isso que as bibliotecas universitárias, geralmente respaldadas pelos
Conselhos Superiores das respectivas universidades, costumam chamar de
tratamento justo e igualitário em relação à aplicação de penalidade a quem devolve
com atraso os livros emprestados. Na verdade, tomada ao pé da letra, esta situação
estruturalmente distorcida contribui para que os estudantes dos cursos mais caros
sejam indiretamente estimulados a represar os livros, pois o custo da punição
financeira não os afetaria de modo substancial. Nesse sentido, como realizada, esta
sistemática de punição não cumpre com o objetivo apregoado pelos pequenos
ditadores que dirigem as bibliotecas, ou seja, o de pressionar o retorno do livro no
prazo definido, quando foi tomado por empréstimo. É evidente que não se quer dizer
que a sistemática é totalmente antifuncional: o que está em discussão é o princípio
e os argumentos em torno da multa que, no caso da cobrança por dia de atraso,
�5.6
com o mesmo valor financeiro, é injusta, inconseqüente e desrespeitosa para com o
discurso da justiça e da igualdade e é também
profundamente intolerante
(POPPER, 1992). Na verdade, da forma como tem sido aplicada, distorce os
argumentos “pedagógicos” com que tem sido defendida. Em última instância, e este
é o objetivo desta reflexão: o que se quer é propor que a biblioteca universitária,
como
qualquer
biblioteca,
não
atue
como
instrumento
de
dominação,
avassalamento, discriminação e, especialmente, que evite punir ao estudante mais
pobre com mais rigor do que ao estudante mais rico. Porém, na medida do
compromisso social que possa assumir e da competência gerencial disponível, o
melhor é evitar punir materialmente a qualquer usuário por uma falta como o atraso
na devolução de livros.
Nesse sentido, talvez uma forma para estabelecer a eqüidade da punição é
vê-la e aplicá-la como um instrumento de coação coletiva e justa e não como um
instrumento individualizador e desigual em suas incidências. E isso, com essa
conotação, é difícil de ser conseguido com a multa financeira. Embora não seja
praxe as bibliotecas universitárias punirem através de instrumentos que sigam
parâmetros não-economicistas, bibliotecas universitárias como a da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte chegaram a adotar a pena de suspensão
temporária de empréstimo domiciliar de livros para os retardatários contumazes.
Experiências desse tipo poderiam ser apresentadas em fóruns como os Seminários
Nacionais de Biblioteca Universitária, ou divulgadas para as demais universidades
como contribuição para a busca de fórmulas de atuação mais amigável, mais séria,
honesta e menos cínica com a comunidade acadêmica, especialmente nos dias de
hoje, em que a sociedade diminui sua capacidade de tolerar injustiças e abusos. De
�5.6
outro lado, as bibliotecas universitárias também poderiam realizar projetos-piloto a
fim de testar outras possibilidades, inclusive buscando o auxílio dos cursos de pósgraduação em Educação, no sentido de pensar juntos alternativas eficazes para
desestimular, se for necessário, os atrasos nas devoluções de livros emprestados
e, ao mesmo tempo, para reforçar o sentimento de coletivo, de comunitário como
valor a ser enfatizado no desenvolvimento da personalidade profissional do usuário
dos acervos bibliográficos das universidades.
Será que uma proposta neste sentido não reduziria, inclusive, as mutilações
dos acervos?
Ser criativo e audacioso ao propor novidades pedagogicamente corretas e
humanamente responsáveis deveria ser indispensável ao cotidiano dos que atuam
nas bibliotecas universitárias brasileiras.
ABSTRACT
This paper consists of reflexions about the effect of fines in university libraries, where
they are used as an instrument of repression and of the destruction of cooperative
attitudes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 COULANGES, F. de. A cidade antiga : estudos sobre o culto, o direito, as
instituições da Grécia e de Roma. 5. ed. Rio de Janeiro : Ediouro, [19--].
2 JAPIASSU, H. Introdução às ciências humanas : análise de Epistemologia
histórica. São Paulo : Letras & Letras, 1994.
3 UNIVERSIDADE não é dos ricos. Universidade Viva : Revista da Universidade
�5.6
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, n. 1, p. 11, dez. 1995.
4 POPPER, Karl. Em busca de um mundo melhor. 3. ed. Lisboa : Fragmentos,
1992.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
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Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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Title
A name given to the resource
A multa financeira nas bibliotecas universitárias: sua contribuição e à injustiça social.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Souza, Francisco das Chagas de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Trata-se de reflexão em torno do sentido tradicional da multa financeira, especialmente quando empregada na biblioteca universitária, onde é utilizada como instrumento de repressão e de desestruturação das atitudes de solidariedade.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4681/SNBU1996_029.pdf
6079a0b1796c3871edc9a9873ce12706
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5.16
A VISÃO DOS USUÁRIOS SOBRE OS PRODUTOS E SERVIÇOS OFERTADOS
PELO SUBSISTEMA DE BIBLIOTECAS DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E
ARTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Diana Maria Cirino Bessa*
Edna Gomes Pinheiro**
RESUMO
Apresenta pesquisa realizada no ambiente do Subsistema de Bibliotecas de
Ciências Humanas, Letras e Artes do Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal do Ceará. Enfoca a importância da avaliação como forma de identificar se
os produtos e serviços oferecidos estão atendendo às necessidades de informação
dos usuários do SBCHLA. São ressaltadas as questões relacionadas com a
obtenção e utilização da informação, satisfação das necessidades informacionais,
ambiente, qualidade do serviço de referência, situação do acervo, dentre outras.
Com base nos dados obtidos, é feita uma análise e interpretação desses dados,
acrescida de alternativas para a solução dos problemas apresentados.
1 INTRODUÇÃO
A natureza dinâmica do mundo atual e o alto nível tecnológico têm sido
fatores determinantes para o surgimento de uma sociedade comprometida com a
busca constante de novos conhecimentos.
Diante desta nova realidade, evidencia-se a importância da informação como
base para o desenvolvimento. Entretanto, esta informação somente exercerá um
*
**
Bibliotecária do Banco do Nordeste do Brasil. Especialista em Documentação Científica
Profa. Do Curso de Biblioteconomia da UFC. Especialista em Sistemas de Informação
Automatizados em Cências e Tecnologia.
�5.15
papel fundamental e estratégico a partir do momento em que passa a ser tratada,
utilizada e disseminada através dos mais diversos canais de comunicação.
Para
acompanhar
tais
transformações,
torna-se
imperativo
que
os
profissionais da informação passem a adotar uma postura proativa, de forma a
agirem como verdadeiros agentes de disseminação e de desenvolvimento, bem
como a indagar se as unidades de informação estão efetivamente atuantes.
Segundo GRANDI (1982) “as exigências impostas pela própria evolução do
conhecimento científico e tecnológico levaram os responsáveis pelos serviços
bibliotecários a uma avaliação e revisão dos objetivos, métodos e desempenhos
adotados, no sentido de se adequarem à nova situação”.
Diante de tais fatos, torna-se necessário que as unidades de informação
revertam essa situação, haja vista a grande competitividade existente entre os
diversos seguimentos da organização, no que diz respeito à parcela do orçamento,
cada vez mais reduzida.
Segundo OBERHOFER (1983), é importante que seja justificada e
comprovada a qualidade dos serviços, de forma que os recursos continuem a ser
investidos na biblioteca. Enfatiza ainda que “a avaliação não é um fim por si mesma.
Seus propósitos se originam da necessidade de determinar o valor de um sistema
ou de atividades deste sistema”.
Sabe-se que qualidade e satisfação do cliente são condições essenciais
exigidas pela nossa atual sociedade. Portanto, ao trabalhar dentro dessa visão, o
centro de informação, além de atuar como agente de transferência da informação,
�5.15
estará oferecendo informações relevantes, necessárias ao desenvolvimento de sua
comunidade.
Por outro lado, ao priorizar o seu enfoque no cliente, a unidade de informação
terá como uma de suas ações a avaliação da qualidade de seus produtos e
serviços, ponto de fundamental importância nesse novo mercado.
Dentro deste enfoque, decidiu-se elaborar uma pesquisa que pudesse avaliar
os produtos e serviços oferecidos pelo Subsistema de Bibliotecas de Ciências,
Letras e Artes (SBCHLA) da UFC, com o objetivo de saber se os mesmos estão
adequados às necessidades de informação de seus clientes, bem como verificar de
que forma as bibliotecas em estudo atendem à demanda de seus usuários.
Este estudo servirá de instrumento fundamental para verificar, ajustar,
modificar ou até mesmo desativar alguns serviços e produtos existentes, determinar
políticas mais condizentes com a nova realidade, bem como estabelecer novas
metas de desempenho.
O referido subsistema faz parte do Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal do Ceará, o qual é composto das seguintes bibliotecas: Economia,
Educação, Arquitetura, Direito, Mestrado em Economia e Casas de Cultura.
2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
A questão a ser levantada diz respeito ao nível de eficiência do Subsistema
de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFC. Considera-se
importante saber como essas unidades de informação estão atuando junto à
comunidade acadêmica, bem como se o seu foco principal está voltado para os
�5.15
usuários, de forma a planejar seus produtos e serviços em prol das suas
necessidades informacionais. É esta realidade que queremos conhecer. Assim,
torna-se necessário que sejam levantadas questões, as quais serão objeto de
estudo dessa pesquisa, destacando-se algumas, tais como:
-
As
bibliotecas
do
Subsistema
estão
suprindo
as
necessidades
informacionais de sua clientela? As suas atividades estão em sintonia com a sua
principal função?
- Os usuários conhecem realmente os produtos e serviços oferecidos pelo
Subsistema?
- Os usuários estão satisfeitos com a atuação do Subsistema?
- O Subsistema está mais preocupado com as técnicas ou com os seus
clientes?
A partir desses questionamentos, pode-se iniciar o processo avaliativo da
atuação do Subsistema de Ciências Humanas, Letras e Artes, objeto do nosso
estudo.
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa de campo, obedecendo às
seguintes etapas:
�5.15
a) revisão de literatura - feita através de leitura de textos e pesquisas cuja
abordagem diz respeito à necessidade de informação e avaliação de
serviços informacionais prestados pelos Centros de Informação;
b) definição dos tipos de dados;
c) definição dos métodos e processos de coleta de dados;
d) elaboração de questionários a serem aplicados entre os usuários do
Subsistema de Ciências Humanas, Letras e Artes do Sistema de Bibliotecas
da UFC;
e) tabulação e análise de dados.
3.1 AMOSTRAGEM
Para realização deste estudo, optou-se pela amostragem aleatória. Os dados
foram coletados junto aos usuários das bibliotecas que constituem o Subsistema de
Bibliotecas CHLA. Foram distribuídos 150 questionários, dos quais 93 retornaram, o
que equivale a 62% do total dos questionários.
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
De posse do material coletado, iniciou-se o processo de análise e
interpretação dos dados.
De acordo com o item 01, que diz respeito ao grau de instrução dos
questionados, 78,5% possuem curso superior incompleto, 17,2% curso superior
completo, 3,22% são alunos do 2o. grau e 1,07% do 1o. grau.
�5.15
Estes dados, de certa forma, não nos surpreenderam, visto que a instituição
pesquisada é uma biblioteca universitária, o que explica o alto índice de
respondentes com curso superior incompleto. No entanto, observou-se que 4,29%
dos pesquisadores são estudantes de
1o. e 2o. graus, o que comprova que o
Subsistema de Bibliotecas em estudo não oferece serviços e produtos apenas para
a comunidade universitária, mas, também para a sociedade de um modo geral.
Estes dados nos fornecem subsídios para afirmarmos que este fato pode estar
diretamente relacionado à ausência ou deficiência de bibliotecas públicas e
escolares no Estado do Ceará.
Quanto ao item 2, que diz respeito à profissão dos respondentes, pode ser
visualizado na Tabela 1, na qual se constata a diversificação profissional da clientela
do Subsistema em questão.
�5.15
TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DAS PROFISSÕES DOS RESPONDENTES E O
ESCORE OBTIDO EM %
PROFISSÃO
Advogado
Agente Arrecadador
Arquiteto
Assistente Social
Atendente Comercial
Auxiliar de Escritório
Bancário
Bibliotecário
Do Lar
Economista
Estudante
Oficial - Polícia Militar
Produtor Cultural
Professor
Técnico em Ótica
Técnico em Turismo
Fonte: Pesquisa in loco.
% OBTIDOS
3,22
1,07
1,07
1,07
1,07
1,07
2,15
2,15
1,07
3,22
64,01
1,07
1,07
9,67
1,07
1,07
Analisando a Tabela 1, verificou-se que os maiores índices encontrados são
os seguintes:
64,01% são estudantes; 9,67% são professores; 3,22% são
advogados e economistas. Um fato interessante nesta análise, e não muito comum
no Subsistema em discussão, foi descobrir a profissão de Técnico em Ótica (1,07%)
no elenco das profissões dos respondentes. O fato se torna estranho devido ao
acervo deste Subsistema não ir ao encontro da especialidade exigida por esta
categoria.
O item 03 aborda a questão da obtenção da informação na biblioteca. Do
total de declarantes, 96% responderam que possuem o hábito de consultar a
biblioteca para obter informação, contra 4% que disseram não.
�5.15
Com relação ao item 04, que diz respeito à utilização sistemática da biblioteca
para obter informação, é importante observar que seu uso é bastante elevado: 67%
dos entrevistados são estudantes e estes a utilizam diariamente, enquanto que 21%
a utilizam mensalmente - são os professores. Os 18% que a usam semanalmente
se referem às outras categorias.
As questões 05 a 09 estão interligadas e dizem respeito à obtenção e à
forma como foi localizada a informação, às razões pelas quais a informação não foi
obtida, às providências tomadas e ao que acarretou a falta de informação no
desenvolvimento das atividades dos usuários. Enquanto 48% afirmam que
obtiveram a informação desejada em sua totalidade, 46% afirmam que a
conseguiram em parte, e 6% não a localizaram de forma alguma. Analisando o
primeiro caso, tivemos que nos reportar de imediato para o item 09 e avaliamos que
as informações foram obtidas em sua maioria em publicações tais como livros e
periódicos (55,9%), ficando um percentual de 23, 6% em conversa com a
bibliotecária, 19,3% em conversa entre colegas e 1,2% proveniente de outras fontes
(Gráficos 1 e 2).
Gráfico 01
Obtenção da Informação
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Seqüência1
Obtiveram
na
totalidade
Obtiveram
em parte
Não
obtiveram
�5.15
Gráfico 02
Localização da Informação
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
Publicações
Bibliotecários
Colegas
Outros locais
20,00%
10,00%
0,00%
Publicações
Bibliotecários
Colegas
Outros locais
O item 6 aponta as providências adotadas pelos usuários quando a
informação necessária foi obtida em parte. Dos incluídos nessa questão, 60%
afirmaram que tentaram novamente, contra 33% que abandonaram a busca e 7%
que trabalharam sem a informação completa (Gráfico 3).
�5.15
GRÁFICO 03
Obtenção em Parte: Providências dos Usuários
Trabalhou sem
a informação
7%
Abandonaram
a pesquisa
33%
Tentaram
novamente
60%
O item 07 explica porque não se obteve a informação, sendo que 6%
afirmaram que não
obtiveram a informação quando dela necessitaram. Os
principais motivos apontados foram: não estar disponível na biblioteca (1,9%), não
haver conseguido localizá-la (1,5%), não saber procurar corretamente (1,2%), ter
recebido material desatualizado (1,4%) (Gráfico 4 ).
�5.15
GRÁFICO 04
Porquê Não Obteve a Informação
Material
desatualizado
23%
Busca incorreta
20%
Não disponível na
biblioteca
32%
Material não
localizado
25%
Em relação ao item 08, que enfatiza o que causou a não-obtenção da
informação no desenvolvimento das atividades, percebeu-se que entre os 46% que
afirmaram ter obtido parte da informação desejada e os 6% que não a obtiveram,
31,2% ficaram com trabalho atrasado e 20,8% com trabalho inacabado. Estes dados
nos revelam a importância fundamental da informação no desenvolvimento das
atividades.
Para uma melhor visualização, o item 10 demonstra as Bibliotecas do
Subsistema e o índice de freqüência apontado pelos respondentes (Tabela 2).
�5.15
TABELA 2 - BIBLIOTECAS DO SUBSISTEMA DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS
E ARTES MAIS FREQÜENTADAS PELOS RESPONDENTES.
BIBLIOTECA
Humanidades
Educação
FEAAC
Direito
CAEN
Arquitetura
Cultura Britânica
Cultura Francesa
Cultura Hispânica
Cultura Portuguesa
Todas
Fonte: Pesquisa in Loco
PERCENTUAL/FREQÜÊNCIA
40,9
26,9
22,6
22,3
18,1
8,5
1,1
1,1
1,1
1,1
3,2
Obs.: o percentual obtido ultrapassou 100% devido a questão ter sido de
múltipla escolha.
A Tabela 2 mostra as Bibliotecas do SBCHLA (citadas pelos informantes) em
ordem decrescente de freqüência. Verificou-se que os usuários costumam utilizar
várias bibliotecas e que a mais freqüentada é a Biblioteca de Ciências Humanas,
seguida da Biblioteca de Educação, FEAAC e Direito.
O item 11 está relacionado com o horário das bibliotecas que compõem o
Subsistema em pauta. Percebeu-se que o seu horário de funcionamento é
satisfatório, visto que 68% dos pesquisados afirmaram ser conveniente, enquanto
32% não estavam satisfeitos. Mesmo assim, sugestões foram dadas para amenizar
ainda mais esta questão.
Com relação ao ambiente das bibliotecas em estudo (item 12), foram
enfocados os quesitos limpeza, disponibilidade de cadeiras, disponibilidade de
mesas, silêncio absoluto, arejamento e iluminação. Estes dados informam que a
�5.15
qualidade do ambiente das bibliotecas em questão é considerada satisfatória, de um
modo geral, pois em todos os quesitos mais de 50% dos questionados deram notas
maiores que 7, numa escala de 0 a 10.
No que diz respeito à utilização da biblioteca sem o auxílio do bibliotecário ou
auxiliar (item 13), 55,9% dos declarantes afirmaram que encontravam dificuldade,
enquanto 44,1% disseram que não. Por essa avaliação confirma-se a necessidade
de um planejamento voltado para o desenvolvimento de um programa de
treinamento de usuário, bem como de organizar da melhor forma o seu acervo e
catálogos, visando facilitar o acesso aos documentos e às informações.
O item 14 trata da questão do atendimento no ambiente da biblioteca, onde
51% classificaram o atendimento como bom, 39% como ótimo e 10% como regular.
De uma modo geral, considera-se de grande importância para a melhoria do
atendimento que seja feito um treinamento de forma sistemática para os auxiliares
lotados nas bibliotecas, porém sem limitá-lo
apenas às atividades técnico-
burocráticas.
Torna-se necessário que sejam abordadas questões mais abrangentes, no
que diz respeito à definição das atribuições, à importância da informação e do
trabalho de cada um no contexto da biblioteca. Também coloca-se como oportuno
que os bibliotecários avaliem as respostas dadas pelos usuários e repensem a sua
postura como profissionais da informação, uma vez a qualidade do atendimento é
uma exigência no mundo atual. Os respondentes salientam a disponibilidade e
atenção dos funcionários, entretanto, fazem algumas restrições quanto aos
bibliotecários.
�5.15
Em relação ao item 15, a maioria dos informantes (63%) afirmou que as
informações obtidas resolveram os seus problemas, enquanto que 37% deixaram de
resolver sérios problemas por falta de informação, tendo sido um dos entraves,
especificamente, a desatualização dos acervos das bibliotecas.
No tocante ao item 16, que se refere à ampliação do espaço físico das
bibliotecas, devido à implantação de novos cursos, 92% optaram pela sua
expansão, enquanto 7,6% afirmaram não haver tal necessidade. Este resultado não
nos surpreendeu devido à existência de uma relação direta entre o aumento do
acervo causado pela exigência da criação dos cursos, o número de usuários que
ingressam e a demanda por mais informações.
Considera-se o item 17 como uma complementação do item 15 e observa-se
uma certa contradição entre as respostas dadas. Enquanto a maior parte dos
respondentes, no item 15, afirmou que não deixou de resolver seus problemas por
falta de informação, no item 17, 56% das respostas se concentram na questão de
que o acervo da biblioteca não atende às suas necessidades informacionais. Cabe
ressaltar ainda que 44% dos respondentes consideraram-se totalmente ou
parcialmente satisfeitos. Pode-se visualizar isto melhor através do Gráfico 5.
�5.15
GRÁFICO 05
Situação do Acervo
Atende totalmente
ou parcialmente
44%
Não atende às
necessidades
informacionais dos
usuários
56%
O confronto com a situação do acervo e a satisfação das necessidades de
informação dos usuários nos permite confirmar a situação de pobreza e
desatualização das bibliotecas universitárias brasileiras. Segundo MIRANDA (1993),
“a problemática do acervo bibliográfico propriamente dito, apesar de sua crucial
relevância para o ensino e a pesquisa, não mereceu ainda a correspondente ênfase
e preocupação”.
No tocante ao item 18, que diz respeito à questão da automação dos serviços
da biblioteca através do Sistema da Automação Universitária (SAU), 93%
responderam que consideram a automação um fator positivo, enquanto que 7%
desconhecem o sistema. Por outro lado, as opiniões favoráveis são em grande parte
unânimes quanto à questão da agilização e eficiência no atendimento, acesso e
�5.15
recuperação das informações. Há uma expectativa de que a implantação do SAU
venha otimizar os serviços oferecidos pela biblioteca.
Através do item 19 os respondentes tiveram a oportunidade de sugerir o
desenvolvimento de um trabalho de integração entre a biblioteca e o usuário.
Sob tal enfoque, evidencia-se a necessidade de um programa de integração
que possibilite a abertura de um canal de comunicação entre a biblioteca e a
comunidade universitária. Porém, o êxito dessa integração estará substancialmente
atrelado ao grau de envolvimento do usuário no contexto da biblioteca. Quanto
maior a participação do usuário, maior serão as chances das bibliotecas prestarem
um melhor serviço. É uma relação de parceria, em que os benefícios serão
aproveitados de forma igualitária.
Durante a pesquisa, solicitou-se que os respondentes tecessem alguns
comentários sobre os produtos e serviços oferecidos pelas bibliotecas do SBCHLA
(item 20). De posse das declarações dos respondentes, constatou-se que as
bibliotecas deixam muito a desejar no aspecto relacionado com a objetividade e
criatividade.
Esses posicionamentos indicam a preocupação dos usuários com a
qualidade, assunto de grande relevância que atualmente não se permite dissociar
dos serviços de informação.
�5.15
10 CONCLUSÃO
Com base nas respostas obtidas, observaram-se alguns pontos que merecem
ser destacados. Vale ressaltar ainda que outros já foram enfatizados no decorrer da
análise das questões.
Em linhas gerais, concluímos que os serviços do Subsistema de SBCHLA
(com exceção do empréstimo ) são pouco utilizados. Com base nas respostas dos
declarantes, sentimos que eles estão aquém das necessidades dos seus
consumidores.
Observa-se uma concentração nas questões relacionadas ao acervo,
atendimento, automação, divulgação dos serviços prestados pela biblioteca e falta
de participação dos usuários nas ações e tomadas de decisões das unidades de
informação.
Os respondentes são unânimes ao afirmar que um dos problemas cruciais da
biblioteca diz respeito à desatualização das coleções. Essa questão abrange todas
as bibliotecas do Subsistema, sendo inclusive uma das razões para a baixa
freqüência.
No que concerne ao atendimento, salientam o distanciamento dos
bibliotecários e o despreparo dos auxiliares. Embora alguns respondentes façam
boas referências quanto ao atendimento, a grande maioria afirma não ter
encontrado uma receptividade ao solicitar uma ajuda na busca da informação.
Um outro enfoque se refere à automação, evidenciando-se uma grande
expectativa na implantação do Sistema de Automação Universitária (SAU).
�5.15
No que se refere às questões de divulgação e participação, constata-se,
pelas sugestões dos respondentes, que há uma lacuna quanto a essas ações, bem
como há interesse por parte dos usuários, tanto em conhecer melhor as unidades
de informação como em participar de forma mais efetiva e integrada das questões
relacionadas com a biblioteca.
ABSTRACT
This paper describes research carried out in the Human Sciences, Letters and Arts
Subsystem of the Federal University of Ceará Library System. It stresses the
importance of evaluation as a means of discovering if the products and services
offered are meeting SBCHLA users’ needs for information. The paper focusses on
the obtaining and use of information, satisfaction of information needs, and the state
of the collection. The research data is analyzed and interpreted, and possible
solutions are suggested for the problems found.
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ZAMBEL, Miriam Mani. Glossário de temos usuais em biblioteconomia
documentação.[S.n.t.]
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
A visão dos usuários sobre os produtos e serviços ofertados pelo Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Ceará.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Bessa, Diana Maria Cirino; Pinheiro, Edna Gomes
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta pesquisa realizada no ambiente do Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Ceará. Enfoca a importância da avaliação como forma de identificar se os produtos e serviços oferecidos estão atendendo às necessidades de informação dos usuários do SBCHLA. São ressaltadas as questões relacionadas com a obtenção e utilização da informação, satisfação das necessidades informacionais, ambiente, qualidade do serviço de referência, situação do acervo, dentre outras. Com base nos dados obtidos, é feita uma análise e interpretação desses dados, acrescida de alternativas para a solução dos problemas apresentados.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4651/SNBU1996_015.pdf
c1763f30fda1682d7aa82c77a30b3962
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5.1
ACESSAR OU POSSUIR, EIS A QUESTÃO...
Patricia Zeni Marchiori*
RESUMO
Aborda as discussões relacionadas com as mudanças conceituais da instituição
biblioteca, orientadas pela utilização da tecnologia dos computadores e das
telecomunicações.
Apresenta a opinião de autores estrangeiros quanto às
modificações nos processos de desenvolvimento de coleções e o incremento e
redimensionamento das estratégias de acesso. Destaca a importância da tomada
de decisões e os impactos do binômio acervo/acesso em bibliotecas universitárias e
em seus usuários.
1 BIBLIOTECA É MAIS QUE UMA COLEÇÃO DE LIVROS
A biblioteca é um prédio ou uma estrutura? É um fenômeno social e intelectual
associado com um lugar?
É uma coleção de material de informação?
É um
catálogo de pontos de acesso? É com estas questões que Laverna SAUNDERS
(1995) inicia um artigo, refletindo sobre a concepção de biblioteca no que diz
respeito ao desenvolvimento de coleções e, mais especificamente, à atividade de
aquisição.
O senso comum, a literatura leiga e a literatura especializada têm por vezes
reunido todos ou alguns dos aspectos citados acima, cuja discussão é fortemente
influenciada pelas experiências individuais, aliadas às condições históricas,
estruturais, culturais, sociais, econômicas e políticas em que as bibliotecas surgem e
se desenvolvem. Um acervo contido entre quatro (ou mais) paredes é, geralmente,
* Professora Assistente II do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Paraná.
�5.1
a idéia mais difundida e aceita de biblioteca, assim como a imagem do bibliotecário
está relacionada mais com a instituição em que desenvolve seu trabalho do que
com as próprias atividades de localização, organização e disseminação de
informação.
A partir do século vinte, alguns fatores contribuiram para modificar, com maior
ou menor intensidade, mais ou menos sutilmente, não só a estrutura das bibliotecas
como também o trabalho e a formação dos bibliotecários. Dentre estes fatores,
pode-se citar:
a) o surgimento dos meios de comunicação de massa, como o rádio e a
televisão;
b) a frenética atividade de pesquisa e de produção de informação;
c) o barateamento da produção bibliográfica;
d) a proliferação de novos suportes informativos;
e) o rápido desenvolvimento das telecomunicações e da informática;
f) a crescente crise econômica mundial.
A repercussão destes e outros fatores, aliada às novas concepções e usos da
informação,
tem gerado uma síndrome de utilidade e de papéis por parte das
bibliotecas e dos bibliotecários, instando-os a redimensionar os conceitos e as
atividades relacionadas à recepção e armazenagem dos produtos do conhecimento
humano, reorientando instituição e profissional para uma atitude ativa no processo
de disseminação de informações. Esta reorientação implica não só na etimologia da
palavra biblioteca enquanto "coleção de livros", mas também nas atitudes
�5.1
profissionais relacionadas com o tutoramento de acervos e com as possibilidades
crescentes de acesso a informações.
Os avanços da tecnologia interessam não somente às bibliotecas e redes de
bibliotecas, mas também à indústria da informação com seus produtos, que esta
oferece para bibliotecários e usuários.
Pode-se dizer que os pioneiros nesta
indústria foram os sistemas de recuperação de informação desenvolvidos pelo setor
privado, como por exemplo o sistema DIALOG, que provê acesso a centenas de
milhões de registros, estruturado sob uma rede internacional de telecomunicações;
nos serviços de correio eletrônico e nos serviços de busca de documentos on-line.
A velocidade com que a indústria da informação se desenvolve tem levado as
bibliotecas a se preocuparem com novas questões e preocupações nos níveis
teórico e prático.
No nível prático, a existência da Internet, por exemplo, que
permite o acesso remoto a inúmeras fontes de informação, tem levado alguns
estudiosos a alertarem para o risco do desparecimento de algumas funções hoje
privativas das bibliotecas. No nível teórico, as bibliotecas enfrentam o dilema entre
"possuir" uma coleção local de materiais ou incrementar o acesso a materiais no
sentido de "pague-e-leve".
Estas reflexões podem, à primeira vista, indicar que não haverá mais a
necessidade de bibliotecas. Contudo, é provável que estas continuem a ter
coleções (mesmo que em suportes eletrônicos), porém com orientações nãoconvencionais quanto às estratégias e políticas de seleção e aquisição e quanto à
"filosofia" das concepções e diretrizes do controle bibliográfico e da disponibilidade
de publicações/documentos.
�5.1
Longe de ser uma questão consensual, as discussões relacionadas com a
manutenção de acervos, aliadas ou desconectadas da provisão de acesso a
informações e documentos, têm afetado o paradigma da tradicional estrutura e
missão das bibliotecas. O novo paradigma preconiza, em especial para as
bibliotecas universitárias e de pesquisa, que a importância de uma biblioteca não se
resume ao seu acervo interno, mas à sua capacidade de prover acesso para além
das possibilidades dos documentos bibliográficos e de sua coleção limitada. Neste
movimento para o acesso, a cooperação entre as bibliotecas torna-se prioritária,
assim como um aumento na confiança quanto às possibilidades das tecnologias de
informação eletrônica. Esta mudança de paradigma já está afetando diretamente a
criação da informação ela mesma, seu empacotamento e distribuição, as questões
de direito autoral, com reflexos imediatos na maneira com que os bibliotecários
constroem e gerenciam coleções (RUTSTEIN et alii, 1993).
2 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES: UM REPOSICIONAMENTO CONCEITUAL
As coleções de bibliotecas têm sido construídas com base em influências e
coações institucionais. Poucas são desenvolvidas deliberadamente para servir às
necessidades dos indivíduos que não estão diretamente comprometidos com a
organização que comporta a biblioteca. Assim, a natureza da coleção é influenciada
por uma série de fatores, tais como as demandas dos usuários, as decisões
administrativas, as ações governamentais, a disponibilidade de recursos de
�5.1
informação e mais claramente, as questões econômicas (FLEET e WALLACE,
1993).
Assim como existem bibliotecas que, por suas funções, objetivos, perfil de
usuários, leque de atividades e serviços, investem na preservação dos documentos
e da memória de um determinado país (as bibliotecas nacionais, por exemplo),
outras, como as bibliotecas especializadas, orientam-se para a busca de
informação, independentemente dela existir em seu acervo interno. As bibliotecas
escolares, públicas e universitárias estão em uma situação mais delicada, uma vez
que se orientam tanto para a preservação, no sentido da construção e manutenção
de um acervo que previna e antecipe as necessidades de informação de seus
usuários, como estão comprometidas com o acesso a ítens demandados que têm
grande chance de não se encontrarem no acervo interno.
As coleções sempre foram a base de qualquer biblioteca. Joel RUTSTEIN
(1993) afirma que as coleções definem a essência de uma biblioteca, cujos prédios
são construídos para guardar e manter materiais localmente. Estudos feitos em
países desenvolvidos indicam que aproximadamente dois terços do orçamento
operativo da biblioteca é direcionado para aquisição, processamento e preservação
destes recursos. Assim, as coleções também são um símbolo de status para uma
biblioteca. Jasper SHAD (1992) adverte que a noção de que grandes coleções
automaticamente resultam em boas bibliotecas é um dogma tenaz que tem
persistido por mais de dois milênios. Irene HOADLEY (1993) adiciona que a
sociedade sempre trabalhou muito o conceito de que o maior é melhor, e que este
posicionamento refletiu-se no fato de as bibliotecas terem sempre sido avaliadas por
seu tamanho. Porém, a autora pergunta: o fato de uma biblioteca ter três vezes o
�5.1
tamanho da outra a torna três vezes melhor? Para ela o tamanho tem sua
relevância, mas mais importante é a qualidade dos documentos que sustentam ou
compõem o volume numérico do acervo (1993). Estes autores concordam que
muito da discussão sobre acervo e acesso a informações passa pela discussão do
desenvolvimento de coleções.
Atualmente a gerência de coleções necessita levar em conta que as coleções
inevitavelmente se sobrepõem, uma vez que as necessidades das instituições não
são únicas, que os recursos de informação não são infinitos e que a crise financeira
vem dificultando ainda mais as ilusões de auto-suficiência que as bibliotecas
pretendem ter. Jasper SHAD (1992) explica que a onda inflacionária que abalou as
aquisições nas bibliotecas universitárias, principalmente dos periódicos estrangeiros,
nas áreas científica, técnica e médica, fez mais do que somente "achatar"
orçamentos de materiais, reduzir a compra de livros e forçar as bibliotecas
acadêmicas a cancelar assinaturas de jornais; fez, principalmente, com que os
bibliotecários pensassem em como lidar com esta situação. Algumas estratégias
foram desenvolvidas e podem ser divididas em duas categorias distintas: a primeira,
de
luta
a
curto
prazo,
representada
por
cancelamento
de
assinaturas
(particularmente daqueles títulos com aumentos abusivos), redução da compra de
monografias, redimensionamento dos orçamentos, obtenção de mais dinheiro para
compra de materiais e negociação de melhores preços com os editores e
publicadores. Uma segunda perspectiva apareceu quando os bibliotecários olharam
para além do problema mais próximo, enfatizando a mudança do papel da
biblioteca, de depositária de recursos para servidora de acesso, levando-se em
conta que as maiores bibliotecas de pesquisa deverão manter suas grandes
�5.1
coleções retrospectivas. Para as bibliotecas universitárias em particular, os projetos
vagarosos e debilitantes de cancelamento de periódicos são desencorajantes, não
sendo surpreendente que a maioria dos bibliotecários de bibliotecas universitárias
continue a acreditar que suas coleções devem expandir-se apesar dos aumentos
nos custos.
O fato é que a educação superior está enfrentando um período crítico de
austeridade monetária em todo o mundo, sendo isto ainda mais ressaltado nos
países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Os orçamentos para as
bibliotecas universitárias não voltarão a ser generosos (se é que um dia assim o
foram) e o cenário que se descortina indica que as bibliotecas irão poder comprar
cada vez menos.
Estas mudanças têm um grande impacto nos processos de
seleção e aquisição, e uma grande atenção será dada para a aquisição que venha
ao encontro da necessidade imediata do usuário (e não da necessidade
antecipada), havendo uma expansão no papel do usuário no processo de seleção.
Para SHAD o ponto fundamental da redefinição no desenvolvimento de
coleções é o abandono da noção persistente de que a seleção é uma função
primária.
EDELMAN (citado por SHAD) reconceitualizou o desenvolvimento de
coleções, declarando-a uma função de planejamento, em que a seleção ocupava
um papel secundário, dependente da tomada de decisões para implementar tal
plano.
Nesta orientação, os responsáveis pelo desenvolvimento de coleções
precisariam focalizar sete áreas, de modo a responder às demandas de um novo
ambiente:
•
planejamento: definir, descrever e priorizar as necessidades institucionais de
informação, tendo como objetivo maior manter o equilíbrio da coleção. Os
responsáveis devem especificar mais precisamente o que poderá ser adicionado
à biblioteca, baseados na importância dos vários assuntos, nas atividades de
�5.1
ensino e pesquisa e demais fatores utilizados para tomada de decisões relativas
à seleção;
•
•
alocação de recursos: o fato de se ter menos dinheiro pode intensificar a
competição entre os departamento da universidade, aumentando a preocupação
dos professores, alunos e pesquisadores quanto aos critérios e a justiça do
processo de decisão sobre seleção, compra e descarte de materiais;
ligações com os professores: como as aquisições tendem a declinar,
especialmente nas assinaturas de periódicos, os professores poderão insistir em
participar na seleção. Qualquer que seja o papel dos professores, o pessoal
encarregado do desenvolvimento de coleções deverá dispender tempo extra
para explicações, mesmo que isto signifique ouvir expressões de preocupação,
raiva e frustração. Esta é uma oportunidade de alertar e sensibilizar os
professores e pesquisadores quanto à realidade e as condições disponíveis;
.• desenvolvimento de coleções cooperativas: há muitos argumentos a favor de
que grupos de bibliotecas articulem seus recursos com base na ênfase da
instituição mantenedora ou outros fatores. A promessa de desenvolver coleções
conjuntas se torna cada vez mais atrativa quanto mais difícil é, para uma
biblioteca sozinha, sustentar coleções exaustivas. O planejamento deste tipo de
cooperação deve prever uma inevitável tendência a se suspenderem as
assinaturas dos mesmos títulos pelas bibliotecas que emprestam uma das
outras. Uma vez que o empréstimo inter-bibliotecário permanece como uma
importante fonte para o acesso a estes títulos, as bibliotecas cooperantes se
beneficiarão do fato de planejarem a retenção de pelo menos uma assinatura;
•
avaliação: passou-se o tempo em que as bibliotecas poderiam continuar
assinando os periódicos especializados sem verificar seu uso. A enorme
complexidade e a natureza intensamente política deste problema pode
facilmente consumir todas as energias dos responsáveis pelo desenvolvimento
da coleção. Os periódicos devem ser avaliados e adquiridos conforme sua
relevância comprovada;
�5.1
•
alternativas de aquisição: na avaliação de pedidos de compra, atenção
especial deve ser dada ao melhor caminho para a obtenção do item,
questionando o uso efetivo que este item poderá receber, os formatos nos quais
está disponível e de quais fontes pode ser obtido. Também é necessário decidir
se ele pode ser obtido mais rapidamente e com menor custo por meio do
empréstimo interbibliotecário, ou por alguma outra opção que não a da compra;
eficiência na seleção: os selecionadores devem planejar o desenvolvimento
de coleções de modo a reduzir o tempo dispendido na seleção título-a-título. Uma
possibilidade é recrutar pessoas do próprio campus para efetuar a seleção. Alguns
"bibliotecários" paraprofissionais podem possuir a especialidade desejada e ter um
interesse em coleções. Porém, os selecionadores leigos precisam compreender os
objetivos mais amplos do desenvolvimento de coleções, devendo ser
cuidadosamente escolhidos e treinados.
•
3 ESTRATÉGIAS DE ACESSO: AMPLIANDO A FUNÇÃO INFORMATIVA DAS
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Stuart JAMES (1990)
esclarece que as bibliotecas têm, tradicionalmente,
baseado seus serviços em uma filosofia de posse de acervos, comprando,
emprestando ou tornando disponíveis, por meio do serviço de referência, os livros,
periódicos e outros documentos (em diferentes suportes) demandados pelos
usuários ou que, potencialmente, podem ser solicitados. O aumento do empréstimo
interbibliotecário e a proliferação de serviços eletrônicos e redes de informação têm
modificado o conceito e as estratégias de acesso, em parte reforçadas pelo uso de
serviços online em redes internas e externas. No cenário que se descortina, os
usuários podem buscar a informação de que necessitam com base em um leque de
fontes eletrônicas, que podem ou não levar a um documento impresso, que mesmo
não disponível localmente tem grandes chances de ser obtido em algum ponto do
planeta. Isto implica em uma combinação de acesso remoto, redes e armazenagem
ótica, em que a busca e a disponibilização da informação se processa em uma
estação de trabalho individual, fazendo com que o tradicional modelo de biblioteca,
�5.1
voltado para a armazenagem e provisão de documentos, se torne obsoleto. Para
muitos esta é uma projeção tentadora e lógica, que pode resolver muitos dos
problemas atuais causados pela rigidez na estrutura atual das bibliotecas, na
medida em que oferece acesso a uma base de inteligência e conhecimento
totalmente integrada, possível de ser manipulada pelos usuários individualmente, e
conforme suas demandas pessoais. Caso se considere que o futuro das bibliotecas
repousa largamente nas estratégias de acesso, a questão é: quando este futuro
chegará, dadas as limitações dos sistemas atuais?
O fato de mais e mais
tecnologias estarem sendo disponibilizadas e muitas bibliotecas já operarem com
base na estratégia de acesso em graus variáveis depende de fatores como
disponibilidade de recursos, filosofia ou atitude do pessoal da biblioteca e da
demanda (ou mesmo a simples aceitação) por parte dos usuários.
Nesta
perspectiva, o empréstimo interbibliotecário poderá ser suplementado pela
disponibilização de documentos eletrônicos, que inevitavelmente serão afetados e
dependentes das telecomunicações. O que se pode projetar a curto e médio prazo
para muitas bibliotecas (e a longo prazo para algumas outras) é que ambas as
estratégias, de acervo e de acesso, irão operar conjuntamente e a ênfase em uma
ou outra poderá variar em função do tempo disponível, dos assuntos, do dinheiro
envolvido e das atitudes pessoais de bibliotecários e usuários. Atenção especial
deverá ser dada às diferentes reações que a tecnologia da informação provocará
nos usuários, pois é de se esperar uma certa resistência aos serviços eletrônicos,
ou mesmo um alto grau de expectativa.
Estas tensões não devem ser
subestimadas, sob pena de se tornarem fatores complicadores. O tempo é outro
fator crucial tanto para os bibliotecários como para os usuários, podendo implicar em
�5.1
restrições no desenvolvimento de pesquisa e trabalho, assim como na busca de
financiamentos e de outros recursos. Para as bibliotecas, o investimento financeiro
em hardware, software e assinaturas são consideráveis, assim como o
dimensionamento do espaço físico, cujos custos devem ser considerados para a
manutenção e expansão das coleções tradicionais e/ou das coleções eletrônicas.
Tais fatores devem ser levados em conta ao se planejar o movimento da posse de
acervo para as estratégias de acesso. Estes focos de tensão existem em todas as
bibliotecas, em diferentes períodos de tempo, em diferentes circunstâncias locais e
com diferentes intensidades, sendo cruciais e requerendo monitoramento e
avaliação constantes.
Os constantes aumentos nos preços dos periódicos, principalmente nos
campos da ciência e da engenharia, têm colocado em perigo a habilidade das
bibliotecas universitárias e de pesquisa em garantir a continuidade das coleções de
periódicos junto aos pesquisadores, assim como a manutenção das publicações
secundárias, tais como os índices e abstracts.
A manutenção das assinaturas
apresenta-se como um dilema para as bibliotecas universitárias, uma vez que cada
biblioteca necessita manter a coleção de títulos primários (aqueles mais
freqüentemente requeridos e que formam o núcleo da coleção de periódicos da
universidade). Porém, que alternativa oferecer para aqueles títulos menos citados,
mas que ainda assim são necessários para a pesquisa? Para alguns bibliotecários
a solução é confiar no empréstimo interbibliotecário e em algum sistema de
disponibilização de documentos, combinando-os com acordos de cooperação entre
bibliotecas.
Esta cooperação pode liberar as bibliotecas da obrigatoriedade de
manter todos os títulos de periódicos que seus pesquisadores precisam. Contudo, a
�5.1
questão é: as bibliotecas irão priorizar o sistema de disponibilização de documentos,
de modo a oferecer um serviço efetivo o suficiente para sustentar as demandas de
pesquisa? Os pesquisadores irão apoiar as bibliotecas nesta transição, ou irão a
outro lugar para satisfazer suas necessidades de informação? A disponibilização de
documentos (document delivery) tem sido considerada como uma opção válida para
atender às demandas dos usuários, juntamente com os convencionais empréstimos
interbibliotecários (do próprio material ou de fotocópias), os serviços comerciais de
disponibilização de documentos, a transmissão por telefacsímile, e a transferência
de arquivos para computadores pessoais (downloading) de artigos de periódicos em
formato eletrônico. Muitos dos mecanismos tecnológicos já existem na maioria das
bibliotecas, auxiliando no provimento do acesso dos materiais de pesquisa
dispersos fisicamente, como por exemplo as máquinas de telefacsímile e terminais
que permitem o acesso a redes de informação eletrônicas e acervos disponíveis em
algumas bibliotecas.
Porém, algumas barreiras ainda permanecem, como por
exemplo a morosidade do empréstimo interbibliotecário, cujas versões mais rápidas
são relativamente caras, assim como são os serviços comerciais de busca/entrega
de documentos.
Além disto, o método mais rápido de se obter um artigo é
freqüentemente o mais trabalhoso, o que muitas vezes não é regra nas seções de
empréstimo interbibliotecário da maioria das bibliotecas. O downloading de artigos
ainda não é uma alternativa freqüente, porque poucos dos periódicos mais utilizados
em pesquisa já estão disponíveis neste formato ( ROBERTS, 1992).
O maior problema, no entanto, é a resistência do usuário, principalmente do
pesquisador, em aceitar a estratégia de busca de documentos como um substituto
da posse local, mesmo para os periódicos de menor demanda. Enquanto o
�5.1
empréstimo inter-bibliotecário e os sistemas de disponibilização de documentos têm
sido amplamente discutidos na literatura, poucos estudos têm sido feitos junto aos
usuários a fim de identificar, por exemplo, qual o impacto do atraso no provimento
do documento sobre o trabalho do pesquisador.
O aprimoramento da infra-estrutura tecnológica e organizacional pode vir a
garantir uma rápida e confiável disponibilidade de documentos. Porém, ainda são
muitos os questionamentos quanto ao fato do acesso poder ser tão eficiente a ponto
de substituir a posse local. Uma destas discussões diz respeito à inexistência de
padrões mínimos para medir o desempenho das estratégias de acesso, que possam
incluir tanto o empréstimo interbibliotecário como os serviços comerciais de
busca/entrega de documentos.
TRUESDELL (1994) aponta três critérios para
avaliar o desempenho na atividade de acesso: custo, tempo de resposta e
pertinência.
Neste caso, os mecanismos de acesso devem provar que são
custo/efetivos, rápidos e confiáveis, de maneira a captar a confiança dos usuários,
bibliotecários e administradores. Contudo, o custo real do acesso ainda tem sido
uma questão problemática. Estudos realizados em países desenvolvidos indicam
que os custos do empréstimo interbibliotecário podem variar de um a quinze
dólares. Para a biblioteca, a questão crucial na tomada de decisões diz respeito a:
quando comprar, catalogar e guardar, quando utilizar fornecedores pagos ou
quando utilizar o empréstimo interbibliotecário para obter materiais. Estudos com
base nestes fatores podem eliminar muito da "advinhação" comum aos
bibliotecários que trabalham com os custos relacionados a acesso. (TRUESDELL,
1994).
�5.1
Para RUTSTEIN (1993) será importante que as bibliotecas determinem, em
termos das opções de aquisição ou acesso (em particular dos ítens mais caros),
qual a medida mais custo-efetiva. Em casos mais específicos não se pode ainda
comprovar que a posse é menos onerosa que o acesso, mas, por outro lado, a
rapidez no acesso é ainda um fator a ser considerado em toda a equação, uma vez
que acesso atrasado é, em resumo, acesso negado. Algumas bibliotecas que já
realizaram estudos de custo/benefício, optaram pelo cancelamento de assinaturas
de títulos mais caros, demandando-os, quando necessário, a fornecedores
comerciais de bases de dados. De acordo com o título de periódico e seu uso, o
custo anual de uma assinatura pode exceder em muito o custo da busca de
determinado artigo/documento feita "sob encomenda".
O compartilhamento de
recursos pode oferecer meios para que as bibliotecas lidem com alguns dos
problemas causados pelo dilema acesso versus posse, e o aumento dos custos
relacionados com ambas as estratégias.
Com o desenvolvimento do compartilhamento de recursos, as bibliotecas
poderão estar mais aptas a incrementar suas coleções-núcleo (os famosos vinte por
cento que satisfazem a oitenta por cento das demandas), provendo acesso rapido à
informação que não se encontra no acervo interno, além de estabelecer acordos de
cooperação para o desenvolvimento de coleções comuns para os materiais
periféricos.
Novamente o elemento-chave a embasar o compartilhamento de
recursos é o empréstimo inter-bibliotecário, uma vez que qualquer esforço no
desenvolvimento cooperativo de coleções deve estar intimamente ligado a um
eficiente
sistema
de
disponibilização
de
documentos.
O
empréstimo
interbibliotecário pode variar do empréstimo tradicional, praticado por um número
�5.1
significativo de bibliotecas a acordos recíprocos mais formais. O planejamento de
tais consórcios deve levar em conta que muitas vezes os esforços regionais podem
ser menos onerosos e mais imediatamente benéficos que projetos que envolvem
todo o país (RUTSTEIN, et alii,1993). Para este autor as políticas de coleção
deveriam focalizar a clientela primária, materiais dos assuntos-núcleo da instituição
e protocólos de desenvolvimento de consórcios, ao invés de se buscar as tais
"coleções compreensivas".
Os consórcios de informação são cada vez mais
essenciais, em função da redução do poder de compra que atingiu todas as
bibliotecas em todo o mundo e que tem acarretado a perda da riqueza e
profundidade nas coleções.
Mesmo que a política de desenvolvimento de coleções privilegie o acesso, os
bibliotecários devem reafirmar as orientações básicas da biblioteca universitária: dar
suporte para programas institucionais, atender à pesquisa corrente, estruturar a
coleção para o futuro e trabalhar com os projetos de aquisição dos "materiais
nucleares" da coleção.
Esta transição implica igualmente em uma série de
questões, sendo a mais problemática aquela que exige a tomada de decisão sobre a
alocação de mais fundos para a compra/acesso a materiais ou o repasse de uma
parcela deste custo para o usuário. Optando-se pela segunda alternativa, outras
perguntas se colocam: quanto se deve realocar? - como estimar esta atividade - por
meio do empréstimo interbibliotecário e das demandas por serviços de bases de
dados, por exemplo? A análise final destas reflexões provavelmente indicará um
equilíbrio entre o acervo local e a informação a ser acessada "extra-muros".
(RUTSTEIN, 1993).
�5.1
O fato de que muitos usuários consideram a comutação bibliográfica e/ou o
empréstimo bibliográfico como serviços "frágeis" quanto à velocidade de entrega de
um documento que a biblioteca não possua localmente indica um histórico de baixas
expectativas e baixas prioridades de ambos os lados (usuários e bibliotecários).
Dois outros fatores se aliam a estes e criam uma situação crítica para as bibliotecas
acadêmicas e de pesquisa: os custos crescentes das assinaturas de periódicos e a
disponibilidade de outras fontes de informação além das bibliotecas. Na medida em
que os pesquisadores percebem que as bibliotecas não podem ou não irão obter os
documentos solicitados, eles certamente irão lançar mão de outros procedimentos.
Assim, mais uma vez a credibilidade da biblioteca enquanto intermediária de
informação enfraquecerá. Nestas circunstâncias, o procedimento mais importante
para as bibliotecas é, mais uma vez, identificar o tipo, a natureza e as características
dos serviços de informação desejados pelos pesquisadores (ROBERTS, 1992).
A autora sugere outros tópicos para o aprimoramento das estratégias de
disponibilidade de documentos para serem discutidas e analisadas em sua real
efetividade:
�5.1
•
•
•
•
•
•
•
•
o serviço de disponibilização de documentos deve ser priorizado tanto quanto a
aquisição de periódicos e livros. Caso a disponibilização de documentos seja
realmente considerada como uma maneira de substituir a posse local, o
orçamento para compra de materiais pode ser considerado uma fonte de fundos
para esta atividade. O dinheiro poupado no cancelamento de um periódico de
pouco uso pode ser reorientado para auxiliar no fornecimento de pedidos de
artigos de periódicos que deixaram de ser assinados pela biblioteca;
a disponibilização de documentos deve ser orientada para ser uma operação
rápida e eficiente. Isto significa reduzir os prazos de entrega dos documentos,
estabelecer taxas de cobrança mais altas para pedidos entregues por meios
mais rápidos (telefacsímile, formato eletrônico, entrega expressa, por exemplo),
assim como incrementar o serviço de empréstimo interbibliotecário nos períodos
de férias acadêmicas, uma vez que muitos pesquisadores aproveitam estes
meses para suas buscas bibliográficas;
monitorar e comprometer-se com o contínuo melhoramento da qualidade dos
serviços de disponibilização de documentos, realizando pesquisas entre os
usuários, a fim de determinar sua satisfação, dúvidas, críticas e sugestões;
comprometer o departamento de empréstimo interbibliotecário com a precisão e
qualidade do serviço;
examinar profundamente as rotinas, visando sua simplificação. O usuário não
deverá sentir que seu pedido dependerá de uma localização tão remota e tão
trabalhosa que acabe por pensar que o esforço não vale a pena. As respostas:
"isto leva muito tempo" ou "é mais fácil conseguir de outra maneira" é a razão
mais freqüente para a não-utilização do empréstimo interbibliotecário;
coletar dados relativos ao tempo de resposta entre o pedido do
documento/informação e sua entrega efetiva, utilizando-os para avaliar o
sucesso e o cumprimento dos objetivos da seção de empréstimo
interbibliotecário. Não basta apenas dizer ao usuário o tempo previsto entre a
remessa e a chegada do material, mas sim quanto o usuário terá que esperar
realmente para receber seu pedido;
desenvolver mecanismos inovadores para responder aos muitos desafios do
empréstimo interbibliotecário. Por exemplo, se o usuário objeta sobre a
qualidade do telefacsímile, deve-se obter uma fotocópia; se o usuário necessita
de gráficos e tabelas deve-se utilizar outra opção que não o acesso eletrônico;
estabelecer acordos de coleções cooperativas e buscar sua efetivação nos níveis
administrativos mais elevados da universidade, com base na racionalização dos
recursos para aquisição;
�5.1
•
•
compartilhar as listas de aquisição com as bibliotecas mais próximas. Esta cooperação
irá aumentar a compreensão do usuário da importância do empréstimo interbibliotecário, ajudando-os a compreender que a biblioteca não se limita aos materiais
encontrados no campus da universidade;
esclarecer aos pesquisadores sobre as vantagens dos sistemas de disponibilização de
documentos como um substituto razoável (e talvez necessário) para o acesso aos títulos
de periódicos de pesquisa menos usados. O fato de muitos pesquisadores não
sentirem ainda o impacto total do cancelamento de periódicos não deve durar muito
tempo. O mais importante é que eles compreendam que o empréstimo interbibliotecário e os serviços de disponibilização de documentos podem, em alguns caso,
ser a única solução (ROBERTS, 1992).
4 MAIS PERGUNTAS QUE RESPOSTAS?
O enfoque crescente e difundido de que as bibliotecas devem mudar de uma
orientação de posse/acervo para um serviço de acesso é uma reorientação no
paradigma operacional das bibliotecas, principalmente no que diz respeito à maneira
como os bibliotecários trabalham e como desenvolvem suas atividades. O fato de a
revolução da informação apoiar-se na adaptação dos processos de recuperação de
informação voltados para demandas específicas implica em uma perspectiva
totalmente centrada no usuário. Não se pode prever se isto vai acontecer em sua
totalidade, mas o conceito da biblioteca como "depósito" está perdendo cada vez
mais sua validade. A biblioteca orientada para o suprimento de informações não
está voltada para a coleta de materiais para o uso potencial (just in case...), mas
para uma estratégia de atendimento sob demanda (just in time...). Desta maneira, a
biblioteca passa a adquirir apenas o que o usuário precisa de imediato, liberando
fundos das compras para o acesso. Neste tipo de ambiente é essencial que a
biblioteca conheça bem seus usuários: quem eles são, quais as suas necessidades
�5.1
de informação, como estas necessidades mudam e como eles usam a informação
(RUTSTEIN, et alii, 1993).
Os bibliotecários precisam estar preocupados com o processo de transferência
de informação, ao invés de apenas com o processo de aquisição.
Caso as
bibliotecas desejem assumir o papel de information brokers ou de provedores de
acesso à informação, seus administradores devem olhar para além dos seus
catálogos e coleções. A tendência é que as expectativas dos usuários aumentem,
exigindo dos bibliotecários a habilidade de explorar coleções de bibliotecas e
recursos eletrônicos de informação, onde quer que estejam localizados. O fator
irônico desta situação é que, enquanto as bibliotecas cortam seus orçamentos, o
que implica na compra de poucos materiais, as expectativas dos usuários estão se
expandindo, não somente por mais documentos, mas por uma ampliação do acesso
a informações. Outro fator nesta equação é o fato de que, ao mesmo tempo que
isto acontece para o ambiente das biblioteca, outros mecanismos e instrumentos de
acesso, baseados nas mais variadas tecnologias, estão competindo por estes
mesmos escassos recursos e pela atenção dos usuários/clientes. A compra de
equipamentos ou custos de leasing, a manutenção, a atualização de equipamentos,
os serviços, as taxas de redes e de armazenagem em computador e o treinamento
do pessoal da biblioteca rapidamente devoram o orçamento da biblioteca. O desafio
para os bibliotecários responsáveis pelo desenvolvimento de coleções é atingir um
equilíbrio entre acesso e compra, enquanto buscam servir às necessidades de seus
usuários locais. Neste cenário, a postura mais adequada é focalizar a questão de
acervo e acesso não como condições opostas (mesmo que possam sobrepôr-se em
�5.1
alguns casos) mas como estratégias em um continuum para as atividades de
provimento de informação.
ABSTRACT
Examines discussions about conceptual changes in academic libraries resulting from
the use of computer technology and telecommunications. It presents opinions of
foreign authors regarding modifications in the processes of collection development
and the addition and reshaping (?) of access strategies. It highlights the importance
of decision-making and the impact of the access/ownership binomial (?) on university
libraries and their making users.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 FLEET, Connie van, WALLACE, Danny P. Virtual virtue. RQ, Chicago, v. 32, n.
3, p. 305-309, Spring, 1993.
2 HOADLEY, Irene B. Access vs. ownership : myth or reality. Library
Acquisitions : practice & theory, v. 17, n. 2, p. 1991-195, Sum. 1993.
3
JAMES, Stuart. Ownership and access, database and OPAC : present and
futureopportunities for academic libraries. Library Review, v. 39, n. 4, p. 2132, 1990.
4 ROBERTS, Elizabeth P. ILL/Document delivery as an alternative to local
ownership of seldom-used scientific journals. The Journal of Academic
Librarianship, v. 18, n. 1, p. 30-39, March, 1992.
5 RUTSTEIN, Joel S. et alii. Ownership versus access : shifing perspectives for
libraries. In: GODDEN, Irene P. (ed) Advances in Librarianship, San
Diego : Academic Press, 1993. 254 p. p. 33-60.
6 SAUNDERS, Laverna M. Transforming acquisitions to support virtual libraries.
Information Technology and Libraries, v. 14, n. 1, p. 41-45., March 1995.
7 SCHAD, Jasper G. The Future of collection development in an era of fiscal
stringency : a symposium. The Journal of Academic Librarianship, v.18, n.
1, p. 4-7, March 1992.
8 TRUESDELL, Cheryl B. Is Access a viable alternative to ownership? : a review of
access performance. The Journal of Academic Librarianship, v. 20, n. 4, p.
�5.1
200-206, Sept. 1994.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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A name given to the resource
Acessar ou possuir, eis a questão.
Creator
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Marchiori, Patrícia Zeni
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Aborda as discussões relacionadas com as mudanças conceituais da instituição biblioteca, orientadas pela utilização da tecnologia dos computadores e das telecomunicações. Apresenta a opinião de autores estrangeiros quanto às modificações nos processos de desenvolvimento de coleções e o incremento e redimensionamento das estratégias de acesso. Destaca a importância da tomada de decisões e os impactos do binômio acervo/acesso em bibliotecas universitárias e em seus usuários.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4763/SNBU1996_062.pdf
5aee0288bca2fb81a7d13db558d750e1
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Text
8.3
ADMINISTRAÇÃO DO SETOR BRAILLE DA BIBLIOTECA CENTRAL EM
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA
*
Marília Mesquita Guedes Pereira
Paulo da Silva Chagas*
RESUMO
Discute a importância do Setor Braille da Biblioteca Central da Universidade Federal
da Paraíba como um modelo para uma sociedade em transformação, destacando a
relação deste setor universitário inserida nos programas de extensão das
universidades brasileiras.
1 INTRODUÇÃO
Oportuno e relevante nos parece um dos subtemas deste Evento, que aborda
a “BIBLIOTECA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO ACADÊMICO ATRAVÉS
DE PROGRAMAS DE EXTENSÃO”, o qual sugere algumas reflexões, visto que nos
preocupa o desempenho das bibliotecas universitárias brasileiras, visando a
melhoria de qualidade e produtividade dos serviços e produtos de informação para
os portadores de deficiência visual.
Neste texto resumimos aspectos considerados importantes, relativos a
experiência a frente do Setor Braille da Biblioteca Central da Universidade Federal
da Paraíba.
Como se pode observar, através da literatura, nas duas últimas décadas, têm
se intensificado os estudos e pesquisas na área do atendimento às necessidades
especiais dos portadores de deficiências. É do nosso conhecimento que muitas
�8.3
instituições de ensino superior, no Brasil, estão interessadas e trabalhando nessa
área, apesar das dificuldades de toda ordem, particularmente de recursos humanos
e materiais.
Considerando-se as decisões internacionais e nacionais referentes à
igualdade de oportunidades como direito de todos (Conferência Mundial de
Educação para Todos, Jomtiem - Tailândia, 1990; Encontro Internacional para
Discussão das Políticas de Atendimento aos Portadores de Necessidades
Educativas Especiais, Salamanca - Espanha, 1994; I Encontro de Educação
Especial, das Universidades Brasileiras, com base nas ações de Ensino, Pesquisa e
Extensão, Mato Grosso do Sul, 1995; e I Seminário Nacional de Bibliotecas Braille,
João Pessoa, 1995),
o Setor Braille, a partir de 1978, vem desenvolvendo e
consolidando atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão na área do portador de
deficiência visual, impondo ações, no sentido da melhoria de qualidade de vida
desses cidadãos.
2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR BRAILLE
Antes de iniciar a abordagem do tema específico deste trabalho, é
indispensável, sem pretensão de aprofundamentos teóricos, que se conceitue e se
identifique o Setor Braille da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba
como parte dos programas de extensão nas instituições de ensino superior
brasileiras, visto acreditarmos que a universidade brasileira se inclui como uma
*
Bibliotecários da Universidade Federal da Paraíba-UFPB
�8.3
dessas organizações, capaz de realizar análises críticas e propor alternativas para
viabilizar uma sociedade mais justa.
Ressalte-se, primeiramente, para a definição de que consiste o Setor Braille
da Biblioteca Central desta Universidade, subordinado à Seção de Coleções
Especiais da Divisão de Serviços ao Usuário - DSU, o qual tem sido apontado como
um órgão auxiliar e facilitador na integração social do portador de deficiência visual.
De bastante significância devemos considerar o seguinte princípio: “toda
pessoa tem direito à educação, ao ensino e à pesquisa”. O Setor Braille vem se
empenhando nesta luta, pois sempre está revendo o seu papel de mediador no
processo de transformação social, passando, dessa forma, a atuar decisivamente
na superação de preconceitos. É nosso dever como cidadão lutar pela integração do
portador de deficiência visual no contexto social.
É de fundamental importância destacar que o Setor Braille da Biblioteca
Central da UFPB não funciona como instituição fechada em si mesma, que apenas
produz e fornece material ao usuário passivo, e sim como um instrumento vivo e
ativo de informação à comunidade universitária e local. Necessário se faz completar
a responsabilidade do Setor Braille da Biblioteca Central da UFPB com o deficiente
visual que, através da ação e reflexão, assume um papel de agente questionador do
seu “modus vivendi” e da realidade à qual pertence.
Numa primeira instância é possível afirmar que o Setor Braille vem
participando como agente de transformação sócio-cultural-político, tornando-se
visível à comunidade universitária e local dos portadores de deficiência visual.
3 SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SETOR BRAILLE
�8.3
O Setor Braille da Biblioteca Central da UFPB deve ser visto como parte da
sociedade na qual está inserido e envolvido na ação de desenvolvimento,
preocupando-se, dessa maneira, com o portador de deficiência visual.
Sob esta orientação, o Setor Braille vem implementando ações para a
melhoria de vida desse segmento social, justificando que a nossa Universidade está
interessada e trabalhando com o intuito de desencadear nessa área, apesar das
dificuldades de toda ordem, ações em prol da igualdade de direitos dos deficientes
visuais, injustiçados na medida em que são segregados e estigmatizados.
Destaque para as atividades oferecidas pelo Setor Braille, a saber:
a) empréstimo do acervo bibliográfico junto à comunidade universitária e local
de deficientes visuais com referência a livros e periódicos. Convém
salientar que o
acervo é um dos melhores do Nordeste, recebendo
doações de instituições nacionais e estrangeiras, tais como: Fundação
Dorina Nowill para o Cego, em São Paulo; Instituto Benjamin Constant, no
Rio de Janeiro; Fundação Hilton Rocha, em Belo Horizonte; Santa Casa de
Misericórdia do Porto e Câmara Municipal de Lisboa, em Portugal,
Fundación Braille del Uruguay, National Library Service for the Blind and
Physically
Handicapped,
em
Washington;
Illinois
Department
of
Rehabilitation Services, em Marion, Illinois;
b) gravação de livros, periódicos e texto das necessidades imediatas do
portador de deficiência visual. Esta ação surgiu como necessidade de
servir como mecanismo alimentador a uma categoria carente das
necessidades e interesses nos aspectos informacional, bibliográfico,
�8.3
cultural e de lazer, visto que o acervo existe e não atende satisfatoriamente
às suas necessidades. É essencial, de toda forma, tomar consciência e
esclarecer que a produção das Imprensas Braille Brasileiras atendem
apenas à demanda do ensino básico (1º e 2º grau);
c) atendimento da clientela cega “in loco”. O trabalho é realizado com os
alunos cegos de graduação desta Universidade, do Instituto dos Cegos da
Paraíba “Adalgisa Cunha”, alunos da Universidade Autônoma e a clientela
cega local, no sentido de orientação das suas tarefas escolares. Utilizamos
a máquina Braille, voluntários, funcionários e ledores a fim de que leiam
para os cegos;
d) atendimento
e/ou
aconselhamento
nas
residências
das
pessoas
deficientes visuais, que não têm condições de acesso ao Campus
Universitário. A eles aplicamos a Biblioterapia, numa tentativa de contribuir
para a melhoria de suas condições psicológicas, educacionais e sociais;
e) produção de livros infanto-juvenis. Este serviço é embrionário e estamos
contando com a boa vontade de uma estagiária, aluna do Curso de
Geografia da UFPB;
f) apresentação da hora do conto com as crianças do Instituto dos Cegos da
Paraíba “Adalgisa Cunha”. O que se vem observando é que esta
apresentação tem sido realizada esporadicamente, uma vez que primeiro
deveremos fazer um trabalho com os professores e funcionários daquele
Instituto, a fim de que haja um trabalho sincronizado. É nossa intenção dar
oportunidade ao autor paraibano de questionar o seu livro com a clientela
�8.3
cega infanto-juvenil, tendo um compromisso com a transformação e a
consciência social;
g) contatos mantidos com a imprensa falada e escrita, no sentido de uma
maior divulgação;
h) contatos através de projetos com instituições fomentadoras, com o objetivo
de encontrar meios alternativos de recursos financeiros;
i) elaboração de cursos de Técnica Braille, cursos de Dicção, Seminários,
Fórum de Debates;
j) elaboração de artigos para serem apresentados em Congressos,
Seminários, em revistas de Educação e jornais locais;
k) produção de livros e anais;
l) implantação, em fase inicial, da automação para o portador de deficiência
visual.
4 CONCLUSÃO
Este texto limitou-se a uma avaliação da ação do Setor Braille da Biblioteca
Central da Universidade Federal da Paraíba como agente de transformação. De
imediato, é possível afirmar que o Setor Braille, para que desempenhe o seu papel
com eficiência, deverá estar ligado à implementação das seguintes características:
capacidade de pesquisa, de liderança, de planejamento, de avaliação externa,
administrativa e auto-avaliação, conforme descrito por SOUZA (1993). Podemos
afirmar que, partindo-se da premissa de se ver o Setor Braille como permanente,
essas capacidades e orientações tendem a ser convenientemente utilizadas,
�8.3
gerando, assim, produtos e serviços, atitudes e ações marcantes e o seu sucesso
estará garantido como agente de transformação.
No que diz respeito à biblioteca universitária inserida nos programas de
extensão, justificamos ser suficiente, para este momento de trabalho, que o nosso
Setor Braille pode e deve entrar socializando o saber de seus profissionais,
oferecendo encaminhamentos para soluções e abrindo perspectivas às vezes
insuspeitadas por quem é condenado a lutar para sobreviver. Deste ir-e-vir fecundo
entre pensamento universitário e saber popular pode surgir um novo tipo de
desenvolvimento adequado à cultura local e ao ecossistema regional. A partir desta
prática, a universidade pública resgatará seu caráter público, será servidora da
sociedade e não apenas daqueles privilegiados que conseguem se inscrever nela. É
aqui que a Universidade deve se abrir e se inserir (BOFF, 1994).
Reportando-se ao pensamento acima referenciado, os profissionais de
Biblioteconomia mais uma vez podem ser chamados a observar que há
possibilidade de levar as pessoas que se expõem à sua influência a uma prática de
serviço à comunidade portadora de deficiência visual.
Finalizando e para a compreensão deste trabalho, se faz necessário
enfatizar que os benefícios já alcançados com a dinâmica do Setor Braille, junto à
comunidade universitária e local de portadores de deficiência visual, foram
apresentados no I Seminário Nacional de Bibliotecas Braille, em outubro de 1995,
levando às seguintes recomendações:
a) ao Ministério de Educação e Desporto que através da FAE e Secretaria de
Educação Especial - SEESP, que elabore uma política de publicação de
�8.3
obras prioritárias em formatos adequados para o estudante de 1º, 2º e 3º
grau (DEFICIENTES..., 1996);
b) à Associação Brasileira de Escolas de Biblioteconomia e Documentação,
que estimule as escolas a incluir em seus programas de educação de
graduação e pós-graduação os serviços para os portadores de deficiência
visual;
c) à Fundação Biblioteca Nacional, que envide esforços no sentido de
publicar uma relação de livros falados, constantes dos cinco últimos anos
da bibliografia nacional, para distribuição pelas bibliotecas do sistema que
possuam serviços para portadores de deficiência visual;
d) ao Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas da Fundação Biblioteca
Nacional:
• que colabore com o “Disque Braille”, incentivando o uso da
informática referente à coleta dos acervos dos serviços Braille das
bibliotecas públicas, visando à formação do Catálogo Coletivo
Nacional de Livros em Braille e Livros Falados, destinados aos
portadores de deficiência visual, com atenção especial à produção
própria das bibliotecas;
• que publique o diretório dos serviços de bibliotecas para portadores
de deficiência visual;
e) à Universidade de São Paulo, que possibilite a ampliação de ação do
“Disque Braille” para a formação do Catálogo Coletivo Nacional e que este
catálogo se torne acessível via RENDE;
�8.3
f) à Câmara Brasileira do Livro, que incentive as editoras associadas a
agilizar o processo de autorização de transcrição em Braille ou gravação
em fitas, de obras ou partes delas para utilização do deficiente visual;
g) à Fundação Dorina Nowill para cegos de São Paulo, que mantenha
atualizado o Catálogo de livros reais de cada biblioteca cadastrada, como
também uma divulgação das obras impressas por essa fundação para
cegos;
h) que seja encaminhado através do Setor Braille da Biblioteca Central da
Universidade Federal da Paraíba, um projeto ao Ministério de Educação e
Desporto - Secretaria de Educação Especial/SEESP, com vistas a
publicação dos Anais, assim como de trabalhos selecionados que deverão
compor a Revista Integração do MEC/SEESP;
i) à Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários - FEBAB - que
estimule a implantação de uma Sub-Comissão Brasileira de Bibliotecas em
Braille com a finalidade de coordenar a comunicação entre os serviços
existentes.
ABSTRACT
This paper discusses the importance of the Braille Section of the Federal University
of Paraiba Central Library as a model for a changing society, highlighting the
relationship between this section and community programmes in Brazilian
universities.
�8.3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BOFF, Leonardo. A função da Universidade na construção da soberania nacional
e da cidadania. Cadernos de Extensão Universitária, Rio de Janeiro, v. 1,
n. 1, p. 9-36, 1994.
2 DEFICIENTES terão livros em Braille. Correio da Paraíba, João Pessoa, 11 jun.
1996. p. 6.
3 FERREIRA, Marcos Ribeiro, BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Deficiência física e
inserção social : a formação dos recursos humanos. Caxias do Sul :
EDUCS, 1984. 218 p.
4 INSTALAÇÃO de fóruns permanentes de educação especial, em IES brasileiras
(proposta da Comissão Organizadora), Mato Grosso do Sul, 1995. 5 p. (I
Encontro de Educação Especial, das Universidades Brasileiras, com base nas
ações de Ensino, Pesquisa e Extensão).
5 PEREIRA, Marília Mesquita Guedes. A biblioterapia em instituições de
deficientes visuais: estudo de caso. João Pessoa, 1988. 318 p. Dissertação
(Mestrado em Biblioteconomia) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas,
Universidade Federal da Paraíba.
6 ______. O biblioterapeuta : educação e treinamento. O Norte, João Pessoa,
17 jan. 1993. Biblioteca. Cad. 3, p. 6.
7 _______. Especialistas reúnem-se para discutir bibliotecas em Braille. Correio
da Paraíba, João Pessoa, 14 out. 1995. p. 2.
8 _______. João Pessoa sediará em outubro I Seminário de Bibliotecas Braille.
Correio da Paraíba, João Pessoa, 9 jul. 1995. p.7.
�8.3
9 _______. As prateleiras do saber: surge um novo tipo de bibliotecário. O Norte,
João Pessoa, 27 jan. 1993. Biblioteca. Cad. 3. p. 2.
10 ______. I Senabraille vai analisar novas tecnologias. O Norte, João Pessoa, 8
out. 1995. p. 6.
11 ______. Proposta para implantação de um programa de biblioterapia para
cegos no Instituto dos Cegos “Adalgisa Cunha”. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 16., 1991,
Salvador. Anais... Salvador, 1991. p.741-763.
12 PEREIRA, Marília Mesquita Guedes. Relatório das recomendações do I
Seminário Nacional de Bibliotecas Braille: I SENABRAILLE. João Pessoa,
1995. 3 p.
13 ______. Texto falado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA
E DOCUMENTAÇÃO, 16., 1991, Salvador. Anais... Salvador, 1991. p. 463480.
14 ______. Projeto de automação : Setor Braille da Biblioteca Central da UFPB.
In: SEMINÁRIO SOBRE AUTOMAÇÃO EM BIBLIOTECAS E CENTROS DE
DOCUMENTAÇÃO, 5., 1994, São José dos Campos. Anais... São José
dos
Campos, 1994. p. 101-109.
15 SILVA, Ezequiel Theodoro da. De olhos abertos : reflexões sobre o
desenvolvimento da leitura no Brasil. São Paulo : Ática, 1991. 128 p.
16 SOUZA, Francisco das Chagas. A biblioteca e o bibliotecário como agentes
de transformação. Florianópolis : Editora da UFSC, 1993. p. 25-48.
�
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
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1996
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Português
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Evento
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Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Administração do Setor Braille da Biblioteca Central em bibliotecas universitárias: relato de uma experiência. (Pôster)
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Pereira, Marília Mesquita Guedes Pereira; Chagas, Paulo da Silva
Coverage
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Curitiba (Paraná)
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PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
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Evento
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Discute a importância do Setor Braille da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba como um modelo para uma sociedade em transformação, destacando a relação deste setor universitário inserida nos programas de extensão das universidades brasileiras.
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http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4742/SNBU1996_051.pdf
78b6bdfd236dca515bb29cc10bb3a7e3
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6.14
ADMINISTRANDO A (DES)MOTIVAÇÃO NAS
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
*
Dario Crispim de Assis
**
Gláucia Maria Saia Cristianini
RESUMO
De acordo com as teorias de MASLOW, HERZBERG e McGREGOR, considera-se a
motivação como fator principal para o êxito de ações dentro das organizações. A
partir da análise dos agentes causadores da desmotivação, e utilizando as teorias
citadas, muito pode ser feito para melhorar de fato a motivação dentro das Bibliotecas Universitárias.
1 INTRODUÇÃO
Muitos estudos têm sido realizados sobre motivação nas organizações, sendo
enfocada, através da literatura, a sua importância como fator de melhoria da produção.
Os teóricos clássicos da Administração, representados por TAYLOR, Escola de
Administração Científica, FAYOL, Escola Anatomista ou Psicologista e WEBER, Teoria da Burocracia, estabeleceram princípios coerentes de flexibilidade, imparciais,
encarando o homem como apêndice da máquina.
Contrapondo-se estas teorias, surge ELTON MAYO, com a Teoria das Relações Humanas, que tem como ênfase o homem relacionado com o ambiente que o
cerca. Partindo dessa teoria, vários estudos foram realizados, tendo como pano de
*
**
Bibliotecário da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
Bibliotecária da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
�6.14
fundo a motivação humana nas organizações, visando a melhoria da produção e
enfocando o bem-estar dos empregados relacionado com as condições de trabalho
e com a satisfação de suas necessidades.
Embora não seja a motivação o único fator determinante do comportamento e
do desempenho individual, é considerada um dos mais importantes fatores na Teoria das Relações Humanas, como fator de melhoria da produtividade das organizações. Outras variáveis, dentre elas esforço despendido, capacidade e experiência
anterior, são também influentes para o desempenho individual.
O presente trabalho tenta delinear as causas da (des)motivação na bibliotecas
universitárias, tomando como embasamento as teorias de MASLOW, HERZBERG
e McGREGOR, transferindo suas idéias para a realidade dessas bibliotecas.
2 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A motivação é um dos fatores que explica o comportamento das pessoas. A
administração científica de Taylor baseia-se exclusivamente na busca do dinheiro,
das recompensas salariais e materiais do trabalho: estes seriam os fatores que motivam as pessoas.
Mais tarde, depois de observar os resultados, surgem outras teorias de Administração que enfocaram a motivação de outro modo. Elton MAYO (CHIAVENATO,
1993) chamou a atenção para uma nova teoria: “o homem é motivado não por seus
estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não
materiais”.
�6.14
Para explicar como as pessoas se comportam, é necessário o estudo da motivação humana. Segundo CHIAVENATO (1993), na Teoria das Relações Humanas,
verifica-se que o homem é considerado um animal complexo, dotado de necessidades complexas e diferenciadas. Essas necessidades orientam e dinamizam o comportamento humano em direção a certos objetivos pessoais. Assim que uma necessidade é satisfeita, logo surge outra em seu lugar, em um processo contínuo, desde
o nascimento até a morte das pessoas.
2.1 TEORIA DE MASLOW
Segundo MASLOW, as pessoas são dominadas por motivos ou solicitações de
suas necessidades internas não-satisfeitas, que orientam e determinam o comportamento (CHIAVENATO, 1993).
Há uma escala de prioridades das necessidades humanas, desde as necessidades fisiológicas, de segurança, sociais e de estima até as de auto-realização.
No fundo, MASLOW contribui com uma psicologia da personalidade, dando
ênfase apenas às necessidades internas do homem, não considerando a situação
em que está colocado.
Podemos considerar que as necessidades humanas são colocadas em uma
hierarquia de importância. Ex.: uma pessoa com fome não sente vontade de estudar, amar etc. As necessidades de amor, de posição social, de afirmação, não se
manifestam, quando seu estômago está vazio. Quando as necessidades básicas
estão satisfeitas, outras de nível imediatamente superior passam a dominar o comportamento humano.
�6.14
Não tendo preocupações com o bem-estar físico as pessoas se tornam mais
propensas a procurar enquadrar-se, relacionar-se, serem benquistas pelos seus
companheiros, e assim as necessidades sociais tornam-se motivadoras de seu
comportamento.
Muitas pesquisas demonstram que para atingir objetivos organizacionais um
grupo de trabalho coeso terá muito mais eficiência que igual número de indivíduos
isolados.
Acima das necessidades sociais estão as necessidades do ego, muito significativas
para a administração e para o próprio indivíduo. Elas são relacionadas
com a auto-estima, independência, realização, competência, conhecimento e também com as necessidades de posição social, apreciação e respeito de seu próximo.
E os indivíduos procuram satisfazer estas necessidades, na medida em que se tornam importantes para eles, motivando-os a trabalharem melhor e mostrar do que
são capazes de fazer.
2.2 TEORIA DE HERZBERG
HERZBERG para explicar o comportamento dos indivíduos em situação de
trabalho, criou a Teoria dos Dois Fatores, que orientam o comportamento das pessoas. Esses fatores são denominados higiênicos ou extrínsecos e motivacionais ou
intrínsecos (CHIAVENATO, 1993).
Os fatores higiênicos ou extrínsecos são localizados no ambiente que rodeia
as pessoas e abrangem as condições em que elas desempenham seu trabalho, que
fogem do controle delas, por serem determinadas pelas organizações onde se situ-
�6.14
am: os salários, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão, as condições
físicas e ambientais do trabalho, os regulamentos internos etc.
Os fatores motivacionais ou intrínsecos estão relacionados com o conteúdo do
cargo e a natureza das tarefas que o indivíduo realiza. Deste modo, estes fatores
estão sob o controle do indivíduo, por serem relacionados com as tarefas que ele
executa. Nestes fatores estão envolvidos os sentimentos de crescimento individual,
de reconhecimento profissional e a necessidade de auto-realização.
Dentre estes fatores, alguns são determinados pelas organizações, onde estão
embutidas as recompensas e as punições, que visam, contudo, atender os princípios de eficiência e de economia, ignorando, na maioria das vezes, aspectos de desafio e oportunidade para a criatividade individual. Quando estes fatores são ótimos,
provocam satisfação e, quando são precários, causam a insatisfação.
2.3 TEORIA DE DOUGLAS McGREGOR
McGREGOR (1973) admite a existência de um conflito básico entre as necessidades dos indivíduos e a organização. Nenhuma parte pode ser plenamente satisfeita, porém o administrador deve orientar seus esforços nesse sentido.
A Teoria X supõe que o homem é uma criatura indolente e que foge à responsabilidade, havendo a necessidade de o supervisor organizar todo o seu trabalho e
controlá-lo, como demonstra a Teoria Clássica.
A Teoria Y, considera o homem uma criatura que tem motivações e necessidades que precisa satisfazer, havendo a necessidade do conhecimento da motivação humana como meio de obtenção de eficiência no trabalho.
�6.14
A teoria de McGREGOR afirma que um estilo adequado nas diversas situações pode ajudar a gerar um clima de trabalho favorável que estimule por si mesmo
a alta produtividade, o auto-controle e a criatividade. Por esta teoria o homem renova suas próprias necessidades; esta teoria é normativa, baseia-se em uma filosofia
humanista e tenta integrar as necessidades individuais e organizacionais. Ela propõe uma administração mais participativa ou consultiva, na qual os indivíduos participam ou são consultados quanto às decisões que devem ser tomadas a seu respeito.
É necessário libertar o pessoal do estreito controle da organização convencional, oferecendo liberdade para que possa participar, dirigir suas próprias atividades,
assumir responsabilidade e satisfazer as necessidades de seu ego.
3 MOTIVAÇÃO NA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
A Biblioteca ou Centro de Informação, em sua definição moderna pelo princípio
de organização, segundo TARAPANOFF (1982), caracteriza a Biblioteca Universitária como uma organização sem autonomia própria, dependente da Universidade
como um todo e, particularmente, da unidade a qual está atrelada.
A Biblioteca Universitária, considerada como uma organização aberta ou sistema social, tem como objetivo básico servir aos estudantes, professores, especialistas, pesquisadores externos e internos e a todas as pessoas da comunidade
universitária (TARAPANOFF, 1982), executando as atividades de processos técnicos, serviços ao público e administrativos. Tem como função propiciar condições ao
�6.14
usuário para encontrar a informação de que necessita, cabendo a este usuário julgar
os serviços por ela prestados.
Geralmente o corpo de funcionários lotado nas bibliotecas universitárias é insuficiente para o atendimento de sua clientela, considerando a população de usuários
que comumente tais bibliotecas têm atendido.
A partir de observações, constatadas pessoalmente e pela literatura, no ambiente das bibliotecas universitárias, notamos a evidência da desmotivação de seus
funcionários.
Tomamos como embasamento a teoria de HERZBERG para compreender o
problema da desmotivação existente nestas bibliotecas, o que aliás é bem marcante, por serem negadas as condições embutidas nos dois fatores expostos a seguir:
Fatores higiênicos – Normalmente as bibliotecas possuem localização de difícil
acesso, instaladas em prédios adaptados, onde as condições ambientais causam
desconforto não só aos funcionários como aos usuários. Os salários e os benefícios
sociais deixam a desejar, contribuindo com estes problemas para criar um ambiente
desagradável.
Fatores motivacionais – Apesar de os serviços serem pertinentes aos cargos, o
acúmulo de tarefas se torna evidente, causando descontentamento e absenteísmo.
Outros fatores que implicam na desmotivação são: a falta de perspectiva de crescimento individual, a falta de reconhecimento profissional por parte dos dirigentes e a
política de promoções que depende da política da Instituição.
Normalmente, identificamos os fatores que causam a insatisfação quando deparamo-nos com eles. Porém, temos apenas uma vaga idéia das razões dessa insatisfação, quando ao nível pessoal. Todos os fatores de satisfação e insatisfação es-
�6.14
tão sempre presentes. Para motivar as pessoas, é mais fácil satisfazer as necessidades de níveis mais baixos e muito mais difícil atender às necessidades de níveis
mais elevados pois, nestes últimos, há uma grande dificuldade em reconhecê-las.
Mesmo que tentemos oferecer condições relativamente agradáveis ao indivíduo, dentro dos aspectos físicos e motivacionais, a insatisfação maior e mais difícil
de reconhecer está nas necessidades internas de cada um, conforme os fundamentos da Teoria de MASLOW.
Sendo a biblioteca um ambiente em que trabalhamos com pessoal de diferentes categorias, em diferentes setores, os serviços são interligados e, dessa forma,
as pessoas precisam saber trabalhar em conjunto. O que comumente ocorre é que
muita informação está nas mãos de poucos, porque estes têm medo de perder suas
tarefas ou tornar-se substituíveis. A maior parte dos funcionários não participa da
tomada de decisões, o que faz com que se tornem inseguros e sem iniciativa. Há,
ainda, as insatisfações que advêm do ambiente externo ao trabalho.
As pessoas acabam passando seus conflitos pessoais para o atendimento ao
usuário, na relação com os colegas, dificultando a formação de grupos de trabalho
estáveis, e prejudicando a imagem da biblioteca junto à comunidade.
GROGAN (1995) ilustra bem o reflexo do mau atendimento das bibliotecas universitárias, citando vários exemplos de atendimentos insatisfatórios, frente aos quais
o usuário, indignado e insatisfeito, afasta-se cada vez mais da biblioteca.
Nas teorias de MASLOW e HERZBERG nota-se a preocupação com a pessoa humana, considerando-a como indivíduo que pensa, sente e age, aproveitandose assim a sua força para um crescimento pessoal e da organização (SACCHI JÚNIOR, 1982).
�6.14
Para McGREGOR, cabe ao administrador reconhecer as necessidades dos indivíduos e integrá-los às necessidades da organização. Conforme citado por MAYRINK (1987), baseando-se na maioria da literatura sobre motivação, no ponto de
vista de McGREGOR os supervisores devem entender os empregados, suas necessidades e causas de satisfação no trabalho de tal forma que possam desenvolver
condições que irão encorajar o trabalho pelo qual os empregados estejam fortemente motivados.
A partir das idéias descritas, consideramos o ambiente influenciando na motivação, conforme de HERZBERG; a personalidade, as necessidades internas do indivíduo, conforme descrito por MASLOW e por fim a liderança, a capacidade do responsável pela biblioteca em administrar, conforme proposto na teoria de McGREGOR.
Analisar tão complexo comportamento de pessoal não é tarefa fácil ao administrador, mas, se considerarmos as teorias acima descritas, procurando aplicá-las
às atividades administrativas, procurando detectar as variáveis que levam a esse
comportamento e tentando, dessa maneira, dirigir e motivar o pessoal, certamente
estaremos com uma verdadeira equipe dentro de nossas bibliotecas, apta para administrar nossas realizações e conflitos.
4 CONCLUSÃO
As organizações se caracterizam por um comportamento voltado para uma
determinada meta ou objetivo, isto é, perseguem metas e objetivos que podem ser
�6.14
alcançados de modo mais eficaz e eficiente pela ação conjunta dos indivíduos
(GIBSON, 1981).
A motivação relaciona-se intimamente com a personalidade do ser humano e
com seu desenvolvimento mental, emocional, profissional e social. Ela leva as pessoas a se superarem e a persistirem para atingir o objetivo que visam.
As organizações criam ambientes nos quais a maioria de nós passa a vida e,
portanto, têm grande influência sobre o nosso comportamento. Muitas vezes, a motivação requer mudanças nas crenças, atitudes e valores das pessoas que trabalham em organizações, a fim de lhes propiciar oportunidades de adaptação ao ambiente sócio-cultural e aceitação de novas tecnologias. As conseqüências dessa situação criam conflitos nos indivíduos, exigindo o aperfeiçoamento do pessoal.
A motivação constitui o fator principal e decisivo no êxito da ação em qualquer
empreendimento coletivo. Portanto, o administrador deve examinar como o trabalho
é organizado, a forma pela qual a responsabilidade é atribuída, a maneira pela qual
os objetivos são estabelecidos e o planejamento realizado. O pessoal deverá se atualizar com os novos recursos tecnológicos, adquirir novas atitudes e hábitos. Promover esta motivação é muito importante em qualquer empreendimento humano e
coletivo.
Embora a literatura específica sobre a motivação em bibliotecas seja escassa,
podemos adaptar a Teoria Geral da Administração para qualquer organização e,
assim, concluir que no caso da Biblioteca Universitária fica evidente que a falta de
condições ambientais, o acúmulo de serviços, a falta de treinamento de pessoal e o
desinteresse do administrador no planejamento são fatores que causam a desmotivação de seus funcionários. A partir das teorias estudadas, muitas ações poderão
�6.14
ser desenvolvidas e o resultado do desempenho poderá atingir os objetivos desejados.
O poema abaixo, extraído da obra de KONDO (1994) ilustra e exemplifica em
nossa conclusão a importância da liderança no processo de motivação.
“Vamos nos livrar da gerência”
As pessoas não querem ser gerenciadas.
Elas querem ser lideradas.
Alguém já ouviu falar de gerente mundial?
Líder mundial, sim.
Líder educacional, líder político, líder religioso, líder escoteiro,
líder comunitário, líder dos trabalhadores, líder empresarial.
Eles lideram.
Eles não gerenciam.
A cenoura sempre vence o chicote.
Pergunte ao seu cavalo.
Você consegue liderar seu cavalo até a água, mas você não consegue
gerenciá-lo para que beba.
Se você quer gerenciar alguém, gerencie você mesmo.
Faça isso direito e você estará apto para parar de gerenciar.
E começar a liderar.”
ABSTRACT
According to the theories of Maslow, Herzberg and McGregor, motivation is the main
factor for success in organizations. On the basis of these theories and an analysis of
factors which cause motivation, much can be done to improve motivation in university libraries.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed. São
�6.14
Paulo : Makron Books, 1993.
2 FRANÇOIS, A. R. Manual de organização. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico,
1972.
3 GIBSON, J. L., IVANCEVICH, J. M., DONNELLY Jr., J. Organizações : comportamento, estrutura, processos. São Paulo : Atlas, 1981.
4 HOWELLS, G.W. Aspectos humanos da gerência. Rio de Janeiro : Vozes,
1972.
5 KONDO, Y. Motivação humana : um fator-chave para o gerenciamento. São
Paulo : Ed. Gente, 1994.
6 LOPES, T.V.M. Motivação no trabalho. Rio de Janeiro : FGV, 1980.
7 MAURÍCIO, H. A motivação do funcionário público : a experiência norteamericana. Rio de Janeiro : IBCA/FGV, 1961. (Série de Administração
Comparada, v. 6).
8 MAYRINK, P.T. Motivação no trabalho de bibliotecas. B. ABDF Nova Série,
Brasília, v. 10, n. 1, p. 22-23, jan./mar., 1987.
9 MCGREGOR, D. Motivação e liderança. São Paulo : Brasiliense, 1973.
10 SACCHI JÚNIOR, N. Agentes que atuam como motivadores para os
funcionários das bibliotecas XZ/Pelotas : um levantamento baseado na
teoria de Herzberg. In: JORNADA SUL-RIOGRANDENSE DE
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 7., 1982, Porto Alegre. Anais...
Porto Alegre : Associação Rio Grandense de Bibliotecários, 1982. p. 357376.
11 SHERMAN, H. A motivação do funcionário público: a experiência norteamericana. Rio de Janeiro : FGV, 1961.
12 TARAPANOFF, K. A biblioteca universitária vista como organização social. In:
ESTUDOS avançados em biblioteconomia e ciência da informação. Brasília : ABDF, 1982. v. 1.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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A name given to the resource
Administrando a (des)motivação nas bibliotecas universitárias.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Assis, Dario Crispim de; Cristianini, Gláucia Maria Saia
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
De acordo com as teorias de MASLOW, HERZBERG e McGREGOR, considera-se a motivação como fator principal para o êxito de ações dentro das organizações. A partir da análise dos agentes causadores da desmotivação, e utilizando as teorias citadas, muito pode ser feito para melhorar de fato a motivação dentro das Bibliotecas Universitárias.
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7488b41bdb84711c928c7aeb84f6504c
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5.19
ANÁLISE COMPARATIVA DE REVISTAS DA ÁREA DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL: UM RELATO
Ilce Gonçalves Milet Cavalcanti*
**
Vera Labatut Pinto Ribeiro Afonso
RESUMO
Este artigo apresenta a metodologia aplicada na implantação do projeto de indexação de periódicos na área de Comunicação Social. Em decorrência, indica para o
estudo o núcleo representativo de títulos nacionais, analisa quantitativamente os
artigos e resumos publicados no período de existência e faz uma análise comparativa entre as quatro revistas estudadas.
1 INTRODUÇÃO
A iniciativa deste trabalho partiu do projeto aprovado pelo CNPq, intitulado
“Indexação de periódicos da área de Comunicação Social”. O projeto foi desenvolvido na Biblioteca da Escola de Comunicação da UFRJ.
O objetivo principal foi o de fornecer ao usuário da Biblioteca informações
contidas nos principais periódicos nacionais da área, que constam do acervo.
Através do manuseio das obras e do prosseguimento do trabalho de análise
*
**
Bibliotecária da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Estudante do Curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal Fluminense.
�5.19
para formar os catálogos de autor, título e assunto, surgiu a idéia de analisar as revistas e equiparar os seus resultados.
2 RECURSOS HUMANOS
O projeto foi desenvolvido por uma equipe constituída de um bibliotecário, um
bolsista de apoio técnico, um bolsista de iniciação científica e um digitador.
3 METODOLOGIA
A responsabilidade de identificar os periódicos ficou com a coordenação do
projeto, tendo por critério o título que apresentasse a coleção mais completa possível e que fosse reconhecido na área, através dos seguintes parâmetros: instituição
reconhecida na área, comitê científico, artigos com fundamentos e penetração na
comunidade acadêmica.
Para a coordenação do projeto ficou ainda a indicação dos assuntos contidos
nos artigos, seguindo os termos adotados pela Biblioteca, consultando o vocabulário
controlado existente.
As atividades cabíveis aos bolsistas ficaram assim distribuídas:
a) para o catálogo impresso/base de dados:
• verificar no Kardex o período de abrangência dos periódicos;
• retirar das estantes os fascículos referentes aos títulos indicados pela coordenação do projeto;
• estudar a ABNT - Norma de Referências Bibliográficas - especifica-
�5.19
mente para artigos de periódicos;
• elaborar ficha com referência bibliográfica completa;
• acrescentar na ficha o resumo do artigo, quando houver;
• remeter o material para a digitação;
• correção da listagem;
b) para o catálogo da Biblioteca/ECO:
• elaborar ficha com referência bibliográfica completa;
• abrir ficha de autor, título e assuntos para cada artigo;
• alfabetar as fichas;
• indexar as fichas no catálogo de autor, título e assuntos.
4 TÍTULOS DE PERIÓDICOS SELECIONADOS
A proposta apresentada no projeto foi a de criar um núcleo representativo de
periódicos na área de Comunicação Social, utilizando a coleção da Biblioteca de
Pós-Graduação da ECO, seguindo os critérios apontados anteriormente.
O núcleo ficou constituído pelos seguintes títulos:
a) Comunicação & Educação;
b) Comunicação & Política;
c) Comunicação e Artes;
d) Comunicarte;
e) ECO - Publicação da Pós-Graduação da Escola de Comunicação da
UFRJ;
f) Imagens;
�5.19
g) INTERCOM - revista brasileira de Comunicação;
h) Novos Estudos CEBRAP;
i) Revista de Biblioteconomia & Comunicação;
j) Tempo Brasileiro - revista trimestral de Cultura.
Porém, em decorrência do curto período (doze meses) de vigência do projeto,
foi possível analisar apenas quatro títulos, cujas coleções têm abrangência significativa e são conhecidas no meio acadêmico.
Os títulos trabalhados encontram-se no QUADRO 1 com os respectivos resultados do processo.
QUADRO 1 -TÍTULOS SELECIONADOS - RESULTADO
TÍTULOS
FASCÍCULOS
ARTIGOS
ENTRADAS*
Comunicação & Política
17
184
833
Comunicação & Sociedade
20
239
981
Revista Comunicações e Artes
26
312
624
Comunicarte
02
27
54
TOTAL
65
762
2492
* Equivale a autor, título e assunto
5 ANÁLISE DAS REVISTAS
Conforme foi demonstrado, o projeto analisou apenas quatro títulos da área,
com resultados bastante significativos, o que permitiu traçar o perfil de cada um.
�5.19
5.1 COMUNICAÇÃO & POLÍTICA
A trajetória editorial da presente revista foi a seguinte:
1983 (criação)
Editor: Paz e Terra
Endereço: Rua São José, 90/1801
Rio de Janeiro - 20.010-020
1984
Editor: Achiamé
Endereço: Rua da Lapa, 180 - sobreloja
Rio de Janeiro - 20.021
1985/1989
Editor: Forense-Universitária
Endereço: Rua do Catete, 311/813
Rio de Janeiro - 22.220
1990/1991
Editor: Oito de Março
Endereço: não consta na publicação
1992/1994
Editor: CEBELA (Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos)
Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443
Cidade Universitária - São Paulo - 05651-031
Periodicidade: Trimestral
ISSN: 0102 - 6925
�5.19
A coleção analisada abrange o período de 1983 a 1995, contendo algumas
falhas que serão apresentadas no Quadro 2, assim como o mapeamento do trabalho na revista.
QUADRO 2 - COMUNICAÇÃO & POLÍTICA - RESULTADO
DATA
v.
n.
TOTAL
%
TOTAL
%
OBSERVAÇÃO
ARTIRESUMOS
GOS
1983
1
1
05
2.72
01
2.56
-1983
1
2
----a bt. não possui
1984
2
1/2
07
3.80
---1984
2
3/4
07
3.80
---1985
3
1/4
07
3.80
---1986
1
6
03
1.63
---1987
1
7
05
2.72
---1988
1
8
10
5.43
---1989
1
9
04
2.17
---1989
9
2/4
12
6.52
---1990
9
11
09
4.90
---1990
9
12
----a bt. não possui
1991
10 13/14
20
10.87
---1992
11
16
09
4.89
08
20.51
-1993
12 18/19
11
5.98
01
2.56
-1993
13 22/25
19
10.33
---1994
1
1
13
7.07
09
23.08
-1994/95 1
2
29
15.76
08
20.51
-1995
1
3
14
7.61
12
30.78
-TOTAL 10
17*
184
100.00
39
100.00 * 02 fascículos a bt. não
possui
Nota: bt. = abreviatura para “Biblioteca de Comunicação da UFRJ”
5.1.1 Análise
De acordo com os dados apresentados verifica-se que a revista tem doze anos de existência, o que no Brasil significa uma certa estabilidade e, conseqüentemente, credibilidade por parte dos profissionais da área.
Porém, constata-se que:
�5.19
• não existe coerência entre volumes e números ao longo dos anos;
• dois fascículos não foram analisados, em decorrência de a Biblioteca/ECO
não dispor deles em seu acervo, o que não afetou significativamente o resultado;
• existe uma variação de artigos apresentados em cada fascículo (03-29);
• o período mais produtivo refere-se a 1994/95, com um total de 29 artigos, o
que representa 15.76% do total de 184 artigos distribuídos nos 12 anos;
• os resumos, que deveriam acompanhar todos os artigos, apresentam-se
no período citado acima em número de apenas 39, com um percentual, em
1995, de 30.78%.
Disto se conclui o seguinte:
• na elaboração do periódico as normas da ABNT não são levadas em consideração, o que dificulta o acompanhamento da existência da coleção;
• a transferência de responsabilidade das editoras a cada ano prejudica a
continuidade do periódico dentro dos padrões mínimos para atender os interesses de uma comunidade, como é o caso da variação de artigos apresentados (03-29) por fascículo;
�5.19
• após a transferência de responsabilidade da editoração para universidades
(USP e UFRJ), constata-se um equilíbrio no tocante a artigos publicados
(entre 09 e 29 artigos). Para ser feita uma comparação, em 1986, no v. 1,
n. 6, foram apresentados apenas 03 artigos.
5.2 COMUNICAÇÃO & SOCIEDADE
Esta revista iniciou-se em 1979 e continua até o momento sob a responsabilidade de uma instituição de ensino superior.
• Editor: Instituto Metodista de Ensino Superior.
• Endereço: Rua do Sacramento, 230
Rudge Ramos - São Bernardo do Campo - SP
• Periodicidade: semestral
• ISSN: 0101 - 2657
A coleção analisada abrangeu o período de 1979 a 1994, apresentando-se o
trabalho desenvolvido no Quadro 3.
�5.19
QUADRO 3 -COMUNICAÇÃO & SOCIEDADE - RESULTADO
DATA
v.
n.
TOTAL
ARTIGOS
%
TOTAL
RESUMOS
%
OBSERVAÇÃO
1979
1979
1980
1980
1981
1981
1982
1982
1983
1983
1984
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1991
1992
1993
1993
1994
TOTAL
1
1
1
1
3
3
4
4
5
5
6
6
7
7
7
-9
-10
10
-11
12
13
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
-16
-17
18
-19
20
22
20*
20
12
10
10
11
11
15
14
12
14
14
-15
13
10
-11
-10
10
-09
10
08
239
8.37
5.02
4.18
4.18
4.60
4.60
6.28
5.86
5.02
5.86
5.86
-6.28
5.44
4.18
-4.60
-4.18
4.18
-3.77
4.18
3.36
100.00
11
12
10
10
09
10
14
10
12
------------09
10
08
125
8.80
9.60
8.00
8.00
7.20
8.00
11.20
8.00
9.60
------------7.20
8.00
6.40
100.00
-----------a bt. não possui
---não houve publicação
-não houve publicação
--não houve publicação
---* 01 fascículo a bt. não possui
5.2.1 Análise
O periódico em estudo apresenta treze anos de atividade editorial, apesar de
sua implantação ter sido em 1979, o que somaria quinze anos. O QUADRO 3 mostra interrupções nos anos de 1988, 1990 e 1992.
�5.19
De acordo com o quadro, constata-se o seguinte:
• nos anos de 1979 e 1980 foi publicado o v. 1 da revista, abrangendo os
números de 1-4;
• na coleção não aparecem os volumes 2 e 8;
• o fascículo 21 não consta da coleção, passando do 20 para o 22;
• a revista mantém um equilíbrio na publicação de artigos, apresentando
uma média de 12 artigos por fascículo, contendo a maior concentração em
20 artigos e a menor em 08;
• no período de 1979/1983 todos os artigos são acompanhados de resumos,
o que totaliza 98, com uma média de aproximadamente 11 artigos por fascículo;
• no período de 1983/1991 os fascículos não apresentam resumos;
• de 1993 a 1994 os artigos voltam a apresentar resumos;
• existe um total de 239 artigos para 125 resumos.
Conclui-se que:
• apesar de ser uma revista de uma instituição acadêmica responsável por
sua edição e de apresentar um índice de organização e produtividade alto,
há um período muito longo sem resumos, o que resulta em prejuízo para a
área e para a clientela;
• em determinados períodos, a numeração do volume e do fascículo não seguem a norma da ABNT para apresentação de periódicos.
5.3 COMUNICAÇÕES E ARTES
Este periódico teve início em 1970 e continua ativo. Responsável por sua
�5.19
publicação é a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).
• Editor: Escola de Comunicação e Artes - ECA/USP
• Endereço: Av. Prof. Lúcio Rodrigues, 443
São Paulo - 05508 - 900
• Periodicidade: quadrimestral
• ISSN: 024270 - 5
Foi analisado o período de 1970 até 1994, cujo resultado está demonstrado
no Quadro 4.
�5.19
QUADRO 4 - COMUNICAÇÕES E ARTES - RESULTADO
DATA
v.
1970
1970
1970
1971
1971
1972/76
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1986
1986
1987
1988
1988
1989
1989
1989
1990
1990
1991
1991
1992
1993
1994
TOTAL
1
1
1
---------12
---12
11
-13
13
14
14
14
15
15
15
15
16
-17
08
n.
TOTAL
%
TOTAL
%
OBSERVAÇÃO
ARTIGOS
RESUMOS
1
07
2.24
--2
11
3.53
--3
07
2.24
--4
15
4.81
--5
10
3.21
-------a bt. não possui
7
14
4.49
13
12.62
-----não houve publicação
8
11
3.53
05
4.85
9
14
4.49
14
13.59
10
11
3.53
--11
18
5.77
18
17.47
-08
2.56
--13
10
3.21
01
0.97
14
15
4.81
--15
17
5.45
--16
17
5.45
--17
17
5.45
-------não houve publicação
18
08
2.56
04
3.88
19
13
4.17
08
7.77
20
07
2.24
04
3.88
21
28
8.97
--22
07
2.24
07
6.80
23
10
3.21
07
6.80
24
09
2.88
07
6.80
25
08
2.56
07
6.80
26
06
1.91
--27
----apenas comunicações
-----não houve publicação
28
14
4.49
08
7.77
26*
312
100.00
103
100.00 * 01 fascículo a bt. não possui
5.3.1 Análise
A revista foi criada em 1970, tendo, portanto, vinte e quatro anos de existência.
�5.19
Completou uma coleção mais extensa do que a apresentada no QUADRO 4,
em decorrência da falha apresentada no acervo da Biblioteca/ECO, no período de
1972 a 1976.
Vale ressaltar que não houve publicação nos anos de 1978, 1987 e 1993. O
volume 16, número 27, do ano de 1992, não foi considerado na análise por tratar-se
de um fascículo contendo apenas comunicações. Desta forma, ficam assim os pontos a serem considerados:
• verifica-se que a revista não segue as normas da ABNT para apresentação
de periódicos;
• existe uma média de 17 artigos publicados por ano estudado (18 anos);
• o percentual maior de publicação é de 8.97%, contendo 28 artigos no v.
14, n. 21, 1989;
• dos 312 artigos foram apresentados apenas 103 resumos;
• em dois anos (1980 e 1982) coincidem os totais de artigos com os de resumos;
De acordo com os pontos ressaltados, conclui-se que:
• apesar de a revista ser editada por um órgão acadêmico e público, ela não
apresenta regularidade na sua periodicidade;
• a ausência da normalização na apresentação do periódico traz dificuldades para identificar a coleção existente e para manter uma política editorial, entre outras;
• a falta de uma política editorial é notada na diferença entre o total de artigos apresentados (312) e o total de resumos (103);
• existe um prejuízo na “produção” da área, nos períodos em que não houve
�5.19
publicação.
5.4 COMUNICARTE
Esta revista teve início em 1982, sob a responsabilidade da PUC/CAMP.
• Editor: PUC/CAMP - Instituto de Artes e Comunicações
• Endereço: Campus I - Rodovia D. Pedro I, km 112
Campinas - São Paulo 082.894-7
• Periodicidade: Irregular
• ISSN: 0102 - 0242
Apesar de seus doze anos de existência, para o projeto foram trabalhados
apenas dois anos da revista, em decorrência do curto prazo da pesquisa. Porém, o
QUADRO 5 oferece a trajetória completa do periódico, de 1982 a 1994.
QUADRO 5 -COMUNICARTE - RESULTADO
%
OBSERVAÇÃO
TOTAL
%
TOTAL
ARTIGOS
RESUMOS**
1982
1
1
11
6.28
10
17.23
trabalhado
1983
1
2
16
9.14
16
27.59
trabalhado
1984
2
3
16
9.14
16
27.59
-1984
2
4
16
9.14
16
27.59
-1985
3
5
13
7.43
---1985/1986
3/4
6/7
05
2.86
---1986
4
8
10
5.72
---1987
5
9/10
24
13.71
---1988
6
11/12
12
6.86
---1989/1990
7/8 13/14
12
6.86
---1991
9
15
10
5.72
---1992
10
16/17
11
6.28
---1993
11
18
09
5.14
---1994
11
19
10
5.72
---TOTAL
11*
14*
175
100.00
58
100.00 * conforme as publicações
**
a partir de 1985 a revista tem nova política editorial, de acordo com a qual ficam excluidos os resumos
DATA
v.
n.
�5.19
5.4.1 Análise
COMUNICARTE tem 12 anos de existência e contém 11 volumes, com 14
fascículos.
Verifica-se o seguinte na publicação estudada:
• nos períodos de 1985/1986 e 1989/1990 a publicação agrupou os volumes
3/4 e 7/8, respectivamente;
• os dados da revista têm coerência ou seja, o ano com o volume e número;
• a edição é corrente;
• há um equilíbrio dos artigos publicados por fascículo;
• verifica-se a ausência de resumos a partir de 1985.
De acordo com a análise, conclui-se que:
• houve preocupação do editor em dar continuidade à sua publicação, não
deixando nenhum período a descoberto. É o caso de 1985/1986 e
1989/1990;
• a publicação segue as normas da ABNT para periódicos, o que resulta em
uma coleção organizada, com informações precisas sobre o periódico;
• possui uma média de 12 artigos por fascículo publicado;
• a maior concentração de artigos é em 1987, com 24, o que representa
13.71% da produção total;
• no período de 1982 a 1984, oferece 58 resumos, com uma média de 15,
distribuídos em 4 fascículos;
• a grande falha da revista é a ausência do resumo a partir de 1985, do que
resultaram 8 fascículos sem informação precisa ao leitor.
�5.19
6 ANÁLISE COMPARATIVA
Após o mapeamento das revistas estudadas, apresenta-se um quadro comparativo para demonstrar qual a mais produtiva, o período de atividade, a periodicidade, se é órgão governamental ou particular etc. Desta forma, o Quadro 6 detalha
os dados e ressalta a análise.
�QUADRO 6 - PERIÓDICOS - ANÁLISE COMPARATIVA
TÍTULOS
PERÍODO
LOCAL
ÓRGÃO
PERIODICIDADE
QUANTIDADE
ARTIGOS
ARTIGOS/
RESUMOS
RESUMOS
Privado
Público
Anos
*
VOLUMES
NÚMEROS
������
��
������
��
��
��
��
Comunicação & Política
1983/1995
RJ/SP
x
x
Trimestral
13
10
17
184
20.22
39
12.00
145
24.79
Comunicação & Sociedade
1979/1994
SP
x
--
Semestral
13
10
20
239
26.26
125
38.46
114
19.49
Comunicações e Artes
1970/1994
SP
--
x
Quadrimestral
17
08
26
312
34.29
103
31.69
209
35.72
**
Comunicarte
1982/1994
SP
x
--
Irregular
12
11
14
175
19.23
58
17.85
117
20.00
3
2
55
39
77
910
100.00
325
100.00
585
100.00
TOTAL
25
* Anos trabalhados: ficaram ausentes os anos não publicados e os que a Biblioteca não possuía.
** Período trabalhado no projeto: 1982/1983.
�Fazendo-se uma análise comparativa dos títulos estudados, destacam-se os
seguintes pontos:
• a revista mais antiga é “Comunicações e Artes”, iniciada em 1970 e editada por um órgão público situado em São Paulo;
• a maior parte das revistas é editada por órgãos privados;
• o período de cobertura das revistas na Comunicação abrange 25 anos, cabendo ao periódico “Comunicação e Artes”, durante 17 anos de existência,
o maior número de anos e fascículos publicados;
• observa-se que a maior quantidade de volumes recai para a “Comunicarte”, com 11, enquanto a maior quantidade de fascículos coube a “Comunicações e Artes”, com 26;
• totaliza-se em 910 a quantidade de artigos apresentados pelas 4 revistas,
destacando-se o total de 312 artigos para o periódico “Comunicações e Artes”, o que representa um percentual de 34.29% do universo pesquisado;
• a maior quantidade de resumos cabe ao periódico “Comunicação & Sociedade”, com 125, o que representa 38.46% do total;
• destaca-se uma diferença de 585 entre o total de artigos e o total de resumos, percebendo-se a maior diferença para a revista “Comunicações e Artes” com 209, o que equivale a um percentual de 35.72%.
Mediante os pontos colocados, conclui-se que:
• a revista “Comunicações e Artes”, a mais antiga, apresenta a maior quantidade de fascículos e de artigos, mas tem o maior índice de diferença entre
artigos publicados e resumos;
�• o periódico “Comunicação & Sociedade” apresenta o maior número de resumos;
• a Comunicarte se destaca com a maior quantidade de volumes.
Em suma, conclui-se que a “Comunicações e Artes” possui uma política editorial mais definida, resultando numa publicação mais segura em difundir o conhecimento da área.
7 RESULTADO
Como resultado prático do projeto, cita-se a alimentação dos catálogos da
Biblioteca através de autores, títulos e assuntos, constantes nos artigos das revistas
estudadas.
Em conseqüência, o uso de periódicos tornou-se uma constante, principalmente para os alunos dos cursos de graduação, que em geral não dominam outro
idioma que o vernáculo.
Considera-se também a formação da base de dados, que facilita a manutenção e a recuperação da informação, tendo como subproduto o catálogo impresso.
A base foi programada em MICROISIS e oferece formas de recuperação pelos autores, títulos e assuntos.
O presente artigo é uma contribuição decorrente do projeto.
8 CONCLUSÃO
As conclusões referentes aos periódicos acompanham a descrição de cada
um no texto. Entretanto, é preciso ressaltar aqui que os editores não cumprem com
�o compromisso da periodicidade. Nota-se que, com exceção da COMUNICARTE,
que assumiu uma periodicidade irregular, as outras revistas ultrapassam o trimestral,
quadrimestral e semestral, contrariando compromissos assumidos.
Os benefícios do projeto atingiram vários segmentos.
a) Na Biblioteca da Escola de Comunicação:
• conseguiu-se reunir em seus catálogos informações que estavam perdidas
no acervo, apesar da existência da Bibliografia Brasileira de Comunicação;
• formou-se uma base de dados que facilitará o acesso e a manutenção da
coleção;
• disponibilizam-se informações nacionais relevantes e atualizadas da área
para o usuário;
• há facilidade no acesso à informação;
• há precisão na obtenção de informação;
• oferece-se maior abrangência de documentos para os trabalhos desenvolvidos pelos alunos da graduação.
b) para a área de Comunicação:
• análise dos periódicos da área;
• disseminação da informação contida nos periódicos;
• opções de leitura para a habilitações da área.
Em suma, houve uma contribuição bastante significativa, sendo que o maior
beneficiado é o usuário, que recupera a informação e a transfere através dos seus
produtos acadêmicos, dando assim a sua parcela de contribuição, não apenas para
o campo do conhecimento, como também ao crescimento educacional da sociedade.
�ABSTRACT
This paper describes the methology used in a project for indexing journals in the area of Social Communication, resulting in a list of core national titles, a quantitative
analysis of articles and abstracts, and a comparative analysis of the four journals
studied.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BRAGA, G., OBERHOFER, C. A. Diretrizes para a avaliação de periódicos
científicos e técnicos brasileiros. Revista Latinoamericana de
Documentación, Brasília, v. 2, n. 1, p. 27-31, ene./jun. 1982.
2 CAVALCANTI, I. G. M. Padrões de citação em Comunicação : análise
das dissertações apresentadas à ECO/UFRJ. Rio de Janeiro, 1989. 135 p.
Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)-UFRJ/IBICT.
3 FERREIRA, Antonio Augusto. Índice de Veja : de um simples fichário a uma base
de dados eletrônica. In: ENCONTRO NACIONAL DE BIBLIOTECONOMIA E
INFORMÁTICA, 2., 1986, Brasília. Anais... Brasília : ABDF/IBICT, 1986. p.
103-110.
4 LEMOS, M. L. V. de. A indexação de artigos de periódicos nacionais de Direito
pela rede de bibliotecas coordenada pela Biblioteca do Senado Federal. In:
ENCONTRO NACIONAL DE BIBLIOTECONOMIA E INFORMÁTICA, 2.,1986,
Brasília. Anais... Brasília : ABDF/IBICT, 1986. p. 499
5 PAISLEY, W. J. Communication in the Communication Sciences. In: DERVIN, B.,
VOIGT, M. (Eds.). Progress in the Communication Sciences, Norwood, NJ:
Ablex, 1984. p. 1-43.
6 REEVES, B., BORGMAN, C. L. A bibliometric evaluation of core journals in
communication research. Human Communication Research, n. 10, p.
119-136, 1983.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Análise comparativa de revistas da área de comunicação social: um relato.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Cavalcanti, Ilce Gonçalves Milet; Afonso, Vera Labatut Pinto Ribeiro
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este artigo apresenta a metodologia aplicada na implantação do projeto de indexação de periódicos na área de Comunicação Social. Em decorrência, indica para o estudo o núcleo representativo de títulos nacionais, analisa quantitativamente os artigos e resumos publicados no período de existência e faz uma análise comparativa entre as quatro revistas estudadas.
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6.3
ANÁLISE DA DEMANDA, USO E AVALIAÇÃO DOS
SERVIÇOS OFERTADOS PELO SUBSISTEMA DE BIBLIOTECAS DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Edna Gomes Pinheiro*
Maria Helena Leão Macieira**
***
Virgínia Bentes Pinto
RESUMO
Pesquisa realizada com o intuito de coletar informações que, analisadas, servirão de
subsídios na avaliação dos produtos e serviços ofertados pelo Subsistema de
Ciência e Tecnologia (SBCT) do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do
Ceará. Mostra a necessidade de avaliar e mensurar a eficácia dos serviços
oferecidos pelo citado Subsistema de Bibliotecas, como também a sua situação no
mercado, de forma a rever suas funções, seus métodos e procedimentos. Enfatiza a
forma como os usuários do SBCT fazem uso da informação para o desenvolvimento
de suas atividades acadêmicas e profissionais. Identifica as fontes de informação
mais utilizadas pelos clientes e faz uma análise crítica relativa aos problemas
encontrados no âmbito da pesquisa, apontando, inclusive, possíveis soluções.
1 INTRODUÇÃO
O enorme valor que a informação adquiriu na história da humanidade fez com
que ela se destacasse no mundo atual, constituindo-se, assim, em um elemento de
suma importância para o desenvolvimento da sociedade. Vivemos de informação
de todos os tipos: científica, comercial, humorística etc., e fazemos uso dela em
todas as nossas ações, desde as mais simples até as mais complexas. O constante
*
Profª do Curso de Biblioteconomia da UFC. Especialista em Sistemas Automatizados de Informação
em Ciência e Tecnologia.
**
Diretora do Subsistema de Bibliotecas de Humanidades, Letras e Artes da UFC.
***
Profª do Curso de Biblioteconomia da UFC. Mestre em Biblioteconomia pela UFMG.
�6.3
crescimento na produção de documentos provocou a evolução e o aperfeiçoamento
de métodos e procedimentos capazes de armazenar, recuperar e disseminar a
informação, objetivando a otimização dos recursos informacionais.
Diante de tais fatos, surgem as bibliotecas, também denominadas de
unidades de informação, cujo enfoque se baseia na disseminação e pleno uso da
informação e, dentro desse contexto, emergem as bibliotecas universitárias,
ambiente bastante promissor para o exercício do ensino, estudo e pesquisa. Abrese, assim, um leque de possibilidades capaz de contribuir substancialmente e
qualitativamente ao novo cenário mundial, no qual a informação passa a ser
matéria-prima do desenvolvimento.
Sob tal enfoque, constata-se a necessidade de avaliar e mensurar a eficácia
dos serviços oferecidos pelas bibliotecas universitárias, como também a sua
atuação no mercado, de forma a rever suas funções, seus objetivos, seus métodos
e procedimentos.
É nessa perspectiva que desenvolvemos essa pesquisa, que tem como
objetivo geral estudar o uso da informação e o papel desempenhado na comunidade
universitária pelo Subsistema de Bibliotecas de Ciência e Tecnologia (SBCT), da
Universidade Federal do Ceará.
O referido Subsistema é parte integrante do Sistema de Bibliotecas da UFC
(Biblioteca Universitária), sendo composto pelas seguintes bibliotecas: Biblioteca de
Ciência e Tecnologia; Biblioteca do Curso de Física; Biblioteca do Laboratório de
Ciências do Mar (LABOMAR) e Biblioteca do Curso de Pós-Graduação em
Engenharia.
Os objetivos específicos do estudo são:
�6.3
a) verificar de que maneira os clientes do SBCT fazem uso de informações
para o desenvolvimento de suas atividades;
b) identificar as fontes de informação mais utilizadas pelos clientes do
Subsistema;
c) verificar se as informações disseminadas pelo SBCT foram efetivamente
relevantes para a solução dos problemas demandados;
d) identificar os problemas críticos relativos ao Subsistema.
2 METODOLOGIA
Este
trabalho
foi
desenvolvido
através
de
pesquisa
de
campo,
correspondendo às seguintes etapas:
a) revisão de literatura - feita através de textos, artigos de periódicos e
pesquisas que tratavam da necessidade de informação e avaliação de
serviços informacionais;
b) elaboração e aplicação de questionários a serem distribuídos entre os
usuários do SBCT;
c) apuração das tabulações e análises dos dados.
3 AMOSTRAGEM
�6.3
Para a realização da pesquisa, optou-se pela amostragem aleatória. Os
dados foram colhidos junto aos usuários do SBCT. A pesquisa foi executada no
citado subsistema, num período de um mês.
Foram distribuídos 500 questionários, dos quais 365 retornaram, o que
equivale a 73% do total dos questionários.
4 SISTEMATIZAÇÃO DOS RESULTADOS
De posse dos dados coletados, iniciou-se o processo de análise e
interpretação dos resultados, de acordo com os objetivos da pesquisa.
Com relação ao item 01, que diz respeito ao grau de instrução dos
respondentes, 43% possuem o curso superior completo, 54,5% superior incompleto
e 2,5% são estudantes de 2º grau.
Esses resultados demonstraram que, embora a maioria dos clientes do SBCT
já tenha concluído ou esteja cursando o curso superior, este subsistema atende
outra categoria de clientes, que são os estudantes de 2º grau. Este fato já era
esperado e pode ser explicado em função da ausência e/ou deficiência de
bibliotecas públicas e escolares na sociedade fortalezense, onde só existem duas
bibliotecas públicas: a Biblioteca Pública Estadual Governador Menezes Pimentel e
a Biblioteca Municipal Dolor Barreira.
Quanto ao item 02, que diz respeito à profissão dos respondentes, podemos
visualizar no Tabela 1 a diversificação profissional da clientela do SBCT.
TABELA 1 - PROFISSÃO DOS QUESTIONADOS
�6.3
PROFISSÃO
Estudante
Agrônomo
Professor
Funcionário público
Engenheiro de pesca
Economista
Geógrafo
Geólogo
Biólogo
Pesquisador
Administrador
Engenheiro civil
Analista de sistemas
Físico
Eletricista
Veterinário
Coordenador administrativo
Agente penitenciário
Engenheiro de alimentos
Farmacêutico
Não responderam
TOTAL
% OBTIDO
47,0
9,5
7,5
2,4
2,0
1,5
1,0
1,0
1,0
1,0
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,4
0,4
21,0
100%
Fonte: Pesquisa in loco.
De acordo com os dados aqui apresentados, verifica-se que 47% são
estudantes, 9,5% agrônomos, 7,5% professores, 15% têm outras profissões e 21%
não responderam. Um aspecto importante a ser considerado nessas respostas é o
uso do SBCT por outros
profissionais, como agentes penitenciários e
administradores, visto que o acervo deste subsistema não vai ao encontro das
especificidades exigidas por estas categorias profissionais. Isto comprova a
importância desse subsistema para a comunidade cearense.
Outro dado bastante relevante diz respeito à heterogeneidade profissional da
clientela, que é justificada pela diversificação dos acervos desse subsistema. O
SBCT atende a três centros e várias áreas.
�6.3
Analisando o item 03, que aborda a questão da obtenção da informação na
biblioteca, observamos que na sociedade pós-moderna, de um modo geral, a
informação desempenha importante papel para o desenvolvimento de qualquer
atividade. Assim, perguntou-se aos usuários se eles costumavam buscar
informações com vistas ao desenvolvimento de suas atividades e onde buscavam
tais informações. 80% responderam afirmativamente, 1% assinalaram que não
buscam a informação e 19% não responderam.
O percentual de respostas afirmativas se justifica em função da nova
mentalidade dos usuários: demandar e ter a informação como base de todas as
atividades. Querer e exigir a informação certa, no menor espaço de tempo, para
desenvolver atividades, já se tornou uma constante na vida do homem. Apesar de
concordarmos com essa afirmação, não podemos omitir que o índice de nãorespondentes foi bastante significativo. Isso demonstra, talvez, a dificuldade dos
informantes em perceber questões do seu interesse.
Com relação ao local onde buscam informação, as respostas estão na tabela 2.
TABELA 2 - PERCENTUAL DE BIBLIOTECAS ONDE AS INFORMAÇÕES SÃO
BUSCADAS
BIBLIOTECAS
Ciência e Tecnologia
Matemática
Física
LABOMAR
Economia Agrícola
Pós-Graduação em Engenharia
Saúde
N
63,0
17,0
16,5
12,5
11,5
7,5
7,0
�6.3
Ciências Humanas, Letras e Artes
UFCE
CAEN
EMBRAPA
UECE
EPACE
Pública
Computação
Outras universidades
Economia Rural
Outras (Estatística, FEAC, UNIFOR, EMATERCE, BNB,
FACED, IBGE e Centro de Pesquisa do Cacau
7,0
6,5
5,5
5,5
6,5
5,0
6,0
4,0
6,0
6,5
6,5
Fonte: Pesquisa local, 1995
Obs: O percentual obtido ultrapassou 100% pelo fato de a questão ter dado oportunidade de
múltipla escolha.
Os dados aqui apresentados demonstram que,
dos questionados, 63%
busca informações na BCT; 17% na Biblioteca de Matemática; 16,5% na de Física;
12,5% na do LABOMAR; 11,5% na de Economia Agrícola e 7,5% na de Pósgraduação em Engenharia.
As respostas obtidas não nos surpreenderam, visto que as bibliotecas citadas
são as que efetivamente fazem parte do SBCT. No entanto, verificamos que para
desenvolver suas atividades os demandantes utilizavam também outras bibliotecas
que não fazem parte deste Subsistema, como por exemplo Biblioteca da Saúde,
�6.3
FEAC, FACED, CAEN, BCH, além das bibliotecas da Universidade de Fortaleza UNIFOR, EMBRAPA e outras.
Um outro fator importante constatado neste item foi a falta de clareza
existente com relação às denominações das bibliotecas. Esses resultados deixam
claro o embaraço dos usuários diante das denominações das bibliotecas do SBCT.
Portanto, é necessário que esse Subsistema inicie um programa de marketing que
trabalhe com as características e as denominações das suas bibliotecas, para que
elas se tornem conhecidas por suas siglas e por seus respectivos nomes.
O item 04 pretende, afinal, examinar a utilização sistemática da biblioteca.
Utilizamos neste tópico a técnica do incidente crítico*, solicitando que fosse
assinalada a última vez em que buscou informação. Os resultados estão no gráfico
01.
GRÁFICO 1 - ÚLTIMA VEZ EM QUE BUSCOU INFORMAÇÃO
12 %
11 %
neste
nesta semana mês
5 % ontem
50,5 %
hoje
5,5 % mais de um
15 %
mês
não
responderam
*
Incidente crítico “é um” conjunto de determinados procedimentos que são aplicados à coleta de
dados em estudo onde a atividade humana está envolvida. Os dados coletados representam
incidentes reais e devem ser refletidos claramente e observados através do contexto em que
ocorrem.” (SHERLEY, 1971, p. 297 apud PINTO, Virgínia Bentes. Informação para indústria: a
experiência do NRI-Ce na prestação do serviço de respostas técnicas a micro, pequenas e médias
indústrias. Belo Horizonte : UFMG, 1992. p.126). (Dissertação de Mestrado)
�6.3
Pelas respostas dadas, a maioria, 50,5%, afirmou que buscou informação
hoje, o que confirma o incidente crítico, ou seja, as pessoas lembram-se
normalmente dos últimos acontecimentos.
Por outro lado, “sabemos que na sociedade atual, onde os avanços se dão
em todos os níveis, torna-se necessário que as pessoas, instituições e organizações
se utilizem de informação independente do suporte ou da forma sob a qual se
apresenta. Dos grandes problemas que os clientes enfrentam é a “dificuldade para
obtenção da informação.” (PINTO, 1993). Esse pressuposto foi confirmado no item
05, quando 39% afirmaram ter obtido a informação apenas em parte; 38%
totalmente; 4,5% não obtiveram e 18,5% deixaram de responder.
A atitude tomada pelos clientes com relação à não-obtenção da informação
(item 06) causou surpresa, pois acreditávamos que, na maioria dos casos, quando o
usuário não obtém a informação desejada, fatalmente abandona a busca. Porém, os
dados obtidos negaram essa suposição, uma vez que 24% tentou novamente,
enquanto que 4,5% abandonou a busca; 3,5% trabalhou sem a informação e 61,5%
não respondeu.
Analisando o item 07, observamos que as razões mais enfatizadas para a
não obtenção da informação devem ser repensadas pelo SBCT, sob pena de
prejudicarem sensivelmente o alcance dos objetivos propostos pelo Subsistema em
estudo. Vejamos no gráfico 2 as razões mais citadas.
�6.3
GRÁFICO 2 - RAZÕES DA NÃO-OBTENÇÃO DA INFORMAÇÃO
61,5 % —
—
05
24,5 % —
04
9,0 %—
03
5,0 %—
4,5 %—
02
01
LEGENDA:
01 - Falta de localização
02 - Não procurou corretamente
03 - Material desatualizado
04 - Não está disponível na biblioteca
05 - Não responderam
De acordo com as proposições aqui apresentadas, verificamos que a
obtenção da informação nem sempre é possível, em função de sua nãodisponibilidade ou sua acessibilidade não estar associada apenas às razões citadas
no gráfico 2. Existem alguns outros motivos
relacionados a essa questão, tais
como:
“...arquivo e acervo desorganizado e desatualizado..” (Informante 01)
“...Resposta do COMUT fora do tempo hábil...” (Informante 201).
Interpretando o item 08, percebemos que ele confirma este pensamento, visto
que, perguntado aos declarantes se já deixaram de ter algum problema resolvido
por falta de informação, 38% responderam que sim, 19,5% que não e 43,5% não
responderam. Estes dados nos revelam
a importância da informação no
�6.3
desenvolvimento das atividades do indivíduo, enfatizando que sem informação não
há criação.
Em relação ao tópico 09, que diz respeito aos problemas causados pela nãolocalização da informação, a maioria, 28,5%, afirmou que seu trabalho ficou
atrasado; 19% que ficou inacabado; 11,5% que não foi alterado e 41% não
responderam.
As colocações aqui apresentadas mostram, efetivamente, que a falta de
acesso à informação prejudica o demandante na realização de suas atividades.
Portanto, é necessário que o SBCT trace uma política de trabalho para solucionar
pelo menos os problemas que são de sua competência, como por exemplo a
organização do acervo e o acompanhamento e/ou cobrança das solicitações feitas
pelo COMUT.
O item 10 refere-se às fontes nas quais os usuários obtêm a informação. Eis
as respostas: 49% a obtêm em livros, 30% através de colegas, 23,5% em
periódicos, 13% em conversas com bibliotecários, 15% através de professores,
0,5% em outras fontes.
De acordo com estas respostas, verificamos que na área acadêmica as
fontes de informação mais utilizadas foram as formais (livros e periódicos), fato
comprovado em outros estudos. No entanto, um fato que nos surpreendeu nessa
categoria pesquisada foi o surgimento da pessoa (fonte informal) como fonte de
informação, método esse utilizado com maior intensidade na área tecnológica.
Quanto à eficácia dos acervos das bibliotecas que fazem parte do SBCT (item
11), em relação ao atendimento de seus usuários, ela foi apontada como negativa
por 54% dos informantes, 48% responderam positivamente, 0,2% em parte e 97,3%
�6.3
não responderam. Ressaltamos que o percentual obtido ultrapassou 100% pelo fato
de questão ter sido elaborada com múltipla escolha.
Os dados acima evidenciaram que os acervos do SBCT não atendem a
maioria dos usuários que responderam a essa questão. Os motivos alegados com
relação ao não-atendimento de suas necessidades são, entre outros:
“...A desatualização do acervo etc...” (Informante 86);”
“...existem obras que não tem na biblioteca...” (Informante 186);
“...Falta catálogos organizados...” (Informante 35).
Vale ressaltar, nesta última afirmação, a grande importância do catálogo
como suporte para a recuperação da informação.
Um aspecto que não poderia deixar de ser mencionado nesta pesquisa diz
respeito a conveniência do horário de funcionamento (Item 12). Quando
perguntamos sobre esse assunto, a maioria, 63%, respondeu que o horário era
conveniente, enquanto que 36,5% não estavam satisfeitos e sugeriram outros.
Observe-se as afirmações abaixo:
“... Horários noturnos inclusive para estudos, como acontece em outras
universidades brasileiras...” (Informante 13);
“... Admissão de mais funcionários que mantenham a biblioteca aberta até
mais tarde...” (Informante 67).
De acordo com os depoimentos, constata-se a existência de um percentual
significativo de usuários que considera que as bibliotecas deveriam estabelecer um
horário para atender satisfatoriamente seus clientes. Colocações como estas foram
analisadas por MARTELETO (1984, p.123) e OLIVEIRA (1985, p. 356).
�6.3
Sabemos que, além do horário conveniente, o ambiente de uma biblioteca
deve ser planejado para que os clientes possam se sentir bem nesse espaço.
Visando analisar essa questão, solicitamos aos informantes que dessem notas de
zero a
dez ao ambiente das bibliotecas do SBCT. Conforme as notas dadas,
analisamos as questões, levando em consideração a disponibilidade de cadeiras e
mesas, limpeza, arejamento, ventilação, silêncio e a ambientação de um modo
geral. Constatamos que 80% dos entrevistados se manifestaram com notas
superiores a oito para a maioria dos quesitos, o que nos levou a considerar que
estão satisfeitos com a atual ambiência.
Com relação à iluminação, ao arejamento e ao silêncio, 20% dos declarantes
deram notas abaixo de sete.
Apesar de considerarmos um patamar tolerável,
achamos que estes fatores devem ser revistos, para que o SBCT possa oferecer
condições mais acolhedoras e favoráveis aos estudos realizados no seu recinto.
Preocupados com essa questão,
resolvemos detalhar e enfatizar algumas
respostas dadas pelos declarantes com relação a:
ILUMINAÇÃO
20% dos entrevistados enfatizaram que a presença de reflexos luminosos,
juntamente com a intensidade da iluminação, prejudicavam sensivelmente a leitura,
causando cansaço da visão;
AREJAMENTO
�6.3
As condições de temperatura não foram consideradas satisfatórias. As salas
de leitura têm pouca ventilação e não oferecem muita opção de permanência no
local;
SILÊNCIO
Este item foi considerado abusivo. Não existem regras para o silêncio nas
bibliotecas. A falta de silêncio é insuportável. Além do barulho dos telefones, das
gavetas e dos fichários, os próprios funcionários não cooperam, ficam conversando
e prejudicando a concentração dos usuários.
Os dados aqui apresentados deixam claro o quanto é lamentável não existir
silêncio nas bibliotecas, já que
o mesmo é imprescindível em um ambiente de
estudo e pesquisa, onde a concentração é de suma importância.
Outra questão tratada nesta pesquisa diz respeito a dificuldade que os
usuários têm em relação ao acesso à informação sem a ajuda do bibliotecário.
Neste sentido, constatamos que 56,5% dos declarantes não têm dificuldades em
utilizar a biblioteca sozinhos, enquanto que 37% afirmaram que têm dificuldades e
6,5% não responderam.
De acordo com as respostas dadas, constatamos que, apesar de a maioria
ter afirmado que não necessita da ajuda do bibliotecário para localizar a informação
desejada, é necessário que o SBCT invista sensivelmente no treinamento do
usuário, pois o percentual de clientes que encontram dificuldade em utilizar
adequadamente a biblioteca é relativamente alto, devendo ainda o SBCT concentrar
esforço na sinalização e na organização dos catálogos e acervos.
�6.3
No tocante à necessidade de ampliar o espaço físico das bibliotecas, devido a
implantação de novos cursos (item 16), 86% foram favoráveis à ampliação,
enquanto 14% afirmaram não haver necessidade de tal investimento, alegando ser
preferível investir no acervo. Eis dois depoimentos:
“... o espaço atual atende as necessidades da biblioteca, seria melhor investir
na melhoria do acervo...” (Informante 18);
“... apesar de muitos alunos não terem o costume de ir à biblioteca, os
poucos que vão deveriam ter mais conforto, deveriam ter mesas maiores e mais
espaço reservado...” (Informante 49).
Com o avanço cada vez mais acentuado da Ciência e da Tecnologia,
aumenta assustadoramente a produção documental e faz-se necessário o acesso
mais rápido à informação. Em função disso, a automação desempenha papel de
destaque no cenário informacional. Neste contexto, à pergunta sobre a rapidez do
Sistema de Automação Universitária (SAU - módulo 06) da Universidade Federal do
Ceará (item 06), 95% afirmaram que sim e 5,0% declararam que devido ao fato de
não conhecerem o sistema preferiam não responder. Observem as declarações:
“... permitirá rápido acesso ao acervo e pesquisas de títulos, redução no
tempo de empréstimo (agilização)...” (Informante 17);
“... propiciará uma melhoria na qualidade e rapidez dos serviços, que dará
mais estímulo aos estudantes...” (Informante 180);
Na pesquisa desenvolvida por MEIRELLES e VALLENTE (1987, p. 391) ficou
evidente a necessidade da informatização das bibliotecas para agilizar o
atendimento aos clientes, não apenas com relação à localização, como também à
busca da própria informação.
�6.3
O item 17 está relacionado com a questão da integração entre biblioteca e
usuário. Sabemos que um dos fatores mais importantes para o atendimento de boa
qualidade é sem dúvida a relação harmoniosa da biblioteca com o usuário. Portanto,
solicitamos aos declarantes algumas opiniões e sugestões para que haja um
trabalho mais integrado entre a biblioteca e sua clientela. Vejamos alguns
comentários:
“... Que os alunos possam sugerir livros e que haja uma integração maior
entre os professores e os bibliotecários ...” (Informante 46);
“... A biblioteca deveria realizar sempre questionários como este...”
(Informante 56);
“... Que haja mais comunicação entre as duas partes, como o que está
acontecendo, quando se fazem questionários discursivos como este...” (Informante
67).
Analisando o item 18 do questionário, que se relaciona com a questão da
punição do usuário pelo atraso na devolução das obras, 61,45% optaram pela
multa; 20,30% pela suspensão; 11,67% por multa e suspensão simultaneamente e
6,58% por campanhas de conscientização do usuário. Estes dados comprovam as
pesquisas anteriores realizadas pelo Sistema de Bibliotecas da UFC, onde os
usuários optaram pela multa como instrumento de punição.
Neste estudo também procuramos saber a opinião dos clientes com relação
ao atendimento a eles dispensado pelo SBCT (item 19). Um bom atendimento está
intimamente ligado com o aspecto social e de conquista da biblioteca para com o
usuário. Fizemos uma ligação das opiniões com os conceitos dados para podermos
situar melhor essa questão.
�6.3
Excelente:
“... Em geral são os locais da universidade onde os servidores são mais
atenciosos e solícitos...” (Informante 01);
“... porque há uma integração cada vez melhor entre usuários e
bibliotecários...” (Informante 10);
“... o problema no atendimento é que faz a diferença na classificação das
bibliotecas. Esta diferença fica no tratamento e no respeito com
que somos
atendidos...” (Informante 120).
Bom:
“ ... o atendimento é bom porque as pessoas são cordiais, atenciosas etc.
Contudo, principalmente nas bibliotecas grandes, em alguns horários, nos
deparamos com pessoas não-especializadas para dar informação e fazendo o papel
de bibliotecários...” (Informante 09);
“... a biblioteca da Economia Agrícola atende às necessidades dos alunos,
prestando um bom atendimento...” (Informante 25);
“... as senhoras do balcão fazem um bom trabalho...” (Informante 65).
Razoável:
“... determinados funcionários são muito medrosos e muitas vezes se
escondem do usuário...” (Informante 46);
�6.3
“... algumas bibliotecárias pecam no sentido de um certo afastamento com os
usuários. Deveria haver uma relação mais íntima...” (Informante 37);
“... muitas vezes esperamos um tempo desnecessário enquanto o funcionário
está fazendo outras atividades que não aquelas da função...” (Informante 28).
Ruim:
“... na Biblioteca Central não há funcionários que ajudem a procurar os livros.
Freqüentemente formam-se filas no balcão de empréstimo. No setor de jornais e
revistas os funcionários lêem os jornais, de modo que os usuários não podem
consultar os periódicos pela falta de tempo...” (Informante 26);
“... existem bibliotecas em que não há a menor atenção por parte dos
funcionários, que não ajudam o usuário e nem ajudam a manter o clima de estudo e
concentração na biblioteca...” (Informante 52).
O item 20 aponta opiniões com respeito aos serviços e produtos oferecidos
pelo
SBCT.
Visando
uma
melhor
compreensão,
enfatizamos
alguns
comentários:
“...os produtos oferecidos deixam muito a desejar, pois os livros precisam ser
renovados. Muitos deles não têm mais valor, devido ao mau uso e à falta de respeito
com o que é público. Muitos alunos rasgam as páginas...” (Informante 35);
“... o subsistema é bom, mas poderá melhorar muito mais com a implantação
de computadores e a compra de livros mais atualizados...” (Informante 45);
�6.3
“... a dinâmica das bibliotecas não resulta apenas em empréstimos de livros,
tem que ter integração com os usuários através de serviços e divulgação...”
(Informante 26);
“... a videoteca deveria ser mais divulgada com promoções, dia e horário fixo,
deve ser mais acessível...” (Informante 89);
“... o COMUT é muito caro e demorado...” (Informante 87);
“... a grande falha do atendimento está no setor de referência. Os
bibliotecários pouco trabalham e muito conversam ou lancham...” (Informante 90);
“... no que se refere ao atendimento é excelente, salvo ocasiões em que
ficamos esperando enquanto os funcionários estão conversando sobre um fim-desemana ou algo parecido...” (Informante 76);
“...Gostaria apenas que a biblioteca sempre desse oportunidades como esta
de ouvir sugestões e críticas da comunidade...” (Informante 45).
5 CONCLUSÃO
“ Nada frusta mais do que fazer bem feito o que não deveria ser feito”.
Partindo dessa afirmação e do resultado dessa pesquisa, podemos concluir que nós
bibliotecários estamos tão ocupados fazendo o que fazemos que não temos tempo
de avaliar o que fazemos, nem por que o fazemos. A ausência de questionamentos
acerca do porquê e para quê das coisas nos impede, muitas vezes, de atingirmos
os objetivos.
�6.3
Na verdade, questionar a razão do “porquê” e do “para quê” fazemos, não é
tarefa fácil, mas
deve ser feita, pois seus resultados são imediatamente
mensuráveis e gratificantes.
Com relação ao SBCT, entendemos que este planeja serviços e produtos
considerando uma expectativa de uso. Mas faltam critérios para ajuizar que usos
são esses e quais as preferências dos consumidores. Conseqüentemente,
deduzimos que o êxito e o fracasso de alguns produtos e serviços oferecidos pelo
SBCT estão implicitamente relacionados com o seu planejamento. Por mais
sofisticados que se tornem, eles precisam ser coerentes com as necessidades dos
usuários. Não é racional planejar e executar serviços se estes não vão ao encontro
das exigências dos clientes.
Para remate final deste estudo, que pode instigar discussões mais acuradas
e profundas acerca dos resultados, consideramos alguns pontos básicos que
servem de delimitadores dos problemas:
- o SBCT deve se preocupar com seus clientes, de forma a planejar seus
serviços e produtos em prol das necessidades informacionais dos usuários;
- o problema crucial do SBCT diz respeito à desatualização das coleções e,
antes de se aventurar a qualificar suas atividades, ele necessita realizar um estudo
mais aprofundado da sua realidade em termos administrativos, econômicofinanceiro, humanos etc.;
- partindo do pressuposto de que ajudar o usuário é levá-lo a entender suas
necessidades de informação, através das vantagens e benefícios que ela pode
proporcionar, constatamos que o SBCT deve rever todas as questões apresentadas
�6.3
neste estudo, para que ele possa se tornar mais acreditado e participativo dentro do
contexto em que está inserido.
Diante do exposto, em termos de futuro temos uma realidade a ser
conquistada.
Batalhar por um SBCT mais eficiente, fazê-lo crescer. Mudar não
apenas por mudar, mas por se adequar aos objetivos propostos e, principalmente,
para atender às necessidades reais da sociedade em permanente mudança.
ABSTRACT
This paper describes research carried out in order to collect information on which to
base the evaluation of products and services offered by the Subsystem of Science
and Technology (SBCT) of the Federal University of Ceará Library System. It Shows
the need to evaluate and measure the effectiveness of the services offered and its
position in the market, so as to re-examine its functions, methods and procedures. It
emphasizes the way in which SBCT clients make use of information in carryng out
academic and professional activities. It identifies the sources of information most
used by clients, and makes a critical analysis of problems revealed by the research,
suggesting possible solutions.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BORBA, Maria do Socorro de Azevedo et al. Satisfação dos usuários (Corpo
discente) da Biblioteca Setorial de Pós-Graduação em Biblioteconomia e
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�6.3
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�
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The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Análise da demanda, uso e avaliação dos serviços ofertados pelo Subsistema de Bibliotecas de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Ceará.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Pinheiro, Edna Gomes; Macieira, Maria Helena S. Leão; Pinto, Virginia Bentes
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Pesquisa realizada com o intuito de coletar informações que, analisadas, servirão de subsídios na avaliação dos produtos e serviços ofertados pelo Subsistema de Ciência e Tecnologia (SBCT) do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Ceará. Mostra a necessidade de avaliar e mensurar a eficácia dos serviços oferecidos pelo citado Subsistema de Bibliotecas, como também a sua situação no mercado, de forma a rever suas funções, seus métodos e procedimentos. Enfatiza a forma como os usuários do SBCT fazem uso da informação para o desenvolvimento de suas atividades acadêmicas e profissionais. Identifica as fontes de informação mais utilizadas pelos clientes e faz uma análise crítica relativa aos problemas encontrados no âmbito da pesquisa, apontando, inclusive, possíveis soluções.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4698/SNBU1996_034.pdf
7307438792ac2eb2eeb170b9204fbae3
PDF Text
Text
5.21
AS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E SEUS PARADIGMAS: A MISSÃO, O
ENSINO, A PESQUISA, OS CUSTOS, O PESSOAL
Vivian Heemann*
**
Marília Damiani Costa
***
Márcio Matias
RESUMO
Comentários sobre o impacto da tecnologia digital nas bibliotecas universitárias
brasileiras, com vistas a identificar e apontar os problemas enfrentados pelas
mesmas, envolvendo pessoal, definição de estratégias e políticas. Discute os prérequisitos para que os serviços de informação oferecidos sejam efetivamente
entendidos e apoiados pela administração e pela comunidade universitária em
geral.
1 INTRODUÇÃO
As bibliotecas existem em muitas formas e tipos. Até hoje podem ser
identificadas definições precisas em relação a tipologias, ou seja: uma biblioteca
pública se caracterizava por uma delimitação conceitual e fisica de público, acervo,
serviços, edifício, localização etc. As bibliotecas universitárias serviam às
instituições acadêmicas, similarmente delimitadas, conceitual e fisicamente, no que
se refere a usuários, acervos e serviços.
A intersecção entre a diversidade de acervo e serviços dava-se unicamente
através de alguns modos frágeis de trocas, como comutação, empréstimo inter-
*
Professora substituta do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade
Federal de Santa Catarina - USFC
**
Professora Assistente do Departamento de Biboioteconomia e Documentação da Universidade
Federal de Santa Catarina - UFSC
***
Consultor do LabIUtil - Laboratório de Utilizabilidade UFSC/FIESC/SENAI/CTAI
�5.21
bibliotecas, com uma abrangência limitada a tipos de usuários e de bibliotecas. A
obtenção de informações sobre acervo e serviços, contudo, era dificultada pois
ocorria de maneira intrincada e parcial.
Hoje, temos que pensar as bibliotecas como depositárias de coleções que
residem em bases de dados de conhecimentos, de textos, em gopher, em World
Wide Web ...
As bibliotecas tradicionais convivem com um compartilhamento crescente de
recursos e serviços eletrônicos, na forma de CD-ROM, catálogos on line de acesso
público, ou em bases de dados on line.
Os custos de armazenagem digital decrescem em relação aos custos dos
espaços lineares de estante, e os serviços eletrônicos tornam-se mais úteis,
disponíveis e utilizáveis.
Os fatores ou forças que nos impelem e encorajam a suprir informação
acessível eletronicamente podem ser assim identificados:
a) a fome por aprendizado;
b) o orgulho da autoria;
c) o desejo de colaborar e compartilhar, pelo menos entre colegas;
d) a pressão da organização (comunidade científica);
e) a presença inequívoca e crescente de publicações eletrônicas;
f) a excitação da exploração autônoma de um mar de informações;
g) o empurrão das ferramentas da tecnologia.
Muitas discussões e atividades recentes enfatizaram a troca dos paradigmas
com a transição das bibliotecas tradicionais para as bibliotecas eletrônicas ou
digitais.
�5.21
A aplicação das bibliotecas eletrônicas na educação/ensino foi impulsionada
inicialmente pelo uso do CD-ROM, com a disponibilização de bases de dados
referenciais e de bases com o texto completo de artigos de periódicos.
A introdução da World Wide Web exigiu transformações na performance,
organização, funcionalidade e usabilidade dos sistemas de informação.
O termo "biblioteca digital" evoca distintas conotações. De um lado, sugere
simplesmente a computadorização de bibliotecas tradicionais. Por outro, deveria
significar um novo desafio no modo de se tratar e acessar os recursos
informacionais, abordagens inovadoras e compatíveis nos processos técnicos como
a seleção/aquisição (compartilhamento), catalogação, classificação, indexação,
armazenamento e preservação. Novos modos de integração com padrões, mais
confiabilidade nos sistemas e redes eletrônicas, e mudanças dramáticas na
organização intelectual e nas práticas econômicas são também fatores a serem
considerados.
Inegavelmente, a universidade brasileira, apesar de todas dificuldades e da
política de esvaziamento sofrida especialmente pela universidade pública, tem sido
a incubadora e disseminadora das novas tecnologias de comunicação e de
informação.
Esta análise visa identificar e apontar os problemas enfrentados pelas
bibliotecas universitárias atuais, com seu pessoal, na absorção da tecnologia digital,
e na definição de estratégias e políticas que lhes confiram identidade, para que os
serviços de informação oferecidos sejam efetivamente entendidos e apoiados pelas
administrações e pela comunidade universitária em geral.
�5.21
2 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS NO CONTEXTO BRASILEIRO
As bibliotecas universitárias atuais tem vivido constantes mudanças de
paradigmas,
em intervalos de tempo tão exíguos que a identificação de um é
seguida do surgimento de um novo.
Os problemas para as bibliotecas em absorver e assumir estes
novos
modelos são tão severos quanto o são para as instituições sociais em geral.
O grande paradigma identificado como a evolução das bibliotecas tradicionais
para bibliotecas digitais ainda parece suspeito e incerto, gerando ainda conflitos e
resistências por parte dos profissionais da informação.
Nas bibliotecas universitárias brasileiras as responsabilidades ainda recaem
preferencialmente no plano tático, de curto termo, em detrimento do plano
estratégico, de longo termo, no enfrentamento destes constantes desafios impostos
pela tecnologia.
O papel das bibliotecas universitárias é antes de tudo prover acesso aos
documentos (incluindo a mídia não-impressa).
A missão das bibliotecas universitárias é dar suporte à missão da instituição à
qual está vinculadas ou seja: universidade.
A universidade é composta por indivíduos que, através do advento das
comunicações remotas, extrapolam os limites de suas fronteiras físicas e,
transformam-se em usuários virtuais, com necessidades de informação complexas.
A universidade brasileira tem como objetivo o desenvolvimento integrado das
atividades de
ensino, pesquisa e extensão. Conseqüentemente, ela está
diretamente relacionada ao provimento de serviços e transferência de tecnologia.
�5.21
Para as bibliotecas universitárias, estas funções determinam e dimensionam
suas responsabilidades táticas e estratégicas.
Por outro lado, as universidades,
principalmente as públicas, vivem
momentos difíceis, sentidos em todos os níveis: discente, docente, funcionários e
comunidade.
Nos últimos anos
as verbas para as universidades foram drasticamente
reduzidas, implicando na interrupção, cancelamento e reestruturação de proridades
nos seus diversos setores.
Diante desta situação, as universidades estão perplexas e perguntando-se:
como melhorar e priorizar o ensino básico, que tem sido a tônica do discurso do
Governo Federal, sem sistemas de informação adequados e uma universidade forte,
ou até mesmo sem universidade?
A formação de professores e as pesquisas acontecem, principalmente, nos
centros e laboratórios das universidades. As experiências de disponibilização de
acervo e serviços on line iniciaram com bases de dados de universidades, em redes
locais, e posteriormente via Internet.
Além de enfrentar problemas na obtenção de recursos, a Universidade não
tem distribuido coerentemente os reduzidos recursos disponíveis.
A estrutura acadêmica atual, com as instâncias de poder espalhadas pelas
pró-reitorias, centros, faculdades e departamentos de ensino, é um dos aspectos
que influem na distribuiçäo das verbas disponíveis entre estas unidades. Entretanto,
interesses e influências políticas tem sido priorizados em detrimento das
necessidades reais das insituições. O planejamento baseado em aspectos técnicos
com a priorização dos serviços que atendam a toda Universidade e gerem um efeito
�5.21
multiplicador
de
resultados
-
por
exemplo,
investimento
nas
Bibliotecas
Universitárias - tem sido deixado de lado e gerado enormes distorções.
Os serviços que dão suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão
deveriam ser prioridade da política global da universidade, e não dividir seu
orçamento com as necessidades setoriais dos grupos politicamente mais fortes.
Apesar de a Rede Nacional de Pesquisa RNP estar baseada essencialmente
nas universidades e centros de pesquisa, constata-se que vários setores da
universidade, entre eles as bibliotecas, estão à margem do processo de integração e
de implementação do trabalho cooperativo através destas tecnologias.
Criou-se uma demanda sem o devido planejamento e sem estratégias para
suportá-la, trazendo problemas de toda
ordem para as precárias situações já
vivenciadas pelas bibliotecas e centros.
O grau de dependência das bibliotecas em relação às administrações das
universidades, que são
voláteis e afetadas drasticamente pelas conjunturas
políticas e econômicas vigentes, pode determinar excelência ou decadência.
As instituições às quais as bibliotecas estão vinculadas, na maior parte das
vezes, não possuem um plano global de desenvolvimento e pecam pela falta de
continuidade de seus projetos. Desta forma, surgem o habitual casuísmo,
improvisação e a filosofia de apagar o fogo somente após iniciado. Ou seja, a
maioria das instituições está continuamente enfrentando situações provisórias de
adaptação.
As iniciativas de facilitar os processos de aprendizagem, latu sensu, são
poucas e, na maioria dos casos, dependentes de apoios extra-universitários, tais
�5.21
como instituições de fomento. Estes recursos em geral ficam restritos a alguns
grupos de influência, o que
acentua as diferenças e distorções.
As iniciativas de ensino a distância surgem e, infelizmente ainda não se
resolveram os problemas de ensino locais, com toda a sorte de precariedades,
desde espaço físico, serviços, acervos etc.
Ausência de políticas efetivas de aplicação de recursos pelas bibliotecas que
privilegiem tópicos como a rotatividade dos documentos, índices de citação na
produção intelectual local, e nas bibliografias básicas das disciplinas de graduação,
pós-graduação e linhas de pesquisa, é evidenciada no desenvolvimento das
coleções tradicionais e nos processos de tomada de decisão.
O modelo usual da maioria de nossas bibliotecas é o de não possuir
estratégias próprias, e agir em função das demandas, muitas vezes desorganizadas,
provenientes dos diversos grupos existentes dentro da universidade. Esta falta de
identidade faz diferença no reconhecimento da biblioteca como órgão no mesmo
nível de importância e status que os demais órgãos da universidade.
As responsabilidades em relação à excelência acadêmica não são divididas
pelas bibliotecas e centros, gerando uma dissociação entre as expectativas e os
serviços disponíveis.
Os centros e departamentos, em relação às bibliotecas, atuam mais como
censores e críticos das falhas, questionando competência, do que se integram a
elas, no planejamento conjunto de estratégias e táticas.
Recursos e cursos não tem uma avaliação conjunta, quando o assunto é
informação. Nem mesmo existe igualdade de condições nas negociações, pois a
�5.21
representação das bibliotecas nos órgãos colegiados ainda é, de modo geral,
bastante frágil, e encarada mais como uma concessão.
As bibliotecas universitárias devem estar atentas às mudanças no ensino e
prontas a estabelecer tratamento hospitaleiro às mudanças que o pessoal
acadêmico possa buscar, sendo necessário para isto uma maior participacão na
vida política da universidade e nos processos de tomada de decisão.
Os bibliotecários das bibliotecas universitárias também têm uma parte
fundamental neste processo, que é a de gerenciar juntamente com os outros
setores
acadêmicos
um
interesse
comum
de
compartilhamento
de
responsabilidades e soluções, imperativos para reduzir as distorsões entre usuários
e recursos.
É fundamental revisar a abordagem da biblioteca como apoio ao ensino,
através de uma articulação real, não segmentada ou indireta, com os cursos,
através de seus representantes, e do levantamento das necessidades dos usuários,
levando em conta suas especificidades acadêmicas, seus interesses, as fontes de
pesquisa etc.
O acesso à informação é outro ponto polêmico, que fragiliza o cenário já
caótico da biblioteca como uma provedora de informações.
O catálogo tradicional nunca foi o forte das bibliotecas, pela sua defasagem e
ineficácia. Além disto, ele tem se mostrado inadequado para atender as expectativas
dos usuários, que evitam o seu uso e/ou não sabem interpretar corretamente os
códigos e existentes nas fichas e fichários.
Estas deficiências tem sido crônicas,
enquanto que novas tecnologias da informação disponibilizam mecanismos de
consulta consideravelmente mais poderosos. Consultas a base de dados on line -
�5.21
por exemplo: Lycos, Alta Vista etc - possuem recursos para assessorar buscas que
em certos casos suprem as deficiências dos exaustivos e emperrados esquemas
biblioteconômicos tradicionais de recuperação de informação.
Os esquemas de processamento técnico tradicionais estão associados a um
estágio tecnológico anterior, e tornam-se obsoletos quando não conseguem
acompanhar as novas possibilidades e as necessidades determinadas pelas
evoluções no entorno dos sistemas de informação.
Aumenta-se drasticamente a capacidade de concentrar e reunir informações.
Entretanto, existe ainda pouca preocupação com a adequação dos procedimentos
de tratamento técnico à nova realidade. Recursos informacionais importantes estão
deixando de ser oferecidos por sistemas de recuperação de informação
automatizados, devido à falta de técnicas apropriadas e atualizadas de
processamento.
Novos modelos de acesso aos catálogos, que priorizem técnicas efetivas de
busca, devem nortear os sistemas das bibliotecas universitárias aproximando-as de
sua missão.
As necessidades das comunidades de pesquisa das universidades são
amplas e dinâmicas. O reconhecimento unânime, e quase sempre tácito, da
inadequação das coleções não tem sido acompanhado da implementação de um
plano estratégico para superar o problema.
A avaliação das políticas de seleção e aquisição, que devem ser recicladas
periodicamente para acompanhar as mudanças na ênfase das pesquisas e da
literatura, não é prática comum nas bibliotecas. A avaliação das coleções segundo
metodologias apropriadas (estudos bibliométricos), levando em conta as novas
�5.21
tecnologias eletrônicas de armazenagem e recuperação de informações,
a
impossibilidade de armazenar toda documentação relacionada a determinado tema,
além do desenvolvimento de habilidades para identificar e suprir documentos
relevantes sob demanda, são pontos essenciais a serem discutidos com os usuários
pesquisadores.
A mudança dos paradigmas das bibliotecas universitárias, que inicialmente
estavam centrados na coleção, depois nos processos técnicos, e atualmente no
acesso, pouco interagiu com as atividades e linhas de pesquisa.
Pesquisas envolvendo abordagens ergonômicas em relação às interfaces
homem-computador, que visam adaptar os sistemas às necessidades, expectativas
e habilidades dos usuários, são pouco - ou não são - utilizadas pelos pesquisadores
e projetistas de sistemas de informação.
3 RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO
As altas administrações tem dificuldades para entender os custos da
manutenção do acervo, instalações e serviços das bibliotecas, bem como visualizar
valor agregado nos produtos e serviços.
Grande parte dos administradores ainda enxergam as bibliotecas como ralos
consumidores de recursos para custear manutenção, assinaturas ou obtenção de
material, equipamento, pessoal, treinamento de pessoal, treinamento de usuários,
divulgação...
Para agravar esta situação, a automação, especialmente em seu início,
representa aumento de custos.
�5.21
O serviço de obtenção eletrônica de documentos,
por exemplo, ainda
representa um desafio para a grande maioria das bibliotecas brasileiras. As
dificuldades para a implantação deste serviço vão desde o seu planejamento inicial
à criação da infra-estrutura necessária em termos de equipamentos, instalações,
treinamento e manutenção de pessoal técnico, especializado, de suporte.
4 CONCLUSÃO
A biblioteca digital constitui-se no espaço virtual, onde as pessoas estarão se
comunicando, compartilhando, utilizando e produzindo novos conhecimentos e
produtos. É o que podemos chamar de tecnologia na educação e educação na
tecnologia.
A metáfora da biblioteca tradicional é, ao mesmo tempo, poderosa e restritiva.
É inegável o valor dos intermediários e a importância dos sistemas de
conhecimento que tem envolvido durante séculos a manipulação e gerência de
coleções tradicionais. Estes intermediários não deixarão de existir, eles apenas
mudarão o seu perfil profissional para explorar as novas possibilidades em termos
de serviços.
O poder da biblioteca digital, já
embrionária em algumas bibliotecas e
realidade efetiva em poucas, reside justamente na flexibilidade em oferecer novos
serviços.
Como as atividades acadêmicas estão se voltando para ambientes
hipermídia,
estendendo-se a hiperbases e bases de conhecimento de múltiplos
usos, torna-se necessária uma ajuda com sistemas inteligentes de apresentação
�5.21
que permitam a personalização para as instituições e proporcionem acesso a
coleções de objetos hipermídia, eficientemente.
A análise de texto e técnicas de recuperação da informação são cruciais para
a conversão, indexação, representação, busca e apresentação da informação
desejada.
As formas de interação homem-computador e conhecimentos de critérios
ergonômicos para manipulação de informações são de fundamental importância
para ajudar os usuários na busca, aprendizagem e organização, bem como na
utilização de armazéns de informação das bibliotecas digitais.
O interesse dos setores corporativos, tais como administração de reitorias,
direções de centros e departamentos acadêmicos, são de fundamental importância
na área da tecnologia da informação.
A integração dos serviços de informação para melhor servir a estes órgãos é
uma tarefa que implica primeiramente em mudanças sociais e gerenciais para,
então, viabilizar uma reestruturação técnica.
Os rápidos avanços na tecnologia da informação criam um potencial que
desafia as habilidades do pessoal técnico das bibliotecas, exigindo reavaliação dos
métodos tradicionais de operação e adoção de novos modelos mais integrativos.
Esta, contudo, tem sido uma das questões mais problemáticas. As estratégias
usuais adotadas pelas bibliotecas universitárias, determinadas pela complexidade
institucional e pela falta de planejamento a longo prazo para implantação e
manutenção de sistemas de informação, têm sido orientadas intuitivamente às
tarefas imediatas dos bibliotecários e ao processamento técnico.
�5.21
A capacitação do pessoal técnico, com a continuidade da formação através
de cursos de especialização, mestrado e doutorado, é pouco valorizada na política
de pessoal das universidades.
Em primeiro lugar os funcionários técnico-admnistrativos das universidades
brasileiras não têm o mesmo status, nem o tratamento funcional que os professores
e pesquisadores com o mesmo grau de especialização. Os salários são bastante
diferenciados, além das licenças para cursos de pós-graduação não serem
estimuladas ou facilitadas. Apesar de todas as vantagens que a instituição poderia
obter, mantendo pessoal especializado em sua equipe funcional, os títulos de
especialista, mestre ou doutor não são significativos na carreira dos técnicos.
Funcionários especializados obtém um percentual irrisório incorporado ao salário, já
totalmente defasado, quando da obtenção do grau acadêmico.
Somando-se a isso, não existem planos para o aproveitamento do pessoal
pós-graduado em atividades de pesquisa, fazendo com
que voltem às suas
unidades para executar o mesmo tipo de trabalho. Os órgãos de fomento à pesquisa
dificultam a solicitação de funcionários técnico-admnistrativos no que se refere ao
auxílio para aperfeiçoamento profissional, participação em congressos etc.
Na medida em que as bibliotecas universitárias são fundamentais na
viabilização dos projetos de pesquisa das unidades, no suporte à documentação e
informação, seria importante considerar a inclusão dos seus funcionários no
programa de bolsas de apoio do CNPq.
Sem a qualificação, o treinamento e a adequação do pessoal técnico das
bibliotecas universitárias, as abordagens, em relação aos paradigmas introduzidos
�5.21
pelas novas tecnologias, bem como às necessidades de restruturação e adequação
de acervo e serviços, tornam-se estéreis.
As soluções para estes problemas passam por uma visão ergonômica de que
as tarefas a serem executadas por qualquer indivíduo, dentro das organizações,
implica em prescrição, capacitação, conhecimento da tarefa, treinamento, além de
equipamentos e condições ambientais adequadas.
Apontar os problemas que os profissionais da informação enfrentam,
encaminhando-os para fóruns de discussões sérias, pode definir novas perspectivas
de atuação, de forma compatível com um mercado cada vez mais exigente e
seletivo em termos de qualificação.
Obviamente, este assunto não se esgota nesta análise. Seguem alguns
questionamentos pertinentes para reflexão:
Quais são as políticas das universidades em relação à qualificação técnica
dos profissionais das bibliotecas e centros de informação, visando a absorção das
novas tecnologias?
Qual o perfil (qualificação e titulação) exigido para os gerentes e diretores de
bibliotecas?
Qual é o nível de integração das bibliotecas com a universidade como um
todo?
Qual é o relacionamento entre as bibliotecas e as administrações das
universidades?
Quais são as estratégias e táticas integradas visando cumprir a missão da
universidade e da biblioteca?
�5.21
Qual é o nível de conscientização dos profissionais bibliotecários em relação
ao seu perfil e aos desafios vigentes?
Quais as políticas desenvolvidas pelas administrações das instituições
acadêmicas e de suas bibliotecas
na avaliação dos serviços existentes e na
planificação dos novos serviços de informação exigidos pelas tecnologias digitais?
ABSTRACT
This paper discusses the impact of digital technology on university libraries in Brazil,
with a view to identifying problems faced by staff and defining strategies and policies.
It examines the prerequisites for available information systems to be understood and
supported by administrative staff and the university community in general.
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�5.21
�
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As bibliotecas universitárias e seus paradigmas: a missão, o ensino, a pesquisa, os custos, o pessoal.
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-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4765/SNBU1996_063.pdf
d9fb9911f467422ead09ed4bc9c66886
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8.4
AUTOMAÇÃO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFCe
Ana Lúcia Martins*
**
Francisco Jonatan Soares
RESUMO
A automação em bibliotecas universitárias brasileiras se desenvolveu
significativamente nos últimos anos. A Universidade Federal do Ceará concebeu o
Sistema de Automação Universitária - SAU, de forma modular, sendo o módulo 06 o
de Administração de Bibliotecas. Trata-se de um sistema integrado, multi-usuário,
que mantém interfaces com outros módulos do SAU. As atividades de controle,
sugestão/aquisição, processo técnico, circulação e impressão são todas
gerenciadas através de sub-módulos do SAU-06. Aborda ainda a concepção do
sistema, formação da base e solução de problemas encontrados no decorrer da
automação.
1 INTRODUÇÃO
A Biblioteconomia e demais profissões estão sempre às voltas com as
tendências. A cada
década surge um cenário diferente e as instituições e
profissionais precisam se adaptar às constantes mudanças. Mudam os cenários,
mudam os paradigmas, muda tudo. Estamos agora na era da pós-modernidade,
que trouxe consigo as novas tecnologias (NT) e, em particular, as tecnologias da
informação (TI).
Fax, scanner, CD-ROM, hipertexto, hipermídia e computadores
estão, em muitos casos, determinando o comportamento desta sociedade.
*
Diretora da Divisão de Coordenação de Bibliotecas da UFCe. Membro da Comissão de Informática
da BU/UFCe
**
Diretor da Biblioteca de Ciências e Tecnologia. Especialista em Sistemas Automatizados de
Informação em Ciências e Tecnologia. Membro da Comissão de Informática da BU/UFCe
�8.4
O computador está presente nos lares, nas instituições financeiras, nas
escolas, nos hospitais, nos supermercados, nas bancas de revistas, nas
universidades, enfim, ele está revolucionando todas as áreas do conhecimento.
A
Informática
tem
demonstrado
ser
uma
poderosa
ferramenta
na
manipulação de dados, com rapidez e precisão, tornando-se, portanto, um
instrumento imprescindível para o desenvolvimento de sistemas automatizados que
têm como objetivo principal a recuperação e disseminação da informação de forma
democrática, como é o caso de Bibliotecas, Arquivos etc.
A influência das Novas Tecnologias, principalmente da Informática, na
sociedade contemporânea é tão significativa que SCHAFF(1992) classifica-a de
“Sociedade Informática”.
Neste contexto encontramos as universidades que, segundo KOROCOLVAS
(1988), teriam as seguintes funções:
... (a) erudição - a conservação do conhecimento de tudo o que o homem fez ou escreveu ou
pensou; (b) ensino - a transmissão deste conhecimento à geração seguinte; (c) criatividade a introdução ou descobertas de novos caminhos ou novos conhecimentos na Literatura, na
Arte e nas Ciências; (d) serviço público - a aplicação deste conhecimento para o progresso
da humanidade; (e) inovação - a contribuição para ampliar as consecuções do homem e
transformar as sociedades.
A Universidade Federal do Ceará, como instituição de vanguarda, não
podendo ficar à margem das inovações tecnológicas e transformações pelas quais
passa a sociedade, desenvolveu o Sistema de Automação Universitária - SAU, do
qual a Biblioteca Universitária faz parte através do módulo 06.
�8.4
2 BREVE HISTÓRICO
No final da década de 80 o processo de automação dos produtos e serviços
da Biblioteca Universitária (BU) foi iniciado. Na ocasião foram contemplados o
processamento técnico das teses/dissertações e a aquisição do material
bibliográfico (livros).
A tentativa foi frustrada em virtude de problemas técnicos e estratégicos. O
equipamento usado era um microcomputador COBRA 480.
Em 1990, a Universidade Federal do Ceará, em Convênio com o MEC e com
apoio técnico da Techne/UNYSIS deu início ao processo de automação de todos os
seus setores. O Sistema de Automação Universitária (SAU) é um sistema de
informação que tem como principal objetivo automatizar as rotinas administrativas
da UFCE de forma integrada, possibilitando interfaces com todos os módulos.
O módulo 06 foi destinado à Biblioteca. Foram então formalizadas as rotinas
dos serviços do Sistema de Bibliotecas da UFCE e efetivadas, seguindo o modelo
proposto por SCHREINER (1990), dentro do programa de Pesquisa, Estudos
Técnicos
e
Desenvolvimento
de Recursos
Humanos para as Bibliotecas
Universitárias Brasileiras (PET), desenvolvido pelo MEC/SESU/PNBU.
Foram também definidas, com a assessoria da Prof.ª Wanda Paranhos, da
Universidade Federal do Paraná e com base no documento de SAYÃO (1990), as
características do SAU-06. A Biblioteca manteria interfaces com outras instituições,
participando de redes e/ou alimentando bases de dados, tais como:
• Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Periódicas (CCN);
�8.4
• alimentação da base BIBLIODATA/CALCO;
• comutação eletrônica;
Estas interfaces seriam mantidas e, dentro do possível, aperfeiçoadas com a
sua integração ao SAU.
O módulo de bibliotecas teria as seguintes características:
a) integração com outros módulos da Universidade;
b) compatibilidade com demais redes e/ou sistemas com os quais a biblioteca
já
interage,
através
de
procedimentos
manuais
ou
parcialmente
informatizados;
c) CCN: manutenção e uso para constituição da base de dados de periódicos
do SAU, através da leitura da fita com registros da UFCE no CCN/IBICT;
d) utilização de padrão nacional de intercâmbio de dados bibliográficos
(IBICT) e padrão para os dados de registro bibliográfico do “Código de
Catalogação Anglo-Americano”, 2.ed. (AACR2);
e) rapidez na recuperação da informação;
f) incorporação das características da linguagem LINCE no software de
recuperação, a exemplo do já praticado no IBICT e BIREME, visando maior
facilidade de recuperação da informação e treinamento de usuários;
g) aperfeiçoamento do controle e da operação das rotinas desenvolvidas na
biblioteca;
h) estudo da viabilidade de utilização de soluções já existentes para
integração do SAU, objetivando a agilização na implementação, garantindo
requisitos de compatibilidade, além de evitar duplicação de esforços e
custos.
�8.4
3 ESTRUTURA DO SAU-06
O SAU-06 é um sistema multi-usuário, no qual as atividades administrativas
referentes ao sistema de bibliotecas são efetuadas através de terminais de uma
rede de teleprocessamento.
O Sistema de Bibliotecas é composto de seis sub-sistemas, a saber:
Controle, Sugestão/Aquisição, Processo Técnico, Circulação e Impressão.
Controle - Responsável pela criação e manutenção das estruturas de
controle para uso do SAU-06.
O funcionamento do Módulo SAU-06 pressupõe a existência de tabelas e a
definição de alguns parâmetros e estruturas auxiliares.
Estas informações devem ser inseridas no Sistema através das rotinas de
controle. Isto constitui o primeiro passo para a utilização dos demais módulos do
sistema.
Existem as rotinas de controle para definição do formato a ser adotado na
catalogação (transação MENU FORMATO), para definição de tabelas de
consistência de valores (transação TABELAS), para definição de parâmetros gerais
adotados pelo sistema (transação OPÇÕES), para definição do formato das fichas
catalográficas (transação DEFINE FICHA), para cadastramento de bibliotecas do
sistema (transação BIBLIOTECA),
para estabelecimento de política de circulação
�8.4
(transação REGRAS CIRCUL) e para definição das categorias de usuários do
sistema (transação CATEG USUÁRIO).
Uma vez cadastradas, essas informações podem ser consultadas e alteradas
conforme as necessidades dos usuários.
Sugestão e Aquisição - Responsável pela execução das rotinas referentes
ao processo de aquisição de material bibliográfico.
O Banco de Sugestões inicialmente foi alimentado pela Divisão de
Desenvolvimento do Acervo através do recebimento das bibliografias básicas e
complementares de todas as disciplinas da UFCE.
A partir de 1997, está prevista a disponibilidade da transação “SUGESTÃO”
para todos os usuários da UFCE. Se o usuário procurar uma determinada obra no
acervo
(transação BUSCA) e não a encontrar ou julgar a sua quantidade
insuficiente, ele registra uma sugestão para aquisição da referida obra (transação
SUGESTÃO).
Periodicamente,
as
sugestões
registradas
pelos
usuários
são
complementadas, analisadas e julgadas pelo setor responsável (transação
REPASSE SUG).
Após a análise e complementação, as sugestões julgadas procedentes são
selecionadas para compor uma Compra de Material (transação COMPÕE
COMPRA). Para operacionalização da compra existe uma interface com o SAU-04
(Administração de Materiais e Patrimônio).
�8.4
O usuário pode acompanhar o trâmite de sua sugestão (transação L SUG
USUÀRIO e BUSCA SUG) ou a Biblioteca pode verificar as sugestões a ela
destinadas (transação L SUG BIBLIO).
Processo Técnico - Responsável pelas rotinas de processamento técnico do
material bibliográfico.
Existem duas transações para catalogar uma obra: a primeira dá ao usuário
uma visão detalhada do formato (transação CAT DIRIGIDA), a outra (transação
CATALOGAÇÃO) é mais direta e supõe o conhecimento da estrutura adotada.
Pode-se optar por uma delas ou combinar seu uso da maneira mais conveniente.
Caso opte-se por usar primeiramente a CAT DIRIGIDA, deve-se alocar
previamente um código para a obra a ser catalogada (transação COD TITULO).
A transação CATALOGAÇÃO dispensa a alocação prévia, bastando informar
o título diretamente.
Em associação com essas transações de catalogação, deve-se fazer o
tombamento do material bibliográfico (transação REGISTRO). Essa transação pode
ser utilizada antes da catalogação do material, bastando para isso ter-se alocado
para o mesmo um código de título (transação COD TITULO).
A Divisão de Processos Técnicos adota a seguinte sistemática de uso das
transações de catalogação:
a) transação CATALOGAÇÃO: cadastra informações do título no parágrafo
245A, B, anota código da obra fornecido pelo sistema e complementa as
informações restantes referentes à catalogação;
�8.4
b) transação REGISTRO: tendo o código da obra, registra-se cada um de
seus exemplares;
c) transação CAT DIRIGIDA: cadastra os dados fixos da obra.
Estão disponíveis transações para consulta ao material em processo técnico,
tais como: verificação de dados obrigatórios não informados na catalogação
(transação L PEND CAT), consulta aos dados informados para um determinado
título (transação L CATALOGAÇÃO).
Circulação - Responsável pelos serviços prestados pela biblioteca no
atendimento aos usuários (empréstimo, reserva, devolução etc.).
Podem usar as rotinas disponíveis na Circulação todos os alunos (graduação
e pós-graduação) regularmente matriculados, professores e servidores técnicoadministrativos
da
Universidade,
que
estejam
cadastrados
no
SAU-05
(Administração de Atividades Acadêmicas) e SAU-02 (Administração de Recursos
Humanos). Os outros tipos de usuários (especiais ou externos) têm suas
informações cadastradas através da transação USUÁRIO.
Qualquer usuário do sistema pode procurar uma obra no acervo da biblioteca
(transação BUSCA) (fig.01), identificar o número de exemplares existentes e suas
respectivas localizações. Dependendo da política de circulação definida para o
sistema (transação REGRAS CIRCUL), o usuário pode fazer reserva do título para
posterior empréstimo (transação RESERVA) ou, caso haja exemplares disponíveis,
solicitar o empréstimo (transação EMPRÉSTIMO ou EMPR ESPECIAL) (fig.02). A
etiqueta de registro virá com código de barras que será lido e as informações
pertinentes ao livro serão transferidas para a tela de empréstimo. O usuário, por sua
�8.4
vez, terá uma senha, através da qual solicita o empréstimo ou renovação do livro. O
sistema verifica se o livro e o usuário estão aptos para o empréstimo e o autoriza.
Conforme a política de circulação adotada e a categoria de usuário, é definido
o prazo de devolução do exemplar. Na data prevista, o usuário deve se dirigir à
biblioteca e proceder a devolução e /ou renovação do material (transação
DEVOLUÇÃO ou transação DEVOL ESPECIAL). No caso de atraso, é gerado
automaticamente, em nome do usuário, um débito, o qual pode ser quitado através
do pagamento da multa estabelecida (transação MULTA).
O módulo de Circulação dispõe ainda de uma rotina para registro de
consultas, levantamentos bibliográficos ou quaisquer outros serviços (transação
SERVIÇO), para fins de estatística.
Estão disponíveis várias consultas que permitem, por exemplo: verificar as
reservas feitas por um determinado usuário (transação L RES USUÁRIO) ou os
seus empréstimos (transação L EMPR USUÁRIO), checar a situação do usuário no
sistema (transação L SIT USUÁRIO), verificar as regras de circulação adotadas por
uma determinada biblioteca (transação L REGRAS CIRCUL) ou ainda verificar as
multas de um determinado usuário (transação L MULTA USU) etc.
Além das consultas já citadas, existem outras transações do tipo L... que
permitem a visualização das informações cadastradas no banco de dados. Também
estão disponíveis as buscas (transação BUSCA e BUSCA USUÁRIO), bem como
uma rotina de totalização de sugestões (transação RESUMO SUG).
�8.4
FIGURA 1 - TELA DE BUSCA E SUB-TELA MOSTRE
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Transação
>BUSCA
Sistema SAU-06
<
Texto> AUTPES=PAULO: 163 BONAVIDES: 20
OBS: No campo texto, entre com o AUTOR(AUTPES=Assis, Machado)e/ou TÍTULO(TÍTULO=IRACEMA)e/ou
ASSUNTO(ASSTOP=Pediatria)e/ou PESQUISA LIVRE(ASSIS, MACHADO OU IRACEMA OU PEDIATRIA)
Busca Fonética?>N<
Operação>MOSTRE<
Total selecionado: 19
1 C81540
Teoria do estado /
>X<
Total4
Bonavides, Paulo.
Disp2
2. ed. rev.”
2 C81337
Direito constitucional /
> <
Total 3
Bonavides, Paulo.
Disp 3
2. ed.”
3 C76740
Teoria do estado /
> <
Total 18
Bonavides, Paulo.
Disp 18
Obs: para maiores informações sobre o livro, no campo operação tecle MOSTRE e marque o livro escolhido com
X e transmita (XMIT). Para ajuda TRANSAÇÃO “HELP”.
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Cód Cat > C81540
Transação
>BUSCA <
Sistema SAU-06
<>Teoria do Estado
<
Operação>VOLTE< > <
Tipo material
Edição
No. Regist. Biblioteca Num. da CDD/CDU Notação Autor
Situação No.res./emp
Usuário
R278378 BFD
342.2
B697t
DISPONÍVEL 00000000000
R278386 BFD
342.2
B697t
EMPRESTADO 00000002225
PEDRO JORGE ALMEIDA
R278394 BFD
342.2
B697t
PROC. TEC.
00000000000
R278408 BFD
342.2
B697t
DISPONÍVEL 00000000000
LIVRO
2. ed. rev.
LIVRO
2. ed. rev.
LIVRO
2. ed. rev.
LIVRO
2. ed. rev.
Impressão - Responsável pelo fornecimento de produtos impressos (fichas,
etiquetas, listas etc).
O módulo de impressão consiste num conjunto de transações que
possibilitam a geração de produtos impressos, tais como etiquetas de lombada
(transação L ETIQ LOTE), carta para usuários (transação L CARTA RES), listagens
diversas (transação L LISTAS), etiquetas de registro (transação ETIQ REG), entre
outras.
�8.4
FIGURA 2 - TELA DO EMPRÉSTIMO
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Transação
>EMPRÉSTIMO
Sistema SAU-06
Usuario >F< >020231 <
> PEDRO JORGE SILVA
Título
0
0
N Reg.
N Empréstimo
Data do empréstimo
>R144908 <
Fundamentals of transportation systems
>0000037168<
18OUT1995-11:30
>R155450 <
Química orgânica
>0000037174<
20OUT1995-09:35
<
<
Operação >CAD
Prazo Devolução
<
01NOV1995
03NOV1995
FIGURA 3 - TELA DE DEVOLUÇÃO
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Usuario >F< >020231
<
Transação
>DEVOLUÇÃO <
Sistema SAU-06
> PEDRO JORGE SILVA
<
Operação >CAD
<
N0 Reg.
Título
N0 Empréstimo
Data empréstimo
Prazo Dev
Data Dev
Renovação(S/N)
“X”
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------->R144908 <
>Fundamentals of transportation systems a <
>0000037168<
>18OUT1995-11:30<
> 01NOV1995< >23OUT1995<
>S<
>X<
>R155450 <
>Química orgânica
<
>0000037174<
>20OUT1995-09:35<
> 03NOV1995< >03NOV1995<
>S<
>X<
4 FORMAÇÃO DA BASE DE DADOS
A biblioteca optou pelo formato bibliográfico CALCO/IBICT por se tratar de
formato que permite intercambiar informações bibliográficas com outras instituições,
tanto a nível local quanto internacional.
A
partir dessa
decisão foi
possível
transferir os dados da base
BIBLIODATA/CALCO, da qual esta biblioteca já fazia parte desde 1989.
�8.4
Após transferência dos dados da FGV para o SAU-06 a biblioteca iniciou a
entrada do material corrente (compra, doação e permuta), priorizando a compra.
Paralelamente à entrada do material corrente, o que é feito de forma
centralizada, o material retrospectivo (conversão retrospectiva) está sendo realizado
pelas bibliotecas setoriais.
Antes de dar início à conversão retrospectiva, o sistema inventariou todo seu
acervo (142.390 livros)
para verificar
o material mais demandado (17.537),
visando agilizar a operacionalização da consulta on line e a circulação.
Para alimentação da base do material corrente e retrospectivo é feita uma
pesquisa para verificar se a obra já existe no SAU-06. Neste momento inicia-se o
processo de catalogação da obra, através da transação CATALOGAÇÃO (fig. 4).
FIGURA 4 - TELA DE CATALOGAÇÃO
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Transação
>CATALOGACAO <
Sistema SAU-06
Cod.Cat.>C19
< >Introdução a filosofia da educação /
<
Tipo de Material>LIVRO<
Operação >CAD
<
Campo
Rep Ind Informação
“X “
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------082A-Numero na CDD
>001<> 1 <>370.1
<> <
082B-Notacao de autor
>001<> 1 <>K76i
<>
<
100A-Sobrenome e/ ou Pren.
>001<>10<>Kneller, George F. (George Frederich).
<> <
100D-Datas
>001<>10<>1908<> <
245A-Título Documento
>001<>10<>Introdução a filosofia da educacao /
<> <
245B-Subtítulo
>001<> <>
<>
<
245E-Parte complementar
>001<>10<>George F. Kneller ; trad. de Alvaro Cabral. <> <
250A-Edição
>001<> <>4. ed. <>
<
260A-Local de publicação
>001<>0 <>Rio de Janeiro :
<> <
260B-Editor
>001<>0 <>Zahar ,
<>
<
260C-Data de publicação
>001<>0 <>1972.
<>
<
300A-Paginação e/ ou vol.
>001<> <>167p. <> <
�8.4
Cada título que entra no sistema recebe um código de catalogação
(CODCAT), que representa o endereço do livro no sistema, para fins de correção,
registro de exemplares, reserva de livros etc. Se ela existe no SAU, registra-se a
obra através da transação REGISTRO (fig. 5), que possibilita a inclusão de dados
sobre circulação do livro, baixas, dados da compra, que irão subsidiar o empréstimo.
FIGURA 5 - TELA DE REGISTRO
SAU - Sistema de Automação Universitária
Transação
> REGISTRO <
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Term: UF31A4
Sistema
SAU-06
Operação > LIS <
Número de Registro >R445487<
Biblioteca >BCT <
>BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA <
Cod,Cat. >C185485 <
245A Título do Documento
>Introduction to operations research /
100A Sobrenome e/ou Pren. >Hillier, Frederick
<
250A Edição
>6th.ed. <
082A Número na CDD
>
260A Local de publicação
>
Circula? >S< Reserva? >S< Renova? >S< Raro? >N< Situação >PROC TECNICO <
Nota
<
<
<
Entrada >11OUT1995<
Baixa >
< Motivo >
<
Tipo Aquisição >C<
Preço >43.00
< Est. Conservação >
<
Moeda >US<
Taxa Conversão >0,92
Volume >
< Fasciculo >
< Mes >00<
Ano >0000<
Valid. Ass. >
< No. Sug. >0000113530<
Empenho >95< >01500< Item >01224<
Nt. Fiscal >207
< Fonte Pag. >0250159999<
Prog. Trab. Res.>021440<
Se a obra não existir no SAU, consulta-se a base da FGV, que está
disponível em fita magnética, permitindo a pesquisa e transferência desses dados
para a base do SAU-06 (fig. 6), onde o CODCAT é gerado automaticamente pelo
sistema.
Caso não exista o título no SAU-06
e na FGV, a obra será implantada,
alimentando-se, então, a base da FGV através de disquete. A viabilidade desta
alimentação via SAU-06 está em fase de teste.
�8.4
Este procedimento agilizou enormemente o processo de entrada de dados,
confirmando o que REED-SCOTT, apud ZANAGA (1994), diz :
... a conversão retrospectiva é uma ferramenta de compartilhamento de recurso e de
programas cooperativos, possibilitando a complementação de bases de dados legíveis por
máquina. Com a consolidação dos registros bibliográficos obtêm-se o catálogo coletivo da
biblioteca, reunindo a coleção corrente e retrospectiva. Consequentemente, pode-se
desenvolver outros serviços biblioteconômicos. O catálogo se torna mais efetivo e o usuário
conta com maiores facilidades no acesso à informação, economizando tempo.
FIGURA 6 - TELA DE BUSCA, MARCAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DOS DADOS
DA FGV
SAU - Sistema de Automação Universitária
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Sistema de Consulta/Marcação à base F.G.V.
Sistema
Transação
SAU-06
>MARCA REG <
Texto AUTPES=KNELLER:35 GEOGE:3779 E TíTULO=INTRODUÇÃO:4136 A:113769 FILOSO
FIA:3261 DA:77399 EDUCAÇÃO:8086
Busca Fonética? >N<
Operação >ALTERE<
Total Selecionado:
>15
<
1
C5662303
2
C766151
3
C626910
Introdução à Filosofia da Educação /
Kneller, George F.
Guanabara Koogan.
8 ed.
Rio de Janeiro:
Introdução à Filosofia da Educação /
Kneller, George F. (George Frederick)
Zahar
8a ed. Rio de Janeiro :
Introdução à Filosofia da Educação /
Kneller, George Frederick
Zahar
4a ed. Rio de Janeiro :
>M<
> <
> <
5 DIFICULDADES NO DESENVOLVIMENTO DA AUTOMAÇÃO
A firma responsável pelo desenvolvimento do software (TECHNE) tinha
como estratégia disponibilizar rapidamente a circulação através da pré-catalogação.
�8.4
Salientamos que a estratégia sugerida era extremamente coerente, pois o impacto
sobre o usuário seria imediato e teoricamente positivo,
mas a Biblioteca
Universitária optou por transferir os dados da base BIBLIODATA/CALCO para
formar a
base da UFCe, agilizando também a circulação e possibilitando a
catalogação completa, uma vez que a biblioteca já alimentava a base da FGV. Além
disso, poderia encontrar por volta de 60 a 70% do restante do acervo na base
BIBLIODATA/CALCO, podendo transferir de forma completa estas informações para
o SAU-06.
Esta alternativa gerou problemas, dentre eles o de equipamentos, pois a
base BIBLIODATA/CALCO é constituída de um volume imenso de informações. Não
havendo outros mecanismos mais ágeis de acesso aos registros, seja on-line ou
CD-ROM, optou-se por fazer a leitura da base na UFCe.
Apesar das negociações para obtenção da fita contendo a base da FGV
terem sido rápidas, somente um ano e meio depois é que o referido arquivo foi
colocado em disponibilidade para que a biblioteca pudesse iniciar o processo de
busca e transferência dos dados, pois a memória do computador UNISYS A10
estava sobrecarregada com dados de toda a UFCe.
Por outro lado, mesmo que a biblioteca tivesse seguido o que preconizava a
firma que desenvolveu o software, a circulação não teria sido implementada de
imediato, já que a Universidade, por falta de recursos, não tinha equipado todo o
Sistema de Bibliotecas e a velocidade de transmissão dos dados, na época, não
daria credibilidade à automação, pois seria mais rápido fazer o empréstimo manual.
A carência de recursos humanos, aliada à inexistência de um grupo de
bibliotecários capacitados para discutir, de forma aprofundada, as questões relativas
�8.4
à automação de bibliotecas constituiu outro problema no processo de automação.
Uma parte do problema foi sanada com a realização do Curso de Especialização na
área de Sistemas Automatizados em C&T, possibilitando então a formação de uma
comissão de Informática, que proporcionou avanços significativos no que diz
respeito ao desenvolvimento do sistema.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos observado que a automação de bibliotecas é um processo irreversível
e a maioria dos problemas enfrentados são comuns. Muitas tentativas estão sendo
feitas de forma isolada. É necessário, então, que os estudos iniciados sobre este
assunto sejam aprofundados e divulgados, dando ao bibliotecário condições de
melhorar o estado-da-arte nesta área, possibilitando um planejamento estratégico
básico para automação das bibliotecas no Brasil.
Cada vez mais sentimos que o profissional bibliotecário precisa se capacitar
na área de automação, sob pena de por em risco ou ser totalmente excluído quando
da automação dos centros de informação e/ou bibliotecas, e deve também
conscientizar-se do papel social de agente de transformação, tão necessário a um
país como o Brasil, repleto de problemas sociais, econômicos e políticos. Sobre este
assunto ANTONIO (1991), nos deixa uma reflexão bastante pertinente, quando
afirma que:
A implantação de sistemas automatizados vem enfatizar a função primordial das Bibliotecas e
serviços de informação, transmitir informações, disseminar conhecimentos, cooperar na
produção artística, científica e técnica. É preciso, no entanto, que antigos e novos
profissionais, mais do que adequar-se tecnicamente à nova era, estejam sensibilizados para
os problemas emergentes em um país como o Brasil. Colocar efetivamente a informação ao
alcance de seu usuário passa pela democratização de meios e de produtos que remete às
questões político-econômicas contemporâneas, para muitos além das questões técnicas.
�8.4
ABSTRACT
The automation of Brazilian university libraries has progressed significantly in recent
years. The Federal University of Ceará planned the System of University Automation
(SAU) in modules, with the sixth module being that of Library Management. It is an
integrated multi-user system, with interfaces with other modules of the system.
Control, suggestion and ACQUISITION, the technical process, circulation and
printing are all managed by means of sub-modules of SAU-06. This paper examines
the conception of the system, the formation of the database, and solution of
problems encountered during the process of automation.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ANTONIO, Irati. Do bibliotecário ao agente: seu perfil diante das novas
tecnologias. R. Bras. Bibliotecon. Doc., São Paulo, v. 24, n. 1/4, p. 76-85,
jan./dez. 1991.
2 KOROCOLVAS, Adrejus. Química farmacêutica. Rio de Janeiro : Guanabara,
c1988. 783 p. p.1.
3 SAYÃO, L.F. et al. Avaliação dos processos de automação em bibliotecas
universitárias. Brasília : PROBIB, 1990. (SESU/PROBIB/DOC.PET. 90/04).
4 SCHREINER, Heloisa Benetti. Análise de rotinas e dados em bibliotecas
universitárias visando a automação de suas funções. Florianópolis :
Ministério da Educação e Cultura, 1990. 340 p.
5 SCHAFF, A. A sociedade informática. São Paulo : Brasiliense/UNESP, 1992.
157 p.
6 ZANAGA, Mariângela Pisoni. Conversão retrospectiva e cooperação no
processamento técnico de materiais bibliográficos: experiência do Sistema de
Bibliotecas da UNICAMP. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8., Campinas, 1994. Anais... Campinas : UNICAMP,
1994. 361 p. p. 59-68.
�
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The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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Português
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Evento
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Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Automação do Sistema de Bibliotecas da UFCe. (Pôster)
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Martins,Ana Lúcia; Soares, Francisco Jonatan
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
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A automação em bibliotecas universitárias brasileiras se desenvolveu significativamente nos últimos anos. A Universidade Federal do Ceará concebeu o Sistema de Automação Universitária - SAU, de forma modular, sendo o módulo 06 o de Administração de Bibliotecas. Trata-se de um sistema integrado, multi-usuário, que mantém interfaces com outros módulos do SAU. As atividades de controle, sugestão/aquisição, processo técnico, circulação e impressão são todas gerenciadas através de sub-módulos do SAU-06. Aborda ainda a concepção do sistema, formação da base e solução de problemas encontrados no decorrer da automação.
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5.10
AUTOMAÇÃO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA: UM ESTUDO DE CASO
*
Maria Bernardete Martins Alves
Elaine Maria Pereira Pringolato*
Carlos Eduardo Lopes Cabral**
RESUMO
Relata a experiência da informatização do Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal de Uberlândia, o processo de downsizing efetuado, e aponta para a
necessidade de uma Reengenharia dos processos técnicos.
1 INTRODUÇÃO
A automação dos processos técnicos teve inicio em 1992, com a entrada do
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia, (UFU), na rede de
catalogação cooperativa ou Rede Bibliodata/Calco, gerenciada pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV).
Uma característica do processo de automação do Sistema de Bibliotecas da
UFU foi a opção pela aquisição de softwares desenvolvidos e amplamente utilizados
por instituições nacionais.
Baseado nessa filosofia, adquiriu-se, para automação da aquisição e controle
de periódicos, o software PEREST, desenvolvido pela Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC). Sua implantação exigiu do Grupo de Automação, a esta
*
**
Bibliotecárias da Universidade Federal de Uberlândia
Graduando em Engenharia Eletrônica, trabalhando como analista do Sistema de Bibliotecas da UFU
�5.10
altura já formado no Sistema de Bibliotecas da UFU, um trabalho exaustivo de
conversão da base de dados de periódicos instalada no computador de grande
porte IBM 3090 do Núcleo de Processamento de Dados da UFU-NUPRO.
A fase de conversão, apesar de trabalhosa, foi concluída em um tempo
relativamente curto, uma vez que o gerenciamento das assinaturas, incluindo as
rotinas de cobrança de fascículos faltantes, já não era mais viável da forma semimanual, como vinha sendo feito. Desta forma foi implantado o sistema PEREST que
hoje é o sistema que controla o acervo e a aquisição de periódicos das Bibliotecas
da UFU.
Paralelamente à implantação do sistema PEREST, o Grupo de Automação
continuava seu trabalho rumo à automação do processamento técnico, ao mesmo
tempo em que avançava a discussão sobre o hardware requerido. Naturalmente,
seguindo uma tendência mundial, foi colocado o processo de downsizing como uma
necessidade premente.
2 DOWNSIZING
O projeto de automação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal
de Uberlândia não havia sido concluído e já sentíamos necessidade de um plano de
modernização e atualização do mesmo.
O software adotado para automação e gerenciamento das rotinas e serviços
das bibliotecas foi o software SAB II, que é o resultado de um convênio entre IBM,
FGV e FURG.
�5.10
O resultado, obtido com a adoção de programas isolados e de uma
plataforma mainframe IBM 3090, não respondia com qualidade às necessidades de
automação do Sistema de Bibliotecas da UFU.
Algumas limitações resultantes do uso de um software para mainframe são
enumeradas a seguir:
a) necessidade de uma equipe de suporte com formação em mainframe;
b) dificuldade de escalabilidade - caso ocorresse um crescimento dos bancos
de dados residentes no computador de grande porte, seria necessária a
aquisição de módulos suplementares (memórias, unidades de disco etc) a
um custo muito elevado;
c) dificuldade em interoperar com outros sistemas, o que leva à duplicidade
de dados;
d) imprevisão para trabalhar com sistema de código de barra, atualmente o
meio mais prático e seguro para automatizar o serviço de empréstimo;
e) baixa produtividade (sistema batch);
f) sistema proprietário.
3 NOVA PLATAFORMA
A principal mudança no projeto de automação do Sistema de Bibliotecas foi a
escolha de uma plataforma mais flexível e mais barata, tanto no que diz respeito à
sua manutenção quanto à escalabilidade. A escolha do novo software deveria se
ajustar à nova plataforma, e esta deveria possuir as seguintes características
encontradas em um sistema de computadores ligados em rede:
�5.10
a) processamento distribuído - esta característica aumenta a produtividade do
sistema, uma vez que, ao contrário de um sistema de grande porte,
permite que mais de uma máquina efetue o processamento da informação;
b) banco de dados centralizado - isto facilita a manutenção do sistema e
permite que os dados estejam sincronizados em todos os computadores;
c) baixo custo de manutenção;
d) maior flexibilidade do sistema.
Escolhida a plataforma para o processo de automação, restava ainda a
escolha do software, cujas características deveriam contemplar os seguintes
requisitos:
a) capacidade para importação e exportação de dados;
b) funcionamento em rede de computadores;
c) baixo custo e facilidade de manutenção, garantidos por empresa idônea;
d) gerenciamento de bibliotecas, capaz de automatizar rotinas e serviços;
e) compatibilidade com o formato MARC;
f) utilização por outras instituições;
g) compatibilidade com a Rede Bibliodata/Calco
4 NOVO SOFTWARE
�5.10
Em meados de 1994, a FGV inicia um processo de modernização da Rede
Bibliodata/Calco. Para tanto, adotou o software VTLS, firmando um convênio com a
Universidade da Virgínia, EEUU, produtora do VTLS, para sua distribuição a nível
nacional.
O software VTLS utiliza o formato padrão - exportação de dados para
quaisquer softwares que utilizam o formato MARC, sendo produzido em duas
versões: plataforma UNIX e plataforma MS-DOS. Diante dos atrativos oferecidos, o
Sistema de Bibliotecas da UFU optou por esse software
na versão MS-DOS
porque, apesar de a versão Unix apresentar diversas vantagens, seu custo é mais
elevado.
Atualmente, o processo de automação está em fase de conversão do banco
de dados do software SAB II para VTLS.
5 INSTALAÇÃO DA REDE
Na instalação da rede consideraram-se as várias opções, tanto quanto à sua
implementação física como quanto ao software a ser utilizado. Partiu-se da premissa
de que o sistema deveria ter um baixo custo na sua implementação, bem como na
manutenção, sem prejudicar a qualidade dos serviços a oferecer.
Para iniciar o projeto de automacão deveria ser feita a escolha da topologia
de rede a ser adotada. A primeira opção era a topologia token-ring, uma vez que a
UFU já a usava em redes interdepartamentais. Sua principal vantagem é um alto
nível de segurança de transmissão. No entanto, o custo do hardware envolvido em
sua implementação é relativamente alto.
�5.10
A segunda opção seria a topologia ETHERNET, mais barata e mais rápida
que a anterior, e que, mesmo apresentando um nível de segurança um pouco
inferior ao da primeira, foi a topologia adotada para o Sistema de Bibliotecas da
UFU.
Definida a topologia, faltava definir a plataforma de software para os
servidores da rede.
Dentre as opções analisadas (UNIX, NOVELL e WINDOWS NT), optou-se
pela plataforma Microsoft, WINDOWS NT, que mescla característica das
plataformas UNIX e NOVELL, além de apresentar outras:
a) facilidade de administração;
b) nível de segurança superior às demais;
c) interface gráfica baseada em janelas, o que a torna mais amigável aos
usuários do WINDOWS;
manutenção fácil e desempenho relativamente alto, embora não apresente o
desempenho de compartilhamento de uma rede NOVELL, nem o desempenho de
uma plataforma cliente-servidor comparável a um sistema UNIX.
�5.10
6 REENGENHARIA DE PROCESSOS TÉCNICOS
A adoção de um sistema gerenciador de bibliotecas, como o VTLS e o
downsizing, com a conseqüente implantação da rede, viabiliza a integração das
bibliotecas do sistema a nível interno, bem como das Bibliotecas da UFU com
bibliotecas e sistemas de informação de outras instituições, ou seja, a nível externo.
Isto fez o Grupo de Automação vislumbrar novas possibilidades dentro do propósito
da automação das rotinas e serviços dos processos técnicos. Viabiliza-se não
apenas a automação, mas também a integração das rotinas de seleção, registro e
catalogação.
O processo tem início com a entrada das solicitações para a aquisição de
material bibliográfico, passa para o arquivo de controle de recebimento e, após o
recebimento do material, os dados do arquivo de aquisição vão alimentar a base de
catalogação e registro (tombamento), sendo este gerado automaticamente. Após a
padronização dos dados para o formato de catalogação, os mesmos serão
exportados para a base de consulta, constituindo, por fim, a base para empréstimo
e circulação.
Neste sentido, urge repensar os processos, as rotinas e os serviços.
A automação possui uma característica dialética. Ao mesmo tempo em que
consolida os processos, ela também muda, ou melhor, sugere mudanças e
reavaliação dos processos. Por si só a automação não melhora os processos, mas
viabiliza a melhoria dos mesmos, uma vez que obriga a um repensar dos processos
como um todo. Em outras palavras, força a Reengenharia de processos. Caso a
Reengenharia não seja levada a efeito, a automação pode levar a processos
�5.10
automatizados defeituosos. Se um procedimento manual é correto, a sua
automação leva a uma maior produtividade, visto que acelera a execução das
tarefas. Se, ao contrário, o procedimento manual já contém erros, sua automação só
agrava tal procedimento.
Dentro deste contexto, a Divisão de Aquisição e Processos Técnicos viabiliza
condições para a reconstrucão dos seus processos cujos problemas apontam para
um fator crítico: “Atraso no processamento técnico de livros e o tempo gasto entre o
momento em que o livro chega à biblioteca e a sua disponibilidade para o usuário”.
Identifica também alguns fatores que estariam afetando o desempenho dos
processos e acarretando resultados indesejáveis. Dentre tais fatores, destacam-se:
a) rotinas não-automatizadas;
b) tarefas fragmentadas;
c) rotinas “stand alone” (não-integradas);
d) alto índice de inconsistência;
e) centralização do processo;
f) excesso de controle e revisão;
g) excesso de papéis;
h) necessidade de treinamento;
i) manuais de serviços desatualizados (quando existentes).
Reconhecer que o problema existe é o primeiro passo em direção à solução
do mesmo, o que envolve uma mudança dos processos. Essa mudança passa pela
modificação na forma de trabalho, onde treinamento/educação é um binômio
�5.10
fundamental, pois mudança de processos exige mudança cultural, e isto não
representa uma tarefa simples, pois exige o uso de uma metodologia baseada nos
conceitos de Reengenharia.
Segundo HAMMER e CHAMPY (1994) os processos renovados pela
Reengenharia passam a ter as seguintes características:
a) integração das tarefas no processo;
b) redução das verificações e dos controles;
c) centralização e descentralização coexistentes;
d) transposição das fronteiras organizacionais;
e) descentralização das decisões.
7 CONCLUSÃO
Pelo exposto, sugerimos a utilização de uma metodologia que contemple uma
análise do processo atual e que identifique e/ou confirme os problemas e que
apresente soluções para os mesmos. Essas soluções estarão, possivelmente,
dependentes de uma Reengenharia/Reinvenção dos processos. Ambas defendem
uma transformação dos processos como forma de melhorar a qualidade dos
serviços e, em conseqüência, uma mudança na estrutura organizacional deverá
acontecer.
�5.10
ABSTRACT
This paper describes the computerization of the library system at the Federal
University of Uberlândia, and the downsizing process carried out. It also points out
the need for reengineering the technical processes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1 HAMMER, Michael, CHAMPY, James. Reengenharia: revolucionando em função
dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. 21. ed.
Rio de Janeiro : Campus, 1994. 189 p.
�
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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A name given to the resource
Automação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia: um estudo de caso.
Creator
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Alves, Maria Bernadete Martins; Pringolato, Elaine Maria Pereira; Cabral, Carlos Eduardo Lopes
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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PUCPR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
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Relata a experiência da informatização do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia, o processo de downsizing efetuado, e aponta para a necessidade de uma Reengenharia dos processos técnicos.
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f5fc21f5fea9c57e4aab81732546e2df
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6.2
AVALIAÇÃO DE COLEÇÃO DE PERIÓDICOS ADQUIRIDOS POR COMPRA DO
SERVIÇO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO DO INSTITUTO DE
GEOCIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO: ESTUDO PRELIMINAR
*
Érica Beatriz P.M. de Oliveira
Rosa Tereza Tierno Plaza**
RESUMO
Descreve a metodologia e critérios utilizados na avaliação da coleção de periódicos,
adquiridos por compra, do Serviço de Biblioteca do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo, a fim de detectar o núcleo básico de sua coleção.
1 INTRODUÇÃO
Em 1969, quando da reforma universitária, dois departamentos da então
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - o Departamento de Geologia e
Paleontologia e o Departamento de Mineralogia e Petrologia - passaram a constituir
o Instituto de Geociências e Astronomia, depois Instituto de Geociências. Da fusão
dos acervos das bibliotecas desses departamentos originou-se a Biblioteca do
Chefe Técnica da Seção de Publicações e Divulgação - Serviço de Biblioteca e Documentação do
Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.
** Diretora Técnica do Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo
*
�6.2
Instituto de Geociências, que tem um dos melhores, senão o melhor acervo da área
no Brasil.
O Serviço de Biblioteca e Documentação (SBD) do Instituto de Geociências
(IGc) da Universidade de São Paulo (USP) tem por finalidade promover e estimular
o estudo e a pesquisa na área de Geociências, através da divulgação de seu
acervo, tornando-o acessível a professores, alunos, funcionários e pesquisadores.
A Biblioteca oferece a seus usuários os seguintes serviços:
a) empréstimo e consulta do acervo;
b) empréstimo-entre-bibliotecas;
c) comutação bibliográfica;
d) busca bibliográfica em bases de dados nacionais e estrangeiras;
e) orientação ao usuário;
f) controle da produção técnico-científica;
g) serviço de alerta;
h) intercâmbio e venda de publicações:
- Boletim IG-USP: Série Didática
- Boletim IG-USP: Série Científica
- Boletim IG-USP: Publicação Especial
O acervo é de livre acesso, especializado na área de Geociências e
composto pelos seguintes materiais:
Livros
: 10.725
Teses
: 2.151
Periódicos
: títulos 1.792
Separatas
:
636
volumes 34.205
�6.2
Mapas
: 3.840
Projetos
:
900
Diapositivos
:
124 coleções compostas por 3.474 slides
Filmes em vídeo
:
72
2 HISTÓRICO
A preocupação em racionalizar a aquisição de títulos de periódicos esteve
sempre presente nas Bibliotecas da USP, principalmente nos últimos anos, devido
ao aumento de preços dos mesmos e simultânea contenção de verbas por parte da
Universidade.
Em 1984, em trabalho conjunto entre o Sistema Integrado de Bibliotecas da
USP (SIBi/USP) e a Coordenadoria de Administraçào Geral (CODAGE) da Reitoria
da Universidade de São Paulo, foi criada a aquisição planificada de periódicos do
Sistema.
Para essa aquisição foram estabelecidos grupos de bibliotecas, de acordo
com a localização geográfica e afinidade de acervos, permitindo:
a) análise dos títulos, eliminando-se duplicações desnecessárias;
b) redução de custos e facilidade do processo de aquisição.
Em 1987, foi realizado um estudo de avaliação de uso de periódicos nas
bibliotecas da USP, onde foi proposto um levantamento quantitativo do uso das
publicações periódicas do SIBi/USP, para estudos de adequação das coleções no
ocante aos seguintes ítens:
a) seleção para aquisição e descarte de títulos;
�6.2
b) renovações;
c) substituição e cancelamento de assinaturas;
d) identificação de títulos novos;
e) complementação de falhas;
f) estabelecimento de núcleos básicos de coleções;
g) possível remanejamento das coleções de periódicos entre Unidades.
O surgimento de novas tecnologias na transmissão do conhecimento, como
CD-ROM, Internet, redes locais, entre outras, e a tendência cada vez mais presente
do compartilhamento de recursos fizeram com que o SIBi/USP retomasse os
estudos de avaliação de coleções de periódicos.
Dentro deste panorama, a Biblioteca do IGc/USP vem coletando dados de
uso da coleção de periódicos desde 1987, por serem esses dados fundamentais nos
estudos de avaliação de coleções.
Em 1995, a Biblioteca do IGc/USP iniciou um estudo visando realizar uma
avaliação qualitativa de sua coleção de periódicos. No decorrer dos trabalhos foi
detectado um pequeno número de títulos duplicados com outras bibliotecas da USP,
que não pertenciam ao grupo inicial estabelecido pelo SIBi em 1987, entre os quais
não se permitia a duplicação de títulos.
Considerando os dados de uso nos últimos cinco anos, o preço da assinatura,
e a avaliação dos professores do Instituto, alguns desses títulos puderam ser
substituídos por outros de maior interesse à comunidade.
No presente momento, iniciamos a avaliação dos títulos adquiridos por
compra, de acordo com a metodologia descrita a seguir.
�6.2
Posteriormente será também realizada a avaliação dos periódicos adquiridos
por permuta e doação.
3 JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, as bibliotecas têm se defrontado com vários problemas
para manter suas coleções de periódicos, devido ao aumento do preço dos
mesmos, maior número de títulos publicados e à diminuição ou contenção das
verbas disponíveis para assinatura de títulos novos e/ou manutenção dos atuais.
Os custos para manutenção da coleção de periódicos envolvem, além do
valor da assinatura para aqueles adquiridos por compra, custos de envio para as
coleções recebidas por permuta e doação. Além disso, o crescimento anual das
coleções tem que considerar os custos de manutenção física, como aquisição de
estantes e encadernação de fascículos, entre outros.
Os altos custos de manutenção e a importância da sua coleção de periódicos
levou a Biblioteca do IGc/USP a manter uma constante análise de seus títulos.
A coleção de periódicos da Biblioteca do IGc/USP corresponde a
aproximadamente 60% do total do seu acervo, sendo que dos 481 títulos correntes,
197 são adquiridos por compra, 216 por permuta e 68 por doação.
Devido a sua importância para o acervo da Biblioteca, por servir de subsídio
às pesquisas desenvolvidas no Instituto e por não se poder ter todos os títulos
desejados, essa coleção merece atenção especial na sua formação e manutenção,
para que se possa, principalmente, detectar seu núcleo básico.
�6.2
4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada é uma adaptação da proposta de PIKE (1991),
traduzida pela Diretoria Técnica do SIBi/USP. Os critérios de avaliação utilizados
são os propostos pelo Grupo de Trabalho “Estudos em Gerenciamento de Acervos
da USP” do SIBi/USP sob o título “Critérios para avaliação de títulos de periódicos”,
distribuídos a todas as bibliotecas do Sistema.
Para se proceder à avaliação seguiram-se as etapas abaixo.
Foi elaborada uma planilha contendo todos os títulos de periódicos correntes
adquiridos por compra, prioridade de pagamento, preço da assinatura, uso no
período 1988-1994 e uma coluna para avaliação dos especialistas.
A planilha foi enviada aos professores do Conselho de Biblioteca que
representam os quatro Departamentos do Instituto, os quais consultaram seus pares
e indicaram 151 títulos que formam o núcleo básico da coleção.
Os 55 títulos restantes estão sendo submetidos aos seguintes critérios de
análise:
a) Opinião do especialista: a avaliação está sendo realizada pelos
professores membros do Conselho de Biblioteca, os quais, após consulta a
seus pares, deverão indicar se o períódico é:
- imprescindível;
- importante;
- passível de substituição;
- não familiarizado com o título.
b) Uso: será analisado o uso da coleção durante o período 1988- 1994.
�6.2
c) Custo: o valor da assinatura é indicado por ser um fator essencial
na
avaliação da relação custo/benefício.
d) Disponibilidade: será analisada a disponibilidade do título em
bibliotecas da USP (nível local) e em níveis regional e
outras
nacional.
e) Listas Básicas da CAPES: verificar se os periódicos analisados constam da
Lista Básica e/ou da Lista de Títulos Sugeridos.
f) Frequência de Citações: avaliação da frequência de citação dos periódicos
analisados no Science Citation Index, em um período de tempo
determinado.
A análise dos especialistas dos títulos de periódicos adquiridos por compra
para a determinação do núcleo básico, baseou-se em procedimentos, tais como:
a) qualidade da publicação: qualidade dos trabalhos e qualidade do corpo
editorial e consultores;
b) natureza do órgão publicador;
c) abrangência: origem dos trabalhos e difusão da revista;
d) tradição, regularidade e importância relativa dentro da área.
5 CONCLUSÃO
O resultado obtido mostra que 73% (144 títulos* ) da coleção de periódicos
adquiridos por compra da Biblioteca do IGc/USP são considerados como coleção
básica, portanto, imprescindíveis às atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas
no Instituto. Os demais 53 títulos** , que correspondem à 27% da coleção, serão
*
**
Anexo 1
Anexo 2
�6.2
submetidos a uma análise complementar para se avaliar o grau de importância de
cada um.
A utilização de seis critérios na avaliação desses 53 títulos se justifica, pois o
êxito dos processos de avaliação só será obtido através da utilização de critérios
diversos e da repetição regular desse processo.
Devemos enfatizar, ainda, que cabe à Biblioteca formar e manter uma
coleção adequada às necessidades de seus usuários. A análise constante da
coleção de periódicos trará subsídios para a elaboração e atualização de sua
política de aquisição, bem como possibilitará a depuração de seu acervo, mantendoo sempre atualizado e atuante.
�6.2
ABSTRACT
This is paper describes the methodology and criteria used to evaluate the journals
acquired by the library service of the Institute of Geosciences of the University of São
Paulo, in order to define the basic nucleus of its collection.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ANDRADE, D.C. Critérios para aquisição de livros: o caso das ciências sociais e
humanidades. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo
Horizonte, v. 21, n.1, p. 40-55, 1992.
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procedimentos para revisão, descarte e armazenamento. Brasília,
CNPq/IBICT, 1985.
3 KRZYZANOWSKI, R.F.; KRIEGER, E.M.; DUARTE, F.A.M. Programa de
apoio às revistas científicas para a FAPESP. Ciência da Informação, v. 20,
n. 2, p.137-50, 1991.
4 MOSTAFA, S. P. Política de aquisição e descarte: metodologia de apoio para as
bibliotecas. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v.14,
n.3/4, p.179-87, 1981.
5 MUELLER, S.P.M. Metodologia para avaliação de lista básica de periódicos.
Ciência da Informação, v. 20, n. 2, p.111-8, 1991.
6 _____. O periódico científico e as bibliotecas universitárias: velhos problemas,
novas soluções. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP, 1994.
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8 RUTLEDGE, J.; SWINDLER, L. The selection decision: defining criteria and
establishing priorities. College and Research Libraries, v. 48, n. 2, p.123-31,
1987.
9 TEIXEIRA, M.A.A.; ALMEIDA, M.F.P. Avaliação da coleção de periódicos
doados à biblioteca da FEA-IEI da UFRJ: critérios de seleção e descarte.
Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n.3, p.253-258, 1993.
�6.2
10 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas.
Avaliação de uso de periódicos na USP. São Paulo : SIBi/USP,
1987.
11 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas. Grupo
de Estudos em Gerenciamento de Acervos da USP. Critérios para
avaliação de títulos de periódicos. São Paulo, 1995. (Documento
interno)
12 VALS PASOLA, A. La evaluacion de revistas en una biblioteca
universitaria de cara a la cancelación de titulos. Revista Española de
Documentación Científica, v.16, n.3, p.147-56, 1993.
13 VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções. São Paulo : Polis/APB,
1989.
14 _____. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o
planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, Brasília,
v.22, n.1, p.13-21, 1993.
15 _____. Estabelecimento de políticas para o desenvolvimento de coleções.
Revista de Biblioteconomia de Brasília, v.15, n.2, p.193-201, 1987.
16 _____. Seleção de materiais de informação: princípios e técnicas.
Brasília : Briquet de Lemos/Livros, 1995.
�6.2
ANEXO 1
RELAÇÃO DE TÍTULOS DE PERIÓDICOS DA COLEÇÃO BÁSICA DO SBD - IGc/USP
ADVANCES IN WATER RESOURCES
ALCHERINGA
AMEGHINIANA
AMERICAN JOURNAL OF SCIENCE
AMERICAN MINERALOGIST
ANNALES DE PALEONTOLOGIE
ANNUAL REVIEW OF EARTH AND PLANETARY SCIENCES
APPLIED CLAY SCIENCE
APPLIED GEOCHEMISTRY
ARTIC: Journal of the Artic Institute of North America
AUSTRALIAN JOURNAL OF EARTH SCIENCE
BASIN RESEARCH
BIBLIOGRAPHY AND INDEX OF MICROPALEONTOLOGIE
BULLETIN DE LA SOCIETE GEOLOGIQUE DE FRANCE
BULLETIN OF THE AMERICAN ASSOCIATION OF PETROLEUM GEOLOGISTS
BULLETIN OF VOLCANOLOGY
BULLETINS OF AMERICAN PALEONTOLOGY
CAHIERS DE MICROPALEONTOLOGIE
CANADIAN JOURNAL OF EARTH SCIENCES
CANADIAN MINERALOGIST
CHEMICAL GEOLOGY
CIÊNCIA HOJE
CIM BULLETIN: Canadian Mining and Metallurgical Bulletin
CLAY MINERALS
CLAYS AND CLAY MINERALS
COMPUTERS AND GEOSCIENCES
CONTRIBUTIONS TO MINERALOGY AND PETROLOGY
�6.2
CRETACEOUS RESEARCH
EARTH AND PLANETARY SCIENCE LETTERS
EARTH SCIENCE HISTORY
EARTH SCIENCES REVIEWS
ECLOGAE GEOLOGICAE HELVETIA
ECONOMIC GEOLOGY AND THE BULLETIN OF THE SOCIETY OF ECONOMIC GEOLOGISTS
ENVIRONMENT
ENVIRONMENTAL GEOLOGY
ENVIRONMENTAL RESEARCH
ENVIRONMENTALIST
EOS: Transactions of the American Geophysical Union
EPISODES
FACIES
FOSSILS & STRATA
GEMS & GEMMOLOGY
GEOBIOS
GEOCHEMICAL JOURNAL
GEOCHEMISTRY INTERNATIONAL
GEOCHIMICA ET COSMOCHIMICA ACTA
GEOGRAPHYCAL ABSTRACTS: physical geography
GEOLOGICAL ABSTRACTS
GEOLOGICAL JOURNAL
GEOLOGICAL MAGAZINE
GEOLOGICAL SOCIETY OF AMERICA BULLETIN
GEOLOGIE EN MIJNBOUW
GEOLOGISCHE JAHRBUCH: series A-F
GEOLOGISCHE RUNDSCHAU
GEOLOGY
GEOLOGY TODAY
�6.2
GEOPHYSICAL PROSPECTING
GEOPHYSICS: the journal of the Society of Exploration Geophysicists
GEOSCIENCE DOCUMENTATION
GEOTECTONICS
GEOTIMES
GOLD PROSPECTOR MAGAZINE
GRANA
GROUND WATER
GROUND WATER MONITORING & REMEDIATION
HYDROGEOLOGIE
INTERNATIONAL GEOLOGY REVIEW
JOURNAL OF AFRICAN EARTH SCIENCES
JOURNAL OF ENERGETIC MATERIALS
JOURNAL OF FORAMINIFERAL RESEARCH
JOURNAL OF GEMMOLOGY & PROCEED. OF GEMMOL. ASSOC. OF GREAT BRITAIN
JOURNAL OF GEOCHEMICAL EXPLORATION
JOURNAL OF GEOLOGICAL SOCIETY OF INDIA
JOURNAL OF GEOLOGICAL SOCIETY OF LONDON
JOURNAL OF GEOLOGY
JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH: sections A-F
JOURNAL OF GEOSCIENCE EDUCATION
JOURNAL OF GLACIOLOGY
JOURNAL OF METAMORPHIC GEOLOGY
JOURNAL OF MICROPALEONTOLOGY
JOURNAL OF PALEONTOLOGY
JOURNAL OF PETROLEUM SCIENCE & ENGINEERING
JOURNAL OF PETROLOGY
JOURNAL OF SEDIMENTARY RESEARCH
JOURNAL OF SOUTH AMERICA EARTH SCIENCE
�6.2
JOURNAL OF SOUTHEAST ASIAN EARTH SCIENCES
JOURNAL OF STRUCTURAL GEOLOGY
JOURNAL OF VERTEBRATE PALEONTOLOGY
JOURNAL OF VOLCANOLOGY & GEOTHERMAL RESEARCH
LAPIDARY JOURNAL
LEADING EDGE
LETHAIA
LITHOS
MARINE AND PETROLEUM GEOLOGY
MARINE MICROPALEONTOLOGY
MATHEMATICAL GEOLOGY
MINERALIUM DEPOSITA
MINERALOGICAL MAGAZINE
MINERALOGY & PETROLOGY
NATURE
NEUES JAHRBUCH FÜR GEOLOGIE UND PALAONTOLOGIE: Abhandlungen
NEUES JAHRBUCH FÜR GEOLOGIE UND PALAONTOLOGIE: Monatshefte
NEUES JAHRBUCH FÜR MINERALOGIE: Abhandlungen
NEUES JAHRBUCH FÜR MINERALOGIE: Monatshefte
NORSK GEOLOGISK TIDSKRIFT
ORE GEOLOGY REVIEWS
ORIGINS OF LIFE & EVOLUTION OF THE BIOSPHERE
PALAEOGEOGRAPHY, PALAEOCLIMATOLOGY, PALAEOECOLOGY
PALAEONTOGRAPHICA: section B
PALAEONTOLOGICAL JOURNAL
PALAEONTOLOGISCHE ZEITSCHRIFT
PALAEONTOLOGY
PALEOBIOLOGY
PALEONTOGRAPHICA: section A
�6.2
PALYNOLOGY
PETROLEUM ABSTRACTS
PETROLEUM GEOLOGY
PHOTOGRAMMETRIC ENGINEERING & REMOTE SENSING
PHYSICS AND CHEMISTRY OF MINERALS
PHYSICS AND CHEMISTRY OF THE EARTH
PHYSICS OF THE EARTH AND PLANETARY INTERIORS
PHYTOMORPHOLOGY
PRECAMBRIAN RESEARCH
PROCEEDINGS OF THE GEOLOGISTS ASSOCIATION
QUATERNAIRE
QUATERNARY RESEARCH
QUATERNARY SCIENCE REVIEWS
REVIEW OF PALEOBOTANY AND PALYNOLOGY
REVISTA ESPAÑOLA DE MICROPALEONTOLOGIA
REVUE DE MICROPALEONTOLOGIE
REVUE PHOTO-INTERPRETATION
SCIENCE
SCIENTIFIC AMERICAN
SEDIMENTARY GEOLOGY
SEDIMENTOLOGY
SOUTH AFRICAN JOURNAL OF GEOLOGY
SOUTH AFRICAN JOURNAL OF SCIENCE
TECTONICS
TECTONOPHYSICS
TERRA NOVA
WATER QUALITY INTERNATIONAL
WATER TREATMENT
X-RAY SPECTROMETRY
�6.2
ZENTRALBLATT FÜR GEOLOGIE UND PALAEONTOLOGIE: pt. 1-2
ANEXO 2
RELAÇÃO DE TÍTULOS DE PERIÓDICOS DO SBD - IGc/USP A SEREM ANALISADOS PARA
DEFINIÇÃO DO GRAU DE IMPORTÂNCIA
ANNALES DE SOCIETE GEOLOGIQUE DU NORD
ARCTIC AND ALPINE RESEARCH
BOREAS
CAHIERS ORSTOM: serie pedologie
CHINESE JOURNAL OF GEOCHEMISTRY
CORAL REEF NEWSLETTER
CRYSTAL RESEARCH & TECHNOLOGY
�6.2
ERDÖL ERDGAS KOHLE
EURASIAN SOIL SCIENCE
EUROPEAN JOURNAL OF MINERALOGIE
EUROPEAN JOURNAL OF SOIL SCIENCE
GANKO: Journal of Mineralogy, Petrology and Economic Geology
GEODERMA
GEODYNAMIQUE
GÉOLOGIE MÉDITERRANÉENNE
GEOMORPHOLOGY
GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS
GEOSTANDARDS NEWSLETTER
GEOTEKTONISCHE FORSCHUNGEN
HIGH TEMPERATURES - HIGH PRESSURES
HYDROLOGICAL PROCESSES
HYDROLOGICAL SCIENCES JOURNAL
INTERNATIONAL JOURNAL OF SPELEOLOGY
ISRAEL JOURNAL OF EARTH SCIENCES
JOURNAL OF GEODYNAMICS
JOURNAL OF JAPAN PETROLEUM INSTITUTE
JOURNAL OF SOIL AND WATER CONSERVATION
KRISTALLOGRAFIIA
MICROPALEONTOLOGY
MINERALOGICAL ABSTRACTS
MINERALOGICAL RECORD
MINERALOGISCHESKII ZHURNAL
MODERN GEOLOGY
MOSCOW UNIVERSITY GEOLOGY BULLETIN
NEW ZEALAND JOURNAL OF GEOLOGY AND GEOPHYSICS
NORTHEASTERN GEOLOGY ENVIRONMENTAL SCIENCES
�6.2
OILFIELD REVIEWS
PALAIOS
PASCAL FOLIO 40: mineralogie, geochimie, geologie extraterrestre
PASCAL FOLIO 46: hydrologie, geologie de l’interieur
POWDER DIFRACTION
RUSSIAN GEOLOGY AND GEOPHYSICS
SCHWEIZERISCHE MINERALOGISCHE UND PETROGRAPHISCHE MITTEILUNG
SCIENTIFIC DRILING
SOIL SCIENCE SOCIETY OF AMERICA JOURNAL
SOIL TECHNOLOGY
TRANSACTIONS OF RUSSIAN ACADEMY OF SCIENCES: earth sciences sections
TRANSACTIONS OF THE ROYAL SOCIETY OF SOUTH AFRICA
TRIBUNE DE L’EAU
WORLD CERAMIC ABSTRACTS
ZAPISKI USESOIUZNOGO MINERALOGICHESKOGO OBSHCHESTVA
ZEITSCHRIFT FÜR KRISTALLOGRAPHIE
ZENTRALBLATT FÜR MINERALOGIE: pt. 1-2
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Avaliação da coleção de periódicos adquiridos por compra do serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo: estudo preliminar.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Oliveira, Érica Beatriz P.M. de; Plaza, Rosa Tereza Tierno
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Descreve a metodologia e critérios utilizados na avaliação da coleção de periódicos, adquiridos por compra, do Serviço de Biblioteca do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a fim de detectar o núcleo básico de sua coleção.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4743/SNBU1996_052.pdf
f6598f043eabc8bc28b20017457f757d
PDF Text
Text
6.15
AV AL I AÇ ÃO D E D E S E M P E N H O : U M A E X P E R I Ê N C I A D O
S I S T E M A D E B I B L I O T E C AS D A U N I V E R S I D A D E F E D E R AL D E
G O I ÁS ( U F G ) *
**
Cláudia Oliveira de Moura Bueno
Martha Izabel de Souza Duarte Rezende**
Sandra Moreira dos Santos**
RESUMO
Relata a experiência do Sistema de Bibliotecas com a
implantação do Processo de Análise de Desempenho, proposta
pelo Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos da
Universidade Federal de Goiás para toda a instituição,
objetivando o aproveitamento da iniciativa para introdução de
melhorias na qualidade dos serviços prestados. A metodologia
utilizada baseia-se em diagnose, treinamento das equipes,
avaliações interna e externa e reavaliação. São analisados os
pontos facilitadores e dificultadores, concluindo-se que, apesar
das limitações, é válida a aplicação dos princípios da avaliação
de desempenho e da qualidade no Serviço Público.
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho relatamos a experiência do Sistema de Bibliotecas
da Universidade Federal de Goiás até o momento, com a introdução do
Processo de Análise de Desempenho de seu pessoal e com os objetivos
que ainda pretendemos alcançar.
A
avaliação
de
desempenho
possui
muitos
defensores
e
detratores. Não é nossa intenção discutir as diferentes linhas teóricas e
*
Trabalho baseado na Resolução - ECU n° 07/92 da UFG
�6.15
metodologias da avaliação de desempenho, mas apenas apresentar as
idéias que norteiam esta tentativa.
Podemos justificar a necessidade de avaliar desempenhos com as
seguintes constatações de MOLLER (1992, p.20):
− Pode haver uma grande dif erença entre aq uilo q ue uma pessoa é
capaz de fazer e aquilo que ela realmentef az.
− O desempenho de uma pessoa pode oscilar muito, emdiferentes
situações.
− Pessoas dif erentes têm desempenhos dif erentes, quando estão
f azendo o melhor possível.
Consideramos a avaliação de desempenho como um processo que
deve
ser
usado
unicamente
para
a
melhoria
dos
serviços,
especialmente nas áreas de atendimento. Neste sentido, deve servir
como motivação, reconhecendo os esforços para alcançar serviços de
qualidade.
Assim,
visualizamos
a
avaliação
de
desempenho
como
a
avaliação da qualidade pessoal dentro de um processo de qualidade
global da organização.
A proposta do Departamento de Desenvolvimento de Recursos
Humanos da Universidade Federal de Goiás, implantada em toda a
Universidade, baseia-se em serviços prestados e não na análise de
fatores comportamentais. O desempenho é verificado através de um
Plano de Trabalho definido pelas equipes e também conta com a
análise do usuário dos serviços.
Bibliotecárias lotadas na Biblioteca Central da Universidade Federal de
Goiás.
**
�6.15
Nossa intenção é aproveitar a iniciativa, introduzindo um processo
contínuo, que vise o desenvolvimento de uma consciência de prestação
de
serviços
de
qualidade,
através
do
planejamento
integrado
e
participativo, da melhoria nas relações de trabalho e da avaliação
permanente.
2 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E SERVIÇOS DE QUALIDADE
Como
Sistema
de
Bibliotecas
Universitárias
somos
um
subsistema, inserido em uma Organização de serviços públicos e,
sendo assim, temos que considerar a cultura onde nos inserimos e
alguns conceitos que norteiam este processo.
Estamos
vivendo
mudanças
nos
paradigmas
gerenciais.
Passamos de um modelo de avaliação de desempenho baseado na
produção (taylorista), para novos conceitos baseados na qualidade dos
serviços prestados, de natureza pessoal e interpessoal (DRUCKER). A
administração de serviços passa a ser centrada mais nas pessoas do
que nos produtos.
O produto de uma biblioteca é a informação e a contribuição que
esta dá à sociedade relaciona-se com o conhecimento. Não apresenta,
portanto, resultado final que possa ser medido materialmente. A
produção final de seus funcionários é intangível.
Segundo
ALBRECHT
(1992),
“um
serviço
é
profundamente
diferente de um produto físico. Um serviço é um resultado psicológico e
�6.15
fundamentalmente
pessoal,
ao
passo
que
um
produto
físico
é
geralmente “impessoal” quanto a seu impacto sobre o cliente”. O
sentimento que as pessoas têm em relação às suas tarefas e em
relação a si próprios afeta o resultado dos serviços que prestam.
Determinar o quanto um funcionário desempenha bem o seu
trabalho em serviços de informação, sem personalizar a avaliação, é
muito difícil. Como poderíamos medir o resultado da interação entre um
funcionário e um cliente de biblioteca na busca de algum recurso
informacional?
A eficácia ou não do serviço prestado, pelo ponto de vista do
cliente, não será resultado apenas do desempenho do funcionário da
linha de frente, mas dependerá do desempenho de toda a organização.
Muitas coisas precisam acontecer para que o serviço seja realmente
bom e o papel do funcionário é apenas um componente, embora
fundamental.
Na administração voltada para a qualidade dos serviços, o cliente
é que avalia o real desempenho da organização.
Em nossa formação não somos levados a pensar em nossos
usuários ou leitores como nossos clientes a serem servidos. Isto ocorre
também em outras profissões de serviço. Os médicos, por exemplo,
vêem seus clientes como pacientes e não como clientes.
O conceito de cliente é mais ativo do que o de usuário. Clientes
direcionam os caminhos das organizações, usuários apenas usufruem
de seus serviços.
�6.15
Dentro
desta
visão,
todos
temos
nosso
cliente
e
o
bom
desempenho está ligado à consciência de que estamos fazendo o
máximo possível por ele. Os clientes dos serviços internos ou serviçosmeio são os outros departamentos da instituição e os clientes do
administrador
serão
os
clientes
externos
e
também
os
seus
funcionários (clientes internos). Caberá, portanto, a ele apoiar e auxiliar
as pessoas que atendem o s c l i e n t e s f i n a i s .
O Programa de Avaliação de Desempenho tem que ser visto neste
sentido: como um instrumento para detectar setores e pessoas que
necessitam
de
apoio
e
interferência
do
administrador
para
desempenharem seus serviços com o máximo de qualidade possível.
Deve representar uma atitude positiva e não negadora.
Isto não se faz sem que as pessoas estejam envolvidas no
processo, compreendendo-o deste modo. “Fala-se muito em gestão de
qualidade, padrões, métodos, etc., esquecendo-se de que a qualidade
só se efetiva através das pessoas. Se você não toca as pessoas nada
acontece. Elas é que são qualidade” (CHAVES, 1995).
É necessário, portanto, que haja um clima favorável. Não dará
resultado
implantar
a
Avaliação
de
Desempenho
como
mais
um
instrumento burocrático. Teremos que colocar um significado e fazer
com que seja agradável.
Certos sentimentos têm que estar presentes num ambiente onde
se propõe avaliar desempenhos para melhorar qualidade: otimismo e
crença de que vale
a pena, trabalho em equipe, ambiente de
�6.15
cooperação. A disputa, que coloca as pessoas na defensiva, umas em
relação às outras, provoca clima de resistência, impedindo de alcançar
objetivos maiores e conjuntos.
Como podemos atrair pessoas para uma idéia? Como motivá-las?
CUNHA (1994) coloca que “os seres humanos são movidos a sonhos,
ideais, expectativas, ansiedades e temores”. Para ele “as pessoas
ouvem apenas aquilo que desejam ouvir e quanto mais próxima da
nossa vivência seja uma idéia, maior a aceitação que teremos dela”.
Isto significa que uma proposta de avaliação de desempenho só
fará sentido se vier ao encontro das necessidades e tiver a ver com a
realidade das pessoas envolvidas. É necessário trabalhar a motivação e
a sensibilidade e, para isto, precisamos conhecer bem as emoções e
frustrações do grupo.
A questão da cultura organizacional é muito importante para o
sucesso
ou não do processo. No serviço público lidamos com um
sentimento de que nada importa. Isto devido à influência de políticos e
da burocracia. Além disto, a conjuntura atual das Universidades
Públicas, especialmente as IFES, é bastante dificultadora.
Os servidores públicos encontram-se desmotivados e inseguros
com as medidas governamentais. Isto não significa, no entanto, que
não queiram fazer um bom trabalho. Os servidores, de modo geral,
desejam, como a maioria das pessoas, trabalhar em algo que seja bom,
que faça sentido e lhes dê orgulho e satisfação. Mas não se sentem
assim em relação ao seu trabalho.
�6.15
A atmosfera atual dentro do serviço público pode ser contrária a
iniciativas de melhoria de desempenho pois “quando as pessoas
sofrem, qualquer que seja o motivo, elas encontram dificuldades para
se entusiasmar por qualquer coisa, muito menos por algo tão abstrato e
tênue como serviço excelente” (ALBRECHT, 1992).
Apesar disto, parece haver uma consciência de que os servidores
precisam estar unidos na busca de melhorias, não só para si mas
também para os serviços que desenvolvem. Sabemos que a prestação
de serviços de qualidade, que sejam competitivos, pode assegurar a
sobrevivência de nosso trabalho.
Aos
administradores
destas
Instituições
cabe
conhecer
e
considerar estes fatores antes de implantar programas de melhoria de
serviços. Se pensam em alcançar serviços de qualidade, têm que
pensar em tecnologia, recursos e, principalmente, em pessoas.
Dentro desta visão tentamos aproveitar o Programa de Análise de
Desempenho da UFG. Paralelo ao processo, buscamos introduzir
medidas, no dia-a-dia, que favoreçam a qualidade das relações no
trabalho, apesar da crise.
3 HISTÓRICO
O Processo de Avaliação de Desempenho dos servidores técnicoadministrativos da Universidade Federal de Goiás, instituído pela Lei nº
7.596/87 e implantado nesta Universidade em novembro de 1989,
�6.15
propunha, como objetivo principal, deslocar o eixo de eficiência,
centrado no indivíduo, para a equipe, observando-se as condições e
relações de trabalho existentes na Universidade.
Visto como um processo pedagógico, educativo, houve espaço
para o seu aperfeiçoamento, através de críticas e sugestões contidas
nos relatórios das equipes, resultado do cumprimento de cinco etapas
de
avaliação
e
também
de
uma
pesquisa
que
envolveu
as
subcomissões de avaliação.
O Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos e a
Comissão Permanente de Pessoal Docente chegaram à conclusão de
que, diante das falhas e dificuldades apontadas pelas críticas, era
imprescindível reavaliar o processo, o que se fez através de um
seminário que envolveu a comunidade universitária, nas discussões em
busca de alternativas para o aprimoramento do processo. O seminário
foi realizado no período de 30/06 a 02/07/92. Ao término, ficou
referendada a nova proposta de análise de desempenho da atividade
técnico-administrativa, regulamentada pela Resolução/ECU/Nº 07/92,
de 22/12/92. O novo processo é fundamentado essencialmente no
Plano
de
Ação
das
Unidades/Órgãos, no
Plano
de
Trabalho do
Servidor, no Plano de Trabalho em Equipe e nas observações do
usuários.
A reestruturação do processo é resultado de um conjunto de
ações que visam a melhoria da Avaliação de Desempenho do Pessoal
Técnico-administrativo na UFG, evoluindo para o entendimento de que
�6.15
se
estará
analisando
o
desempenho
da
atividade
técnica
e
adminstrativa da Universidade, passando a ser denominada “Análise do
Desempenho da Atividade Técnica e Administrativa da UFG”.
4 AV AL I AÇ Ã O D E D E S E MP E N H O ATR AV É S D O P L AN E J AM E N TO
Um
dos
avaliação
entraves
de
ao
desempenho
bom
andamento
é
o
do
problema
processo
de
prática
de
da
planejamento.
Neste quadro nos
deparamos com a dificuldade do ser
humano em planejar até mesmo as ações de sua vida.
Para
OLIVEIRA (1995), numa organização o homem é o
fator dominante e condutor dos diversos recursos, porque ele é
quem
gerencia
a
dinâmica
administrativa,
o
que
conseqüentemente aumenta a preocupação com a integração dos
indivíduos num sistema de planejamento que produza benefícios
relevantes à administração.
Autores
como
CARVALHO,
citado
por
OLIVEIRA
(1995),
consideram que muitos profissionais foram treinados nos últimos
anos apenas para o desempenho e que a falta de melhor base
téorica enfraquece a sua capacidade de adaptação
situações e novos problemas.
às novas
�6.15
Estamos atravessando um período de grandes mudanças
sociais, políticas, econômicas e administrativas, tanto por forças
internas quanto externas.
Devemos,
alterações,
portanto,
nos
demonstrando
satisfatórias,
procurando
planejamento
que
posicionar
atitudes
de
desenvolver
implique
na
frente
a
estas
planejamento
uma
capacidade
mais
mentalidade
de
de
identificar
e
analisar problemas e oportunidades, na habilidade de relatar
causa e efeito, e de predizer os prováveis resultados. As atuais
circunstâncias
políticas
e
econômicas
requerem
dos
administradores e executores uma visão mais estratégica, com
vistas a amenizar o impacto dos acontecimentos no ambiente
interno.
Ainda falta muito para as instituições públicas trabalharem
com métodos de planejamento estratégico. A maioria
delas lida
mais com decisões táticas e operacionais, em detrimento do
enfoque estratégico.
A
avaliação
de
desempenho
pressupõe
planejamentos
parciais e globais, onde a definição de objetivos, metas e tarefas
parciais deve estar articulada ao planejamento
global e fundada
em objetivos e políticas globais da instituição. Entretanto, a
nossa prática de avaliação de desempenho se vê, atualmente,
prejudicada pela falta de planejamento ou mesmo pela existência
de um planejamento desarticulado.
�6.15
Assim sendo,
avaliar desempenhos, no panorama atual,
não tem sido um processo fácil de ser executado, mesmo que
seja algo tão necessário.
5 A METODOLOGIA UTILIZADA
A metodologia baseia-se na diagnose, treinamento adequado
das equipes de avaliação, avaliação interna, avaliação externa e
reavaliação.
O processo se aplica a todos os servidores e docentes que
atuam
em
atividades
técnicas
e
administrativas.
Mesmo
as
pessoas que não integram o quadro de pessoal da UFG, mas que
estão envolvidas nestas atividades, deverão participar da Análise
de Desempenho. O período de ocorrência é anual, sempre no mês
de abril.
Para
ser
levada
a
efeito,
alguns
procedimentos
foram
necessários:
a)definição
da
subcomissão
para
a
Análise
de
Desempenho nas Unidades/Órgãos da UFG;
b)definição das equipes de trabalho;
c) elaboração
do
Plano
de
Ação
das
Administrativas;
d)atribuição de tarefas prioritárias;
e)preparação do instrumento de acompanhamento;
Atividades
�6.15
f) levantamento das observações dos usuários.
Cada Unidade/Órgão forma uma subcomissão de Análise de
Desempenho composta pelo diretor e por dois representantes
escolhidos entre os que exercem funções nas áreas técnica e
administrativa
do
setor.
A
Unidade/Órgão
é
analisada
pela
subcomissão e pelos chefes de equipes; a equipe é analisada por
seus
membros
e
pelo
dirigente
imediatamente
superior,
e
o
servidor é analisado pelo chefe da equipe, pela equipe e por ele
mesmo.
O
papel
relevante,
da
pois
Unidade/Órgão
é
e
subcomissão
é
um
ligação
o
elo
de
considerado
Departamento
de
de
natureza
permanente
Recursos
entre
Humanos
a
da
Universidade.
É elaborado um Plano de Ação contendo, sinteticamente, os
grandes objetivos a serem alcançados no período de abrangência
da Análise de Desempenho, bem como as diretrizes para
atingir
os mesmos. Cada Unidade/Órgão traça seu Plano de Ação em
reuniões das quais participam os membros da subcomissão e as
chefias das equipes.
O
servidor
instrumento
é
de
atribuição
utilizado
responsabilidades
e
para
objetivos
das
tarefas
registro
a
serem
de
prioritárias
ao
atribuições,
alcançados.
Se
necessário, podem constar neste instrumento os equipamentos
e/ou materiais a serem utilizados, bem como treinamentos ou
�6.15
cursos e outras informações necessárias à atuação esperada do
servidor.
Cada Unidade/Órgão/Equipe elabora um instrumento que contém
os trabalhos e as atividades a serem desenvolvidas por cada membro
da equipe, utilizando os formulários de Análise de Desempenho, os
quais são:
a) formulário para Análise de Desempenho da Unidade/Órgão
(Anexo 3);
b) formulário para Análise de Desempenho da Equipe
(Anexo 4);
c) formulário para Análise de Desempenho do Servidor
(Anexo
5).
A cada período de no máximo três meses as equipes avaliam
o seu Plano de Ação, registram os desempenhos corretos e os pontos
negativos.
Estas informações ficam registradas no Formulário de
Acompanhamento (Anexo 6).
Finalmente, fica a cargo das equipes colher as observações dos
usuários sobre seu trabalho, considerando como usuário o público
interno e externo da Universidade. No Sistema de Bibliotecas da UFG
as críticas e sugestões dos usuários são depositados em urnas
espalhadas em locais estratégicos do Sistema, coletadas pelo Setor de
Relações Públicas e publicadas no jornal denominado “OPINIÃO”.
O Conceito do Servidor (CS) é o resultado da média aritmética da
Análise de Desempenho da Equipe (ADE), mais a Análise Individual
�6.15
dentro da Equipe (AIE) e mais a Análise do Chefe da Equipe (ACE),
conforme formulários anexos.
A partir do segundo ano de experiência do processo, o Sistema de
Bibliotecas da UFG fez uma adaptação em sua sistemática, como forma
de melhorar o critério de avaliação do servidor dentro da equipe.
Optou-se por não fazer uma avaliação individual do servidor, mas
repetir o conceito do desempenho da equipe (ADE) para todos os
membros dela. Dessa forma, os membros de uma mesma equipe
tiveram o mesmo conceito.
A
experiência
foi
bem
sucedida,
visto
que
aumentou
o
comprometimento dos membros da equipe em relação à execução das
metas propostas, uma vez que o bom ou mau desempenho da equipe
refletirá no desempenho de cada um de seus membros.
6 ANÁLISE DOS PONTOS FACILITADORES E DIFICULTADORES
Segundo ODIORNE, citado por
PONTES (1986), a análise de
desempenho é o processo
de administração
através do qual o
supervisor e o subordinado,
operando sob uma definição clara das
metas e prioridades comuns da organização, estabelecida pela cúpula
da administração, identificam, em conjunto, as principais áreas de
responsabilidade do indivíduo, em termos dos resultados que se espera
dele, e usam essas medidas como guias para operar a unidade e
avaliar as contribuições de cada um de seus membros.
�6.15
Considerado
como
um
processo
educativo
e
participativo,
constituindo um instrumento de reflexão coletiva acerca da realidade na
qual está inserido, este processo procura estimular a elevação do nível
de consciência crítica, na medida em que proporciona oportunidades de
discutir questões relacionadas com os trabalhos desenvolvidos em cada
Unidade/Órgão/Equipe,
Serviços/Usuários/Seção
por
de
exemplo,
Biblioteca/Divisão
Referência/Setor
de
de
Comutação
Bibliográfica.
6 .1
PONTOS FACILITADORES NA APLICAÇÃO DO PROCESSO
Os seguintes pontos podem facilitar a aplicação do processo:
a) abolição do método tradicional;
b) estabelecimento de instrumentos técnicos confiáveis para a
coleta de informações;
c) entrosamento entre supervisor e subordinado;
d) estabelecimento de metas de desempenho e discussão da
melhor maneira para alcançá-las;
e) definição e quantificação de tarefas relativas a cada equipe;
f) estabelecimento de atividades para cada servidor;
g) levantamento das necessidades de treinamento;
h) fornecimento de subsídios para o planejamento global da
Biblioteca;
i) planejamento participativo;
�6.15
j) conhecimento dos pontos de estrangulamento na Biblioteca;
k) conscientização
dos
servidores
para
iniciar
um
processo
educativo na reformulação de conceitos e atividades referentes
às atividades desenvolvidas
no
Sistema de Bibliotecas da
UFG.
6.2 PONTOS DIFICULTADORES NA IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO
Nas dificuldades à implantação do processo, podem ser citadas:
a) avaliação de desempenho vinculado à progressão por mérito;
b) resistência a mudanças;
c) falta de interesse e engajamento, num primeiro momento, dos
supervisores e subordinados;
d) complexidade do processo à primeira vista;
e) formulários confusos e de difícil aplicação;
f) dificuldade em reunir supervisores e subordinados;
g) dificuldade em fazer o acompanhamento das equipes;
h) quantificação
da
produtividade
e
não
da
qualidade
atividades;
i ) não-solução, pela Universidade, de problemas encontrados;
j) processo muito burocrático e oneroso;
k) desmotivação dos servidores para assumirem o processo.
das
�6.15
7 PERSPECTIVAS E CONCLUSÃO
Algumas dificuldades encontradas na aplicação do Processo de
Análise
de
Desempenho
decorrem
de
situações
próprias
da
administração pública. Objetivos e valores amplos esbarram em regras
administrativas rígidas e concretas que não podem ser violadas, mesmo
em função de objetivos maiores.
Há resistência a mudanças, e a coleta de informações para o
planejamento é vista como esforço inútil e carga adicional de trabalho.
O processo decisório é complexo e descontínuo e a rotatividade de
dirigentes afeta a constância de propósitos. Além disto, o poder
gerencial dos dirigentes é bastante limitado.
Apesar destas limitações, consideramos válida a experiência,
sendo
possível
a
adaptação
dos
princípios
de
avaliação
de
desempenho e qualidade total no serviço público, até porque existem
ameaças externas que exigem mudanças de postura.
Com relação à avaliação baseada em objetivos de um Plano de
Trabalho, parece funcionar melhor para os serviços internos, embora
ainda faltem padrões definidos de qualidade para medi-los. Quanto aos
serviços de atendimento, a complexidade, riqueza e diversidade que
envolvem implicam em outras formas de avaliação de qualidade, sendo
fundamental a coleta de opiniões dos clientes.
Sem deixar de reconhecer a importância de se ter papéis e
tarefas definidos dentro das Bibliotecas, alertamos para o cuidado com
�6.15
metodologias rígidas, que podem bloquear iniciativas criativas dos
funcionários.
No dia-a-dia das relações humanas no trabalho deve haver lugar
para que as pessoas se sintam estimuladas a pensar.
Conforme opinião de PETERS (1993), é importante dar uma
chance para as pessoas se automotivarem. Apenas as metas que nós
próprios descobrimos e que reafirmam o nosso ego nos animam a lutar.
Ele alerta: “não faça planos demais. O plano típico não tem significado,
as metas não têm vida - e tudo muda no processo”.
BOTELHO (1995) afirma que “A imagem que você faz de seu
futuro é que determina e estabelece as emoções que o motivam no
presente; portanto, incorpore o futuro em seu instrumento de trabalho”.
Afirma também que “criamos e implantamos processos de avaliações de
desempenhos mais eficazes. Isto porque eles passam a privilegiar
exatamente o futuro, que será feito a partir daquele momento em diante
para melhorar as situações tanto da empresa, quanto de todas as
pessoas que nela estão”.
Temos que buscar, mesmo que de improviso, alcançar indicadores
de desempenho. Os métodos muitas vezes não importam, o que vale é
o resultado. E o resultado esperado a médio prazo é a melhoria dos
serviços e a satisfação do cliente.
ABSTRACT
This paper describes the implementation in the Federal University of
Goiás library system of the Performance Analysis Process proposed by
the Staff Development Department for the whole institution, the aim
�6.15
being to improve the quality of services offered. The methodology was
based on diagnosis, staff training, internal and external evaluation, and
reevaluation. Facilitator and aggravator factors were analyzed, leading
us to conclude that, in spite of limitations, it is possible to apply the
principles of performance and quality evaluation in Public Service.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALBRECHT, Karl. Revolução nos serviços : como as empresas
podem revolucionar a maneira de tratar os seus clientes. 2. Ed.
São Paulo : Pioneira, 1992. 254 p.
2 BOTELHO, Eduardo. Reengenharia cultural : o dirigente inteligente.
São Paulo: Atlas, 1995. 195 p.
3 CARNEIRO, Marília Vidigal. Avaliação de desempenho de pessoal em
bibliotecas : uma revisão de literatura. Ciência da Informação,
Brasília, v.14, n.1, p. 25-35, jan./jun. 1985.
4 CHAVES, Luiz. Pessoas fazendo qualidade em empresas que
aprendem. Belo Horizonte, 20 nov. 1995. (palestra proferida no
Seminário Gerência de Documentos e Sistema de Qualidade
Total).
5 CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos.
2.ed. São Paulo : Atlas, 1981. 341p.
6 CUNHA, Abdon de Morais. Técnicas de falar em público. Goiânia :
AB, 1994. 177 p.
7
MACHADO, Maria Amélia T. Di et al. Proposta para formulação
de planejamento estratégico do Sistema de bibliotecas da
Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 1993. (Mimeo)
�6.15
8 MOLLER, Claus. O lado humano da qualidade : maximizando a
qualidade de produtos e serviços através do desenvolvimento
das pessoas. São Paulo : Pioneira, 1992. 179 p.
9 OLIVEIRA, S. M. M. Atitudes de planejamento em bibliotecários de
instituições universitárias brasileiras. Transiformação, v.7,
n.1/2/3/, p. 51-74, jan./dez. 1995.
10 PETERS, Tom. Rompendo as barreiras da administração : a
necessária desorganização para enfrentar a nova realidade.
São Paulo : Harbra, 1993. 868 p.
11 PONTES, B. R. Avaliação de desempenho uma abordagem
sistêmica. 2. ed. São Paulo: Ltr, 1986. 94 p.
12 RESENDE, Ênio J. É preciso mudar o discurso em recursos
humanos. 3.ed. São Paulo : Summus, 1986. 127 p.
13 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Departamento de
Desenvolvimento de Recursos Humanos. Relatório de análise
de desempenho dos servidores técnico-administrativos,
1993/1994. Goiânia, 1994. 6p. (Mimeo).
14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Departamento de
Desenvolvimento de Recursos Humanos. Relatório da análise de
desempenho: o re-pensar da Instituição 1989-1995. Goiânia,
1995. 21 p. (mimeo).
15 _____. Resolução - ECU N º 07/92. Goiânia, 1992. (Mimeo).
�6.15
ANEXO 1
ANÁLISE DE DESEMPENHO DAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS DA
UFG
(PROCESSO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO)
Cultura
Organizacional
Recursos
Existentes
Realidade
Padrões de
Resultados
Padrões de
Desempenho
Possibilidades
Padrões de
comportamento
Necessidades
dos Usuários
Resultado
Desejado
Resultado e
Comportamento
Esperados
Plano de Ação
Ação
Resultados e
Comportamento
Registros
Avaliação
Realimentação
ANEXO 2
�6.15
ANÁLISE DE DESEMPENHO - A.D.
Definição e
Objetivos
Elaboração do Plano
da Unidade / Órgão
Elaboração do Plano
da Equipe / Setor
Instrumento Atrib. de Tarefas
Execução das
Atividades
Acompanhamento
Controle Parcial
Avaliação
Controle Final
dos Resultados
�6.15
ANEXO 3 - FORMULÁRIO I - UNIDADE / ÓRGÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
PLANO DE AÇÃO DA UNIDADE / ÓRGÃO PARA O ANO DE 1996
NOME DA UNIDADE: Bibliot eca Ce ntr al
Moura Bueno
Nº
OBJETIVOS
DIRIGENTE: Cláudia Oliveira de
METAS
EQUIPES / SETOR ENVOLVIDO
�6.15
ANEXO 4 - FORMULÁRIO I I - EQUIPES DE T RABALHO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
PLANO DE AÇÃO DA UNIDADE / ÓRGÃO PARA O ANO DE 1996
NOME DA EQUIPE:
UNIDADE / ÓRGÃO:
OBJETIVO DA
UNIDADE / ÓRGÃO
Nº
OBJETIVOS DA
EQUIPE
RESPONSÁVEL:
METAS /
TAREFAS
PRAZO
OUTROS ÓRGÃOS
ENVOLVIDOS
RESPONSÁVEL (EIS)
�6.15
ANEXO 5 - FORMULÁRIO I II - INDIVI DUAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
I NST RUMENT O DE ATRIBUI ÇÃO DE T AREFAS PARA O ANO DE 1996
NOME DO SERVI DOR:
CARGO / FUNÇÃO:
LOTAÇÃO:
Nº
METAS / TAREFAS
MATRÍCULA:
EQUIPE / SETOR:
UNIDADE / ÓRGÃO:
Prioridade
PADRÃO
Quantidade
Prazo
RECURSOS / CAPACITAÇÃO E
MATERIAL E EQUIPAMENTO A
SEREM UTILIZADOS
OUTROS (AS)
ÓRGÃOS E
PESSOAS
ENVOLVIDA(S)
�6.15
ANEXO 6 - FORMULÁRIO I V - REGIST RO DAS AÇÕES T OMADAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
AÇÕES TOMADAS PELA UNIDADE / ÓRGÃO E/OU EQUIPE DE TRABALHO
DATA
DOCUMENTO
ASSUNTO/PROVIDÊNCIA
ENCAMINHADO
PARA:
RESULTADO
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Avaliação de desempenho: uma experiência no Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Bueno, Cláudia Oliveira de Moura; Rezende, Martha Izabel de Souza Duarte; Santos, Sandra Moreira dos
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Relata a experiência do Sistem a de Bibliotecas com a im plantaç ão do Proces so de Análise de Des em penho, proposta pelo Departamento de Desenvolvimento de Recurs os Humanos da Universidade Federal de Goiás para toda a instituição, objetivando o aproveitamento da iniciativa para introdução de melhorias na qualidade dos serviç os prestados. A metodologia utilizada baseia-se em diagnose, treinamento das equipes, avaliações interna e externa e reavaliação. São analisados os pontos facilitadores e dificultadores, concluindo-se que, apesar das limitações, é válida a aplicação dos princípios da avaliação de desempenho e da qualidade no Serviço Público.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4771/SNBU1996_066.pdf
38fff067cb0d35fd57908aedbb9fea43
PDF Text
Text
8.7
BASE DE DADOS PARA INDEXAÇÃO DE SLIDES COM A UTILIZAÇÃO DO
MicroIsis
Marlene Gonçalves Curty*
Rosely Suguino**
RESUMO
Apresenta as bases de dados SLIDE e SLICON, desenvolvidas na empresa
Dental Press International, através do Software MicroIsis. As bases implantadas
foram para indexação de slides pertencentes aos planos de aula dos cursos
ministrados pela divisão de cursos e eventos e indexação de slides da
documentação de pacientes ortodônticos.
1 INTRODUÇÃO
As dificuldades encontradas na Clínica Ortodôntica, relativas à organização
de diapositivos objetivando o fácil acesso às informações desejadas, motivaram a
elaboração de um sistema peculiar de classificação, armazenamento e recuperação
deste tipo de material.
Na clínica, hoje, contamos com um acervo de mais de 5.000 slides e que vem
se ampliando a cada dia.
Após análise de vários softwares para o banco de dados, optamos pela
utilização do MicroIsis, principalmente pela sua eficiência e capacidade de
recuperação textual.
Para atingirmos nossos objetivos, foram necessários diversos estudos com
especialistas da área de ortodontia para definição de critérios e prioridades quanto
aos dados a serem armazenados.
*
**
Bibliotecária
Cirurgiã Dentista
�8.7
Vale ressaltar que foi importante a assessoria de um analista de sistemas
prestando o suporte operacional, juntamente com uma bibliotecária para análise de
necessidades da biblioteca e ajustamento do software que é a interface entre as
necessidades do usuário e do hardware.
O
MicroIsis
é
um
software
para
gerenciamento, processamento
e
recuperação de informações bibliográficas, que trabalha com campos de tamanho
variável, sub-campos, campos repetitivos e capacidade integral de efetuar buscas,
utilizando buscas booleanas, bem como a indexação de todo um texto.
O MicroIsis, totalmente interativo, foi desenvolvido em linguagem Pascal. A
configuração necessária para sua instalação é um microcomputador compatível com
IBM-PC/XT com 512 Kb de RAM; disco rígido winchester e disquete.
2 OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma base de dados para indexar slides da clínica ortodôntica e
planos de aulas de cursos e eventos para facilitar o tratamento e recuperação das
informações neles contidas.
�8.7
3 OBJETIVO ESPECÍFICO
Identificar e registrar os slides, visando o armazenamento de dados e rapidez
na recuperação.
4 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para definição das bases de dados, foi utilizado o MicroIsis, desenvolvido
pela UNESCO e distribuído no Brasil pelo IBICT- Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia.
TELA DE ENTRADA DE DADOS DO MICROISIS
Micro CDS/ISIS - Versão 2.34
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CNPQ / IBICT
C - Mudar de base de dados
L - Mudar idioma do diálogo
E - ISISENT - Serviços de entrada de dados
S - ISISRENT - Serviços de recuperação da informação
P - ISISPRT - Serviços de ordenação e impressão
I - ISISINV
- Serviços de arquivo invertido
D - ISIDEF
- Serviços de definição de bases de dados
M - ISISXCH - Serviços de segurança / restauração do arquivomestre e intercâmbio
U - ISISUTL - Utilitários do sistema
A - ISISPAS - Serviços de programação avançada
X - Saída (para o Sistema Operacional)
Banco de dados: SLICON
Planilha: SLICO
Max MFN: 1751
Formato: SLICON
Micro CDS/ISIS - © Copyright Unesco 1988
�8.7
5 ARQUIVO E REGISTRO DA BASE DE DADOS SLICON
Foi elaborada uma lista preliminar dos grandes assuntos referentes aos casos
clínicos e planos de aulas existentes no acervo. Cada diapositivo, ao ser
processado, recebeu uma etiqueta auto-adesiva, onde foram colocadas sua
classificação e caracterização.
TELA DE ENTRADA DE DADOS SLICON
Tabela de Definição de Campos (TDC) Base de dados SLICON
? /Etq/ Nome
/ Tam / Tip / Rep / Delimitad./ Padrão
- 1 Título da aula
100 X
- 5 Subtítulo
100 X
- 10 N. do Carrocel
15 X
- 15 Nome do Paciente
100 X
- 20 N. do Paciente
15 X
A - Inserir (após)
P - Pág. Anterior
/B - Inserir (antes)
/N - Próx. Página
/C - Trocar entrada /D - Apag. Linha
/ T - Começo
/E - Fim
/ X - Saída
/ -- Próx. Linha
BASE PARA AULAS TEÓRICAS
Título da aula .- Problemas antero-posteriores_________________
Subtítulo.- Foto de perfil (AEB)___________________________
N. do Carrocel.- C06/AP/65______________________________
Nome do Paciente.- José Ronaldo da Silva___________________
N. do Paciente.- 1332___________________________________
_/ - Próx. Pág.
X - Saida
/ B - Pág. Anterior / M - Modificar / N - Novo Registro
/ D - Apagar
/ C - Cancelar / T - Fim da Revisão
Ultima página
MFN= 1200
�8.7
LISTA DE GRANDES ASSUNTOS
CN = CONCEITO DE NORMAL
SC
= SEIS CHAVES
CR = CRESCIMENTO
CF
= CEFALOMETRIA
A.S = ANÁLISE DE STEINER
ADM = ANÁLISE DENTADURA MISTA
A.MD = ANÁLISE DE MODELO
A.W = ANÁLISE DE WITS
A.MC = ANÁLISE DE MCNAMARA
AP = PROBLEMAS ANTERO-POSTERIORES
PV = PROBLEMAS VERTICAIS
A.VE = ANÁLISE DE UNIDADE DE ESPAÇO
PT
= PROBLEMAS TRANSVERSAIS
EXEMPLOS
Título da Aula: Crescimento
Sub-título: É o método que mais contribui para o estudo do crescimento craniofacial.
/
CO2
Id. Carrocel
/
CR
assunto
5
no. sequencial
no carrocel
Título da Aula: Seis Chaves
Sub-título: 7. Os incisivos sobrepõem-se aos incisivos inferiores.
B01
Id. Carrocel
/
S.C.
assunto
/
17
no. sequencial
no carrocel
Produtos gerados: recuperação por assunto, sub-título, classificação do carrossel,
nome do paciente e número de identificação do paciente.
�8.7
6 BASE DE DADOS SLIDES
As pastas correspondentes a cada paciente estão armazenadas em ordem
numérica. Cada paciente tem sua documentação e o número de registro
correspondente.
TELA DE ENTRADA DE DADOS SLIDE
Tabela de Definição de Campos (TDC)
Base de dados SLIDE
Etq
Nome
Tam
Tip
1
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
N. Paciente: Nome: Má-Oclusão:Dentição:Doc. Ortodôntica:Aparelhos:Elásticos:Contenção:Casos Cirúrgicos:Extrações:Cursos:Assunto:Agenesia:Alt. de forma e
tamanho:Supranumerários:Setup:-
4
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
70
75
A- Inserir(após)
B - Inserir (antes)
P-Pág. Anterior
N-Prox. Página
100
X
100
X
C- Trocar entrada
D- Apag. Linha
E - Fim
Rep
Demitad
Padrã
o
X - Saída
1-Próx.Linha
T-Começo
�8.7
ENTRADA DE DADOS DE SLIDES
N. Paciente:- 1218______________________________________
Nome:- Fernanda Favoreto_______________________________
Má-Oclusão:- Classe II - Divisão 1 sem extração. Biprotusão____
Dentição:- Dentição Permanente __________________________
Documentação Ortodôntica:- _____________________________
Aparelhos:- “A” Company (Straight Wire). AEB.______________
Elásticos:._____________________________________________
Contenção:- Placa de Hawley (PH). 3x3._____________________
Casos Cirúrgicos:-______________________________________
Extrações:- ____________________________________________
Cursos:-_______________________________________________
Assunto:- Molas de secção aberta. Intercuspidação. Seis Chaves__
Agenesia:-_____________________________________________
Alt. de forma e tamanho:-_________________________________
Supranumerários:-_______________________________________
Setup:-________________________________________________
Situação atual:-_________________________________________
Edição: Substituir - Última página - MFN= 125.
Produtos gerados: A recuperação pode ser feita pelo nome do paciente, número de
registro do paciente, casos clínicos, tipo de aparelho, tipo de má-oclusão e
cadastramento nos planos de aulas teóricas e estágio do tratamento.
CONTROLE DE SAÍDA:
É utilizado para a retirada dos diapositivos de um carrocel para outro, na
elaboração de novas aulas, sejam casos clínicos ou não. Após o uso, anota-se o
retorno ao carrocel original.
�8.7
EXEMPLO:
SLIDE
A06/AP/59
BO6/AP/59
C06/AP/59
DESTINO
Ed. Santos
“
“
DATA
26/08/94
“
“
RUBRICA
Rose
“
“
RETORNO
RUBRICA
ABSTRACT
This paper describes the SLIDE and SLICON databases, developed by Dental Press
International, using Micro-Isis software, for the indexation of slides used in classes
given by the Courses and Activities Division, and in orthodontic patients’ registers.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BRUM, Adolpho. Introdução ao Micro CD/ISIS : versão 2.3 ed. Preliminar. Rio
de Janeiro : PETROBRÁS, CENPES, SINTEP, 1990. 176 p.
2 OHIRA, Maria Lourdes Blatt, FREITAS, Maria Terezinha Neves. Criação e
atividades desenvolvidas pela comissão de usuários do MicroIsis no
Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 1989. (Trabalho apresentado no
I Encontro Nacional de Usuários do MicroIsis, realizado em Brasilia, 1989).
3 SILVA, Dirce Maris Nunes da. Circulação dirigida de periódicos - CDP,
utilizando-se o software MicroIsis 2.3. Florianópolis : COMPUSOFT,
1992. (Trabalho apresentado no Congresso de Biblioteconomia e Ciência da
Informação, São Paulo, set. 1992).
4 SILVEIRA, Amélia, KNOLL, Marilia Maria Damianida da Costa, ARAÚJO,
Franca Maria B. Galvão. MINI-MICRO-CDS/ISIS: uma proposta de aplicação
na Biblioteconomia e Ciência da Informação. R. Bibliotec. Doc, São Paulo,
v. 22, n. 3/4, p. 32-41, jul./dez. 1989.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Base de dados para indexação de slides com a utilização do Microlsis. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Curty, Marlene Gonçalves; Suguino, Rosely
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta as bases de dados SLIDE e SLICON, desenvolvidas na empresa Dental Press International, através do Software MicroIsis. As bases implantadas foram para indexação de slides pertencentes aos planos de aula dos cursos inistrados pela divisão de cursos e eventos e indexação de slides da documentação de pacientes ortodônticos.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4672/SNBU1996_026.pdf
69fd007db56c240400586c8e1b2fa03f
PDF Text
Text
5.12
BASES DE DADOS: A METÁFORA DA MEMÓRIA CIENTÍFICA
*
Luiz Fernando Sayão
RESUMO
Traça um paralelo entre as formas de incorporação de conhecimento nas bases de
dados internacionais e o conceito de memória coletiva dentro do âmbito da
produção científica mundial.Analisa as bases de dados, seus esquemas de
representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas pelas
linguagens de indexação à ciência produzida no terceiro mundo. Conclui que as
bases de dados são os repositórios dos conhecimentos consensuais gerados pela
ciência moderna, constituindo, dessa forma, a memória da ciência oficialmente
aceita.
1 A GUISA DE INTRODUÇÃO
"Fazemos apelo aos testemunhos para fortalecer ou debilitar, mas também
para completar o que sabemos de um evento do qual já estamos informados de
alguma
forma,
embora
muitas
circunstâncias
nos
permaneçam
obscuras"
(HALBWACHS, 1990).
É com essas exatas palavras que Maurice HALBWACHS inicia seu livro
publicado
postumamente,
a
Memória
Coletiva.
Por
uma
coincidência
extremamente provocante, é também desta forma, ou melhor, é no estado que
poderia ser descrito precisamente por essas mesmas palavras de HALBWACHS,
que um pesquisador, um cientista interroga um banco de dados à procura de
informações que insiram seu trabalho de pesquisa na ciência feita pelo seu grupo.
Isto é, ele procura um azimute, um quadro de referências que faça com que ele
Chefe da Divisão de Tecnologia da Informação do Centro de Informações Nucleares, CIN/CNEN.
Professor Adjunto da Universidade do Rio de Janeiro, UNI-RIO.
*
�5.12
possa reconstruir seu conhecimento sob a luz dos testemunhos dos seus pares e
orientar o seu trabalho no sentido estabelecido pela comunidade científica ou
acadêmica em que ele está ou deseja estar inserido.
Este estado transitório, no qual se encontra este pesquisador, é chamado por
alguns autores da área de Ciência da Informação de "estado anômalo de
conhecimento" (BELKIN, 1980). Ele é caracterizado por um alto grau de indefinição
em relação ao assunto sobre o qual o pesquisador procura informações. O seu
próprio desejo de informação é absolutamente nebuloso, fazendo com que suas
interrogações só consigam se realizar durante o ato da busca.
O processo de
interação com os conhecimentos armazenados na base é que estabelece o foco da
questão.
A percepção do pesquisador sobre o conhecimento, fatos e dados
armazenados nestes meios eletrônicos, articulados com os seus próprios
conhecimentos, recria cenários de conhecimentos mais nítidos.
WITTGENSTEIN diz no seu Tractatus Logico-Philosophicus que "a dúvida,
pois, só existe onde existe uma questão, uma questão apenas onde existe uma
resposta, e esta somente onde algo pode ser dito". Ninguém interroga uma base de
dados sobre o que não conhece. Quando um cientista busca informações numa
base de dados, ele só está querendo validar as suas dúvidas, traduzindo-a por
questões autenticadas por seus pares, por questões presentes na memória coletiva
de sua tribo. A resposta já existe. Fundamentar sua questão sobre o que já foi
estabelecido é uma imposição do método científico, da natureza tribal e cumulativa
da ciência, sem o que o pesquisador está condenado ao limbo da rejeição e do
esquecimento, e o seu saber ao descrédito. O que ele busca é fundamentalmente
enquadrar sua contribuição à ciência comum, consensual.
Isto não quer dizer
�5.12
absolutamente que os debates e as controvérsias se aniquilam diante dessa
imposição; quer dizer, sim, que toda discussão, por mais dramática e acalorada que
seja, está submetida a um ritual, cuja consulta aos antecedentes, à memória
coletiva comum, é uma das etapas privilegiadas.
Quando um pesquisador diante de um microcomputador ligado a um banco
de dados que pode estar em qualquer parte do mundo, vasculha suas estantes
eletrônicas à procura de informações que definam, completem ou estabeleçam as
fronteiras do seu trabalho de pesquisa, ele repete o mesmo gesto de quem
mergulha na memória de seu grupo para reconstruir as lembranças comuns e,
dessa forma, manter íntegra a sua comunidade.
Isto nos leva a pensar que as bases de dados, com seus complexos
esquemas de representação e de recuperação de informação, que hoje encerram
praticamente todos os testemunhos da ciência moderna, constituem a memória
consensual desta ciência; a memória eletrônica de que nenhum cientista pode
prescindir para ordenar e reconstruir seus conhecimentos e onde, obrigatoriamente,
tem que ter suas contribuições, seus testemunhos inseridos, sob pena de não
participar dessa memória coletiva e não ser jamais "lembrado", ou melhor, citado por
seus colegas.
Talvez pudéssemos pensar nas bibliotecas especializadas cumprindo este
mesmo papel de memória dos saberes científicos. Mas por mais universal que seja
seu acervo, ele não consegue reunir todas as obras de uma área do conhecimento
e sua seletividade está baseada em critérios "domésticos", específicos de uma
instituição ou um programa. Mas a diferença mais marcante é que as bases de
dados são suportadas por uma tecnologia que permite a simulação, a ilusão de um
�5.12
diálogo, de uma interação em tempo real numa linguagem que está cada vez mais
próxima das linguagens naturais. Existem as interfaces inteligentes, o hipertexto,
ajudas sensíveis ao contexto, janelas que criam uma atmosfera conversacional.
Esta interação pode ser feita de qualquer lugar onde se tenha um microcomputador
e um telefone. É um gesto solitário do cientista à procura dos seus antecedentes;
ao passo que a biblioteca interpõe sempre entre o pesquisador e o acervo,
intermediários, vidraças, catálogos, códigos indecifráveis como são as referências
bibliográficas.
É sobre este simulacro da memória coletiva científica engendrado pela
sociedade pós-industrial, que são as bases de dados e sua relação com os aspectos
cumulativo, social e institucional da ciência, que eu gostaria de discutir rapidamente
neste texto. Especialmente no que diz respeito à contribuição da memória virtual ao
controle e enquadramento da produção científica, que vão desde os limites impostos
pelos mecanismos de representação do conhecimento até os desvios ideológicos
que conduzem deliberadamente à marginalização autores, conhecimentos, fatos
não identificados com os padrões da ciência oficial.
�5.12
2 A FORMAÇÃO DA MEMÓRIA ELETRÔNICA
O caráter cumulativo da ciência, que se apropria de uma forma rigorosamente
seletiva das contribuições de seus pesquisadores, resulta num corpo de
conhecimento baseado no consenso. Este corpo de conhecimento é representado
pela literatura técnico-científica, fruto mais óbvio e mais facilmente sujeito à
mensuração da atividade científica.
São os livros, os artigos de revistas, os
trabalhos de congresso, as patentes portadoras das inovações tecnológicas, os
mais autênticos registros da faina diária dos cientistas.
O crescimento vertiginoso da capacidade de armazenamento de dados em
meios legíveis por computador - meios magnéticos e, mais recentemente, meios
óticos - não foi ainda suficiente para tornar viável o armazenamento generalizado
em computador dos conhecimentos gerados pela atividade científica.
Esta
impossibilidade implica que, para se colocar disponível em sistemas on-line, ou seja,
sistemas que permitam um certo grau de interação, de conversação em tempo real,
o conhecimento registrado na literatura sofra um processo de tradução, de
representação, transformando-se em meta-conhecimento. Esta tradução é realizada
por intermédio de esquemas simbólicos que descrevem tanto a forma física, quanto
o conteúdo informacional das obras que estão sendo registradas. O que vai ser
armazenado nas grandes bases de dados é uma metáfora da informação original, é
o conhecimento virtual, que só existe em função do seu referente, da sua vinculação
remota com algum conhecimento real.
A criação dessas representações é factível via linguagens documentárias,
que são linguagens artificiais geralmente derivadas da linguagem natural. Essas
�5.12
linguagens são chamadas artificiais uma vez que não resultam de processo
evolutivo e necessitam de regras explícitas para seu uso.
Normalmente as
linguagens documentárias estabelecem uma relação unívoca entre o termo e o
conceito, isto é, entre o significante e o significado. Cada termo corresponde a um
conceito do sistema de
conceitos
da
área
específica com que se está
trabalhando. A construção dessas linguagens é um processo complexo e longo
(GOMES, 1990).
As
linguagens
documentárias
são,
pela
sua
própria
artificialidade,
extremamente redutoras de significado e só podem cobrir conceitos de um domínio
específico
do
conhecimento
humano,
não
havendo,
portanto,
linguagens
documentárias gerais. Elas fazem parte dos sistemas de informação, afetando e
sendo afetada por eles.
Qualquer linguagem, já se sabe, é uma forma de poder, de dominação. As
nossas próprias contradições culturais são um exemplo disso.
A linguagem
documentária não é exceção. O poder avassalador, no sentido da ordenação, da
organização que ela exerce sobre a produção literária, especialmente a científica, é
chamado pelo semiólogo Umberto Eco de a Ditadura dos Resumos.
Esta
característica é de dramática importância na construção da memória eletrônica da
ciência, pois o grau de resolução e entendimento dos conhecimentos que ela
apropria está limitado pela capacidade de representação do código. Mas muita
atenção: a propriedade redutora de significado dessas linguagens, antes de ser uma
deficiência, é o sustentáculo da identidade, do poder de ordenação e classificação
dos quais a ciência não pode prescindir, e é, sobretudo, o canal de expressão da
ideologia que a ciência suporta. É o seu poder uniformizador, que elimina as
�5.12
diferenças desagregadoras, que garante a harmonia na formação das diversas
memórias possíveis.
Um exemplo corriqueiro pode deixar mais clara essa relação entre poder
uniformizador e controlador da linguagem, a ideologia que ela representa e a
formação da memória eletrônica. Apenas 5% da produção científica dos países
periféricos está presente nas grandes bases de dados internacionais (GAILLARD,
1989). Nestas bases está representada essencialmente a ciência do primeiro mundo
e os códigos de representação existentes estão voltados para a problemática
desses países. Este fato tem grande impacto no armazenamento e recuperação de
informações e conhecimentos que estão fora do domínio da ciência e tecnologia
primeiromundistas. Por exemplo: o desejo de incorporar em uma base de dados
internacional sobre fontes de energia um artigo importante sobre o uso de óleo de
dendê e de jojoba, produzidos no interior da Bahia, como combustível automotivo,
em substituição ao óleo diesel, poderá esbarrar na falta de termos adequados para
a representação correta desses óleos e de sua ambientação, resultando em
distorções na representação e conseqüentes desvios na recuperação. Isto significa
que os próprios limites da linguagem documentária farão com que sejam
preservados a uniformidade e o caráter primeiromundista dessa memória eletrônica.
Se este artigo chegar um dia a fazer parte dessa base, ele dificilmente será
recuperado e, como desdobramento, não será citado por seus pares; ou, pelo
paralelo que traça este texto, não será “lembrado”, pois, insisto, os limites da
linguagem determinam o seu esquecimento na medida em que o esquema simbólico
utilizado é incapaz de expressar com nitidez o conhecimento que ele porta.
�5.12
Neste ponto cabe um parêntese. Os processos de exclusão dos
conhecimentos gerados nos países periféricos da “mainstream science” são ainda
mais variados. A argumentação sobre a qualidade dos trabalhos, sobre os critérios,
ou a falta deles, adotados pelos “referees” das revistas, sobre o caráter regional
dessas publicações, são ciclicamente utilizados como barreiras para incorporação
desses saberes nas memórias eletrônicas. Sem pensar no reducionismo e na
ideologia das linguagens de indexação, de uma forma geral, tudo que é escrito em
outro idioma que não o inglês é desfavorecido pelos mecanismos de coleta das
bases de dados comerciais. No entanto, muitos estudos põem em evidência que
uma proporção significativa da pesquisa científica produzida dentro das fronteiras
dos países em desenvolvimento, em domínios específicos mas pertinentes a
problemas universais da ciência moderna, são de grande importância tanto para o
conjunto desses países quanto para a ciência em geral. Temas como energia solar,
doenças tropicais, agricultura, pecuária são exemplos relevantes.
As linguagens documentárias são, em síntese, metalinguagens derivadas da
linguagem natural, com semântica e sintaxe própria.
Dessa estrutura de
representação simbólica depende, como já foi enfatizado, a formação da memória
eletrônica e também as suas possíveis partições. Quero dizer com isto que um único
trabalho científico pode ser incorporado em várias memórias, ou seja, ele pode
pertencer a várias bases de dados. Os registros em bases de dados distintas das
várias leituras possíveis de um documento são viabilizados por códigos de
representação específicos e diferenciados, que interpretam este documento através
de regras internas de um sistema de informação qualquer.
Esses códigos
possibilitam também que esses trabalhos possam ser "lembrados" por diferentes
�5.12
grupos que os valorizem segundo uma ótica própria. É como se um mesmo fato
estivesse em memórias coletivas de vários grupos e fosse lembrado de forma
distinta por cada um deles.
Suponhamos que um pesquisador escreva um trabalho sobre compreensão
de linguagem natural por robôs. Supondo também que esse trabalho ultrapasse
todos os filtros de seleção e garanta a sua homologação pela comunidade, ele
poderá ser incorporado numa base de Inteligência Artificial, onde um vocabulário
específico fará a representação do seu conteúdo informacional, enfatizando a sua
ligação com os problemas dessa área; ao passo que, através de um outro código,
os lingüistas registrarão nas suas bases de dados os fatos sobre Lingüística
computacional presentes no trabalho e, exagerando um pouco, os pesquisadores da
área de Robótica fariam uma terceira interpretação.
Como vimos, um trabalho individual, que faz parte do curriculum vitae, da
biografia de uma criatura, é submetido a várias interpretações e absorvido por
memórias de vários grupos.
Esta partição é viabilizada pela linguagem.
Obviamente, os mecanismos de lembrança, isto é, de recuperação e citação, vão
estar submetidos às mesmas regras dessa linguagem.
Mas se este trabalho não está em nenhuma memória, não pertence a
nenhum grupo, não tem existência reconhecida pela comunidade, ele na verdade
não existe. É só um segredo indecifrável na gaveta e no coração de seu autor.
HALBWACHS (1990) diz que a memória individual é um ponto de vista da
memória coletiva. Dentro desta mesma perspectiva, talvez não fosse um exagero
dizer que um trabalho científico cumpre o mesmo pressuposto.
Ainda sobre o
exemplo acima, poderíamos dizer que um lingüista pode recordar esse trabalho
�5.12
apenas pela gramática especial que ele propôs; um pesquisador de Inteligência
Artificial estará atento às formas de representação de conhecimento necessárias à
representação das regras da gramática proposta; alguém da área de Ergonomia tem
sua atenção desviada pelos fatores que proporcionam uma melhor interação
homem-máquina; e os impactos psicossociais serão recordados por um pesquisador
em Psicologia.
Mas na verdade, incorporar-se a uma base de dados - na nossa memória
eletrônica - é a última etapa de todas pela qual deve passar uma contribuição à
ciência. O ritual se inicia no momento em que o pesquisador determina o escopo de
seu trabalho, cujos graus de liberdade estão determinados por constrangimentos
sociais,
políticos,
econômicos
e,
como
veremos
adiante,
por
aspectos
mercadológicos. Ao elaborar um projeto de pesquisa, o pesquisador deve estar
sensível ao fato de que algumas áreas são oficialmente apoiadas pelos órgãos de
fomento à pesquisa e que essas áreas já foram previamente definidas e somente os
projetos que estiverem enquadrados nestes planos receberão aval institucional,
recursos e financiamentos dos órgãos de apoio à pesquisa. É o caso do PADCT Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que define no país o
que os pesquisadores têm de pesquisar. Estes planos cumprem um papel
importante na estruturação, ordenação e homologação da ciência oficial que estará
refletidas nas diversas memórias eletrônicas.
Os autores que logram publicar seus trabalhos em revistas ou em anais de
eventos considerados importantes para sua comunidade são os que terão
possibilidade de ter os seus trabalhos incorporados nas bases de dados. Dentro
dessa perspectiva, o conhecimento selecionado, representado e registrado nas
�5.12
grandes bases de dados internacionais constituem a documentação sobre a
atividade científica oficialmente aceita pela comunidade que a gerou.
Essas
contribuições receberam o endosso, a homologação dos pares e receberam,
portanto, o direito de pertencerem à memória oficial da ciência. Dessa maneira, as
bases de dados se constituem na forma mais fiel dos testemunhos dos cientistas. É
a esta memória eletrônica que os pesquisadores se dirigem em busca dos
referenciais teóricos para as suas atividades.
Um outro fator que tem um impacto determinante na construção da memória
eletrônica é que ela constituí um grande negócio.
Um negócio que movimenta
anualmente milhões de dólares. A informação deixou de ser um bem puramente
cultural e transformou-se em bem econômico Dessa transformação, que modificou
totalmente a percepção do valor da informação, apropriou-se
o capitalismo,
engendrando o que chamamos "Indústria da Informação", que tem, em outro plano,
uma trajetória bastante semelhante à da Indústria da Cultura, no que diz respeito à
sua incorporação à estrutura capitalista ou pós-capitalista, como querem alguns, e à
sua definitiva transformação em bem comercializável.
Qualquer abordagem do fenômeno da informação a partir da perspectiva
econômica implica em se estar diante de um paradoxo típico do nosso tempo: a
informação livre, perene e longeva materializando-se em um bem mutável, temporal,
detentor de valor de troca e situado dentro do espaço de relações de um mercado.
No contexto da nossa discussão, isto faz com que interesses econômicos e
mercadológicos entrem na composição da memória eletrônica.
1. A construção desta memória, como já foi dito várias vezes, depende fortemente
do poder de representação das linguagens documentárias. De acordo com as
�5.12
circunstâncias, elas podem levar ao exagero de fatos e descobertas, como há
pouco tempo aconteceu com as descobertas de fatos novos sobre a
supercondutividade ou, mais recentemente, sobre a fecundação de mulheres
idosas.
Mas também promover o silêncio, o esquecimento, como vimos no
exemplo do óleo de dendê. No entanto, as "zonas de sombras e silêncios” na
expressão de Michael POLLAK, podem anteceder a linguagem e se instalar como
desdobramento de outros problemas, principalmente os ideológicos. Quantos
cientistas no mundo inteiro, por suas posições antagônicas aos regimes políticos
de suas pátrias, vítimas do totalitarismo, de ditaduras e de intransigências,
tiveram seus trabalhos de pesquisa impedidos de serem divulgados e banidos da
memória de sua época.
As bases de dados são, pois, a metáfora da memória da ciência que se
pratica hoje. Elas reúnem os testemunhos de pesquisadores com uma linguagem
própria, que parece ser mais um instrumento na eterna busca da pedra filosofal da
ciência, que é a busca da ordem, do enquadramento, da classificação, num mundo
cada vez mais desordenado e mais entrópico.
ABSTRACT
A parallel is drawn between forms of incorporating knowledge into international
databases and the concept of collective memory in the field of world scientific
production. This paper analyses databases, their representation and retrieval
schemes, their selectivity, and the restrictions imposed by indexing languages on
scientific production in the Third World. It is concluded that databases are
repositories of the consensual knowledge created by modern science, thus
constituting the memory of officially accepted science.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
�5.12
1 BELKIN, Niccholas J. Anomalous state of knowledges as a basis for information
retrieval. Canadian Journal of Information Science, v. 5, p. 133-140, 1980.
2 GAILLARD, Jacques. La science du tiers monde est-elle visible? La Recherche,
n. 210, p. 636-640, 1989.
3 GOMES, Hagar E. Manual de elaboração de tesauros monolíngues. Brasília :
PNBU, 1990. 78 p.
4 HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo : Vértice, 1990. 189 p.
5 POLLAK, M. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, v. 2, n. 3,
p.3-15, 1989.
6
WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus, 1961.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
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Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Base de dados: a metáfora da memória científica.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Sayão, Luiz Fernando
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
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PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Traça um paralelo entre as formas de incorporação de conhecimento nas bases de dados internacionais e o conceito de memória coletiva dentro do âmbito da produção científica mundial.Analisa as bases de dados, seus esquemas de representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas pelas linguagens de indexação à ciência produzida no terceiro mundo. Conclui que as bases de dados são os repositórios dos conhecimentos consensuais gerados pela ciência moderna, constituindo, dessa forma, a memória da ciência oficialmente aceita.
Language
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pt
-
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072550a6e16cdef68fca890f45a33000
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8.6
BASE DEMIQ - CONTROLE AUTOMATIZADO DA DEMANDA DE MATERIAL
BIBLIOGRÁFICO
Valéria de Assumpção Pereira da Silva*
Marilda Correa Leite dos Santos**
Valéria Aparecida Moreira Novelli**
Dirce Gonçalves**
Priscila Carreira Bittencourt Vicentini**
Josiberti Flávio A. Monteiro da Silva***
RESUMO
Apresenta a Base DEMIQ desenvolvida pelo Serviço de Biblioteca e
Documentação/UNESP, para automatizar o controle de solicitações de compra de
material bibliográfico, impresso ou eletrônico. Possibilita a qualificação do
gerenciamento do processo de aquisição.
1 INTRODUÇÃO
O Instituto de Química (IQ) da UNESP, Campus de Araraquara, responde
pela formação de recursos humanos na área de Química, através dos cursos de
graduação:
__________________
* Diretora Técnica do Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de
Química/UNESP
** Bibliotecárias da UNESP.
*** Programador do Pólo Computacional.
Bacharelado em Química, Bacharelado em Química Tecnológica e Licenciatura em
Química.
�8.6
Os
cursos
de
pós-graduação
oferecidos
atualmente
pelo
Instituto
concentram-se nas áreas de Físico-Química, Química Analítica, Química Inorgânica,
Química Orgânica e Biotecnologia, todos em nível de mestrado e doutorado.
Os projetos de pesquisa desenvolvidos no Instituto de Química têm
contribuido para a formação de recursos humanos altamente qualificados e geram
uma integração permanente com o setor industrial da cidade de Araraquara e
região.
Formada através dos anos, com recursos orçamentários recebidos, em
grande parte, de agências de fomento à pesquisa (PADCT, FAPESP, CNPQ e
CAPES), a coleção bibliográfica impressa e eletrônica do Instituto de Química foi
aos poucos se solidificando, se qualificando, estando hoje avaliada como uma das
melhores coleções do Brasil na área de Química e ciências correlatas.
Para a concretização deste conceito ocorreram, entretanto, diversos
problemas. Um dos maiores entraves encontrados foi a dificuldade em conciliar, de
um lado, a demanda de material bibliográfico (pesquisa e didático) sempre
crescente, e de outro, recursos financeiros nem sempre suficientes para suprir as
necessidades e interesses de informação da comunidade acadêmica. Tornou-se
imprescindível, então, a criação de um serviço que viesse possibilitar um melhor
gerenciamento para a problemática existente.
Neste sentido, a Seção de Aquisição e Tratamento da Informação (SATI) do
Serviço de Biblioteca e Documentação (SBD) do Instituto de Química decidiu pela
formação da BASE DEMIQ - Base de Dados da Demanda de Material Bibliográfico
do Instituto de Química, tema do presente trabalho.
�8.6
2 BASE DEMIQ
2.1 BREVE HISTÓRICO
Sempre existiu uma preocupação no sentido de agilizar o controle das
solicitações de material bibliográfico a ser adquirido por processo de compra, pois
exigia-se um cuidado muito grande para evitar duplicações e era necessário que a
recuperação de informações sobre a situação das solicitações fosse rápida e
precisa.
Durante muito tempo este serviço foi realizado manualmente, porém, com a
ampliação das linhas de pesquisas desenvolvidas no IQ e o aumento e
diversificação das verbas recebidas de convênios, a idéia de automatizar o controle
das solicitações foi se concretizando.
A Base DEMIQ foi planejada e implantada por uma equipe formada pelo
programador do Pólo Computacional e pelas bibliotecárias da SATI/SBD do Instituto
de Química.
Iniciada em 1992, com o cadastramento apenas de livros, a Base DEMIQ
exigiu para sua implantação recursos humanos, treinamento e equipamentos
apropriados, sendo programada em linguagem Clipper 5.01, para Sistema
Operacional D.O.S. 6.01, com padrão Xbase, para operar em microcomputadores
com a configuração mínima necessária, padrão IBM-PC 386, com no mínimo 4
Mbytes de memória RAM e espaço disponível de 5 Mbytes do Hard Disk
2.2 OBJETIVOS
�8.6
A Base DEMIQ tem como objetivo principal automatizar o controle de
solicitações de material bibliográfico impresso ou eletrônico, a ser adquirido por
processo de compra.
Seus objetivos específicos são:
a) aperfeiçoar e agilizar o controle das solicitações de material bibliográfico a
ser adquirido;
b) estabelecer critérios para o atendimento das solicitações, de acordo com
as linhas de pesquisa desenvolvidas;
c) evitar duplicatas desnecessárias;
d) obter informações rápidas e precisas sobre a demanda existente.
2.3 FUNÇÕES
As funções disponíveis na Base DEMIQ são apresentadas a seguir:
a) Inclusões - permite o cadastramento de pedidos de livros , dispondo de
campos obrigatórios (autor, título, ISBN e departamento do solicitante) e de
campos opcionais (volume, editora, preço, solicitante, data da solicitação,
observação e grupo) (Fig. 1).
FIGURA 1 - TELA DE INCLUSÃO
�8.6
O campo grupo é bastante utilizado, pois nele são registradas as informações
sobre a situação da solicitação (em pendência, obra já adquirida, categoria de
convênio e tipo de material). Através deste campo podem também ser emitidos
relatórios de diversas categorias, exigidos pelos Departamentos e pela Seção de
Compras.
b) alterações - permite alterar todos os campos, quando necessário;
c) exclusões - permite efetuar exclusões de dados cadastrados;
d) relatórios - permite emitir diferentes tipos de relatórios;
e) utilitários - permite reorganizar, realizar backup, restaurar e definir senha para sua
utilização;
f) portabilidade - além das funções acima especificadas, a DEMIQ apresenta esta
função que permite a importação e exportação dos arquivos de dados gerados
para outro software.
2.4 MANUTENÇÃO
�8.6
Para a alimentação da Base DEMIQ são utilizados procedimentos préestabelecidos e os instrumentos descritos a seguir:
a) listagem da demanda do material bibliográfico impresso ou eletrônico, para os
cursos de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado;
b) listagem da demanda do material bibliográfico impresso ou eletrônico, para os
cursos de graduação (Bacharelado e Licenciatura);
c) bibliografia básica indicada em cada disciplina dos cursos de graduação e pósgraduação;
d) listagem da demanda de livros-textos mais consultados e/ou emprestados
durante o ano;
e) catálogos de editoras nacionais e internacionais, previamente consultados pelos
docentes, com as publicações de interesse assinaladas;
f) sugestões individuais apresentadas pelos docentes.
�8.6
2.5 PRODUTOS GERADOS
Toda e qualquer informação registrada na Base DEMIQ poderá ser
recuperada através de diferentes tipos de relatórios (Fig. 2).
FIGURA 2 - TELA DE RELATÓRIOS
Os relatórios gerados através da Base DEMIQ registram informações de
importância fundamental para o desenvolvimento das diversas etapas do processo
de aquisição.
2.6. SEGURANÇA DA BASE
Para garantir a segurança dos dados incluídos na Base DEMIQ foram
adotadas como medidas proteção através de senha e backup diário.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
�8.6
Utilizando as ferramentas que as tecnologias emergentes de acesso a
informação oferecem, os profissionais da informação do SBD/IQ têm procurado,
através do aperfeiçoamento constante, proporcionar aos usuários serviços e
produtos que efetivamente satisfaçam os seus interesses e necessidades de
informação na área de Química.
Nesse contexto, a Base DEMIQ possibilitou a racionalização das rotinas de
controle de solicitações, o aprimoramento do serviço de aquisição de material
bibliográfico, permitindo que um maior número de solicitações fossem adquiridas.
Conseqüentemente, a DEMIQ veio contribuir para o fortalecimento e a qualificação
do acervo, gerando uma melhor infra-estrutura informacional para o apoio ao ensino
e às linhas de pesquisa desenvolvidas neste Instituto.
ABSTRACT
This paper describes the DEMIQ database developed by the Library and
Documentation Service of the Chemistry Institute at UNESP (State University of São
Paulo), in order to automate the control of requests for the purchase of printed or
electronic bibliographical material, thereby increasing the efficiency of the acquisition
process.
�8.6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ESTUDO de demanda de informação no Setor de Geociências e Tecnologia
Mineral.
Ciência da Informação, Brasília, v. 15, n. 1, p. 81-98, jan./jun. 1986.
2 LIMA, Regina Célia Montenegro de, FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Seleção e
aquisição: da visão clássica à moderna aplicação de técnicas bibliométricas.
Ciência da Informação, Brasília, v. 13, n. 2, p. 137-150, jul./dez. 1984.
3 MAYRINKI, P.T., FUJITA, M.S.P. Recomendações para um modelo de seleção e
aquisição de materiais bibliográficos em bibliotecas universitárias. Cadernos
da F.F.C., Marília, v. 2, n. 2, p. 74-84, 1993.
4 OBERHOFER, Cecília A. Disponibilidade de documentos: um modelo de
avaliação da satisfação da demanda em bibliotecas universitárias. Ciência
da Informação, Brasília, v. 10, n. 1, p. 47-58, 1981.
5 PEREIRA, Maria de Nazaré Freitas. Geração, comunicação e absorção de
conhecimento científico-tecnológico em sociedade dependente; um estudo de
caso: o programa de Engenharia Química - COPPE/UFRJ-1963-1979.
Ciência da Informação, Brasília, v. 10, n. 2, p. 9-25, 1981.
6 TARAPANOFF, Kira. O profissional da informação em áreas de Ciência e
Tecnologia no Brasil: características e tendências. Ciência da Informação,
Brasília, v. 18, n. 2, p. 103-119, jul./dez. 1989.
�
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Biblioteconomia
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Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Base DEMIQ - controle automatizado da demanda de material bibliográfico. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silva, Valéria de Assumpção Pereira da et al.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta a Base DEMIQ desenvolvida pelo Serviço de Biblioteca e Documentação/UNESP, para automatizar o controle de solicitações de compra de material bibliográfico, impresso ou eletrônico. Possibilita a qualificação do gerenciamento do processo de aquisição.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4796/SNBU1996_079.pdf
9a6f69cb4d24a484ef46c15fec1e79e0
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8.20
BIBLIOTECA ACADÊMICA - UMA VISÃO SISTÊMICA DE AÇÃO CULTURAL: O
CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
Conceição Lopes
*
Nanci Oliveira Toledo**
Betânia Ferreira***
RESUMO
Aborda a atividade de Ação Cultural e sua prática na Biblioteca Central da UFRPE.
Demonstra os benefícios da parceria Biblioteca-Comunicação Social-Professor na
elaboração da programação conjunta e mostra a imagem que o público tem da
biblioteca.
1 INTRODUÇÃO
As comunidades universitárias não podem estar alheias às transformações
que estão ocorrendo no panorama nacional e mundial, quer no âmbito político, quer
no econômico e social. Os conceitos já se estão alterando e, conforme preconiza
CAPRA (1982), “os novos conceitos de física provocaram uma profunda mudança
no mundo, passou-se da concepção mecanicista de Descartes e Newton para uma
visão holística e ecológica”. Também se pode afirmar que mudanças, no que se
refere às bibliotecas, estão sendo evidentes. Como conseqüência delas, o público
Bibliotecária, Especialista em Planejamento e Gestão Organizacional, Assessora da Direção da
Biblioteca Central da UFRPE.
**Bibliotecária, Especialista em Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, Diretora da Biblioteca
Central da UFRPE.
*** Professora, Assessora de Comunicação Social do Atual Reitorado da UFRPE
*
�8.20
freqüentador vem se tornando mais exigente e politizado, cobrando uma atuação
condizente com um pólo dinâmico da ação sóciocultural.
Sendo assim é, evidentemente, comum considerar que um dos setores mais
importantes para o incremento da cultura e da conscientização da população
universitária é a sua Biblioteca, que tem por funções, de uma parte, captar e
armazenar permanentemente a informação, seja ela obtida em livros ou em
qualquer outro produto cultural e, de outra parte, veicular e difundir a informação de
modo ativo e eficaz.
Acompanhar as mudanças que se operam em tantos setores e aperfeiçoar o
exercício de sua função específica com técnicas modernas é o desafio que mobiliza
os que fazem a Biblioteca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Para isso, foi necessário, nos últimos anos, que a equipe da Biblioteca
redefinisse sua metodologia de trabalho e lutasse por ampliar sua credibilidade junto
à Administração Superior, até conseguir apoio para as providências básicas e
necessárias à sua transformação. Dentre elas, algumas modificações físicas e em
termos de instalações, de equipamentos, troca de ambientes e meios para
apresentação de uma nova imagem da Biblioteca. Do ponto de vista técnico, tem
sido necessária uma reciclagem permanente por parte de seus bibliotecários,
investigando sobre a utilização de procedimentos de marketing em bibliotecas,
novas técnicas de informação, de planejamento, além de contatos freqüentes com
as áreas de Comunicação/Educação e com o corpo docente da UFRPE, que
interage na parceria Biblioteca X Comunicação Social X Professor, tema desta
trabalho.
�8.20
De tudo isso, resultou um plano de trabalho cujo objetivo principal é a
transformação da Biblioteca não apenas em Centro Documental, onde haja espaço
para todos os produtos culturais mas, sobretudo, em um espaço que se constitua
verdadeiro campo de Ação Cultural, tornando-se, assim, instrumento indispensável
no processo ensino-aprendizagem e fator de politização.
2 SETOR DE AÇÃO CULTURAL
2.1 HISTÓRICO
O Setor de Ação Cultural foi criado em 1985, com o objetivo de modificar a
atitude passiva que se adotava na Biblioteca, onde se acompanhava o usuário
apenas quando procurado e sempre que o produto utilizado, como veículo de
informação, era apenas o material bibliográfico.
No Setor de Ação Cultural, a Biblioteca elabora uma programação ligada
diretamente aos interesses da comunidade (alunos de graduação, pós-graduação,
professores e servidores).
Nas atividades estão incluídos promoções, exibição de filmes, exposições,
painéis, cursos, concertos, feiras de livros novos e usados.
Para isto, a direção da Biblioteca Central vem mantendo contatos pessoais,
formais e informais com departamentos da Universidade, com outras bibliotecas e
parceria com diversos órgãos a nível estadual e municipal.
2.2 OBJETIVOS
�8.20
a) Atuar em parceria com a Assessoria de Comunicação Social e demais
usuários na elaboração da programação e desenvolvimento das atividades
a serem vivenciadas anualmente;
b) Atrair a comunidade ao Setor onde, além de usufruir de boa música,
assistir a bons vídeos, participar da programação em geral, terá
oportunidade de conhecer os demais serviços da Biblioteca Central e da
UFRPE como um todo;
c) Transformar a sala A do setor em auditório compatível com as exigências e
necessidades da comunidade;
d) Dotar o Setor de espaços para cursos de línguas estrangeiras em fitas
cassetes e em vídeo;
e) Interagir com as Pró-Reitorias de Graduação, Pós-graduação e Extensão
na promoção de eventos especiais.
2.3
REENGENHARIA DOS SERVIÇOS
Repensar o desempenho atual utilizando a interdisciplinaridade da Biblioteca
X Comunicação Social X Professor surge como uma exigência natural após a
avaliação dos objetivos do Setor que, em sua dinâmica, se propõe a atuar como
�8.20
núcleo de informação e convivência que só pode existir dentro de uma perspectiva
de constante transformação e mudança.
A reforma dos procedimentos deve-se aos resultados dos contatos com o
professor-parceiro da programação, que não representa ainda o universo total do
corpo docente da UFRPE, mas que representa um aliado atuante e constante,
concordando com DUMAZEDIER apud ALMEIDA (1987), quando diz: “Ensinar,
numa era de contestação, exige uma análise aprofundada do contexto e da cultura
social vividos pelo estudante, para que a aprendizagem se mostre estimulante e
significativa, deixando um campo aberto para a auto-afirmação”.
A adoção de nova metodologia vem exigir maior esforço conjunto
bibliotecário-professor face ao maior dinamismo a que se propõe, apesar do
permanente incentivo ao corpo docente para continuar explorando o vídeo como
recurso de apoio didático, porém alertando o professor no sentido de que esta
atividade deve ser aliada a outras ações. Assim, poderão ser ampliadas as
atividades a serem vivenciadas na Biblioteca, favorecendo a condução da
aprendizagem.
Essa nova metodologia permitirá o maior dinamismo do Setor e se constitui
em uma das metas do Plano de Trabalho/96 da Biblioteca Central. Através dele se
pretende reformular o Setor de Ação Cultural com a reestruturação das suas ações,
modernização do seu espaço físico e equipamentos. Isto refletirá uma nova
concepção
de “Ação Cultural” que transcende a forma atual, para se constituir
parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social, visando proporcionar
atividades intelectuais, culturais, políticas e sócio-econômicas que estimulem o
�8.20
desenvolvimento da massa crítica e colaborem para o senso artístico-cultural da
comunidade.
3 INTEGRAÇÃO USUÁRIO X BIBLIOTECA
Buscando conhecer a opinião do usuário, foi aplicada uma entrevista junto ao
público alvo, a fim de expressar sua opinião sobre o desempenho e imagem que
tem do Setor.
Como diz MERCHAND LÓPEZ (1968), “a imagem se estrutura a partir da
soma de diferentes opiniões”; citamos algumas dessas opiniões para que se
parceba a imagem que elas passam:
a) “É um Setor com uma oportunidade bastante boa para atender às
necessidades dos nossos alunos, mas que apresenta, como um dos
fatores deficitários, a insuficiência de pessoal no horário noturno.
Considero as exposições de artes plásticas, que vêm ocorrendo
freqüentemente, como uma das atividade mais atraentes do Setor...”
opinião de R. Guedes (informação verbal);
b) segundo G. CASTRO, “a Biblioteca é um organismo ativo e agradável.
Poderia, em sua programação, no belo espaço do jardim interno, promover
atividades de relax, yoga, etc.” (informação verbal);
c) para E. SOBRAL “o Setor desenvolve ações compatíveis com os anseios
da Universidade e, como usuário assíduo, sinto a necessidade da criação
de novos espaços, pois existe conflitos de horário no momento em que
�8.20
vários professores querem usar a estrutura do Setor ao mesmo tempo.”
(informação verbal);
d) mediante a dificuldade que a Universidade tem para compor uma estrutura
para atender o apoio didático, de acordo com Asfora, “a biblioteca
funciona como laboratório de ensino, sobretudo por associar, no mesmo
espaço,
a
coleção
de
livros/periódicos
e
materiais
audiovisuais.”
(informação verbal);
e) “... bom e eficiente. Dependendo dos recursos, deverá ser ampliado com a
aquisição de fitas, televisor maior e vídeo mais modernos” é a opinião de
E. Souza. (informação verbal).
Podemos perceber, respaldados nas opiniões apresentadas, o processo de
relações públicas que o Setor proporciona para a Biblioteca.
�8.20
4 PANORAMA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 95
Na análise e interpretação das entrevistas aplicadas aos usuários do Setor,
tendo detectado suas necessidades fundamentais quanto à Biblioteca, 75%
solicitaram maior dinamismo e divulgação da Ação Cultural.
À medida em que o ano escolar foi transcorrendo, ficou evidenciada a adesão
cada vez maior do corpo docente ao Setor na utilização dos espaços para
complementar aulas, usando como apoio didático os recursos da videoteca e parte
do acervo da Biblioteca.
5 CRONOGRAMA DAS AÇÕES 96/97
a) Ampliação da equipe responsável pelo Setor, composta por um bibliotecário, um
comunicólogo e um administrador, através dos serviços de estagiários das áreas de
Comunicação Social e Visual;
b) reestruturação dos atuais ambientes onde estão sendo desenvolvidas as
programações;
c) aplicação, aos usuários, de questionários/entrevistas a cada semestre para
avaliar o grau de satisfação dos programas e recolher sugestões sobre os próximos;
d) ampliação da videoteca através da aquisição, via compra ou através de doação,
de novas fitas de vídeo sobre temas de interesse da comunidade;
desenvolvimento, em parceria com órgãos públicos e privados a nível municipal,
estadual e ONGs, de atividades artístico-culturais.
�8.20
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que neste relato aparece subentende o esforço, a dedicação e o
entusiasmo dos que fazem a equipe da Biblioteca Central. Porém, vale ressaltar que
todo esse ideal teria sido frustrado se não houvesse, por parte da Administração
Superior da Universidade Federal Rural de Pernambuco, o apoio necessário. Além
do mais, o trabalho que ora está em andamento está comprometido politicamente
com o Plano Geral de Ação concebido pela atual Reitoria.
De fato, como o Plano Geral de Ação visa a dinamização e o
aperfeiçoamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, nossa equipe
desenvolverá sempre as atividades de apoio da Biblioteca de uma forma ativa e
também participante dentro do universo acadêmico.
ABSTRACT
This paper deals with Cultural Action and how it is put into practice by the Central
Library of the Rural Federal University of Pernambuco (UFRPE). It shows the
benefits of cooperation between the library, Social Communication, and teaching
staff in developing the programme , and describes the image which the public have
of the library.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALMEIDA, M. C. S. de. A ação cultural do bibliotecário: grandeza de um papel e
limitações da prática. Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação, São Paulo, v. 20, n. 1/4, p. 31-38, jan./dez. 1987.
2 AMARAL, S. A. do. Do marketing à auditoria em serviços de informação. Revista
Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 25, n. 3/4, p.
18-28, jul./dez. 1982.
�8.20
3 ASFORA, F. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de
Letras e Ciências Humanas. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos,
Recife-PE, 1996.
4 CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo : Cultrix, 1982. 447 p.
5 CASTRO, G. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de
Biologia. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE, 1996.
6 D’AZEVEDO, M. A. Relações Públicas para bibliotecas. Revista Brasileira de
Biblioteconomia & Documentação, Porto Alegre, v. 5, p. 112-119, jan./dez.
1990.
7 ESPÍRITO SANTO, A. do. Programa de relações públicas em bibliotecas
universitárias. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo
Horizonte, v. 2, n. 1, p. 73-85, mar. 1973.
8 GUEDES, R. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de
Biologia. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE, 1996.
9
SOBRAL, E. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de
Agronomia. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE,
1996.
10 SOUZA, E. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de
Agronomia. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE,
1996.
11 SPERRY, S. A animação cultural em bibliotecas: quando? como? onde? Revista
Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 20, n. 1/4, p.
13-30, jan./dez. 1987.
�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Biblioteca acadêmica - uma visão sistêmica de ação cultural: o caso da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Lopes, Conçeíção; Toledo, Nanei Oliveira; Ferreira, Betania
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Aborda a atividade de Ação Cultural e sua prática na Biblioteca Central da UFRPE. Demonstra os benefícios da parceria Biblioteca-Comunicação Social-Professor na elaboração da programação conjunta e mostra a imagem que o público tem da biblioteca.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4646/SNBU1996_013.pdf
9cc0cb74132c08ece59270d36daa4db3
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4.3
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E CONTEXTO ACADÊMICO
*
Kira Tarapanoff
**
Rejane Raffo Klaes
Patricia Marie Jeanne Cormier***
RESUMO
O tratamento do tema se dá sob a perspectiva sistêmica e de planejamento
estratégico. É projetado um cenário de atuação para a biblioteca universitária em
relação ao novo paradigma tecnológico, e avaliada a sua situação interna, através
do diagnóstico situacional. Os elementos do diagnóstico foram levantados junto a
especialistas entrevistados, bem como através dos nove Seminários Nacionais de
Bibliotecas Universitárias (SNBU). Dentre as conclusões, destaca-se a necessidade
do resgate do conceito de sistema de bibliotecas universitárias, como a melhor
forma de otimizar recursos, e envolver a biblioteca universitária com um todo
sistêmico no controle, recuperação e disseminação da informação científica gerada
no País. Sugere-se ainda, a busca de um novo modelo de planejamento nacional
para o (novo) sistema que represente o consenso da classe.
1 INTRODUÇÃO
Na questão da
biblioteca universitária e sua relação com o contexto
acadêmico, coloca-se, imediatamente, o nível organizacional, a relação biblioteca e
universidade. Sabemos que no momento há pelo menos duas grandes questões
que estão afligindo a biblioteca e sua relação com a universidade:
• autonomia universitária, que está impondo um novo estilo de planejamento e
orçamento à biblioteca;
• restrições orçamentárias.
*
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de
Brasília/UNB
**
Bibliotecária da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
***
Bibliotecária
�4.3
Estes elementos são resultado de contingências ambientais que, em nível
nacional e internacional, se devem à pretensão de enxugar o Estado
e à
necessidade de conter os gastos públicos, numa sociedade global em crise
financeira, manifestada a partir dos choques do petróleo da década de 70.
No Brasil, a partir da década de 80, a crise econômica que se abateu sobre o
país, cujos reflexos maiores foram o processo inflacionário, o controle das
importações e a diminuição dos orçamentos do Setor Público, forçaram as
universidades a conviver com restrições orçamentárias crescentes, aliadas à
desvalorização acelerada da moeda e à burocracia das importações, que
dificultaram enormemente a implantação, manutenção e desenvolvimento de
laboratórios e bibliotecas (GARCIA, 1991, p. 4).
Pelo menos desde 1985, o Governo Brasileiro vem acenando com alterações
do seu papel no cenário nacional. O I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova
República (1985-1989) partiu da tese de que caberia ao Setor Privado o papel de
destaque no esforço de desenvolvimento do País, e ao Governo uma ação
complementar à iniciativa privada.
Na mesma linha, o Plano Plurianual de 1996 a 1999, que tem como premissa
básica a necessidade de consolidação da estabilidade conquistada graças ao Plano
Real, trabalha com a expectativa de uma participação importante do Setor Privado e
das outras esferas do Governo para viabilizar os seus investimentos e ações
(BRASIL/Ministério do Planejamento e Orçamento, 1996, p. 2,6).
De acordo com a classe dirigente, o modelo econômico do Estado como
impulsionador e mantenedor do desenvolvimento se esgotou e um novo modelo
�4.3
estaria em processo de elaboração, exigindo que as instituições participem do
mesmo. Essa participação inclui os estados e comunidades.
Não devemos nos esquecer que a questão da autonomia da universidade,
uma reivindicação antiga da comunidade, deve ser implantada em decorrência da
Constituição de 1988, que no artigo 207 afirma que as universidades “gozam de
autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial”.
Hoje, o Governo Federal está se preparando para adotar o princípio de
autonomia administrativa e financeira nas 39 universidades federais e quinze
faculdades federais isoladas. Para isso, está elaborando um projeto de orçamento
global para o Ensino Superior Federal, a partir da idéia que o conjunto de
universidades divida entre si um montante de recursos financeiros, fixado de acordo
com algum critério estável, e a partir daí cada uma administre independentemente
seus recursos humanos, custeio e investimentos (DANTAS, 1996, p. A-8).
As universidades vão ter que captar recursos de outras fontes, não apenas
do Governo Federal, e gerar receitas para sua auto-sustentação, tarefa bastante
difícil para quem sempre esperou, do ponto de vista de planejamento, receber do
Governo Federal os recursos necessários para o seu pleno funcionamento.
Polarizam-se as opiniões, e afirma-se, de um lado, que o modelo capitalista
de privatização total triunfou. Há posições do ponto de vista teórico e prático mais
equilibradas, como a de MINTZBERG (1996), ao advertir que não foi o capitalismo
que triunfou, mas o balanço das forças sociais que interagem em países de
economia livre, que possuem fortes setores público e privado, recebendo e
aceitando influência de setores que se posicionam entre esses dois pólos, tais como
organizações não governamentais (ONGs), associações e sindicatos.
�4.3
O mesmo autor sugere que este é o momento de se pensar uma nova
organização e de se colocar em equilíbrio forças sociais, econômicas e
administrativas que a afetam, e não pender para os extremos. Há papéis na
sociedade para diferentes tipos de organização. Há lugar para diversas
contribuições em áreas tais como a pesquisa, a educação e a informação.
Em seu artigo “Administrando o Governo e governando a gerência”,
MINTZBERG acrescenta que não é saudável, do ponto de vista econômico, colocar
o Setor Público de um lado e o Setor Privado de outro, como não é realista colocar o
Governo de um lado e a iniciativa privada de outro, capitalismo versus comunismo,
privatização versus nacionalização, auto-regulamentação dos mercados de negócios
versus interferência ou controles do Governo. Esta dicotonomia é limitada
(MINTZBERG, 1996, 75-76).
Haverá necessidade de uma melhor articulação das organizações para definir
seu papel na sociedade e seu impacto e contribuição para o desenvolvimento. As
organizações deverão buscar a melhor forma de se organizarem e de se
administrarem. No caso das bibliotecas universitárias, o primeiro passo é conhecer
as condições em que elas se encontram, para ampliar a sua preparação para a
mudança.
Não pretendemos neste debate propor um novo modelo organizacional e
administrativo para a universidade e a biblioteca universitária, mas enfatizar que
estamos numa fase de transição. Nesta fase um novo modelo, ou modelos, de
desenvolvimento econômico e social, estarão aparecendo, bem como novas formas
de se (auto)governarem as instituições, buscando o equilíbrio entre forças privadas
e estatais. Como exemplo podem ser citadas as três universidades estaduais de
�4.3
São Paulo, que desde fevereiro de 1989 colocaram em prática o conceito de
autonomia universitária (DANTAS, 1996).
2 METODOLOGIA
Nossa abordagem sobre o tema proposto será estratégica. Queremos
levantar os principais fatores externos que influem nas bibliotecas universitárias,
bem como discutir os seus principais pontos fortes e fracos internos.
A metodologia utilizada para identificar os fatores externos baseia-se em
levantamento da literatura e na projeção de cenário tendencial, tendo como marco
comparativo os novos paradigmas tecnológicos.
A metodologia utilizada para identificar os fatores internos baseia-se em:
• levantamento das recomendações emanadas dos oito Seminários
Nacionais de Bibliotecas Universitárias, SNBUs, ocorridos no período de
1978 a 1994;
• entrevistas com especialistas. Como o período entre a realização do 1° e
do último SNBU abarca dezesseis anos, complementarmente realizamos
nove entrevistas com especialistas selecionados para opinarem sobre a
permanência dos problemas e a validade das soluções propostas, bem
como para colher
sua visão estratégica sobre a situação da biblioteca
universitária no País. As entrevistas, realizadas do início de 1992 a maio
de 1996, incluíram personalidades nacionais expressivas na área,
buscando-se, inclusive, representatividade regional.
�4.3
A análise estratégica adota uma abordagem sistêmica de relações ambientais
que nem sempre se processam através da organização mantenedora da biblioteca
universitária. A característica da biblioteca universitária é a de uma organização de
prestação de serviços informacionais, em apoio às atividades de ensino, pesquisa e
extensão, de professores, pesquisadores e alunos da universidade, não se limitando
ao nível sistêmico organizacional
na busca da informação e conhecimento
necessários para essas atividades. O usuário, mercado e influência que recebe são
universais.
O planejamento estratégico deve estar voltado para o crescimento e/ou
desenvolvimento organizacional, muito embora, nos momentos em que as
mudanças, restrições e pontos fracos predominarem, esse planejamento deva
também sanear a crise e garantir a continuidade dos propósitos da unidade e sua
manutenção.
O planejamento estratégico preocupa-se com a visão do futuro analisando a
ambiência, identificando tendências, indicando como deverá ser a organização a
longo prazo, e estabelecer um benchmark, isto é, um ponto de referência decorrente
da comparação com outros sistemas similares, líderes na área, em nível nacional e
internacional. O planejamento estratégico visa, por outro lado, o aperfeiçoamento
contínuo, partindo da premissa de que é preciso subir degraus de competência, para
melhorar os serviços da organização (CAMP, 1993).
3 CENÁRIO EXTERNO
�4.3
Há características no cenário externo atual que sublinham a transição do
paradigma histórico, representado pelo esgotamento da Sociedade Industrial e sua
substituição pela Sociedade do Conhecimento.
Algumas das características da Sociedade do Conhecimento, levantadas por
vários autores (KING e SCHNEIDER, 1991; PORTER, 1993; PETRELLA, 1991;
DRUCKER, 1993; REICH, 1994), são:
• a economia torna-se global, com um mercado mundial dominado por bens e
serviços intensivos em conhecimento - aqueles em cujo custo total a parcela
correspondente ao trabalho intelectual criativo é significativa face ao custo dos
demais insumos;
• a competitividade das empresas e das nações passa a depender mais da educação
do povo e de sua capacidade de gerar e utilizar conhecimentos e inovações, do que
de vantagens comparativas clássicas, como mão-de-obra barata e recursos
naturais;
• os estados-nacionais tendem a renunciar parte de sua soberania, associando-se a
comunidades de nações, no âmbito das quais as culturas locais emergem como
virtuais regiões - estados; (por exemplo a União Européia, NAFTA e MERCOSUL;
• redes
optoeletrônicas
interativas, com alcance mundial e de capacidade
virtualmente ilimitada, propiciam à toda a população um extraordinário acesso à
informação;
• problemas cada vez mais amplos e complexos passam a exigir abordagens
pluridisciplinares e a sinergia das instituições;
• os Governos passam a agir mais como organizadores e menos como executores.
�4.3
A sociedade do conhecimento, apoia-se em canais de comunicação,
propiciados pelos novos paradigmas tecnológicos, e pelas novas tecnologias. A
optoeletrônica, surgida há trinta anos, permite a implantação de uma rede mundial
de cabos de fibras ópticas com número virtualmente ilimitado de canais de
comunicação. A microeletrônica quântica, ainda nos laboratórios, acena com a
possibilidade
de
supercomputadores
portáteis,
que
conectados
à
rede
optoeletrônica, podem provocar modificações quase inimagináveis nos rumos da
humanidade (SPOLIDORO, 1996, p.2).
Os novos paradigmas tecnológicos propiciam uma mudança social profunda,
popularizando e disponibilizando para as massas as novas tecnologias e a
telemática. Os avanços tecnológicos impõem quebras de conceito, como a
substituição de bibliotecas convencionais por redes optoeletrônicas, bancos de
dados e multimeios. Diante dessas mudanças o próprio conceito organizacional
modifica-se e surge a idéia da organização e da biblioteca virtual.
No conceito de organização virtual está embutida a sua mudança
paradigmática, que depende e se garante pela tecnologia informacional gerada pelo
computador e tornada viável pela telemática. É uma organização que se percebe
mas não se vê (MOWSHOWITZ, 1994).
A base da biblioteca virtual é a biblioteca eletrônica, a biblioteca que deve ser
inteiramente automatizada, dando a seus usuários acesso em linha, não somente a
catálogos, mas também a uma grande variedade de recursos eletrônicos, existentes
na própria biblioteca e fora dela, como, por exemplo, bases e bancos de dados (de
informação e texto completo), sistemas de CD-ROM, entrega de documentos,
jornais eletrônicos, bases de dados de imagens, e outros (CAVALCANTI, 1996).
�4.3
A mudança paradigmática opera-se também na proposta filosófico-estratégica
da biblioteca, e trata do deslocamento do ponto focal desenvolvimento de coleções
para o de acesso à informação. Na verdade, a tendência é para o equilíbrio entre
essas duas orientações.
Acredita-se que “a biblioteca do futuro será menos um lugar onde a
informação é guardada, e mais um portal através do qual os seus usuários vão ter
acesso aos recursos informacionais do Mundo - uma Biblioteca Mundial Eletrônica”
(HAWKINS, 1994). Recursos informacionais serão disponibilizados em redes para
utilização sem fronteiras. Evidentemente as coleções deverão existir em
determinadas bibliotecas-base.
Os recursos eletrônicos permitem o acesso instantâneo às coleções das
principais e maiores bibliotecas do Mundo. Mas é necessário que as coleções, em
nível nacional, também existam, para garantir a consulta local e a contribuição
nacional
às
redes
internacionais.
A
racionalidade
administrativa
e
o
compartilhamento de recursos, no entanto, devem ser intensificados, obtendo a
sinergia interinstitucional necessária para garantir uma boa cobertura de recursos
disponíveis em nível nacional.
Neste contexto, estrategicamente, a biblioteca deve cooperar e integrar-se.
Pode e deverá surgir o conceito de “sistema de bibliotecas universitárias”, ou
“sistema de informações em apoio às atividades de ensino superior e à pesquisa”,
tornado viável através das redes e propiciado pela união sinergética das bibliotecas
universitárias,
especializadas
e
de
pesquisa.
Deve
contemplar
toda
a
pluridisciplinaridade e ser centrada no desenvolvimento de coleções, de forma
compartilhada para acesso de todos. Recursos informacionais deverão ser
�4.3
disponibilizados
em
redes
para
utilização
sem
fronteiras.
As
bibliotecas
universitárias deverão ter os seus processos em meios eletrônicos para capacitar-se
às exigências de sua virtualização. Este é um benchmark a ser atingido, embora
ainda não faça parte da realidade sistêmica das bibliotecas universitárias brasileiras.
No contexto brasileiro, a biblioteca universitária deve preocupar-se com o
acesso a coleções, com a identificação, controle, recuperação e disponibilização de
toda
a
produção
científica
gerada
por
suas
instituições,
profissionais
e
pesquisadores, colocando-a para utilização sem fronteiras. Dentro desta proposta, a
biblioteca universitária passa a ser uma unidade do sistema informacional universal.
Seus
produtos
e
serviços,
em
nível
internacional,
deverão
disponibilizar
principalmente essa produção nacional.
Em nível local, o atendimento à comunidade acadêmica e científica deverá
ser o mais pessoal e personalizado possível. Os seus produtos e serviços deverão
ser diversificados e capacitados a satisfazer a perfis de interesses e necessidades
informacionais específicos.
Do ponto de vista estrutural, esta nova unidade deverá ser flexível, com o
mínimo de níveis hierárquicos, horizontalizada e organizada em torno de processos,
deverá ser capaz de aprender e se adaptar à sua ambiência, mercado e usuários
(GARVIN, 1993).
O seu estilo gerencial deverá levar em consideração os mais modernos
princípios de qualidade e produtividade, adotando a gerência participativa e o
enfoque sistêmico para uma melhor visão do sistema informacional.
Os seus maiores investimentos serão na infra-estrutura eletrônica e nos
recursos humanos. O seu profissional será, verdadeiramente, a mola propulsora que
�4.3
colocará a unidade informacional no cenário da sociedade do conhecimento. É
preciso treiná-lo para ser um profissional altamente qualificado, agregando valor a
todas as atividades que executa, em especial aos produtos e serviços que presta no
atendimento ao usuário.
4 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
No momento atual, com raras exceções, a biblioteca universitária está em
crise. Desde 1974, ano em que ocorreu o Seminário para Estudos dos Problemas
de Administração e Funcionamento das Bibliotecas Universitárias, e nos SNBUs
realizados a cada dois anos, desde 1978, os problemas discutidos se repetem,
propostas de soluções são levantadas, algumas bibliotecas as implementam, mas
para muitas as mesmas questões continuam em pauta nos debates que ocorrem
periodicamente.
Isto revela um descompasso de desenvolvimento no conjunto das bibliotecas
universitárias do País. Nem sempre a experiência acumulada pode ser repassada
ou absorvida por todas. Falta uma ação sistêmica articulada para o conjunto das
bibliotecas universitárias e mecanismos que permitam a implantação de diretrizes
consensuais, em especial aquelas emanadas do I e II PNBUs e do Programa
Nacional
de
Bibliotecas
de
Instituições
de
Ensino
Superior
(PROBIB)
(MEC/SESU,1986; MEC/SESU, 1990 (a); MEC/SESU, 1990 (b)).
Os principais problemas enfrentados pelas bibliotecas universitárias podem
ser sumarizados como segue:
�4.3
- distanciamento, por
parte dos bibliotecários, dos programas globais da
universidade;
- falta de apoio dos diversos escalões hierárquicos da universidade para a
tomada de decisão dos bibliotecários;
- pouco entrosamento dos bibliotecários no processo acadêmico e dificuldade
em entender esse processo;
- falta de definição de objetivos e metas;
- dificuldade de avaliação de desempenho devido à ausência de padrões;
- falta de planejamento integrado;
- ausência de regulamentos que definam a estrutura e a competência das
bibliotecas universitárias;
- carência de recursos humanos, materiais e financeiros;
- despreparo do bibliotecário frente às tecnologias, à necessidade de planejar
e de dominar técnicas orçamentárias;
- desconhecimento, por parte dos bibliotecários, das novas necessidades
informacionais da sociedade, da universidade e do usuário;
- falta de visão estratégica;
- desconhecimento dos bibliotecários sobre as mudanças e desenvolvimentos
na própria área.
Pode-se fazer uma análise destes problemas, agrupando-os em três grandes
áreas:
- planejamento, administração e recursos humanos;
- infra-estrutura e
- serviços.
�4.3
4.1 PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
Os problemas relativos à área de planejamento e administração, apontados
tanto pelos SNBUs quanto pelos profissionais entrevistados, referem-se a:
- falta de políticas que orientem a organização e o funcionamento das
bibliotecas universitárias;
- inexistência de regimentos das bibliotecas universitárias;
- ausência de representação nos órgãos colegiados da universidade;
- não-envolvimento da biblioteca universitária nos projetos de ensino,
pesquisa e extensão e com o corpo docente;
- falta de planejamento cooperativo e conseqüente cooperação deficitária;
- proliferação de bibliotecas setoriais sem condições adequadas de
funcionamento;
- interferência de reitores e decanos na gerência de algumas bibliotecas e
falta de autonomia para a gerência;
- recursos financeiros gerenciados de forma inadequada;
- desconhecimento de instrumentos para cálculo de custos
dos serviços
bibliotecários, impossibilitando o estabelecimento de política de preços para
captação de recursos;
- insuficiência de estudos de avaliação de desempenho, serviços e coleções;
- inexistência de padronização de planejamento e desempenho de atividades;
- detalhamento estatístico excessivo com dificuldade de análise situacional da
biblioteca.
�4.3
Como conseqüência destas falhas e das restrições orçamentárias, as
bibliotecas consideradas atividades-meio por grande parte das administrações
universitárias tiveram, em alguns casos, seus recursos reduzidos a níveis de estrita
manutenção e pagamento de pessoal, com grave prejuízo para seus acervos,
incluídas aí as coleções de revistas especializadas estrangeiras (GARCIA, 1991,
p.4).
As recomendações de soluções feitas pelos SNBUs e pelos profissionais
foram:
- formação de um Sistema Nacional de Bibliotecas Universitárias sob a
coordenação de um órgão central, com uma política para o desenvolvimento das
bibliotecas universitárias;
- criação de um grupo de trabalho para estabelecimento de padrões de
funcionamento de bibliotecas universitárias;
- elaboração de regimentos internos de bibliotecas universitárias;
- incentivos aos bibliotecários para participarem na programação de cursos e
outras atividades docentes;
- ampliação de canais formais e informais que permitam a atuação dos
bibliotecários nos órgãos colegiados;
- implantação de bibliotecas setoriais apenas quando houver condições de
desempenho;
- definição de uma política de preços para os serviços prestados pelas
bibliotecas;
- avaliação de serviços e coleções;
- estímulo à cooperação interbibliotecária;
�4.3
- realização de estudos de usuários;
- utilização e análise de dados e estatísticas de maneira mais objetiva;
- reforço do objetivo da biblioteca universitária como elemento de ligação
entre a necessidade de informação e o conhecimento registrado;
- implantação de sistemas especializados para propiciar a elaboração de
políticas de informação;
- incentivo à compreensão da postura gerencial dos bibliotecários;
- visão do fator político como oportunidade para melhorar as relações entre o
bibliotecário e a Administração Central da universidade;
- necessidade de o bibliotecário aprender a planejar.
Comentários:
O que surpreende em relação a esses problemas e soluções apontadas é
que eles repetem a situação retratada há onze anos atrás no documento/diagnóstico
efetuado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e
apresentado ao IV SNBU em Campinas, em 1985, que resultou no Programa
Nacional de Bibliotecas Universitárias (PNBU), e que teve 10 anos de vida útil, vindo
a extinguir-se em 1995 como Programa Nacional de Bibliotecas de Instituições de
Ensino Superior (PROBIB) junto ao MEC/SESU.
Concebidos para solucionar os problemas das bibliotecas universitárias, os
alvos de atuação do PNBU focalizaram seis áreas-problema de desenvolvimento:
planejamento organizacional e financeiro, recursos humanos e físicos; formação e
desenvolvimento de coleções; processamento técnico dos documentos; automação
de bibliotecas; usuários e serviços; e atividades cooperativas. Essas seis áreas
reuniram doze diretrizes, desdobradas em 46 ações (MEC/SESU/PNBU, s.d.).
�4.3
Ações essas, em sua concepção, suficientes para consolidar o Sistema Nacional de
Bibliotecas Universitárias. O documento-base do PNBU procurou moldar-se à
orientação centralizadora do planejamento governamental à época, na decisão de
desenvolver uma política para a área de bibliotecas universitárias que se
harmonizasse com a política de Ciência e Tecnologia, de Informação para Ciência e
Tecnologia, e com a da Pós-Graduação. Buscou-se, através do PNBU, um
planejamento democrático, sendo representados em sua gestão todos os
segmentos governamentais de poder decisório na área, incluindo a participação da
comunidade atuante na área de bibliotecas universitárias (CHASTINET, 1990). O
que se obeserva é que este modelo, bem como a ação do PNBU, foi se esvaziando
paulatinamente, revelando uma crescente falta de apoio governamental. Suas
ações, em especial
as que dependiam de cooperação, também não tiveram o
desenvolvimento desejado. Em alguns casos, por falta de infra-estrutura adequada.
Afirma-se que as condições reais e singulares das bibliotecas universitárias e de
seus profissionais, bem como a extensão geográfica do País foram limitações à
democratização mais efetiva e permanente do planejamento do tipo nacional e da
implantação de ações decorrentes. As bibliotecas apresentam características
bastante diferenciadas de desenvolvimento. Para lidar com esse problema deve
haver um acompanhamento, em nível local, para realizar de modo rotineiro
avaliação, prever assistência especializada e efetuar acompanhamento in loco das
diretrizes e ações propostas. (GARCIA, 1991, p.10).
Com relação aos recursos humanos destacam-se problemas decorrentes da
formação profissional do bibliotecário e das políticas de pessoal adotadas. Na
�4.3
formação profissional, ressalta-se o preparo insuficiente do bibliotecário no que diz
respeito a:
- gerenciar uma biblioteca universitária;
- interagir com o usuário;
- trabalhar com materiais informacionais diversificados;
- planejar e administrar sistemas de informação;
- identificar problemas e apresentar soluções com rapidez.
Além disto, aponta-se:
- envolvimento demasiado com tarefas do cotidiano da biblioteca;
- ausência de programas de treinamento e atualização;
- falta de participação em eventos de outras áreas por falta de
estabelecimento de objetivos e finalidades para tanto;
- resistência à mudança;
- resistência à cooperação.
Com relação à política de pessoal destaca-se:
- inexistência de planejamento e/ou padronização de indicadores relativos ao
quadro de pessoal em bibliotecas universitárias;
- falta de pessoal especializado;
- reduzido número de funcionários;
- ausência de processo seletivo de pessoal para atuar na biblioteca
universitária;
- baixa remuneração;
- inexistência de um plano de carreira com incentivos financeiros por titulação
e produção científica.
�4.3
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- cumprimento da Lei 4.084 com relação à gerência das bibliotecas;
- realização de cursos, palestras, treinamento e aperfeiçoamento para
bibliotecários e auxiliares;
- estímulo à participação em eventos de outras áreas;
- realização de estudos de usuários;
- inclusão nos cursos de Biblioteconomia de disciplina referente à Avaliação
de Serviços;
- criação de Cursos de Especialização para bibliotecários de bibliotecas
universitárias;
- instituição de plano de carreira para bibliotecários;
- melhoria dos salários dos bibliotecários;
- realização de estudos da estrutura dos quadros de pessoal das bibliotecas
universitárias;
- desenvolvimento de metodologia para levantamento de dados e produção
de indicadores referentes a pessoal;
- postura mais arrojada do bibliotecário como agente da informação;
- preparo para trabalhar com diversos tipos de materiais e com automação.
Comentários:
Os problemas relativos ao planejamento e à administração são decorrentes,
em grande parte, do despreparo dos profissionais nas bibliotecas universitárias.
Parte desta falha deve-se ao fato de a maioria dos bibliotecários, mesmo os
diretores de bibliotecas, possuirem apenas a graduação, embora
possa ser
�4.3
observado um aumento quantitativo de especialistas, mestres e doutores nas
bibliotecas universitárias. De modo geral, a graduação não capacita o bibliotecário
de forma adequada para administrar uma biblioteca universitaria. Há pouca oferta
de cursos de extensão e especialização em Gerência ou Planejamento nos cursos
de Biblioteconomia. Não há iniciativas por parte dos bibliotecários em exigir a oferta
de tais
cursos e até de promovê-los na esfera das associações de classe, e
observa-se pouca iniciativa em buscá-los em outras áreas como na Administração.
4.2 INFRA-ESTRUTURA
Os problemas relativos à area de infra-estrutura levantados tanto pelos
SNBUs quanto pelos profissionais entrevistados referem-se a:
- recursos financeiros;
- recursos informacionais;
- recursos físicos.
Com relação aos recursos financeiros, os principais problemas apontados
dizem respeito a:
- não-gerenciamento dos recursos financeiros pela biblioteca universitária;
- insuficiência de recursos financeiros;
- defasagem entre previsão e definição do orçamento, devido à morosidade
administrativa;
- descompasso entre necessidade dos recursos e desembolso, gerado pela
inflação;
- recursos financeiros exclusivos para material bibliográfico;
- não-captação de recursos extra-orçamentários;
�4.3
- inexperiência dos bibliotecários de captar recursos externos.
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- alocação de suporte financeiro adequado às necessidades da biblioteca;
- estímulo à captação de recursos financeiros extra-orçamentários junto às
agências financiadoras;
- comprometimento institucional em manter recursos em continuidade a
financiamentos externos;
- definição de política de preços para os serviços prestados pelas bibliotecas;
- previsão orçamentária para outros ítens, além de material bibliográfico;
- estabelecimento de parcerias com o setor privado.
Comentários:
No cerne desta questão estão as restrições financeiras e a falta de habilidade
do bibliotecário em saber argumentar com relação às necessidades orçamentárias
da biblioteca, referentes à manutenção dos acervos, infra-estrutura, prédio e
serviços, e de conseguir complementação de recursos de fontes externas, através
de parcerias. Uma das falhas na implementação do PNBU, foi a não-definição de
critérios para elaboração de orçamentos em bibliotecas universitárias (CHASTINET,
1990). Algumas bibliotecas o fazem com desenvoltura, no entanto, as menores têm
grandes dificuldades com as questões orçamentárias e extra-orçamentárias.
Acresce-se a insuficiência de repasse para a sua manutenção pela organização
mantenedora, que sofre agudamente os cortes da parte do Governo, muito embora
o Ensino Superior no Brasil ainda absorva cerca da metade dos recursos
educacionais públicos (RELATÓRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO
NO BRASIL, 1996, p. 36). Os instrumentos para a tomada de decisão dos
�4.3
bibliotecários nesta questão também são insuficientes. Com exceção de poucos
casos, não há uma coleta sistemática de dados para a tomada de decisão. Há
falhas em saber calcular custos e preços dos serviços, definir planilhas
orçamentárias, fazer previsão e planejamento a médio e longo prazo, de gastos e
investimentos. Com exceções, as estatísticas, uma rotina presente na maioria das
bibliotecas, não são analisadas de forma convincente na argumentação para a
captação de recursos. Pode-se concluir que os bibliotecários freqüentemente
continuam alheios à participação efetiva no que se refere à composição financeira
da biblioteca, mesmo nesta época de estabilidade financeira propiciada pelo Plano
Real.
Com relação aos recursos informacionais apontam-se problemas de:
- acervos insuficientes e incompletos;
- seleção e aquisição descuidadas de acervos;
- ausência de critérios e de políticas de aquisição, de seleção e de descarte.
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- estabelecimento de política de desenvolvimento de coleções;
- estabelecimento de padrões de formação de acervos de bibliotecas
universitárias, com bibliografias mínimas por área do conhecimento;
- definição da aquisição de material bibliográfico com base nos critérios
estabelecidos pelas políticas de desenvolvimento de coleções;
- consideração das vantagens do trabalho cooperativo, com ênfase ao acesso
ao documento;
- garantia de recursos para manutenção e atualização do acervo;
�4.3
- ênfase ao acesso ao documento e não à posse, garantindo a manutenção
de um acervo mínimo para atender às necessidades imediatas do usuário;
- uso de novos materiais: CD-ROM, bases de dados;
- melhoria da infra-estrutura informacional da biblioteca com base na
tecnologia.
Comentários:
As bibliotecas universitárias possuem, com todas as suas limitações, os
maiores e melhores acervos do País. No entanto, na maioria dos casos, eles estão
alijados das necessidades dos programas e cursos da própria universidade na qual
atuam. Em muitos casos, os acervos não cobrem as bibliografias mínimas
necessárias
da
Graduação, tampouco
dos
cursos
de
Pós-Graduação. A
interdisciplinaridade da pós-graduação não é contemplada, nem mesmo a sua
bibliografia básica. Há cursos nas universidades que funcionam sem nenhuma
bibliografia específica em sua biblioteca. As assinaturas de periódicos diminuíram
significativamente nas bibliotecas, a partir da década de 80. As coleções de
referência encontram-se inteiramente defasadas, e esta é uma área que
absolutamente não pode e não deve ser negligenciada; um dos elementos que mais
caracteristicamente sublinham a profissão do bibliotecário é o seu conhecimento de
fontes. O usuário, com raras exceções, as desconhece completamente, cabendo ao
bibliotecário orientá-lo.
Na questão dos acervos nenhuma biblioteca poderá por si só obter toda a
bibliografia necessária para os seus usuários, portanto, não há como não cooperar.
Aqui cabe lembrar que a cooperação significa não apenas o compartilhamento dos
(escassos) recursos, mas a não-duplicação de meios para fins idênticos ou similares
�4.3
e a racionalidade administrativa. Cooperação e compartilhamento nunca foram
plenamente implantados nas bibliotecas universitárias, mesmo constando das
diretrizes básicas da Reforma Universitária de 1968/1969. Um lapso de tempo que
cobre quase 30 anos.
Com relação a recursos físicos discutem-se problemas relativos a:
- prédios e
- equipamentos.
Quanto aos prédios fala-se em:
- prédios não planejados para a finalidade da biblioteca;
- inexistência de padrões para o planejamento, a construção e a instalação de
bibliotecas universitárias;
- não-participação do bibliotecário no planejamento do prédio da biblioteca
universitária;
- prédios com segurança deficiente (especialmente com relação a furtos e
incêndio);
- prédios com problemas no meio ambiente interno (climatização, iluminação).
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- formação de equipe de arquitetos e bibliotecários para elaboração de
projetos relacionados com instalações de bibliotecas universitárias;
- definição de padrões para construção de prédios e instalações de
bibliotecas universitárias.
Quanto aos equipamentos apontam-se problemas relativos a:
- falta de equipamentos de reprodução, de áudio e de vídeo;
- falta de recursos computacionais exclusivos;
�4.3
- falta de manutenção dos equipamentos.
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- dotação das bibliotecas com equipamentos necessários à prestação de
serviços;
- dotação das bibliotecas de infra-estrutura computacional.
Comentários:
O PNBU não esteve desatento ao planejamento de prédios de bibliotecas
universitárias, tendo apresentado diretrizes para todos os aspectos levantados pelos
bibliotecários durante os SNBUs (GALBINSKI e MIRANDA, 1993). Há soluções
apontadas também para a questão de climatização e iluminação (AUGUSTINHO,
1987).
Quanto à questão de equipamentos, essencial para a cooperação, deve
haver investimentos nos mesmos, em especial voltados para a possibilidade de a
biblioteca
participar
de
redes
e
em
programas
cooperativos,
adquirindo
equipamentos e software compatíveis.
No entanto, conhece-se a precariedade da infra-estrutura computacional das
pequenas bibliotecas universitárias. Ilustrando o caso, citamos um item do
levantamento de 1995, realizado pelo COMUT, junto às bibliotecas componentes do
seu sistema, em número de 924, a maioria das quais bibliotecas universitárias. De
acordo com este levantamento, que incluiu ítens como disponibilidade de micros,
memória RAM, disco rígido, sistema operacional, programas, impressora, módem,
telefone, rede lógica, as bibliotecas-base possuem um bom número de
equipamentos, no entanto, a maioria das bibliotecas solicitantes têm apenas um
�4.3
único micro 386, e, nem sempre um módem e uma linha telefônica, necessários
para se conectar à rede e realizar os pedidos (COMUT, 1996).
4.3 USUÁRIOS E SERVIÇOS
Os problemas relativos à área de usuários e serviços, apontados tanto pelos
SNBUs quanto pelos profissionais entrevistados referem-se a:
- atendimento ao usuário;
- deficiências nos serviços.
Quanto aos usuários aponta-se:
- desconhecimento dos usuários da biblioteca universitária;
- atendimento inadequado aos usuários;
- ausência de estudos e treinamentos de usuários;
- falhas nos estudos de usuários realizados;
- não-antecipação à demanda, isto é, a biblioteca não age pró-ativamente.
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- realização de cursos que capacitem os próprios bibliotecários a realizar
estudos e treinamento de usuários;
- incentivo aos estudos de educação de usuários e da interface
usuário/sistema de informação;
- realização de estudos de usuários, visando a criação de serviços
compatíveis com suas necessidades e melhor utilização dos recursos
informacionais disponíveis;
- consideração da satisfação do usuário como um fim da biblioteca;
�4.3
- conhecimento da clientela potencial da biblioteca universitária;
- realização de pesquisas de mercado para conhecer o que o usuário
realmente quer.
Quanto aos serviços destacam-se problemas referentes a:
- cooperação entre bibliotecas consideradas deficitárias;
- falta de dinamismo ao processamento técnico;
- desatualização dos catálogos;
- falta de controle da produção bibliográfica;
- falta de controle bibliográfico da produção científica;
- falta de padronização na automação;
- sistemas de automação paralelos;
- horários de atendimento insuficientes e inadequados;
- problemas na disseminação da informação.
As recomendações feitas pelos SNBUs e pelos profissionais foram:
- conscientização quanto à importância da cooperação, intensificando o uso
comum dos acervos bibliográficos;
- participação em catálogos coletivos;
- padronização dos projetos de automação de bibliotecas;
- apoio a sistemas locais de automação;
- apoio ao BIBLIODATA como central de catalogação cooperativa;
- apoio à interface do BIBLIODATA com outros sistemas de automação
existentes;
- desenvolvimento de padrões mínimos de software e hardware como forma
de assegurar a compatibilidade entre os diversos sistemas;
�4.3
- criação de bases de dados de teses e dissertações, aprovadas na
instituição;
- estabelecimento de redes de bibliotecas universitárias por área do
conhecimento, com a finalidade de ampliar a disponibilidade de recursos
informacionais e melhoria no atendimento aos usuários;
- intercâmbio de dados bibliográficos entre os diversos sistemas existentes;
- integração em redes de bibliotecas;
- busca de novas áreas para disseminação da informação;
- busca da melhoria dos serviços prestados;
- melhoria da disseminação da informação através de redes de comunicação;
- visão da cooperação como estratégia para ampliar a prestação de serviços;
- postura mais arrojada do bibliotecário para a prestação de serviços.
Comentários:
Para uma organização de prestação de serviços informacionais o usuário é o
ponto focal de toda a sua atividade; é preciso que a qualidade dos seus serviços
satisfaça constantemente as exigências dos segmentos para os quais dirige os seus
esforços: alunos, pesquisadores e professores da universidade. Para tal, ela deve
analisar se estes atingem plenamente sua finalidade e se satisfazem as
necessidades, exigências, desejos e as expectativas do seu recebedor. Deve
realizar constantemente estudos de usuários, pois muito se fala destes estudos,
mas poucos são feitos, não é prática comum das bibliotecas universitárias
brasileiras realizar tais estudos.
�4.3
No entanto, para uma biblioteca é vital manter seus usuários e assegurar que
eles estejam satisfeitos, pois usuários não guardam suas opiniões para si mesmo. O
usuário satisfeito contará para 8 pessoas que está feliz com o serviço, se estiver
descontente, contará isso para 22 pessoas, de acordo com uma pesquisa publicada
no Harper’s Magazine em março de 1986 (apud MÖLLER, 1995, p. 182).
O mesmo autor afirma que para os usuários, a má qualidade do atendimento
é pior do que a má qualidade do serviço. A qualidade pessoal (a qualidade humana)
da prestação do serviço é mais importante que o serviço em si.
Destacamos três aspectos, vitais na relação usuário versus serviço:
• o serviço em si deve ser da melhor qualidade. Para isto não se deve medir esforços
no sentido de torná-lo correto (sem erros), preciso em relação à demanda e rápido,
quando possível antecipar-se à demanda. Para garantir a precisão, rapidez e
antecipação as bibliotecas devem estar automatizadas e conectadas em redes
nacionais e internacionais. Devem ainda cooperar para obter o serviço;
• o mercado e o usuário devem ser conhecidos. A biblioteca universitária deve
conhecer todas as atividades desenvolvidas na universidade que lhe dizem respeito,
inclusive pesquisas em andamento, cursos, conteúdos e bibliografias recomendadas
nestes cursos, programas de extensão, etc. Deve conhecer ainda, através de
estudos e definição de perfis de interesse específicos, as necessidades
informacionais de seus usuários. Os seus serviços devem ser personalizados como
em uma biblioteca especializada;
• os usuários devem ser bem atendidos. Dar ao usuário atenção exclusiva,
demonstrar respeito, conhecer seu trabalho, adaptar seu serviço a cada situação e
cada cliente. O usuário deve, ainda, ser treinado para melhor explicitação de suas
�4.3
necessidades informacionais e fazer uso por si mesmo dos recursos informacionais
disponíveis.
A cooperação, a automação (biblioteca eletrônica) e a oferta de serviços de
acordo com princípios de qualidade, devem ser consideradas estratégias para a
biblioteca universitária.
5 CONCLUSÕES
A sociedade da informação e do conhecimento exige uma nova postura de
seus atores. A biblioteca universitária brasileira está, no momento, muito aquém do
que se espera de uma biblioteca virtual/eletrônica, com um serviço informacional de
grande valor agregrado e de um modelo administrativo e organizacional flexível que
possibilite adaptação quando necessário.
Como pontos fortes destaquemos as suas coleções, diversificação de seus
produtos e serviços e, em muitos casos,
o seu investimento em infra-estrutura
computacional, além da iniciativa de participação em redes. No entanto, mesmo
esses pontos, potencialmente fortes, necessitam de ajustes:
a) os acervos devem ser compartilhados entre todas as bibliotecas e
formados racionalmente para se obter uma cobertura de acesso informacional total,
em apoio aos cursos oferecidos nas universidades. Sugerimos que a sua meta, ou
benchmark, seja a cobertura total da bibliografia básica indicada nos cursos de
Graduação e Pós-Graduação, que deve ser representada em seus acervos;
b) os produtos e serviços devem ser revistos e direcionados para perfis de
interesse específicos, em especial em apoio à pesquisa e Pós-Graduação, pois
�4.3
estes são os níveis e as áreas menos representadas nos acervos. O benchmark, em
nível nacional, deve estabelecer como elemento-alvo a oferta de bibliografias e o
acesso à informações e bases de dados nacionais e internacionais para todas as
atividades de pesquisa e Pós-Graduação, em nível nacional;
c) a infra-estrutura deve ser completada com investimentos em equipamentos
e fibras-óticas. Orgãos de fomento deverão ser ainda ativados, bem como o PADCT
III, e se este já estiver comprometido com outras diretrizes, o PADCT IV e os que se
seguirão;
d) a participação em redes deve ser feita de forma sistemática e com a
adesão
de
todos,
principalmente naquelas
redes
em
que precisam
ser
representadas as coleções do País e a produção científica nacional.
Quanto aos pontos fracos, estes verdadeiramente são muitos, sendo o mais
grave deles o despreparo para planejar e a falta de visão de que a biblioteca
universitária deve fazer parte de um sistema em nível nacional.
Do ponto de vista estratégico falta aos bibliotecários, de um modo geral, a
capacidade de visualização a longo prazo, do papel e das necessidades de
adaptação da biblioteca à sociedade. Pode-se acrescentar a isto a escassez de
recursos, mas este também é um vício administrativo. Talvez, como resultado do
modelo econômico do Estado provedor de recursos
para suas instituições, as
bibliotecas universitárias tenham se acostumado a receber os mesmos sempre e
apenas através da Universidade e, com raras exceções, tomaram a iniciativa de
montar projetos e buscar parcerias com outras entidades para melhorar e investir
em infra-estrutura, recursos e serviços.
�4.3
Há mais de 20 anos, os bibliotecários brasileiros se reúnem, discutem
problemas, propõem recomendações para solucionar os problemas identificados;
entretanto, na maioria das vezes, tais recomendações não têm sido implementadas
e problemas se repetem cumulativamente.
Embora ainda persistam em muitas bibliotecas do País, parte dos problemas
apontados pelos bibliotecários nos SNBUs e pelos profissionais entrevistados foi
atenuada e alguns resolvidos desde a implementação do I Plano Nacional de
Bibliotecas Universitárias, em 1986. Este plano representou a concretização de um
órgão que estabeleceu políticas e diretrizes para o funcionamento das bibliotecas
universitárias brasileiras.
Seu papel foi fundamental ao fornecer diretrizes e indicadores para o
funcionamento das bibliotecas universitárias, promover pesquisas e estudos
técnicos encomendados a profissionais de alto nível e oferecer cursos de
especialização direcionados para bibliotecários atuantes em instituições de ensino
superior.
O II PNBU (1990), composto por 16 diretrizes e 82 ações, com alterações
substanciais nas áreas de recursos humanos, recursos físicos, automação de
bibliotecas, usuários e serviços, infelizmente, não teve continuidade, em função da
política vigente no País.
Existe uma relação entre os problemas apontados referentes às áreas de
planejamento e administração,
recursos humanos, infra-estrutura e serviços: é
fundamental que os bibliotecários venham a ter uma visão sistêmica da biblioteca
universitária, considerando sua interação com o meio ambiente organizacional (a
universidade e seus usuários), o meio ambiente específico (o subsistema
�4.3
educacional e de Ciência & Tecnologia) e o meio ambiente geral (a sociedade e a
conjuntura sócio-político-econômico-cultural), bem como as influências que ela
sofre. Agregue-se ainda o fator Tecnologia, decisivo para a evolução e o
desenvolvimento de serviços.
Assim, quando os bibliotecários estiverem conscientes das relações entre a
biblioteca universitária e sua ambiência, aprenderem a reconhecer e a enfrentar
ameaças, mas principalmente reconhecer e tirar proveito das oportunidades, a
solução dos problemas estará mais próxima, porquanto o bibliotecário terá
conhecimento suficiente e condições de interagir e modificar sua atuação para
atingir os verdadeiros objetivos e sua função social.
Os bibliotecários deverão, também, ouvir os seus pares e compartilhar suas
experiências. Neste sentido, cabe a maior importância ao SNBU, pois este é o foro
de discussão para solução de problemas e a disseminação de processos. Para dar
continuidade às propostas do SNBU falta ainda um Conselho que as formalize,
auxiliando as bibliotecas com diretrizes de melhoria e desenvolvimento. Não
havendo atualmente um órgão que preste apoio financeiro em bases permanentes
às bibliotecas universitárias, nos moldes em que funcionava o antigo SESU/MEC, o
bibliotecário deverá aprender a planejar, montar projetos, buscar parcerias,
contactar, por iniciativa própria, agências de fomento e diversificar as suas fontes de
recursos.
Sugerimos aqui a criação de um Conselho de Bibliotecas Universitárias
(CBU), independente, não vinculado a nenhum órgão, e que participe das decisões
relacionadas à informação no MEC, MCT e em outros foros, representando o
�4.3
consenso da classe e suas reivindicações.
Poderia
ser
formado
por
representantes eleitos pela comunidade, no foro do SNBU, para auxiliar:
a) na definição clara da missão da biblioteca universitária e de suas
prioridades;
b) no estabelecimento de diretrizes que propiciem a formação de um sistema
de bibliotecas universitárias, visando o compartilhamento de recursos e
disponibilização da produção científica nacional;
c) na relação ou promoção de estudos, prospecção e avaliação, objetivando o
desenvolvimento do setor (análise de tendências sócio-econômicas,
culturais e tecnológicas, censos, cadastros, etc) (GARCIA, 1991, p.34);
d) na intermediação de propostas de oferta de cursos, visando o aprendizado
continuado;
e) no estímulo à participação em redes científicas nacionais;
f) outros ítens apontados pela classe através do SNBU.
O Conselho deverá ter ramificações regionais e a implantação de suas
diretrizes deverá processar-se através de Conselhos Estaduais e locais (CBUE,
CBUL). Esta descentralização poderá contemplar as dificuldades locais e buscar
soluções adequadas. Os Conselhos Estaduais e locais deverão:
a)
avaliar
e
acompanhar
diretamente
as
pré-condições
técnicas,
sócioculturais e econômicas relacionadas à viabilização de programas e projetos,
oferecendo assessoria especializada, quando necessário;
b) estimular, articular e compatibilizar programas e projetos de informação e
documentação nas bibliotecas universitárias em nível local e estadual (GARCIA,
1991, p.34).
�4.3
Através do esforço sistêmico, compartilhando recursos e experiências,
fazendo amplo uso das novas tecnologias, poderá a biblioteca universitária brasileira
ter impacto e representatividade como rede e sistema informacional, juntando a sua
contribuição ao esforço de desenvolvimento do País.
ABSTRACT
The subject is treated under the systemic and strategic planning approach. An acting
scenario was projected, based on the new technological paradigm. A situation audit
was conducted to identify its internal situation, based on the recommendations of the
nine National University Libraries Seminars (SNBU), and completed with nine
interviews, with Brazilian experts on the subject. Among the conclusions the need is
stressed to rescue the concept of the university library system as the best form to
optimize resources, and envolve the university libraries as a systemic whole with the
control, retrieval and dissemination of scientific information produced in Brazil.
Finally, the adoption of a new national planning model for the (new) system, which
would represent the consensus of the professionals, is suggested.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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centrais universitárias. Brasília : UNB/Depto. Biblioteconomia e Documentação, 1987. (Dissertação de Mestrado).
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�
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The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Biblioteca universitária e o contexto acadêmico.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Tarapanoff, Kira; Klaes, Rejane Raffo; Cormier, Patrícia Marie Jeanne
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O tratamento do tema se dá sob a perspectiva sistêmica e de planejamento estratégico. É projetado um cenário de atuação para a biblioteca universitária em relação ao novo paradigma tecnológico, e avaliada a sua situação interna, através do diagnóstico situacional. Os elementos do diagnóstico foram levantados junto a specialistas entrevistados, bem como através dos nove Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias (SNBU). Dentre as conclusões, destaca-se a necessidade do resgate do conceito de sistema de bibliotecas universitárias, como a melhor forma de otimizar recursos, e envolver a biblioteca universitária com um todo sistêmico no controle, recuperação e disseminação da informação científica gerada no País. Sugere-se ainda, a busca de um novo modelo de planejamento nacional para o (novo) sistema que represente o consenso da classe.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4728/SNBU1996_044.pdf
851b53a613a5b0f2139476bfb2749230
PDF Text
Text
6.7
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: E AGORA?
*
Rejane Raffo Klaes
Eloisa Futuro Pfitscher*
RESUMO
O trabalho propõe a retomada de ações que viabilizem a integração das bibliotecas
universitárias, através de esforços coletivos, como forma de consolidar o Sistema
Nacional de Bibliotecas Universitárias, a partir das diretrizes definidas no 1º e 2º
PNBUs.
1 INTRODUÇÃO
Desde 1991, por ocasião do 7º Seminário Nacional de Bibliotecas
Universitárias, há o consenso da necessidade de prosseguimento do Programa
Nacional de Bibliotecas Universitárias - PNBU, visto que o Programa teria
encaminhado importantes questões para as bibliotecas, funcionando como uma
espécie de ligação direta através da qual suas demandas encontravam algum tipo
de resposta, e fortalecendo as bibliotecas junto às administrações das Instituições
de Ensino Superior - IES (GARCIA, 1991).
Não estamos propondo um novo PNBU. Mas, a partir do momento em que a
comunidade, reconhecendo a importância do Programa, sugeriu sua continuidade,
pensamos que, se a situação sócio-político-econômica não dá espaço à
institucionalização de um programa desta natureza, neste momento, devemos nos
articular institucionalmente, em nível local, e empreender ações de interesse
�6.7
comum. Assim, estaremos preparados
para a implementação de um programa
institucional, quando oportuno, baseados na experiência consolidada, que
funcionará como garantia da execução e excelência em caso de retomada de um
novo plano em nível nacional.
A idéia básica é a de que não devemos esperar pela institucionalização de
um programa para agir, mas sim agir para que as coisas aconteçam. Somos
responsáveis pelo nosso amanhã.
Segundo CHASTINET (1992) devemos concentrar nossa competência,
vontade e determinação para criar novas linhas de ação para o desenvolvimento
das bibliotecas universitárias, e para linhas de ação que assegurem também o
comprometimento das pessoas, pois são elas que conduzem os processo que
podem levar às mudanças.
Ainda parafraseando CHASTINET (1992), não devemos correr o risco de
repetir velhas fórmulas superadas, ineficazes e ineficientes. Não podemos nos
preocupar apenas com resultados. Temos que ser inteligentes o bastante para nos
lembrarmos das pessoas, pois embora o tempo seja outro e o discurso diferente, a
mensagem precisa ser renovada.
Os princípios básicos da reengenharia afirmam que é preciso reexaminar o
trabalho necessário para criar produtos e serviços que satisfaçam plenamente os
usuários, agregando valor aos serviços prestados (HAMMER; CHAMPY, 1994).
Assim, partimos de algumas propostas do 1º e do 2º PNBU para sugerir
ações que possibilitem a retomada de um desenvolvimento de interesse comum às
bibliotecas universitárias. Deste modo, propomos que as bibliotecas se engajem
num esforço único, verdadeiramente cooperativo, para alcançar seus objetivos.
*
Bibliotecárias da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
�6.7
O quadro abaixo mostra as áreas e os aspectos que foram considerados
nesta proposta de ação coletiva.
QUADRO 1 - DESENVOLVIMENTO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
ÁREA
1 Administração
ASPECTOS
Informação gerencial
2 Recursos Humanos
Capacitação de pessoal técnico
Educação continuada
3 Recursos Financeiros
Captação de recursos
4 Recursos Físicos
Estrutura física das bibliotecas
5 Gerenciamento de acervos
Formação e política de desenvolvimento de coleções
Aquisição cooperativa e planificada
Controle da produção científica
Preservação do acervo
6 Tecnologia da Informação
Uso de recursos tecnológicos
Fortalecimento da automação
7 Usuários e Serviços
Estudo de usuários
Educação do usuário
Acesso à informação e ao documento
Promoção da biblioteca como recurso didático
A seguir, são comentadas as ações mínimas que devem ser empreendidas,
indicando alternativas de como elas podem ser executadas.
�6.7
2 ADMINISTRAÇÃO
2.1 INFORMAÇÃO GERENCIAL
As bibliotecas universitárias precisam uniformizar os tipos de dados que
possam ser úteis para o planejamento, a administração e a elaboração de
diagnósticos e projetos.
Este conjunto de dados deve incluir informações institucionais estatísticas,
sobre acervo, usuários, serviços, avaliações, dados sobre recursos financeiros e
humanos, e deve estar organizado de forma sistemática para que possam ser
utilizados no momento preciso.
3 RECURSOS HUMANOS
3.1 CAPACITAÇÃO DE PESSOAL TÉCNICO
Considerando que a qualidade da prestação de serviços depende da
excelência da equipe da biblioteca, deve-se promover a capacitação dos recursos
humanos, de acordo com suas atividades específicas, dentro de cada categoria
funcional,
oportunizando
sua
participação
em
cursos/atividades
dirigidas,
objetivando que cada um seja “o melhor” na tarefa que desempenha.
Estes cursos podem incluir as áreas de desenvolvimento pessoal, relações
humanas,
desenvolvimento
técnico-gerencial,
informática,
idiomas
e,
mais
especificamente, técnicas de arquivo, gerenciamento de convênios e conservação e
�6.7
restauração de documentos. Sempre que possível, deve ser incentivada a
participação em congressos e seminários e
em programas oferecidos pelas
próprias universidades, através de seus departamentos de Recursos Humanos.
Esta capacitação deverá abranger também os bibliotecários com relação ao
uso das fontes de informação, através de treinamento em serviço e atualização
contínua acerca dos recursos informacionais que estão surgindo.
3.2 EDUCAÇÃO CONTINUADA
A educação continuada é requisito fundamental para a evolução profissional
em qualquer atividade. Portanto, também é imprescindível para a área da
informação.
A participação dos bibliotecários em cursos de Pós-graduação deve ser vista
como fundamental para acompanhar os avanços e dominar as novas técnicas que
vão surgindo, afastando o fantasma de se perder espaço para profissionais de
outras áreas.
Assim, os bibliotecários devem freqüentar cursos de extensão e atualização,
especialização, mestrado e doutorado, não apenas dentro da área da ciência da
informação mas também no âmbito da cultura geral, tendo em vista sua atualização
contínua para acompanhar as mudanças que ocorrem em grande velocidade.
Cursos como o de Especialização para Bibliotecários de Instituições de
Ensino
Superior
(CEBIES)
e
outros,
cujos
conteúdos
são
direcionados
especificamente para a atuação dos bibliotecários nas IES, como os oferecidos pela
PUCCAMP, UFSC, UFRJ, UFRGS, devem continuar sendo promovidos.
�6.7
4 RECURSOS FINANCEIROS
4.1 CAPTAÇÃO DE RECURSOS
A captação de recursos não deve ficar restrita apenas aos órgãos
financiadores governamentais, mas ser ampliada a partir da consciência de que a
biblioteca pode e deve prestar serviços para a comunidade externa e cobrar
adequadamente por eles.
Serviços como levantamentos em bases de dados especializadas e
fornecimento de cópias de documentos
podem ser ofertados a empresas e
profissionais liberais, a receita advinda pode ser revertida
em benefício da
biblioteca.
Em bibliotecas especializadas, empresas poderiam utilizar-se de espaços
para propaganda de seus produtos/serviços, mediante pagamento que poderia ser
em material bibliográfico, equipamentos etc, estabelecendo, deste modo, parcerias
com o setor privado.
Cada biblioteca deve refletir a respeito e descobrir formas para captar
recursos e implementar parcerias de acordo com sua área de atuação.
Evidentemente, as bibliotecas devem e precisam continuar a apresentar
projetos às agências financiadoras oficiais e procurar recursos junto aos projetos
dos cursos de Pós-graduação.
5 RECURSOS FÍSICOS
�6.7
5.1 ESTRUTURA FÍSICA DAS BIBLIOTECAS
A estrutura física nem sempre reflete as instalações ideais para uma
biblioteca universitária. Não se pode esperar pelas condições ideais. Se não é viável
construir um prédio novo, totalmente de acordo com as necessidades, é preciso
adequar o espaço disponível.
Assim, sendo possível decidir antecipadamente o projeto arquitetônico da
biblioteca, trabalhando em equipe, o resultado será o melhor aproveitamento do
espaço disponível para atender as necessidades de conforto e bem-estar
da
comunidade usuária da biblioteca e do pessoal técnico-administrativo.
Outro item que não deve ser esquecido é a segurança do acervo e as
facilidades de circulação, decorrentes de um layout adequado.
Enquanto não houver condições ideais deve-se adequar o espaço disponível
através de medidas eficazes, como uma melhor distribuição de mesas,
equipamentos, climatização, adaptação de áreas de circulação e serviços.
�6.7
6 GERENCIAMENTO DE ACERVOS
6.1 FORMAÇÃO E POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
A biblioteca universitária deve ter uma política de desenvolvimento de
coleções consoante com os princípios de ensino, pesquisa e extensão da
universidade. Esta deve ser flexível, com critérios elaborados conjuntamente por
bibliotecários e docentes, de modo a fornecer indicadores que facilitem o processo
de seleção e aquisição de material bibliográfico, incluindo o descarte.
Devem ser incluídos critérios simples de avaliação de coleções como forma
de respaldar e subsidiar a atividade de desenvolvimento de coleções. As avaliações
devem ser realizadas através de estudos de uso, cujos resultados precisam ser
confrontados com os programas acadêmicos e suas bibliografias, servindo como
fontes indicadoras da adequação do acervo, para embasar projetos e programas de
aquisição de material bibliográfico. Uma análise conjunta com o corpo docente,
além de subsidiar decisões a serem tomadas, servirá também como meio de
integração entre a biblioteca e a universidade.
6.2 AQUISIÇÃO COOPERATIVA E PLANIFICADA
A cooperação, em termos de aquisição, não é fácil de ser implantada, devido
às características peculiares a cada biblioteca universitária e à falta de tradição em
atividades cooperativas.
�6.7
Devido à escassez de recursos financeiros, é quase impossível pensar-se em
aquisição cooperativa e planificada em nível nacional, principalmente em se tratando
de
monografias.
Considerando
também
a
pouca
prática
do
empréstimo
interbibliotecas, deve-se tentar implantá-la pelo menos em nível local, institucional,
maximizando os recursos disponíveis.
Por outro lado, se os recursos tecnológicos hoje disponíveis forem utilizados
adequadamente e as bibliotecas se dispuserem a trabalhar de modo cooperativo,
podemos pensar em uma aquisição cooperativa e planificada mais ampla, em nível
regional e mesmo nacional.
6.3 CONTROLE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Muito se tem falado acerca da responsabilidade do controle da produção
científica da universidade. Indubitavelmente cabe à biblioteca universitária este
controle.
As facilidades tecnológicas da automação tornaram simples e eficaz o
controle da produção bibliográfica institucional. Deve-se, portanto, constituir bases
de dados sobre a informação científica e tecnológica gerada pela universidade, não
só para controle bibliográfico local mas fazendo disso também um elemento de
integração entre os pesquisadores e a biblioteca.
Cabe à biblioteca apontar as vantagens para o pesquisador em fazer o
depósito sistemático de sua produção científica, bem como assegurar, via acordos
com outras instâncias da universidade, mecanismos que obriguem o pesquisador a
entregar um exemplar de cada trabalho produzido para registro na biblioteca.
�6.7
Na medida em que cada biblioteca conseguir ter a produção bibliográfica de
sua unidade/instituição sistematizada e organizada, será possível compor uma base
de dados da produção científica brasileira. Isto poderá viabilizar a elaboração de
bibliografias brasileiras especializadas, a exemplo do que ocorre nas áreas de
Medicina
e
Odontologia,
tendo
como
pólos
geradores
as
universidades
consideradas centros de excelência em cada especialidade do conhecimento.
6.4 Preservação do acervo
Assim como cabe aos bibliotecários organizar o acervo, de forma a facilitar
sua utilização, cabe a todos, incluindo os usuários, preservá-lo. Esta preservação
comporta o manuseio adequado da coleção e uma ação educativa para
conscientizar da importância da biblioteca, reprimindo atos de vandalismo e roubo.
Como forma de veicular campanhas educativas, pode-se utilizar os diretórios
acadêmicos, palestras para as turmas de calouros, conversa “ao pé do ouvido” junto
aos professores e alunos, para discutir os problemas enfrentados com relação à
mutilação e perda de material bibliográfico.
Isto faz com que, dependendo da
ênfase que seja dada, tenhamos verdadeiros “fiscais do acervo”.
7 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
7.1 USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS
�6.7
É necessário ter uma ampla visão das tecnologias da informação e, ao
mesmo tempo, um conhecimento específico sobre cada uma delas, de modo a
decidir quais os recursos mais adequados para a prestação de serviços, visto que a
oferta e diversidade destes, aplicáveis à área da informação, é muito grande. Por
exemplo:
correio eletrônico, fax, scanners, entre outros, facilitam e agilizam a
transmissão de dados e o fornecimento de cópias de documentos. Da mesma
forma, as redes também devem ser usadas para divulgação de informações e de
acervos, através de serviços adequados, de home pages, e para disponibilizar bases
de dados locais.
7.2 FORTALECIMENTO DA AUTOMAÇÃO
O processo de automação é abrangente, com aplicação em praticamente
todos os setores da biblioteca, não se restringindo apenas ao registro e ao controle
de acervos.
Cabe às bibliotecas identificar rotinas e conjuntos de dados a serem
automatizados, contemplando as áreas de formação e desenvolvimento de
coleções, controle bibliográfico, serviços aos usuários e gerência administrativa,
dentro de um sistema integrado. Deve-se considerar as vantagens advindas da
automação, para implementar atividades de cooperação e intercâmbio, além do
aumento do controle, velocidade e melhoria na qualidade da prestação de serviços.
Especificamente
com
relação
às
IES
que
possuem
seus
acervos
automatizados, estes devem ser disponibilizados através de redes de informação,
�6.7
como
a
Rede
Antares,
como
forma
de
compartilhamento
de
recursos
documentários, fortalecendo os esforços cooperativos.
8 USUÁRIOS E SERVIÇOS
8.1 ESTUDO DE USUÁRIOS
Os estudos de usuários precisam ser realizados de forma simples e objetiva,
de modo a informar quem é o usuário, o que ele busca e o que ele pensa, bem
como seu grau de satisfação com relação aos serviços prestados pela biblioteca.
Estes estudos devem ter objetivos bem definidos e seus resultados devem
ser utilizados para fins de administração e planejamento.
8.2 EDUCAÇÃO DO USUÁRIO
A educação do usuário abrange não só o treinamento de usuários para uso
das fontes de informação disponíveis mas, também, sua conscientização com
relação ao comportamento que deve ter frente aos colegas, com quem compartilha
os recursos bibliográficos.
Um programa de educação de usuários deve incluir, além do treinamento no
uso de fontes especializadas e do acervo geral, hábitos comportamentais dentro do
recinto da biblioteca, com ênfase na conservção e preservação do acervo.
8.3 ACESSO À INFORMAÇÃO E AO DOCUMENTO
�6.7
As novas tecnologias facilitam e ampliam o acesso à informação. O
bibliotecário, através de treinamento e de educação continuada, deve estar a par da
diversidade de tecnologias e de suportes de informação para atender uma demanda
crescente de seviços que exige, cada vez mais, maior qualidade e precisão.
Entretanto, é preciso atentar para a diferença entre acesso à informação e
acesso ao documento. A qualidade da prestação dos serviços de informação só
será plena quando o acesso à informação se fizer acompanhar pelo acesso ao
documento. Isto pode ser atrelado a uma participação efetiva em programas
cooperativos, como catálogos coletivos e comutação bibliográfica, que agilizam a
troca de informações e acesso ao documento.
Falta consolidar uma atividade ainda incipiente, que é o empréstimo
interbibliotecas, hoje realizado informalmente, que precisa ser sistematizado com
urgência.
�6.7
8.4 PROMOÇÃO DA BIBLIOTECA COMO RECURSO DIDÁTICO
Cabe ao bibliotecário mostrar ao professor que a biblioteca, pela
diversificação dos recursos informacionais que possui, constitui um excelente
suporte ao seu trabalho. Agindo em conjunto com o corpo docente, o bibliotecário
não só estará colaborando para o processo de ensino/aprendizagem, como também
estará facilitando a integração biblioteca/universidade, com benefícios mútuos.
Os bibliotecários devem propor aos professores sua colaboração, através de
palestras sobre bibliografias especializadas ou de treinamento no uso de fontes de
informação, incentivando a utilização do acervo.
9 CONCLUSÃO
Não se pode fazer uma leitura fragmentada das ações propostas acima:
deve-se entendê-las como elos integrados de uma grande cadeia, considerando a
inter-relação que existe entre os aspectos mencionados.
As organizações e as pessoas devem trabalhar de forma integrada, num
esforço coletivo, pensando globalmente e agindo localmente.
Com a visão sistêmica da biblioteca universitária, considerando sua interação
com a universidade, seus usuários e a ambiência que a cerca, o bibliotecário, a
partir de ações conseqüentes, estará conquistando autoridade e competência para
desempenhar atividades de coordenação em nível institucional, assumindo seu
papel dentro da universidade.
�6.7
Se as bibliotecas universitárias, individualmente, se empenharem em
executar cada uma das ações propostas, seguramente estarão a caminho da
consolidação de um Sistema Nacional de Bibliotecas Universitárias realmente
articulado.
Para que estas ações sejam realmente coletivas, é necessário que as
bibliotecas disponham de um canal de comunicação entre si. Aproveitando as
facilidades que as tecnologias da informação oferecem, sugerimos uma lista de
discussão, via Internet, através da qual as bibliotecas se comuniqem, trocando
idéias e experiências na busca de soluções para seus problemas.
A proposta, apresentada de forma simples, sem pretender ser exaustiva,
busca motivar a reconquista do espaço da biblioteca universitária no contexto
educacional.
ABSTRACT
This paper proposes the resumption of activities to facilitate the integration of
university libraries through collective efforts, as a way of consolidating the national
system of university libraries, based on guidelines in the first and second National
Plans for University Libraries.
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7 PARANHOS, W. M. M. R.; CARVALHO, C. A. P. de. Política de automação para
bibliotecas universitárias brasileiras. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 6., 1989, Belém. Anais... Belém : UFPa, 1990.
v.1, p.204-222
8 PNBU - Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias: atos de criação. Brasília :
MEC/SESu, [1986?].
9 PNBU - Plano Nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior.
Brasília : PROBIB, 1990. 13 p. (SESu/PNBU/DOC.PLAN.013/90)
10 ROCHA, I. V. Projeto do prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal
de Goiás. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 6., 1989, Belém. Anais... Belém : UFPa, 1990. v.2, p.127-134
11 SCHREINER, H. B. Análise de dados e rotinas em bibliotecas universitárias
visando sua automação. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 6., 1989, Belém. Anais... Belém: UFPa, 1990. v.2, p.13
12 TARAPANOFF, K. O profissional da informação pensando estrategicamente. [s.l.: s.n.], 1996. 21 f. Trabalho apresentado no Simpósio Brasil-Sul
de Informação, Londrina-PR, 1996.
�
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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Bibliotecas universitárias: e agora?
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Klaes, Rejane Raffo; Pfitscher, Eloisa Futuro
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O trabalho propõe a retomada de ações que viabilizem a integração das bibliotecas universitárias, através de esforços coletivos, como forma de consolidar o Sistema Nacional de Bibliotecas Universitárias, a partir das diretrizes definidas no 1º e 2º PNBUs.
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IX SEMINÁRIO
NACIONAL DE
BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS
A Biblioteca Universitária e
a Sociedade da Informação
Curitiba
27 outubro a
01 novembro
1996
ANAIS DO IX SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
TEMA CENTRAL
A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
PROMOÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CURITIBA
1996
�
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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6.11
CAPACITAÇÃO DE EQUIPES BIBLIOTECÁRIAS NO SISTEMA INTEGRADO DE
BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EM FACE ÀS NOVAS
DINÂMICAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Regina Célia Baptista Belluzzo*
**
Telma de Carvalho
***
Adriana Cybele Ferrari
****
Maria de Fátima Alves de Souza
Raimunda Miguelina Alves Flexa*****
RESUMO
Relato de experiência com a capacitação de equipes bibliotecárias em sistema de
informação acadêmico, envolvendo as linhas de ação: cursos de capacitação préserviço, reciclagem e atualização e aperfeiçoamento, sob enfoque dos princípios da
gestão da qualidade. São apresentadas as abordagens educacionais, voltadas à
formação de competências/disposições para qualificar recursos humanos em face
às mudanças, em termos de inovações tecnológicas e gerenciais, voltadas à
melhoria dos serviços e produtos oferecidos aos usuários.
1 INTRODUÇÃO
O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo
(SIBi/USP), por sua complexidade e abrangência, conforme descrito no Anexo I,
necessita de um quadro de pessoal não só adequadamente qualificado, como
também altamente motivado e com características específicas para a garantia da
*
Coordenadora da Meta 9 - Aprimoramento e Desenvolvimento de Recursos Humanos (SIBI-USP).
Diretora Técnica do Serviço de Biblioteca e Documentação da FOB/USP.
Professora Assistente Doutora do Campus de Marília/ UNESP.
**
Diretora Técnica do Serviço de Documentação Odontológica da FO/USP.
***
Diretora Técnica do Serviço de Biblioteca da FFLCH/USP.
****
Chefe Técnica do Serviço de Referência do IF/USP.
�6.11
qualidade dos produtos e serviços e à excelência dos resultados junto `a
comunidade acadêmica.
Para tanto, o SIBi/USP, desde a sua criação, em 1981, tem demonstrado
preocupação com a necessidade de aprimoramento de pessoal, considerando-se
que uma das suas propostas iniciais como responsabilidade institucional é
“promover treinamentos/ reciclagem para recursos humanos das bibliotecas”. Desse
modo, pode-se dizer que tradicionalmente o SIBi/USP tem adotado uma política de
adequação dos recursos humanos às inovações e/ou modernizações de
processos/atividades ocorridas em função da implementação de novas tecnologias e
posturas gerenciais.
Desde então, foram realizados inúmeros cursos, treinamentos e eventos,
organizados “manuais de procedimentos” para as equipes bibliotecárias e instituídos
grupos de trabalho com representantes de várias bibliotecas, dedicados a
desenvolver estudos técnicos de relevância, com a finalidade de definir padrões
e/ou procedimentos em nível sistêmico. A constatação da necessidade de maior
interação entre as bibliotecas e o Departamento Técnico do SIBi-USP (DTSIBi/USP), para a melhoria das condições de prestação de serviços aos usuários, foi
situação
resultante
da
concretização
dessas
ações
de
aprimoramento
e
desenvolvimento dos recursos humanos.
Em decorrência da preocupação com a melhoria contínua dos serviços e
produtos oferecidos à comunidade acadêmica, em 1992 foram realizados
“Workshops” em cada biblioteca, com o propósito de se mapear situações de riscos
e oportunidades que permeavam o Sistema, interferindo na sua qualidade,
*****
Supervisora Técnica do Serviço de Atendimento ao Usuário da FE/USP.
�6.11
produtividade
e
competitividade.
Como
resultado,
foram
estabelecidas
as
prioridades de melhoria e aperfeiçoamento e respectiva consecução de metas para
oportunizar condições de modernidade e qualidade dos recursos informacionais aos
usuários.
Em seqüência, o SIBi-USP, em parceria interinstitucional com a Faculdade de
Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), estabeleceu
consultoria na área de Gestão de Recursos Humanos, para implantação de
Programa de Remodelação, cujo foco de atenção é a valorização dos profissionais
do Sistema e maior compartilhamento de esforços interinstitucionias (DUTRA et al.,
1996). Como resultado, criaram-se as Comissões Assessoras com a finalidade de
ampliar as oportunidades de participação das equipes bibliotecárias nas atividades
prioritárias, denominadas “Metas”. Dentre estas, destaca-se a “Meta 9 Aprimoramento e Desenvolvimento de Recursos Humanos”, cujo objetivo é
assessorar o DT/SIBi-USP no planejamento e implantação de programas de
capacitação das equipes bibliotecárias, em todos os níveis funcionais das
bibliotecas integrantes do Sistema.
Desde a sua criação, a Meta 9 tem procedido ao desenvolvimento contínuo
de um trabalho avaliativo junto às bibliotecas do Sistema, no sentido de levantar as
necessidades de capacitação do quadro de recursos humanos do SIBi-USP (Anexo
2). Como resultado preliminar, em 1994, foi elaborado relatório pormenorizado,
contendo diagnóstico sobre a situação da qualificação dos bibliotecários, como
subsídio à elaboração de programações de módulos com temáticas significativas e
orientador do planejamento de ações de teor educacional.
�6.11
Em continuidade ao trabalho desenvolvido, em 1995, elaborou-se projeto
denominado “Programa de Capacitação de Equipes Bibliotecárias do Sistema
Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (PROCAP-SIBi-USP)”, para
uma definição de pressupostos, oferecimento de diretrizes e estratégias norteadoras
à política de aprimoramento de recursos humanos, fundamentando-se em novas
posturas gerenciais de modo geral e guardando, de igual forma, a diversidade dos
contextos sócioculturais e as peculiaridades das diferentes unidades envolvidas.
A experiência com o PROCAP-SIBi-USP constitui o foco de atenção deste
trabalho, esperando contribuir com informações sobre a questão da capacitação de
equipes como elemento fundamental para a integração das pessoas às
organizações onde atuam, um dos pontos mais críticos tratados pela Administração
de Recursos Humanos, em face às mudanças substanciais na sociedade, em
termos de inovações tecnológicas e gerenciais, destacando-se a ótica da gestão da
qualidade e experiências dela decorrentes nos sistemas de informação na área
acadêmica.
2 ESTRUTURA DO PROCAP-SIBi-USP
Com o objetivo de promover condições de aprimoramento e desenvolvimento
aos recursos humanos do SIBi-USP, mediante a consecução de ações educativas
voltadas à formação de competências e disposições adequadas ao desempenho
desejável e melhoria das relações interpessoais no trabalho, e a fim de se alcançar
a qualidade e o bem-estar social, o PROCAP-SIBi-USP foi estruturado
considerando-se as seguintes linhas de atuação:
�6.11
a) cursos de capacitação pré-serviço, destinados àqueles que tenham sido
admitidos para trabalho nas bibliotecas da USP e/ou indicados para
exercer novos processos/atividades. Pretende-se garantir condições de
realizar um trabalho integrado, atendendo às concepções básicas do SIBiUSP. Portanto, uma modalidade de capacitação que apresenta dois
momentos distintos: um geral, de nivelamento conceitual e outro de
atualização tecnológica específica.
b) reciclagem e atualização, tornando a capacitação-em-serviço uma prática
usual nas bibliotecas da USP. Neste caso, as atividades de supervisão são
muito significativas. Do mesmo modo, a utilização dos recursos do SIBiUSP tem papel de destaque, seja mediante a recepção e implantação de
programas educativos e instrucionais que colocam os profissionais em
contato com o que estiver sendo produzido no Brasil e, quando possível,
no exterior, seja pela troca de informações e de experiências bem
sucedidas, realizadas no contexto do próprio sistema.
c) aperfeiçoamento do pessoal, em articulação com as instituições do
Ensino Superior, por meio de cursos de pós-graduação e da participação
em estudos e pesquisas específicos.
Tais linhas de atuação desenvolvem-se mediante as seguintes ações:
a) Atualização do diagnóstico situacional das necessidades de capacitação
das equipes bibliotecárias que atuam nas bibliotecas do SIBi-USP, a partir
do “Relatório sobre as necessidades de treinamento dos Bibliotecários do
�6.11
Sistema da USP”, elaborado pela Comissão de Estudos da Meta 9, em
1994.
b) Constituição e capacitação de uma Equipe Central Multiplicadora,
composta pelos membros da Comissão de Estudos da Meta 9, que,
baseada em modernos princípios de gestão, desenvolveu diretrizes para a
programação de ações educativas, como apoio às equipes bibliotecárias
responsáveis pelas gerências das bibliotecas, as quais, por seu turno,
promoverão a reciclagem dos Recursos Humanos de suas unidades em
“continuum”.
c) Planejamento
participativo,
apresentação
à
alta
administração
e
implantação do “Programa de Capacitação de Equipes Bibliotecárias do
SIBi-USP”- PROCAP-SIBi-USP - para o triênio 1996/1998, a partir das
diretrizes delineadas, definindo-se as estratégias de aporte de recursos,
estruturais e metodológicas, a serem utilizadas.
3 AÇÕES CONCRETIZADAS: 1995/1996
No
biênio
fundamentadas
em
1995/1996
modelo
foram
concretizadas
teórico-prático
para
as
seguintes
qualificação
de
ações,
equipes
bibliotecárias desenvolvido por BELLUZZO (1995), a saber:
1a.)
Reformulação/Atualização
de
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Capacitação, por meio de análise da ambiência institucional do SIBi-USP e apoio de
questionários, para identificar as demandas atuais nos diferentes níveis funcionais.
�6.11
Como resultado, obteve-se áreas de atenção primária, envolvendo os bibliotecários
e pessoal de apoio técnico:
a) memória organizacional (o Sistema deve preservar sua história e essas
informações devem estar disponíveis e divulgadas
como meio de
integração das pessoas ao seu contexto);
b) aspectos contingenciais (compreendendo o aprendizado e experiências
com parceiros e concorrentes, visando maior compartilhamento entre
produtos,
procedimentos,
formas
de
gestão,
tecnologia
e
ações
estratégicas);
c) experimentação (o Sistema deve buscar novas oportunidades, novos
conceitos e idéias precisam ser testados científicamente e as condições de
melhoria identificadas continuamente);
d) resolução sistemática de problemas (é necessário dotar os recursos
humanos do Sistema de ferramentas de diagnóstico com base científica,
calcada em modernos princípios de gestão);
e) disseminação
do
conhecimento
(o
conhecimento
deve
circular
livremente em todo o Sistema e os conceitos e idéias inovadoras devem
ser compartilhados entre as equipes bibliotecárias.
A partir dessas áreas e das demandas detectadas para a capacitação, foram
estabelecidas as diretrizes norteadoras do programa a ser desenvolvido, cuja
dinâmica tem enfoque nos princípios de Gestão da Qualidade e, agora, fundamentase nos “Balizadores do Programa da Qualidade”, em consonância com o Decreto
Governamental no. 40.536, de 12.12.95, que criou o Programa Permanente de
Qualidade e Produtividade no Serviço Público Paulista.
�6.11
2a.)
Constituição
e
Capacitação/Aprimoramento
de
Equipe
Central
Multiplicadora, com base nas seguintes fases das ações educativas, concebidas em
modelo de LONEY e BELLE FONTAINE (1993): exploração e compromisso
(conscientização/visão geral sobre a Gestão da Qualidade e Serviços aos Usuários);
organização para a qualidade (planejamento estratégico e formação de equipes da
qualidade como suporte de ações educativas); implantação do programa de
qualidade e produtividade (avaliação dos processos/atividades mediante o uso
das ferramentas da qualidade) e expansão e integração (desenvolvimento de
programas de formação-em-serviço com todo o staff). O objetivo é possibilitar o
desenvolvimento de competências/disposições da equipe multiplicadora para
elaborar diretrizes e apoiar a implementação e acompanhamento das ações
educativas junto às equipes bibliotecárias do SIBi-USP.
A Equipe Central Multiplicadora foi constituída com cinco membros
componentes da Meta 9, procedendo-se às seguintes estratégicas de ação:
I - DESENVOLVIMENTO DE REUNIÕES, ENCONTROS SEMANAIS E/OU
QUINZENAIS, A PARTIR DO 2o. SEMESTRE DE 1995 PARA APRESENTAÇÃO E
DISCUSSÃO DO PRÉ-PROJETO DO PROCAP-SIBi-USP, onde basicamente foram
utilizadas Técnicas de brainstorm, além da análise dos resultados obtidos na
reavaliação da ambiência institucional e suas demandas. Na oportunidade,
detectou-se a necessidade do oferecimento de visão geral aos participantes da Meta
9 sobre os conceitos de Gestão da Qualidade e Administração de Recursos
Humanos em sistemas de informação acadêmicos, o que foi propiciado mediante a
estratégia seguinte:
�6.11
II - PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Em articulação do DT/SIBi-USP com o Departamento de Biblioteconomia e
Documentação da Escola de Comunicações e Artes da USP, obteve-se a
possibilidade da participação dos membros da Equipe Central Multiplicadora (Meta
9) na condição de convidados junto à Disciplina de “Recursos Humanos em
Serviços de Informação - Gestão da Qualidade”, em nível de pós-graduação,
oferecida no 2o. semestre de 1995 sob a responsabilidade da Profa. Dra. Neusa Dias
de Macedo. O conteúdo programático e os seminários desenvolvidos na disciplina
propiciaram conhecimento e reciclagem em torno das seguintes matérias de
interesse:
a) Caracterização da Biblioteca Universitária e Revisão Crítica dos Conceitos
de Serviço de Referência e Informação em Face às Inovações
Tecnológicas e Compartilhamento em Redes Eletrônicas;
b) Evolução e Conceitos de Gestão da Qualidade e Programas desse teor em
Bibliotecas Universitárias;
c) Recursos Humanos em Bibliotecas Universitárias;
d) Garantia da Qualidade no Serviço de Referência e Informação em
Bibliotecas Universitárias.
Além da ampliação de conhecimentos, ressalte-se que esse convívio mais
próximo com a realidade acadêmica fez com que duas das bibliotecárias integrantes
da Equipe Central Multiplicadora fossem motivadas a ingressar em curso de pósgraduação ao nível de Mestrado junto à Pontifícia Universidade Católica de
Campinas
(PUCCAMP-SP).
Outra
componente
do
grupo
dedica-se
ao
desenvolvimento de metodologia de trabalho com redes eletrônicas, tendo
�6.11
implementado em sua unidade serviços e produtos envolvendo o uso da Internet
que, em breve, servirão como norteadores para o Sistema.
Um quarto elemento da equipe passou à coordenação de projeto considerado
essencial pelo SIBi-USP e comunidade em geral, voltado à clientela especial e ao
uso do Sistema Braile. Ainda à coordenadora da equipe foi oportunizado participar
do XXII Ciclo do Programa Modular de Treinamento em Administração de Ciência e
Tecnologia, de responsabilidade da Fundação Instituto de Administração da
Faculdade de Economia e Administração da USP, mediante parceria entre a Direção
de Unidade da USP onde atua e o DT/SIBi-USP.
Certamente o aprendizado em grupo e um diálogo com base em raciocínio
sistêmico foram a tônica deste primeiro momento de capacitação da Equipe Central,
procurando transcender limitações posicionais e identificar e compreender as
ligações e as inter-relações que caracterizam o contexto organizacional do SIBiUSP, gerando uma visão compartilhada de imagem futura, onde a convergência de
esforços será fundamental para atingir as metas estabelecidas.
III - DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE APOIO AO PROCAP-SIBiUSP
Paralelamente às ações de capacitação para a Gestão da Qualidade,
procurou-se oferecer assessoria ao DT/SIBi-USP na elaboração de projetos visando
o aporte de recursos externos para o triênio 96/98, enviados às agências
financiadoras e fomentadoras no país, estando no aguardo de aprovação.
Por outro lado, procedeu-se também à elaboração de programa de
eventos/atividades, contemplando a utilização de recursos do DT/SIBi e das
�6.11
bibliotecas do Sistema. Neste particular, a Equipe Central, em parceria com a “Meta
10 - Programa de Melhoria de Interação do SIBI-USP” passou a utilizar o Boletim
Informativo das Bibliotecas da USP, denominado “Interação “, como veículo de
divulgação de conceitos e resumos de textos contendo temas atuais e de interesse
para os profissionais da informação, a fim de motivar as equipes bibliotecárias à
leitura, atualização contínua e geração de conhecimento. Como resultado, o
primeiro tema pesquisado e estudado pela Equipe Central foi “Planejamento
Estratégico em Sistemas de Informação”, por se entender ser esse assunto de
extrema importância para todo o Sistema. Desse modo, inaugurou-se o novo perfil
do boletim “Interação” com essa matéria, colocando-se a bibliografia básica
consultada à disposição dos interessados no DT/SIBi e demais unidades da USP.
Aguardam-se novas contribuições por parte das equipes bibliotecárias do Sistema,
sendo que as temáticas sugeridas enfatizam, principalmente, as necessidades de
aprimoramento dos recursos humanos, detectadas por meio de diagnóstico levado a
efeito inicialmente, destacando-se: Qualidade de Vida no Trabalho, Uso de Redes
Eletrônicas, Gerência Avançada de Recursos Humanos, Marketing em Bibliotecas
Universitárias, Gerência da Informação no Século XXI, entre outros.
4
AÇÕES A CONCRETIZAR
Dando continuidade à fase de exploração e compromisso do PROCAP-SIBiUSP, pretende-se oferecer às equipes bibliotecárias, no 2o. semestre de 1996, uma
visão geral sobre o “Programa Permanente de Qualidade e Produtividade”, do
Serviço Público em implantação na Universidade de São Paulo e sua integração
�6.11
com os programas e projetos de remodelação institucional em desenvolvimento no
SIBI-USP, com o objetivo de mobilizar o quadro de pessoal do Sistema para a
necessidade das bibliotecas assumirem suas funções estratégicas nesse novo
cenário organizacional, propiciando condições de melhoria contínua na prestação de
serviços informacionais aos usuários.
Conta-se, para tanto, com o apoio inconteste da alta administração do SIBiUSP, que, como órgão coordenador do programa de capacitação de recursos
humanos das bibliotecas da USP, está atento ao seu papel de promotor da
Pedagogia da Atenção Integral junto às unidades que compõem o Sistema e
também para o atendimento das demandas, envolvendo o desenvolvimento de
mudanças comportamentais em relação à atuação e desempenho com a qualidade
desejada.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A garantia da continuidade da implantação do PROCAP-SIBi-USP reside
fundamentalmente em ações de gestão e níveis de motivação que estimulem a
internalização de conceitos e a existência de um “core” de competências das
equipes bibliotecárias, o que se constitui em uma prática da Pedagogia de Ação
Integral, onde o SIBi-USP e suas gerências têm papel primordial.
A motivação (entendida como necessidade, tendência ou aspiração) leva as
pessoas a observar certos comportamentos ou a tomar decisões, estando ligada ao
gerenciamento da energia humana. Assim, cada indivíduo é capaz de regular a sua
�6.11
energia, em situações de trabalho e de forma mais ou menos consciente. Portanto,
nesse processo influem alguns mecanismos que funcionam como fatores de
valorização e motivação dos recursos humanos das bibliotecas do SIBi-USP, a
saber:
a) a consideração do próprio trabalho como fonte motivadora; todo trabalho
precisa ter um significado e depende de como é organizado para gerar
motivação. Em decorrência, é indispensável que cada pessoa perceba o
significado do que faz e a sua responsabilidade nos resultados,
acreditando no trabalho em equipe e participativo;
b) a compreensão dos objetivos do Programa, assim como o entendimento
das ações, o que facilita a formulação de políticas e estratégias,
certamente contribui para o fortalecimento da imagem institucional e
garantia da adesão consciente do pessoal envolvido em todos os níveis;
c) as qualidades intrínsecas da alta administração e das gerências, como
dinamizadores da prática da gestão da qualidade. Nesse sentido, propiciase revisão sistêmica e estratégica do SIBi-USP às equipes bibliotecárias
para que haja uma comunicação produtiva e melhor capacidade de
desenvolvimento dos processos/atividades e produtos/serviços oferecidos
à clientela;
d) a comunicação, entendida como compartilhamento de informações por
todos que delas necessitam, é outro fator motivacional. Desse modo, é de
grande importância a existência de instrumentos que viabilizem um fluxo
constante de informação entre as gerências e suas equipes e entre os
vários sub-programas e grupos de estudo do SIBi-USP, em especial, o
�6.11
boletim Interação, Correio Eletrônico e também implementação de
facilidades de acesso às redes eletrônicas.
O PROCAP-SIBi-USP é, em síntese, um programa que apresenta uma ótica
nova em torno da questão do aprimoramento e desenvolvimento de recursos
humanos em Sistemas de Informação, considerando sua visão integradora e
multiplicadora de resultados, sob enfoque de modernos princípios de gestão.
A médio e longo prazos, espera-se criar uma ambiência apropriada à
formação de cultura de conhecimento e aprendizagem junto às Bibliotecas da USP,
implantando-se a capacitação permanente e a atualização contínua de equipes
bibliotecárias, como uma preocupação constante do SIBi-USP, a fim de promover
mudanças comportamentais, principalmente no que diz respeito ao trabalho
integrado
e
à
qualidade
dos
serviços
bibliotecários,
insumo
básico
ao
desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. O objetivo é preparar o Sistema
para um mercado globalizado, complexo e hipercompetitivo, onde não há lugar para
o pensar de forma fragmentada e linear e sim, para a imensa conectividade em
tempo real, sendo esta uma questão de sobrevivência.
ABSTRACT
This paper describes the training of library staff in academic information systems by
means of pre- and in-service courses aimed at improving quality. It presents the
educational approaches, directed towards developing competence and attitudes,
used to prepare staff for the changes resulting from technical and management
innovations introduced to improve the services and products offered to clients.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
�6.11
1 BELLUZZO, R.C.B. Da capacitação de recursos humanos à gestão da
qualidade em bibliotecas universitárias: paradigma teórico-prático para
ambiente de Serviço de Referência e Informação. São Paulo, 1995. 259 p.
Tese (Doutorado) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São
Paulo, 1995.
2 DUTRA, J.S., IMPERATRIZ, I.M.M., KRZYZANOWSKI, R.F. Implementação da
gestão de recursos humanos no Sistema Integrado de Bibliotecas da
Universidade de São Paulo (SIBI-USP): programa de remodelação em
desenvolvimento. /Trabalho apresentado no IX SNBU, Curitiba, novembro,
1996/
3 LONEY, T., BELLEFONTAINE, A. TQM: training: the library service challenge.
Journal Library Administration, v.18, n.1/2, p.85-96, 1993.
�6.11
ANEXO 1
MAPA GEO-DESCRITIVO DO SIBI-USP
�6.11
ANEXO 2
QUADRO DE RECURSOS HUMANOS DO SIBI-USP*
BIBLIOTECÁRIOS
172
BIBLIOTECÁRIOS-CHEFES
109
DIRETORES DE BIBLIOTECAS
44
AUXILIARES (Níveis básico e médio)
491
MONITORES**
180
TOTAL
996
* Incluindo-se o Departamento Técnico do Sistema (DT/SIBI-USP).
** Alunos dos cursos de graduação, integrantes de Programa de Monitoria
Remunerada.
�
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
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1996
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Português
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
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Capacitação de equipes bibliotecárias no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo em face às novas dinâmicas de gestão da qualidade.
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Belluzzo, Regina Célia Baptista; Carvalho,Telma de; Ferrari, Adriana Cybele; Souza, Maria de Fátima Alves de; Flexa, Raimunda Miguelina Alves
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Curitiba (Paraná)
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PUCPR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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The nature or genre of the resource
Evento
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An account of the resource
Relato de experiência com a capacitação de equipes bibliotecárias em sistema de informação acadêmico, envolvendo as linhas de ação: cursos de capacitação pré-serviço, reciclagem e atualização e aperfeiçoamento, sob enfoque dos princípios da gestão da qualidade. São apresentadas as abordagens educacionais, voltadas à formação de competências/disposições para qualificar recursos humanos em face às mudanças, em termos de inovações tecnológicas e gerenciais, voltadas à melhoria dos serviços e produtos oferecidos aos usuários.
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155185122b6559298b633095e2f4241a
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7.3
CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO E ATITUDES DE LEITURA DOS
ALUNOS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE LONDRINA
Ana Esmeralda Carelli*
Maria Aparecida E. Madureira*
Vilma A. Gimenes da Cruz*
RESUMO
A leitura é de primordial importância para a formação intelectual do indivíduo e,
considerando a vivência docente, onde através da leitura de textos os alunos têm
demonstrado desinteresse, falta de vontade ou motivação e dificuldades de
compreensão, surgiu a necessidade de desenvolver a presente pesquisa com o
objetivo de caracterizar o comportamento e as atitudes de leitura dos alunos de
Biblioteconomia da UEL. A coleta de dados foi feita com 89 alunos e 24 docentes,
através de questionários distintos. Os resultados obtidos demonstraram que os
alunos não têm comportamentos e atitudes satisfatórias de leitura. Considerando os
resultados, foram apresentadas propostas com o objetivo de remediar e/ou alterar a
realidade encontrada.
1 INTRODUÇÃO
O processo de leitura, em todos os níveis de ensino, tem sido alvo de
preocupação dos professores, educadores e bibliotecários.
A inexistência de bibliotecas escolares; a falta de orientação adequada pelos
professores; o alto custo dos livros e também a falta de uma política educacional
voltada para o livro e a leitura, são fatores que determinam uma crise no processo
de leitura.
*
Docentes do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina
�7.3
As observações vivenciadas no dia-a-dia deixam uma inquietação, quando
transparece que os alunos não têm interesse, vontade ou motivação mas, muitas
vezes, uma verdadeira repulsa à leitura.
Em decorrência disso é que sentimos a necessidade de desenvolver esta
pesquisa entre os alunos do Curso de Biblioteconomia. Para a realização da mesma
foram aplicados instrumentos junto aos alunos e professores do referido curso.
Os
resultados
obtidos
permitiram
o
conhecimento
da
realidade
e
possibilitaram a caracterização do comportamento e atitudes de leitura dos alunos,
fornecendo subsídios para a proposição de alternativas que modifiquem a situação
encontrada.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
. Caracterizar atitudes e comportamentos de leitura dos alunos de
Biblioteconomia, através de pesquisa junto aos discentes e docentes.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Levantar dados de identificação dos alunos quanto a: sexo, idade, estado
civil, escolaridade, ocupação;
b) identificar dados referentes à família, no que concerne a ocupação e grau
de instrução dos pais e renda familiar;
�7.3
c) levantar a história de leitura dos alunos;
d) analisar o comportamento de leitura acadêmica dos alunos;
e) verificar as atitudes dos alunos em relação à leitura;
f) levantar dados, junto aos professores do curso, quanto ao comportamento
de leitura dos alunos.
3 MÉTODO
3.1 SUJEITOS
Os sujeitos desta pesquisa constituiram-se de alunos e docentes envolvidos
no Curso de Biblioteconomia, no segundo semestre de 1992.
3.1.1 Alunos
Considerou-se todos os 120 alunos regularmente matriculados no Curso de
Biblioteconomia.
Constituiram-se sujeitos, de fato, 89 alunos, uma vez que por variáveis como
desistência da disciplina e ausência do aluno no dia da aplicação do instrumento,
não foi atingido o número total previsto.
3.1.2 Docentes
�7.3
Todos os docentes do Departamento de Biblioteconomia e os que
ministravam as disciplinas ofertadas por outros departamentos da UEL, para o
Curso, totalizando 31.
3.2 MATERIAL
Foram utilizados para coleta de dados desta pesquisa três instrumentos:
Questionários de Atitudes de Leitura, Caracterização de Leitura e Questionário
do Docente.
3.2.1 Questionário de Atitudes de Leitura
O instrumento utilizado, com adaptações, foi de SILVA e MAHER (1983), uma
vez que o mesmo foi elaborado para alunos de 1o. e 2o. graus e foi utilizado, nesta
pesquisa, para coleta de dados junto a universitários.
3.2.2 Questionário de Caracterização de Leitura
O Questionário de Caracterização de Leitura visava a obtenção de um maior
número de dados dos alunos e para isso foram formuladas questões que permitiram
respostas únicas, múltiplas e de priorização de procedimentos e habilidades da
leitura.
�7.3
O instrumento foi dividido em quatro grandes ítens: Dados de identificação do
aluno; dados sobre a família; hábitos de leitura e comportamento de leitura
acadêmica.
3.2.3 Questionário dos Docentes
Este instrumento foi elaborado com o objetivo de obter dados, junto aos
docentes, relativos ao comportamento de leitura dos alunos.
3.3 PROCEDIMENTOS
Os instrumentos foram pré-testados para a avaliação da sua adequação e
posteriormente aplicados.
Para a tabulação dos dados foi utilizado o Programa Statistical Analysis
System do Núcleo de Processamento de Dados da UEL. Entretanto, para as
questões com alternativas que solicitavam respostas diversificadas, a tabulação foi
feita manualmente.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
�7.3
Partindo-se da premissa de que a leitura é de primordial importância para a
formação integral do indivíduo e que, sendo um ato de reflexão, ultrapassa o mero
reconhecimento e decodificação de símbolos gráficos, tem sido evidenciada na
literatura a preocupação e o questionamento de pesquisadores e educadores com
relação à problemática da leitura em nosso País.
A leitura é um ato complexo, que envolve uma série de habilidades para seu
processamento.
RUBANO (1987) lembra bem quando afirma que ler não é uma simples
habilidade mecânica, é um processo que vai muito além do mero conhecimento de
palavras e de estruturação de frases. Para esta autora, o ler envolve uma relação
leitor-texto, onde o importante é como se lida com o conteúdo, de forma a identificar
seu uso e como o leitor posiciona-se diante de suas colocações.
Este posicionamento é compartilhado por MARINI (1986) ao colocar que "ler
é uma ação dinâmica e criativa que se efetua pelo diálogo estabelecido entre o
escritor e o leitor, mediado pelo texto".
É impossível reportar-se à leitura sem situar compreensão, pois não há
efetivamente leitura se não houver compreensão do que foi lido (SANTOS, 1981).
Alguns autores situam a leitura como sinônimo de compreensão, como
argumenta HAYES (1991), já que envolve a reconstrução da mensagem do autor e
a construção do seu próprio significado usando a página impressa.
Para a formação do leitor é necessário que se invista no indivíduo,
proporcionando-lhe
intelectual.
condições
para o seu desenvolvimento e crescimento
�7.3
A formação do leitor se dá basicamente em dois lugares: na escola e em
casa, com a família (NASTRI, 1986). Porém, ROSING (1988) em sua pesquisa
concluiu que a leitura é uma atividade que ocupa posição secundária nas
instituições formadoras de leitor: família e escola.
A leitura deve ser introduzida na vida do indivíduo o mais cedo possível.
Assim sendo, é fundamental o papel da família, principalmente dos pais como
incentivadores desse comportamento.
O conceito do termo atitude ainda provoca divergências, mas existem três
aspectos que são comuns: o cognitivo, o afetivo e o comportamental. Há também
consenso sobre a importância do seu desenvolvimento a partir da infância, como
sugerido por STRICKLER e ELLER (1980), quando colocam como necessário o
desenvolvimento de interesses e atitudes nas crianças durante a escola primária,
constituindo-se um meio primordial de afetar seus hábitos de leitura no decorrer de
suas existências.
STRICKLER e ELLER (1980) afirmam também haver considerável evidência
de que os hábitos de leitura que os estudantes desenvolvem na escola primária irão
fixar os padrões dos hábitos de leitura na idade adulta.
DUFFY e ROHLER apud SHMITH (1991) enfatizam a importância do tipo e
da qualidade das experiências que os alunos têm na escola como determinantes
das atitudes e hábitos que desenvolvem, e ainda, segundo esses autores, é
fundamental para o processo da leitura que os alunos tenham um conceito de leitura
e que devam sentir "que a leitura é uma atividade que vale a pena ser feita. Um
aluno que tem um conceito errôneo ou incompleto de leitura ou que percebeu leitura
�7.3
de maneira negativa é improvável que tenha controle sobre o processo de leitura e a
utilize com algum propósito".
Para a formação do leitor é necessário desenvolver habilidades que
promovam
o comportamento de ler e atitudes positivas frente à leitura. Porém,
existem poucos estudos sobre atitudes com estudantes universitários.
A leitura, a nível de cursos de 3o. grau, tem apresentado deficiências que são
reflexos de toda formação educacional dos alunos. Essas deficiências são
justificadas tanto pela situação em que se encontra o ensino a nível de 1o. e 2o.
graus, o qual não oferece condições para a formação de um bom leitor, como
também pelos fatores sócio-econômicos e familiares de cada indivíduo. Essas
deficiências têm sido comprovadas através de pesquisas realizadas no ensino de
3o. grau.
RUBANO (1987) coloca que o ler criticamente para o aluno de 3o. grau,
denominado de "Ler acadêmico", "não pode significar mera decodificação" (p.35). É
importante que através da leitura o conteúdo escrito se transforme em subsídio para
aprendizagens significativas.
A literatura nacional específica sobre a leitura com alunos de Biblioteconomia
é praticamente inexistente. Pode-se destacar o trabalho de BRANDÃO (1984) com
alunos da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal da Bahia, o qual
revelou que os alunos apresentaram deficiências no hábito e nas habilidades de
leitura. Segundo os resultados, o aumento da leitura acontece mais por influência da
auto-motivação do aluno do que pelo processo de socialização reforçado pela vida
acadêmica ou estímulo da família.
�7.3
KREMER (1991), em pesquisa com alunos de Biblioteconomia da
Universidade Federal de Minas Gerais, analisou os hábitos e preferências de leitura
e constatou que a leitura não se constitui no instrumental mais importante no
processo de aprendizagem.
As pesquisas apresentadas nesta revisão evidenciam a necessidade de se
diagnosticar, avaliar e propor alternativas para diminuir os problemas existentes com
a leitura dos alunos em nosso País.
5 RESULTADOS: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO
5.1 QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA LEITURA
Conforme descrito na metodologia, foram aplicados 89 instrumentos, sendo
que o maior número de respondentes constituiu-se de alunos do 3o período,
seguidos dos alunos do 1o ano seriado e 7o período.
Os alunos do Curso de Biblioteconomia da UEL são predominantemente do
sexo feminino, solteiros, jovens, situados na faixa etária de 20 a 25 anos.
A formação dos alunos a nível de 1o. e 2o. graus ocorreu
predominantemente em cursos regulares, realizados em escolas públicas. Os
cursos de 2o. grau realizados com maior freqüência foram: Técnico em
Contabilidade, Magistério, Propedêutico, seguidos de Ensino Geral, Colegial e
outros.
�7.3
Pelos resultados constatou-se que 76,4% dos alunos estudam e trabalham,
sendo que 35 desenvolvem atividades relacionadas com o curso. Convém destacar
que do total apresentado acima, 46 alunos trabalham em período integral.
Os estudantes, em geral, são oriundos de famílias cujos pais possuem
apenas o curso primário, tendo, a maioria, profissões como agricultor e do lar, as
quais nem sempre requerem escolaridade.
Considerando-se a renda familiar, pode-se caracterizar as famílias como
pertencentes às classes sócio-econômicas de baixa e média baixa renda.
Com relação à formação do hábito de leitura, os estudantes não receberam
incentivos, ficando evidenciado também que na própria família não existe esse
hábito. Apesar de não terem sido incentivados, na infância liam gibis e literatura
infantil, enquanto que durante estudos dos 1º. e 2º. graus faziam leituras por
indicação do professor.
Mesmo não recebendo incentivos para formação do hábito de leitura e não
existindo o mesmo na família, é interessante ressaltar que os resultados acima
diferem dos encontrados por SILVA (1983) e KREMMER (1991), os quais
responsabilizam a família e a escola como incentivadores do hábito de leitura.
Quanto à freqüência às bibliotecas a maioria respondeu afirmativamente,
enquanto que a minoria indicou não freqüentá-las. Dos que afirmaram freqüentar
bibliotecas, a maior incidência recaiu sobre a Biblioteca Central
da UEL e
Bibliotecas Públicas. Justificando esta freqüência, as finalidades apresentadas
foram: buscar material para trabalhos acadêmicos, ler por lazer, ler jornal e
para utilizar salas de leitura. Os entrevistados que não freqüentam bibliotecas
�7.3
apresentaram justificativas como: falta de tempo, emprestam material de colegas
e emprestam material do professor.
Reportando-se ao comportamento de leitura acadêmica, os alunos têm
preferência por realizá-la em classe, e acreditam que estas leituras alcançam melhor
aproveitamento quando são solicitadas com o objetivo de promover debates,
estudos dirigidos, seminários etc.
Na leitura de textos acadêmicos, a grande maioria indicou sentir dificuldades,
as quais estão relacionadas com: a complexidade de conteúdo, a terminologia
técnica, a falta de pré-requisito para o assunto, a análise de texto, etc. Embora
tenham procedimentos corretos para realizar a leitura, não possuem pré-requisitos
que possibilitem a compreensão dos textos e, em decorrência disto, o professor é o
recurso prioritário para sanar as dificuldades encontradas.
Quando ocorrem essas dificuldades tentam resolvê-las procurando o
professor, consultando dicionários, consultando colegas, enquanto que alguns
lêem ignorando as dificuldades e outros desistem da leitura.
Outras pesquisas como MARINI (1986); SANTOS (1989); SAMPAIO (1982);
PEREIRA (1979) obtiveram este mesmo resultado em relação aos procedimentos
dos alunos para resolverem as dificuldades de leitura. SANTOS (1989) comenta que
o recorrer ao professor é, em princípio, positivo, pois o professor pode dar
explicações mais abrangentes, esclarecendo as dúvidas encontradas nos textos.
Ao realizar a leitura os entrevistados apresentaram que sublinhar partes
importantes do texto, reler as partes mais importantes e discutir o texto
consigo mesmo são os procedimentos com maior número de indicações para a
freqüência sempre. Consultar dicionários, procurar o professor para discutir as
�7.3
dúvidas, fazer resumos, discutir o texto com colegas e fazer esquemas são
procedimentos que se destacaram na freqüência às vezes.
Observa-se, através da prática docente, que, apesar destes procedimentos,
os mesmos não sanam as dificuldades de compreensão encontradas pelos
entrevistados. Isto ocorre, uma vez que estão relacionadas também à falta de
habilidades para a realização de uma boa leitura, existindo dificuldades em: avaliar
a competência do autor a respeito do assunto, sumariar parágrafos com suas
próprias palavras, sugerir futuras aplicações da idéia do autor, reconhecer o
objetivo do autor e seu ponto de vista, transferir informações lidas para outras
situações, encontrar as idéias principais do parágrafo, incorporar novas idéias
às idéias antigas.
Considerando que a leitura é imprescindível para a realização de diversas
atividades acadêmicas, procurou-se identificar junto aos alunos os procedimentos
de busca de informação para a realização de trabalhos escritos. Para isso, quando
necessitam de textos, os entrevistados se preocupam prioritariamente em procurar
material variado, seguidos de: encontrar artigos em português, conhecer o
pensamento de diferentes autores, procurar informações preferentemente em
livros.
Para a busca de informação, os resultados encontrados demonstraram um
comportamento positivo, pelo fato de a preocupação maior dos alunos ser a de
buscar material variado e pela percepção que têm dos procedimentos para a
apresentação de um trabalho escrito.
Estes resultados se contrapõem à realidade vivenciada na docência, quando
algumas vezes são apresentados trabalhos que deixam a desejar tanto pela
�7.3
qualidade como pelo aspecto formal, o que demonstra que os alunos dominam os
procedimentos corretos, porém, apenas na teoria.
5.2 QUESTIONÁRIO DE ATITUDES
Para tabulação dos ítens deste instrumento, atribuiram-se valores que
variavam de 5 a 1. Os valores 5 a 4 foram atribuídos às respostas que
demonstravam atitudes positivas frente a leitura, 3 para a indecisão em relação ao
item e 2 e 1 para respostas que indicavam atitudes negativas.
A apresentação dos resultados das médias por questões e das médias das
questões por categorias foi feita a partir da tabulação dos ítens do questionário.
Sob o ponto de vista da média das questões, constatou-se que 10 ítens
encontram-se no valor 4, significando atitudes positivas; 18 ítens no valor 3,
indicando indecisão e 2 ítens no valor 2, apontando tendências negativas.
Através
desses
resultados
verificou-se
que
a
maioria
dos
alunos
demonstraram indecisão quanto às atitudes de leitura.
Os mesmos resultados foram utilizados agrupando os ítens por categorias:
Leitura/Aprendizagem, Sentimento Afetivo frente à Leitura e Leitura/Lazer. Isso
se fez necessário tendo em vista as diferenças nítidas apresentadas pelos alunos
nos ítens que demonstraram atitudes pessoais e impessoais frente à leitura.
Com relação à Categoria Leitura/Aprendizagem as médias encontradas
representam atitudes positivas,
�7.3
Das dezoito questões que dizem respeito a Categoria Sentimentos Afetivos
frente à Leitura, duas apresentaram índices demonstrando atitudes positivas, duas
evidenciaram atitudes negativas e quatorze revelaram indecisão.
Com referência a Categoria Leitura/Lazer os resultados apresentaram
médias de 3,7 a 3,4, expressando indecisão quanto aos ítens desta categoria.
5.3 QUESTIONÁRIO DE DOCENTES
Os resultados obtidos pelo instrumento, aplicado aos 24 docentes,
evidenciaram que TODOS adotam leitura em suas disciplinas.
Os professores apontaram que a indiferença é uma atitude comum para a
leitura extra-classe e que a leitura em classe é a que os alunos mais gostam,
coincidindo com a preferência já apontada pelos mesmos.
Os professores solicitam leitura para: complementar conteúdo (87,5%);
antecipar conteúdo (54,2%); realizar trabalhos extra-classe (41,7%); auxiliar no
uso de técnicas de ensino (20,8%), não sendo adotada a leitura para substituir o
conteúdo a ser ministrado em sala.
A leitura solicitada pelos professores, para desenvolver atividades em sala de
aula, visa: realizar debates, apresentar seminário, realizar estudo dirigido e
trabalho em grupo. Para a leitura extra-classe foram indicadas as finalidades:
para
o
conhecimento
prévio
dos
assuntos,
elaborar
resumos,
fazer
fichamentos, realizar estudo dirigido e trabalhos em grupo. Estes resultados
coincidiram com os apontados pelos alunos, tanto nas leituras em classe como
extra-classe.
�7.3
Dos docentes entrevistados, 23 afirmaram que os alunos apresentam
dificuldades para a compreensão dos textos dados para leitura, evidenciando as
mais freqüentes: terminologia técnica, estilo do autor, conclusão pessoal do
texto, falta de pré-requisito para o assunto e o significado das palavras.
Estes resultados também foram encontrados em estudos realizados por
SAMPAIO (1982), MARINI (1986) e SANTOS (1989), os quais sugerem a oferta de
cursos para o desenvolvimento de habilidades de leitura dos alunos com deficiência
nestes aspectos.
Quando ocorrem dificuldades para o entendimento da leitura, dez professores
responderam que os alunos tem um único procedimento para saná-las, ou seja,
recorrer ao próprio professor, justificado talvez por ser este o procedimento mais
fácil para o aluno. Entretanto, treze professores responderam que os alunos não
adotam nenhum procedimento e um não respondeu a questão.
Colocando-se a situação dos alunos que não têm iniciativas em sanar as
dificuldades
encontradas
na
leitura,
os
professores
procuram
resolvê-las:
levantando questões a respeito do texto, fazendo análise do texto, ensinando
técnicas de leitura e solicitando fichamento. Com relação a estes procedimentos,
a literatura recomenda que nas universidades seja oportunizado ao professor o
acesso a novas tecnologias para o desenvolvimento das habilidades de leitura de
seus alunos (SAMPAIO, 1982; SANTOS, 1989).
Segundo os professores, as dificuldades encontradas pelos alunos para fazer
uma leitura mais complexa, ou seja, para análise dos textos, são relativas à: avaliar
a competência do autor a respeito do assunto, reconhecer o objetivo do autor
e seu ponto de vista, encontrar as idéias principais de um parágrafo, sumariar
�7.3
parágrafos com suas próprias palavras, apreender e assimilar detalhes
relevantes, transferir as informações lidas para outras situações e incorporar
novas idéias às idéias antigas.
Segundo SANTOS (1989) o bom desempenho acadêmico está relacionado
diretamente com a maturidade de leitura do aluno, o que é evidenciado pelas
habilidades de compreensão, criticidade e criatividade. Esta afirmativa vem ao
encontro dos resultados apresentados pelos professores, quando revelaram que os
alunos possuem deficiências nas habilidades mais complexas de leitura.
Na opinião dos docentes, os alunos também apresentam dificuldades para
realização de trabalhos escritos como: escrever o trabalho na seqüência lógica,
escrever a introdução, analisar trechos do material lido e reescrevê-lo com
suas próprias palavras.
�7.3
6 CONCLUSÃO
Pode-se perceber que os alunos não têm comportamentos e atitudes
satisfatórias de leitura, sentindo-se, portanto, a necessidade de modificar tal
realidade. Esta situação talvez seja o resultado de todo um processo educacional, o
qual não proporciona condições, a nível de 1o. e 2o. graus, para o desenvolvimento
da leitura, refletindo nitidamente essas deficiências no 3o. grau.
Na universidade o aluno tem a oportunidade de reexaminar e reanalisar o seu
comportamento de leitura, face às exigências acadêmicas, porém nem sempre
encontra formas práticas e objetivas de sanar suas dificuldades.
Em função das considerações acima, propõe-se algumas alternativas, com o
objetivo de remediar, e até mesmo desenvolver a maturidade de leitura dos alunos:
a) desenvolver um programa remediativo de leitura junto aos alunos de
Biblioteconomia;
b) oferecer um curso de extensão aos professores, com o objetivo de explorar
técnicas e habilidades para trabalhar a leitura de textos acadêmicos;
c) ofertar uma disciplina especial, para os alunos de Biblioteconomia, sobre
leitura, enfocando: Leitura e atualidade; níveis de leitura; leitura e estudo e
o bibliotecário como mediador da leitura em todos os níveis de ensino;
d) que novos estudos sejam realizados posteriormente, para avaliar o
comportamento de leitura dos alunos de Biblioteconomia, após a
implantação total do Regime Seriado.
Finalmente, sugere-se que estudos similares sejam desenvolvidos com
alunos do 3o. grau, de outras áreas do conhecimento. Isto contribuiria para um
�7.3
diagnóstico da situação da leitura entre universitários, possibilitando a apresentação
de outras propostas para alterar a realidade encontrada.
ABSTRACT
Reading is of fundamental importance in the individual’s intellectual development.
This research at the State University of Londrina (UEL), the aim of which was to
describe Librarianship students’ reading habits and attitudes towards reading, arose
from the observation that many students have low interest and motivation towards
reading, as well as comprehension difficulties. Data was collected from 89 students
and 24 teachers by means of separate questionnaires. Results show that students
do not have satisfactory reading habits or attitudes, and ways of improving the
current situation are suggested.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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nos cursos de formação do bibliotecário. Campinas: PUC, 1984. 153 p.
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leitura. Porto Alegre : PUC, 1979. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia
�7.3
Universidade Católica, 1979.
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graus. Porto Alegre : Mercado Aberto, 1988. 156 p.
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carentes. Campinas : PUC-Campinas, 1981. Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 1981.
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Bernard L. (Ed.). Effective strategies for teaching reading. Boston : Allyn
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(Ed.). Teaching reading : foundations and strategies. 2. ed. Belmont :
Wachworth Publishing Company, 1980. Cap. 13, p. 375-406.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
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A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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1996
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Português
Type
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Caracterização do comportamento e atitudes de leitura dos alunos do Curso de Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina.
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Carelli, Ana Esmeralda Carelli; Madureira, Maria Aparecida E.; Cruz, Vilma A. Gimenes
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A leitura é de primordial importância para a formação intelectual do indivíduo e, considerando a vivência docente, onde através da leitura de textos os alunos têm demonstrado desinteresse, falta de vontade ou motivação e dificuldades de compreensão, surgiu a necessidade de desenvolver a presente pesquisa com o objetivo de caracterizar o comportamento e as atitudes de leitura dos alunos de Biblioteconomia da UEL. A coleta de dados foi feita com 89 alunos e 24 docentes, através de questionários distintos. Os resultados obtidos demonstraram que os lunos não têm comportamentos e atitudes satisfatórias de leitura. Considerando os resultados, foram apresentadas propostas com o objetivo de remediar e/ou alterar a realidade encontrada.
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A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4749/SNBU1996_055.pdf
9f5a727a1d699e05d0884b1003a45b81
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7.2
COLETA, ORGANIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA PRODUÇÃO INTELECTUAL
GERADA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Janise Silva Borges da Costa*
RESUMO
Relata a experiência do Sistema de Bibliotecas da UFRGS na coleta,
organização e divulgação da produção científica, técnica, artística e administrativa
da Universidade. Enfatiza o uso e os recursos do Sistema de Automação de
Bibliotecas - SABi para tratamento, recuperação e difusão dos dados bibliográficos
de documentos produzidos no âmbito da Universidade.
1 INTRODUÇÃO
Entende-se como atribuição intrínseca das bibliotecas a coleta, organização
e divulgação dos documentos produzidos pelos integrantes da instituição na qual
estão inseridas.
A literatura mostra que algumas bibliotecas de Instituições de Ensino Superior
(IES) realizam um trabalho sistemático neste sentido, em cumprimento a um dos
papéis que lhes compete, em certos casos, por dispositivos legais ou administrativos
emanados da administração superior das respectivas Instituições. Observa-se, no
*
Diretora da Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
�7.2
entanto, que são iniciativas isoladas, desenvolvidas em ambientes distintos e em
diferentes estágios de organização.
Muitas tentativas têm ocorrido com vistas a organizar e reunir as teses e
dissertações produzidas no País ou por brasileiros no exterior. Na década de 70 foi
criado o Sistema de Informação do MEC - SIMEC, que publicou alguns números do
Catálogo de Teses, arrolando cerca de 11.000 registros bibliográficos. Na década de
80, a CAPES despendeu esforços, visando divulgar as teses e dissertações, a partir
dos dados obtidos através de seu Sistema de Coleta de Dados EXECAPES, sem
atingir os resultados desejados, nem assegurar continuidade. Em 1986, o IBICT
desenvolveu uma base de dados que, em 1992, incluía todo o seu acervo de teses e
dissertações, além das existentes na UFRGS, USP e as contidas no BIBLIODATA,
incorporando, posteriormente,
o acervo de teses das bibliotecas da UFSCar e
UFGo.
Segundo ALVES (1987), “... a Biblioteca Nacional, a partir de setembro de
1983, passou a ser efetivamente a guardiã da produção científica e cultural
produzida pelas Universidades do país e da editada (sic) por brasileiros no exterior.”
Contudo, por ocasião do VIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
(SNBU), realizado em 1994, foi recomendado que a guarda, processamento e
preservação das teses e dissertações fosse responsabilidade das IES, não mais
cabendo à Biblioteca Nacional o depósito destes documentos.
Mais recentemente, foi criado pelo CNPq o Programa Informação para a
Pesquisa - Prossiga. Em outubro de 1995, em atividade conjunta da CAPES, IBICT
e CNPq, no âmbito do referido Programa, foi lançado o SITE - Sistema de
Informação sobre Teses, que tem como objetivo geral “tornar de caráter público a
�7.2
produção científica dos programas de pós-graduação no que se refere a teses e
dissertações produzidas por brasileiros no país e no exterior” (CHASTINET et al.,
1995). A proposta do SITE inclui a criação de uma base de dados central, baseada
em padrões que possibilitem o intercâmbio de dados, podendo ser acessada através
da Rede Antares, via Rede Nacional de Pesquisa.
A rápida e constante evolução na área de informática, especialmente em
matéria de processamento e armazenamento eletrônico de informações, impulsiona
a uma ação conjunta mais efetiva, de modo a viabilizar o tratamento automatizado
dos documentos produzidos nas IES e, conseqüentemente, facilitar o intercâmbio,
compartilhamento e difusão destas informações através das redes de comunicação
de dados.
As universidades públicas brasileiras têm o compromisso de produzir
conhecimento, sistematizá-lo e transmiti-lo à sociedade. Em 1988, a UFRGS,
através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e da Biblioteca Central,
publicou o Catálogo de Teses e Dissertações, reunindo trabalhos produzidos no
período de 1898 a 1987, contendo cerca de 3.000 referências bibliográficas. No
mesmo ano, foi divulgada a Produção Científica dos Docentes dos Cursos de PósGraduação da UFRGS - 1986/87, cuja fonte utilizada foram os relatórios anuais dos
cursos de pós-graduação enviados à CAPES.
Para o Sistema de Bibliotecas da UFRGS - SBU são prioritários a coleta, o
processamento técnico e a digitação dos dados bibliográficos da produção científica,
técnica, artística e administrativa
da Universidade no SABi, a fim de garantir o
controle bibliográfico da UFRGS e disponibilizar as informações para consulta online
à comunidade usuária. Segundo SANTOS (1995), a publicação da produção
�7.2
intelectual gerada na Universidade “...constitui-se num documento indispensável ao
diagnóstico e à avaliação qualitativos da Universidade, bem como as listagens dos
trabalhos podem vir a ser uma fonte de reflexões sobre os diferentes aspectos da
Instituição, sua vocação de pesquisa e suas potencialidades na expansão de novos
conhecimentos”.
2 A EXPERIÊNCIA DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFRGS
O SBU é composto por trinta bibliotecas, dentre as quais uma Biblioteca
Central, como órgão coordenador, vinte e sete Bibliotecas Setoriais e duas
Bibliotecas Escolares.
Apesar de as bibliotecas virem realizando as atividades de coleta,
organização e divulgação da produção intelectual da Universidade ao longo de
muitos anos, a implantação da automação veio ampliar a capacidade e melhorar o
desempenho das bibliotecas na recuperação de informações bibliográficas e
emissão de produtos, tais como listagens e relatórios estatísticos.
O processo de automação teve início em 1975, com a implantação do
Formato CALCO para registro e recuperação de dados bibliográficos de
monografias. Durante a época em que o CALCO foi utilizado, as teses e
dissertações passavam pela
Biblioteca Central onde eram catalogadas e,
posteriormente, remetidas às bibliotecas da área correspondente que as mantêm
em seu acervo.
O CALCO foi desativado em 1983, por falta de equipamento na Universidade.
Em 1989, foi implantado o Sistema de Automação de Bibliotecas - SABi, cujo
�7.2
planejamento e desenvolvimento estão a cargo do SBU e do Centro de
Processamento de Dados.
Desde a concepção do SABi, procurou-se adequá-lo aos instrumentos
utilizados pela CAPES e CNPq para compatibilização de informações e com o intuito
de evitar a duplicação de esforços com os órgãos internos e externos, responsáveis
pela pós-graduação e pelo desenvolvimento científico e tecnológico.
A responsabilidade das bibliotecas pela coleta da produção científica, técnica,
artística e administrativa na UFRGS não é oficializada, apesar de a entrega dos
documentos estar consolidada, há vários anos, em algumas unidades universitárias.
Os mecanismos utilizados são informais e constituem-se basicamente na
conscientização da comunidade universitária a respeito da importância e
necessidade das bibliotecas manterem o controle bibliográfico dos documentos
produzidos no âmbito da Universidade, aliada à ampla divulgação do SABi como
instrumento adotado pelos órgãos da Administração Superior para fins de controle e
difusão dos referidos documentos, assim como para estudos comparativos mediante
análise quantitativa dos dados.
No final de 1992, a Pró-Reitoria Adjunta de Pesquisa da UFRGS e o SBU
iniciaram uma atividade dessa natureza, para que fosse depositado pelo menos um
exemplar dos trabalhos na biblioteca da respectiva unidade/órgão, com a finalidade
de inclusão no SABi e posterior divulgação através da publicação do Livro da
Pesquisa UFRGS - 1988/92. A atividade foi retomada em setembro de 1995, para
documentos produzidos em 1993/94, considerando a previsão de nova edição em
meados de 1996, abrangendo o respectivo período.
Numa primeira etapa, esse trabalho envolveu a emissão de correspondência
�7.2
aos diretores de unidade/órgão, coordenadores de programas de pós-graduação e
chefes de departamento e a distribuição de cartazes anunciando a publicação do
Livro da Pesquisa. A seguir, as bibliotecas remeteram aos docentes uma relação
dos documentos de sua autoria contidos no SABi, publicados no período de
1988/92, com o objetivo de complementar os acervos e, conseqüentemente, a base
de dados.
A repercussão dessas iniciativas pode ser observada na tabela 1, onde se
evidencia um acréscimo significativo no número de documentos registrados no SABi
em 1993 e 1995.
TABELA 1 - PRODUÇÃO INTELECTUAL DA UFRGS POR ANO DE PUBLICAÇÃO
E DE REGISTRO NO SABI - 1988/96
ANO DE
PUBLICAÇÃO
1988
1989*
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996 **
TOTAL
ANO DE REGISTRO NO SABi
TOTAL
1989* 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 **
193 1254
301
144
518
57
34
9
2510
164 1423
329
179
642
79
58
16
2890
16
515 1125
334
684
119
55
17
2865
21
672 1136 1178
148
113
33
3301
40
916 2178
344
220
82
3780
11 1370 1305
668
527
3881
13 1373 2168
701
4255
4 1671
1044
2719
4
195
199
373 3213 2467 2720 6583 3429 4991
2624 26400
Fonte: SABi
*Ano de implantação do SABi.
* *Dados parciais.
�7.2
A figura 1 estabelece um paralelo entre os anos de publicação dos
documentos e os de registro no SABi. Verifica-se que, por ano de publicação, há
muita oscilação, com exceção de 1996, cujos dados são parciais. Considerando o
registro no SABi, as informações são alternadas, ilustrando as estatísticas
apresentadas anteriormente.
A partir da análise dos dados, constata-se que o registro da produção
referente a um determinado ano, na maioria das vezes, é mais expressivo no ano
seguinte.
FIGURA 1 - PRODUÇÃO INTELECTUAL POR ANO DE PUBLICAÇÃO E DE REGISTRO NO SABI
6000
5000
4000
3000
2000
1000
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
0
1988
NÚMERO DE DOCUMENTOS
7000
ANO
Produção intelectual registrada
Produção intelectual publicada
�7.2
3 SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS - SABi
Em sua fase inicial, o SABi foi desenvolvido e implantado em versão
monousuário, devido à falta de equipamentos adequados nas bibliotecas e
deficiência das ligações ao equipamento central. As bibliotecas executavam a
entrada de dados off-line e, periodicamente, procedia-se à atualização do SABi no
Centro de Processamento de Dados, onde está situado o equipamento que hospeda
a base central.
Atualmente, todas as unidades que compõem o SBU estão interligadas à
rede da Universidade, podendo realizar consultas on-line à base em seu conjunto,
sendo que a maioria delas já utiliza a versão multiusuário para entrada de dados. O
tipo e
qualidade da conexão varia de acordo com sua localização geográfica. Em
decorrência disto, algumas ainda realizam a entrada de dados off-line.
O processamento técnico e a inclusão de registros no SABi são totalmente
descentralizados, sendo executados em cada uma das bibliotecas.
3.1 REGISTRO BIBLIOGRÁFICO
O registro bibliográfico dos documentos é feito em formulário próprio,
preenchido pelo bibliotecário, sendo, em etapa subseqüente, realizada a digitação
dos dados.
O Formato Bibliográfico SABi é baseado no Formato IBICT, com alguns
�7.2
acréscimos e adaptações decorrentes de necessidades específicas. Existem
parágrafos próprios para registro de informações referentes à produção da
Universidade (Quadro 1).
QUADRO 1 - PARÁGRAFOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS
PRODUZIDOS NA UNIVERSIDADE
Parágrafos
Campos
009
Produção Intelectual da Instituição
591
Nota de Tese ou Dissertação
592
Orientador de Tese ou Dissertação
Subcampos
Unidade/Departamento/Órgão
Tipo de Documento
Curso de Pós-Graduação
Curso de Especialização
Curso de Graduação
Órgão Financiador
Grau Acadêmico
Instituição
Data
Local
Nome
Afiliação
Para definição dos tipos de documento a serem discriminados foram
analisadas a Tabela de Tipos de Publicação Científica e a Tabela de Tipos de
Produção Técnica e Artística, ambas da CAPES, e a classificação adotada pelo
Banco de Currículos do CNPq. É importante salientar que o Formato SABi previa,
inicialmente, apenas o registro de monografias e publicações seriadas no todo e em
parte (analíticas). Atualmente, já possibilita a inclusão de materiais não
convencionais como: material cartográfico, partituras, gravações de som, gravações
de vídeo, materiais iconográficos e arquivos legíveis por computador.
�7.2
3.2 RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Todos os campos preenchidos, sejam indexados ou não, são passíveis de
consulta no SABi.
O Módulo de Recuperação da Informação está organizado de maneira a
permitir a realização de buscas através do Modo Fácil e da Linguagem de Consulta
CDS/ISIS. No Modo Fácil podem ser realizadas buscas por Autor, Título, Assunto,
Datas, Idiomas e Bibliotecas. O uso da Linguagem de Consulta possibilita a
execução de estratégias de busca mais complexas, as quais podem conter uma só
palavra-chave ou uma combinação de termos interligados por operadores booleanos
e operadores de proximidade. É possível, ainda, restringir a busca a um
determinado campo utilizando os qualificadores de campo.
Após a realização da pesquisa no SABi pode-se exibir os resultados na tela
ou imprimi-los. São sete as opções de exibição ou impressão, destacando-se, entre
elas, o Formato SABi que é o default do Sistema e o mais completo. Também existe
a possibilidade de fazê-lo no Formato de Referência Bibliográfica com ou sem o
resumo do documento. Os demais são formatos resumidos, além de um que é de
uso do bibliotecário para revisão dos dados incluídos no registro.
Para facilitar a transferência de informações aos usuários o SABi permite que
o resultado de qualquer pesquisa seja enviado através do correio eletrônico.
O Sistema oferece, ainda, a opção de classificação dos registros
recuperados. Em se tratando da produção científica, técnica, artística e
administrativa, as listagens podem ser ordenadas por:
a) tipo de documento, data de publicação e autor;
�7.2
b) autor e data de publicação, e
c) autor e título.
Os relatórios estatísticos gerados a partir do SABi fornecem o total absoluto e
os percentuais calculados em relação ao tipo de documento produzido na
Universidade. São eles:
a) Total da produção da UFRGS por departamento/órgão e tipo de
documento;
b) Total da produção da UFRGS por data de publicação e tipo de documento;
c) Cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) e tipo de documento;
d) Cursos de especialização e tipo de documento, e
e) Cursos de graduação e tipo de documento.
Estes recursos possibilitam a confecção de catálogos da produção intelectual
da UFRGS, além de fornecerem informações para a elaboração de relatórios,
projetos, curriculum vitae e dados quantitativos que podem se constituir em
indicadores de desempenho da comunidade universitária e subsidiar as atividades
gerenciais.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho conjunto do Sistema de Bibliotecas e da Pró-Reitoria Adjunta de
Pesquisa tem sido extremamente positivo para a Universidade, estabelecendo
rotinas que venham a garantir o controle, a organização e a divulgação da produção
intelectual gerada na UFRGS, mediante a permanente atualização do SABi.
A publicação do Livro da Pesquisa oportunizou a retroalimentação do SABi no
que concerne à consistência das informações nele contidas e instigou discussões
�7.2
visando sua uniformização e aperfeiçoamento.
O acréscimo no número de registros na base, evidenciado nestes últimos três
anos, demonstra o esforço dos profissionais envolvidos nas várias etapas deste
trabalho, bem como o reconhecimento das bibliotecas como órgãos essenciais para
assegurar a preservação da memória institucional e, por conseguinte, a credibilidade
da base SABi como um instrumento capaz de proporcionar a ampla difusão dos
projetos e pesquisas desenvolvidos na Universidade, através das redes de
comunicação de dados.
ABSTRACT
This paper describes the collection, organization and diffusion by the UFRGS
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Library System of scientific, technical,
artistic and administrative production in the university. It emphasises the use and
resources of SABi - the Library Automation System - in the storage, retrieval and
diffusion of bibliographical data for documents produced in the university.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALVES, Marilia Amaral Mendes. A Biblioteca Nacional, banco de dados da
produção científica e cultural brasileira. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 1987, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:
Biblioteca Central da UFRGS, 1987. v. 1, 635 p. p.149-166.
�7.2
2 BORGES, Stella Maris. Produção científica cultural das instituições de ensino
superior - “Memória intelectual da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG”. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,
1987, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre : Biblioteca Central da UFRGS, 1
1987. v. 2, 295p. p.255-265.
3 CHASTINET, Y. et al. Sistema de Informação sobre Teses - SITE. Rio de
Janeiro, 1995. 15 p.
4 COUTO, Mariza Leal de Meirelles do. Produção bibliográfica gerada na
Universidade de São Paulo: a experiência do Sistema Integrado de Bibliotecas
da USP no controle, organização e disseminação. In: SEMINÁRIO
NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 1994, Campinas. Anais...
Campinas : UNICAMP, 1994. 361 p. p.137-149.
5 PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo et al. Controle, organização e divulgação da
produção técnico-científica e artística da Universidade de São Paulo: enfoque
metodológico. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v.17, n.2, p.219231, jul./dez. 1989.
6 SANTOS, José Vicente Tavares dos. Prefácio. In: UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL. Pró-Reitoria Adjunta de Pesquisa. Sistema de
Bibliotecas. Livro da Pesquisa/UFRGS : produção científica, técnica e
artística: 1988-1992. Porto Alegre : UFRGS, 1995. 792 p. p. 5.
7 SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994,
Campinas. Relatório geral. Campinas : UNICAMP, 1994. 14 p.
8 TARGINO, Maria das Graças. Divulgação da produção científica e cultural das
instituições de ensino; os casos da Biblioteca Nacional e da Universidade
Federal de Minas Gerais. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 1987, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre : Biblioteca
Central da UFRGS, 1987. v. 2, 295 p. p. 255-265.
9 TARGINO, Maria das Graças, CALDEIRA, Paulo da Terra. Análise da produção
científica em uma instituição de ensino superior: o caso da Universidade
Federal do Piauí. Ciência da Informação, Brasília, v. 17, n. 1, p.15-25,
jan./jun. 1988.
10 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Sistema de Bibliotecas
da UFRGS. Centro de Processamento de Dados. SABi - Sistema de
Automação de Bibliotecas: formato bibliográfico; versão 4.0. Porto Alegre,
1992. várias paginações.
�7.2
11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Sistema de Bibliotecas
da UFRGS. Centro de Processamento de Dados. SABi- Sistema de
Automação de Bibliotecas: recuperação da informação CDS/ISIS; versão
4.0. Porto Alegre, 1992. várias paginações.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Coleta, organização e divulgação da produção intelectual gerada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Costa, Janise Silva Borges da
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Relata a experiência do Sistema de Bibliotecas da UFRGS na coleta, organização e divulgação da produção científica, técnica, artística e administrativa da Universidade. Enfatiza o uso e os recursos do Sistema de Automação de Bibliotecas - SABi para tratamento, recuperação e difusão dos dados bibliográficos de documentos produzidos no âmbito da Universidade.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4663/SNBU1996_021.pdf
640bb0f947487e2178cfe40ecdcd1f83
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Text
5.7
COMPRA DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO: SELEÇÃO OTIMIZADA
*
Nei Yoshihiro Soma
Marilda Leite Quinsan*
Flávio Yoshihiko Sugimura*
RESUMO
Visando solucionar problemas decorrentes da seleção manual de material
bibliográfico para a aquisição pela Biblioteca Central CTA/ITA, propõe-se um
sistema computacional, cujo processo de seleção é feito de maneira automática.
O sistema sugerido irá resolver, entre outros problemas, o de minimização do tempo
de processamento de dados para a aquisição, o da seleção, levando em conta as
gradações de preferências e a maximização no uso das verbas disponibilizadas
para a compra de material bibliográfico. O primeiro problema é solucionado pela
implementação de uma base de dados amigável, enquanto os outros dois pelo uso
de técnicas de programação matemática, mais especificamente, o modelo de
programação linear inteira.
1 INTRODUÇÃO
Dois grandes problemas apresentam-se quando da compra de material
bibliográfico: a verba disponível e a seleção do material solicitado de forma
equitativa e coerente.
Nos órgãos públicos, onde as verbas são escassas, principalmente as verbas
para Bibliotecas, Unidades de Informação e Centros de Documentação, faz-se
necessária a melhor seleção possível do material a ser adquirido. Note-se ainda que
é usual ser o montante dos pedidos, nolens volens, superior ao disponibilizado para
tanto.
Quando se trata de Unidades de Informação inseridas em Centros de
Pesquisa, tem-se ainda, como opção, a utilização de verbas de projeto, ou de
�5.7
verbas cedidas especialmente para Bibliotecas por determinados órgãos de
fomento, e.g. FAPESP, CAPES etc.
Apesar destes recursos, como já comentado, a lista de material indicado para
compra é extensa, mas também, freqüentemente o atraso na seleção implica na
perda da verba (estorno).
Como a indicação de obras é um processo dinâmico, torna-se impossível
fazer uma seleção antes da existência de recursos financeiros e os mesmos,
quando disponíveis, apresentam um curto espaço de tempo para serem utilizados.
Visando otimizar o processo de seleção, é proposto um sistema que,
utilizando técnicas de programação matemática, possibilita a seleção automatizada
de obras incluídas em uma base de dados previamente definida. Cabe ressaltar que
a seleção manual é um dos gargalos mais restritivos ao processo inteiro de
aquisição de obras cf. ARAÚJO (1994).
A base de dados, além de conter os dados da obra e as informações
necessárias para o processamento de aquisição, possui também campos que
permanecerão em branco até o momento do recebimento do material, e campos
referentes às prioridades, respeitando-se assim os interesses do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
A fim de ilustrar o ambiente onde o sistema está sendo desenvolvido, tornase necessário explicar que o ITA é formado por seis divisões de ensino e que as
verbas para aquisição de material bibliográfico são divididas de maneira eqüitativa
entre elas. A lista consolidada do material a ser adquirido é a junção de todas as
listas das divisões. Uma das precauções no momento da seleção, além da
*
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)-CTA/ITA/IAB
�5.7
observação das prioridades e da utilização máxima da verba disponível, é evitar a
aquisição de obras já existentes no acervo da Biblioteca Central CTA/ITA.
2 SISTEMA PROPOSTO
Em uma primeira etapa, tomando por base os campos que compõem o
módulo Aquisição do Sistema de Informação em Ciência e Tecnologia (SIC&T) da
Biblioteca Central CTA/ITA, foi desenvolvido um pequeno banco de dados contendo
uma massa de dados para testes. Neste banco de dados, os campos essenciais
para a aquisição eram de preenchimento obrigatório, não sendo necessário o
preenchimento dos demais campos.
Estes
dados,
quando
submetidos
a
uma
determinada
heurística
computacional, geram, a partir da indicação de uma verba fictícia, um arquivo para
emissão da lista de obras selecionadas para a compra. Esta seleção considera
apenas a verba disponível e o preço de cada obra indicada e o arquivo resultante
desta geração é criado no formato texto, possibilitando assim a atualização do
módulo Aquisição, a fim de se controlar o Processo de Compra de cada uma das
obras.
A cada material recebido o registro seria selecionado do módulo Aquisição,
formando um novo arquivo texto, para complementação com dados referentes ao
processamento técnico do documento e posterior atualização do módulo Acervo
Bibliográfico. Deste modo, a partir da base de dados desenvolvida para a seleção,
atualizam-se várias bases de dados, i.e., a dos departamentos, a da divisão, bem
como duas bases do SIC&T.
�5.7
A primeira etapa obteve um absoluto sucesso, atingindo a todos os objetivos
pré-determinados (cf. KISHIDA, 1995 e SOMA, QUINSAN e KISHIDA, 1996).
A segunda etapa encontra-se em desenvolvimento, e pretende aperfeiçoar a
primeira no que diz respeito aos parâmetros analisados para a geração da lista
consolidada de material bibliográfico a ser adquirido e a escolha de uma outra
plataforma de desenvolvimento, com ferramentas de I/O mais amigáveis, no caso, o
Windows 95 Plus da Microsoft.
Os campos da base de dados continuam a ser os mesmos e é mantida a
filosofia de aproveitamento do produto desta base para atualização de outras bases.
No entanto, aumenta-se o número de diferentes situações incorporadas ao modelo
de programação linear inteira, ou seja: além do preço de cada exemplar e do
montante disponível para a compra, acrescenta-se a gradação de preferências
mediante uma tabela pré-definida de prioridades, que deverá ser utilizada no
momento da entrada de dados.
Nesta tabela, estarão relacionados os diversos motivos que justificam a
aquisição do material bibliográfico, motivos estes que estão intimamente ligados aos
objetivos do Instituto (ITA).
Outra diferença marcante entre as duas etapas diz respeito à inserção de
novos registros na base. Enquanto na primeira etapa a indicação de uma obra
implicava na geração obrigatória de um novo registro, na fase atual não haverá
duplicação de registros de uma mesma obra, pois a entrada de dados está
subordinada, obrigatoriamente, à pesquisa da existência ou não de um determinado
registro, permitindo assim a inclusão de mais um solicitante e de sua prioridade em
�5.7
um registro já existente ou a inserção de um novo registro, de acordo com o
resultado da pesquisa.
Desta forma, uma mesma obra consta apenas uma vez na base de dados,
contendo todos os interessados, suas prioridades, os vários preços levantados e o
total de exemplares sugeridos para aquisição.
A seleção é feita a partir da indicação da verba disponível para este fim e
através de técnicas de banco de dados e ferramentas de programação matemática.
Levando-se em conta os critérios anteriormente citados, é gerada rapidamente, e
de maneira confiável, a lista consolidada dos títulos a serem adquiridos para o
Instituto Tecnológico de Aeronáutica .
Apesar de parecer um processamento exaustivo, devido ao excessivo número
de restrições incorporadas ao modelo, a seleção será feita em um curto espaço de
tempo, uma vez que no momento da seleção todas as complementações e
alterações que um registro deveria sofrer já foram providenciadas antes mesmo da
existência da verba.
Sendo um sistema amigável, durante todo o processo de inclusão, o
solicitante que estiver inserindo um novo documento na base de dados poderá ter
acesso a catálogos de obras em CD-Rom ( Ulrich’s, Books in Print e outros), à
verificação da existência ou não de uma obra no acervo da Biblioteca Central CTAITA.
�5.7
3 O SISTEMA COMPUTACIONAL E SEUS MÓDULOS
O sistema proposto de seleção automática de material bibliográfico é parte
integrante de um SRI (Sistema de Recuperação da Informação) que, no caso
específico da Biblioteca Central CTA/ITA, é o SIC&T. Sabe-se que uma das formas
possíveis
de
dividi-lo
baseia-se
no
binômio
função/processo,
podendo-se
representá-lo através de módulos (cf. VICKERY, B. e VICKERY, A. 1987), e isto é
feito na figura 1, a seguir, de forma bastante geral, e posteriormente os detalhes
considerados mais relevantes do ponto de vista biblioteconômico são apresentados.
FIGURA 1 - MÓDULOS COMPUTACIONAIS DO SISTEMA SELEÇÃO DE
MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
Módulo 1: Escolha de títulos pelos professores.
Cada professor alimenta a base de dados da Divisão, o sistema está disponível
em rede.
Módulo 2: Validador da Base de Dados.
Faz-se, de maneira rotineira, uma atualização e verificação da integridade dos
dados da base daquela Divisão, tanto para complementar, como para atualizar os
campos solicitados pela Biblioteca Central CTA/ITA.
Módulo 3: Geração da lista divisional consolidada.
A base de dados gerada pelos solicitantes de uma Divisão serve como input
para um módulo que irá fazer a escolha dos ítens a serem comprados, considerando-se
a disponibilidade de verba bem como a gradação de preferência de acordo com os
parâmetros pré-estabelecidos.
Módulo 4: Gerador de relatórios finais e atualizador da base.
Quando da lista consolidada final, os registros que aparecem naquela lista são
excluídos da base de dados divisional e um arquivo em formato Word é gerado com
aqueles registros para compor a lista final do Instituto, e outro arquivo contendo os ítens
a serem comprados é gerado, de forma compatível com o formato da infobase utilizada
pela Biblioteca Central CTA/ITA, no caso FolioViews, contendo, também, os campos para
informações bibliográficas padrões adicionais.
Módulo 1: Este módulo foi desenvolvido utilizando-se o software Access. Os
campos solicitados de inclusão, que devem ser preenchidos pelos usuários, são
somente aquelas informações mais conhecidas dos solicitantes, como autor, título,
�5.7
ISBN etc. Para exemplificar, tanto para a inserção de dados, quanto para consulta
tem-se, entre outras, uma tela como na figura 2, mostrada adiante.
FIGURA 2 - MÓDULO 1
Módulo 2: Quando da inserção de novos registros no módulo 1, normalmente os
únicos dados incluídos na base pelos solicitantes são autor, título e prioridade. No
módulo 2, os dados são complementados com todas as informações necessárias
para o processo de aquisição. A complementação dos dados é feita com a consulta
a outras bases de dados, e.g. catálogos eletrônicos como Springer Verlag, Books in
Print, Ulrich’s etc. Os fatores que potencialmente tornam o sistema moroso
aparecem nesta etapa, e.g. o preço dos exemplares em língua estrangeira no país,
razoavelmente diferente daquele fornecido pela editora; erros cometidos no
momento da inserção da obra, como autor e título corretos mas trocados, etc. Uma
�5.7
forma encontrada para contornar este problema vem da atualização periódica da
base de dados por este módulo. Note-se que neste módulo, quando da atualização
e verificação da integridade dos dados, os campos dos registros da base de dados
que foram aqui modificados, já aparecem corrigidos quando da utilização posterior
de todos os módulos.
Módulo 3: Quando da liberação de verbas para a aquisição de ítens bibliográficos, o
que ocorre geralmente de maneira não-prevista e com prazo reduzido para a
utilização das mesmas, a escolha dos ítens a ser comprados deve ser computada
de forma rápida e confiável. Para tanto, parte-se para uma modelagem
computacional por programação linear inteira, que permitirá tanto a geração da lista
consolidada como a atualização das diversas bases a partir de arquivos textos
gerados no módulo 4.
Como mencionado anteriormente, propôs-se neste trabalho a utilização de
um outro modelo matemático, o qual permite a introdução de possíveis gradações
de prioridades quanto às escolhas dos professores de cada divisão. Antes de introduzir o modelo utilizado neste sistema, faz-se necessária uma breve digressão em
relação ao modelo anterior, para que o melhoramento advindo possa ser melhor
compreendido.
No sistema anterior, partiu-se dos seguintes princípios:
a) todo e qualquer item bibliográfico tem a mesma prioridade que os demais;
b) o valor total a ser pedido não pode ultrapassar o montante alocado à Divisão; e a compra tem que ser tal que o valor a ser estornado seja o menor
possível.
�5.7
Com estes princípios, a modelagem matemática adotada foi o Problema da
Soma de Subconjuntos, e o método de resolução escolhido foi o sugerido por SOMA
et al. (1995).
Para este sistema, além da introdução de uma gradação de prioridades, isto
é, os ítens bibliográficos passam a (ou podem) ser diferenciados uns dos outros, o
que se deseja não é mais tão somente ter o menor valor estornado possível, mas
sim ter também uma lista consolidada, cujos ítens sugeridos para a compra são aqueles considerados realmente os mais importantes para aquele grupo. Faz-se notar que, muito embora estas mudanças aparentem ser muito simples ou pequenas,
um grande número de mudanças metodológicas de vulto foi necessário, algumas de
difícil implementação, como comentado adiante.
Variáveis de controle:
pi : Preço da obra i da base de dados divisional, com n registros e
M: montante alocado à Divisão para a compra dos ítens bibliográficos
f(xj): grau de importancia da obra j.
A atribuição destes valores é estipulada pelos professores da Divisão, e feita da seguinte forma:
• os ítens considerados para a compra são divididos em 12 grupos, como mostrados
na figura abaixo
�5.7
FIGURA 3 - ÍTENS CONSIDERADOS PARA COMPRA
Essencial
Necessário
Conveniente
Graduação
Pós-Graduação
Projeto
Interesse Individual
• a cada uma das (doze) células acima os professores da Divisão atribuem pesos
que variam de 1 a 100, conforme a gradação que melhor o represente. O programa
calcula então a média da Divisão como um todo, e estes novos pesos irão formar a
função f(xj.). Por exemplo: após a avaliação dos membros da Divisão o peso de um
livro considerado Essencial à Pós-Graduação pode ser 85. Assim, os livros que aparecem como referência no Catálogo de Cursos da Pós-Graduação irão, todos, ter
um grau de impôrtancia 85.
• após a definição das médias, os usuários não ficarão sabendo os valores numéricos dos mesmos, para evitar a tendência de se classificar todos os livros como essenciais e/ou necessários. As discrepâncias mais evidentes são eliminadas pelo
módulo 2, e.g. classificação de um título como Essencial mas este não constará no
catálogo etc. Esta fase é encarada como um pré-processamento, e pode ou não ser
executada, quando de cada liberação de verbas, isto é, toda esta parte de atribuição
de graus pelos professores da Divisão pode ser feita semestralmente ou mesmo
anualmente.
�5.7
Variáveis de decisão:
xi : 1 se a obra i é escolhida e 0 caso contrário.
Problema a ser resolvido:
n
Maximizar z =
� f ( x ). x
i
i
i=1
n
Sujeito a:
� p .x
i
i
≤M
i =1
xi = 0 ou 1
i = 1,�, n
Nota:
Sabe-se que o problema acima, conhecido como Knapsack Problem,
é computacionalmente difícil, isto é, NP-difícil, (cf. Garey e Johnson 1979), mas que,
apesar disto, pode ser resolvido de maneira exata em tempo pseudo-polinomial, ou
de maneira aproximada por heurísticas polinomiais (cf. Martello e Toth 1990). Decidiu-se resolvê-lo de maneira exata, mais especificamente pelo algoritmo de Martello
e Toth (1988), pois sabe-se que o mesmo apresenta resultados práticos muito bons.
Módulo 4: Com as informações obtidas pelos outros três módulos, além da lista
consolidada final do Instituto em formato Word, e da validação da base de dados
das divisões, um segundo arquivo contendo campos para informações bibliográficas
padrões compatíveis com a infobase da Biblioteca Central CTA/ITA é gerado.
Mostra-se a seguir algumas informações que constam de um registro deste último
arquivo (tanto os caracteres de controle quanto os cabeçalhos de cada um dos
registros, quando da inserção na infobase utilizada foram suprimidos, por facilidade
de compreensão).
FIGURA 4 - INFORMAÇÕES QUE CONSTAM DE UM REGISTRO
�5.7
AQUISIÇÃO
001 = 23/01/95 (inclusão), 12/06/96 (atualização), 1990 (ano de publicação)
100 = Ronald L. Graham
130 = Ramsey Theory
...............................................................................................................
250 = 2.ed.
...............................................................................................................
Nem todos os campos dos registros contêm informações quando o arquivo é
gerado, pois estes campos serão complementados pela Seção da Biblioteca Central
CTA/ITA responsável pelo módulo Aquisição do SIC&T. A grande maioria dos
dados, entretanto, é fornecida de maneira automática, quando do módulo 2
(validador da base de dados). É interessante notar que os campos dos registros, tais
como mostrados na Figura 4, após a formatação, geram a seguinte interface:
FIGURA 5 - CAMPOS DE REGISTRO
�5.7
4 CONCLUSÕES
O processo de seleção de material bibliográfico para a aquisição, utilizando o
sistema computacional, automatiza o processo até então manual, indo ao encontro
do EDI (Electronic Data Interchange), além de deixar de ser um fator restritivo, como
exposto na introdução deste trabalho, da performance de um SRI, no caso o SIC&T.
Também, no melhor conhecimento dos autores, a abordagem para a resolução do
problema proposto, tal como adotada, é inédita nos sistemas de informação
existentes no País.
Dentre as várias vantagens obtidas quando da utilização do sistema proposto,
podem ser citados:
• diminuição significativa da edição/manipulação de informações repetidas
por funcionários, bibliotecários, professores e pesquisadores, e.g. listas
individuais e preliminares dos professores, listas consolidadas dos
Departamentos, das Divisões, e a lista consolidada do Instituto, bem como
nas formatações próprias para a infobase e base de dados da Biblioteca
Central CTA/ITA;
• geração da lista consolidada que melhor representa o pensamento dos
professores
da
Divisão,
isto
é,
uma
vez
que
o
grupo
de
professores/pesquisadores de uma Divisão decide como deve ser a
gradação de suas preferências (função objetivo do modelo matemático),
não deve haver contestação quanto aos ítens a serem comprados;
• maximização na utilização das verbas disponíveis, e aumento no grau de
automação do SRI.
�5.7
Como sugestão para trabalhos futuros, propõe-se:
• automação completa do módulo 2, mais especificamente, que o processo
de validação não tenha que ter interferência humana, como o acesso
remoto a outras bases de dados eletrônicas, verificação se uma obra
sugerida pode ser classificada como essencial e/ou necessária, pertinência
quanto ao escôpo do que se solicita etc.;
• geração de listas alternativas, isto é, fornecer não somente um único
conjunto de ítens a serem comprados, mas sim várias listas alternativas,
com vistas ao montante alocado para compra e as gradações da Divisão.
Note-se que isto permite fazer uma análise de sensibilidade do que está
sendo
solicitado,
bem
como
fornecer
informações
que
podem
potencialmente auxiliar no pedido de verbas via projetos submetidos aos
órgãos de fomento como CNPq, CAPES, etc. e outros.
ABSTRACT
In order to solve problems caused by manual selection of bibliographical material for
acquisition by the Central Library at ITA (Technological Institute of Aeronautics), a
computational system for automatic selection is proposed. This system would reduce
data processing time for acquisition, solve the problem of selection by considering a
scale of preferences, and maximize the use of funds allocated for the purchase of
library material. The first problem is solved by installing a user-friendly database, and
the other two by the use of mathematical programming techniques.
�5.7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ARAÚJO, V.M.R. Sistemas de recuperação da informação : nova abordagem
teórico-conceitual. Rio de Janeiro : UFRJ/ECO, 1994. Tese (Doutorado em
Comunicação) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1994.
2 GAREY, M.R., JOHNSON, D.S. Computers and intractability : a guide to the
theory of NP-Completeness. San Francisco : Freeman, 1979.
3 KISHIDA, E. T. Geração automatizada de itens bibliográficos. São José dos
Campos : CTA/ITA, 1995. Trabalho (Graduação) - Instituto Tecnológico de
Aeronáutica, Centro Técnico Aeroespacial, 1995.
4 MARTELLO, S., TOTH, P. Worst-case analysis of greedy algorithms for the
subset sum problem. Mathematical programming , v. 28, p.198-205, 1984.
5 MARTELLO, S , TOTH, P. Knapsack problems : algorithms and computer
implementations. Chichester : John Wiley and Sons, 1990.
6 MARTELLO, S, TOTH, P. A new algorithm for the 0-1 knapsack problem.
Management Science, v. 34, p. 633-644, 1988.
7 SOMA, N.Y., QUINSAN, M.L., KISHIDA, E.T. A computational selection
system for bibliographic items. São José dos Campos : CTA/ITA 1996.
8 SOMA, N.Y., YANASSE, H.H., ZINOBER, A.S.I., HARLEY, P.J. A polynomial
approximation scheme for the subset sum problem. Discrete Applied
Mathematics, v 57, p. 243-253, 1995.
9 VICKERY, B. , VICKERY, A. Information science in theory and practice.
Londres : Butterworths, 1987.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Compra de material bibliográfico: seleção otimizada.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Soma, Nei Yoshihiro; Quinsan, Mrilda Leite; Gugimura, Flávio Yoshihiko
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Visando solucionar problemas decorrentes da seleção manual de material bibliográfico para a aquisição pela Biblioteca Central CTA/ITA, propõe-se um sistema computacional, cujo processo de seleção é feito de maneira automática. O sistema sugerido irá resolver, entre outros problemas, o de minimização do tempo de processamento de dados para a aquisição, o da seleção, levando em conta as gradações de preferências e a maximização no uso das verbas disponibilizadas para a compra de material bibliográfico. O primeiro problema é solucionado pela implementação de uma base de dados amigável, enquanto os outros dois pelo uso de técnicas de programação matemática, mais especificamente, o modelo de programação linear inteira.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4802/SNBU1996_081.pdf
ef6b5c452e3eb7a31d527caddf3edab8
PDF Text
Text
8.22
COMUNICAÇÃO VISUAL, POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO
E MARKETING PARA BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS : UMA
PROPOSTA PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
*
Leopoldo Nogueira e Silva
RESUMO
A partir de observações realizadas em visitas técnicas a diversas bibliotecas
universitárias do Brasil, com a finalidade de conhecer e avaliar a funcionalidade das
experiências em comunicação visual, buscou-se elaborar um projeto de
comunicação visual apropriado para as bibliotecas da Universidade Federal de
Uberlândia. Enfatizou-se o uso da cor, das formas simplificadas e de materiais mais
adequados e modernos para se alcançar os objetivos da informação objetiva e
direta. Analisou-se, também, necessidade de se delinear uma política mais ampla
para as ações nas bibliotecas, dentro do contexto universitário e social, bem como
considerou-se a possibilidade de se concretizar ações de marketing para o produto
com que a biblioteca trabalha: a informação.
1 INTRODUÇÃO
Daqui a algumas décadas, é bem provável que olhemos para trás e
concluamos que, estes tempos de profundas transformações pelos quais passamos
foi a Era da Informação. Tudo passa pela informação, ou quase tudo. Eventos que
acontecem do outro lado do mundo também ocorrem aqui, em nossa frente, através
da televisão. Jornais, revistas e outros periódicos abarrotam as prateleiras não só
das bancas de revistas, mas dos supermercados, padarias, farmácias, postos de
gasolina. Cartazes, folhetos, informativos, “santinhos” de mil formas e cores são
pregados em todos os lugares, distribuídos em todas as praças e esquinas, criando
e alimentando um tal estado de poluição visual que confunde as pessoas.
*
Programador visual da Universidade Federal de Uberlândia.
�8.22
Livros e mais livros são dedicados à questão do poder, do saber, do poder da
informação nestes tempos. Não só livros. Temos agora a Internet, a pesquisa online, o CD-ROM, o disquete, o CD-Player, o videolaser, a TV de bolso, o telefone
celular, a secretária eletrônica, o fax, o bip de mensagens, a parabólica, a Direct TV.
Estamos todos literalmente interligados.
As áreas de marketing e publicidade estão aí, para fazer notar às pessoas
outros milhões de produtos, manipular e vender o que as indústrias têm para
oferecer ao deleite da tal sociedade de consumo. Estratégias fabulosas, pesquisas
de mercado, discussões intermináveis se dão, de modo a traçar o perfil do
consumidor.
Assim, logo deveriam fazer-se as mesmas coisas para os
consumidores de informação das bibliotecas universitárias, para os usuários dos
serviços por elas oferecidos.
2 A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E SUAS FUNÇÕES
Basicamente, à biblioteca universitária cabe prover a infra-estrutura
bibliográfica, documentária e informacional para apoiar as atividades acadêmicas. O
usuário tem suas necessidades e, em busca de satisfazê-las com o material
disponível na biblioteca, deverá percorrer um caminho. Provavelmente um grande
vai-e-vem, um confuso e complicado caminho.
3 O PLANEJAMENTO FÍSICO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
�8.22
A experiência passada demonstra que para a construção de uma biblioteca
devemos contar com uma equipe multidisciplinar, e que trabalhe de maneira bem
afinada.
Orientações do MEC - através do Programa Nacional de Bibliotecas
Universitárias, para o planejamento físico de bibliotecas universitárias - contemplam
várias questões importantes sobre esta construção. Entretanto, não se toca no
assunto da comunicação visual. Os grandes problemas são relacionados, sem que
se aborde que a questão da comunicação visual é de suma importância para que se
cumpram os objetivos informacionais das bibliotecas.
Visitando as bibliotecas universitárias do Brasil, constatamos que até existe o
esforço para a formação desta equipe de planejamento, que dá origem à prédios
amplos, dentro dos mais atualizados conceitos técnicos, estruturais e arquitetônicos.
Constroem-se edifícios que pretendem a modernidade e, o que salta aos
olhos são as opções improvisadas para remediar determinadas situações. “Por fora,
bela viola, por dentro, pão bolorento”, canta o ditado popular:
a) a iluminação natural não bastou para permitir que determinados corredores
de prateleiras recebam luminosidade adequada. Não se levou em
consideração que estas prateleiras foram aproveitadas dos prédios
antigos, nem o ângulo prevalecente dos raios solares. Outro gasto é
necessário para ampliação de rede elétrica;
b) setas fazem o usuário dar voltas desnecessárias em busca do material
pretendido. Se as indicações são aéreas, pecam por serem de letras
diminutas, em cores inadequadas. Se estão afixadas em painéis, estes se
�8.22
perdem na confusão visual que se cria com pilastras, escadas e impressos
pregados descontroladamente pela comunidade acadêmica;
c) goteiras sem fim incomodam usuários e comprometem o acervo. Baldes e
bacias passam a fazer parte do cenário;
d) jardins suspensos, bem como lagos e espelhos de águas dão um aspecto
agradável e combinam com a onda ecológica. São, do mesmo modo,
alternativa para que os livros não fujam por janelas. Quando existem
servidores disponíveis para os cuidados necessários - que não são poucos
- conseguimos um visual e aspecto funcional extraordinário. No mais,
admiramos a secura das plantas e a sujeira dos tanques cheios de larvas
de mosquitos, papéis, copos descartáveis e toda espécie de imundície;
e) anfiteatros pequenos para uma população grande acabam não permitindo
o acesso de muitos usuários interessados em promoções e eventos da
biblioteca. Isso quando o anfiteatro não é convenientemente aparelhado
com luzes, som, telas, sistema de ventilação, poltronas satisfatórias etc.;
f) e a acústica? Pode ser que os gregos e os antigos tivessem resolvido a
questão e a solução não chegou até nós. Se este segredo estivesse na
biblioteca de Alexandria... acabou pegando fogo e o zumbido dos usuários
ainda incomodará muito;
g) os quadros de avisos gerais são pequenos para o volume de informações
apresentadas.
Pregam-se
informes
sobre
outros,
quando
não
desaparecem cartazes e folhetos que aludem a eventos de interesse;
h) quando previram uma “Sala 24 horas,” não se colocaram
sanitárias para os usuários dela;
instalações
�8.22
i) o guarda-volumes serve ao usuário e à comunidade inteira. São deixados
materiais de pessoas que não utilizarão os serviços da biblioteca. Se o
ponto escolhido para o guarda-volumes também não é adequado, acabase criando tumulto para os usuários, estresse entre os servidores e
insatisfação para todos;
j) a orientação é para que se procure o balcão do Setor de Referência. Como
existem muitos balcões, o usuário acaba passando por muitos deles antes
de chegar ao seu destino;
k) a numeração tal se inicia na prateleira 15, antes da de número 16 e depois
da 14. Como o usuário tem de contar nos dedos, fica mais difícil...
l) a biblioteca está conectada à uma rede fabulosa de dados, via on-line.
Também dispõe de títulos em CD-ROM, de disquetes e, oferece uma gama
de serviços que, a comunidade desconhece por não estar bem informada.
Falta comunicação, algo além de papeizinhos pregados pelas paredes,
panfletos e cartilhas desinteressantes.
São vários os problemas e as improvisações adotadas para resolver cada um
deles. Falta comunicação visual. Falta política de comunicação. Falta marketing.
Falta visão do conjunto, boa-vontade, vontade política, infra-estrutura, servidores,
bibliotecários, dinamicidade, espírito de equipe. O que mais falta para a biblioteca
universitária?
4 POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO PARA A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
�8.22
Uma vez que se estabelecem os objetivos da biblioteca universitária em
relação ao indivíduo dentro da universidade, quando no desempenho de suas
atividades acadêmicas, apoiar as atividades da instituição, provendo a infraestrutura
bibliográfica, documentária e informacional , acreditamos que a decorrência natural
disso é que se planeje a sua própria política de atuação.
Visto que a biblioteca universitária não possui autonomia, pelo fato de estar
inserida numa realidade maior que é a universidade, esta política necessariamente
deve se harmonizar com os objetivos e a política de atuação da própria
universidade.
Por sua natureza, a biblioteca universitária interage com a sociedade através
de várias frentes: convênios, intercâmbios, a própria malha burocrática educacional,
centros de pesquisa e informação e outros.
Atendendo a estas diversas necessidades e interações múltiplas, além das da
própria organização, articulam-se metodologias e técnicas para colocar todo o
acervo, a informação, os serviços e as instalações da biblioteca à disposição da
comunidade. Coletam-se dados, analisam-se questões que afetam os usuários e o
acervo, bem como a administração de tudo isso. Levantam-se as necessidades e
arranjam-se todas as informações colhidas, de modo a traçar uma política de
atuação, no caso de comunicação para toda esta questão.
A equipe que faz esses arranjos coloca todas as questões, problemas, as
destinações, necessidades e objetivos a serem alcançados. Ainda que todas as
informações disponíveis sobre a demanda e o que é oferecido pela biblioteca
universitária sejam imperfeitas, o esforço deve ser o de possibilitar que o maior
índice possível de ação seja executado.
�8.22
Reconhecendo as atuais necessidades, e que estas requerem dinamicidade
para sua resolução, que o quadro de pessoal é reduzido e quase sempre mal
preparado, que as instalações permanecem inadequadas, invocamos os imperativos
da inovação e da administração engajada em busca de alternativas viáveis e
aceitáveis para que o usuário seja atendido a contento. Assim, se cumpre o objetivo
da biblioteca universitária.
Dentro das atuais circunstâncias e da complexidade da academia e da
sociedade contemporânea, justifica-se que seja elaborado um projeto consistente,
uma política de comunicação para a biblioteca universitária. Todos os seus serviços,
suas instalações, manuais, regulamentos, acervo e possibilidades devem ser
oferecidos de maneira que o usuário saiba do que ele dispõe para que sejam
atendidas suas necessidades acadêmicas.
5 LAY-OUT, CD-ROM, PERSONAL COMPUTER, ON-LINE E OUTROS NOMES
DIFERENTES
As instalações da biblioteca universitária devem ser as mais adequadas
possíveis e, atualmente, parece que há uma grande preocupação na área, visto que
equipes já se formam para fazer o planejamento não só arquitetônico mas também
do visual delas. É conhecida a influência que exerce sobre o usuário a disposição
�8.22
empírica e inadequada de mobiliário, iluminação, quadros informativos etc. O
usuário insatisfeito e estressado reflete os maus serviços oferecidos.
Com tanta tecnologia disponível, hoje em dia, é inconcebível que a
organização não lance mão dela a fim de otimizar a qualidade dos serviços e a
satisfação do usuário. Lay-out, CD-ROM, computador pessoal, pesquisa on-line e
outros nomes diferentes concorrem para exemplificar a gama de novas
possibilidades que ocorrem dentro do espaço biblioteca.
6 A SINALIZAÇÃO
A finalidade maior do sistema de sinalização deveria ser o de minimizar a
frustração do usuário que busca os serviços disponíveis na biblioteca universitária.
Os lay-outs com as indicações dos setores diversos que interessam à
comunidade que busca a biblioteca devem ser de fácil leitura, assim como as placas
de sinalização devem ser padronizadas, obedecendo à logicidade. Os sentidos do
ser humano devem ser estimulados, a fim de mostrar ao usuário o caminho mais
curto, objetivo e direto para o objeto de suas necessidades.
Conceitos fundamentais, símbolos universalmente aceitos e padronizados
nos deveriam inspirar de modo a não utilizarmos soluções “caseiras” impróprias, que
redundam em dificuldades e constrangimentos para o usuário.
Os sistemas de sinalização funcionam como um todo e não é a improvisação,
que não obedece a uma estratégia definida, que vai fazer funcionar a comunicação
entre organização e usuário. Devem-se utilizar critérios apropriados de modo a
�8.22
orientar, informar, direcionar, regulamentar, prevenir, proibir, identificar as áreas de
interesse da comunidade e a disponibilidade da organização.
Naturalmente
Programação
Visual
que
reforçamos
compor
a
a
necessidade
equipe/comissão
de o
que,
profissional da
juntamente
com
o
bibliotecário/administrador, vai planejar o sistema de sinalização da biblioteca e,
mais além, traçar a política de comunicação para a organização.
7 TREINAMENTO DE USUÁRIOS E DE BIBLIOTECÁRIOS E SERVIDORES
PARA A UTILIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Uma vez que se traçam políticas definidas de comunicação, metas para
colocar a informação à disposição da comunidade acadêmica, faz-se necessário
que se tenha em previsão o treinamento dos servidores da biblioteca universitária
para a compreensão de todo o sistema e das políticas elaboradas. A linguagem
deve ser uniformizada, de modo que a prestação do serviço flua harmoniosamente.
Atualmente confirma-se a tendência de os usuários também passarem por
este treinamento no início de sua vida acadêmica.
Em todo o processo pode e deve haver abertura para sugestões, críticas e
re-análises sobre acontecimentos e necessidades que podem ser modificadas.
Manuais gerais sobre a utilização das bibliotecas universitárias, neste
momento, são adequados e indispensáveis,
além de vídeos e outros materiais
audiovisuais (tótens, como os utilizados em shopping-centers). Um atendente
especialmente treinado para receber o usuário logo à entrada da biblioteca também
ajudaria.
�8.22
8 MARKETING PARA AS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Quando nos aprofundamos no conceito dos objetivos da biblioteca acabamos
encontrando o de bibliotecas universitárias de países em desenvolvimento que seria
o de “influenciar positivamente o uso e a produção de informação, pela provisão de
serviço relevante, no tempo devido e de maneira significativa”.
Neste ponto da discussão, que se fez em torno da questão, temos de admitir
que a ênfase da biblioteca recai sobre o usuário, não mais para os processos que
são meios para se atingir estes objetivos (aquisição, processamento etc.).
Uma biblioteca que já se preocupa em entender e influenciar o usuário já está
fazendo marketing, mas engatinhando. Marketing envolve a abordagem da
informação como produto, do estudo do público consumidor, propaganda,
promoção, relações públicas etc.
Não é só uma questão de colocar o produto (a informação) para o cliente
(usuário) de modo atraente, mas de otimizar os recursos da biblioteca conhecendo
o perfil do usuário, a demanda e suas variações, para planejar as ações dos
processos a serem desenvolvidos internamente (aquisição, processamento etc.), e a
colocação dos serviços disponíveis para o cliente.
Se o usuário ainda não tem conhecimento de suas necessidades, o marketing
da biblioteca tem a função de esclarecê-lo para tal, pela própria especificidade do
objetivo da biblioteca.
�8.22
Na mesma equipe que planeja a política de atuação e de comunicação da
biblioteca universitária deve estar o profissional da área para apresentar alternativas
de qualidade, viáveis dentro da realidade local.
A comunidade universitária não é uma massa uniforme com as mesmas
necessidades. Como este “mercado acadêmico” é diversificado em vários
segmentos, faz-se necessária uma análise mais profunda desta realidade, de modo
a permitir que as informações específicas redundem em planejamentos mais
adequados para o atendimento de especificidades dos usuários.
�8.22
9 UMA PROPOSTA PARA O SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Na gestão 92/96 da Administração da Universidade Federal de Uberlândia,
houve uma opção consciente para discutir um projeto de ação para a universidade e
para a biblioteca. Anteriormente, as bibliotecas da UFU eram ligadas à uma divisão
da
PROEPE/Pró-Reitoria
de
Ensino,
Pesquisa
e
Extensão.
Com
o
desmembramento da PROEPE em três pró-reitorias distintas, as bibliotecas
passaram a fazer parte de um sistema, ligado à Vice-Reitoria. Em 1991,
inauguraram-se dois novos prédios para as bibliotecas de dois campi: Santa Mônica
(Biblioteca Central), com 5.749,95 m2 e Umuarama, com 4.067,50 m2. As quatro
bibliotecas do sistema somam aproximadamente 10 mil m2.
A partir daí, iniciou-se um processo de discussão e planejamento das ações
para as bibliotecas do sistema. Dificuldades de toda ordem impuseram a
necessidade de se buscar soluções para o atendimento das necessidades de
emergência e as discussões levaram conseqüentemente à formação das equipes
setoriais, para análise de propostas para desenvolvimento das iniciativas correntes e
das que viriam a acontecer.
Com a demanda crescente (freqüência anual de 895.760 usuários; 124.600
volumes em acervo; 5.151 títulos de periódicos; circulação de 349.622 materiais
bibliográficos em 1995) impõe-se a urgência de se desenvolver um projeto de
comunicação visual profissionalmente elaborado, dentro de uma proposta de política
de comunicação e marketing para as bibliotecas do sistema.
�8.22
Para alcançar a excelência da comunicação, optou-se pela simplicidade e
objetividade de formas e cores, inspirados em Mondrian. Buscou-se, do mesmo
modo, organizar metodicamente todo o material, para não criar poluição visual que
concorresse com o caos que impera na universidade.
Através do encontro de eixos horizontais e verticais delimitamos as zonas de
cor, procurando sintonia entre a arquitetura dos prédios e as placas sinalizadoras e
indicativas. Assim é o pensamento de Mondrian expressado em suas obras: cores
primárias, figuras geométricas, para buscar além da natureza instável a realidade
plástica, pura e permanente. Ele busca estabelecer a relação do universal e do
individual no equilíbrio dinâmico da forma e da cor, para fazer revelar as leis da
realidade. Afirma que, através de suas obras, conseguiria alcançar o equilíbrio entre
o objetivo e o subjetivo.
Transpondo isto para a nossa realidade da biblioteca, buscou-se esta
inspiração para encontrar o também equilíbrio entre o objetivo da informação e o
subjetivo da expressão estética, a sensação de agradabilidade e conforto visual do
material posto para ser o suporte da comunicação que se faz necessária.
Ao relacionar as formas e cores mais simplificadas para determinar certos
setores e serviços das bibliotecas queremos criar o mesmo impacto que movia
Mondrian, de criar critérios dosados para “a obtenção de um ritmo (...) com cores
suaves para obtenção de um clima ao mesmo tempo instintivo e racional, ordenado
e caótico, intelectual e poético”. Isto posto a fim de ser sensível também às
necessidades estéticas, além das científicas, da comunicação que se quer
estabelecer.
�8.22
Em cores definimos os setores/serviços que têm contato mais direto com o
público usuário, a saber:
a) Referência: padronizar em azul;
b) Periódicos: padronizar em verde;
c) Empréstimo: padronizar em amarelo;
d) Serviços gerais (cópias heliográficas, cantina, telefone, sala 24 horas,
correios etc.): padronizar em vermelho;
e) Demais setores e serviços internos administrativos: padronizar em preto.
Em composições declaradamente inspiradas no artista e na fachada externa
das
maiores
bibliotecas
do
sistema,
utilizamos
cores
primárias,
puras,
complementares, ora em fundo preto, ora em branco, dependendo da impressão
que se quer causar. Naturalmente, que se leva em consideração os aspectos
psicológicos, dependente e independentemente do que culturalmente se aceita para
o significado das cores, a partir de estudos desenvolvidos anteriormente.
A combinação de todas estas formas e cores criam efeitos plásticos, tomam
lugar no espaço e têm valores expressivos significativos. Proporções e relações são
estabelecidas, de modo a atender ao objetivo de comunicar o máximo pelo mínimo
de esforço. Ser óbvio, não redundante e não poluir.
�8.22
10 CONCLUSÃO
Dentro da realidade atual, da praticamente inexistência de propostas de uma
ação de marketing e de uma política mais ampla de comunicação e ação para as
bibliotecas universitárias, é de se esperar que a mais incipiente das iniciativas cause
impacto, de mais ou menos estranheza entre os servidores das universidades. Estes
são desacostumados a uma rotina profissionalmente elaborada através de metas e
objetivos a serem alcançados de modo racional.
As administrações vão e vêm. Como nem as bibliotecas nem a própria
universidade obedecem a um programa de ação consistente, voltado para as reais
necessidades da sociedade; temos gastos desnecessários de recursos que
poderiam estar sendo empregados de forma mais racional e justa.
A demanda se apresenta cada vez maior e é imprescindível que a instituição
maior e a biblioteca enquanto organização dentro deste contexto se atualizem,
material e humanamente, de modo a permitir a satisfação de sua clientela, que é,
em última instância, a sociedade à espera de que a universidade cumpra o seu
papel. Não só de preparar as classes dominantes para o exercício do poder, mas de
democratizar o saber, a cultura e, assim, construir a sociedade mais justa, solidária
e fraterna.
A busca do ensino público de qualidade passa necessariamente por todas
estas questões expostas e a biblioteca pode, a seu turno, colaborar imensamente
para a construção desta universidade que a sociedade quer.
�8.22
ABSTRACT
As a result of technical visits made to various university libraries in Brazil for the
purpose of learning about and evaluating experiments in visual communication, a
visual communication project appropriate for the Federal University of Uberlândia’s
libraries was developed, with emphasis on the use of colour, simplified forms, and
suitable modern materials, in order to provide direct, objective information. The need
to define a broader policy for library activities within the university and social context
is analyzed, and the possibility is considered of carrying out marketing for the
library’s product: information.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 AMARAL, Alaúne I. Freitas do. Estudo de Cores. Viçosa : Editora UFV, 1975.
120 p.
2 BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo : vértice e ruptura do projeto construtivo
brasileiro. Rio de Janeiro : FUNARTE, 1985. 120 p.
3 CUNHA, Murilo Bastos. As tecnologias de informação e a integração das
bibliotecas brasileiras. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 7., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP,
1994. p.105-122.
4 FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Metodologias para a promoção do uso da
informação: técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas universitárias
e especializadas. São Paulo : Nobel, 1990. 144 p.
5 GALBINSKI, José , MIRANDA, Antônio L. C. de. Planejamento físico de
bibliotecas universitárias. Brasília : PROBIB, 1993. 177 p.
6 GÊNIOS da Pintura. São Paulo : Abril, 1984. v. 2, p. 31-54
7 KLAES, Rejane Raffo , PFITSCHER, Eloisa Futuro. Ainda e sempre a questão
da integração biblioteca e universidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1994, Campinas. Anais... Campinas :
UNICAMP, 1994. p. 289-300.
8 LEMOS, Antônio Agenor Briquet de , MACEDO, Vera Amália Amarante. A
posição da biblioteca na organização operacional da universidade. Revista
de Biblioteconomia de Brasília, v. 2, n. 2, p. 167-174, jul./dez. 1974.
�8.22
9 NASCIMENTO, Maria Alice Rebello. Compartilhamento e integração? : a
articulação da biblioteca universitária com a sociedade através da estratégia
da extensão. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP, 1994. p. 155-164.
10 OSTROWER, Faiga. Universos da arte. 6. ed. Rio de Janeiro : Campus,
1991. 360 p.
11 SILVEIRA, Amélia. Marketing em bibliotecas universitárias. Florianópolis :
Editora da UFSC, 1992. 198 p.
12 TARAPANOFF, Kira. Objetivos de Biblioteca Universitária. Revista
Latinoamericana de Documentación, Brasília, v. 1, n. 1/2, p. 13-17,
ene./dic. 1981.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Comunicação visual, políticas de comunicação e marketing para bibliotecas universitárias: uma proposta para a Universidade Federal de Uberlândia. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silva, Leopoldo Nogueira e
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A partir de observações realizadas em visitas técnicas a diversas bibliotecas universitárias do Brasil, com a finalidade de conhecer e avaliar a funcionalidade das experiências em comunicação visual, buscou-se elaborar um projeto de comunicação visual apropriado para as bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia. Enfatizou-se o uso da cor, das formas simplificadas e de materiais mais adequados e modernos para se alcançar os objetivos da informação objetiva e direta. Analisou-se, também, necessidade de se delinear uma política mais ampla para as ações nas bibliotecas, dentro do contexto universitário e social, bem como considerou-se a possibilidade de se concretizar ações de marketing para o produto com que a biblioteca trabalha: a informação.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4693/SNBU1996_033.pdf
47ce660e90b61187ae87ef8bbbb31523
PDF Text
Text
5.20
�
CONCEPÇÃO ERGONÔMICA DE PÁGINAS WEB
*
Edison Melo
Solange T. Sari*
**
Walter de Abreu Cybis
Anamelea de C. P. Luiz dos Santos**
Heloísa R. de Próspero**
Márcio Matias**
Mário Cesar Silveira**
Vivian Heemann**
RESUMO
Este trabalho consiste na apresentação dos resultados do I Seminário Catarinense
de Redes Acadêmicas, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina,
abordando entre outros, o tema: Concepção de páginas na Web. Estão aqui
reunidas as principais recomendações ergonômicas para concepção, projeto e
desenvolvimento de páginas adequadas, com ênfase no aspecto de organizaçao da
informação veiculada pelas páginas.
1 INTRODUÇÃO
�
�
As recentes tecnologias de comunicação estão abrindo novas e incontáveis
possibilidades para a comunidade acadêmica, em termos de ensino, pesquisa e
extensão. Uma delas, a utilização da nova mídia para o ensino tradicional e à
distância e para o trabalho cooperativo, já está se concretizando na UFSC.
Pesquisadores, professores, funcionários e alunos desta Universidade
compartilham a explosão de um grande número de serviços de informação
institucionais e individuais, muitos desses baseados no que há de mais moderno em
termos de tecnologia Web.
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Núcleo de Processamento de Dados NPD/UFSC On line�
�5.20
�
A abnegação de apaixonados pela idéia de uma mídia democratizada, sem
barreiras de forma ou conteúdo, tem caracterizado boa parte dos trabalhos
realizados. Vive-se uma sensação de euforia democrático-tecnológica e, talvez por
isso, a organização dos conteúdos desta mídia não tenha merecido, até o momento,
a atenção adequada.
Poderiam existir prejuízos para as características democráticas da “rede” se
uma organização mínima fosse seguida em projetos de páginas de informação
pessoais ou institucionais?
Sem uma organização mínima, o usuário, para realizar a tarefa de busca de
informação, terá sérias dificuldades. É impossível, portanto, concordar com certas
concepções da Web associadas ao desperdício de um jogo de esconde-esconde da
informação.
O aborrecimento, a ansiedade e a decorrente sobrecarga cognitiva
acompanham o usuário em boa parte dos casos de manipulação de um serviço
informatizado. Isso ocorre quando os critérios ergonômicos de apresentação de
informações e de organização do diálogo homem-computador não são seguidos. É
papel dos ergonomistas a busca do conforto e da satisfação do usuário em seu
trabalho, colaborando para a não-proliferação de “armadilhas eletrônicas”.
Como usuários de uma mídia democrática, podemos influenciá-la conforme
nossas certezas. É hora de planejar formas de apoio para as iniciativas nesta área,
para que os serviços de informação propostos por nossa comunidade acadêmica
minimizem os problemas apontados neste breve preâmbulo.
���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
**
LabIUtil - Laboratório de Utilizabilidade - UFSC/SENAI-CTAI�
�5.20
�
Com este objetivo, a equipe do Projeto UFSC On-line, associada ao LabIUtil
— Laboratório de Utilizabilidade, tomou a iniciativa de organizar o I SCRA —
Seminário Catarinense de Redes Acadêmicas. O Seminário reuniu um número
expressivo de usuários, servidores e provedores de serviços de informação
operando na teia mundial da Internet Web. Esse evento ocorreu entre 23 e 25 de
abril de 1996, nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina.
2 UFSC ON-LINE: PERSPECTIVAS
A visão atual é de que o projeto UFSC On-line deva ser ampliado e
coordenado por uma equipe multidisciplinar composta por técnicos do Núcleo de
Processamento de Dados - NPD, pesquisadores, professores, funcionários e alunos
de outras unidades. Com base nos resultados obtidos até o momento, essa equipe
deve redefinir as estratégias do projeto sem perder de vista o objetivo de sua
implantação: criar uma sinergia para a capacitação das diversas unidades no
desenvolvimento de seus serviços de informação Web.
Essa capacitação não pode estar restrita aos aspectos tecnológicos da
questão, sob pena de se acumularem os erros que caracterizam muitos dos
trabalhos atuais. Esses erros indicam a necessidade de uma capacitação mais
adequada, bem como do
apoio de especialistas de domínios igualmente
importantes - estrutura da informação, ergonomia, design e editoração eletrônica.
Deve-se buscar a concepção de dispositivos de informação que funcionem
�5.20
�
adequadamente sob o ponto de vista técnico, que sejam fáceis de aprender a usar,
eficientes em seu uso e úteis para seus usuários.
3 AS QUALIDADES DOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO Web
A elaboração desse documento foi motivada pela necessidade de registrar,
analisar e disponibilizar material conclusivo sobre as discussões que caracterizaram
os painéis do I SCRA.
Esse material está sendo disponibilizado através de uma estrutura de critérios
(BASTIEN e SCAPIN, 1993) para o projeto de páginas de informação Web. Essa
estrutura define as qualidades atuais dos serviços Web sob o ponto de vista de
usabilidade: a compatibilidade, a gentileza, a clareza, a economia, a adaptabilidade,
a consistência, a expressividade, a segurança e a obediência.
Para cada critério ou qualidade de usabilidade este relatório disponibiliza um
conjunto de recomendações para o projeto de serviços de informação Web.
3.1 UMA PÁGINA COMPATÍVEL
O critério compatibilidade refere-se ao acordo que pode existir tanto entre as
características do usuário (memória, percepção, hábitos, competências, idade,
expectativas, etc.) e as tarefas, como entre a organização das saídas, das entradas
e do diálogo de uma dada aplicação. A compatibilidade diz respeito também ao grau
de similaridade entre diferentes ambientes e aplicações.
�5.20
�
A transferência de informações de um contexto a outro é tanto mais rápida e
eficaz quanto menor for o volume de informações que devem ser recodificadas.
A eficiência é aumentada, quando os procedimentos necessários ao
cumprimento da tarefa são compatíveis com as características psicológicas do
usuário; os procedimentos e as tarefas são organizados de maneira a respeitar as
expectativas ou costumes do usuário; as traduções, as transposições, as
interpretações ou referências à documentação são minimizadas.
Os desempenhos são melhores, quando a informação é apresentada de uma
forma diretamente utilizável (telas compatíveis com o suporte tipográfico,
denominações de comandos compatíveis com o vocabulário do usuário, etc).
3.1.1 Questões de Conteúdo
Defina um bom conteúdo
A Web pretende ser um mapeamento do conhecimento da sociedade em
geral, sem restrições de formato ou nível. Pode-se esperar encontrar qualquer coisa
nela, de rabiscos a enciclopédias com estilos variados. Entretanto, para informações
que tenham uma acessibilidade geral, existem alguns procedimentos que se aplicam
a todo o material publicado: dê os créditos para os trabalhos referenciados,
esclareça se seus serviços são gratuitos ou comerciais; não use pornografia; não
induza à violência e use uma linguagem adequada em respeito ao usuário.
Informe sobre a qualidade de seu documento
Muitas vezes, pode ser importante que uma informação esteja disponível,
ainda que não esteja na forma ideal. Antes da tecnologia de publicações eletrônicas,
�5.20
�
o esforço de publicação era tanto que informações em “estado bruto” eram
raramente disponibilizadas. Atualmente existem publicações de todos os níveis, e
tanto os documentos provisórios como os de qualidade têm seu valor. Para evitar
desapontamentos, é importante esclarecer seus leitores sobre o estado de um
documento, quando se faz a referência a ele (desatualizado, incompleto, etc.).
Evite disponibilizar o que não está funcionando
Busque aguçar a curiosidade do usuário para que ele volte a visitar sua
página. Evite decepcioná-lo diante de uma ligação que persista indefinidamente em
construção. Empregue o ícone “em construção” somente para aquilo em que você
efetivamente está trabalhando e a perspectiva de término seja real. Quanto aos
planos, seja paciente, evitando divulgar algo que ainda está distante de se realizar.
3.1.2 Organize a informação (WURMAN - 1995)
Organize por categoria - A categoria pode significar diferentes modelos,
tipos ou questões. Este modo presta-se bem para organizar ítens de importância
similar. No caso específico de elaboração de home pages de uma instituição de
ensino/pesquisa/extensão, acreditamos que a apresentação da informação deve ser
feita a partir da organização física e hierárquica já existente e formalizada, por
exemplo: Centros - Departamentos - Laboratórios etc.
Organize por tempo - A organização por tempo é uma estrutura facilmente
compreensível, a partir da qual se pode observar e fazer comparações. Esta
classificação é particularmente indicada para a apresentação da informação sobre
�5.20
�
cursos, seminários, congressos etc. Todavia, ao se fazer a opção por este tipo de
classificação, deve se estar atento a questão da atualização contínua.
Organize por localização - É a forma natural a escolher quando você está
tentando examinar e comparar informação vinda de diferentes fontes ou locais. Para
localizar informações produzidas, por exemplo, por uma instituição de ensino que
tenha suas unidades espalhadas em diversos campi, esta é uma forma interessante
para se estar fazendo a apresentação da informação.
Organize pelo alfabeto - Este método presta-se muito bem para grandes
conjuntos de informação, como palavras de um dicionário ou os nomes de uma lista
telefônica. É a forma mais usual de apresentação de informação, pois é conhecida
pela maioria dos usuários de cultura ocidental.
Organize por sequência (hierarquia) - Organize os ítens por ordem de
grandeza. Nesta classificação, no que se refere ao universo acadêmico, as divisões
e subdivisões internas obedecem a uma hierarquia que deve ser privilegiada e
disponibilizada para conhecimento e pesquisa dos usuários.
�5.20
�
3.1.3 Compatibilidade com os Ambientes
Seja independente em relação aos ambientes
Diferentes clientes usam fontes e espaçamentos diferentes: evite espaços
extra para forçar um arranjo, respeite a hierarquia de estilos de cabeçalho.
3.2 UMA PÁGINA GENTIL
A página gentil disponibiliza, adequadamente, os meios para aconselhar,
orientar, informar e conduzir o usuário na interação com o computador (mensagens,
rótulos etc.). Faça-a de maneira que o usuário saiba, a qualquer tempo, onde se
encontra numa seqüência de interações ou na execução de uma tarefa; conheça as
ações permitidas bem como suas conseqüências; e obtenha informações
suplementares (eventualmente por demanda).
A página prestativa proporciona rápido aprendizado e fácil utilização,
permitindo que o usuário melhore seu desempenho.
3.2.1 Receba Bem seus Leitores
Forneça uma página de boas-vindas para usuários externos
É elegante ter um documento no qual seus leitores externos possam ter uma
idéia rápida de quais informações estão disponíveis no servidor. A página de boasvindas é um tipo de home-page que visa informar o leitor sobre a instituição, seus
objetivos, suas sub-divisões etc.
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�����Página: 1
Guidance em inglês e Guidage em
francês. Não seria melhor
Orientação do que Condução
�5.20
�
Ao explicitar suas boas-vindas empregue a expressão “bem-vindo(a)”
considerada mais pessoal do que “bem-vindos.”
Diferencie a página de boas-vindas da home-page
Existem dois conceitos separados e relacionados a diferentes tipos de
audiência. Deve-se criar: uma página de boas-vindas para recepcionar os usuários
externos à organização que queiram uma visão geral do que o servidor de
informação contém e, uma home-page simplificada para os usuários locais que já
conheçam a organização.
Elementos essenciais de home-pages:
- logotipo ou selo da instituição;
- mensagem de boas-vindas;
- explicações sobre o servidor;
- menus, sumários, mapas, árvores;
- barras de botões ou outras ajudas à navegação;
- explicações sobre as outras páginas do servidor;
- autor ou pessoa para contato.
Elementos essenciais de qualquer página Web:
- link para a home-page;
- links para outras páginas;
- o endereço do documento;
- data da criação ou revisão;
- declaração de copyright.
Dê sentido à página lida
�5.20
�
Certifique-se de que sua página seja compreensível mesmo que o usuário
não siga o caminho previsto. Não espere que as pessoas sigam a seqüência lógica
imaginada (o mesmo caminho imaginado por você). Lembre-se que os leitores
surgem do nada. Deixe pistas de navegação no alto ou na barra das páginas e evite
frases de ligação seqüencial tais como “Agora que você já sabe como funcionamos,
o próximo passo é...”.
3.2.2 Favoreça a Navegacão
Represente seu serviço de informação como um objeto real que pode ser
mapeado e percorrido. Represente a interconexão entre unidades de informação
através de recursos como títulos de páginas, links e botões .
Dê título a seu serviço de informação
Toda página Web deve ter um título destacado no seu topo. Um título
consistente permite ao leitor saber imediatamente qual é o principal assunto do
documento e suas relações com as outras páginas do serviço de informação. Para
uma série de documentos devem ser oferecidos também subtítulos, títulos de
seções ou outros elementos que facilitem a navegação de uma página para outras
da série. Eles não devem ser nem muito curtos nem muito longos.
�5.20
�
Forneça links para as páginas inicial, próxima e anterior
Cada página Web deve ter um link para a homepage ou pelo menos para um
submenu dentro do serviço de informação. O link da homepage deve ser oferecido
no pé da página. Próxima página e página anterior são links fixos para outros
documentos associados dentro do mesmo seviço. Os links de próxima página,
página anterior e os links para as homepages são funcionalidades para a navegação
que induzem à seqüência desejada pelo autor. Os leitores podem, entretanto,
realizar uma seqüência qualquer, e o retorno obtido através destes links é diferente
do retorno realizado através de uma seqüência ordenada de páginas.
Evite definir aqui como link
Quando a palavra aqui é o link, você tem de certificar-se sobre qual é o aqui
certo. Certifique-se de que os links sejam significativos, descritivos e não induzam a
erros de interpretação.
Defina barras de botões adequadas
Nas barras de botões estão localizados os links individualizados e associados
a uma série de páginas de um documento. Em serviços de informação complexos
utilizam-se
as barras de botões também para prover links para os submenus,
sumários ou outras páginas organizacionais. A ausência de links locais leva o
usuário a deixar o serviço sem ter visto tudo o que é oferecido. Estes recursos de
navegação possibilitam a investigação e o entendimento de como a informação está
organizada nos serviços, mesmo que o usuário não tenha percorrido todas as
páginas.
�5.20
�
Convide à interação
Forneça uma representação visual para as áreas de navegação, links e
botões, que convide à interação, que indique o tipo de manipulação requerida
(clicar, arrastar etc.) e que seja compatível com a metáfora adotada para o projeto.
Crie legendas para fotos e figuras
Defina sempre legendas explícitas junto às fotos, figuras e imagens. Elas
podem tanto identificar como descrever os conteúdos apresentados.
Crie mapas
Eles permitem que o usuário obtenha a informação de onde ele se encontra
em nível da rede ou em nível de regiões, e para onde ele pode ir, em função de sua
localização atual. É importante que estas representações possam ser acionadas
pelo usuário para navegar dentro do serviço de informação.
Crie marcos
Eles representam locais familiares e que funcionam como um farol em meio
ao nevoeiro noturno.
Forneça trilhas marcadas e deixe trilhas
Determinados caminhos podem também ser marcados e discriminados de
outras ligações disponíveis. Eles podem ser pré-definidos e disponíveis para
usuários em geral. Quando o usuário acessa um caminho que é cruzado por outros
caminhos durante uma sessão, sua trilha pode ser deixada gravada para uma futura
interação. Estes caminhos são referenciados como “trilhas de migalhas de pão”. É o
que se verifica com os browsers atuais que deixam marcados os locais por onde já
se passou.
�5.20
�
3.2.3 Oriente seus Leitores
Defina um tamanho de página adequado
Em geral, o usuário absorve o que se encontra na primeira tela de uma
página e se o conteúdo não for interessante ele não vai perder mais seu tempo para
obter mais informações desta página.
Documentos longos levam muito tempo para serem transferidos e podem
trazer dificuldade para a navegação.
As rolagens em pequenas páginas não desorientam o usuário, pois parte da
apresentação original permanece na tela. Isto não acontece no caso de grandes
páginas, que induzem grandes rolagens, com o perigo de desorientação para o
usuário.
Regras para tamanhos: para helps, mensagens e pequenos textos, não mais
de 24 linhas; para documentos textuais, de meia página a cinco páginas.
A leitura em modo contínuo não é afetada pelo tamanho do documento.
Forneça o status de sua informação
Não tema em disponibilizar informações incompletas ou desatualizadas,
apenas deixe isto bem indicado para o usuário. Quando foi a última atualização?
Está completo? Qual é a abrangência (qual o conjunto de informações que está
disponível)?
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3.2.4 Empregue Estilo Instrucional
Deixe explicações sobre as decisões de projeto
As decisões de projeto podem ser registradas e disponibilizadas através de
links particulares. Isso pode ser útil tanto para as futuras modificações do sistema
como para orientar os usuários que buscam obter idéias para suas próprias páginas.
No estilo “colaborativo” que caracteriza a concepção de páginas Web, essa
característica será certamente bastante apreciada por alguns leitores especiais. Por
outro lado, quando um projeto deixa registradas as decisões tomadas, ele poderá
ser reaproveitado em vez de ser abandonado pura e simplesmente.
Forneça uma trilha de procedimentos
O fator complementar à explicação sobre as razões das decisões de projeto
consiste em fornecer indicações sobre a forma de implementação desta decisão.
Seguindo-se as razões e a forma de implementação das decisões, pode-se ter o
completo raciocínio sobre uma determinada característica do projeto.
Feedback imediato
Feedback imediato diz respeito às respostas do sistema às ações do usuário.
Essas entradas podem ir do simples pressionar de uma tecla até uma lista de
comandos. Em todos os casos, respostas do computador devem ser fornecidas, de
forma rápida, com um tempo de resposta apropriado e consistente para cada tipo de
transação. Em todos os casos, uma resposta rápida deve ser fornecida com
informação sobre a transação solicitada e seu resultado.
A qualidade e rapidez do feedback são dois fatores importantes para o
estabelecimento de satisfação e confiança do usuário, assim como para o
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entendimento do diálogo. Esses fatores possibilitam que o usuário tenha um melhor
entendimento do funcionamento do sistema.
A ausência de feedback ou sua demora podem ser desconcertantes para o
usuário. Os usuários podem suspeitar de uma falha no sistema e podem tomar
ações prejudiciais para os processos em andamento.
3.3 UMA PÁGINA CLARA
A página clara não deixa dúvidas ao usuário sobre a leitura da interface. Ela
apresenta e dispõe claramente as informações na tela. Para a clareza concorrem a
legibilidade das informações e seu agrupamento e distinção nas diferentes telas.
3.3.1 Legibilidade
A performance melhora, quando a apresentação da informação leva em conta
as características cognitivas e perceptivas dos usuários. Uma boa legibilidade facilita
a leitura da informação apresentada. Por exemplo, letras escuras em um fundo claro
são mais fáceis de ler que letras claras em um fundo escuro; texto apresentado com
letras maiúsculas e minúsculas é lido mais rapidamente que texto escrito somente
com maiúsculas.
Legibilidade diz respeito às características lexicais das informações
apresentadas na tela que possam dificultar ou facilitar a leitura desta informação
(brilho do caracter, contraste letra/fundo, tamanho da fonte, espaçamento entre
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�
palavras, espaçamento entre linhas, espaçamento de parágrafos, comprimento da
linha etc.).
3.3.2 Legibilidade das Informações Textuais
Utilizar letras maíusculas e minúsculas misturadas
Na apresentação de textos nas telas o projetista deve evitar empregar
exclusivamente caracteres maiúsculos, para facilitar, assim, o reconhecimento das
palavras durante o processo de leitura.
Cuidado com o espaçamento entre linhas
A leitura de frases é realizada através de rápidas sacadas ou movimentos dos
olhos, saltando em busca de pontos de ancoragem para a compreensão do texto. A
distância entre linhas está diretamente relacionada à eficácia desse processo. Com
valores reduzidos para esse espaçamento, a possibilidade de que o leitor pule de
linha
ao
realizar
as
sacadas
aumenta
consideravelmente.
Essa
mesma
consideração se aplica ao emprego da hifenização para a separação de palavras no
final das linhas. É algo a ser evitado.
Cuidado com o espaçamento entre parágrafos
Os parágrafos devem ser espaçados por, ao menos, uma linha em branco.
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Atenção com o comprimento das linhas
A leitura fica facilitada com a utilização de linhas curtas e bem espaçadas. O
comprimento das linhas não pode exceder os 55 caracteres em formato normal e os
35, em formato coluna. Os formatos possíveis da apresentação de textos se limitam
ao texto normal ou em colunas. A justificação (alinhamento pela esquerda e pela
direita) deve ser feita quando o texto é apresentado em colunas. Em formato normal
o alinhamento somente pela margem esquerda pode ser usado.
Espace adequadamente as colunas de texto
O espaçamento entre colunas de texto pode ser de três caracteres se elas
forem justificadas (alinhamento pela direita e pela esquerda). Em caso de
alinhamento somente pela esquerda, este valor passa para oito caracteres.
Utilize bordas de textos
O enquadramento pode ser útil para destacar o texto na tela.
Cuidado com as texturas do fundo nos textos
Para garantir a boa legibilidade dos textos apresentados sobre fundos com
texturas, são recomendáveis:
- a busca de texturas cujos elementos estejam em escalas bastante
reduzidas;
- a busca de texturas onde o contraste entre as cores e os tons de seus
elementos seja reduzido;
- a não-utilização de relevos com mistura de muitas cores e tons.
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Cuidado com as texturas a partir de logomarcas
Observe as recomendações acima ao definir texturas de fundo, a partir de
formas geométricas ou logomarcas;
Cuidado com as cores de textos
A criatividade é livre, desde que se tenha em mente preservar a legibilidade
dos textos. Neste sentido, o contraste texto/fundo deve ser adequado. Ao especificar
cores para os textos, tenha cuidado com cores vibrantes e cansativas, como o
vermellho. Elas podem ser adequadas para manchetes ou pequenas mensagens,
mas jamais para um texto longo.
3.3.3 Legibilidade Geral
Evite a poluição visual
Evite a poluição visual através da simplicidade e da limpeza dos elementos e
do conjunto dos elementos. Cuidado para não se deixar levar pelos recursos das
ferramentas gráficas, utilizando-as em excesso.
Respeite as cores dos fundos
Para fundos com cores quentes prefira tons pastéis como o ocre, o creme e o
amarelo;
Nos fundos com cores frias, evite os tons de azul que provocam o sono nos
leitores. Os tons de verde descansam.
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3.3.4 Agrupamento/distinção de Ítens
A compreensão de uma tela pelo usuário depende, dentre outras coisas, da
ordenação, do posicionamento e da distinção dos objetos (imagens, textos,
comandos etc.) que são apresentados. Os usuários detectam os diferentes ítens ou
grupos de ítens e aprendem suas relações mais facilmente, se eles forem
apresentados de uma maneira organizada (e.g., ordem alfabética, freqüência de uso
etc.); e se os ítens ou grupos de ítens forem apresentados em formatos, ou
codificados, de maneira a indicar suas similaridades ou diferenças.
Esta qualidade diz respeito à organização visual dos ítens de informação
relacionados uns com os outros de alguma maneira. Ela leva em conta a topologia
(localização) e algumas características gráficas (formato) para indicar as relações
entre os vários ítens mostrados, para indicar se eles pertencem ou não a uma dada
classe, ou ainda para indicar diferenças entre classes. Esta qualidade também diz
respeito à organização dos ítens de uma classe. O critério agrupamento/distinção de
ítens está subdividido em dois critérios elementares: agrupamento/distinção por
localização e agrupamento/distinção por formato.
3.3.4.1 Agrupamento/distinção por localização
A qualidade de agrupamento/distinção por localização diz respeito ao
posicionamento relativo dos ítens, estabelecido para indicar se eles pertencem ou
não a uma dada classe, ou, ainda, para indicar diferenças entre classes. Este
��������
�����Página: 5
Ver se o termo mais apropriado
não seria Agrupamento
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�
critério diz respeito também ao posicionamento relativo dos ítens dentro de uma
classe.
3.3.4.2 Agrupamento/distinção por formato
Será mais fácil para o usuário perceber relacionamento(s) entre ítens ou
classes de ítens, se diferentes formatos ou diferentes códigos ilustrarem suas
similaridades ou diferenças. Assim, os relacionamentos serão mais fáceis de serem
aprendidos e lembrados.
A qualidade de agrupamento/distinção por formato diz respeito mais
especificamente às características gráficas (formato, cor, etc.) que indicam se ítens
pertencem ou não a uma dada classe, ou que indicam distinções entre classes
diferentes, ou ainda distinções entre ítens de uma dada classe.
Diferencie os links
O link pode ser representado através de um texto ou de um ícone. O
projetista deve indicar os links de maneira que eles possam ser facilmente
reconhecíveis e discriminados pelos usuários.
Utilize os recursos de estilo para diferenciar o texto.
Empregue recursos como negrito, itálico e sublinhado para salientar
informações em seus textos. Em vez de apresentar textos sem qualquer formatação,
explore estes recursos para salientar títulos, cabeçalhos, referências, etc.
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3.4 UMA PÁGINA ECONÔMICA
Quanto maior for a carga de trabalho cognitivo para o usuário, maior será a
probabilidade de se cometer erros. Quanto menos o usuário for distraído por
informação desnecessária, mais ele será capaz de desempenhar suas tarefas
eficientemente. Além disso, quanto menos ações forem necessárias, mais rápidas
serão as interações.
O critério Carga de Trabalho, que define a página econômica, diz respeito a
todos elementos da interface que têm um papel importante na redução da carga
cognitiva e perceptiva do usuário, e no aumento da eficiência do diálogo.
O critério Carga de Trabalho está subdividido em dois critérios: brevidade (o
qual inclui concisão e ações mínimas) e densidade informacional.
3.4.1 Brevidade
A capacidade da memória de curto termo de uma pessoa é limitada.
Conseqüentemente, quanto menos entradas o sistema exigir, menor será a
probabilidade de se cometer erros. Além disso, quanto mais sucintos forem os ítens,
menor será o tempo de leitura.
A página breve respeita a capacidade de trabalho perceptivo e cognitivo do
usuário, tanto para entradas e saídas individuais quanto para conjuntos de entradas
(i.e., conjuntos de ações necessárias para se alcançar uma meta). Brevidade
corresponde ao objetivo de limitar a carga de trabalho de leitura e de entradas, e o
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número de passos necessários para se realizar uma tarefa. A brevidade se define
em duas qualidades elementares: concisão e ações mínimas.
3.4.1.1 Concisão
Quanto mais sucintos forem os ítens apresentados pelo sistema, menor será
o tempo de leitura. O critério concisão diz respeito à carga perceptiva e cognitiva de
saídas e entradas individuais:
- utilizar frases curtas;
- utilizar um número mínimo de palavras;
3.4.1.2 Ações mínimas
Quanto mais numerosas e complexas forem as ações necessárias para se
chegar a uma meta, maior será a carga de trabalho e a probabilidade de ocorrência
de erros.
A qualidade ações mínimas diz respeito à carga de trabalho em relação ao
número de ações necessárias à realização de uma tarefa. Trata-se de limitar tanto
quanto possível o número de passos pelos quais o usuário deve passar.
Defina uma estrutura de diálogo equilibrada
O design apropriado de servidores WWW passa pela definição de uma
estrutura de diálogo bem balanceada em termos de largura (quantidade de opções
de diálogo por página) e profundidade (quantidade de passos para se chegar a uma
informação). Servidores WWW com uma hierarquia de links pouco profunda se
transformam em listas confusas de informações não relacionadas. Estruturas de
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documentos complexas exigem hierarquias de menus profundos, mas os usuários
nunca devem ser forçados a percorrer página a página dos menus, se o acesso
direto for possível. A meta é produzir uma árvore hierárquica bem balanceada, que
facilite o acesso rápido à informação e ajude os usuários a entender como os
elementos estão organizados. Uma estrutura equilibrada será absorvida de maneira
natural pelo o usuário, evitando os problemas de sobrecarga cognitiva e de
desorientação que possam comprometer o uso das páginas Web.
3.4.1.3 Densidade informacional
A carga de memorização do usuário deve ser minimizada. Usuários não
devem ter que memorizar listas de dados ou procedimentos complicados. Eles não
devem, também, precisar executar tarefas cognitivas complexas, especialmente
quando estas não estão relacionadas com a tarefa em questão.
Na maioria das tarefas, a performance dos usuários é diminuída quando a
densidade da informação é muito alta ou muito baixa: nesses casos, aumenta a
probabilidade da ocorrência de erros. Ítens que não estão relacionados à tarefa
devem ser removidos.
A qualidade densidade informacional diz respeito à carga de trabalho do
usuário, de um ponto de vista perceptivo e cognitivo, com relação ao conjunto total
de ítens de informação apresentados aos usuários, e não a cada elemento ou item
individual.
Evite disponibilizar páginas vazias
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A ocorrência de algo tão inusitado como páginas vazias de informação pode
comprometer a própria compreensão do sistema pelo usuário. Esse pode elaborar a
hipótese de mau funcionamento ou aborrecer-se devido à perda de tempo ocorrida.
Se o objetivo é de chamar a atenção dos leitores para que participem da rede, faça
um apelo.
Evite disponibilizar páginas sobrecarregadas
A sobrecarga, neste caso, está ligada às informações que, apresentadas em
uma determinada página Web, não são pertinentes face aos objetivos atuais dos
leitores. Essas informações podem, por exemplo, fazer referência ao funcionamento
do sistema, interessarem apenas a seus projetistas. Nesse caso, elas podem
atrapalhar a compreensão de outras informações pertinentes.
3.5 UMA PÁGINA ADAPTÁVEL
A adaptabilidade de um sistema diz respeito a sua capacidade de reagir,
conforme o contexto, às necessidades e às preferências do usuário. Dois subcritérios participam da adaptabilidade: a flexibilidade e a consideração da
experiência do usuário.
Uma interface estática não pode atender ao mesmo tempo a todos os seus
usuários em potencial. Para que ela não tenha efeitos negativos sobre o usuário,
esta interface deve, conforme o contexto, se adaptar ao usuário. Por outro lado,
quanto mais variadas são as maneiras de realizar uma tarefa, maiores são as
chances que o usuário possui de escolher e dominar uma delas no curso de seu
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aprendizado. Deve-se, portanto, fornecer ao usuário procedimentos, opções,
comandos diferentes, permitindo-lhe alcançar um mesmo objetivo.
3.5.1 Flexibilidade
A flexibilidade se refere ao número de diferentes maneiras à disposição do
usuário para alcançar um certo objetivo. Trata-se, em outros termos, da capacidade
da interface se adaptar às variadas ações do usuário.
Quanto mais formas para se efetuar uma determinada tarefa forem
disponibilizadas, maiores serão as chances de que o usuário possa escolher e
dominar uma delas no curso de sua aprendizagem.
Siga a estrutura do leitor
Lembre-se sempre do público para o qual você está escrevendo. O usuário
poderá aprender algo novo sobre a estruturação da informação. Por exemplo, se
você sente que os usuários têm falhas em certas áreas, discuta com eles suas
limitações. Se, entretanto, eles já tiverem algum conhecimento no assunto,
certamente suas próprias estruturas já estarão formadas. Nesse caso, os usuários
sabem onde encontrar a informação. Se a estrutura deles for diferente da sua,
respeite-a, sem contudo deixar de apresentar-lhes aquela que tiver uma maior
receptividade.
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3.5.2 Consideração da experiência do usuário
A
consideração
da
experiência
do
usuário
refere-se
aos
meios
implementados que permitem que o sistema respeite o nível de experiência do
usuário.
O grau de experiência dos usuários pode variar. Eles tanto podem se tornar
especialistas, devido à utilização continuada, como menos especializados, depois
de longos períodos de não-utilização. A interface deve também ser concebida para
lidar com as variações de nível de experiência. Usuários experientes não têm as
mesmas necessidades de informação que os novatos. Todos os comandos ou
opções não precisam ser visíveis o tempo todo. Diálogos de iniciativa somente do
computador podem entediar e diminuir o rendimento do usuário experiente. Os
atalhos, ao contrário, podem lhes permitir rápido acesso às funções do sistema.
Pode-se fornecer aos usuários inexperientes diálogos fortemente conduzidos, ou
mesmo passo a passo. Em suma, meios diferenciados devem ser previstos para
lidar com diferenças de experiência, permitindo que o usuário delegue ou se
aproprie da iniciativa do diálogo.
Considere novatos e experientes
Se você está projetando para usuários novatos e experientes, então forneça
links para ambos tipos de leitores. Forneça duas raízes diferentes e separadas. Por
exemplo, você pode escrever um tutorial passo a passo e uma trilha de referência
direta para os mesmos dados. Ambas darão acesso a eles, mas enquanto a
primeira trilha lida com coisas simples inicialmente, a segunda funciona quase como
índice para um livro. Se você está escrevendo um tutorial, seria importante manter o
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caminho lógico para os leitores novatos. O tutorial pode, inclusive, incluir
informações que a referência direta não possui.
3.6 UMA PÁGINA CONSISTENTE
O critério homogeneidade/coerência refere-se à forma pela qual as escolhas
na concepção da interface (códigos, denominações, formatos, procedimentos etc.)
são conservadas idênticas em contextos idênticos, e diferentes para contextos
diferentes.
Os procedimentos, rótulos, comandos etc. são melhor reconhecidos,
localizados e utilizados, quando seu formato, localização, ou sintaxe são estáveis de
uma tela para outra, de uma seção para outra. Nessas condições, o sistema é mais
previsível, a aprendizagem mais generalizável, e os erros são diminuídos. É
necessário escolher opções similares de códigos, procedimentos, denominações
para contextos idênticos, e utilizar os mesmos meios para obter os mesmos
resultados. É conveniente padronizar tanto quanto possível todos os objetos quanto
ao seu formato e sua denominação, e padronizar a sintaxe dos procedimentos. A
falta
de
homogeneidade
nos
menus,
por
exemplo,
pode
aumentar
consideravelmente os tempos de procura.
A falta de homogeneidade é também uma causa importante da recusa na
utilização.
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Defina (ou não) o estilo da casa
A Web tem se espalhado por tudo sem uma autoridade central, e tudo tem
funcionado bem assim. Em parte, devido à criatividade dos provedores de
informação e à liberdade para expressar suas informações. Os usuários apreciam a
variedade oferecida. Por outro lado, em uma grande rede eles também podem
buscar uma certa consistência. Se você é a pessoa responsável pelo gerenciamento
da informação em uma grande organização, você deve fazer um balanço entre as
vantagens de se ter um estilo da casa versus as vantagens de dar liberdade a cada
grupo ou autor.
Defina um projeto gráfico
É importante que as páginas tenham um planejamento gráfico que defina as
características de apresentação de cada tipo de elemento e de conjuntos de
elementos que devam aparecer. É uma forma de garantir a consistência no projeto.
Reforce a identidade das páginas e dos elementos
Os usuários apreciam a previsibilidade e a estrutura com uma clara
continuidade funcional e gráfica entre os vários componentes e subseções do
servidor Web. Rótulos gráficos, ícones ou outros dispositivos podem ser muito úteis
no reforço da identidade do domínio dentro das subseções do servidor, e garantir a
continuidade ao redor de muitas páginas diferentes. A organização cuidadosa da
identidade de programas gráficos e dos elementos de interfaces para usuários pode
clarear e reforçar as estruturas dos servidores, diminuindo a carga cognitiva do
usuário.
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3.7 UMA PÁGINA EXPRESSIVA
O critério significado dos códigos e denominações diz respeito à adequação
entre o objeto ou a informação apresentada/solicitada e sua referência. Códigos e
denominações significativos possuem uma forte relação semântica com seu
referente. Termos pouco expressivos para o usuário podem ocasionar problemas de
condução, podendo ele ser levado a selecionar uma opção errada.
Quando a codificação é significativa, a recordação e o reconhecimento são
melhores. Códigos e denominações não significativos para os usuários podem lhes
sugerir operações inadequadas para o contexto, levando-os a cometer erros.
Evite falar em “informatiquês”
Imagine que nem todos os seus usuários possam ser experientes em
informática. Se isto for verdade, evite empregar termos como “FTP, servidor de mail,
arquivos para download, etc...” A proposta da tecnologia Web torna tudo isto
desnecessário. Um texto desprovido de termos técnicos é facilmente lido, além de
tornar-se mais acessível.
Teste a adequação do significado dos termos e frases
Procure obter, através de uma simples entrevista, os termos representativos
de objetos e tarefas que sejam familiares a seus leitores. Teste o emprego destes
termos em sua interface, através de pequenos ensaios com a participação de
usuários reais.
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3.8 UMA PÁGINA OBEDIENTE
Com uma página obediente, o usuário tem o controle explícito sobre os
processamentos do sistema. Quando os usuários definem suas entradas, e quando
essas entradas estão sob seu controle, os erros e as ambigüidades são limitados.
Além disso, o sistema será melhor aceito pelos usuários se eles tiverem controle
sobre o diálogo.
A página obediente se define em dois sub-critérios: ações explícitas do
usuário e controle do usuário.
3.8.1 Ações Explícitas do Usuário
O critério ações explícitas do usuário se refere às relações entre o
processamento pelo computador e as ações do usuário. Esta relação deve ser
explícita, i.e., o computador deve processar somente aquelas ações solicitadas pelo
usuário, e somente quando solicitado a fazê-lo.
Quando o processamento pelo computador resulta de ações explícitas dos
usuários, eles aprendem e entendem melhor o funcionamento da aplicação e menos
erros são observados.
3.8.2 Controle do Usuário
O critério controle do usuário se refere ao fato de que os usuários deveriam
estar sempre no controle do processamento do sistema (e.g., interromper, cancelar,
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suspender e continuar). Cada ação possível do usuário deve ser antecipada e
opções apropriadas devem ser oferecidas.
O controle sobre as interações favorece a aprendizagem e, assim, diminui a
probabilidade de erros. Como conseqüência, o computador se torna mais previsível.
3.9 UMA PÁGINA SEGURA
A gestão de erros diz respeito a todos os mecanismos que permitem evitar ou
reduzir a ocorrência de erros; quando eles ocorrem, esses mecanismos favorecem
sua correção. Os erros são aqui considerados como entrada de dados incorretas,
entradas com formatos inadequados, entradas de comandos com sintaxes
incorretas etc. Três sub-critérios participam da manutenção dos erros: a proteção
contra os erros, a qualidade das mensagens de erro e a correção dos erros.
As interrupções provocadas pelos erros têm conseqüências negativas sobre a
atividade do usuário. Geralmente, elas prolongam as transações e perturbam a
planificação. Quanto menor é a possibilidade de erros, menos interrupções ocorrem
e melhor é o desempenho.
3.9.1 Proteção contra os Erros
A proteção contra os erros diz respeito aos mecanismos empregados para
detectar e prevenir os erros de entradas de dados ou comandos, ou possíveis ações
de conseqüências desastrosas e/ou não recuperáveis.
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É preferível detectar os erros no momento da digitação do que no momento
da validação. Isso pode evitar perturbações na planificação da tarefa.
3.9.2 Qualidade das Mensagens de Erro
A qualidade das mensagens refere-se a pertinência, a legibilidade e a
exatidão da informação dada ao usuário sobre a natureza do erro cometido (sintaxe,
formato etc.) e sobre as ações a executar para corrigi-lo.
A qualidade das mensagens favorece o aprendizado do sistema, indicando ao
usuário a razão ou a natureza do erro cometido, o que ele fez de errado, o que ele
deveria ter feito e o que ele deve fazer.
3.9.3 Correção dos Erros
O critério correção dos erros diz respeito aos meios colocados à disposição
do usuário com o objetivo de permitir a correção de erros e incidentes.
Os erros são bem menos perturbadores quando são fáceis de corrigir.
4 ABORDAGEM PARA O PROJETO DE PÁGINAS Web
A principal ressalva sobre a atual lógica de concepção de serviços de
informação é de que ela privilegia o desempenho de sistemas dotados de todas as
funções e informações possíveis e imagináveis. Desconsidera-se, porém, os
objetivos, as necessidades e as expectativas básicas dos usuários desses sistemas
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- encontrar algo rápido de aprender, fácil e eficiente de usar e, acima de tudo, útil
em relação a seus objetivos.
A abordagem ergonômica visa privilegiar o desempenho do leitor em sua
tarefa de busca de informação, concebendo sistemas adaptados às suas
características e aos seus objetivos.
Para tanto, a ênfase deve estar colocada sobre dois aspectos principais no
projeto: a participação do usuário e a avaliação das diversas versões do sistema.
4.1 ESTRATÉGIA DE ANÁLISE
A participação do usuário deve ser utilizada como forma de exploração,
organização e validação das propostas trazidas para o futuro sistema e sua
interface. Existem diversas técnicas possíveis de serem aplicadas com este objetivo.
O método de Análise Ergonômica do Trabalho - AET- encadeia uma série de
técnicas, tais como: entrevistas, questionários e observação direta de usuários, para
a definição e reconhecimento do público-alvo e para o reconhecimento e validação
de seus objetivos em relação à página. Essas técnicas de análise podem ser
complementadas com reuniões de brainstorming ou com um jogo de cartas com o
usuário.
4.1.1 Definição e Reconhecimento do Público-alvo
A identificação dos grupos de usuários-alvo se faz em função dos objetivos
propostos para o produto. É importante identificar e localizar representantes do
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público-alvo para a realização de entrevistas preliminares, procurando reconhecer
suas características básicas.
4.1.2 Reconhecimento de objetivos
Reconhecer os objetivos a serem apoiados pelo produto significa obter dos
usuários um detalhamento em termos de sub-objetivos, e um esclarecimento sobre
como eles se relacionam logicamente. Para tanto, recorre-se à:
a) elaboração e aplicação de questionários a uma amostra ampla de
usuários-alvo;
b) realização de entrevistas detalhadas com alguns dos usuários-alvo.
4.1.3 Validação dos Objetivos
Para validar as informações obtidas na etapa anterior é necessário conseguir
um engajamento maior de alguns dos usuários-alvo. Eles devem consentir na
realização de observações de seu trabalho. Essas observações podem ser
montadas a partir de situações simuladas em laboratório ou de situações reais no
local de trabalho.
4.1.4 Reuniões de Brainstorming
Mesmo que o produto consista de apenas um conjunto de idéias, já é
possível testá-lo junto a futuros usuários. Sessões de brainstorming, contando com
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a participação de usuários, podem ser bastante úteis para centrar o foco, validar e
explorar características do futuro produto a partir de um ponto de vista diferente.
Outras técnicas possíveis de serem utilizadas nesta etapa de busca de
definições visam obter a participação do usuário através de questionários,
entrevistas e rápidas observações de sua atividade.
3.1.5 Jogos de Cartas com os Usuários
Uma técnica simples para obter a visão dos usuários sobre a organização de
funcionalidades previstas para o produto consiste em um “jogo de cartas”. Nele,
cada carta disposta aleatoriamente sobre uma mesa, descreve uma funcionalidade
do futuro sistema. É solicitado aos usuários que organizem as cartas da maneira
mais lógica que lhes parecer. Também deve-se solicitar que sejam atribuídos nomes
aos grupos assim formados.
4.2 ESTRATÉGIA DE PROJETO
O desenvolvimento do projeto de um serviço de informação Web pode ser
realizado de uma maneira segura e evolutiva. O objetivo de tal abordagem é evitar a
perda de tempo em ações para refazer determinado trabalho e garantir a qualidade
final do sistema em termos de usabilidade.
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4.2.1 Tarefa x interface
O conjunto de objetivos descrito de maneira hierárquica, obtido como
resultado da atividade de análise, pode favorecer a definição da estrutura da futura
interface em termos de módulos principais, seus componentes funcionais e
denominações. Além disso, para determinadas partes da tarefa é possível notar a
pertinência de certos tipos de diálogos como menu, hipertexto, preenchimento de
campos, questão-resposta etc. O mesmo ocorre em relação aos tipos de
apresentação como mostradores, controles, caixas de diálogo, formulários e janelas.
4.2.2 Metáfora e Projeto Gráfico
O uso de metáfora é uma maneira de tornar a estrutura de seu serviço de
informação reconhecível intuitivamente. Trata-se de uma analogia com conceitos
que já são familiares aos usuários e dos quais eles podem extrair comportamentos e
regras de utilização. Uma organização familiar pode ajudar os usuários a
compreender a organização em termos de locais e caminhos. Existem metáforas
para a estrutura do serviço, como as de livros, mapas e árvores.
Estas metáforas podem coexistir com outras já definidas para a apresentação
das páginas. Deve-se buscar a definição de um conceito gráfico para o projeto que
seja adequado ao conteúdo das páginas de informação.
Os primeiros esboços da interface podem ser produzidos a partir de técnicas
simples não informatizadas. As chamadas técnicas off-line referem-se às
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possibilidades de construção de representações do futuro sistema a partir de
desenhos em papel, de storyboards (uma seqüência de desenhos contando uma
estória sobre o usuário e a tarefa a ser realizada com o sistema) e flipbooks (mapas
que descrevem a hierarquia do sistema e que são úteis para a compreensão da
navegação e da consistência da interface).
4.2.3 Desenhos de Telas
Desenhos de telas são
ilustrações ou esquemas que apresentam
visualmente as idéias. Desenhar um conceito é um método certo de capturar uma
idéia rapidamente, sem dedicar tempo no aprendizado de como expressar a idéia
em uma nova ferramenta ou estilo. É importante gerar, pelo menos, um desenho
para cada conceito que se deseja ilustrar, e usar desenhos em reuniões de grupo
para expressar idéias. Teste seus desenhos com os usuários em reuniões de
projeto.
4.2.4 Storyboard
O termo storyboard vem da indústria cinematográfica, onde uma seqüência
de imagens é usada para representar uma história. É utilizada também como técnica
de animação.
Imagens retangulares ou quadros são dispostos em uma grande folha de
papel. Utilizando-se uma imagem por quadro pode-se
mostrar a evolução da
interação. Uma ou duas linhas de texto podem ser escritas abaixo de cada quadro
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para explicá-lo. O que será incluído em cada quadro dependerá da natureza do
projeto.
Os storyboards podem ser empregados na validação da futura interface pelos
futuros usuário do sistema.
4.2.5 Flipbook
Flipbook é um mapa com a representação hierárquica das telas ou elementos
do sistema. Os flipbooks são imagens de diversas telas, arranjadas em folhas de
papel, cada uma representando uma cópia da tela do computador. A interação é
demonstrada pela ligação das páginas de apresentação, a partir da seleção de
opções de comando ou de navegação.
É um modo de representar o mapeamento entre as entradas potenciais dos
usuários e as respostas do sistema. É uma técnica útil para oferecer uma visão
geral da consistência do diálogo e do projeto do sistema.
4.2.6 Maquetes e Protótipos
Esta etapa é caracterizada pela construção e avaliação de versões
intermediárias do produto em uma determinada plataforma computacional. As
técnicas on-line são concepções com diferentes níveis de implementação
computacional, variando das maquetes (storyboards informatizados) até os
protótipos (versão preliminar da página) e beta-teste (versão final que é
disponibilizada antes de sua efetiva comercialização).
�5.20
�
4.3 ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO
O objetivo de uma avaliação é testar as versões correntes do sistema para
garantir que elas se comportem como o esperado e correspondam às expectativas
dos usuários. Ela serve para:
- avaliar funcionalidades;
- avaliar o efeito da interface sobre os usuários
- facilidade de aprendizagem,
- facilidade de uso,
- atitude do usuário em relação ao sistema;
- avaliar problemas específicos dos sistemas.
Uma estratégia de avaliação refere-se à combinação de técnicas para testar o
mais freqüentemente possível o projeto e a implementação do sistema. Ela deve
prever, portanto, o teste de cada versão intermediária do sistema, mesmo que ele
não passe de um conjunto de idéias.
Existem técnicas que permitem a avaliação sem a participação de usuários.
As técnicas analíticas podem ser simples e rápidas, ou um pouco mais elaboradas
como as técnicas a priori. Existem ainda as técnicas empíricas que pressupõem a
participação de usuários em ensaios de interação.
4.3.1 Avaliação Analítica
Um serviço de informação Web assemelha-se, de certo modo, a um livro, no
sentido de que deve ser submetido a uma prova de leitura para correção ortográfica,
�5.20
�
gramatical e de estilo. Nesse caso, deve-se solicitar que alguém do grupo de
usuários-alvo leia o documento e dê contribuições.
Por outro lado, trata-se de um documento hipermídia que o usuário
visualizará através de diferentes softwares de leitura. A compreensão do documento
pode, assim, ser realizada em diversos programas-clientes para testar e garantir a
sua independência em relação aos mesmos.
A monitoração do arquivo log vai permitir identificar quais documentos são
realmente lidos. Testar leva tempo. A quantidade de tempo a ser gasta vai depender
da qualidade que se deseja embutir no documento. Em última análise, trata-se de
um compromisso entre o tempo do projetista e o tempo do usuário. Se muitas
pessoas estão lendo certas páginas, um pequeno esforço do projetista
vai
economizar um grande esforço coletivo. Ele pode empregar seu tempo mais
eficientemente melhorando a qualidade do acesso a estes documentos. Pode-se
também descobrir que certas partes da hipermídia não estão sendo lidas. Talvez
porque as pessoas estejam procurando por elas no lugar errado.
4.3.2 Avaliação a priori
Existem outras técnicas analíticas que dispensam a participação do usuário, e
que se baseiam no conhecimento de especialistas em ergonomia de interfaces.
Entre elas podem ser citadas:
-avaliação heurística: é feita por um ergonomista à luz de um conjunto de
critérios ergonômicos como os apresentados neste relatório técnico;
�5.20
�
- checklist de recomendações: a estruturação de uma checklist pode permitir
que a avaliação seja realizada sistematicamente por pessoas sem formação
específica em ergonomia de interfaces.
4.3.3 Ensaios de Interação
Técnicas empíricas de avaliação exigem a participação de usuários em
ensaios de interação. Sua preparação requer um trabalho razoavelmente detalhado
de reconhecimento do usuário-alvo e de sua tarefa típica para a composição dos
cenários, que serão aplicados durante a realização dos testes. A complexidade do
teste vai depender do nível de exigência requerido, da generalidade do produto e da
disponibilidade de usuários. Soluções simples podem ser testadas rapidamente. Os
resultados desses ensaios referem-se a problemas de interação de mais alto nível,
dificilmente identificados por outras técnicas.
5 UM LABORATÓRIO DE APOIO PARA A INTRANET - UFSC
Intranets são servidores de World Wide Web privados que garantem uma
comunicação interna efetiva; e que são baratos de se implementar e poderosos,
oferecendo controle de acesso a informações quando necessário.
A Web interna UFSC pode ser utilizada para disponibilizar informações sobre,
por exemplo, serviços oferecidos pela Universidade, marketing, pessoal, benefícios
e políticas institucionais. A Intranet UFSC também estimulará a colaboração em
projetos e o compartilhamento de dados.
�5.20
�
A Web oferece uma arquitetura adequada para a nova geração de aplicações
cliente/servidor internas, permitindo que a UFSC utilize com rapidez e facilidade
aplicações para várias plataformas a baixo custo.
5.1 OBJETIVO
Este tópico tem por objetivo propor a criação e manutenção de um laboratório
para apoiar a concepção e a manutenção de sistemas hipermídia na Universidade
Federal de Santa Catarina - UFSC.
Esta proposta visa garantir que as informações disponibilizadas pela UFSC
para a comunidade universitária e para a sociedade em geral sejam realizadas
através de interfaces gráficas ergonômicas. Isso implica no aumento da
utilizabilidade dos sistemas de informação, tornando-os mais fáceis de usar e
adequados aos usuários e às tarefas. Conseqüentemente, pode-se diminuir a
subutilização dos sistemas de informação da UFSC, a qual ocorre devido às
dificuldades na comunicação homem-computador.
5.2 ALCANCE
Em particular esta proposta abrange:
- Suporte: fornecer suporte para a concepção e a implementação de uma
rede Intranet na UFSC; disponibilizar ferramentas lógicas e computacionais em um
repositório para os projetistas de páginas da UFSC através da própria Web;
�5.20
�
- Treinamento: treinar os projetistas responsáveis pela elaboração de páginas
Web da UFSC;
- Pesquisa e desenvolvimento: criar uma linha de pesquisa específica, que
investigue a concepção e a avaliação ergonômica de páginas Web; produzir
conhecimento ergonômico com o relato das experiências e a análise dos resultados
obtidos com a concepção ergonômica das páginas da UFSC; viabilizar a criação de
um padrão básico para as interfaces gráficas dos sistemas de informação da UFSC,
facilitando a comunicação homem-computador.
Este projeto caracteriza-se por ser complementar ao projeto UFSC On-Line e
por envolver um trabalho conjunto entre o NPD - Núcleo de Processamento de
Dados da UFSC e o LabIUtil - Laboratório de Utilizabilidade.
O laboratório proposto viabilizará a utilização mais efetiva da Internet; além
de divulgar os serviços e pesquisas produzidas pela UFSC, aumentando
consideravelmente o alcance social do conhecimento produzido pela Universidade.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O I SCRA foi um evento significativo e inovador, em termos de Brasil, pela
sua proposição de análise pública e democrática da produção de sistemas de
informação via Web realizada por uma universidade federal.
Se a proposta do grupo envolvido na elaboração desse documento for
viabilizada, poder-se-á disponibilizar os pontos aqui levantados na forma de um
serviço Web.
Espera-se que a página do SCRA:
�5.20
�
a) traga em si todas as qualidades e características de uma página bem
resolvida;
b) tenha um conteúdo adequado;
c) proponha uma forma de organização dessas informações;
d) receba bem seus leitores;
e) oriente na navegação;
f) empregue estilo instrucional;
g) seja clara e legível;
h) seja econômica nas apresentações e nos diálogos;
i) siga a estrutura do leitor;
j) considere novatos e experientes;
k) apresente um projeto gráfico consistente;
l) empregue termos adequados e expressivos para os leitores;
m) ofereça controle e proteção contra erros.
Ficou evidenciado o envolvimento na busca dessas qualidades
com
questões de ordem metodológica e a exigência da participação de usuários-alvo e
de teste do projeto, como características
importantes no processo de
desenvolvimento.
Para a concepção, projeto e implementação da página do SCRA com as
qualidades elencadas, é necessário manter a decisão estratégica adotada pelo NPD
e LabIUtil, ou seja, a de trabalhar pela obtenção dos recursos para o apoio
adequado a esta iniciativa.
Além disso, e conforme sugestões originárias nos painéis do I SCRA,
espera-se que a UFSC apóie a montagem de repositórios específicos de softwares,
�5.20
�
ofereça treinamento e suporte adequado, realize pesquisa e desenvolvimento sobre
a tecnologia Web e seus impactos na produção acadêmica e sua respectiva
disseminação.
ABSTRACT
This paper presents results concerning the design of Web pages from the First
Seminar on Academic Networks, held at the Federal University of Santa Catarina.
The main ergonomic recommendations for the design and development of suitable
pages, with the emphasis on the organization of information, are reported here.
�5.20
�
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Concepção ergonômica da página Web.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Melo, Edison et al.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho consiste na apresentação dos resultados do I Seminário Catarinense de Redes Acadêmicas, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, abordando entre outros, o tema: Concepção de páginas na Web. Estão aqui reunidas as principais recomendações ergonômicas para concepção, projeto e desenvolvimento de páginas adequadas, com ênfase no aspecto de organizaçao da informação veiculada pelas páginas.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4657/SNBU1996_018.pdf
778670ef467b47ca329208936092e539
PDF Text
Text
5.4
CONSTRUÇÃO DE UM BANCO DE IMAGENS NA ÁREA DA SAÚDE: ALGUMAS
REFLEXÕES
Osvaldélia Santos Pernambuco*
Fernando Marmolejo Roldan*
RESUMO
Este trabalho pretende, através da apresentação de uma amostra dos resultados
obtidos na construção de um “Banco de Imagens Informatizado na Área da Saúde”,
suscitar reflexões teóricas e práticas acerca deste tema, onde uma série de
conhecimentos e competências profissionais devem atuar e sobre o qual há, ainda,
muito o que se aprender e trocar entre as diferentes experiências envolvidas, como
as relativas às áreas da informação, comunicação e informática. Não se trata, neste
caso, apenas de somar estas experiências, mas de criar uma metodologia de
trabalho nova, que permita uma interação contínua entre as variáveis a serem
consideradas, de forma a gerar um novo conhecimento.
1 INTRODUÇÃO
A Biblioteca de Recursos Instrucionais do Núcleo de Tecnologia Educacional
para a Saúde (NUTES), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi
criada em 1972, com objetivo principal de implementar o uso de recursos
audiovisuais no ensino da área da saúde. Nesse sentido, vem ao longo desses anos
constituindo um grande acervo de documentos audiovisuais, produzidos na própria
Instituição ou recebidos através de doação. Desses materiais destaca-se o videotape, maioria absoluta.
_________________
* Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde - UFRJ
�5.4
A produção do video-tape envolve em seu processo a geração de um grande
número de gravação de cenas em fitas de videocassete, denominadas de material
bruto, do qual apenas algumas cenas são aproveitadas na edição final. As
gravações não utilizadas ou parcialmente utilizadas não possuíam nenhum
tratamento, o que dificultava sua busca e recuperação para utilização em atividades
de ensino e pesquisa na área da saúde ou para outras produções audiovisuais.
A experiência acumulada pelo NUTES em seus mais de 20 anos no campo
da tecnologia educacional e na introdução de inovações pedagógicas no ensino das
Ciências da Saúde, levou a Biblioteca de Recursos Instrucionais a trabalhar no
sentido de consolidar a área de ensino, pesquisa e desenvolvimento de recursos
instrucionais em saúde, integrando o conhecimento gerado sobre planejamento,
elaboração, implementação e avaliação de recursos educacionais de diferentes
formatos, para trabalhar com sistemas multimídia e avançar na investigação sobre
suas aplicações, formas de acesso e utilização, contribuição para o ensino e
formação profissional na área da saúde.
Dentro desta perspectiva é que se insere a construção de um "Banco de
Imagens Informatizado na Área da Saúde", uma base de dados que está sendo
desenvolvida a partir dos documentos audiovisuais produzidos pelo NUTES, com o
objetivo principal de ampliar o acesso às informações audiovisuais e a sua utilização
em atividades de educação e pesquisa na área da saúde.
Para
essa construção
foram
previstos o desenvolvimento de uma
metodologia para indexação/recuperação de informações audiovisuais e a utilização
de tecnologia multimídia, em CD-ROM de alta capacidade de armazenamento, para
maior acessibilidade e melhor confiabilidade no gerenciamento de imagens. Com a
�5.4
sua
implementação
espera-se
constituir
em
um
aporte
importante
no
desenvolvimento de projetos educativos em Saúde, contribuindo com informações
relevantes tanto para a comunidade local, quanto para outras instituições nacionais
e internacionais.
2 O BANCO DE IMAGENS NA ÁREA DA SAÚDE
A área das Ciências da Saúde tem se mostrado ativa na introdução de novas
tecnologias educacionais, motivada pelas reflexões sobre filosofia, estrutura,
conteúdo e metodologia do processo de formação. Na busca de introduzir novas
alternativas para tal construção, vem procurando incorporar os avanços tecnológicos
e os aportes científicos de diferentes campos do conhecimento. As bibliotecas
dessa área não podem ficar alheias a esses fatos e estão, assim, deparando-se
com o desafio de acompanhar esses avanços e contribuir para o seu crescimento.
A criação do “Banco de Imagens Informatizado na Área da Saúde” está
inserida num contexto onde uma série de conhecimentos e competências
profissionais devem atuar e onde, por tratar-se de um campo de estudo
relativamente novo, ainda há muito o que se aprender e trocar entre as diferentes
experiências envolvidas, como as relativas às áreas da informação, comunicação e
informática. Não se trata apenas de somar estas experiências, mas de criar uma
metodologia de trabalho nova, que permita uma interação contínua entre as
variáveis a serem consideradas, de forma a gerar um novo conhecimento. A
discussão sobre a formação de equipes multidisciplinares nas atividades
acadêmicas torna-se intensa quando se refere ao desenvolvimento de recursos
�5.4
educacionais e amplia-se com o avanço de novas tecnologias de informação e de
sua utilização através da indústria de informação. Isto porque, ao trabalharmos com
sistemas que incorporam uma diversidade de meios, podemos verificar que uma
série de conhecimentos estão envolvidos e interagindo.
Um dos eventos mais importantes ocorridos na ampla área chamada indústria
da informação foi o surgimento e o crescimento das bases de dados. Pode-se
afirmar que tais tecnologias contribuíram fortemente para a pujança desta indústria.
A análise da literatura sobre esse assunto permitiu observar que as bases de dados,
fontes de informação computadorizadas que podem ser pesquisadas em modo
interativo, têm apresentado um grande crescimento e abrangem praticamente todas
as áreas do conhecimento. Observa-se, ainda, que estas bases são basicamente de
natureza bibliográfica, fornecendo dados referenciais e de fontes.
3 BANCO DE DADOS DE IMAGENS
O termo banco de imagens surgiu referindo-se a um conjunto de informações
do tipo imagens, como por exemplo: uma cinemateca, um sistema de vídeo-discos
interativos ou um conjunto de concepção de imagens sintéticas para o cinema.
Esses bancos são, preferencialmente, armazenados em dispositivos óticos, que
possibilitam o tratamento das informações textuais e audiovisuais.
Até o momento, vários enfoques de manipulação de imagens foram
propostos, colocando em evidência os aspectos numéricos das imagens, sua
representação matricial ou sua definição a partir de componentes básicos. Estes
enfoques são utilizados, sobretudo, nas áreas de tratamento de imagens e
�5.4
reconhecimento de formas. Apesar desse aprofundamento, ainda existem
limitações, principalmente de ordem técnica, para manipulação das imagens:
capacidade de armazenamento, de transmissão, de velocidade de acesso das
unidades entrada/saída e de tratamento dos processadores.
Um dos aspectos mais interessantes da utilização de imagens é o de se
poder manipular não apenas as imagens, mas também os dados descritivos ou os
textos associados às mesmas. Aqui se torna muito importante a capacidade de
manipulação simultânea de dados convencionais e complexos.
Por tratar-se aqui do desenvolvimento de um recurso instrucional, voltado
para atividades de ensino e pesquisa na área da saúde, o enfoque dado aos
documentos audiovisuais considerou os problemas técnicos envolvidos no
tratamento de imagens, mas privilegiou as questões da informação e comunicação
envolvidas neste processo.
O
banco de dados aqui discutido está sendo constituído de imagens
(sonoras e em movimento), em sua grande maioria ligadas diretamente à área da
saúde. A utilização de tecnologia multimídia em CD-ROM ainda não foi possível por
falta de recursos financeiros. Sendo assim, atualmente, com os recursos de
informática disponíveis, é possível a busca e a recuperação das imagens através do
uso de descritores. Como resultado o usuário recebe informações sobre o número
da fita e a cena procurada, a descrição, e visualiza um pequeno trecho da mesma.
O grande espaço que as imagens ocupam de memória não permite que seja
mostrada toda a cena.
4 O PROCESSAMENTO TÉCNICO
�5.4
De modo formal e convencional, é possível afirmar que no tratamento de
documentos impressos, visando a sua indexação e recuperação, ocorrem duas
grandes fases: a descrição e a representação das informações (VIEIRA, 1988). Com
relação aos documentos audiovisuais, essas duas fases também ocorrem. Porém,
os elementos que nelas figuram possuem características próprias. Dentro deste
enfoque, pode ser constatado que em um livro os elementos autor e título são
fundamentais, pois existe a vinculação direta do criador da obra com o seu
conteúdo, considerado como um todo. Com freqüência, o livro é solicitado pelo
nome de seu autor e/ou título. Nos documentos audiovisuais os elementos da cena
serão, comumente, os de maior interesse para os solicitantes/usuários e o seu
autor, em geral o fotógrafo ou operador de câmara de TV,
secundário nestes
documentos. Num documento impresso, a descrição e a representação consideram
todo o documento. Nos documentos audiovisuais, a descrição e a representação
das imagens são consideradas como parte de um todo.
O desenvolvimento de metodologia para o processamento técnico de
informações audiovisuais exigiu que fossem e continuem sendo realizados estudos
acerca das questões que envolvem a construção e o uso de linguagens
documentárias no processo de indexação/recuperação desses documentos, tendo
por base o fato de que os problemas que ocorrem na indexação de textos são,
certamente, muito maiores no tratamento das imagens e que indagações do tipo: o
que é visto em uma imagem que merece ser indexado? que termo traduz o que é
percebido e vai ao encontro dos interesses do destinatário (usuário)?, são ainda
difíceis de serem respondidas.
�5.4
Os problemas que ocorrem na indexação de documentos audiovisuais
através de palavras fazem parte de uma realidade bidimensional, modelada por um
instrumento unidimensional. Vê-se, assim, que a mais forte barreira a transpor está
associada à diferença de dimensão que existe entre o objeto a ser discutido e a
linguagem de descrição. A rigor, o melhor instrumento para indexar imagens são
imagens. O uso de palavras configura-se como uma aproximação, da mesma forma
que fotos bidimensionais são descrições aproximadas e inexatas da realidade
tridimensional.
Apesar das contradições encontradas na literatura sobre o uso da linguagem
natural ou de linguagens documentárias, parece clara a necessidade de se
converter a linguagem natural, tal como usada nos documentos, em linguagens
controladas que facilitam o indexador e o usuário na tarefa de busca/recuperação.
Sendo assim, a metodologia a ser desenvolvida para o tratamento das informações
aqui tratadas incluirá a construção de instrumentos que permitam a sua análise,
descrição e padronização, com a flexibilidade exigida por um sistema desta
natureza.
Para a construção do banco de imagens a maior dificuldade recaiu não
somente em converter a linguagem natural em documentárias, mas sim em traduzir
elementos muito subjetivos encontrados nos documentos. As cenas que constituem
o acervo tratam, em geral, não apenas de aspectos conceituais, como as doenças,
mas também das relações sócio-econômicas, das relações humanas da sociedade
com essas doenças, das relações das instituições de saúde e de suas
consequências.
�5.4
O desafio é grande, mas contamos com instrumentos importantes, como a
metodologia desenvolvida pela BIREME, que foi o ponto de partida desse trabalho e
é o adotado para todos os documentos audiovisuais. Os aspectos não cobertos por
essa metodologia estão sendo objeto de pesquisa.
O processamento técnico segue os passos básicos dos documentos
convencionais, como classificação, autoria, data, etc. Após a identificação da fita, é
iniciada a identificação e descrição de cada uma das cenas contidas na fita. Nesse
momento, as cenas são numeradas sequencialmente nas fitas, anotados seu tempo
inicial e final, local onde ocorre a cena (interior ou exterior), identificação dos
personagens e/ou objetivos (nome, profissão, sexo, idade, etc.). Em seguida é feita
a descrição da cena por palavras. Esse momento é um dos mais importantes de
todo o processamento técnico, pois a partir dela é que se realiza a indexação
através do uso dos descritores. Isso não que dizer que não haja necessidade de se
voltar a cena no momento da indexação, pois em geral o indexador não se sente
seguro apenas com a descrição realizada.
�5.4
Todos os elementos aqui apresentados são descritos em uma planilha e
posteriormente digitados em programa de computador. Há ainda uma indexação
geral por tipo de documentos que os dividem em documentários (entrevistas e
depoimentos), conceituais (cenas que possuem ligação direta com área da Saúde) e
genéricos (sem ligação direta com a área da Saúde).
Finalmente, quando todos os dados da cena já estão em máquina e
conferidos, é realizada a captura de um pequeno trecho da cena da fita de vídeo
para o computador.
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Para o desenvolvimento do presente trabalho foram realizadas atividades
relacionadas às três principais linhas de pesquisa estabelecidas, ou sejam, as áreas
da informação, comunicação e informática, todas iniciadas por um diagnóstico que
incluiu a revisão da literatura e contatos com instituições e profissionais ligados às
áreas. Posteriormente, foram iniciadas uma análise de amostra do acervo, definição
dos elementos de identificação, descrição dos documentos audiovisuais e
elaboração do "layout" de uma planilha com os elementos identificados e
estabelecidos. Em seguida foi feito o levantamento, pela equipe de informática, das
ferramentas necessárias para a implementação da base de dados, através da
elaboração de um programa computacional (software) para armazenamento dos
dados. O protótipo desenvolvido inicialmente utilizou o gerenciador de banco de
dados DBase III Plus, pois este era amplamente utilizado no mercado e adaptava-se
ao hardware disponível, um PC-XT com monitor monocromático CGA. Atualmente,
�5.4
com a disponibilidade de PC-386 DX40 com monitor colorido e placas multimídia e
com o gerenciador de banco de dados MS-Access 2.0 para Windows, capaz de
armazenar e manipular os elementos multimídia (som e imagem), criou-se um banco
de dados multimídia onde o usuário pode ver e/ou ouvir um trecho de uma cena,
acompanhado da tradicional descrição textual.
6 CONCLUSÃO
A construção do “Banco de Imagens Informatizado na Área da Saúde” é um
trabalho em andamento, exigindo a continuidade das pesquisas em todas as áreas,
principalmente nas relativas a indexação de informações audiovisuais, que pode ser
considerada o fio condutor desse trabalho. Nesse sentido, as investigações estão
ocorrendo de maneira muito cuidadosa. Está prevista também a construção de
instrumentos normativos para a seleção, elaboração de resumo e descrição das
informações, como os desenvolvidos pela BIREME. A meta final é implantar uma
estação, através do uso da tecnologia multimídia em CD-ROM, na qual o usuário
terá acesso imediato a um banco de dados alfanumérico e de imagens/sons,
selecionadas, digitalizadas e comprimidas.
�5.4
ABSTRACT
By presenting a sample of the results obtained in the construction of an “Image
Database in the Health Field”, this paper aims to provoke theoretical and practical
discussion of this topic, which involves a range of knowledge and professional skills,
and about which there is still much to learn and a need to share experience, for
example with regard to the communication and computerization of information. It is
not just a matter of collecting these experiences but of devising a new work
methodology which will allow continuous interaction among the variables involved
and lead to new knowledge.
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21 PIERRARD-BINIEK, M. Analyse documentaire al l'image fixe: état de la
question. Argus, n. 10, n. 5, p. 81-88, 1981.
22 SOUZA, G. H. B. P. Indexação : economizando na entrada e na saída. R. Esc.
Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 225-231, 1976.
23 STORULOW, A. C., COCHRAN, T. M. Instructional uses of computing in health
scinces : an annotated bibliography. J. Med. Systems, v. 7, n. 1, p. 61-96,
1983.
24 VIEIRA, S. B. Indexação automática e manual : revisão da literatura. Ciência
da Informação, Brasília, v. 17, n. 1, p. 43-58, 1988.
�5.4
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Construção de um banco de imagens na área da saúde: algumas reflexões.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Pernambuco, Osvaldélia Santos; Roldan, Fernado Marmolejo
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho pretende, através da apresentação de uma amostra dos resultados obtidos na construção de um “Banco de Imagens Informatizado na Área da Saúde”, suscitar reflexões teóricas e práticas acerca deste tema, onde uma série de conhecimentos e competências profissionais devem atuar e sobre o qual há, ainda, muito o que se aprender e trocar entre as diferentes experiências envolvidas, como as relativas às áreas da informação, comunicação e informática. Não se trata, neste caso, apenas de somar estas experiências, mas de criar uma metodologia de trabalho nova, que permita uma interação contínua entre as variáveis a serem consideradas, de forma a gerar um novo conhecimento.
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A language of the resource
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-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4780/SNBU1996_071.pdf
f1fe7547d007333576ef92fe682248a1
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8.12
CONTRIBUIÇÃO PARA A REFERENCIAÇÃO DE TRABALHOS DISPONÍVEIS NA
INTERNET
*
José Antonio Rodrigues Viana
RESUMO
Apresenta uma sugestão para a referenciação de trabalhos disponíveis na
INTERNET, bem como uma breve descrição de alguns recursos importantes.
1 INTRODUÇÃO
A INTERNET é uma teia de âmbito mundial formada por redes universitárias,
comerciais, militares e científicas conectadas. A INTERNET, na verdade, não é
apenas mais uma rede: é uma rede de redes. Ela é formada por pequenas redes
locais (LANs - Local Area Networks), redes de abrangência urbana (MANs Metropolitans Area Networks) e grandes redes remotas (WANs - Wide Area
Networks), que conectam computadores de instituições do mundo inteiro.
A história da INTERNET começa em 1969, com apenas uma rede,
denominada ARPANET, que surgiu como uma experiência dos Estados Unidos em
redes com comutação de pacotes. A ARPA, agência de projetos de pesquisa
avançada, do Departamento de Defesa, permitia, no início, que os pesquisadores
acessassem centros de computação, permitindo que eles compartilhassem recursos
de hardware e software. Outras redes experimentais foram sendo conectadas à
Bibliotecário. Especialista em Análise de Sistemas. Universidade Federal
Fluminense, Niterói, RJ.
*
�8.12
ARPANET através de uma tecnologia de interconexão criada pela DARPA (antiga
ARPA). No ínicio da década de 80, a ARPANET original foi dividida em duas redes,
a ARPANET e a MILNET (uma rede militar), mas a comunicaçao continuou sendo
feita por essas conexões. Em príncipio, essa conexão de redes foi denominada
DARPA INTERNET, mas ficou mais conhecida pelo nome abreviado INTERNET.
Nos primeiros anos, o acesso à ARPANET era restrito à empresas ligadas à
área militar e universidades que faziam pesquisas militares. As redes cooperativas e
descentralizadas, como a UUCP, uma rede de comunicações UNIX, e a USENET
(User’s Network) surgiram no final dos anos 70, inicialmente servindo à comunidade
universitária e depois a organizações comerciais. No final dos anos 80, mais redes
coordenadas, como a CSNET (Computer Science Network) e a BITNET,
começaram a oferecer conexões de âmbito mundial para as comunidades
acadêmicas e de pesquisa. Estas redes não faziam parte da INTERNET,
mas
posteriormente foram criadas conexões especiais para permitir a troca de
informações entre diversas comunidades.
O próximo grande passo da história da INTERNET foi a criação da NSFNET
(Nacional Science Foundation) em 1986, que ligava pesquisas feitas nos Estados
Unidos a cinco centros de supercomputadores. Logo ela se expandiu e passou a
conectar redes acadêmicas federais e redes de nível intermediário que ligavam
universidades e centros de pesquisas. O passo seguinte foi começar a substituir a
ARPANET como rede de pesquisa. Esta rede foi extinta em março de 1990. Depois
disso, a CSNET percebeu que muitos de seus membros iniciais estavam sendo
conectados através da NFSNET, e deixou de existir em 1991 (LA QUEY,1994 ).
�8.12
Em 1989, houve a grande revolução na INTERNET, no sentido de se
democratizar o acesso ao usuário comum, o World Wide Web, ou simplesmente
WWW. Foi criado no European Center for Particle Physics (CERN), em Genebra,
como uma maneira de cientistas publicarem documentos hipertexto na grande rede.
No WWW, além dos recursos de hipertexto, os hyperlinks possibilitam ao usúario
seguir idéias e temas de uma página a outra, independentemente de estarem
armazenadas em um mesmo computador ou espalhadas em diversos servidores da
rede, não sendo necessário saber onde estas informações estão localizadas, pois
uma viagem pelo sistema irá mostrar os dados contidos em diferentes servidores
(ON line...1995).
No Brasil, a exemplo de muitos países, a INTERNET surgiu e ganhou força
no meio universitário. Em 1988 já existiam conexões internacionais de redes nãocomerciais com o Exterior (FAPESP em São Paulo, e LNCC e UFRJ, no Rio de
Janeiro), mas era utilizada a tecnologia BITNET (Because it’s time Network),
implementada basicamente em computadores IBM de grande porte e com
funcionalidade bastante reduzida (apenas correio eletrônico e transferência de
pequenos arquivos). A partir de 1990, decide-se pela implantação de uma Rede
Nacional de Pesquisa, coordenada pelo CNPq. Mas apenas em 1992, às vésperas
da ECO-92, é instalada a espinha dorsal (backbone) da RNP, contemplando as
principais universidades do País, além de organizações não-governamentais e de
pesquisa (LA QUEY, 1994).
Segundo estimativa de TAKAHASHI (1996), na virada do século, poderemos
ter cem milhões de pessoas ligada à INTERNET, tendo acesso a uma gama de
�8.12
informações a uma velocidade nunca vista antes, sem intermediários e de uma
forma totalmente livre.
Os profissionais de informação, principalmente os bibliotecários, não podem
ignorar esta evolução, que está empurrando a biblioteca convencional para um
segundo plano, pois já é de uso corrente a consulta de livros e periódicos
diretamente na rede, sem a necessidade de um órgão que faça esta intermediação.
Com este avanço, teremos cada vez mais citações em monografias, livros
etc., de trabalhos encontrados na rede, e ainda não estamos preparados para lidar
com isso. A referenciação desses trabalhos deve ser precisa pois, como eles não
estão impressos, o único modo de termos acesso a eles é conectar-se à rede e, a
partir daí, ir diretamente à fonte da informação.
Este trabalho pretende iniciar esta discussão, apresentando sugestões para a
referenciação de trabalhos disponíveis na INTERNET, baseando-se na NBR-6023.
2 PROPOSTAS PARA REFERÊNCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
A seguir, apresenta-se
uma breve descrição dos principais recursos
oferecidos na rede e uma proposta para sua referenciação.
TELNET - Esta ferramenta permite a conexão a um computador remoto, ou seja, no
momento da conexão é como se estivessemos usando outro computador, no lugar
em que este está instalado. Assim, podemos nos conectar remotamente a uma
biblioteca em qualquer parte do mundo e fazer
diretamente nos documentos.
a consulta
nos catálogos ou
�8.12
Proposta:
Título do local acessado (endereço telnet:,login:)
Ex.: HISTORY database (endereço telnet: ukanaix.cc.ukans.edu, login: history)
AIDS Information (endereço telnet: health.um.edu, login: health)
GOPHER - Esta ferramenta foi desenvolvida pela Universidade de Minnesota (EUA),
e permite uma busca de informações pelos computadores ligados à rede, através de
um sistema de menus que permitem o detalhamento do nível de informação
necessário ao usuário.
Proposta:
Autor.Título do documento (endereço gopher:,menu:,documento:)
Ex.:
SMITH,
Richard.
Navigating
the
INTERNET
(endereço
gopher:
wings.buffalo.edu, menu: access the INTERNET, menu: about the INTERNET,
gopher, etc., documento: Navigate the INTERNET)
SPECIAL INTERNET connections (endereço gopher:csd4.csd.uwm.edu, menu:
remote information series, documento: Special INTERNET connections)
FTP (File Transfer Protocol) - Ferramenta que nos permite acessar computadores
remotos e baixar arquivos públicos desses computadores
para o nosso. Este
arquivos consistem em programas, jogos, documentos etc. Nos Estados Unidos, o
Projeto Gutenberg está disponibilizando, na rede, obras clássicas, cujos direitos
�8.12
autorais já são de domínio público. Já estão incluídos a Bíblia Sagrada, o Alcorão e
diversos autores clássicos (ROADMAP).
Proposta:
Autor. Título do documento (endereço ftp:, login:, caminho:)
Ex.: PROJECT Gutenberg (endereço ftp: oes.orst.edu, caminho: /pub/data/etext/*)
KEHOE, B. Zen & art of INTERNET. (Endereço ftp: ftp. Infolib.murdoch.edu.au,
login:anonymous, caminho: pub/gde/netser/zeninternet.gde.ps)
FILESERV - É um servidor de arquivos que, conforme nosso pedido, envia
informações na forma de um ou mais arquivos. O acesso é feito exclusivamente
através do correio eletrônco.
Proposta:
Título do arquivo (endereço fileserv:, arquivo:)
Ex.: GUIA BRASNET resumido (endereço fileserv: fileserv@if.usp.br, arquivo:
BRASNET_GUIDE SUMMARY)
WWW(World Wide Web) - Literalmente, Teia de Alcance Mundial. É a ferramenta
que popularizou a INTERNET, ao permitir o acesso a textos, imagens, sons, vídeo
etc. A primeira página de qualquer endereço WWW é chamado home-page, e a
facilidade de sua confecção está revolucionando a mídia, pois permite que qualquer
pessoa ou instituição publique na rede o que for de seu interesse.
Proposta:
�8.12
Título da home-page (endereço www:)
Ex.: UNIVERSIDADE Federal Fluminense (endereço www: http://www.uff.br/)
INTERNET Public Library (endereço www: http://ipl.sils.umich.edu)
3 CONCLUSÃO
A INTERNET já é uma realidade; atualmente 80 mil brasileiros já estão
conectados à rede (LEIRIA, 1996) e os bibliotecários não podem ignorar esta nova e
riquíssima fonte de informação, para não serem deixados de lado. Por isso é
necessário que estejamos preparados para atender os usuários que apareçam com
estas questões, ou eles irão a outras fontes, como por exemplo, à INTERNET
Public Library, uma biblioteca virtual, com estantes, sala de leitura, balcões, serviço
de referência e até uma bibliotecária, que responde suas perguntas.
�8.12
ABSTRACT
This paper proposes a reference system for works available through the Internet,
and briefly describes some important resources.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BECHERINI, F. Fileserver: ferramenta simples, mas muito útil. Internet World,
Rio de Janeiro, v. 1, n. 4, p. 98-100, dez. 1995.
2 HENNING, P. INTERNET@RNP.BR: um novo recurso de acesso a informação.
Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 1, p. 61-64, jan./abr. 1993.
3 JAMES-CATALANO, C. Onde fica a biblioteca? Internet World, Rio de Janeiro,
v. 1, n. 6, p. 74-77, fev. 1996.
4 LA QUEY, T. , RYER, J. O manual da INTERNET: guia introdutório para o
acesso as redes globais. Rio de Janeiro : Campus, 1994. 120 p.
5 LEIRIA, Luis. A INTERNET fala português. Internet World, Rio de Janeiro, v. 1,
n. 6, p. 62-68, fev. 1996.
6 ON LINE já: um guia para a World Wide Web. PC World, São Paulo, v. 4 ,
n. 37, p.52-62, jul. 1995.
7 ROADMAP: a virtual course about INTERNET. (Endereço fileserv:
LISTSERV@ UA1VM.UA.EDU, arquivo: map 14 lesson)
8 TAKAHASHI, T. Gurus, profecias e o Brasil. Internet World, Rio de Janeiro,
v. 1, n. 9, p. 84-87, maio 1996.
�
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Biblioteconomia
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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Contribuição para a referenciação de trabalhos disponíveis na Internet. (Pôster)
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Viana, José Antonio Rodrigues
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1996
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Apresenta uma sugestão para a referenciação de trabalhos disponíveis na INTERNET, bem como uma breve descrição de alguns recursos importantes.
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abc6d9de08100a4396aad25ba2ba2d10
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5.11
CONVERSÃO RETROSPECTIVA NO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMP :
INTEGRAÇÃO DE REGISTROS MARC A CATÁLOGO ON-LINE
Mariângela Pisoni Zanaga*
RESUMO
A conversão retrospectiva possibilita a complementação dos catálogos on-line
existentes, integrando catálogos manuais e automatizados, facilitando,
principalmente, a obtenção da informação. O acesso a serviços cooperativos de
catalogação oferecidos em formato MARC por bibliotecas brasileiras, que adotam o
formato CALCO (Catalogação Legível por Computador), facilita a conversão
retrospectiva de catálogos.
A
conversão
retrospectiva
consiste
no
aproveitamento
de
registros
catalográficos automatizados existentes em bases de dados. O material bibliográfico
catalogado em formato não-automatizado, portanto disponível somente no catálogo
manual, poderá passar a compor o catálogo on-line.
Esta conversão torna-se
possível através do uso das novas tecnologias e de trabalho cooperativo na área de
catalogação.
Para implementar a conversão retrospectiva, as bibliotecas devem avaliar
quantitativa e qualitativamente a parcela do acervo a ser retroconvertido, definindo
as prioridades, desconsiderando o material que não deverá constar do catálogo
eletrônico.
A conversão retrospectiva leva a maior compartilhamento de recursos, tanto
do ponto de vista do ato de catalogar como em relação à fase posterior, do uso da
informação gerada com a incorporação de novos registros ao catálogo on-line da
�5.11
biblioteca. Normalmente, ao se realizar a conversão retrospectiva, recorre-se a uma
base de dados cooperativa, agilizando-se o processo de catalogação: se uma obra
já foi anteriormente catalogada por uma instituição, as outras interessadas podem
obter o registro dela decorrente, sem investir esforços nesta mesma tarefa. Ao
integrar este registro no catálogo automatizado disponível, há difusão de
informações entre os usuários que fizerem uso do citado catálogo.
O catálogo on-line de acesso público apresenta a informação bibliográfica
organizada e expande o acesso ao acervo da biblioteca (HILDRETH, 1985). O
catálogo on-line deve ser o mais completo possível, para que estimule o uso efetivo
da biblioteca. A conversão retrospectiva leva à completeza do catálogo, que por sua
vez possibilita maior acesso e controle bibliográfico mais abrangente (DWYER,
1987).
As bibliotecas que convivem com catálogo manual e automatizado devem
investir no processo de conversão retrospectiva.
A tendência emergente de
interligar catálogos eletrônicos locais leva à criação de um banco de dados virtual,
nacional e internacional, apresentando o que a biblioteca pode oferecer aos
usuários. Se o catálogo manual passar por conversão, o sistema de recuperação de
informações on-line da biblioteca, certamente, apresentará à clientela os recursos
bibliográficos de que a biblioteca dispõe.
O processo de conversão retrospectiva foi amplamente discutido nos Estados
Unidos, na década de 80 (GREGOR, 1984; REED-SCOTT, 1984). Alguns trabalhos
publicados tratam do assunto, apresentando a finalidade do processo, as formas de
realizá-lo e a priorização de itens a serem convertidos ( EPSTEIN, 1983;
*
Biblioteca Central - UNICAMP
�5.11
KAWAMOTO, 1987; SCHOTTLAENDER, 1988; PLEZIA, 1989; EPSTEIN, 1990;
McGARRY, 1992; RIGER, 1992).
Na Europa, o interesse pela conversão
retrospectiva surgiu no final dos anos 90 (WORKING PARTY ON RETROSPECTIVE
CATALOGUING, 1989), sendo que Portugal e Espanha têm realizado experiências
a partir desta data ( DIÈGUEZ, AGENJO, 1989; FALCÃO, REI, 1990; LÉON,
MOLINA, MONTALVO, 1994; ORTIZ-REPISO, RÍOS, 1994). No Brasil, este recurso
começa a ser utilizado nas bibliotecas universitárias, assumindo importante papel na
consolidação de catálogos on-line.
A literatura brasileira sobre conversão retrospectiva é escassa.
Poucos
trabalhos tratam do assunto, uma vez que a tecnologia para a realização da
conversão retrospectiva está sendo introduzida nas bibliotecas.
Publicações como as de LOBO (1988) e FREDERICK (1990) abordam o
assunto de maneira abrangente, enfocando objetivos, procedimentos, equipes de
profissionais, entre outros pontos.
ZANAGA (1994) trata a conversão retrospectiva como recurso para a
complementação do catálogo on-line, procurando estabelecer prioridades, tendo em
vista a realização da conversão do catálogo manual.
ALMEIDA et al. (1994) relatam a proposta de automação da Rede de
Bibliotecas da UNESP, que inclui o uso da retroconversão.
BALBY (1994) enfoca aspectos gerais da conversão retrospectiva, discutindo
a viabilidade de sua aplicação no Brasil, para facilitar a automação da catalogação.
ZANAGA
(1994)
apresenta
o
processo
de
conversão
retrospectiva
desenvolvido no Sistema de Bibliotecas da UNICAMP, com base no trabalho
cooperativo de catalogação realizado através da Rede BIBLIODATA/CALCO,
�5.11
aplicando o software brasileiro OrtoDocs. Deve-se ressaltar que esta experiência
não está totalmente concluída, devido a problemas técnicos apresentados pelo
citado software. O encerramento do processo de conversão está dependendo da
integração dos registros convertidos ao catálogo on-line existente.
As bibliotecas universitárias brasileiras devem investir na atividade de
conversão retrospectiva de registros catalográficos e a falta de opções tem
retardado a finalização da mesma.
As vantagens advindas da unificação de
catálogos e da disponibilização de informações de acervos de bibliotecas
universitárias no Brasil são inúmeras. Compreendem a função de processamento
técnico e de difusão da informação, a nível intra e extra-institucional.
A
possibilidade de acesso às bases de dados bibliográficos das Universidades através
da INTERNET é uma realidade que otimiza o uso das informações representadas.
A contribuição nacional que as bibliotecas de Instituições de Ensino Superior pode
oferecer para o fortalecimento de catálogos coletivos cooperativos é valiosa.
O Sistema de Bibliotecas da UNICAMP efetua processamento técnico
automatizado de livros e teses através da Rede de Catalogação Cooperativa
BIBLIODATA/CALCO. Como produto, dispõe de catálogo público on-line, disponível
à comunidade interna e externa da Universidade.
Apesar do esforço de catalogação desenvolvido desde o final de 1989 e do
reduzido crescimento de acervo ocorrido desta época para cá, a eliminação do
catálogo em fichas e a complementação do catálogo on-line não é uma realidade.
Como decorrência, os serviços oferecidos à clientela ficam afetados, assim como os
serviços cooperativos passíveis de desenvolvimento, tais como a própria
catalogação,
serviço de fornecimento de documentos, empréstimo-entre--
�5.11
bibliotecas e comutação bibliográfica, desenvolvimento do UNIBIBLI: CD-ROM dos
acervos de livros, teses e publicações seriadas dos Sistemas de Bibliotecas das
Universidades Estaduais Paulistas.
A possibilidade de acesso a serviços cooperativos internacionais e a
compatibilidade existente entre os formatos CALCO e MARC fazem com que novas
formas de processamento automatizado de registros bibliográficos se tornem
viáveis.
Ao recorrer à conversão retrospectiva de registros catalográficos, há
aproveitamento de dados referentes a determinado item bibliográfico já catalogado
em formato automatizado, com integração destes dados ao catálogo eletrônico
disponível ou em formação na biblioteca.
A biblioteca, ao optar por agregar este tipo de desenvolvimento às rotinas de
processamento técnico, deve possuir algumas condições, podendo-se citar entre
elas ambiente informatizado para:
a)dispor o catálogo da biblioteca;
b) realizar as consultas à base de dados cooperativa que oferece o serviço de
conversão retrospectiva;
c) integrar os registros magnéticos, produto da conversão retrospectiva,
tratando localmente as informações necessárias, como indicação de
número de chamada, número de tombo, biblioteca depositária, tradução de
alguns campos do registro e, por último, complementar o catálogo
existente.
Pelo exposto, pode-se verificar que se trata de uma atividade desenvolvida
cooperativamente, fundamentada em uma base de dados coletiva, normalmente
�5.11
administrada pela instituição fornecedora do serviço.
Se esta base de dados
dispuser de um registro catalográfico com as características da obra que uma
biblioteca participante do serviço estiver catalogando, o esforço de catalogação será
reduzido, ocorrendo o aproveitamento dos dados, em formato magnético. Como
consequência, pode-se estender o conceito de conversão retrospectiva, deixando de
lado o limite de passagem da catalogação manual para a automatizada, pois ao se
localizar um registro catalográfico em uma base de dados eletrônica, mesmo que ele
não se refira a uma obra já catalogada manualmente, o aproveitamento estará
sendo realizado, assim como a sua inclusão no catálogo automatizado da biblioteca.
Existem inúmeros procedimentos a serem adotados para a realização da
conversão retrospectiva de registros, podendo ser citados: uso de equipe local ou
externa à instituição, desenvolvimento das operações on-line ou off-line, recorrendose, neste último caso, a bases de dados em CD-ROM ou em fitas magnéticas. As
etapas complementares compreendem a integração ao registro de informações
específicas da biblioteca interessada e a consolidação dos dados captados à base
de dados local.
Muitas organizações estrangeiras oferecem o serviço de conversão
retrospectiva de registros catalográficos: redes de serviços cooperativos de
biblioteca e empresas comerciais.
Ao analisar os produtos da conversão retrospectiva realizada com instituições
que trabalham com o formato MARC para a catalogação original de material
bibliográfico, observa-se que registros gerados em formato da família MARC
apresentam algumas variações.
�5.11
Através da análise de registros bibliográficos obtidos de instituições norteamericanas que oferecem o serviço de conversão retrospectiva, verifica-se que se
deve providenciar a tradução para o português da área de notas e de assuntos
(parágrafos 500 e 600, no Formato MARC e CALCO).
Estas informações são
geradas na língua do catalogador e, sendo destinadas ao usuário, devem estar no
idioma falado pelo mesmo.
Para a inclusão de dados específicos da instituição, como número de
chamada, número de tombo/registro do material e de exemplares, sigla da coleção
e/ou biblioteca depositária, os fornecedores de serviços oferecem opções variadas,
cabendo à biblioteca solicitante definir a área em que estas informações locais
devem ser inseridas. É muito importante a definição do uso destes campos pela
instituição para que haja padronização nos procedimentos.
Registros catalográficos em formato MARC apresentam, em comparação ao
formato CALCO, algumas informações localizadas em áreas diferentes.
Outros
dados não constam do registro CALCO, como: identificadores da biblioteca que
efetuou a catalogação original, número de classificação de sistemas variados,
código indicador da última utilização ou atualização do registro, entre outros. Há
também variações relativas a indicadores (códigos aplicados nas diversas áreas
com ações específicas em cada uma delas) e delimitadores (subcampos de uma
determinada área).
O desenvolvimento e uso de programas de conversão de dados do formato
utilizado pela instituição fornecedora dos registros para o da biblioteca solicitante
sanará este problema. Esta medida possibilita o trabalho com outras fontes de
dados para realizar a conversão retrospectiva. Atualmente, bases de dados em
�5.11
CD-ROM que permitem a captura de registros e a realização de downloading são
também instrumentos de conversão retrospectiva para bibliotecas que possuem
ambiente informatizado.
As bibliotecas devem investir em novas frentes de atuação com o objetivo de
atualizar os catálogos on-line, procurando torná-los completos.
Para que isto
ocorra, deve-se valorizar o desenvolvimento de iniciativas relacionadas à
catalogação cooperativa, dentre elas a conversão retrospectiva.
O catalogador não terá sua participação diminuída na manutenção do
catálogo eletrônico da biblioteca. Ao contrário, na nova concepção de trabalho,
bibliotecários catalogadores devem voltar-se para a análise dos produtos de
conversão retrospectiva oferecidos por diferentes instituições, assim como dedicarse ao estudo, visando a integração de registros de diferentes fontes à base de
dados de sua instituição. Mais do que nunca, a capacidade de julgamento deverá
ser colocada em prática por estes profissionais. Para a conversão retrospectiva, a
análise e opção por este ou aquele registro, a avaliação do formato de catalogação
utilizado, proporcionará ao catalogador um complemento à sua formação
profissional, levando-o a conhecer a estrutura interna do catálogo on-line de sua
instituição.
É imprescindível a integração entre o bibliotecário catalogador e o de
atendimento ao público para que o acesso efetivo à informação torne-se real.
ABSTRACT
Retrospective conversion allows existing on-line catalogues to be completed,
integrating manual and automated catalogues, and improving access to information.
Access to cooperative cataloguing services offered in MARC by Brazilian libraries
which adopt CALCO (Computer Readable Cataloguing) format facilitates
retrospective conversion of catalogues.
�5.11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALMEIDA, G.M.O.B. et al. Projeto de automação da Rede de Bibliotecas da
UNESP. In: SEMINÁRIO SOBRE AUTOMAÇÃO EM BIBLIOTECAS E
CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO, 5., 1994, São José dos Campos. Anais.
São José dos Campos: [s.n.], 1994. p.141-146.
2 BALBY, C.N. Conversão retrospectiva para consolidar a automação e a
cooperação nas bibliotecas brasileiras. In: SEMINÁRIO SOBRE AUTOMAÇÃO
EM BIBLIOTECAS E CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO, 5., 1994, São José
dos Campos. Anais. São José dos Campos: [s.n.], 1994. p. 42-48.
3 DIÈGUEZ, F., AGENJO, X. La retroconversión en las bibliotecas españolas:
alcance y limites. Revista Española de Documentación Científica, Madrid,
v.12, n.2, p.168-180, 1989.
4 DWYER, J.R. The road to access & the road to entropy. Library Journal, New
York, v.112, n.14, p.131-136, Sept. 1987.
5 EPSTEIN, S.B. Converting bibliographic records for automation: some options.
Library Journal, New York, v. 108, n. 5, p. 474-476, March 1983.
�5.11
6 _______. Retrospective conversion revisited, part. 1. Library Journal, New
York, v. 115, n. 9, p. 56-58, May 1990.
7 FALCÃO, A.J.P., REI, M.L.N. Conversão retrospectiva : investir no futuro das
bibliotecas portuguesas. In: CONGRESSO NACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS,
ARQUIVISTAS E DOCUMENTALISTAS, 3., 1990, Lisboa. ENCONTRO
INTERNACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA 1. 1990,
Lisboa. Actas. Lisboa : Assoc. Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e
Documentalistas, 1990. v.1, p.115-129.
8 FREDERICK, J. Plano para conversão retrospectiva. Tradução de A. F. C.
Costa. [S.L.]: PROBIB, 1990. 36 p. (SESU/PNBU/DOC. TEC. 016/90)
9 GREGOR, D. (Comp.) Retrospective conversion: report of a meeting sponsored
by the Council on Library Resources. Washington, D.C. : CLR, 1984. 140 p.
10 GREGOR, D., MANDEL, C. Cataloging must change ! Library Journal, New
York, v. 116, n. 6, p. 42-47, April 1991.
11 HILDRETH, C.R. Online public access catalogs. Annual Review of
Information Science and Technology, White Plains, v. 20, p.233-285, 1985.
12 KAWAMOTO, C. File analysis for retrospective conversion : the case of the
California State Library, Law Library. Law Library Journal. Chicago, v. 79,
n.3, p.455-467, 1987.
13 LÉON, S.C., MOLINA, T.M. de, MONTALVO, M. La conversión retrospectiva
en las bibliotecas del CSIC. Rev. Española de Documentación Científica,
v. 17, n. 1, p. 42-69, 1994.
14 LOBO, M.F.D. Conversão retrospectiva de registros manuais para formato
legível por computador. Brasília : UnB, 1988. 24 p.
15 McGARRY, D. Priorities for retrospective conversion. International
Cataloguing & Bibliographic Control, Harlow, v.21, n.1, p.8-10, Jan./March
1992.
16 ORTIZ-REPISO, V., RÍOS, Y. Automated cataloguing and retrospective
conversion in the university libraries of Spain. Online & CDROM Review,
v. 18, n. 3, p. 157-167, 1994.
17 PLEZIA, S. Retrospective conversion. DLA Bulletin, Oakland, v. 9, n. 3, p.1012, 24, Winter 1989.
�5.11
18 REED-SCOTT, J. Issues in retrospective conversion : report of a study
conducted for the Council on Library Resources. Washington, D.C.: CLR,
1984. 57 p.
19 RIGER, R.E. Retrospective catalog conversion in mid-sized law libraries: some
practical guidelines for automation. Special Libraries, Washington, v. 83,
n. 1, p.10-15, Winter 1992.
20 SCHOTTLAENDER, B. Retrospective conversion and special cataloging
projects at UCLA. DLA Bulletin, Oakland, v. 8, n. 2, p.16-17, Summer 1988.
21 WORKING PARTY ON RETROSPECTIVE CATALOGUING, 1989, Strasbourg.
Draft recomendation and report on retrospective conversion of library
catalogues to machine-readable form. Strasbourg : Council Europe, 1989.
12p.
22 ZANAGA, M. P. Conversão retrospectiva e cooperação no processamento
técnico de materiais bibliográficos : experiência do Sistema de Bibliotecas da
UNICAMP. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais... Campinas : Biblioteca
Central/UNICAMP, 1994. P.59-68.
23 _______. Definição de critérios para a automação do catálogo de
monografias : o caso do Sistema de Bibliotecas da UNICAMP. Campinas:
[s.n.], 1994. 140 p. Dissertação (Mestrado em Biblioteconomia) Departamento de Pós-Graduação, Faculdade de Biblioteconomia,
PUCCAMP, 1994.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Conversão retrospectiva no Sistema de Bibliotecas da UNICAMP: integração de registros MARC a catálogo on-line.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Zanaga, Mariângela Pisoni
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A conversão retrospectiva possibilita a complementação dos catálogos on-line existentes, integrando catálogos manuais e automatizados, facilitando, principalmente, a obtenção da informação. O acesso a serviços cooperativos de catalogação oferecidos em formato MARC por bibliotecas brasileiras, que adotam o formato CALCO (Catalogação Legível por Computador), facilita a conversão retrospectiva de catálogos.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4687/SNBU1996_031.pdf
0a9e5185f64d2274e4b8220443cb5229
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5.18
DA NECESSIDADE DE UM ÍNDICE LATINO-AMERICANO DE CITAÇÃO CIENTÍFICA
NA ÁREA DE ODONTOLOGIA
*
Tereza da Silva Freitas Oliveira
**
Maria Apparecida de Carvalho
Helena Sumika Sanomiya Otsuki**
Isabel Pereira de Matos **
Izamar da Silva Freitas **
Claudio Hideo Matsumoto **
RESUMO
Análise quantitativa e indexação das citações dos artigos publicados na Revista de
Odontologia da UNESP, Brazilian Dental Journal e Revista da Asociación Odontologica
Argentina, no período de 1990 a 1995, para elaboração de um Índice Latino-Americano
de Citação Científica na área de Odontologia.
1 INTRODUÇÃO
O processo da pesquisa aperfeiçoa nossa compreensão e o processo de publicar
faz parte do aperfeiçoamento do professor, do pesquisador e do grau de treinamento
dos profissionais. Para a avaliação de docentes e pesquisadores, numa unidade
envolvida com ciências, deve ser considerada, entre outros ítens, a produção científica.
No caso específico da produção científica, cabe uma análise da liderança do
pesquisador na área, do volume de pesquisa, da qualidade e do impacto dos seus
trabalhos, que podem, em parte, ser medidos por parâmetros como as citações que
cada um dos seus trabalhos teve e o prestígio das revistas nas quais os mesmos foram
publicados.
*
**
Docente da Faculdade de Biblioteconomia - UNESP
Bibliotecários da Faculdade de Odontologia - UNESP
�5.18
Nos últimos anos tem aumentado a preocupação com o levantamento de dados
referentes ao número de publicações e citações. Esses estudos tornaram-se possíveis a
partir da publicação regular do Science Citation Index (SCI) do Institute for Scientific
Information (ISI) no início da década de 60. Em relativamente pouco tempo e
principalmente no Primeiro Mundo, os indicadores bibliométricos passam a dar
subsídios à tomada de decisões em política científica e universitária.
Cada vez mais os pesquisadores procuram as revistas de bom nível e de alto
impacto, não somente para tornar mais visíveis os resultados de seus trabalhos, como
para valorizá-los junto às agências financiadoras e à administração universitária
Mas a base de dados SCI tem indicado somente uma dezena de revistas
publicadas na América Latina, nos últimos dois decênios, algumas da Argentina, Brasil,
Chile e México (GARFIELD, 1995).
Acreditamos que deva existir um grande número de investigações importantes
em revistas regionais, locais e nacionais, não indexadas pelo ISI, e que são veículos de
comunicação importantes, indispensáveis aos pesquisadores da área odontológica
(GARFIELD,1995).
A área odontológica não está sozinha em sua frustação da não-indexação, pois
quase toda a ciência do Terceiro Mundo está fora do ranking mundial de citação.
Obstáculos estruturais e preconceitos sutis impedem pesquisadores e nações pobres de
compartilhar suas descobertas com o mundo (GIBBS, 1995).
Em recente artigo da Folha de S.Paulo foi citada uma importante descoberta de
brasileiros na área de Anatomia, publicada há 18 anos atrás, na Revista da Faculdade
de Odontologia de Araraquara (UNESP), cujo trabalho não foi considerado pela literatura
científica médica por estar “em revista científica de reduzida circulação pelo Planeta,
além de estar em português” (BONALUME NETO, 1996).
�5.18
“É vital que países em desenvolvimento comuniquem suas pesquisas entre eles.
E é falta de ética não haver uma maneira dos pesquisadores do terceiro mundo
compartilharem idéias com a infraestrutura médica.” (HORTON apud GIBBS, 1995).
As publicações do Terceiro Mundo ficam presas a um círculo vicioso clássico. As
revistas domésticas não ganham prestígio e circulação internacional, porque os
cientistas publicam seus melhores resultados no Exterior, mas os pesquisadores latinoamericanos publicam no Exterior porque revistas domésticas não levam seus resultados
para o mundo científico (GIBBS, 1995).
Para que este círculo vicioso se desfaça, necessário se torna que revistas
melhores e brilhantes, que são excluídas do discurso científico permitido por serviços de
indexação ocidentais, sejam citadas por outros índices de citação científica nacionais ou
da América Latina.
Segundo SPINAK (1996) há necessidade de que a América Latina compile um
Índice Latino-Americano de Citação Científica. Entretanto, este mesmo autor faz
advertências sobre esses procedimentos aleatórios, sem estudos e adequações do
contexto sócio-econômico e institucional.
Esperamos num futuro breve, divulgando internacionalmente nossas pesquisas,
alcançar o sucesso que será o reconhecimento do bom trabalho e da boa pesquisa que
se estará realizando neste país e em toda América Latina.
�5.18
2 PROPOSIÇÃO
Propomos neste trabalho a criação de um Índice Latino-Americano de Citação
Científica na Área de Odontologia, com a finalidade de criar-se uma imagem mais ampla
da investigação odontológica no Brasil, na América Latina e no Caribe.
3 MATERIAL E MÉTODO
Para a elaboração do projeto-piloto (OLIVEIRA, 1985), procedeu-se a indexação
dos volumes e/ou fascículos correspondentes ao período de 1990 a 1995 de três
revistas, sendo duas nacionais e uma argentina.
a) REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP. São Paulo: Universidade
Estadual Paulista, 1979/1980- (Semestral)
- Formada a partir de 1979/1980 pela fusão da REVISTA DA FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA / REVISTA DE FARMÁCIA E
ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA E REVISTA DA FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.
ISSN 0101-1774
b) BRAZILIAN DENTAL JOURNAL. Ribeirão Preto : Dental Foundation,
1990- (Semestral)
ISSN 0103-6440
c) REVISTA DE LA ASOCIACIÓN ODONTOLÓGICA ARGENTINA. Buenos
Aires: Asociación Odontológica Argentina, 1898/99- (Bimestral)
Continuação da REVISTA ODONTOLÓGICA.
ISSN 0004-4881
Assim sendo, das referências bibliográficas apresentadas no final de cada artigo
científico foram selecionadas apenas aquelas relativas à literatura latino-americana e
indexadas como nos moldes abaixo:
�5.18
Exemplo do artigo científico extraído da Revista de Odontologia da UNESP, v.3,
n.1, 1994
COCLETE, G. A., CARVALHO, A. Avaliação da precisão dos marcadores de tempo de
exposição dos aparelhos de raios X odontológicos. Rev. Odontol. UNESP, São
Paulo, v.23,n.1, p.149-58,1994.
Referências bibliográficas do artigo acima:
1 ALVARES, L. C., FREITAS,J. A. S. Da imprecisão dos marcadores de tempo em
aparelhos de raios X odontológicos. Rev. Fac. Odontol.USP, v. 5, p. 275-84,
1967.
2 AMERICAN NATIONAL STANDARDS INSTITUTE. The American National Standard
for Exposure Time Designations for Timers of Dental X-ray machines apud
WUEHRMANN, A. H., MASON-HING, L. R. Dental radiology. St. Louis : Mosby,
1981. p.10.
3 GOMES, R. O., GOMES, R. D. A radiologia na odontologia - efeitos biológicos e
medidas de proteção. Rev. Bras. Odontol., v.40, p.7-11, 1983.
4
MARQUES JÚNIOR, A., FONTOURA, H. E., SOUTO, S. L. L. Avaliações das
barreiras à radiação X. RGO, v.39, p.273-5, 1991.
5 OLIVEIRA, M. A. M., TANNOUS, L. A. Radiações X - proteção paciente operador.
Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v. 30, p.15-8, 1976.
6 PEIXOTO, J. E., FERREIRA, R. S. Resultados do programa postal de avaliação da
exposição em radiologia oral na área do Rio de Janeiro. Odontol. Moderno, v. 9,
p. 23-30, 1982.
7 SILVA JUNIOR, A. R. Higiene das radiações: redução da irradiação dos raios X
recebida pelo paciente por meio da diminuição do tempo de exposição e
o aumento do tempo de revelação. Ribeirão Preto, 1984. Dissertação (Especialização
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial) - Faculdade de Odontologia,
Universidade de São Paulo.
8
WUEHRMANN, A. H., MANSON-HING, L. R. Radiologia dentária. 5.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1985. 508p.
�5.18
O destaque dado à referência 1 foi desmembrado, como segue abaixo:
AUTORES CITADOS
ALVARES, L. C.
ANO
REVISTA CITADA
1967
Rev. Fac. Odontol USP
AUTOR
REVISTA CITANTE
CITANTE
COCLETE,G.A REV. ODONTOL. UNESP
AUTORES CITADOS
FREITAS, J. A. S.
ANO
REVISTA CITADA
1967
Rev. Fac. Odontol USP
AUTOR
REVISTA CITANTE
CITANTE
COCLETE,G.A REV. ODONTOL. UNESP
VOL.
5
VOL.
Nº
Nº
PAG.
275-84
PAG
ANO
1967
ANO
23
1
149-58
1994
VOL.
5
VOL.
Nº
Nº
PAG.
275-84
PAG
ANO
1967
ANO
23
1
149-58
1994
O arranjo por ordem alfabética de sobrenome(s) do(s) autor(es) citado(s) segue
estrutura idêntica ao índice de citações do Science Citation Index (SCI) como se observa
no exemplo abaixo:
ALVARES, L. C.
1967 Rev. Fac. Odontol. USP, 5: 275-84
COCLETE, G. A. et al. Rev. Odontol. UNESP, 23(1): 157, 1994
1968 Rev. Fac. Odontol. S. Paulo, 6: 151-60, 1968
CASTILHO, J.C.M. et al. Rev. Odontol. UNESP, 19(1): 275,
1990
1970
Estomatol. Cult., 4: 201-8, 1970
GALVÃO, C.A.A.N. Rev. Odontol. UNESP, 20: 227-36, 1991.
Foram analisados, também, para cada título de revista indexado, os
seguintes dados constantes:
�5.18
a) total geral de citações para cada artigo;
b) total de citações Nacionais (Nac.) / Latino-Americanas (L.A.) / Estrangeiras
(Estr);
c) total de auto-citações;
d) total de citações de teses;
e) total de citações de artigos de periódicos;
f) total de citações de livros;
g) outras citações (eventos, patentes etc);
h) revistas mais citadas.
Exemplo dos formulários utilizados:
Formulário 1 - Título das revistas mais citadas
REVISTA PESQUISADA
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Brazilian
n.1,1995
Nº
DO TITULO
DAS PAÍS
ARTIGO REVISTAS CITADAS
Dental Journal, v.6,
01
Rev.
Bras.Pesq. BR
Med. Biol
-
Dental Journal, v.6,
02
Dental Journal, v.6,
03
Dental Journal, v.6,
04
Braz. Dent J.
Dental Journal, v.6,
05
Dental Journal, v.6,
06
Dental Journal, v.6,
07
Dental Journal, v.6,
08
Dental Journal, v.6,
09
-
TOTAL
DE
CITAÇÕES
01
-
-
-
BR
01
Rev.
Lat-Amer. LA
Microbiol
Rev.Paul.Odontol BR
01
Rev.Fac.Odontol.A BR
raçatuba
Braz. Dent. J.
BR
-
-
01
01
01
-
�5.18
Formulário 2 - Número de citação por nacionalidade
ÍNDICE DE CITAÇÕES
REVISTA
Nº DE CITAÇÕES
L.A
ESTR
Nº DO
ARTIGO
01
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
NAC.
TOTAL
AUTO
CITAÇÃO **
-
01
-
10
11
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
02
-
-
11
11
-
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
03
-
-
17
17
-
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
04
1
-
6
7
-
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
05
-
1
13
14
-
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
06
1
-
16
17
-
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
07
3
-
17
20
1
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
08
1
-
6
7
1
09
1
-
16
17
1
-
8
1
112
121
3
BRAZ. DENTAL J.
V.6,N.1,1995
TOTAL
** NÃO ENTRA NA SOMA TOTAL. JÁ INCLUSO NA SOMA DOS OUTROS ITENS.
�5.18
Formulário 3 - Número de citação por tipo de publicação
REVISTA
Nº DO
ARTIGO
01
TESES
-
Nº DE CITAÇÕES
ART.
LIVROS
EVENTOS
REV.
1
-
TOTAL
1
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
02
-
-
-
-
-
03
-
-
-
-
-
04
-
1
-
-
1
05
-
1
-
-
1
06
-
1
-
-
1
07
1
1
1
-
3
08
-
1
-
-
1
09
1
-
-
-
1
-
2
6
-
-
9
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
BRAZILIAN DENTAL JOURNAL,
V.6,N.1,1995
TOTAL
4 RESULTADO
No período de 1990 a 1995, foram analisados:
a) 131 artigos da Revista de Odontologia UNESP;
b) 104 artigos da revista Brazilian Dental Journal;
c) 132 artigos da Revista de la Asociacion Odontologica Argentina.
Totalizam, assim, 367 artigos, que geraram 1151 citações, como demonstram os
percentuais das tabelas abaixo:
�5.18
TABELA 1 - ANÁLISE QUANTITATIVA DAS CITAÇÕES POR NACIONALIDADE
NACIONAIS
Nº
TOTAL
CITA
ÇÕES
%
CITA
ÇÃO
LATINOAMERICANA
Nº
TOTAL
CITA
ÇÕES
ESTRANGEIRA
%
CITA
ÇÃO
Nº
TOTAL
CITA
ÇÕES
%
CITA
ÇÃO
TO
TAL
AUTO
CITA
ÇÃO**
DE
CITA
ÇÕES
BRAZ. DENT.
J.
239
16%
28
2%
1208
82%
1475
108
REV. ASOC.
ODONTOL.
ARG.
251
11%
20
1%
2008
88%
2279
82
REV.
ODONTOL.
UNESP
578
21%
35
1%
2104
78%
2717
181
** NÃO ENTRA NA SOMA TOTAL. JÁ INCLUSO NA SOMA DOS OUTROS ITENS
TABELA 2 - ANÁLISE QUANTITATIVA DAS CITAÇÕES POR TIPO DE
PUBLICAÇÕES
Rev. Asoc.
Odontol. Arg.
Rev. Odontol.
UNESP
Braz. Dent. J.
TESES
REVISTAS
LIVROS
OUTROS
TOTAL
5%
50%
43%
2%
100%
26%
59%
13%
2%
100%
9%
63%
28%
0%
100%
�5.18
TABELA 3 - ANÁLISE QUANTITATIVA DOS TÍTULOS MAIS CITADOS
Braz. Dent. J. v.1-6, 1990-95
Títulos mais citados
Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent.
Braz. Dent. J
Rev. Bras. Odontol
Rev. Fac. Odontol. Araçatuba
Rev. Fac. Odontol. R.Preto
Rev. Odontol. USP
Rev. Paul. de Odontol.
RGO
Rev. Asoc. Odontol. Argent
Rev. Fac. Farm. Odontol. R.Preto
Nacionalidade
nº citações
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
LA
BR
18
12
12
10
10
10
10
08
07
04
Rev. Asoc. Odontol. Argent. v.78-83, 1990-95
Títulos mais citados
Rev. Asoc. Odontol. Argent.
Acta Odontol. Latinoamericana
Acta Clin. Odontol.
Prat. Odontol.
Diario de La Prensa
Clinicas Odontol.
Bol. Of. Sanit. Panam.
Actual. Dent.
Rev. Cubana Oncol.
RBO
Nacionalidade
nº citações
LA
LA
LA
LA
LA
LA
LA
LA
LA
BR
45
03
03
02
02
02
02
02
01
01
�5.18
TABELA 3 - ANÁLISE QUANTITATIVA DOS TÍTULOS MAIS CITADOS
(Continuação)
Rev. Odontol. UNESP, v.20-24, 1991-5
Títulos mais citados
Rev. Odontol. UNESP
Rev. Assoc. Bras. Odontol.
Rev. Fac. Odontol. de Araçatuba
Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent.
Rev. Paulist. Odontol.
Rev. Fac. Odontol. USP
RGO
Ars Curandi Odontol.
Estomatol. & Cultura
Odontol. Mod.
Nacionalidade
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
BR
nº citações
58
30
22
22
13
12
12
11
06
06
5 CONCLUSÃO
Nas condições em que a presente pesquisa transcorreu, achamos válido concluir
que:
a) aproximadamente 83% das citações utilizadas pelos pesquisadores brasileiros
e dos demais países da América Latina são internacionais (Tabela 1);
b) a nível nacional, as citações utilizadas são na maioria das vezes feitas entre
os próprios pares do Departamento e mesmo da própria Instituição (Tabela 1);
c) os autores brasileiros não estão utilizando a literatura latino-americana, assim
como autores da América Latina não utilizam a literatura brasileira - o
percentual de uso equivalente é 1,5% (Tabela 1);
�5.18
d) a alta incidência de auto-citação encontrada na Revista de Odontologia da
UNESP justifica-se pela linha de pesquisa desenvolvida dentro da própria
Universidade, o que não ocorre com as outras publicações avaliadas, pois as
mesmas são de caráter clínico e editadas por associações odontológicas
(Tabela 1);
e) nas citações latino-americanas encontramos o percentual de 43% de
publicações monográficas, enquanto que no Brasil o maior índice chega a 28%
- isto provavelmente se justifica pelo alto custo de editoração no Brasil e
porque na Argentina as edições são atualizadas com maior frequência (Tabela
2);
f) das dez revistas mais citadas, as três primeiras são auto-citações delas
próprias (Tabela 3).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste trabalho, verificamos que:
a) alguns indicadores de qualidade de uma boa publicação, como regularidade na
publicação e normalização técnica dos artigos e da revista como um todo não
são constantes nas revistas nacionais e latino-americanas, prejudicando a sua
indexação em qualquer índice de citação, seja nacional ou internacional;
b) nas referências bibliográficas de autoria múltipla, onde não existe a indicação
de todos os autores (et alii), constitui-se um grande obstáculo para a
realização do índice, pois não conseguindo identificá-los, os mesmos perdem
a sua citação;
�5.18
c) é natural que os resultados dessa indexação gerem insatisfação entre os
pesquisadores, pois muitos não encontrarão seus nomes muito bem
pontuados, mas este seria apenas mais uma ferramenta bibliográfica, para a
recuperação da informação dos profissionais da área;
d) a elaboração de um Índice Latino-Americano de citação científica na área de
Odontologia pode chamar atenção de pesquisadores da América Latina e
demais países para a ciência do mundo em desenvolvimento e, então,
algumas das injustiças de indexação e análise de citação poderão começar a
ser reexaminadas;
e) dentre as revistas citadas, constatamos que algumas não figuram em nenhum
índice ou publicações de abstracts e julgamos que essa falha possa ser
sanada pelos próprios editores ou instituições.
ABSTRACT
This paper is a quantitative analysis and indexation of citations in articles published in the
Revista de Odontologia da UNESP, Brazilian Dental Journal, and Revista de la
Asociación Odontologica Argentina, between 1990 and 1995, with the purpose of
preparing a Latin-American Index of Scientific Citations in the area of Dentistry.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BONALUME NETO, R. Americano “descobre” músculo estudado no Brasil há 18 anos.
Folha de S. Paulo, São Paulo, 26 maio 1996. Mais, p.15.
2 GARFIELD, E. Análisis cuantitativo de la literatura científica y sus repercusiones em
la formulación de políticas científicas em la América Latina y el Caribe. Bol. Of.
Sanit. Panam., v.118, n.5, p.448-56, 1995.
3 GIBBS, W. W. Lost science in the Third World. Sci. Am., v. 273, n. 2, p.76-
�5.18
83, 1995.
4 OLIVEIRA, T. S. F. et al. Análise das citações: um critério de avaliação dos artigos
publicados na “Revista de Odontologia da UNESP”. In: SEMINÁRIO NACIONAL
DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 4, 1985, Campinas. Anais... Campinas :
UNICAMP, 1985. p.77-98
5 SPINAK, E. Los análisis cuantitativos de la literatura científica y su validez para juzgar
la producción latino-americana. Bol. Of. Sanit. Panam., v.120, n.2,p.139-47,
1996.
�
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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Português
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The nature or genre of the resource
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Title
A name given to the resource
Da necessidade de um índice latino-americano de citação científica na área de odontologia.
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Oliveira, Tereza da Silva Freitas et al.
Coverage
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Curitiba (Paraná)
Publisher
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PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Análise quantitativa e indexação das citações dos artigos publicados na Revista de Odontologia da UNESP, Brazilian Dental Journal e Revista da Asociación Odontologica Argentina, no período de 1990 a 1995, para elaboração de um Índice Latino-Americano de Citação Científica na área de Odontologia.
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8.10
DESEMPENHO DOS USUÁRIOS INTERNOS DA DIVISÃO DE SERVIÇOS AOS
USUÁRIOS DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFPB: DIAGNÓSTICO PARA
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE MARKETING*
Bernardina Maria J. Freire**
Emeide Nóbrega Duarte***
Norma Mª Fernandes Nogueira****
Robéria César Souto Maior***
RESUMO
Com o objetivo de melhoria da qualidade dos serviços prestados ao público, através
da aplicação de técnicas de marketing na Divisão de Serviços aos Usuários da
Biblioteca Central da UFPB, realizou-se a primeira etapa de um diagnóstico com os
usuários internos (funcionários) desse sistema, para constatar o seu desempenho.
Para viabilizar a coleta dos dados necessários, o instrumento de pesquisa adotado
foi um questionário aplicado a 96,9% do universo de funcionários em exercício. Os
resultados obtidos permitem concluir que os métodos de trabalho, recursos
materiais e humanos precisam ser redefinidos.
1 INTRODUÇÃO
Com base na literatura das áreas de Marketing, Biblioteconomia, Ciência da
Informação e em observações, pode-se pressupor que a maioria das bibliotecas
universitárias não adota procedimentos e estratégias de marketing de
* Trabalho extraído da pesquisa em andamento “Diagnóstico para aplicação de técnicas de Marketing
na DSU/BC/UFPB, como atividade do DBD.
** Professora Auxiliar do Departamento de Biblioteconomia e Documentação /UFPB.
*** Professoras Assistentes do Departamento de Biblioteconokia e Documentação/UFPB
**** Especialista em Sistema de Bibliotecas.
�8.10
forma integrada, exigindo um esforço individual e coletivo que deve gerar lucros
mútuos para a organização e para o usuário, sendo insuficiente o nível de aplicação
de técnicas neste contexto.
No Estado da Paraíba, a situação não é diferente, embora a preocupação em
sair dessa atitude ultrapassada seja notória, tendo em vista as manifestações
constantes das instituições, especificamente da Universidade Federal da ParaíbaUFBP, através da Biblioteca Central, em oferecer um serviço de qualidade aos
usuários-alunos, funcionários, professores - e à comunidade em geral.
Algumas tentativas já foram feitas na intenção de melhoria da qualidade dos
serviços prestados e algumas vezes não se conseguiu os efeitos desejados,
atribuindo-se isto a alguns fatores que têm surgido no contexto atual, como
problemas infra-estruturais e ausência de planos de marketing em bibliotecas
universitárias.
Apesar
das
dificuldades
apresentadas,
neste
estudo,
em
fase
de
desenvolvimento de Projeto de Pesquisa, pretende-se, num primeiro momento,
diagnosticar o desempenho da Divisão de Serviços aos Usuários da Biblioteca
Central e, num segundo momento, implantar técnicas de marketing nas seis (06)
seções que a compõem. Através da prestação de serviços pelos funcionários
(usuários internos) dessas seções é que a biblioteca desempenha sua atividade-fim,
constituída de serviços ao público. Caberá a este manifestar-se sobre o grau de
satisfação com esses serviços oferecidos.
�8.10
Nesta fase de realização do diagnóstico, apresentam-se os resultados
referentes ao estudo realizado com os usuários internos, com a intenção de detectar
os pontos fortes e os pontos fracos, na tentativa de realçá-los ou solucioná-los,
respectivamente, em conformidade com os planos da administração. Outras fases
previstas do projeto serão executadas e gradativamente divulgadas até a
implantação das técnicas de marketing propriamente ditas, completando, dessa
forma, o alcance dos objetivos propostos para melhoria da qualidade dos serviços
prestados.
2 MARKETING BIBLIOTECÁRIO
Para KOTLER (1978), a razão primordial das organizações que não visam
lucro se interessarem pelo marketing é decorrente da possibilidade de a
organização tornar-se mais eficaz, tanto no alcance dos seus objetivos como na
obtenção de recursos, ainda que não dominem dessa maneira suas relações de
troca com o meio ambiente. Isso se justifica, pois o marketing é projetado para
proporcionar dois benefícios básicos: a satisfação da comunidade servida pela
organização, mediante a ênfase da mensuração de suas necessidades e desejos, e
o trato das atividades que envolvem o desenvolvimento do produto-informação, a
determinação do seu preço e o modo de sua comunicação.
A aplicação de marketing em bibliotecas e serviços de informação torna-se
cada vez mais uma realidade. Na revisão de literatura biblioteconômica sobre
marketing aplicado aos serviços de informação, realizada por SILVEIRA
�8.10
(1993), abrangendo o período de julho de 1977 a julho de 1992, evidencia-se o
interesse pelo mesmo. De maneira geral, a maioria dos trabalhos revisados alerta
sobre a potencialidade do tema. Os relatos de casos práticos de aplicação em
bibliotecas e serviços de informação são raros. Há como que uma lacuna nesta
parte.
Em relação aos estudos abordando o marketing, especificamente em
bibliotecas universitárias, no panorama internacional, SILVEIRA (1992) observou
que, de um modo geral, os trabalhos abordam o assunto de forma bastante ampla,
sem uma preocupação em completar lacunas existentes.
A nível nacional, os trabalhos que enfocam o marketing em bibliotecas
universitárias surgiram com a dissertação de Mestrado de MELO (1981), intitulada
"O Desenvolvimento de nossas bibliotecas: problema para o marketing", defendida
na UFPB. A autora evidencia a desinformação, por parte dos usuários e também
dos bibliotecários, como a falta de conscientização do que a biblioteca representa e
a falta de divulgação do que ela é capaz de realizar.
Outros estudos sucederam-se. Em um deles, falou-se claramente em uma
biblioteca universitária vendendo um produto (a informação), tendo um mercado (os
usuários reais e potenciais) para colocar e discutir um produto e contando com um
canal formal (o setor de referência). Foi o trabalho de SACCHI JR., em 1982, por
ocasião da 7ª Jornada Sul Rio-Grandense de Biblioteconomia e Documentação,
realizada em Porto Alegre.
Em síntese, os estudos brasileiros não diferem em qualidade e metodologia
dos apresentados na literatura internacional.
�8.10
A adoção da atitude ou filosofia do marketing conduzirá a biblioteca
universitária a um grau elevado de interação com o ambiente, propiciando trocas
produtivas. Estas relações de troca, implícitas na função de marketing, devem
proporcionar benefícios para todas as partes envolvidas no processo: usuário,
biblioteca e mantenedor. Para este último, a universidade em si, seja ela pública ou
privada, o benefício será ter um veículo de transferência e disseminação da
informação, administrado por profissionais que fornecerão insumos para alimentar
todo o processo de educação a nível superior. Este veículo é a biblioteca
(FERNANDES, 1993).
Tendo em vista as mutações constantes nos ambientes interno e externo,
onde opera e se insere a biblioteca, é preciso começar por uma fase diagnóstica,
procurando realizar uma análise da missão, do mercado e dos recursos. Na análise
referente à condição dos recursos, será necessário eleger a qualidade, os maiores
problemas e quais as implicações em relação ao pessoal da biblioteca. Isto resultará
em definição e redefinição da área de recursos humanos, no sentido de
recrutamento interno, seleção, remanejamento, treinamento e educação cotinuada,
distribuição das atribuições, tarefas e responsabilidades da equipe de trabalho da
Divisão de Serviços dos Usuários da Biblioteca Central da UFPB.
3 MÉTODO
A pesquisa será desenvolvida em dois momentos. Num primeiro momento,
pretende-se diagnosticar o desempenho da Divisão de Serviços aos
�8.10
Usuários (DSU) da Biblioteca Central da UFPB, composta por 06 (seis) seções:
Informação
e
Documentação,
Circulação,
Multimeios,
Coleções
Especiais,
Periódicos e Referência, a partir das opiniões dos usuários internos e externos
desse sistema. No segundo momento, pretende-se implantar técnicas de marketing
em consonância com os resultados a serem obtidos com o diagnóstico.
O primeiro momento da pesquisa, referente à realização do diagnóstico, se
desenvolverá em duas etapas:
a) questionar os usuários internos (funcionários) da D.S.U.;
b) entrevistar uma amostra de usuários externos.
Para possibilitar o levantamento dos dados que permitissem caracterizar e
constatar o grau de satisfação dos usuários internos da D.S.U., referente à primeira
etapa do primeiro momento da pesquisa, que constitui o objeto deste trabalho, foi
aplicado um questionário contendo 08 (oito) perguntas, sendo 04 (quatro) de
múltipla escola e 04 (quatro) abertas.
Com o questionário (cf. anexo 1), pretendeu-se atingir o universo de
funcionários (usuários internos do sistema), totalizando o número de 64 (sessenta e
quatro) que se encontravam em pleno exercício de atividades na Divisão, durante a
semana destinada à coleta dos dados.
Trabalhou-se com uma amostra de 96,9%, pois um dos informantes se negou
a responder o questionário por motivos não esclarecidos. Outro funcionário foi
excluído por devolução fora do prazo. O instrumento de pesquisa foi alvo de um préteste, aplicado a 11 (onze) funcionários de seções diversas, tendo
�8.10
sido necessário fazer alguns esclarecimentos para torná-lo mais operativo, válido e
fidedigno.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
A Divisão de Serviços aos Usuários da Biblioteca Central dispõe de 64
funcionários em exercício para a realização de seus trabalhos. Os que responderam
(sessenta e dois) ao questionário, encontram-se assim distribuídos:
TABELA 1 - SEÇÃO EM QUE OS FUNCIONÁRIOS PRESTAM SERVIÇOS
SEÇÃO
F
%
Referência
08
13,0
Periódicos
09
14,5
Multimeios
06
09,6
Circulação
24
38,7
SID
07
11,3
Coleções Especiais
08
13,0
TOTAL
62
100,0
Houve uma predominância de funcionários na Seção de Circulação,
apresentando um percentual de 39,7%, seguido das Seções de Periódicos com
14,5%, Coleções Especiais e Referência com 13%, e as demais com um percentual
inferior. As Seções de Referência e Circulação atendem os usuários nos três
expedientes, enquanto que as demais só funcionam no expediente diurno,
�8.10
embora os cursos da Universidade sejam oferecidos nos três turnos. Este resultado
indica que a Divisão, que se propõe ao atendimento à comunidade, está oferecendo
um apoio parcial para consecução dos objetivos da biblioteca, em consonância com
os objetivos de ensino, pesquisa e extensão da UFPB.
TABELA 2: GRAU DE ESCOLARIDADE
GRAUS
F
%
1º Grau
06
09,7
2º Grau
21
33,9
3º Grau
27
43,5
Especialização
07
11,3
Mestrado
01
01,6
Doutorado
--
--
TOTAL
62
100,0
O nível de escolaridade dos funcionários da D.S.U. foi considerado elevado.
Apenas 9,7% possuem o 1° grau. A maioria, representada por, 43,5%, possui nível
superior, não só em biblioteconomia como em outras áreas.
�8.10
TABELA 3 - FUNÇÕES EXERCIDAS POR SEÇÃO
FUNÇÃO
REF
F
Administrador
Ag. Mec. de apoio
Assistente Administrativo
Auxiliar Administrativo
Aux. Enfermagem
Bibliotecário
Chefe de Divisão
Copeiro
Datilógrafo
Prof. de 1º e 2º graus
Porteiro
Psicólogo
Relações Públicas
Revisor de Textos Braille
Técnico
Téc em Ass. Educacionais
Nào Respondeu
TOTAL
--01
--04
01
----01
---01
-08
Ref. : Referência
Periód.: Periódicos
Circ.: Circulação
Multim.: Multimeios
C. Esp.: Coleções Especiais
%
--12,5
--50,0
12,5
----12,5
---12,5
-100
PERIÓD.
F
%
----03
33,3
----06
66,7
----------------------09
100
CIRC.
F
%
--01
4,3
11 47,8
02
8,8
--02
8,8
----02
8,8
01
4,3
----01
4,3
--01
4,3
01
4,3
01
4,3
23 100
SEÇÃO
MULTIM
SID
F
%
F
%
01
16,7
------04
66,6
01 14,3
01
16,7
--------05 71,4
------01 14,3
------------------------------------06
100
07 100
C. ESP
F
%
----01 12,5
--01 12,5
03 37,5
----01 12,5
--01 12,5
----01 12,5
------08
100
N. RESP
F
%
----01
100
----------------------------01
100
TOTAL
F
%
01
1,6
01
1,6
22
35,5
03
4,9
01
1,6
20
32,3
01
1,6
01
1,6
03
4,9
01
1,6
01
1,6
01
1,6
01
1,6
01
1,6
01
1,6
02
3,2
01
1,6
62 100,0
�8.10
Os 62 (sessenta e dois) funcionários entrevistados da DSU estão distribuídos
em 15 (quinze) funções, quase todas afins, observando-se algumas disparidades
como 01 (um) auxiliar de enfermagem e 01 (um) porteiro, ambos prestando serviços
na Seção de Coleções Especiais e um copeiro no SID, o que evidencia a
necessidade de remanejamento. Constata-se um número pequeno de bibliotecários
na Divisão: 20 (vinte), representando 32,3%. Analisando-se por setor, a maior
deficiência está na Circulação (02 bibliotecários), seguida de Coleções Especiais
(03) e a Referência (04). É curioso observar que na Seção de Multimeios não há
bibliotecários atendendo ao usuário. As Seções
de Referência e Circulação
atendem ao público nos três expedientes, enquanto as Seções de Periódicos,
Multimeios, SID e Coleções Especiais funcionam no expediente diurno. Apenas uma
resposta evidenciou o exercício de um cargo de chefia. A Seção de Referência,
funcionando nos três turnos, demonstra uma deficiência no quadro de profissionais
habilitados para o exercício dos serviços considerados "o ápice das atividades
bibliotecárias, razão precípua e a culminância de todas as suas funções"
(RANGANATHAN e DAVIDSON apud GROGAN, 1995).
A Seção de Periódicos, no momento, funciona apenas no expediente das
7:00 às 15:00 hs, para atendimento ao público, contrapondo-se aos objetivos da
Biblioteca Universitária. Apesar do seu valor e peso para a comunidade universitária,
o acervo vem sendo impossibilitado de consulta, não só em detrimento do horário
mas também devido ao número restrito de pessoal, conforme se verifica na tabela
acima, principalmente em relação ao número de bibliotecários (66,7%), o que
precisa ser revisto em caráter emergencial.
TABELA 4 - MÉTODO PARA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS
�8.10
SEÇÃO
REF
F
%
02
25,0
--05
62,5
modifica-ções 01
12,5
ALTERNATIVAS
Repetitivo
Mét. Antigo
Dinâmico
Sugestões e
constantes
-TOTAL
-08
-100
PER
F
06
-01
02
%
66,7
-11,1
22,2
CIRC.
F
%
19
79,2
--02
08,3
02
08,3
MULT
F
%
03
50,0
--03
50,0
---
SID
F
02
-05
--
%
28,6
-71,4
--
Col Esp
F
%
03
37,5
01
12,5
02
25,0
02
25,0
TOTAL
F
%
35
56,4
01
01,6
18
29,1
07
11,3
-09
-100
01
24
-06
07
-100
-08
01
62
04,2
100
-100
-100
01,6
100
A variável referente ao método de realização dos trabalhos, equivalente à
pergunta 4, procurou identificar, com quatro alternativas pré-estabelecidas, como
este trabalho vem sendo desempenhado. Os resultados apresentados indicaram
uma incidência de 56,4% na alternativa de "trabalho repetitivo", executado pelos
funcionários, enquanto a alternativa "dinâmica", apresentou um percentual de
29,1%. Estes resultados conduzem a uma orientação para tomada de providências
quanto ao remanejamento de pessoal na própria divisão ou a procurar métodos de
trabalho que possam sair da rotina, incentivando a criatividade do pessoal envolvido
nos serviços.
TABELA 5 - INFORMAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS QUANTO A SATISFAÇÃO
COM OS SERVIÇOS DA BIBLIOTECA
ALTERNATIVAS
Sim
Não
Mais ou Menos
Não Respondeu
TOTAL
F
53
07
01
01
62
%
85,5
11,3
01,6
01,6
100,0
Dos que responderam não estarem satisfeitos com os serviços que
desempenham atualmente, 02 (dois) apontaram o interesse em trabalhar na
PROPLAN - Pró-Reitoria de Planejamento, 01 (um) em desenvolver atividades de
computação, 02 (dois) preferem trabalhar na área de formação profissional de
�8.10
origem, e 01 (um) expressou o desejo de trabalhar na indexação. Um percentual
significativo (85,5%) demonstra a satisfação dos funcionários da Divisão no
desenvolvimento dos trabalhos. Apenas 11,3% responderam negativamente, o que
vem confirmar o alto índice de satisfação dos que fazem parte da D.S.U.
TABELA 6 - RECLAMAÇÕES CONSTANTES DOS FUNCIONÁRIOS
CATEGORIAS
Reciclagem
Atualização do acervo
Falta de informação
Baixo nº de funcionários
Terminais fora do ar
08 h. de trabalho diário
Falta de materiais
Falta de assiduidade
Relações humanas
Falta de energia elétrica
Ambiente
Baixos salários
Falta de higienização
Falta de incentivo
Excesso de trabalho
Trabalho repetitivo
Não cumprimento do
trabalho
Em branco
TOTAL
F
horário
01
02
04
13
01
12
13
01
06
05
01
15
07
01
03
01
de 01
12
108
%
0,9
1,8
3,7
12,0
0,9
11,2
12,0
0,9
5,6
4,6
9,3
13,9
6,5
0,9
2,8
0,9
0,9
11,2
100,0
Os resultados apresentados na Tabela 6, quanto às reclamações constantes
dos colegas de trabalho, indicam vários pontos aqui considerados categorias, que
possibilitaram esta análise. A reclamação mais constante, com percentual de 13,9%,
foi quanto aos baixos salários, o que não surpreende em um serviço público. A falta
de recursos humanos e materiais incide em 12,0%, seguindo-se de reclamações
quanto à ambientação da biblioteca (9,3%), apontando como pontos negativos a
poeira, mofo, carpete descolando, livros espalhados no chão, alta temperatura e,
destacando-se, a falta de higienização com um percentual de 6,5%. Percebe-se,
também, uma considerável insatisfação quanto à volta das 8 horas de trabalho
diário, registrada através do percentual de 11,2%, abrangendo todas as seções. O
percentual baixíssimo de 0,9% quanto à categoria "necessidades de reciclagem"
�8.10
denota o pouco interesse dos funcionários em atualização profissional para o melhor
desempenho dos serviços, talvez pela falta de motivação salarial. Apresentaram
reclamações quanto à falta de relações interpessoais, com percentual de 5,6%, o
que poderá ser contornado com uma programação de valorização do ser humano.
As demais reclamações apresentadas pelos funcionários não obtiveram percentuais
significativos.
TABELA 7 - PONTOS
POSITIVOS
APRESENTADOS PELOS
USUÁRIOS
EXTERNOS E APONTADOS PELOS FUNCIONÁRIOS
CATEGORIAS
Bom atendimento
Desempenho
Aumento
do
número
de
assinaturas de periódicos
Espaço para manifestações
culturais
Suporte tecnológico
Bom trabalho
Boa administração
Está tudo em ordem
Não existem elogios
Em branco
TOTAL
F
29
02
%
40,9
2,8
01
1,4
01
01
09
01
01
15
11
71
1,4
1,4
12,8
1,4
1,4
21,1
15,5
100,0
Os elogios apresentados comumente pelos usuários externos, refletidos na
opinião dos funcionários, constaram de vários pontos que foram categorizados,
conforme a tabela 7. Preponderou, com 40,8%, o bom atendimento. Entre os
funcionários, 21,1% não perceberam os elogios como reconhecimento dos serviços
por eles prestados e 12,8% apontam como ponto positivo o bom trabalho realizado.
Em geral, a opinião do funcionário repassa uma relativa satisfação do público com
as atividades desenvolvidas pela D.S.U.
�8.10
TABELA 8 - PONTOS
NEGATIVOS APRESENTADOS PELOS USUÁRIOS
EXTERNOS E APONTADOS PELOS FUNCIONÁRIOS (USUÁRIOS
INTERNOS)
CATEGORIAS
F
%
Cobrança de serviços
Falta de modernização
Falta de informação
Falta de livros e materiais
didáticos
Espaço físico inadequado
Terminais fora do ar
Fichário complicado
Greve
Mau atendimento
Barulho excessivo
Horário seção periódicos
Ambiente inadequado
Sanitários sujos
Falta d’água nos bebedouros
Falta de bibliotecários
Cabines insuficientes
Falta de funcionários
Demora nos atendimentos com
filas longas
Iluminação adequada
Falta de material
Acervos defasados
Falta de transformador
Em branco
TOTAL
03
03
03
3,1
3,1
3,1
27
01
02
02
01
04
01
06
07
03
03
01
03
07
27,3
1,0
2,1
2,1
1,0
4,0
1,0
6,1
7,1
3,1
3,1
1,0
3,1
7,1
06
03
06
05
01
06
99
6,1
3,1
6,1
5,1
1,0
6,1
100,0
Quanto aos pontos negativos, levantados pelos funcionários através das
reclamações do público, destaca-se na tabela 8 o acervo defasado, com percentual
de 27,3%, seguindo as reclamações quanto à inadequação do ambiente e carência
de recursos humanos, ambos com 7,1%. Surgiram também reclamações quanto ao
horário de funcionamento da Seção de Periódicos (6,1%), falta de recursos
materiais e demora no atendimento com filas longas. O mau atendimento foi
apresentado pelos funcionários sob forma das reclamações feitas, incidindo em 4%.
5 CONCLUSÕES
�8.10
Os resultados apresentados, relativos ao diagnóstico do desempenho dos
usuários internos da D.S.U., uma das etapas cumpridas no Projeto de Pesquisa que
visa a melhoria dos serviços prestados ao público através da aplicação de técnicas
de marketing, permite concluir que:
a) os métodos de trabalho precisam ser modernizados;
b) os salários precisam constituir motivação para melhor desempenho das
atividades;
c) há necessidade de ampliação do quadro funcional e aperfeiçoamento do
pessoal;
d) os recursos materiais precisam ser melhor distribuídos, contemplando a
Divisão de Serviços aos Usuários;
e) o acervo necessita de atualização permanente;
f) reconhecimento através da valorização do funcionário como profissional, e
ser humano, oferecendo-lhe oportunidades de crescimento.
As observações ora apresentadas não se constituem num trabalho definitivo;
seu prosseguimento dar-se-á de acordo com as etapas constantes do Projeto em
andamento.
ABSTRACT
In an attempt to improve services provided to the public, marketing techniques were
applied by the User Services Division of the Federal University of Paraíba (UFPB)
Central Library in the first step of a diagnostic study of the system, involving internal
users. Data was collected by means of a questionnaire completed by 96,9% of
current staff, and the results showed that work methods, material and human
resources need to be redefined.
�8.10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CROGAN, Denis. A prática do serviço de referência. Brasília : Lemos Ltda,
1992. 196 p.
2 FERNANDES, Antônio Régis Mendonça. Marketing aplicado à biblioteconomia.
In: SILVEIRA, Amélia, AMARAL, Sueli Angélica do. Marketing em
unidades de informação: estudos brasileiros. Brasília: IBICT, 1993. 365 p.
p.177-190.
3 KOTLER, Philip. Marketing para organizações que não visam lucro. São
Paulo : Atlas, 1978.
4 MELO, Maria Gonzaga da. O desenvolvimento de nossas bibliotecas :
problemas para o marketing. João Pessoa, 1981. Dissertação (Mestrado em
Biblioteconomia) - Universidade Federal da Paraíba/CCSA.
5 SACCHI JR., Nério. Marketing para reestruturação dos setores de referência
de sistema de biblioteca (SRI-10): estudo de caso. In: JORNADA SULRIOGRANDENSE DE BIBLIOTECONOMIA, 7., 1982. Anais... Porto
Alegre : Associação Rio Grandense de biblioteconomia, 1982. p. 330-349.
6 SILVEIRA, Amélia. A literatura brasileira de marketing em bibliotecas e
serviços de informação: de julho de 1977 a julho de 1992. In: SILVEIRA,
Amélia, AMARAL, Sueli Angélica do. Marketing em unidades de
informação : estudos brasileiros. Brasília : IBICT, 1993. 365 p. p.25-74.
7 ________. Marketing em bibliotecas universitárias. Florianópolis : Ed. Da
Universidade Federal de Santa Catarina, 1992. 148 p.
8 _________. Marketing em sistema de informação : visão geral. In: SILVEIRA,
Angélica, AMARAL, Sueli Angélica do. Marketing em unidades de
informação : estudos brasileiros. Brasília : IBICT, 1993. 365 p. p. 231-246.
�8.10
ANEXO 1
Prezado Colega,
Solicitamos a sua inestimável colaboração no sentido de preencher este
questionário, com a seriedade que lhe é peculiar, para que possamos somar
esforços na melhoria dos serviços ao público, incluindo a aplicação de técnicas de
marketing na BC/UFPB.
1°) Seção que presta serviços
( ) Referência
( ) Periódicos
( ) Multimeios
( ) Circulação
( ) SID
( ) Col. Especiais
2°) Grau de Escolaridade
( ) 1° grau
( ) 2° grau
( ) 3° grau
( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
Se graduado, informe o curso _____________________________
3°) Qual a sua função na UFPB? _______________________________________
4°) Como o seu trabalho é realizado atualmente?
( ) Repetitivo
( ) Dinâmico
( ) Com métodos antigos
( ) Com sugestões e modificações
5°) Você está satisfeito(a) com o serviço que você faz?
( ) Sim
( ) Não
( ) Mais ou menos
6°) Quais as reclamações mais constantes dos colegas de trabalho?
____________________________________________________
7°) Quais os elogios que você costuma ouvir sobre os serviços e funcionários da Biblioteca?
8°) Quais as reclamações ou críticas mais constantes do usuário?
_____________________________________________________
Gratas, pela colaboração.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Desempenho dos usuários internos da Divisão de Serviços aos usuários da Biblioteca Central da UFPB: diagnóstico para aplicação de técnicas de marketing.(Põster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Freire, Bernardina Maria J.; Duarte, Emeide Nobrega; Noueira, Norma Maria Fernandes; Souto Maior, Robéria César
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Com o objetivo de melhoria da qualidade dos serviços prestados ao público, através da aplicação de técnicas de marketing na Divisão de Serviços aos Usuários da Biblioteca Central da UFPB, realizou-se a primeira etapa de um diagnóstico com os usuários internos (funcionários) desse sistema, para constatar o seu desempenho. Para viabilizar a coleta dos dados necessários, o instrumento de pesquisa adotado foi um questionário aplicado a 96,9% do universo de funcionários em exercício. Os resultados obtidos permitem concluir que os métodos de trabalho, recursos materiais e humanos precisam ser redefinidos.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4639/SNBU1996_009.pdf
1068f6bca2ea4f4715ffb886491862ea
PDF Text
Text
2.3
ENFRENTANDO "A ESTRADA DO FUTURO":Erro! Indicador não definido.
BIBLIOTECAS, COOPERAÇÃO E A ERA DA INFORMAÇÃO
*
Mark Grover
RESUMO
Disserta sobre aspectos efeitos das novas tecnologias sobre bibliotecas
universitárias e o perfil profissional do bibliotecário. Relata específicamente a
aplicação dessas novas tecnologias no projeto-piloto de Recursos de Pesquisa
sobre a América Latina, sob os auspícios da ARL (Association of Research
Libraries) e AAU ( Association of American Universities) focaliza os desdobramentos
desse projeto em relação a publicações seriadas, documentos governamentais e
publicaões de ONGs, provinientes do México e da Argentina, com possibilidade de
inclusão de publicações brasileiras.
1 INTRODUÇÃO
Como estudantes universitários, em nossa maioria, éramos fascinados com
as idéias de mudanças e revolução. Um dos propósitos da experiência educacional
é ver os erros do passado, as coisas inadequadas do presente e descobrir novos
métodos de melhorar o futuro. Muitos de nós, que somos produtos dos anos 60,
tínhamos uma grande visão das transformações que ocorreriam através da
combinação das atividades políticas, revoltas sociais com a possibilidade do uso da
violência. Independente da nossa idade, a fascinação e entusiasmo da revolução é
algo que permanece conosco.
Ser
um
bibliotecário
não
seria
aparentemente
o
caminho
de
um
revolucionário. Por alguma razão, a percepção da sociedade de pessoas quietas e
*
Bibliotecário de Estudos Latinos-Americanos. Brigham Young University, Provo, Utah, EEUU.
�2.3
despretensiosas, que passam o seu tempo lendo e pedindo silêncio aos usuários da
biblioteca, não estaria ligada às atividades revolucionárias. Nós bibliotecários,
querendo ou não que isso aconteça, estamos nos tornando participantes do que
pode ser chamado a mudança revolucionária mais significativa na história do mundo
desde que Gutenberg desenvolveu o conceito da impressão do livro. A invenção do
microchip continua e continuará a ser uma grande influência na maneira que
trabalhamos e conduzimos nossas vidas.
A nova tecnologia está mudando não somente a maneira como a sociedade
funciona, mas também modificando a nossa profissão. Nossas bibliotecas já são
muito diferentes do que eram há dez anos. O bibliotecário tradicional de hoje não
será o mesmo no futuro. Nós, bibliotecários, temos que nos tornar participantes
ativos na transformação que está ocorrendo em nossa profissão, caso contrário não
gostaremos dos resultados. Temos que entender o que está acontecendo e
determinar como podemos funcionar efetivamente em relação a revolução
tecnológica. Se falharmos no ajuste, ficaremos para trás e os bibliotecários que
conhecemos hoje em dia deixarão de existir e farão parte dos rejeitados de uma
nova e emocionante sociedade.
A mudança mais importante que já ocorreu é a da informação. Ela esta sendo
elaborada, apresentada e divulgada em um novo formato. O papel deixou de ser o
veículo principal para a apresentação e armazenamento da informação, que agora é
formatada em dígitos e armazenada nos chips de computador. Obviamente, o papel
e os livros ainda serão usados, mas agora e no futuro a maioria dessas informações
será estruturada e apresentada diferentemente, freqüentemente em dois ou três
formatos diferentes. Estas mudanças não são totalmente positivas. O livro já tem um
�2.3
formato conhecido e é confortável de se usar. Podemos tocar no papel e sentir as
palavras impressas, tornando o ato de usar a informação agradável. A mudança e a
manipulação da informação no papel não são fáceis. O novo formato da informação
é encontrado dentro de um computador e armazenado num microchip. Embora
possamos armazenar a informação em discos ou disquetes, eles são somente um
recipiente no qual colocamos a informação. Esta informação não se torna útil até ser
usada com o computador. Não podemos nos relacionar com este tipo de informação
do mesmo modo como fazemos com o livro. Os livros podem ser destruídos pelo
fogo, insetos e pelo tempo; a informação contida no computador pode desaparecer
com uma simples oscilação na voltagem da corrente elétrica.
Os tipos de informação a que freqüentemente estamos expostos não estão
num único formato, a palavra impressa, mas aparecem numa variedade de tipos de
formatos que se interacionam, resultando na palavra impressa, em fotos, vídeos e
som. Todas estas mídias se interligam umas com as outras, produzindo uma
experiência brilhante e estimulante.
O acesso à informação é muito custoso. Não se pode somente comprar a
informação, é preciso também comprar as ferramentas de acesso, no caso um
computador e um programa. Além de o computador ser muito caro, também a
tecnologia está sempre mudando, requerendo constante atualização. O custo
adicional de certos tipos de informação são os custos de comunicação ou de
transmissão. Embora o preço atual da informação seja o mesmo de um livro, o custo
do acesso está acima e além do preço da informação. Existem outras despesas de
treinamento para se usar e manipular a informação.
�2.3
Um recurso importante do formato dessa nova informação é que ela pode ser
alterada ou manipulada facilmente. Quando não gostamos da seqüência podemos
mudá-la. Se não gostarmos do resultado, trocamos por um outro. Desta maneira o
criador da informação perde o controle do formato e do conteúdo da informação que
está sendo criada.
Os conceitos de distância e lugar desaparecem. Eu posso estar nos Estados
Unidos e ler O Estado de São Paulo antes que o mesmo chegue na banca da
esquina. Posso examinar os catálogos das principais bibliotecas do mundo e achar
uma referência com a mesma rapidez que verifico o catálogo da minha própria
biblioteca. O uso da informação também aumentará significativamente por causa da
natureza da transferência de informações. A necessidade da duplicação diminuirá.
Vocês e eu podemos examinar um item ao mesmo tempo, em partes diferentes do
mundo, sem termos que ficar um ao lado do outro. Não importa onde esteja
localizada a fonte da informação, se existir a capacidade de acesso e de
comunicação.
A importância de ter o livro na biblioteca, que tem sido tão importante nas
bibliotecas no passado, está começando a diminuir. A razão pela qual as bibliotecas
possuíam livros é a de ter sido o único meio pelo qual os usuários poderiam ter
acesso às informações quando o desejassem. Como resultado, a maior parte do
orçamento para livros e periódicos nas bibliotecas era usado para comprar
informação em duplicata. Hoje em dia, se vocês precisarem de uma informação
eletrônica que se encontra armazenada em minha biblioteca, podem rapidamente
transferir essa informação da minha biblioteca para a sua, como se fosse de sua
própria biblioteca. A distância já não tem importância.
�2.3
Os conceitos que a biblioteca é o único dono da informação já não é restrita
pela distância, assim o lugar onde os clientes acessam a informação também está
mudando. Como bibliotecário encarregado da América Latina, eu recebia
semanalmente queixas dos meus alunos brasileiros sobre os jornais e revistas do
Brasil disponíveis na biblioteca.
Queixas como: “Onde está a última edição?”,
“Porque elas demoram tanto para chegar?” ou “Quando finalmente lemos as notícias
do Brasil elas já não são mais notícias.”
Já faz mais de um ano que não recebo qualquer reclamação. Agora, além do
acesso diário a um grande número de publicações brasileiras, os alunos não
precisam vir à biblioteca para acessar as informações. Eles acordam de manhã,
comem o seu desjejum, ligam o computador e lêem um jornal brasileiro, sem sair do
apartamento, a 8.000 milhas de distância do Brasil. Existem tantas informações
disponíveis na Internet que não faz sentido ir a uma biblioteca para fazer uma
pesquisa.
O desenvolvimento da Internet permitiu a maior revolução da democracia que
o mundo já viu. Historicamente a informação sempre custou muito dinheiro e quase
sempre tem sido arbitrada e controlada pelas elites. Editores e gerentes de
marketing controlavam o que era impresso com decisões baseadas primordialmente
no que seria vendido. Mesmo que o indivíduo pudesse pagar o custo da publicação,
o marketing e a distribuição da informação estava muito além dos limites da família
e amigos, e ainda era controlada e monitorizada. Levar a informação àqueles
interessados era difícil e também uma experiência frustrante. O papel da biblioteca
nesse processo foi de grande importância.
�2.3
A indústria gráfica e o marketing ainda continuam tendo um controle muito
grande sobre as informações disponíveis, que são caras. Grande parte das
informações eletrônicas mais significativas ainda precisa ser comprada. Fora do
controle dos políticos, das editoras e dos árbitros está acontecendo a revolução
democrática. Qualquer um com informação técnica, ou que puder pagar pelos
equipamentos e custos da comunicação, pode colocar tais informações na Internet e
o acesso àquela informação não será restrito. Qualquer pessoa, não importando o
poder ou classe na sociedade, pode criar e ter acesso à Internet.
Como resultado, a informação na periferia da indústria gráfica está agora
disponível e a baixo custo. A informação produzida visando lucro ainda continua
cara sem levar em conta o formato. Contudo, informações produzidas sem fins
lucrativos são facilmente encontradas e de graça. Gostaria de dar-lhes uma idéia do
que está à nossa disposição, mostrando o que recentemente encontrei na Internet
que foi colocado lá pela minha universidade. Minha universidade é pequena e
definitivamente não é uma das principais organizações provedoras de informações
na Internet. Esta lista dará uma indicação do que está disponível.
Primeiro, existem informações históricas sobre a universidade e respostas a
perguntas freqüentemente solicitadas, como por exemplo os requisitos de admissão.
Todos os departamentos acadêmicos e administrativos tem um Home Page. A
informação sobre cada departamento da universidade também está disponível. A
informação bibliográfica do corpo docente da universidade inclui currículos com
listas de suas publicações. Alguns do corpo docente têm incluído trabalhos prépublicados e alguns têm colocado livros atuais. Existem cópias de palestras que
�2.3
foram proferidas por convidados da universidade, embora somente algumas serão
publicadas.
A biblioteca é provavelmente o lugar mais ativo do campus da universidade,
produzindo informações constantes on-line. Além das típicas
informações
administrativas, cada área de referência oferece uma variedade de documentos
informativos relacionados a sua área. Estes ítens incluem bibliografias, guias de
pesquisa e materiais de uso bibliotecário. A maior parte dessas informações são
materiais tradicionalmente dados aos alunos e outros usuários, mas alguns
materiais são novos. Existe uma bibliografia on-line de trezentas páginas sobre a
América Latina e um extenso índice de revistas relacionadas diretamente ao tema
de maior interesse da universidade. Os documentos da coleção particular da
biblioteca estão se tornando disponíveis, incluindo cento e cinqüenta cartas do Rei
Felipe II da Espanha. Um grande número de folhetos mexicanos do século XIX logo
estará on-line. Uma bela exibição de catálogos com exemplos de impressões de
Aldus Manutius, de propriedade da biblioteca, está disponível ao público. Existem
também alguns livros publicados on-line que não estão protegidos por direitos
autorais. Um projeto que está começando, tornará disponível uma grande
quantidade de livros bolivianos que não estão protegidos por direitos autorais.
A Internet está sendo usada por professores na sala de aula. Um curso
introdutório da História do Mundo é um exemplo. A classe é grande, com mais de
novecentos alunos. Para transferir informações para essa quantidade de alunos, o
professor usou a Internet. As anotações do professor para a aula estão on-line.
Quando possível, os materiais de leitura requeridos também estão on-line. Os
alunos não precisam ir até o professor para reclamar, eles fazem isso através da
�2.3
Internet e assim as queixas e as respostas estarão disponíveis a todos eles. Alguns
alunos estão fazendo pesquisas originais e por isso documentos de coleções como
da Biblioteca Vaticana têm sido transferidos e estão disponíveis para os alunos da
classe. Um dos assistentes do professor colocou suas anotações para os seus
exames de Ph.D. on-line para que outros alunos pudessem examinar o contexto.
Existe um grande número de documentos, incluindo clipes de vídeo de eventos
importantes na história do mundo, que estão disponíveis aos alunos. Esse é um
projeto inovador que está não só enriquecendo a sala de aula, mas também está
dando aos alunos um nível de acesso ao professor que teria sido impossível sem a
Internet.
Essa é uma breve descrição de uma parte do que se encontra disponível
numa universidade pequena e insignificante. Outras organizações são bem mais
agressivas ao colocar informações na Internet.
Além do que está disponível nas universidades, ministérios do governo e
organizações, existem informações geradas por indivíduos. Muitos deles estão
colocando enorme quantidades de informações na Internet por várias razões. Como
vocês podem imaginar, a qualidade dessa informação varia. Algumas são
surpreendentes e valorosas, enquanto outras são de pequeno interesse. Vocês
podem imaginar o choque de minha mãe, que tem oitenta e seis anos de idade,
quando descobriu que uma foto dela menos atraente estava na Internet, colocada
pelo irmão dela como parte de uma série de fotos da família. Ela não gostou muito
da idéia.
2 CARACTERÍSTICAS
�2.3
Existe uma vasta quantidade de informações disponíveis ao público. Como
bibliotecários temos que ser cautelosos e entender o que está disponível e como
fazer disso o melhor uso. Os seguintes exemplos são características das
informações.
a) A maioria das informações é descritiva e relacionada à organização ou
pessoa que a produziu e o seu valor de pesquisa é limitado.
b) A maioria das informações está disponível somente para distribuição
limitada ou não seria publicada de outra maneira. Existem diálogos,
pesquisas, índices, guias e descrições. Algumas destas informações
podem ser valiosas para os usuários, mas a qualidade delas é
questionável. Como não existe um árbitro para estas informações a
qualidade delas varia consideravelmente.
c) Assim como no passado, a informação esta vindo de regiões geográficas
com financiamento e outros recursos. Como resultado, a maioria das
informações na Internet virá principalmente do Primeiro Mundo. Significa
que os países em desenvolvimento terão pouco controle das informações
sobre o seu país, embora o processo seja mais democrático. Por exemplo,
existem muitas informações brasileiras na Internet; porém as pessoas que
estão tomando as decisões do que deve ser disponível são bibliotecários
ou acadêmicos dos Estados Unidos ou da Europa. Um dos principais
projetos é o de colocar todas as mensagens feitas pelos presidentes do
Brasil ao Congresso on-line. Este projeto está sendo financiando por uma
fundação americana e uma organização de bibliotecas americanas, as
�2.3
quais controlam a produção deste projeto. Existe também muita
informação criada por brasileiros no Exterior.
Nem tudo é completamente negativo. Por exemplo, os documentos
brasileiros que se encontram nos Estados Unidos e nas bibliotecas
européias e outros arquivos que estão sendo colocados na Internet e pela
primeira vez estão disponíveis aos pesquisadores brasileiros, sem que
estes tenham de viajar. Poderia acontecer de a importância destes
materiais ser distorcida e aumentar em valor sobre outros documentos
mais relevantes, só por estarem disponíveis na Internet.
d) Acesso à informação na Internet depende de três variáveis: conhecimento
da habilidade usada para acessar a informação, poder de aquisição na
compra dos equipamentos e habilidade de comunicação. O resultado final
é que as informações continuarão disponíveis somente à uma minoria da
população do mundo.
3 BIBLIOTECAS
Qual deve ser a reação das bibliotecas e dos bibliotecários? Os bibliotecários
têm liderado o desenvolvimento de certos aspectos da tecnologia e não têm se
envolvidos em outros. Os catálagos de algumas bibliotecas foram os primeiros
arquivos disponíveis on-line e continuam sendo muito usados. Nós temos liderado a
tecnologia da catalogação, mas temos pouco envolvimento na área de Referência.
Temos tido pouco envolvimento também na produção da informação além da
catalogação.
�2.3
Precisamos compreender que o ambiente de uma biblioteca está mudando
significativamente. A função do bibliotecário está sendo desafiada. Usuários que
tradicionalmente vinham a nós para obter informações são agora capazes de ter
acesso à mesma informação, estando em suas casas. Tampouco os usuários estão
vindo à nós por causa do nosso conhecimento das referências, como acontecia
outrora. Os bibliotecários que trabalham na área de Referência têm reagido a essas
mudanças seguindo rumos variados. Nós decidimos que a nossa função como
acessores é mais importante do que a de um intérprete da informação. Decidimos,
por necessidade, ser peritos de computadores e não peritos de informação. Nós
temos nos distanciado do controle da informação. Nos diversificamos ainda mais
que no passado.
Como as bibliotecas estão se tornando mais do que um homepage na
Internet em vez de um prédio, nós bibliotecários temos que nos tornar mais criativos.
Com a queda da freqüência dos usuários nas bibliotecas, precisamos criar novos
métodos para chegarmos a esses usuários. A Internet oferece uma chance de nos
interpormos nos processos de pesquisa. Nós temos a oportunidade de ir além dos
limites de nossas bibliotecas e nos tornar bibliotecários de referência internacional.
Um dos maiores desafios para as bibliotecas nesta era de informação é a
mudança contínua do desenvolvimento das coleções. À medida que as bibliotecas
deixarem de ser donos da informação, cresce a necessidade de cooperação e
interação com outras bibliotecas. Nesta era eletrônica a informação só precisa estar
em um lugar. Este cenário oferece não só um potencial imprescindível para mudar o
padrão das coleções, mas também providencia um desafio ao qual os bibliotecários
não têm reagido bem, o desenvolvimento de coleções cooperativas. E esse desafio
�2.3
foi a justificativa para um projeto importante de cooperação nos Estados Unidos ao
tratar com materiais das bibliotecas latino-americanas.
4 PROJETO-PILOTO DA ARL
O incentivo para o programa-piloto da Latin American Research Resources
(Recursos de Pesquisa da América Latina) veio de ambas associações, a
Association of American Universities - AAU (Associação das Universidades
Americanas) e Association of Research Libraries - ARL (Associação das Bibliotecas
de Pesquisa). No fim de 1991, as duas entidades observaram a pressão econômica
pelas quais as bibliotecas estavam passando e as oportunidades tecnológicas na
comunicação de informações. Em abril de 1992, o projeto de pesquisa de
bibliotecas da AAU foi estabelecido com o propósito de fazer recomendações a
níveis nacional e internacional para assegurar que as universidades de pesquisa
teriam uma função muito importante no desenvolvimento futuro. Três grupos
temporários foram criados, um deles foi de Aquisição e Distribuição de Materiais de
Estudo em Língua Estrangeira. Uma das áreas examinadas minuciosamente por
esse grupo temporário foi a América Latina1 .
Representantes de duas organizações participaram do grupo temporário da
América Latina, o primeiro do Seminar on the Aquisition of Latin American Library
Materials - SALALM (Seminário de Aquisição de Materiais de Biblioteca da América
Latina) e o outro da Latin American Studies Association - LASA (Associação de
Estudos da América Latina). Na reunião de 1990, a LASA estabeleceu um grupo
1
Reports of the AAU Task Forces, p. i-ii
�2.3
temporário na área de Recursos Acadêmicos para focalizar exatamente o assunto
de disponibilidade de recursos, para a comunidade interessada na América Latina.
Este grupo, em conjunto com o Sub-Comitê na Cooperação Nacional da SALALM,
organizou um grupo temporário para o Projeto da ARL. Este grupo, composto de
bibliotecários e acadêmicos, estudou as tendências das publicações LatinoAmericanas, os padrões de desenvolvimento de coleções nas bibliotecas de
pesquisa dos Estados Unidos, os orçamentos das bibliotecas para materiais latinoamericanos e as mudanças de padrão das pesquisas acadêmicas sobre a América
Latina. O relatório acusou tanto o aumento do custo de materiais latino-americanos,
como o baixo orçamento que limita a capacidade das bibliotecas de comprar os
materiais
básicos de pesquisas da América Latina. Foi recomendado um estudo adicional
sobre o México para documentar com detalhes os efeitos dos padrões identificados2
.
O relatório do grupo temporário da SALALM sobre o México foi finalizado em
maio de 1993. O relatório examinou uma variedade de temas, incluindo o ambiente
das publicações mexicanas e o tamanho das coleções sobre o México nos Estados
Unidos. O relatório sugeriu que embora a maioria dos estudos acadêmicos
mexicanos
eventualmente
acabassem
sendo
encontrados
em
bibliotecas
americanas, certos tipos de assuntos, como publicações científicas, não eram bem
representados. Um problema mais grave foi que as publicações regionais e das
províncias eram menos disponíveis nos Estados Unidos do que aquelas publicadas
na Cidade do México. O estudo sugeriu tópicos de aquisição na América Latina
�2.3
como o próximo passo do processo. O estudo do México serviu como um bom
exemplo, pois o mesmo é um país "protegido" com relação às suas coleções nas
bibliotecas americanas. Se estava faltando um número significativo de publicações
mexicanas, a situação seria ainda pior para outros países da América Latina3 .
Em 1994, doze membros do grupo especial temporário da AAU de Aquisição
e Distribuição de Materiais Regionais e de Línguas Estrangeiras, o Projeto da AAU e
ARL, recomendaram que as maiores bibliotecas de pesquisas das universidades da
América do Norte começassem a planejar e distribuir um programa de acesso às
aquisições estrangeiras. Eles sugeriram três projetos de demonstração, a serem
lançados para indicar como tais programas podem ser implementados em três
regiões do mundo. Os três projetos-piloto cobrem a América Latina, Ciências Sociais
no idioma alemão, e Recursos Científicos e Técnicos na língua japonesa. O grupo
temporário recomendou que os projetos focalizassem as áreas da nova tecnologia
de acesso e entrega. Os avanços da nova tecnologia têm um potencial de aumentar
as chances de sucesso de tais projetos, muito além do que era possível no
passado3.
O financiamento inicial para o projeto-piloto da América Latina veio da
fundação Andrew W. Mellon, que já patrocinava os esforços da AAU e da ARL. Ela
forneceu apoio financeiro para uma conferência de organização de redes de
comunicação da América Latina em 1993, para depois convocar uma reunião do
comitê organizador do projeto no início de 1994. Um grupo de sete pessoas,
composto de bibliotecários e acadêmicos especializados em América Latina, porta2
"The Acquisition of Latin American Materials: A Report for ARL from the Task Force on the
ARL Foreign Acquisitions Project Seminar on the Acquisition of Latin American Library Materials
(SALALM)", 1992, p. 17-18. (cópia pessoal)
3
"ARL Foreign Acquisitions Project: Report on Mexico", pp. 15-16. (cópia pessoal)
�2.3
vozes da SALALM e LASA e representantes da ARL, descreveram o esboço que é a
fase do plano-piloto.
5 VISÃO GERAL DO PROJETO
A meta de um ano do projeto-piloto dos Recursos de Pesquisa sobre a
América Latina, que tem a participação de trinta e quatro bibliotecas da ARL, é
desenvolver um sistema de distribuição baseado num sistema de redes de
aquisições cooperativas e entrega de documentos para os estudos sobre a América
Latina. Espera-se que o projeto crie um protótipo para compreender e interligar
plenamente as coleções de Estudos da América Latina. O programa-piloto tem
propósito limitado, focalizando-se nos três tipos de publicações dos dois países.
O projeto-piloto tem se concentrado nas publicações seriadas, documentos
governamentais, e publicações de organizações de pesquisas não-governamentais.
Os resultados esperados do projeto serão:
a) estabelecer
responsabilidades
representativa
de
300
coletivas
publicações
para
seriadas,
coletar
com
uma
mostra
um
sistema
correspondente para indexação e entrega de documentos;
b) converter documentos oficiais em imagens digitais com o propósito de
realçar o acesso a estes documentos, que têm muita importância de
pesquisa; e
c) distribuir responsabilidades de coletar, catalogar e entregar documentos
para publicações de importantes organizações não-governamentais,
3
"Task Force on Acquisition and Distribution of Foreign Language and Area Studies Materials" in
Reports of the AAU Task Forces, p. 13-14.
�2.3
institutos de pesquisas e outras instituições sem fins lucrativos que
produzem relatórios e trabalhos de pesquisas.
O projeto-piloto centraliza-se em dois países da América Latina, Argentina e
México. Os mesmos foram escolhidos pela sua importância dentro da América
Latina e dos acadêmicos do Americanismo Latino nos Estados Unidos. A Argentina
e o México têm duas das maiores e mais sofisticadas editoras gráficas da região.
Eles também têm universidades de renome e uma tradição de muita atividade
intelectual na sua região. Os acadêmicos norte-americanos que estudam o México
compreendem o maior grupo de acadêmicos da América Latina e o número de
acadêmicos da Argentina também é significante. As experiências adquiridas com as
pesquisas nestes dois países serão de grande valor para se passar para a próxima
etapa no processo de estabelecer um programa amplo e bem sucedido de
aquisições conjuntas de materiais de toda América Latina.
6 PUBLICAÇÕES SERIADAS
As publicações seriadas são as primeiras categorias a serem pesquisadas no
projeto-piloto, em parte porque estas publicações estão criando um problema grave
de orçamento nas bibliotecas acadêmicas. O preço altíssimo das revistas técnicas
criou a necessidade de reduzir o número de assinaturas e, em outros casos, de seu
cancelamento. Os recursos estão sendo desviados das séries de monografias (e de
outras disciplinas que dependem da literatura de monografias) para poderem
"salvar" as publicações seriadas. Embora as publicações seriadas da América
Latina sejam baratas pelo padrão dos Estados Unidos e da Europa, infelizmente o
�2.3
seu custo tem subido com o resto. Muitas das bibliotecas que tinham coleções sobre
a América Latina cancelaram muitas destas publicações.
A meta do projeto era estabelecer, entre os seus trinta e quatro participantes,
uma cooperativa de aquisição, indexação, e prover um acesso rápido a um número
limitado das publicações seriadas; em torno de 150 títulos por país. Foram incluídas
algumas revistas proeminentes, disponíveis em muitas bibliotecas nos Estados
Unidos, porém a maioria são publicações menos consultadas. A maioria está
localizada na área de Ciências Humanas e Sociais, embora a lista inclua algumas
revistas técnicas de Ciências Naturais.
Em dezembro de 1994, houve uma reunião em Washington, com a
participação de bibliógrafos que representam as bibliotecas que se comprometeram
a coletar e facilitar o acesso a dez publicações seriadas. As publicações seriadas
designadas refletem o poder de pesquisa das diferentes instituições. O
compromisso do comitê começou com o primeiro exemplar recebido em 1995. O
índice de cada exemplar é inserido no computador, tornando-o, assim, disponível na
Internet. Um arquivo do índice das publicações seriadas do projeto on-line foi criado
pela University of Texas at Austin-Latin American Network Information Center - UTLANIC ( Universidade do Texas -Centro de Informação de Redes da América Latina
que se situa em Austin). O endereço na Internet para este arquivo é
http:lanic.utexas.edu/la/region/arl/.
Um acordo especial de empréstimo entre bibliotecas foi estabelecido entre as
trinta e quatro bibliotecas participantes. Espera-se que cada biblioteca forneça
rapidamente (dentro de três dias úteis) a distribuição dos artigos solicitados em
�2.3
formato digital. A solicitação de arquivos dos artigos é feita on-line e chega em
segundos após a solicitação ter sido enviada.
7 DOCUMENTOS OFICIAIS
A segunda ênfase do projeto-piloto é dada aos documentos oficiais. Uma
razão para selecionar os documentos oficiais é que, em sua maioria, eles são de
domínio público e não possuem direitos autorais. O projeto gira em torno das
mensagens presidenciais do México e Argentina. Este projeto complementará um
projeto similar criado pelo Center for Research Libraries - CRL (Centro das
Bibliotecas de Pesquisa) e o Latin America Microfilm Project - LAMP (Projeto de
Microfilmagem da América Latina) que também foi financiado pela Fundação Mellon,
para fazer a conversão digital de microfilmes de documentos similares para o Brasil.
Os documentos foram convertidos, indexados, e estão disponíveis on-line no UTLANIC.
8 NON-GOVERNMENTAL ORGANIZATIONS - NGOS (ORGANIZAÇÕES NÃOGOVERNAMENTAIS)
Organizações
não-governamentais,
institutos
de
pesquisa
e
outras
organizações não-comerciais produzem documentos importantes sobre assuntos
atuais de todas as partes da América Latina. Esses materiais são importantes em
questões de meio ambiente, direitos humanos, política regional e grupos de pessoas
marginalizadas pela sociedade, assim como de crianças de rua, homossexuais e
�2.3
outros grupos minoritários. Entretanto, a natureza dessas organizações implica em
que alguns materiais nunca chegarão ao mercado comercial, tornando-se, assim,
difícil para os revendedores de livros adquirir esses materiais e oferecê-los às
bibliotecas americanas.
Um problema adicional é identificar esses ítens nas bibliotecas. Esses
materiais são freqüentemente catalogados com títulos, como por exemplo,
"Pesquisa de
" sem uma referência ou número de catalogação. Isso muitas
vezes limita o acesso para pesquisa e tende a dar valor maior às análises dos
interesses atuais.
Por causa do grande número de ONGs operando na América Latina foi
determinado que somente organizações no México e na Argentina que estão
interessadas no meio ambiente, grupos indígenas, e em transformação econômica
farão parte do projeto-piloto. Será pedido a cada biblioteca participante que seja
responsável pelo menos por quatro organizações, duas para cada país. Prioridade
1, no nível mínimo de catalogação e processamento de publicações serão
requeridos registros bibliográficos on-line dos materiais das organizações indicadas
para estarem disponíveis nas redes de computadores. Acordos têm sido feitos para
apressar a entrega de documentos, a fim de assegurar o rápido acesso
aos
mesmos.
Como projeto-piloto, estas atividades foram restritas às bibliotecas nos
Estados Unidos. Já têm sido iniciadas negociações com organizações no México,
Argentina e Brasil para expandir este projeto. O avanço tecnológico eliminou muitos
dos desafios anteriores relacionados com os empreendimentos cooperativos
�2.3
internacionais. Espera-se que as diferenças políticas e culturais sejam minimizadas
para que a meta de cooperação internacional possa ser obtida.
�2.3
9 CONCLUSÃO
À medida que estes projetos-piloto forem implementados nestas três metas,
nós desenvolveremos uma visão dos temas gerais associados com a transição para
a informação eletrônica. Nossa experiência proverá a base para a construção de um
sistema central de distribuição que poderá ser mutuamente acessível aos recursos
da América Latina. Ao discutirmos temas como direitos autorais, monitoramento do
desempenho do participante, localizando os custos e alcançando a satisfação do
usuário, esperamos aprender como melhor concentrar os nossos recursos e
energias.
O isolamento já não é uma opção para bibliotecários. Cooperação é uma
necessidade. A tecnologia já eliminou muitos das nossas desculpas para não
trabalharmos em conjunto. Não estamos certos do rumo para onde o futuro nos
levará, mas certamente, estaremos juntos enfrentando os desafios.
ABSTRACT
Describes some aspects and consequences of new information technologies in
university libraries and on the professional profile of the academic librarian. Refers to
the of these technologies in a pilot-project about bibliographic resources about Latin
America under the sponsorship of ARL (Association of Research Libraries) and AAU
(Association of American Universities). It mentions the subdivision of the project
concerning serial publications, governamental documents and NGO publications,
especially from México and Argentina, with the possibility of also including Brazil.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Enfrentando "a estrada para o futuro": bibliotecas, cooperação e a era da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Grover, Mark
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Disserta sobre aspectos efeitos das novas tecnologias sobre bibliotecas universitárias e o perfil profissional do bibliotecário. Relata especificamente a aplicação dessas novas tecnologias no projeto-piloto de Recursos de Pesquisa sobre a América Latina, sob os auspícios da ARL (Association of Research Libraries) e AAU ( Association of American Universities) focaliza os desdobramentos desse projeto em relação a publicações seriadas, documentos governamentais e publicaões de ONGs, provinientes do México e da Argentina, com possibilidade de inclusão de publicações brasileiras.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4775/SNBU1996_068.pdf
fa2154913c443f3856bda3ced15a016f
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8.9
ESTATÍSTICAS EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Janeti Bombini de Moura*
**
Telma Vitols Ciarcia
RESUMO
O Grupo de Estatística e Elaboração de Relatórios - GEER, do Sistema Integrado de
Bibliotecas da USP - SIBi/USP, estudou e padronizou a coleta de dados estatísticos
nas trinta e oito bibliotecas da USP. O trabalho mostra a metodologia utilizada pelo
GEER, o conjunto mínimo de formulários e instruções para coleta de dados em
bibliotecas universitárias, apresentadas no Manual de Procedimentos SIBI nº 12.
1 INTRODUÇÃO
A mensuração dos serviços de informação tem sido discutida na literatura por
muitos anos mas, apenas recentemente, tem-se tentado medir e avaliar os serviços
de maneira objetiva.
A maioria dos estudos feitos anteriormente eram puramente quantitativos e
largamente subjetivos e empíricos, com pouca ou nenhuma eficácia.
A preocupação com a coleta de dados em bibliotecas também é relativamente
recente. Surgiu da necessidade de justificar os recursos orçamentários destinados
ao desenvolvimento dos acervos, bem como servir de base na avaliação de
desempenho das bibliotecas.
*
**
Diretora Técnica da Divisão de Biblioteca e Documentação - ESALQ/USP
Diretora do Serviço de Biblioteca e Documentação - FM/USP
�8.9
Os principais objetivos da coleta de dados estatísticos são:
a) fornecer subsídios para elaboração de relatórios;
b) fornecer subsídios para avaliação dos sistemas de informação;
c) servir de instrumento de apoio ao planejamento de atividades.
O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP),
atento à necessidade de padronização da coleta de dados referentes aos serviços
prestados nas bibliotecas de seu Conjunto de Base, instituiu em 1990 um Grupo de
Estudos, composto de bibliotecários da USP. A sua atribuição foi definir critérios
para obtenção desses dados, em cada biblioteca, de modo a garantir a uniformidade
de coleta e de registros dos mesmos em todo o Sistema, para diversas finalidades
de divulgação, por exemplo: Relatório Individual por Biblioteca (RIBI) e Anuário
Estatístico da USP. Os critérios para definição da coleta de dados e a estrutura de
relatório partiram de rotinas existentes, tendo sido analisados formulários e
documentos de algumas bibliotecas, realizadas consultas em diversas etapas de
trabalho, com testes dos modelos para a maioria das seções que compõem a
proposta. Uma vez concretizada essa fase, o Grupo de Estudos estabeleceu:
a) estrutura básica para apresentação de relatórios das bibliotecas da
Universidade, incluindo tópicos indispensáveis para a organização dos
dados;
b) formulários padronizados, alguns de uso obrigatório e outros de uso
opcional.
�8.9
2 A COLETA DOS DADOS
Os dados coletados só serão eficientes se através deles a Biblioteca puder
chegar a estabelecer padrões. A padronização possibilita a consistência das
informações e facilita a uniformidade na coleta e análise estatística dos dados
coletados.
Na coleta de dados devem ser considerados os seguintes itens:
a) viabilidade da coleta;
b) definição clara e precisa dos elementos a serem coletados;
c) treinamento do pessoal;
d) importância da coleta;
Podem ser utilizados como instrumentos de coleta:
a) questionário;
b) ficha;
c) gravador;
d) formulário.
Como processo de coleta:
a) anotações;
b) entrevistas;
c) observação direta.
�8.9
O GEER utilizou como instrumento de coleta e anotações dos dados,
formulários- padrão, diários/mensais/anuais, que foram elaborados, tendo em vista:
a) obtenção de dados confiáveis, consistentes e pertinentes aos interesses
da Biblioteca e/ou Unidade e/ou Sistema;
b) fornecimento de dados para avaliação, de forma padronizada, eficiente e
eficaz.
Cada um dos vinte e sete (27) formulários deve ser preenchido, segundo as
instruções
que foram elaboradas para esse fim; alguns são de preenchimento
obrigatório e outros, opcional, de acordo com as condições da biblioteca e a
indicação contida nas instruções dos mesmos.
Reafirma-se a necessidade da coleta mínima ou de um conjunto mínimo de
formulários para que se produzam padrões/medidas padronizados e não simples
somas.
Para facilitar a coleta de dados os materiais foram categorizados em: Livros,
Períodicos, Teses, Multimeios, Outros tipos. Os critérios adotados foram baseados
nos procedimentos do Banco de Dados Bibliográficos da USP - DEDALUS. Assim,
a análise para categorização do documento deverá ser feita a partir do conteúdo e
não do suporte físico.
A denominação Multimeios foi adotada para materiais registrados em
diferentes suportes físicos e cujo conteúdo não os caracterize nas demais
categorias, independentemente da forma em que se apresentam.
2.1 OS FORMULÁRIOS DE COLETA
�8.9
Para a implantação da coleta de dados unificada e padronizada nas Bibliotecas
da USP foram oferecidos treinamentos a todos os bibliotecários.
Os formulários foram testados durante três meses, juntamente com a versão
preliminar do Manual nº 12.
Após este período, as sugestões e modificações foram revistas e introduzidas
no Relatório Individual por Biblioteca - RIBI, em 1995, e durante este Seminário
estamos lançando a versão definitiva do Manual nº 12.
2.1.1 Lista do Conjunto Mínimo de Formulários de Coleta
F01
Usuários - inscrição/cadastramento
F02
Circulação de material informacional - empréstimo
F03
Circulação de material informacional - consulta
F12
Circulação de material informacional - empréstimo-entre-bibliotecas
F13
Comutação bibliográfica solicitada pela biblioteca
F14
Comutação bibliográfica recebida pela biblioteca
F15
Serviço de referência/atendimento - usuário interno
F16
Serviço de referência/atendimento - usuário externo
F17
Processamento técnico de material informacional não-periódico
F18
Processamento técnico de periódicos
F20
Alimentação de bases/bancos de dados
F21
Posição do material informacional do acervo - totalização
F22
Conservação de material informacional
�8.9
F24
Reprodução de documentos
F25
Aquisição de material informacional
F26
Publicações da biblioteca
F27
Publicações da Unidade
2.1.2 Lista do Conjunto Opcional de Formulários de Coleta
F04
Circulação de material informacional com categoria de usuário - empréstimo
F05
Circulação de material informacional com categoria de usuário - consulta
F06
Circulação de material informacional codificado - empréstimo
F07
Circulação de material informacional codificado - consulta
F08
Circulação de material informacional em multimeios por tipo de material empréstimo
F09
Circulação de material informacional em multimeios por tipo de material consulta
F10
Circulação de material informacional em multimeios por categoria de usuário empréstimo
F11
Circulação de material informacional em multimeios por categoria de usuário consulta
F19
Processamento técnico de material informacional em multimeios
F23
Conservação de material informacional em multimeios
3 CONCLUSÃO
�8.9
O Grupo procurou
elaborar um trabalho o mais abrangente possível,
cobrindo todos os serviços e atividades oferecidos pelas Bibliotecas da USP, muitas
vezes valorizando os detalhes, através dos formulários de coleta opcional; sem
perder de vista o objetivo fundamental do trabalho que foi a coleta de dados única,
de forma padronizada.
Acreditamos, ainda, que a sua aplicação não só virá a favorecer as
Bibliotecas do SIBi/USP, como também as outras bibliotecas no País.
ABSTRACT
The Statistics and Report-writing Group (GEER) of the University of São Paulo’s
Integrated Library System (SIBi/USP) studied and standardized the collecting of
statistical data in USP’s 38 libraries. This work shows the methodology used by the
group, the minimum set of forms and instructions for data collection in university
libraries, according to the SIBi Procedure Manual no.12.
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concepts, definitions, and terminology. Chicago : ALA, 1966. 1959 p.
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�8.9
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bibliotecas. Brasília : ABDF, 1989. 57 p.
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13 FIGUEIREDO, N.M. Técnicas e métodos para a avaliação de serviços de
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24 PRITHERCH, R. (Comp.). Harrod’s librarian’s glossary. 17. ed. Aldershot:
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28 SARGEANT, A. Collecting, library statistics. Educational Computing,
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31 WHISLER JR., A. Periodicals circulation statustucs at a nid-sized academic
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�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Estatísticas em bibliotecas universitárias. ((Põster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Moura, Janeti Bombini de; Ciarcia, Telma Vitols
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O Grupo de Estatística e Elaboração de Relatórios - GEER, do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP - SIBi/USP, estudou e padronizou a coleta de dados estatísticos nas trinta e oito bibliotecas da USP. O trabalho mostra a metodologia utilizada pelo GEER, o conjunto mínimo de formulários e instruções para coleta de dados em bibliotecas universitárias, apresentadas no Manual de Procedimentos SIBI.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4778/SNBU1996_070.pdf
392f83879f01db8668e81f423836a316
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8.11
ESTUDO DE USUÁRIOS: SOB O PRISMA DO COMPORTAMENTO
Ana Maria C. Ponce
Rosanara Urbaneto Peres
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo despertar uma reflexão sobre os inúmeros estudos de
comportamento de usuários que vêm sendo realizados, cujos resultados, em função
dos métodos utilizados e dada as especificidades locais com que são realizados, não
são passíveis de generalização, dificultando uma teorização sobre o assunto no
âmbito nacional.
As informações existem sob a forma de fluxos permanentes entre instituições
que compõem os sistemas de informação, entre os indivíduos que constituem a
clientela consumidora de serviços e entre profissionais produtores dos serviços: “o
sistema deve ser desenhado visando o alcance do seu objetivo, qual seja, a
recuperação da informação e o atendimento do usuário” (LIMA, 1989, p. 168).
Afirma ainda o autor que a essência da administração dos sistemas de
informação é
adequar/adaptar os recursos disponíveis às necessidades do
ambiente, detectadas pelo uso do serviço, e tendo a satisfação do usuário como
alvo principal. Percebe-se, então, que a partir da definição da política do sistema, o
próximo passo é o conhecimento desse público-alvo. Esse conhecimento depende
de múltiplas causas que estão relacionadas com características pessoais e do meio
ambiente, onde o comportamento deste pode resultar num encadeamento contínuo
de causas e efeitos.
Para que haja o cumprimento da missão do sistema de informação, e para
que os processos que intermediam a informação e o usuário ocorram da melhor
maneira, torna-se elemento preponderante o estudo constante do ambiente interno e
externo e o estudo das partes dependentes das informações, quer por lazer ou para
subsidiar pesquisas técnico-científicas, oferecendo informações determinadas.
Para reforçar nosso ponto de vista com relação a estes estudos, OHIRA,
OHIRA e COLOSIMO (1986) salientam que não se deve considerar uma
biblioteca/serviço de informação como uma unidade isolada de seu organismo maior,
mas que esses estudos reflitam a realidade do sistema e sua vinculação com o
ambiente.
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Nossa preocupação, nesse trabalho, irá se centrar no estudo dos usuários,
sem nos determos em usuários de uma única área do conhecimento, mas quanto a
especificidade dos estudos, naqueles que envolvem aspectos comportamentais .
Procuraremos analisar vários aspectos que envolvem estes estudos, com o
intuíto de integralizar os vários trabalhos que adotaram como tema central o estudo
de usuários em suas reflexões.
Não é nossa pretensão esgotar o assunto, já que este é muito extenso e
complexo, mas apenas salientar pontos que consideramos relevantes para reflexão.
No âmbito da Biblioteconomia/Ciência da Informação, estudos de usuários
vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de caracterizar o usuário com relação às
suas necessidades, uso, atitude, hábito e comportamento frente à informação.
Embora desenvolvido sob uma especificidade, todo estudo que envolva o
usuário abrangerá simultaneamente aspectos relativos ao comportamento, hábitos,
necessidades, atitudes, etc., não se restringindo apenas àqueles usuários
frequentadores, mas também àqueles usuários potenciais não-frequentadores.
Esses estudos são extremamente importantes, na medida em que permitem
uma avaliação dos serviços e, consequentemente, o planejamento de atividades da
unidade de informação em prol daqueles à que se destina.
Conceitualmente, FIGUEIREDO (1979) afirma que esses estudos permitem
detectar as necessidades do usuário em matéria de informação, bem como saber se
essas necessidades estão sendo adequadamente satisfeitas, constituindo-se ainda,
conforme PINHEIRO (1982), num método de sondagem objetiva, centrado no
usuário, que encerra várias técnicas de coleta de dados, caracterizando-se, dessa
forma, como um método multidisciplinar.
Os estudos realizados no passado com o objetivo de avaliar os serviços eram
de natureza descritiva, havendo a preocupação de apenas apresentar os dados em
forma tabular ou narrativa, conforme LANCASTER (apud ASAEDA e CASTRO,
1980).
Já nos estudos que buscam proceder avaliações analíticas, os pesquisadores
tentam analisar os dados mais profundamente, para identificar padrões de
comportamento ou, possivelmente, para determinar as relações de causa e efeito.
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Constatando-se que a distinção entre estes dois tipos de estudos está nos
objetivos que buscam alcançar e não nos métodos utilizados.
Esses estudos, de caracterização do usuário, refletem em seus resultados
aspectos do sistema de informação e vice-versa. E, logicamente, estão envolvidos
nessa relação usuário/sistema todos os aspectos de cunho individual e
organizacional, exigindo, para reflexão do tema, uma análise de todos os aspectos
envolvidos.
Considerando os fatores que interagem nessa relação usuário/sistema, os
estudos desenvolvidos se constituem em canais de comunicação entre a
biblioteca/sistema de informação e a comunidade à qual presta serviços, uma vez
que servem para detectar porque, como e para que fins se usa a informação, e que
fatores interagem nesse processo (OHIRA, OHIRA e COLOSIMO, 1986). Embora
centrados no usuário, seus resultados vão refletir o próprio sistema de informação,
cujos serviços podem determinar a utilização que se faz do sistema, o hábito que se
estabelece, a atitude e comportamento do usuário.
Esse comportamento, segundo a teoria do behaviorismo, situa-se, não no
interior do indivíduo, mas no ambiente. Se a afirmação de que a ação é influenciada
por acontecimentos no ambiente é obviamente verdade, é difícil imaginar algum
acontecimento da ação humana que não seja seriamente considerado para o futuro
(SERPELL, 1977).
Quando se trata então do Estudo do Comportamento do Usuário, objeto de
estudo desse trabalho, todas as questões relativas ao indivíduo e ao contexto em
que está inserido vêm à tona, pois o comportamento encerra tudo aquilo que o
indivíduo é ou parece ser através de suas ações.
Do ponto de vista organizacional, o complexo dos padrões de comportamento
das crenças, das instituições e de outros valores, transmitidos coletivamente e
típicos de uma sociedade, formam a cultura de uma organização, segundo
BACCARO (1986). Essa cultura não pode ser considerada estatíca e imutável, uma
vez que sofre interferência de variáveis tecnológicas, políticas, econômicas, legais,
sociais, demográficas e ecológicas.
Ainda para o autor, as organizações criam sua própria cultura ou clima, com
seus próprios tabus, costumes e usos, mapeando, selecionando e percebendo seu
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espaço ambiental. O clima ou cultura do sistema reflete tanto as normas e valores
do sistema formal, como sua reintegração no sistema informal, bem como reflete as
competições internas e externas dos tipos de pessoas que a organização atrai.
A organização
nem sempre tem condições de compreender todas as
variáveis do ambiente interno e externo de uma só vez, principalmente pelo fato de
algumas delas estarem sujeitas a influências que não podem ser previstas ou
controladas. Para lidar com esta complexidade, as organizações selecionam seus
ambientes e passam a visualizar o seu mundo exterior, apenas naquelas partes
escolhidas e selecionadas dentro desse conjunto.
Trazendo essa definição para o sistema de informação, tem-se um ambiente
cuja cultura organizacional é influenciada tanto pelos fatores externos (políticos,
ideológicos, econômicos, sociais), como pelos fatores internos (infra-estrutura, porte,
posição hierarquica, política institucional, formação acadêmica de seus membros,
etc.), e por tantas outras características que fazem a distinção entre cada uma das
organizações.
São
essas
especificidades
que
comporão
o
complexo
de
comportamentos organizacionais e que farão com que o usuário reflita um
comportamento próprio àquele sistema.
Um importante fator a ser considerado no estudo do comportamento,
segundo
WITTER (1986), são os aspectos psicológicos envolvidos na relação
bibliotecário/usuário, que são complexos, variados e se refletem no comportamento
de ambos quando interagem.
Afirma, ainda,
que é imprescindível pesquisar a
realidade psicossocial do usuário, do bibliotecário e das relações entre eles,
localizadamente, pois as peculiaridades psico-educacionais e sociais determinam
variações distintas em cada região.
O relacionamento do usuário
com a biblioteca e com os bibliotecários
será
evidenciado na forma de buscar o contato, de relacionar-se, de freqüentar ou não a
instituição, de recorrer ou não aos serviços oferecidos para busca da informação.
Muitas vezes o usuário elabora uma imagem negativa a partir de uma experiência
ruim vivida com profissionais que ignoram os aspectos psicológicos da interação e a
relevância do seu comportamento na formação de imagens, de atitudes, de
conceitos no usuário, os quais vão influenciar relações futuras. Cabe lembrar que
comportamentos que são psicologicamente importantes para o usuário também o
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serão
para o profissional de informação. Consideremos que um usuário utilize
palavras ríspidas no momento de solicitar sua pesquisa, e que estas influenciarão
psicologicamente o profissional de informação, determinando como este reagirá no
momento de responder ao usuário.
O primeiro contato é elemento marcante no momento da formação do
conceito do sistema de informação, pois dele vai depender a sua assiduidade futura
como usuário ou o seu afastamento total da instituição. Caso este seja satisfatório, o
usuário constituir-se-á num importante elemento a valorizar o sistema de informação
e a sua equipe de profissionais.
O exemplo acima demonstra o ponto de vista da Psicologia, onde o
comportamento foi inicialmente considerado, segundo o behaviorismo, resposta a
um acontecimento ocorrido no meio ambiente ou a um estímulo específico. No
entanto,
essa
concepção
exclui
quase
completamente
a
existência
de
acontecimentos ou de variáveis que sejam intermediárias entre o estímulo e a
resposta e que não possam ser reduzidas às relações simples que se pode observar
entre estes acontecimentos. Devemos lembrar que entre estímulos externos e a
resposta há o estímulo interno, constituíndo-se numa nova concepção.
Nas duas últimas décadas esta nova concepção procurou representar, sob a
forma de modelos, “o que se passa no interior dos indivíduos”, submetendo estes
modelos a uma validação, através do estudo de comportamentos observados em
condições bem determinadas. Concepção essa bem adaptada aos estudos dos
fenômenos superiores do homem (o pensamento, a cognição) e que são geralmente
qualificados como cognitivos.
Se o behaviorismo considera o comportamento como objeto de conhecimento,
hoje o comportamento é considerado como uma manifestação objetiva de atividades
internas que são em si mesmas inobserváveis publicamente, e cujos testemunhos
subjetivos são pouco confiáveis. Reafirmando, assim, que o comportamento de uma
espécie só pode ser apropriadamente entendido no contexto do meio ambiente para
qual a evolução a adaptou, e que a adaptação do homem inclui a ênfase primordial
na aprendizagem durante o tempo de vida do indivíduo.
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Então, a Psicologia do Comportamento trata de uma forma bem ampla do
conhecimento psicológico construído a partir da observação do comportamento e de
suas condições.
O comportamento do usuário na busca da informação é definido por
KRIKELAS “como uma atividade de um indivíduo, empenhado em identificar uma
mensagem para satisfazer uma necessidade percebida” (apud PRAZERES, 1989).
O estudo do comportamento do usuário encerra estas e outras questões que
certamente aparecerão quando da investigação, porém é importante ressaltar que a
obtenção de resultados que contribuam para o crescimento da área deverão levar
em conta todas as variáveis já conhecidas, determinando a escolha do método mais
adequado.
O método é um dos pontos mais questionados nesses estudos. LINE, citado
por ARAÚJO (1974), verificou que os dados obtidos na investigação são mal
interpretados, coletados através de uma amostragem inadequada e pobremente
escolhida, com uso de métodos não-válidos, de baixa confiabilidade e com base
num planejamento mal concebido.
A metodologia a ser adotada vai depender de quão claramente estiverem
definidos os objetivos da pesquisa e, por consequência, os seus resultados.
Segundo OHIRA, OHIRA e COLOSIMO (1986), é necessário conhecer os métodos
existentes, adequando-os ao problema levantado. Dessa forma, será possível obter
conclusões e dados que contribuirão para a construção de uma teoria sobre o uso
da informação científica e tecnológica.
Os métodos utilizados, segundo CUNHA (1982), podem ser reunidos em três
categorias:
Primeira categoria - métodos que utilizam perguntas, envolvem entrevistas,
questionários, são os mais utilizados,
entretanto devem ser consideradas as
dificuldades e problemas inerentes à elaboração de perguntas e análise das
respostas.
O problema que reside nesse método, segundo
MURGUIA
(1992), é que
MOSTAFA, LIMA e
no momento em que expressamos nossa opinião ou
atitude, esta vem impregnada de senso comum, pois refletimos antes de dar nossas
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opiniões quer sejam expressas por escrito, ou oralmente, quando respondemos a
questionários.
Segunda categoria - a observação é o método pelo qual o pesquisador capta
a realidade alvo de seus questionamentos. Exige todo um preparo do observador,
pois este estará centrado em condutas humanas, captadas através dos sentidos
auditivo e visual, podendo desta forma ocorrer distorções ou mesmo concentração
em um aspecto pouco relevante. Esse método, concebido pela Psicologia, segundo
MINICUCCI (1978), trata de descobrir ou desenvolver conceitos explicativos, que
exigem identificação, descrição e observação dos fatos. Esses fatos são os eventos
(acontecimentos) que diversos observadores, em diferentes tempos e lugares,
podem ver e sentir de forma semelhante, quando são tratados da mesma forma.
Segundo o autor, se há utilização dos recursos - identificação, descrição e
observação - valeu-se o pesquisador de um método científico.
O incidente crítico é um dos instrumentos utilizados nessa categoria e
conforme FLANAGAN (apud PEREIRA et al., 1980),
“consiste num conjunto de
procedimentos para coleta de observações diretas do comportamento humano”.
O comportamento, para DEL NERO (1970), designa as maneiras de ser e
agir dos seres humanos, as manifestações objetivas de suas atividades globais e a
conduta como sendo certas formas particulares do comportamento humano (conduta
de espera, triunfo, fracasso, etc). Salienta o autor a importância deste método ser
aplicado
por pesquisadores realmente preparados e que seus resultados sejam
reforçados por intermédio da aplicação de um outro tipo de instrumento
que
oportunize o estabelecimento de uma correlação entre ambos.
Terceira categoria - análise documentária dos dados coletados através de
trabalhos já existentes, tais como a estatística de bibliotecas, referências de obras
citadas; este instrumento é o menos usado no estudo de usuários.
Apesar de todos os estudos de usuários realizados, afirma ARAÚJO (1974)
que ainda não se conseguiu um equilíbrio apropriado entre os esforços devotados
ao desenvolvimento de sistemas e de instrumentos de informação e documentação
científica e aqueles devotados ao estudo de como o homen, em suas várias tarefas
e ambientes, reage a sistemas de informação.
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Problema esse que pode não ser atribuído somente a questão dos métodos,
mas também ao próprio nível de mensuração e controle das variáveis apresentadas
nos temas sociais, que é considerado inferior em relação ao nível de controle
apresentado pelas variáveis das ciências exatas (LIMA, 1994).
Todas essas reflexões demonstram o quão complexo é o desenvolvimento de
uma pesquisa de estudo de usuários, seja em que especificidade for, mas a todas
essas acrescentamos às do próprio pesquisador, enquanto observador do usuário,
enquanto
elaborador
dos
instrumentos
a
serem
utilizados
(questionários,
entrevistas, etc.), e que, se não estiver adequadamente treinado para tal, poderá
comprometer seriamente a pesquisa como um todo.
Além das questões já suscitadas, o caráter político e filosófico tem um papel
fundamental no desenvolvimento, conclusões e recomendações desses estudos.
Sob esses aspectos, MOSTAFA, LIMA e MURGUIA (1992) salientam que “o
homem não é uma categoria isolada, capaz de agir solta, livremente nesse pano de
fundo chamado sociedade” e, portanto, canais de comunicação formam-se entre o
sujeito e o ambiente com que ele se relaciona, que segundo OHIRA, OHIRA e
COLOSIMO (1986) servem para detectar por que, como e para que fins se usa a
informação e que fatores interagem nesse processo.
Esses canais permitem-nos perceber
que
novas pesquisas sobre
comportamento de usuários devem ser abordadas como um eterno desafio, não
havendo limites fixos; desta forma poderão os pesquisadores gerarem sempre
coisas novas, colaborando com o crescimento da área.
O crescimento da literatura sobre o assunto é um reflexo dessa preocupação
que os especialistas da área vêm tendo em relação ao conhecimento dos hábitos,
necessidades e atitudes de cientistas e técnicos na busca e uso da informação
científica e tecnológica. O relato das pesquisas constitui-se na forma mais
representativa de apresentar modelos positivos ou negativos de comportamentos
dos usuários de sistemas de informação. Há, assim, a transmissão de uma série de
regras que constituem o senso comum, o que possibilita a caracterização posterior
de diferentes fases pelas quais o usuário passa no desenrolar de suas pesquisas.
Com relação a competência destes relatos, devemos lembrar que depende do
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enunciado proposto ser ou não considerado discutível numa sequência de
argumentações e de reputações entre os pares.
Ainda com relação aos
versões: uma mais política e
relatos, estes podem ser caracterizados em duas
outra mais filosófica, uma tendo por sujeito
a
humanidade e a outra o caráter e a ação. A fusão de ambas pode contribuir para
um novo delineamento do pesquisador engajado com o saber e com a sociedade,
estreitando a relação entre meio e fim.
MOSTAFA, LIMA e MURGUIA (1992) afirmam que os estudos de Bibliotecas
e Centros de Informação são desenvolvidos sob grande influência de dois
paradigmas: o funcionalismo e o behavorismo, envolvendo respectivamente as áreas
de Sociologia e Psicologia, buscando os pesquisadores não só o referencial teórico,
mas também o prático para o embasamento de suas constatações.
Estudos deste tipo propõem uma socialização
da realidade e/ou a
psicologização do real; estudando o homem e a sociedade como organismos que
buscam o eterno equilíbrio de adaptação ao meio por intermédio de interações,
constituíndo-se num processo contínuo do biológico ao social.
Instituições de pesquisa buscam incentivar propostas interdisciplinares para
que a pesquisa em estudos de usuários alcancem resultados mais concretos e
relevantes, incorporando em suas pesquisas o reconhecimento da necessidade de
que conheçamos a variedade de métodos existentes e que no momento de utilizá-los
saibamos determinar o que mais se adapta a responder da forma mais completa os
nossos questionamentos.
Segundo OHIRA, OHIRA e COLOSIMO (1986) tais
procedimentos é que possibilitarão
obter conclusões e dados que venham a
contribuir para a construção da tão almejada teoria sobre o
uso da informação
científica e tecnológica.
No âmbito dos estudos do comportamento, torna-se difícil a determinação de
padrões que venham a regular o conjunto de enunciados que circulam na
coletividade; a heterogeneidade é um primeiro passo para reconhecer a dificuldade
que constitui tal estudo. Conforme BARRETO (1989) e reafirmando citações
anteriores, o determinismo local é um elemento a ser considerado, já que o homem
se localiza como um ser social, político, econômico e cultural, sendo estes elementos
geradores de um comportamento característico no homem, que busca interagir
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socialmente, influenciando sua atuação e consciência como indivíduo público em
seus espaços.
Outra influência é o grande fluxo de informações que requer, conforme
BARRETO (1989), uma racionalidade tecnicista no processamento e comunicação
deste fluxo, exigindo, para tanto, um comportamento
em termos operacionais
específico para o tratamento e uma linguagem própria para que sejam alcançados os
objetivos.
Afirma LYOTARD (1986) que para entendermos o estado atual da sociedade
científica devemos conhecer as
variantes
que a compõem, os problemas do
desenvolvimento do homem como pesquisador e como é feita a difusão da
informação. Hoje a pesquisa sob os aspectos comportamentais está muito afetada
nos seus elementos essenciais, onde o que está em questão é o poder. O homem
não busca a verdade na sua essência, mas busca
aumentar o seu poder.
Reconhece que aumentando a capacidade de administrar a prova, aumenta as
chances de estar com a razão.
A produtividade, no âmbito interno do sistema de informação, está
diretamente relacionada com a hierarquia de poder, apresentando dessa forma o
sistema, um complexo de padrões de comportamento típicos de determinado grupo
de pesquisa.
Para LIMA (1994)
todos esses fatores determinam o desenvolvimento de
estudos de usuários, que procuram o desenvolvimento de teorias e métodos que
dêem suporte ao planejamento e à avaliação de serviços. No entanto, devido as
especificidades das situações-problemas, existe uma grande dificuldade em
generalizar os resultados dessas pesquisas.
No Brasil essas pesquisas começaram a se desenvolver na década de 70,
intensificando-se a partir de 1976. Os estudos mais profundos constituem-se, na sua
maioria, de dissertações de cursos de mestrado, refletindo a decisiva contribuição da
pós-graduação para o desenvolvimento da área. Podemos dizer que a partir da
década de 70 houve uma revolução em termos de consenso, denominada por
MOSTAFA (1994) como “Revolução da Cabeça”, que influencia o cenário dos
tempos atuais, como as novas tecnologias, a inteligência artificial, surgindo uma
nova sociedade onde o que conta é a informação. Salienta, ainda, que esta
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informação, quando muito bem valorizada, pode ser entendida como um processo
que organiza a ação, que está impregnada de energias, as quais darão um novo
propósito a concepção do saber científico.
A partir de 1980 a preocupação com o usuário da informação tornou-se mais
evidente, denotando um amadurecimento dos profissionais brasileiros com relação
ao componente vital de qualquer sistema de informação, que é o próprio usuário
(PRAZERES, 1989).
Desde então, inúmeros são os trabalhos desenvolvidos sobre o tema, porém,
por serem desenvolvidos de forma não-cumulativa, apresentam uma visão
fragmentada do problema. No entanto, algumas tendências e generalizações sobre o
comportamento dos usuários de informação científica e tecnológica já podem ser
observadas e relatadas através da literatura estrangeira, o mesmo não acontecendo
com os estudos realizados em âmbito nacional, que ainda são inexpressivos em
termos quantitativos.
Na literatura consultada algumas conclusões consensuais podem ser
observadas, como: a importância do ambiente na determinação do comportamento,
a diferença no comportamento de busca da informação por área/grupo de
conhecimento, a necessidade de desenvolvimento de instrumentos que permitam
resultados mais precisos e que possam ser generalizados, a necessidade de
desenvolvimento da pesquisa de forma interdisciplinar. Para RABELLO (1983) a
interdisciplinaridade
é considerada necessária, porém pouco desenvolvida em
termos teóricos e práticos.
Evidentemente, o estudo de usuários é uma atividade complexa que envolve
pesquisa em vários ramos do conhecimento, sobretudo na área de Psicologia,
Administração e Sociologia.
Certamente outros aspectos desses estudos surgirão como pontos de
reflexão, de enriquecimento, à medida em que forem sendo desenvolvidos, mas o
mais importante é a preocupação com a sedimentação do conhecimento e
teorização do tema, através dos esforços daqueles para quem o conhecer e o saber
não se esgotam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O comportamento do usuário é um dos temas mais pesquisados na área da
informação, onde se evidencia, na maioria dos objetivos, buscar pistas de como
atuar para atender ao usuário com o mínimo de esforço e o máximo de eficiência.
De acordo com WITTER (1986), os pesquisadores iniciam seu trabalho conhecendo
as características de nível sócio-econômico, educacional, de qualidade de vida, de
lazer, de experiências anteriores com bibliotecas públicas ou privadas. Informações
estas que servirão de apoio para o profissional da informação programar melhor a
informação e os programas de treino e formação de usuários.
Outro aspecto a ser salientado é que conforme o enfoque que será dado ao
estudo de usuário, um elemento relevante é a escolha do instrumento.
Em
pesquisas de levantamento os questionários atendem muito bem aos objetivos, já
estudos que busquem avaliar eficiência requerem uma investigação com
delineamento mais sofisticado.
Os estudos de usuários têm como pano de fundo a relação usuário/
administrador da informação, envolvendo aspectos psicológicos de grande
complexidade e relevância; desta forma o que julgamos importante neste momento é
o incentivo a pesquisas científicas que busquem integralizar os estudos realizados,
produzindo um
caminho nacional a ser percorrido, pois caso não haja esta
preocupação serão centenas de trabalhos dando uma visão fragmentada do
problema.
Analisando
as
referências
bibliográficas
apresentadas nos
artigos e
dissertações, o número de trabalhos nesta área na literatura estrangeira é bem
grande; desta forma estes estudos são importantes para o delineamento da
realidade internacional. No entanto, quando buscamos produzir conhecimento
nacional, um ponto primordial a ser considerado são as características étnicas, pois
caso contrário estaremos marchando sempre no mesmo lugar, não dando nenhum
passo em busca da nossa autonomia cultural nessa área.
No entanto não devemos assumir uma posição idealista, pois segundo
MOSTAFA, LIMA e MURGUIA (1992) “o idealismo põe o pensamento à frente da
coisa como condição de sua existência, causando verdadeira inversão da relação
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sujeito-objeto”, onde o comportamento que é considerado como relevante é
expresso somente em movimentos, palavras e atos, enfim, exteriorizado.
Enfim, o comportamento do usuário segue padrões de hábitos individuais,
geralmente o usuário esta insatisfeito e uma citação de LIMA (1989) vem
complementar estas conclusões, “ a informação boa é aquela que está disponível,
pois relevância inacessível não adianta para o usuário”.
Após pesquisarmos um bom número de obras relacionadas ao estudo do
comportamento do usuário, percebemos que existem duas concepções muito bem
definidas; uma que está a procura de alternativas metodológicas que atendam aos
seus anseios e outra que faz seus estudos sob a ótica da racionalidade científica.
Os autores que estão trabalhando nesta busca de novos rumos baseiam suas
críticas no fato de que os pesquisadores que pretendem atingir seus objetivos são
munidos de uma certa teorização; expressa nas revisões de literatura de centenas
de autores. Esta teorização foi gerada a partir de um esforço de coletar o maior
número de dados teóricos, desta forma não podendo ser contestada e sim reiterada,
sendo as dissertações um bom exemplo deste tipo de trabalho. Consideram que elas
re-descobrem as mesmas descobertas e são incapazes de descobrir algo diferente,
mas esta incapacidade é atribuida ao tipo de investigação.
Nesta investigação eles decompõem a realidade em unidades elementares,
as quais são medidas de acordo com certos atributos, como por exemplo: opiniões,
atitudes, renda, idade, sexo,... constituindo variáveis processáveis.
O processamento ocorre nas dissertações por intermédio do cruzamento de
dados objetivos (idade, sexo, profissão, renda, titulação) e de dados subjetivos
(opinião, preferências, etc.) coletados por meio de questionários e/ou entrevistas, e
destes cruzamentos surgem as teorias.
As teorias são consideradas ilusórias por esses autores, pois segundo eles
“se contentam em registrar certas correlações entre os fatores objetivos e subjetivos
sem explicar como a idade, o sexo, ou a profissão determinam tal ou qual opinião”
(THIOLLENT, apud LIMA, 1994). Sendo uma das grandes preocupações destes
pesquisadores a de que quando um fala por muitos não cair na representação de
todos como se fossem um. Consideram ser esta a questão séria dos questionários,
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“o questionário convencional pressupõe que a sociedade é uma adição de
indivíduos” (LIMA, 1994).
Criticam
também
a
maneira
pela qual
os pesquisadores procuram
compreender o cotidiano na biblioteca, adotando estudos de natureza positivista ou
funcionalista, onde CASTRO ( 1995) em seu artigo cita SANTOS que tece um
comentário sobre as formas atuais de estudos dos “ fenômenos sociais como se
fossem fenômenos naturais, ou seja, para conceber os fatos sociais, como coisas...
é necessário reduzir os fatos sociais às suas dimensões externas, observáveis e
mensuráveis”.
Já os defensores da outra concepção defendem que é necessário adotarmos
pesquisas específicas, não bastando as feitas sob aspectos gerais. Com relação a
esses estudos, devem ser realizados envolvendo em profundidade os aspectos
psicológicos do processo a ser observado, considerando que a mesma variável pode
estar manifesta no comportamento de vários usuários, podendo assumir proporções
e variações qualitativas e quantitativas diferentes, as quais exigem
padrões de
interação diferentes para se atingir o êxito esperado e ser satisfatória para ambos.
Fica clara a necessidade de pesquisas onde bibliotecários, psicólogos e
outros profissionais passem a executar no cotidiano trabalhos conjuntos, nas forma
de programas permanentes de pesquisa, considerando que as características
psicológicas alteram-se em função de exposições aos meios de comunicação de
massa, tipo de escolarização, qualidade de vida, tipo e qualidade de trabalho, etc.
“Para que haja um real progresso no nível de conhecimento dos aspectos
psicológicos envolvidos na relação bibliotecário-usuário e assim torná-las mais
produtivas, impõem-se algumas medidas (WITTER, 1986):
a) desenvolver programas de pesquisas interdisciplinares;
b) desde a graduação dar uma base sólida de pesquisa ao futuro bibliotecário
para capacitá-lo a atuar como profissional-pesquisador;
c) desenvolver
em
nível
de
graduação
e
pós-graduação
programas
específicos de psicologia em que tópicos realmente significativos para a
atuação do bibliotecário sejam objeto de estudo;
d) promover programas de estágio interdisciplinar de modo que profissionais
de áreas
conexas, desde a graduação, aprendam a trabalhar em um
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esquema de elaboração e desenvolvam imagens mais objetivas uns dos
outros; e
e) empenho das universidades, dos órgãos de classe
e das associações
científicas na promoção de cursos e atividades que viabilizem a educação
permanente do profissional no exercício de suas funções.”
Desta forma, o estudo de usuário sob o aspecto comportamental constui-se
num importante ramo de pesquisa a ser desenvolvido, principalmente na área da
informação, a qual nos últimos tempos vem sofrendo tantas alterações, não só de
ordem prática no que se refere ao seu manuseio, como de ordem teórica no que se
refere a sua importância e no seu conteúdo pragmático.
ABSTRACT
The aim of this work is to encourage further discussion of the countless studies of
user behaviour which have been made recently, the results of which, because of the
methods used and the local condictions in which they were carried out, do not make it
possible to generalize, making theorization at national level difficult.
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13 MINICUCCI, A. Psicologia aplicada à Administração. São Paulo : Atlas,
1978.
�8.11
14 MOSTAFA, S. P.; LIMA, A. B. A. de ; MURGUIA, E. I. M. Paradigmas teóricos
da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Ciência da Informação,
Brasília, v. 21, n. 3, p. 216 - 222, 1992.
15 MOSTAFA, S. P. As ciências da informação. São Paulo em Perspectiva, São
Paulo, v. 8, n. 4, p. 22-27, 1994.
16 OHIRA, M. L. B., OHIRA, M., COLOSIMO, E. A. Diagnóstico do comportamento
do aluno de graduação da PUCCAMP na aquisição da informação
bibliográfica.
R. Bibliotecon. Brasília, v. 14, n. 2, p. 329-343, 1986.
17 PEREIRA, M. N. F.; GOMES, H. E.; PINHEIRO, L. V .P. ; OLIVEIRA, M. R. J. De.
A aplicação da técnica do incidente crítico em estudos de usuários da
informação técnico-científica: uma aboradagem comparativa. In: A CONTRIBUIÇÃO da Psicologia para o estudo de usuários da informação técnicocientífica. Rio de Janeiro : Calunga, 1980.
18 PRAZERES, Y. M. P. da C. Busca de informação: comportamento do
docente/pesquisador da Universidade Estadual de Londrina. Campinas,
1989. Dissertação (Mestrado)-PUCCAMP, 1989.
19 RABELLO, O. C. P. Usuário - um campo em busca de sua identidade? R. Esc.
Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 75-87, 1983.
20 SERPELL, R. Influência da cultura no comportamento. Rio de Janeiro :
Zahar, 1977.
21 WITTER, G. P. Aspectos psicológicos no relacionamento bibliotecário e usuário.
Ciência da Informação, Brasília, v. 15, n. 1, p. 33-37, 1986.
�
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
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Português
Type
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Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Estudo de usuários: sob o prisma do comportamento. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Ponce, Ana Maria C.; Peres, Rosanara Urbaneto
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho tem por objetivo despertar uma reflexão sobre os inúmeros estudos de comportamento de usuários que vêm sendo realizados, cujos resultados, em função dos métodos utilizados e dada as especificidades locais com que são realizados, não são passíveis de generalização, dificultando uma teorização sobre o assunto no âmbito nacional.
Language
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4722/SNBU1996_042.pdf
258a1bbcf37bf5f5ccf629680a5be3bb
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Text
6.4
ESTUDOS EM GERENCIAMENTO DE ACERVOS DA USP:
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE TÍTULOS DE PERIÓDICOS
Diva C. Andrade*
Érica Beatriz P.M. Oliveira**
Lúcia M.S.V.C. Ramos***
Maria Tereza M. Santos****
Rosane Taruhn*****
Sonia G.G. Eleutério******
Suely C. Prati*******
Valéria S.G. Martins********
RESUMO
Tendo em vista a necessidade permanente de atualização da coleção de periódicos
das Bibliotecas do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo SIBi/USP, com as finalidades de otimização e qualificação das coleções,
acrescentando títulos novos e minimizando os títulos eventualmente duplicados, o
Grupo de Trabalho do SIBi/USP, denominado “Estudos em Gerenciamento de
Acervos da USP”, procurou identificar as características mais importantes e gerais
atribuídas a uma política de aquisição. Analisa critérios para avaliação de títulos de
periódicos a níveis local, nacional e internacional. Conclui sugerindo a aplicação de
critérios combinados para manter o equilíbrio necessário à avaliação.
*
**
***
****
*****
Supervisora Técnica do Serviço de Aquisição e Intercâmbio - Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade
de Filosofia Letras e Ciências Humanas/USP
Chefe da Seção de Publicações e Divulgação - Serviço de Biblioteca do Instituto de Geociências/USP
Chefe da Seção de Publicações Periódicas - Serviço de Documentação Odontológica da Faculdade de
Odontologia/USP
Chefe da Seção de Aquisição - Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas/USP
Diretora do Serviço de Formação e Manutenção de Acervos - Diretoria Técnica do Sistema Integrado de
Bibliotecas/USP
******
Chefe Técnica do Serviço de Aquisição e Processos Técnicos
Faculdade de Saúde Pública/USP
*******
Supervisora Técnica do Serviço de Tratamento da Informação - Serviço de Documentação Odontológica da
Faculdade de Odontologia /USP
- Serviço de Biblioteca e Documentação da
******** Chefe Técnica do Serviço de Tratamento da Informação - Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia/USP
�6.4
1 INTRODUÇÃO
Em 1993, o Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da
Universidade
de
São
Paulo
(DT/SIBi-USP),
organizou
o
“Workshop
de
Modernização do Sistema” onde, entre outros, foi formado um grupo de trabalho
denominado “Estudos em Gerenciamento de Acervos da USP”. A primeira tarefa
definida seria a de dar suporte aos estudos de “Avaliações de Coleções”, no sentido
de propor ações que permitissem otimizar e qualificar as coleções, acrescentando
títulos novos e minizando os eventualmente duplicados, bem como verificar o
alcance do provável impacto causado por substituições ou cancelamentos.
A preocupação da Universidade em manter as assinaturas de títulos de
periódicos (anexo 1) esteve sempre presente nas Bibliotecas do SIBi-USP. Novos
conceitos sobre o compartilhamento da informação estão sendo discutidos e
viabilizados, trazendo em seu bojo a avaliação de títulos de periódicos, para se
evitar a duplicação desnecessária, a permanência de títulos na coleção por
acomodação e atualizar as coleções.
Nota-se que o aumento exponencial da literatura mundial é mais nítido em
relação aos periódicos onde a literatura dobra em anos cada vez mais próximos.
VERGUEIRO (1993) comenta que boa parte dessa literatura é "constituída de
material de pouca importância, repetindo apenas o que outros haviam dito ou
discutido anteriormente, sem nada a acrescentar de novo”. Portanto, a explosão
bibliográfica não se coloca somente no item custo, mas principalmente na
possibilidade de acompanhamento do desenvolvimento científico. O aparecimento
de novas formas de difusão do conhecimento, através de outros suportes e meios
�6.4
eletrônicos, também devem ser observados. Outros pontos que merecem
consideração são o armazenamento, conservação, acessibilidade e processamento
das coleções, que, em se tratando de periódicos, exigem grandes áreas e cuidados
especiais.
É certo que não se pode obter todos os títulos desejados.
fundamental
a
Portanto, é
realização de uma política de aquisição, respeitando as
características de cada biblioteca. Os critérios são relativos e sua aplicação difere
nas variadas áreas do conhecimento.
Partindo desse princípio, o Grupo de Estudo procurou identificar, na literatura
e nas sugestões enviadas por algumas unidades, as características mais
importantes e gerais que podem ser atribuidas à uma política de aquisição de
periódicos.
Como objetivo principal deve-se ter sempre presente o interesse do usuário e
a disponibilidade de acesso ao documento em outras bibliotecas.
O processo de agrupar os critério em níveis local, nacional e internacional foi
adotado conforme o projeto-piloto sobre avaliação de periódicos da UNICAMP em
NASCIMENTO e SANTORO (1994).
Os critérios aqui apresentados não esgotam a literatura, como comenta
MUELLER (1991), citando LINE e SANDSON, "nenhum modelo oferece segurança
ao bibliotecário para suas decisões, ou porque os critérios empregados são
limitados, ou porque os próprios modelos são inadequados."
Portanto, sugere-se o emprego de vários critérios que possibilitem cobrir as
deficiências de cada um.
�6.4
2 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE PERIÓDICOS
2.1 NÍVEL LOCAL
A nível local, os principais critérios a serem observados são o uso da coleção,
a opinião dos usuários e o custo. No entanto, outros critérios podem ser examinados
por ocasião da avaliação.
2.1.1 Uso da Coleção
São critérios quantitativos, oferecendo mais facilidade na obtenção de
respostas. Entretanto, algumas considerações devem ser observadas. Inicialmente,
há a questão de se estabelecer o que é uso: o que é retirado da estante? Conforme
MUELLER (1991), "o problema se relaciona com dificuldade de se avaliar o ganho
ou utilidade, ou seja, o valor de cada consulta. Todas as consultas havidas e
registradas têm que ser consideradas proveitosas, com o mesmo valor." Assim, se
um leitor retira toda a coleção da estante e não utiliza nenhuma informação, esse
título terá um alto quociente de uso. Ao mesmo tempo, se o leitor gentilmente
devolve o periódico à estante depois de ter usufruido de sua leitura, este não será
computado.
Relevando essas observações e por desconhecimento de melhor método, é
possível realizar pesquisas, através da circulação interna (local) e externa
�6.4
(empréstimo entre bibliotecas, comutação bibliográfica e serviços de reprografia) do
material, em períodos pré-estabelecidos, e obter-se resultados satisfatórios.
É ainda importante observar neste item que convém estabelecer padrões de
demanda mínima para os títulos circulantes, lembrando que "... a menos que um
título seja usado mais que seis vezes em um ano, é mais econômico para a
biblioteca tomá-lo emprestado do que mantê-lo no acervo.", conforme TEIXEIRA
(1993). É claro que o número de vezes dependerá de cada biblioteca.
Os métodos mais utilizados para medir o uso da coleção, são:
a) contagem de papeletas para empréstimo;
b) contagem do material por ocasião da reposição dos mesmos na estante,
através de fichas manuais ou programas automatizados;
c) leitura ótica através de códigos de barra;
d) colocação de papeletas nos periódicos em exposição para que o leitor
assinale o uso.
e) colocação de adesivos coloridos nos periódicos que saem das estantes.
Uma metodologia, combinando estudo de uso com opinião de usuário
através de questionários, é apresentada por FIGUEIREDO (1993).
�6.4
2.1.2 Opinião do Usuário
É uma avaliação qualitativa e apresenta maior dificuldade na obtenção das
respostas, quer por obstáculos encontrados na obtenção de dados junto aos
especialistas, quer pela própria natureza subjetiva da pesquisa. MUELLER (1991),
no entanto, afirma que "dentre todos os critérios que têm sido considerados pela
literatura, a opinião do usuário sobre o valor dos periódicos parece merecer maior
confiança. "
A metodologia empregada para a obtenção da opinião dos usuários consiste
em passar aos mesmos lista de títulos a serem avaliados, que mediante uma escala
pré-estabelecida devem pontuar a importância do periódico. Convém sempre
acrescentar à lista o preço de cada assinatura e demais informações que se julguem
importantes, tais como duplicação com outra unidade ou indexação em fontes
bibliográficas que a biblioteca possua (bases de dados em CD-ROM, por exemplo).
Para obtenção dos dados podem ser utilizadas várias formas de consulta,
pesquisando-se todo o universo de usuários, ou serem utilizadas fórmulas por
amostragem.
VALLS PASOLA (1993) indica os seguintes métodos:
a) passar um formulário pedindo que se valorize de 1 a 4 cada título,
segundo a prioridade;
b) dar 100 pontos para que se distribuam entre os títulos da lista de
periódicos;
c) pedir que se faça uma relação dos 10 títulos mais importantes"
Outros métodos para obtenção da opinião dos usuários podem ser utilizados:
�6.4
a) avaliação por pares - pesquisa por amostragem, onde são sorteados ou
selecionados sujeitos que deverão consultar os seus pares para obtenção
de respostas avaliatórias;
b) avaliação por comissões de especialistas (docentes e corpo técnico);
c) questionários e/ou entrevistas com um número significativo de
respondentes;
d) avaliação direta nas estantes, título por título, com especialistas da área;
e) envio de exemplares de amostra ao especialista para que emita sua
opinião (este item é mais utilizado para novas aquisições ou recebimento
de doações ou permutas).
2.1.3 - Custo
A análise de custos é um fator preponderante quando se trata de periódicos
estrangeiros, caso da maioria das assinaturas em bibliotecas universitárias
brasileiras. Pode ser um fator decisivo no caso de novas aquisições ou
cancelamentos. O ponto principal é saber se o custo é justificável, isto é, se o
aproveitamento da assinatura reverte em benefícios significativos.
Uma forma de se avaliar os custos consiste em se trabalhar com o preço
médio das assinaturas em determinado período, convertendo os preços para uma
única moeda (dólar, por exemplo) e pontuar valores acima e abaixo dessa média.
Preferencialmente, verificar o preço médio por áreas, pois estes podem apresentar
valores muito diferenciados.
�6.4
2.1.4 Outros Critérios
Para uma melhor análise na avaliação de títulos de periódicos, será
conveniente observar os critérios a seguir:
a) importância do título para a especialidade;
b) relação entre o assunto e o interesse institucional (linhas de pesquisa);
c) relevância da entidade publicadora para a especialidade do periódico;
d) bibliografias especializadas na área;
e) indexação em bases de dados que a biblioteca possua;
f) acessibilidade da língua;
g) interdisciplinaridade: importância do título com amplo espectro, servindo a
mais de uma área;
h) escassez de material sobre o assunto;
i) valor efêmero ou permanente;
j) mudança de reputação do periódico;
k) mudança de relevância na pesquisa;
l) desatualização de áreas anteriormente relevantes;
m) áreas identificadas como pontos fracos da coleção;
n) disponibilidade a nível local e regional;
o) antiguidade da coleção;
p) estado de conservação da coleção;
q) possibilidade de solicitação do título por permuta ou doação.
�6.4
2.2 NÍVEL NACIONAL
Num contexto mais amplo, a avaliação de títulos de periódicos deve
acompanhar o estado da pesquisa no País. Os meios mais utilizados no Brasil são a
comparação com as Listas Básicas da CAPES, desenvolvidas para a avaliação das
listas básicas utilizadas pelo Programa de Aquisição Planificada (PAP), e, portanto,
um tanto desatualizadas, e o Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Periódicas
do IBICT (CCN).
2.2.1 Listas Básicas da CAPES
Verificar se o periódico consta da Lista Básica (LB) e/ou Lista de Títulos
Sugeridos (LTS): o status observado será em ordem decrescente de importância. O
título da LB mais LTS terá pontuação máxima; o título que constar em apenas uma
das listas terá pontuação menor, e o título que não constar em nenhuma das listas
não terá pontuação.
�6.4
2.2.2 CCN
Analisar se outras bibliotecas possuem o título, a localização/proximidade e a
completeza da coleção nessas instituições.
2.3 NÍVEL INTERNACIONAL
Os processos de comparação de títulos com listas básicas internacionais é
adotado
mundialmente
e
oferece
subsídios
para
o
estado
da
arte
do
desenvolvimento científico internacional. A inclusão dos títulos de periódicos em
fontes de referência é o método mais utilizado, havendo outras possibilidades, como
a frequência de citações e a produtividade dos periódicos.
2.3.1 Inclusão do Título em Fontes de Referência
A indexação de títulos em fontes de referência, embora bastante utilizada,
deve ser vista com cautela, conforme comenta MUELLER (1991):
Esse critério se baseia no fato de que a inclusão de um título de periódico em obras
de referência do tipo "abstract" (periódicos de resumos), índices, ou bases de dados
bibliográficos, denota ser aquele título suficientemente importante para sua área, a
ponto de merecer ter seus artigos regularmente resumidos e divulgados. É um
critério excelente para a formação de listas básicas. Mas, para a avaliação de listas
já constituidas (...) nem sempre é significativo, pois a escolha inicial de títulos
geralmente privilegia periódicos indexados nessas bibliografias e bases. Se isso
ocorre, o critério não discrimina.
2.3.2 Frequência de Citações
�6.4
Refere-se ao número de vezes que um título é citado em determinado
período. Entre os principais indicadores dessa avaliação, temos:
a) fator impacto - medida de frequência com que artigos são citados em
determinado período;
b) autocitação - número de citações que um artigo recebe em outros artigos
do mesmo periódico em determinado período;
c) “immediacy index” - tempo que leva um artigo para ser citado por outro.
Para a avaliação dessas medidas, utiliza-se o Science Citation Index e o
Social Science Citation Index, publicados no Journal of Citation Reports.
2.3.3 Produtividade dos Títulos
Baseado nas idéias de ZIPF e BRADFORD, segundo MUELLER (1991),
o
método trabalha com a distribuição de artigos por assuntos relevantes em
determinada área, isto é, quais os periódicos que cobrem melhor determinado
assunto.
Todos esses critérios sofrem restrições apontadas na literatura e devem ser
utilizados como complementação de outras avaliações.
�6.4
3 CONCLUSÃO
É consenso na literatura que nenhum critério deve ser usado individualmente,
mas sim, uma
combinação de dois ou mais critérios, para haver o equilíbrio
necessário.
Na utilização de mais de um critério, convém se valer de uma escala de
valores que permitam, no final, uma avaliação estruturada. Assim, por exemplo,
numa escala de 0-10 pontos, pode-se distribuir da seguinte forma:
� uso
5 pontos
� opinião do usuário
3 pontos
� fator impacto
2 pontos
Estudos podem e devem ser feitos em várias ocasiões, combinando critérios
diferentes, conforme as necessidades da avaliação a ser feita. O importante, porém,
é que cada biblioteca deve ter muito bem estruturada a sua política de aquisição e
de desenvolvimento de coleção.
ABSTRACT
Bearing in mind the continual need to update and improve the collection of journals in
SIBi/USP (the University of São Paulo’s Integrated Library System) by adding new titles and
reducing the number of journals duplicated, the SIBi/USP Working Group, entitled “Studies
in the Management of USP Library Resources”, set out to identify the essential
characteristics of an acquisition policy. This paper analyses criteria for evaluating local,
national and international journals, and proposes that agreed criteria be adopted in order to
maintain the balance necessary for evaluation.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
�6.4
1 ANDRADE, D. C. Avaliação de títulos estrangeiros adquiridos por compra
na FFLCH/USP : projeto piloto. São Paulo : USP/FFLCH, 1993. (Documento
interno).
2 ______. Desenvolvimento de coleções : a prática na FFLCH/USP. In:
SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., Campinas,
1994. Anais... Campinas : UNICAMP, 1994. p.259-269.
3 ANDRADE, M. T. D., ELEUTERIO, I. L., NORONHA, D. R. Avaliação do uso
de periódicos em biblioteca especializada em Saúde Pública. Revista de
Saúde Pública, v. 12, p. 388-402, 1978.
4 ELEUTERI0, S. G. G. Política de desenvolvimento das coleções de
periódicos. São Paulo : Faculdade de Saúde Pública, 1989. (Documento
interno)
5 EVANS, G. E. Developing library and information center collections. 2. ed.
Littleton, Col. : Libraries Unlimited, 1987.
6 FIGUEIREDO, N. M. Desenvolvimento de coleções. Rio de Janeiro :
Rabiskus, 1993.
7 KRZYZANOWSKY, R. F. et al Programa de apoio às revistas científicas para a
FAPESP. Ciência da Informação, Brasília, v. 20, n. 2, p. 137-150, jul./dez.
1991.
8 MUELLER, S. P. M. Metodologia para avaliação de lista básica de periódicos.
Ciência da Informação, Brasília, v. 20, n. 2, p.111-118, jul./dez., 1991.
9 NASCIMENTO, M. A. R. , SANTORO, M. I. Consolidação de critérios para
avaliação de periódicos em Bibliotecas Universitárias: projeto piloto em
desenvolvimento na UNICAMP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 17., Belo Horizonte, 1994.
Anais... Belo Horizonte, 1994. (Painel)
10 PIKE, L. E. Conducting a serials review project. College and Research
Libraries News, v. 52, n. 3, p. 165-167, 1991.
11 TEIXEIRA, M. A. A. , ALMEIDA, M. F .P. Avaliação da coleção de periódicos
doados à biblioteca da FEA-IEI da UFRJ : critérios de seleção e descarte.
Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 3, p. 253-258, set./dez., 1993.
12 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Central.
Grupo de Trabalho em Publicações Periódicas e Seriadas. Avaliação da
coleção de periódicos adquiridos por compra para o Sistema de
Bibliotecas da UFRGS : 1982-1985. Porto Alegre : UFRGS, 1986.
�6.4
13 ______. Padrões para os Serviços Bibliotecários na UFRGS. Seleção e
descarte de coleções. Porto Alegre : UFRGS, 1983.
14 VALLS PASOLA, A. La evaluación de revistas en una biblioteca universitária
de cara a la cancelación de títulos. Revista Española de Documentacíon
Cientifica, v. 16, n. 2, p.147-156, 1993.
15 VERGUEIRO, W. C. S. Desenvolvimento de coleções : uma nova visão para o
planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, Brasília,
v. 22, n.1, p.13-21, jan./abr., 1993.
ANEXO 1
ASSINATURAS ADQUIRIDAS PELO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE PERIÓDICOS
�6.4
12000
10281
9284
8985
10000
8759
8304
8000
6000
4000
1875
2000
144
319
98
0
1991
1992
1993
VERBA RUSP
1994
CONVÊNIOS
RECURSOS DESPENDIDOS NO PROGRAMA
DE ASSINATURAS DE PERIÓDICOS
1995
�6.4
CONVÊNIOS (2)
VERBA RUSP (1)
1991
T OT AL
(COMPLEMENTAÇÃO)
Nº ASSIN.
US$
Nº ASSIN.
US$
Nº ASSIN.
US$
9284
4,717,608.6
144
97,324.43
9428
4,814,933.1
-
-
8
1992
8304
3,813,169.2
1
8304
3,813,169.2
4
4
1993
10281
5,072,802.2
98
42,576.06
10379
5,115,378.2
0
1994
8985
5,137,916.5
6
319
188,462.1
1875
958,420.4
2
1995 *
8759
5,474,216.4
9304
5,326,378.6
0
3
2
10634
6,432,636.8
0
3
* Taxa de conversão : US$ 1.00 = R$ 0,96
(1) No Programa 1993 estão incluídas 1022 assinaturas pendentes do Programa 1992.
No Programa 1995 estão incluídas 65 assinaturas de coleções / índices retrospectivos em meio
magnético, pagas em 1995 com saldo do Programa 1994.
(2) Programa 1992, dispêndio em 1993.
Programa 1995, verba CAPES para 1450 títulos novos, mais 425 títulos PAP.
Fonte : DT/SIBi - 22.04.96
�
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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A language of the resource
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A name given to the resource
Estudos de gerenciamento de acervos da USP: critérios de avaliação.
Creator
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Andrade, Diva C. et al.
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Curitiba (Paraná)
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1996
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Evento
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Tendo em vista a necessidade permanente de atualização da coleção de periódicos das Bibliotecas do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo - SIBi/USP, com as finalidades de otimização e qualificação das coleções, acrescentando títulos novos e minimizando os títulos eventualmente duplicados, o Grupo de Trabalho do SIBi/USP, denominado “Estudos em Gerenciamento de Acervos da USP”, procurou identificar as características mais importantes e gerais atribuídas a uma política de aquisição. Analisa critérios para avaliação de títulos de periódicos a níveis local, nacional e internacional. Conclui sugerindo a aplicação de critérios combinados para manter o equilíbrio necessário à avaliação.
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pt
-
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28ac456daf0f0168bd56c6521b33b23e
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Text
1.1
EVOLUÇÃO DO USO DA TECNOLOGIA DE CD-ROM NAS BIBLIOTECAS DAS
INSTITUiÇÕES DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRAS·
Oolores Rodriguez Perez"
Mariza Russo'"
RESUMO
A pesquisa analisa a evolução do uso da tecnologia de CO-ROM nos serviços
oferecidos pelas bibliotecas das Instituições de Ensino Superior Brasileiras - IES,
que constituíram o cadastro das instituições beneficiadas pela aquisição de títulos
de periódicos e de bases de dados em CO-ROM, financiados pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, em 1995. Descreve as
vantagens e desvantagens do uso dessa tecnologia e sua aplicação nos diversos
serviços das bibliotecas. Apresenta conclusões e sugere algumas recomendações
quanto à modernização dos serviços e sua otimização, visando a satisfação das
demandas dos usuários das bibliotecas.
1 INTRODUçAo
A partir da mudança de filosofia ocorrida nas bibliotecas, passando do
paradigma do acervo para o paradigma do acesso, observa-se uma situação
"irreversível em direção ao processamento e uso da informação por meios cada vez
mais avançados". (CUNHA, 1994).
Penniman (1992) ressalta que as bibliotecas precisam ser ativas, enfatizando
o fornecimento da informação mais do que seu armazenamento e que elas devem
ser avaliadas com base nos serviços que oferecem e não pelo controle de suas
coleções.
. o
trabalho contou, nas fases de coleta e de tabulação dos dados, com a colaboração das
funcionárias do SIBI/UFRJ, Chantal Russi, Rosilane Galdino de Moura e Maria José Capdeville
Duarte Ullmanr e na fase de editoração, com a colaboração de Adriana Baptista Pereira e
Rosemeri Duarte Amândula, da COPPEAD/UFRJ.
27
�1.1
No espaço de apenas 30 anos, as novas tecnologias difundiram-se
largamente nas atividades das bibliotecas, apesar de que os novos formatos não
substituem - hoje - os velhos, mas existem lado a lado (LANCASTER, 1992).
Une (1992) alerta que a tecnologia tornará a biblioteca "menos um lugar ao
qual as pessoas se dirigem e mais um recurso que pode ser utilizado remotamente".
Já no final da década de 80, surgiram no mercado algumas das novas
tecnologias, que serviriam de suporte de informação, favorecendo o processo de
difusão do conhecimento.
Dentre estas tecnologias destaca-se a do Compact Disc Read Only Memory
(CD-ROM), desempenhando um papel cada vez mais importante como meio de
armazenamento e disseminação de informações.
O CD-ROM constitui-se num disco ótico, de 4 1/4 polegadas de diâmetro, onde
podem ser armazenados cerca de 550 milhões de byfes sob forma digital, contendo
não só bases de dados relativamente grandes, como textos integrais de
documentos, imagens, gráficos, além de som.
No Quadro 1 apresentam-se vantagens e desvantagens do uso desta
tecnologia, mencionadas na literatura. (ANDRADE, CUENCA, NORONHA, 1990,
CUNHA, 1994).
QUADRO
1 -USO DA TECNOLOGIA DE CD-ROM
DESVANTAGENS
VANTAGENS
•
..
•
Possui alta capacidade de
armazenamento
Permite buscas ilimitadas
•
Tem custo inicial mais alto do que o
Sistema on-fine
•
impressos
fi; de fácil manuseio
Possui limitação para escrever 011
alterar dados
Proporciona mais pontos de
acesso do que os produtos
I.
•
JJ; atualizado somente pela
substituição por verstío mais recente
•
Falta padronização nos softwares de
recuperação de dados
�1.1
A tecnologia do CO-ROM tornou-se uma ferramenta importante para as
bibliotecas, visto que proporciona buscas ágeis, em menor tempo e com maior
qualidade, trazendo "conseqüências positivas para a imagem da biblioteca como
disseminadora de informações". (ROWLEY, 1994).
Isto terá como implicação um incremento da demanda dos serviços das
bibliotecas, com maior utilização dos recursos existentes, possibilitando um melhor
nível de atendimento ao usuário em comparação com as buscas realizadas em
produtos impressos.
O CO-ROM apresenta-se como "uma das tecnologias de suporte que já está
à disposição; bastará, portanto, usar a criatividade para empregá-Ia em todo o seu
potencial". (BRITO, 1988)
2 OBJETIVO DO TRABALHO
É objetivo do presente trabalho analisar a evolução do uso da tecnologia de
CD-ROM nos serviços oferecidos pelas bibliotecas das Instituições de Ensino
Superior Brasileiras - IES.
3 METODOLOGIA
Como instrumento para a coleta dos dados, visando atingir o objetivo
proposto, foi utilizado o questionário, considerado como a técnica mais adequada
para alcançar uma população geograficamente dispersa. (PINHEIRO, 1990).
Montou-se um questionário contendo três blocos de perguntas, com tópicos
abrangendo "Dados de Identificação", "Bases de Oados em CO-ROM" e "InfraEstrutura" (Anexo 1).
O questionário foi enviado pelo correio para 264 bibliotecas de instituições de
ensino superior brasileiras, que constituíram o cadastro das IES beneficiadas pela
�1.1
aquisição de títulos periódicos e de bases de dados em CO-ROM, financiados pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, em 1995.
Uma carta acompanhou o questionário, enfatizando o objetivo da pesquisa e
solicitando a devolução do mesmo, num prazo de 10 dias, dada a exigüidade do
tempo para apresentação dos resultados.
Após o recebimento das respostas foi gerado um banco de dados que permitiu
a tabulação das informações para efetuar a análise e discussão dos resultados.
Essa metodologia possibilitou o estabelecimento de algumas recomendações que
servirão como subsídios para elaboração ou reformulação das políticas de serviços
nas bibliotecas.
4 RESULTADOS OBTIDOS
Foram recebidos 156 questionários, referentes a 181 bibliotecas do universo
utilizado para a pesquisa, visto que algumas bibliotecas centrais responderam,
englobando dados de suas bibliotecas setoriais. Sendo assim, o índice de respostas
correspondeu a 68,6% do total de bibliotecas consultadas, porém considerou-se
como base para o estudo os 156 questionários preenchidos.
Após o término da tabulação dos dados foram recebidos ainda seis (6)
questionários que abrangiam informações de sete (7) bibliotecas, que não foram
computados na pesquisa.
Foram tabuladas apenas as questões que permitiram a quantificação das
respostas, sendo também realizada uma análise qualitativa desses dados.
30
�1.1
Os dados não tabulados restringiram-se à identificação das bibliotecas.
O documento contendo a síntese das respostas constitui o Anexo 2.
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
00 universo de 156 respondentes, trabalhou-se com 148 bibliotecas
universitárias (94,9%) e 8 bibliotecas de institutos de pesquisa (5,1%).
Sobre a utilização da tecnologia de CO-ROM, para prestação de serviços,
identificou-se que 126 bibliotecas (80,8%) fazem uso de CO-ROM e 30 (19,2%)
responderam negativamente.
Salienta-se, no entanto, que apenas 73 bibliotecas das 264 que constam do
cadastro de aquisição da CAPES de 1995 solicitaram financiamento para
assinaturas de bases de dados em CO-ROM. Conclui-se que as demais bibliotecas
(53) que utilizam esta tecnologia dispõem de outras fontes de recursos.
Em relação ao ano em que a tecnologia foi adotada, observou-se que um
pequeno número das bibliotecas estudadas começou a utilizá-Ia na década de 80,
atingindo uma aplicação mais significativa na década seguinte. O gráfico a seguir
demonstra a evolução deste uso nas bibliotecas.
Analisando-se as etapas que precederam a implantação do serviço, 72
bibliotecas (57,1%) informaram que planejam ou avaliam serviços oferecidos. As 53
bibliotecas
restantes
(42,1%)
não
realizam
estes
tipos
de
atividade.
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.o
�1.1
Em se tratando de mecanismos prévios de planejamento e avaliação, 48
bibliotecas (38,1 %) desenvolvem estudos de usuários/demanda de informações; 23
bibliotecas (18,2%) realizam avaliação de desempenho de serviço já em operação
e 17 bibliotecas (13,5%) promovem estudo de uso de coleções. Algumas
bibliotecas adotam mais de um destes instrumentos para planejamento e avaliação.
Quanto aos serviços oferecidos a partir do uso da tecnologia de CO-ROM,
o mais disponível é o de Pesquisa Bibliográfica, realizado por 109 bibliotecas
(86,5%), sendo que destas, 88 oferecem-no ainda a usuários externos. Em
segundo lugar, apresenta-se o serviço de acesso a bases de dados estrangeiras
em 104 bibliotecas (82,5%), das quais 82 facilitam-no, também, a usuários
externos. Outra atividade que se destaca é a comutação bibliográfica, exercida
em 101 bibliotecas (80,2%), onde 65 bibliotecas também a oferecem a usuários
externos. Os demais serviços podem ser identificados no Quadro 2, a seguir.
QUADRO 2 - SERViÇOS OFERECIDOS UTILIZANDO A TECNOLOGIA DE CD-ROM
N. o Bicas.
%
Pesquisa bibliográfica
109
86,5
Acesso a bases estrangeiras
10-1
82,5
COMUT
101
80,2
Acesso a bases nacionais
100
79,-1
Busca retrospectiva
100
79,-1
Treinamento informal do usuário
86
68,3
Empréstimos entre bibliotecas
81
6-1,3
Acesso a documento no exterior
73
57,9
Treinamento formal do usuário
62
-19,2
Disseminação Seletiva de Informação
35
27,8
Serviços
�1.1
Em relação à divulgação das bases de dados em CO-ROM entre seus
usuários, 119 bibliotecas (94,4%) promovem esta atividade e 7 bibliotecas(5,6%)
não efetuam qualquer tipo de divulgação deste serviço.
Dos meios utilizados para difundir as bases de dados em CO-ROM, o que
mais se destacou foi o treinamento de usuários, o qual é realizado por 83
bibliotecas (65,9%), seguido da distribuição de folders, elaboração de catálogos e,
por último, divulgação por meio eletrônico.
Sobre a avaliação de desempenho dos serviços
a partir do uso da
tecnologia de CO-ROM, 96 bibliotecas (76,2%) não realizaram, até o momento,
uma avaliação; enquanto que 28 bibliotecas (22,2%) fizeram uso deste instrumento
de mensuração. Estatísticas de uso do serviço foram os meios mais utilizados
pelas bibliotecas que executaram avaliação. Duas bibliotecas deixaram de
responder a esta questão.
Como conseqüência da avaliação, 26 bibliotecas (20,6%) aproveitaram seus
resultados para aperfeiçoamento dos seus serviços.
Analisando-se a questão da infra-estrutura necessária ao uso da tecnologia
de CO-ROM, verifica-se que 77 bibliotecas (61,1 %)
adequadas e 49 bibliotecas (38,9%),
contam com condições
apresentam alguma deficiência na infra-
estrutura para a realização dos serviços, destacando-se a insuficiência de
equipamentos, identificada em 33 bibliotecas; a inexistência de equipamentos, em
14; e equipamentos incompatíveis em 9 bibliotecas. Duas bibliotecas não
informaram sobre a questão.
Enfocando-se o aspecto da capacitação de pessoal que opera este tipo de
tecnologia, 76 bibliotecas (60,3%) afirmam que realizam treinamento e 49
bibliotecas (38,9%) não promovem esta atividade para seus funcionários. Uma
biblioteca não respondeu à pergunta.
Quanto à disponibilização da tecnologia de CO-ROM para acesso remoto,
ou seja, utilização em rede, 12 bibliotecas (9,5%) oferecem esta modalidade de
serviço; enquanto que 113 bibliotecas (89,7%), não facilitam este tipo de acesso.
No caso de existência desse acesso remoto, constatou-se que a implantação do
�1.1
serviço surgiu no final da década de 80, tendo sua maior ênfase no ano de 1995. O
Quadro 3 a seguir apresenta a evolução da criação deste serviço.
QUADRO 3 -IMPLANTAÇÃO DA TECNOLOGIA DE CO-ROM EM REDE
ANO
N. o BTCAS.
1987
1
1988
1
1989
1
1990
1
1991
1
1992
1
1994
1
1995
3
1996
1
TOTAL
11*
. .
.,. Uma biblIoteca não I11formou o ano em
que este serviço foi iniciado.
Sobre a consulta às bases de dados em CO-ROM, 79 bibliotecas (62,7%)
informaram que ela é feita tanto pelo pessoal da biblioteca quanto diretamente
pelos usuários; 43 bibliotecas (34,1 %) responderam que somente o pessoal da
biblioteca realiza esta atividade; e em 4 bibliotecas (3,2%) a consulta é feita
diretamente pelo usuário.
Revendo-se os resultados obtidos, chega-se às seguintes constatações:
1.
um número elevado das bibliotecas pesquisadas já utiliza a tecnologia
de CO-ROM;
2.
esta tecnologia vem sendo aplicada desde 1982, ainda que em apenas
uma biblioteca do universo pesquisado, sendo que nessa década de 80
as bases de dados mais consultadas cobriam a área de Ciências
3.
Biomédicas;
�1.1
4.
a expansão do uso desta tecnologia evidencia-se a partir do início dos
anos 90, com o surgimento de novas bases de dados cobrindo outras
áreas do conhecimento;
5.
aproximadamente 60% das bibliotecas que fazem uso do CO-ROM
executaram planejamento ou avaliação, precedendo a implantação
desta tecnologia; salienta-se, no entanto, que a pesquisa não solicitou
às bibliotecas explicitação sobre estas técnicas;
6.
dentre as atividades de planejamento/avaliação, a mais praticada foi a
de estudos de usuários;
7.
dentre os serviços oferecidos utilizando-se o CO-ROM,
o que
apresentou índice mais alto foi a pesquisa bibliográfica, realizada por
cerca de 90% das bibliotecas;
8.
outros serviços que foram muito apontados nas bibliotecas (em mais de
80% delas) foram os de acesso a bases de dados nacionais e
estrangeiras e a comutação bibliográfica, que se constitui numa
atividade decorrente das primeiras;
9.
os serviços provenientes da aplicação desta tecnologia são oferecidos,
nas bibliotecas, tanto para usuários internos quanto para usuários
externos, sendo que para estes um número menor de bibliotecas os
disponibiliza. (Ver Quadro 2);
10. a divulgação das bases em CO-ROM é realizada por cerca de 95% das
bibliotecas; poucas bibliotecas não efetuam a promoção deste recurso;
11. entre os mecanismos utilizados para difusão das bases de dados, o
treinamento
de
usuários
apresentou
a
taxa
mais
elevada
(aproximadamente 70%);
12. poucas bibliotecas já realizaram avaliação de desempenho deste
serviço; sendo que a maioria destas aproveitou os resultados para
aperfeiçoamento dos seus serviços;
13. grande parte das bibliotecas conta com infra-estrutura adequada para a
operacionalização do serviço com CO-ROM e entre as que apresentam
infra-estrutura inadequada, a insuficiência de equipamentos é a mais
freqüente;
36
�1.1
14. muitas bibliotecas promovem treinamento do pessoal que opera as
bases em CO-ROM;
15. o acesso remoto às bases de dados é oferecido por poucas bibliotecas
do universo estudado, e esta facilidade só foi implementada a partir de
1987;
16. na maioria das bibliotecas, a operacionalização das bases de dados é
feita tanto pelo pessoal da biblioteca quanto pelos usuários.
6
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Avaliando-se os resultados obtidos, observa-se um dado relevante para a
comunidade acadêmica, pelo fato de o serviço de pesquisa bibliográfica ser
oferecido por quase toda a totalidade das bibliotecas da amostra estudada, que
vem a facilitar o desenvolvimento da produção científica nas universidades. O
acesso às bases de dados nacionais e estrangeiras e a busca retrospectiva,
considerados como serviços de vital importância para a difusão do conhecimento,
também apresentam um bom índice de aplicabilidade. Estas facilidades vêm ao
encontro das afirmativas de ROWLEY (1994 ) em seu trabalho sobre recuperação
da informação. Sabe-se, no entanto, que estes serviços provocam no usuário uma
expectativa muito alta em relação à obtenção do documento primário e, nem
sempre, as bibliotecas possuem infra-estrutura necessária ao atendimento desta
demanda.
A
vantagem
desta
tecnologia,
em
sua
alta
capacidade
de
armazenamento, tem, de certa forma, minimizado esta deficiência, com a
disponibilização de bases de dados contendo textos completos dos documentos.
Embora um número significativo de bibliotecas já utilize a tecnologia de COROM, este uso ainda não atinge toda a sua potencialidade, como foi demonstrado
na constatação da prática ainda pouco regular de planejamento na implantação de
serviços, bem como de procedimentos de avaliação, que fazem com que os
mesmos não alcancem pleno êxito.
Pode-se depreender que estas limitações são justificadas pela inexperiência
na aplicação desta nova tecnologia nos serviços de informação, aliando-se ao fato
de este uso ser relativamente recente nas bibliotecas universitárias.
�1.1
Oe uma maneira geral, o resultado da pesquisa revela a evolução e a
modernização nos serviços oferecidos nas bibliotecas universitárias. Ainda assim,
sugerem-se algumas recomendações:
• expansão de serviços de maior impacto para os usuários, como os
serviços de alerta e disseminação seletiva da informação, através do uso
das novas tecnologias nas bibliotecas;
• oferecimento de novos serviços, como o de análise de informação,
gerando produtos de informação com valor agregado;
• aperfeiçoamento de atividades de planejamento e avaliação de serviços
que, juntamente,
com uma retro-alimentação concorrerão para a
satisfação das demandas dos usuários das bibliotecas;
• desenvolvimento de políticas de seleção de periódicos, apoiando-se na
disponibilidade de títulos contidos nas bases em CO-ROM, com texto
completo, promovendo uma substituição por títulos novos, não existentes
no acervo;
• maior investimento em infra-estrutura de redes nas instituições, com o
objetivo de disponibilizar o acesso remoto às bases em CO-ROM,
eliminando a desvantagem de acesso limitado a essas fontes e
otimizando seu uso;
• desenvolvimento
de
programas
de
capacitação
de
pessoal
das
bibliotecas, visando o domínio dessas novas tecnologias e seu repasse
na atividade de treinamento de usuários;
• garantia de alocação de recursos financeiros para aqUlslçao de
equipamentos e acervo de materiais bibliográficos em suporte CO-ROM,
dadas as vantagens apresentadas por esta tecnologia.
Cabe ressaltar, para finalizar, que não se pode visualizar a tecnologia de
CO-ROM como uma resposta para todas as questões nas bibliotecas. Faz-se
necessário continuar a perseguir a missão principal das bibliotecas, que é a de
auxiliar os usuários a encontrar a informação que eles precisam em qualquer
suporte em que ela se encontre.
�1.1
ABSTRACT
Analyses the evolution of the use of CD-ROM technology in the services offered by
the Brazilian university libraries which benefitted from the acquisition of journals
and CD-ROM databases, financed by the Brazilian Ministry of Education
(MEC/CAPES) in 1995. Advantages and disadvantages of this technology and its
application in the various library services are described. Conclusions are drawn,
and some suggestions made regarding the modernization and optimization of
services, with a view to user satisfaction.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ANDRADE, M.T.D. de, CUENCA, A.M.B., NORONHA, D.P. Uso do CD-ROM na
recuperação e disseminação da informação: experiência em biblioteca
universitária. Ciência da Informação, Brasília, v.19, n.1, p.79-85,
jan.ljun.1990.
2 BRITO, C. J. Disseminação de informação e a tecnologia do CD-ROM. Ciência
da Informação, Brasília, v. 17, n. 1, p. 3-13, jan.ljun.1988.
3 CUNHA, M.B. da. As tecnologias de informação e a integração das bibliotecas
brasileiras. Ciência da Informação, Brasília, v .23, n. 2, p.182-189,
maio/ago.1994.
4 LANCASTER, F.W. Threat or opportunity? The future of library services in the
light of technological innovations. Revista Espanola de Documentación
Científica, Madrid, v. 15, n. 5, 1992.
5 L1NE, M.B. Libraries and information services in 25 years' time: a British
perspective. In: LANCASTER, T.W. (Ed.). Libraries and the future: essays
on the library in the twenty - first century. New York : Haworth Press, 1992.
6 MERCADANTE, Leila M. Z. Univer~idade, biblioteca e prestação de serviços: a
realidade brasileira. In: SEMINARIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 6. , 1989, Belém. Anais ... Belém: Supercores, 1990.
7 PENNIMAN, W.D. Shaping the future for libraries through leadership and
In: LANCASTER, T.W. (Ed.). Libraries and the future:
research.
essays on the library in the twenty - first century. New York : Haworth Press,
1992.
39
�1.1
8 PINHEIRO, L.V.R. Comunidade acadêmica e informação: expectativas,
frustrações e perspectivas. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 6., 1989, Belém. Anais ... Belém: Supercores, 1990.
9 ROWLEY, J. Informática para bibliotecas. Trad. de Antonio Agenor Briquet de
Lemos. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 1994. pt.2:
�1.1
ANEXO 1
PESQUISA:
Serviços oferecidos através do uso da tecnologia
de CD-ROM nas bibliotecas das Instituições de Ensino Superior
Brasileiras.
QUESTIONÁRIO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
~
Nome completo da biblioteca:
~
Biblioteca universitária? ( ) sim ( ) não
Y Endereço completo:
~
~
Telefone(s), indicando ramal, quando houver:
~ Fax:
~
____________________--________----_____________
Correio eletrônico: ________________________
�1.1
BASES DE DADOS EM CD-ROM
(Considerar uso de CO-ROM a utilização de qualquer fonte de infonnação neste
suporte para prestação de selViços da biblioteca, por ex. catálogo coletivo em
CO-ROM).
~
A biblioteca utiliza a tecnologia de
()sim
( ) não
~
Se afinnativo, a partir de que ano? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
~
Se negativo, devolva o questionário ao endereço constante no final do mesmo.
~
A implantação do uso de bases de dados em CD-ROM foi precedida de algum
planejamento ou avaliação de serviço em operação?
( ) não
( ) sim
~
Se afinnativo, assinale o tipo:
( ) estudo de usuários/demanda de infonnação;
( ) estudo de uso de coleções;
( ) avaliação de desempenho de serviço já em operação;
( ) outro(s). Especifique.
~
Que tipos de selViços são oferecidos/realizados utilizando-se fontes de
infonnação ou bases de dados em CO-ROM. Considerar a definição dos
serviços descrita em anexo, para a correta interpretação dos mesmos.
CO-ROM
para prestação de sClViços?
Assinalar os serviços oferecidos indicando, quando for o caso, se são para
usuários internos e/ou para usuários externos.
�1.1
1
U. Int.
U. Ext.
= usuários intemos
= usuários extemos
U. lot.
Serviços (*)
U. Ext.
Empréstimos entre bibliotecas (solicitação)
Comutação bibJioh'Táfica - COMUT (solicitação)
Acesso a documentos no exterior
Disseminação seletiva da informação -
OSI
Busca retrospectiva
Pesquisa bibliográfica (ou levantamento bibliográfico)
Treinamento infonnal do usuário
Treinamento fonnal do usuário
Acesso a bases de dados nacionais
Acesso a bases de dados estrangeiras
Outros. Especifique
(*)
A relação de serviços e sua definição foram extraídos do formulário do Projeto Centro Referencial da
UFRJ.
~ A biblioteca promove a divulgação das bases de dados em CO-ROM entre seus
usuários? ( ) sim
( ) não
I
~ Se afinnativo, especifique através de que meios.
(
(
(
(
(
(
).folders;
) guia de usuários;
) catálogos das bases de dados em
) eletronicamente;
) treinamento de usuários;
) outro(s). Especifique.
CO-ROM;
�1.1
~
Desde que o uso da tecnologia de CD-ROM é utilizada pela biblioteca já foi
realizada alguma avaliação de desempenho dos serviços?
( ) não
( ) sim
~
Se afirmativo, qual o tipo de estudo ou pesquisa realizada para a avaliação?
~
Os resultados obtidos foram aproveitados para aperfeiçoamento dos serviços?
( ) não
( ) sim
INFRA-EsTRUTURA
~
A biblioteca contou desde o início do uso da tecnologia de CD-ROM com a
infra-estnltura necessária aos serviços?
( ) sim
( ) não
~ Dispunha dos equipamentos adequados?
( ) sim
( ) não
~
Se negativo, assinale o motivo.
( ) inexistência de equipamentos;
( ) equipamentos insuficientes;
( ) equipamentos incompatíveis;
( ) outro(s). Especifique.
~
Houve treinamento para o pessoal da biblioteca que opera o material com
suporte em CD-ROM?
( ) sim
( ) não
~ Se negativo, explique como o pessoal absorveu o uso desta tecnologia para
prestar os serviços aos usuários.
�1.1
A biblioteca disponibiliza o acesso remoto (multi usuários) a bases de dados em
CD-ROM (= CD-ROM em rede)?
( ) não
( ) sim
~
Se afinnativo, a partir de que ano? _ _ __
~
O Uso das bases de dados em CD-ROM é realizado.
( ) somente pelo pessoa] da biblioteca para atender os usuários~
( ) diretamente pelo usuário;
( ) pelo pessoal da biblioteca e pelo usuário diretamente.
Observações (que julgar necessárias aos itens do questionário):
Nome do bibliotecário infonnante:
Função: _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Data: _ _ _ __ ______________ _____________
DEVOLUÇÃO ATÉ O DIA 15/08/96
II
ENVIO (POR FAX E CORREIO) PARA O ENDEREÇO (CONFIRMAR POR TEL. O
ENVIO DO FAX):
BIBLIOTECA CENTRAL / SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO - SIBI
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
PRÉDIO DO FORUM DE CIÊNCIA E CULTURA
AV. PASTEUR, N° 250 - TÉRREO - SALA 106
22.295-900 - RIO DE JANEIRO - RJ
TEL: (021) 295-1595 R. 122 c 123
FAX: (021) 295-1397 e 295-2346
TEL/FAX: (021) 260-5522 R. 225
�1.1
ANEXO
DEFINIÇÃO DOS SERVIÇOS
EMPRÉSTIMO ENTRE BIBLIOTECAS (SOLICITAÇÃO) - solicitação pela biblioteca de
um documento que não faça parte de seu acervo a outra biblioteca.
COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA - COMUT (SOLICITAÇÃO) - solicitação de fotocópias
de documentos a acervos de outras bibliotecas, através dos cupons COMUT como
biblioteca-solicitante.
ACESSO A DOCUMENTOS NO EXTERIOR - solicitação de fotocópias de documentos
localizados no exterior.
DSI (DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO) - divulgação periódica de
referências bibligráficas recentes sobre um assunto especializado a partir de bases de
dados em CO-ROM e de acordo com o perfil de interesse do usuário, de um grupo ou
instituição.
BUSCA RETROSPECTIVA (AUTOMATIZADA) - levantamento bibliográfico a pedido a
partir de bases de dados em CD-ROM, em que o usuário especifica as características da
literatura que necessita, como assunto, período de tempo, idioma etc.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA (OU LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO) - coleta de
referências bibliográficas de documentos do acervo das bibliotecas, sobre um
determinado assunto especializado, dentro de um período e idiomas previamente
estabelecidos pelo usuário.
TREINAMENTO INFORMAL DO USUÁRIO - atividade assistemática planejada e
utilizando procedimentos, para ensinar os usuários a melhor utilizar o acervo, os
catálogos e serviços, isto é, os recursos informacionais da biblioteca.
TREINAMENTO FORMAL DO USUÁRIO - atividade sistemática planejada e utilizando
procedimentos específicos para ensinar o usuário a melhor utilizar o acervo, os
catálogos e serviços, isto é, os recursos informacionais da biblioteca.
ACESSO A BASES DE DADOS - recuperação de qualquer tipo de dado, seja
bibliográfico, estatístico, econômico ou factual, em bases nacionais ou estrangeiras,
em CO-ROM.
�ANEXO 2 - Si!'JJ:~S ~D~S RESPOSTAS QA PESQUISA
TOT~L_
~iblioteca universitária?
LJ sim
U nao
A biblioteca utiliza a tecnolQ9@de CD-ROM para p~_staçao de serviços?
U sim
I( ) nao
-
%-
_ _ 1~8
8
_~ ,~I1 8
12§.
30
80 769~
19,2308
M28~
§.e afirm~ti.v.9J---ª-.Rartir de gue ano?
Se neaativo devolva o Questionário ao endereco constan~e no final do mesmo.
A imolant. do uso de bas. dadoCD-ROM foi p-recedida de aIgU!!LPJ1l.!lej. ou aval. de s~-,v . em o~~a.çao?
72, ~.1 42~
L ) sim
53 ~2,Q.!335
L J nao
Se afirmativo, assinale o tip-o:
48 38,0952
U estudo de usuários/demanda de informaçao·
17 13,492j
I( ) estudo de uso de coleçoes·
U avaliacao de desemoenho de servJçQjá em o~raçao;
4;! _ 18,25.1
Empréstimos entre bibliotecas (solicitacao)
81 64,?8?7
u.int.
38 ~Q, 1587
u.ext.
Comutaçao bibliográfica - COMUT ~olicitaçao)
101 80,1587
u.int.
65 ~, 5873
u.ext.
Acesso a documentos no exterior
73 _ ~L~65
u.int.
42 ~ ,333~
u.ext.
Disseminacao seletiva da informacao - DSI
--35 _ 2L777f,J
u.lnt.
9 714286
u.ext.
Busca retrosp-ectiva
100 793651
u.int.
77 61 1111
u.ext.
Pesguisa bibliográfica (ou levantamento bibliQ9ráfico)
109 86,5079
u.int.
88 69,8413
u.ext.
Treinamento informal do usuário
86 ~ 254
u.int.
48 38,0952
u.ext.
Treinamento formal do usuário
62 49,2063
u.int.
12 952381
u.ext.
Acesso a bases de dados nacionais
100 _ ·UI,;l-º51
u.int.
80 634921
u.ext.
47
�Acesso a bases de dados estranoeiras
104
82 ~2. 5391
u.int.
6510794
u.ext.
A biblioteca ~romove a divulgª çao das bases de dados em CO-ROM entre seus usuários?
119 ~. 44't4
U sim
7 -2, 55556
U nao
Se afirmativo especifigue através de que meios.
63 ,
50
(~ folders'
30
~1
8095
)
gula
de
usuários;
(
. __M ~§. 9841
( ) catálogos das bases de dados em CO-RO~;
23
18,254
U eletronicamente'
83
65,873
( ) treinamento de usuários'
~que o uso da tecn . CO-ROM_~ util iz..!....R e1a bib. lá foi realizadaJllguma aval. de d ,ª~m p~os _servL
28 22,~222
( ) sim
96 1_] 6J 1905
U nao
Os resultados obtidos foram a~roveitados para aperfeiçoamento dos servicos?
26 20,6349
( ) sim
8 6,3492.1
U nao
A bib. contou desde o inicio do uso da tecn.de CO-ROM com a infra-estrutura nec~~§rla aos serv.?
U
U
sim
nao
J 7. .
6 ~_,jJjj
49
38.!J!!89
75
49
595238
388889
O~unha dos equipamentos adequados?
I( ) sim
LJ nao
Se neaativo assinale o motivo.
14 11 ...1111
I( ) inexistência de eauioamentos;
33 261905
I( ) equioamentos insuficientes'
9 714286
~CJ.!!iQamentos incomp-ativeis'
Houve treinamento ~ara o pessoal da biblioteca que opera o material com suporte em CO-ROM?
76 60~
U sim
49 388889
U nao
Abib. disponibiliza o acesso remoto (multiusuários) a bases dados em CO-ROM (= CO-ROM em rede)L
( ) sim
( ) nao
Se afirmat~artir de que ano?
O Uso das bases de dados em CO-ROM é realizado.
i( ) somente oelo oessoal da biblioteca para atender os usuários'
( ) diretamente ~elo usuário;
I( ) oelo oessoal da biblioteca e oelo usuário diretamente.
12 J ,52381
113 89,6825
43
4
79
34127
3,1746
626984
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Evolução do uso da tecnologia de CD-Rom nas Bibliotecas das Instituições de Ensino Superior Brasileiras.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Perez, Dolores Rodriguez; Russo, Mariza
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A pesquisa analisa a evolução do uso da tecnologia de CD-ROM nos serviços oferecidos pelas bibliotecas das Instituições de Ensino Superior Brasileiras - IBS, que constituíram o cadastro das instituições beneficiadas pela aquisição de títulos de periódicos e de bases de dados em CD-ROM, financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, em 1995. Descreve as vantagens e desvantagens do uso dessa tecnologia e sua aplicação nos diversos serviços das bibliotecas. Apresenta conclusões e sugere algumas recomendações quanto à modernização dos serviços e sua otimização, visando a satisfação das demandas dos usuários das bibliotecas.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4745/SNBU1996_053.pdf
cf23010f52da12bee2e25ee66d1843f5
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Text
6.16
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIDADE
DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC 1984 A 1994
Elisa C.D.Corrêa*
RESUMO
Pesquisa realizada com a finalidade de resgatar a história da BU/UDESC,
abrangendo o período de 1984 a 1994.
São analisados dados referentes à
atuação da BU/UDESC nas áreas administrativa, Recursos Humanos, acervo,
processamento técnico e prestação de serviços. São apresentados os resultados,
as conclusões e recomendações com base na pesquisa e na literatura analisada.
1 INTRODUÇÃO
A Universidade Brasileira, desde a reforma do ensino superior, efetivada com
a Lei Federal número 5.540/68, vem desempenhando um papel de extrema
importância para o desenvolvimento do País. É através dela que o Brasil tem sido
servido da atuação de profissionais capacitados e habilitados, especializados nas
mais diversas áreas do conhecimento. Conclui-se, desta forma, que há uma estreita
ligação entre o desenvolvimento do ensino superior e o desenvolvimento do País.
Por trás de todo esse processo, as universidades contam com o importante
suporte oferecido pelas bibliotecas universitárias, que têm se constituído em
um dos
principais instrumentos utilizados pelas universidades no alcance de seus
objetivos (MIRANDA, 1978).
*
À época da pesquisa, estudante da 7ª fase do Curso de Biblioteconomia, bolsista do Programa de
Iniciação Científica do CNPq. Atualmente, Bacharel em Biblioteconomia- área Bibliotecas
Especializadas e Universitárias e professora substituta do Depto.BDC da Univ.Federal de SC.
�6.16
É através das bibliotecas universitárias que as instituições de ensino superior
tem suprido sua demanda de informação mais sofisticada e específica, exigida a
partir da necessidade de um aprofundamento do nível de especialização do
professorado brasileiro (LIMA, 1978).
Segundo LIMA (1978), o papel exercido pela biblioteca universitária é de
extrema importância, pois a verdadeira reforma do ensino superior no Brasil passa
necessariamente por uma reforma no conceito de biblioteca universitária, de
maneira a transformá-la em um "instrumento dinâmico de transferência de
conhecimentos".
Para que tal reforma aconteça, é necessário que se proceda uma reflexão em
relação aos diversos aspectos que dizem respeito às bibliotecas universitárias,
sempre com o objetivo de otimizar os serviços que elas prestam aos seus usuários.
De posse destas premissas, este trabalho se propôs a analisar historicamente
a BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA UDESC (Universidade do Estado de Santa
Catarina) em seus dez anos de atuação, apresentando um balanço histórico no
período de 1984 a 1994, com a finalidade de obter e analisar dados que possam ser
úteis para o desenvolvimento da mesma num futuro bem próximo.
Desta forma, a pesquisa em questão teve como objetivo geral avaliar a
atuação
da Biblioteca Universitária nos seus últimos dez anos de atuação,
compondo um quadro histórico de evolução, sob os pontos de vista Administrativo,
do acervo, dos recursos humanos, do processamento técnico e da prestação de
serviços.
Seus objetivos específicos foram:
�6.16
a) verificar a adequação da estrutura organizacional adotada em relação ao
modelo da Universidade;
b) avaliar o crescimento quantitativo do acervo;
c) observar a expansão e qualificação dos recursos humanos;
d) conhecer os serviços-fins oferecidos aos usuários da BU/UDESC.
Para atingir seus objetivos, utilizou-se a seguinte metodologia:
− leitura da documentação pertinente à Biblioteca ( Regimento, Estatuto);
− levantamento de dados referentes à estrutura organizacional,
processamento técnico, recursos humanos, acervo e serviços-fins,
através de consultas a relatórios técnicos e arquivos do Núcleo da BU e
das bibliotecas setoriais;
− entrevistas semi-estruturadas com as bibliotecárias responsáveis pelas
bibliotecas setoriais e diretoras de gestões anteriores e da gestão atual.
A finalidade deste estudo é proporcionar, tanto à BU/UDESC, quanto à
própria Universidade, informações que sirvam como subsídios para uma reflexão
mais ampla e que contribuam para o desenvolvimento de ambas, e como já foi dito,
contribuam conseqüentemente, para o desenvolvimento do País.
�6.16
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
3.1 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
A BU/UDESC foi implantada em 20 de junho de 1984, pela Resolução nº
001/84 do CONSEPE, com o seguinte objetivo: "oferecer suporte informacional aos
programas de ensino, pesquisa e extensão para a UDESC" (UDESC, 1984).
Na publicação "Conheça a UDESC" (v. 1, 1991), publicada pela própria
Instituição, a BU recebe a seguinte definição:
A
biblioteca
universitária
de
natureza
técnico-didático-administrativa,
supervisionada pela Pró-Reitoria de Ensino, com ação em toda Universidade. Dada
a situação física espacial peculiar da Udesc, que se caracteriza como multi-campi, a
Biblioteca Universitária adota um sistema de centralização parcial. Seu modelo
abriga um núcleo central de natureza administrativa e técnica, que é responsável
pela execução dos serviços indiretos aos usuários de seis Unidades Setoriais, que
são responsáveis pelo atendimento direto aos usuários.
A definição acima resume o objeto de estudo da presente pesquisa, servindo
como ponto de partida para a descrição das atividades executadas, bem como dos
dados obtidos e de suas respectivas análises e conclusões.
A BU é um órgão suplementar da UDESC, vinculada à Pró-Reitoria de
Ensino, e é composta por um Núcleo Central localizado no prédio da Reitoria, no
bairro do Itacorubi - Florianópolis, e por seis bibliotecas setoriais, a saber: FAED,
ESAG, CEART E CEFID em Florianópolis, CAV em Lages e FEJ em Joinville.
Segundo dados obtidos no Regimento Interno da BU, a mesma possui a
seguinte estrutura organizacional: Direção;
Secretaria;
Divisão de Formação,
Desenvolvimento e Preservação do Acervo; Divisão de Assistência e Orientação ao
�6.16
Usuário; Divisão de Processamento Técnico; Divisão de Cooperação entre
Bibliotecas; Bibliotecas Setoriais.
A direção da BU cabe a diretora, enquanto que as divisões e bibliotecas
setoriais são dirigidas por chefias subordinadas, também, ao Núcleo da BU.
À diretora cabe a supervisão, orientação e controle de todas as atividades da
BU, representá-la nas reuniões da UDESC, proceder a designação dos Chefes das
Divisões e Bibliotecas Setoriais, delegando, inclusive, competências às chefias.
A Divisão de Formação, Desenvolvimento e Preservação do Acervo dispõe de
uma bibliotecária responsável pela execução de serviços que objetivam "garantir o
crescimento planificado do acervo em termos de pertinência e relevância e em grau
de quantidade e excelência com os conteúdos de ensino, pesquisa e extensão"
(Regimento Interno/BU).
A Divisão de Processamento Técnico é composta por três bibliotecárias e tem
como objetivo preparar tecnicamente todo material informacional, remetendo-o
pronto para as setoriais, dentro do menor espaço de tempo possível.
As bibliotecas setoriais são unidades cujas atribuições são: assistência,
orientação e treinamento de usuários na utilização da biblioteca, manutenção de
catálogos e arquivos organizados e atualizados, empréstimo, serviços especiais
como comutação bibliográfica, empréstimos inter-bibliotecários, divulgação do
acervo e serviços da biblioteca, estatística diária e acumulada de consulta,
empréstimo e prestação de serviços especiais. Além disso, deve prestar relatório de
atividades ao Núcleo e enviar listagem de material bibliográfico a ser adquirido.
Segundo MERCADANTE (1990),
a escolha de estruturas organizacionais não se dá por acaso. Tem que se considerar
o aspecto histórico da instituição como um dos principais fatores determinantes da
�6.16
adoção de medidas de estruturação numa organização...É importante, porém, que
se reflita sob a ótica administrativa em que o processo de desenvolvimento de uma
instituição acontece, a sua estruturação, e a que ela deve atender.
Esta afirmação torna-se real no caso da BU/UDESC.
Uma vez que a
instituição adota o sistema multi-campi, a distribuição em bibliotecas setoriais tornase o meio viável de suprir as necessidades informacionais dos centros pertencentes
à universidade, dispersos em três campi, conforme já visto anteriormente.
Na opinião da bibliotecária Maria Helena KRÜGER, diretora da BU em 1991,
"a estrutura utilizada pela BU/UDESC, que adota o modelo multi-campi, é a ideal.
Imagine cada centro comprando e processando todo o material informacional. Isto,
em termos de custos, se torna violento, sem falar no descontrole que seria gerado,
no sentido de que o acervo da BU seria muito difícil de ser controlado pela UDESC.
Isto está provado que não resolve."
Embora seja adequado o modelo adotado, ele acarreta alguns problemas,
principalmente pela distância entre o Núcleo e as Setoriais, especialmente os campi
de Joinville e Lages. A demora da chegada dos livros à estante tem gerado
descontentamento por parte dos Centros.
A distância física provoca morosidade ainda maior em todo o processo de
aquisição, processamento e envio de material bibliográfico, que por si só já costuma
ser lento. Um outro problema, de ordem administrativa, reside no fato de que as
chefias das Bibliotecas Setoriais são indicadas pelos diretores de cada centro,
ficando implícita uma subordinação direta das chefias junto aos diretores de centro.
Muito embora o Regimento seja claro em afirmar que a indicação das chefias das
Setoriais cabe à direção da BU e que é ao Núcleo que as mesmas estão
�6.16
subordinadas, na prática isto não ocorre. Tal fato torna ainda mais burocráticos os
procedimentos e a comunicação entre o Núcleo e as Setoriais.
Embora haja um certo consenso com relação ao tipo de estrutura adotado, há
divergências de opiniões. No período da pesquisa, a diretora da BU, Maria Zulmira
P. QUITES, afirmou que uma mudança do tipo "desativação do núcleo" não seria
apropriada, uma vez que surgiriam alguns problemas como duplicação de serviços,
dificuldades em controlar o acervo e a aquisição, além de gastos extras com
aquisição de material e adequação física das Setoriais.
No que diz respeito à morosidade do processo burocrático de aquisição,
sabe-se que o mesmo costuma ser lento pela sua própria natureza. Em qualquer
instituição pública serão encontradas as mesmas dificuldades.
Outro fator determinante, que será abordado posteriormente, é o reduzido
número de profissionais atuando no Núcleo, especificamente no Setor de
Processamento Técnico.
De qualquer forma, uma conclusão a que se pode chegar é de consenso: a
situação da BU é desconfortável, e algo precisa ser feito para que o quadro seja
modificado.
�6.16
3.2 ACERVO
Em 1985, sob a direção da Profª MITSI TAYLOR, procedeu-se um inventário
no qual se levantou a quantidade de 62.130 livros e 213 títulos de periódicos. Até
então, todas as atividades de aquisição, processamento técnico e administração de
acervo corriam por conta de cada Setorial. A partir da implantação do Núcleo, estas
atividades passaram a ser centralizadas e efetuadas pela equipe que nele
trabalhava.
Atualmente, a aquisição centralizada é feita com recursos financeiros
advindos do repasse de 10% das verbas de cada Centro, efetuando-se a compra
em dois períodos previamente estabelecidos pelo Núcleo.
Nos anos de 1986 a 1989, os relatórios anuais não trazem estatística alguma
com relação ao acervo, pressupondo-se não ter havido nenhum inventário naquele
período. Apenas no ano de 1990, surgem novos números: o acervo total era de
52.619 exemplares, o que representa uma queda de quase 10.000 exemplares com
relação à primeira estatística. Em entrevista com a primeira diretora da BU, Profª
Mitsi TAYLOR, a explicação mais plausível para este fato reside em que no período
que antecede a implantação da BU, as setoriais eram as responsáveis
pelos
processamentos técnicos, os quais não obedeciam a qualquer política de ordem
técnica e administrativa, resultando em
falhas como coleções catalogadas em
duplicidade, folhetos fichados como livros, exemplares contados como títulos. Após
a criação da BU, estas falhas foram corrigidas, e o número real era, por isso, bem
menor do que se esperava, sendo constatado
quando novo inventário foi realizado.
e organizado apenas em 1990,
�6.16
A partir disto, o acervo passa a desenvolver-se de forma equilibrada,
chegando em 1994 a 59.576 exemplares.
3.3 RECURSOS HUMANOS
A maior carência da BU/UDESC, desde a sua implantação, é justamente com
relação aos recursos humanos. Através de leitura dos relatórios anuais do Núcleo,
pode-se constatar as constantes reclamações quanto ao reduzido número de
pessoal, especialmente nos serviços prestados pelo Núcleo. A ampliação do quadro
de pessoal sempre foi uma constante luta durante todas as gestões de todas as
diretorias da BU.
Em 1990, houve a contratação de três bibliotecárias e três técnicosadministrativos. Com isto, a situação foi amenizada, porém não solucionada. Em
1994, o quadro de funcionários do núcleo era o seguinte: cinco bibliotecárias (uma
na direção e quatro técnicas), um digitador e um auxiliar. Na opinião da diretora
Maria Zulmira, o ideal seria um bibliotecário responsável pelo acervo de cada
Setorial, o que só seria possível através de contratação a partir de concurso público.
Outra solução seria descentralizar o processamento técnico apenas das Setoriais
de Joinville e Lages, continuando a aquisição centralizada pelo Núcleo, tendo em
vista as facilidades de contato com o mercado livreiro na capital. Desta forma, o
Núcleo estaria menos sobrecarregado.
No que diz respeito às Setoriais, a maior carência é com relação aos
auxiliares de bibliotecas, uma vez que a demanda nos Centros é muito grande e
�6.16
poucas vagas foram abertas para contratação de pessoal. As Setoriais mais
prejudicadas com a falta de pessoal são a FEJ, o CAV e o CEFID.
A BU tem tentado amenizar a situação, contratando profissionais temporários,
agilizando o processamento técnico e o envio de material para as Setoriais.
Outro assunto diretamente ligado a Recursos Humanos é a qualificação do
pessoal, preocupação constante em todas as gestões das diretorias da BU. Desde a
sua criação, a BU tem oferecido oportunidades de atualização e aperfeiçoamento
aos profissionais a ela vinculados, através de cursos de aperfeiçoamento em
diversas áreas. Além disso, tem sido incentivada a participação dos bibliotecários
em eventos ligados à área de Biblioteconomia.
Desta forma, a BU procura dotar suas bibliotecas com pessoal qualificado
para a prestação de bons serviços junto à sua comunidade, muito embora enfrente
barreiras criadas pelos próprios profissionais que atuam nas Setoriais. É sabido que,
para que haja um verdadeiro desenvolvimento das bibliotecas e para que os
serviços prestados tenham um nível satisfatório, é de extrema importância a
disposição de cada bibliotecário no sentido de agir dinamicamente e com muita
criatividade, colocando em prática a teoria recebida nos cursos e treinamentos.
�6.16
3.4 PROCESSAMENTO TÉCNICO
A automação dos serviços técnicos em bibliotecas tem contribuído de forma
significativa para agilizar todo o processo, especialmente através da cooperação
em rede, como no caso da BU, com o Bibliodata-Calco da Fundação Getúlio Vargas.
Os primeiros contatos com a Rede Bibliodata-Calco aconteceram em meados
de 1987, sendo que o Contrato de Prestação de Serviços Técnicos pela FGV só foi
fechado em 28.03.88. A BU passa, assim, a ser membro cooperante da Rede,
encaminhando planilhas e obras classificadas e catalogadas para implantação, e
recebendo jogos de fichas catalográficas, etiquetas de lombadas e fichas de bolso
de obras já incluídas na Rede, o que permite uma considerável economia de tempo.
Em 1988, com o agravamento da falta de verbas e a constante carência de
pessoal, a BU chegou a ser desativada por um período de dois anos, até 1990. Em
consequência, o convênio com a FGV também foi desativado. A gestão seguinte, da
bibliotecária Ana Maria Juliano, teve como prioridade reativar o convênio e
incrementar a aquisição, dando continuidade aos serviços do Núcleo, que haviam
sido interrompidos. A partir daí, nas gestões que se seguiram, iniciou-se um
crescimento da produção do Setor Técnico da BU.
A maior dificuldade do Setor é exatamente a falta de Recursos Humanos, que
prejudica o andamento dos serviços e causa lentidão no processo de preparação
dos livros para envio às Setoriais.
3.5 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS-FINS NAS SETORIAIS
�6.16
Este ítem é de grande importância, uma vez que se pode afirmar que a
imagem de uma instituição como a UDESC passa necessariamente pela imagem
dos serviços prestados por suas bibliotecas.
Nas Setoriais da BU/UDESC, os serviços mais freqüentemente prestados são
os de empréstimo e consulta de material bibliográfico. Pode-se até mesmo afirmar
que na maioria das Setoriais os serviços prestados limitam-se a estes.
Algumas Setoriais como a FEJ e o CAV, oferecem serviços do COMUT. Os
serviços de divulgação de materiais novos (geralmente através de listas expostas
em murais) e visitas orientadas são os poucos serviços prestados.
Nenhuma Setorial oferece empréstimos inter-bibliotecários, treinamento aos
usuários ou serviços de disseminação seletiva de informação. Também não se
encontram disponíveis serviços de levantamento bibliográfico e, com a lentidão do
processo de informatização, ainda é impossível o acesso a bases de dados online.
Mesmo os serviços de empréstimo e consulta, que são os mais explorados, não se
encontram em ascensão.
Um fator determinante desta situação é a postura dos profissionais alocados
nas Setoriais, cuja conduta deveria ser mais dinâmica, com respeito à participação
em cursos e eventos, como já foi mencionado.
�6.16
Este não é um problema específico da UDESC. SANTANA (1989), afirma que
de modo geral, o maior e por vezes o único serviço oferecido pela biblioteca
universitária brasileira é o de empréstimo e consulta de livros aos estudantes de
graduação. Um dos aspectos mais danosos dessa situação está no fato de que ela é
encarada com naturalidade tanto pelos dirigentes e pela comunidade universitária
em geral, quanto pela maioria dos bibliotecários - os primeiros por ignorarem que
outros serviços poderiam obter desses órgãos e por considerá-los essencialmente,
um depósito de livros ao qual se recorre apenas quando é indispensável um
empréstimo, os segundos, porque já se acomodaram ao estado de indigência das
bibliotecas, como se essa situação fosse imutável e irreversível.
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
4.1 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
Considerando a estrutura multi-campi adotada pela UDESC, conclui-se que o
modelo de centralização parcial é perfeitamente adequado à uma instituição como
esta, na qual existe uma separação física entre seus campi. O processamento
técnico e a aquisição, centralizados em um núcleo junto à Reitoria, Pró-Reitorias e
Departamentos Jurídico e Financeiro, facilitam a comunicação entre Setoriais e
Administração Superior, além de proporcionar economia no sentido de evitar
duplicidade de serviços e um controle de acervo mais efetivo.
Mas isto não é suficiente. Existe, além da centralização dos serviços
técnicos, uma centralização administrativa que precisa ser respeitada, um regimento
e um organograma que precisam ser conhecidos e cumpridos para que funções,
direitos e deveres sejam bem estabelecidos e para que haja harmonia e
uniformidade de procedimentos e padronização de serviços, dentro de um mínimo
de qualidade que a BU se propõe a oferecer.
Portanto, recomenda-se:
�6.16
a) que seja feito um trabalho de marketing pelo qual se façam conhecidas a
estrutura e o funcionamento da BU, bem como as normas de seu
Regimento, fazendo-o valer em todos os seus artigos;
b) incentivar a realização de fóruns de debates sobre as bibliotecas
universitárias catarinenses.
4.2. ACERVO
Podem-se considerar vencidos os problemas de administração de recursos
que impediam a aquisição de obras para suprir a demanda informacional. A
aquisição concentrada em dois períodos anuais
permite que haja uma melhor
administração deste serviço. No entanto, com relação à quantidade do acervo,
segundo CARVALHO (1981), a UNESCO fixa um número de setenta e cinco
volumes por usuário (em livros) para países em desenvolvimento. A UDESC possui
um total de 5.917 usuários, somando os seis centros. O número total do acervo em
1994 foi de 59.576 exemplares, resultando em dez exemplares por usuário, bem
abaixo do padrão estipulado pela UNESCO.
Por outro lado, o Conselho Federal de Educação fixa normas para
autorização e reconhecimento de Universidades, pelas quais as bibliotecas
universitárias
devem ter no mínimo 30.000 volumes. Neste aspecto, a UDESC
encontra-se em situação confortável.
O importante, ao analisar estes dados, é saber que tipo de biblioteca e,
conseqüentemente, que tipo de universidade se deseja ter. Os padrões existem
como parâmetros que devem ser observados, visando uma qualidade de serviços
�6.16
cada vez maior. Todo investimento que proporcione a promoção do saber deve ser
incentivado. E o acervo de material informacional de uma universidade, crescendo
de forma planificada e coerente com os objetivos dos cursos ministrados pela
instituição, reflete de maneira positiva na imagem que a mesma possui junto à
comunidade à qual presta seus serviços.
Apresentam-se as seguintes recomendações:
a) incrementação do projeto de crescimento planificado do acervo;
b) criação de um comitê de usuários nas Bibliotecas Setoriais, com a
participação representativa de docentes e discentes no processo de
desenvolvimento de coleções;
c) exigência de inventários anuais para controle do acervo;
d) criação de uma oficina de restauração e encadernação que atenda todos
os centros;
e) padronização na elaboração de estatísticas de uso das coleções.
�6.16
4.3 RECURSOS HUMANOS
Desde a sua criação até a conclusão desta pesquisa, a BU sempre sofreu
com a crônica carência de Recursos Humanos. Este é um problema que atinge toda
a categoria. ASSUNÇÃO et al. citados por CARVALHO (1981), afirmam que "a
biblioteca universitária, em geral, não se encontra equipada de recursos materiais e
humanos. Falta-lhe, sobretudo, pessoal profissional e não profissional em número e
qualidade, impedindo adequada distribuição de tarefas".
Analisando-se o caso da BU/UDESC, verifica-se que o Núcleo precisa ser
fortalecido com a contratação de profissionais bibliotecários a fim de atender a
demanda dos Centros. Nas Setoriais, há a necessidade de aumentar o número de
auxiliares, melhorando o atendimento e permitindo que o bibliotecário desempenhe
atividades de planejamento e administração que incrementem os serviços
especializados e a promoção das Bibliotecas Setoriais.
Recomendações:
a) contratação de bibliotecários e auxiliares de biblioteca para Núcleo e
Setoriais, conforme sugestão da diretora do Núcleo;
b) incrementação do projeto de capacitação e qualificação profissional já
existente.
�6.16
4.4 PROCESSAMENTO TÉCNICO
Neste aspecto, pouca coisa precisa ser mudada. Apesar de todas as
dificuldades, é o Setor que melhor vem desempenhando suas funções. Como
recomendações, sugere-se:
a) contratação de mais bibliotecários para o Núcleo, formando uma equipe
de seis profissionais, que seriam encarregados , cada um, por um Centro
e que, segundo a demanda, eventualmente participariam de outros
projetos elaborados pelo Núcleo;
b) agilização da informatização de todo o processo de tratamento das obras.
4.5 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Este é o ponto mais crítico de todos, porque depende quase que
exclusivamente da postura assumida pelos bibliotecários que estão à frente das
Setoriais. Este é o trabalho mais difícil de ser feito: passa por toda uma cultura,
uma formação, uma disposição avançada ou retrógrada. Por mais que cursos sejam
oferecidos, que haja participação em eventos, por mais livros que se compre e por
mais rápido que os mesmos cheguem às estantes, depende do bibliotecário fazer
conhecido este acervo e torná-lo disponível aos seus clientes de maneira criativa.
Depende dele tornar a biblioteca um lugar agradável e fazer com que seja cada vez
mais freqüentada.
Por todos estes aspectos, a questão torna-se muito mais complicada de ser
analisada e muito distante de uma conclusão final. Núcleo e Setoriais devem
�6.16
chegar, através do diálogo, a caminhos comuns que permitam encontrar soluções
práticas para estes problemas.
Recomendações:
a) padronização de serviços a serem prestados pelas Setoriais, com
incentivo a serviços de DSI (Disseminação Seletiva da Informação);
b) exigência de Estudos de Usuários periódicos nas Setoriais, a fim de medir
o nível de satisfação e os anseios da comunidade acadêmica no que diz
respeito à biblioteca universitária;
c) incrementação dos programas de marketing de bibliotecas;
d) agilização da informatização nos serviços das Setoriais;
e) criação de mecanismos de incentivo que promovam a qualidade dos
serviços.
Espera-se que as informações aqui registradas sejam úteis para que haja
uma reflexão sobre a situação da BU/UDESC, que na verdade representa a situação
de grande parte das bibliotecas universitárias brasileiras.
ABSTRACT
The paper describes research into the history of the State University of Santa
Catarina (UDESC) academic library between 1984 and 1994, analysing data
concerning its administration, staff, collection, technical processing and services. The
results are presented, together with conclusions and recomendations based on the
research and the literature analysed.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CARVALHO, M. C. R. de. Estabelecimento de padrões para bibliotecas
universitárias. Fortaleza : UFC, 1981.
�6.16
2 LIMA, Etelvina. A biblioteca no ensino superior. Brasília : CAPES/ABDF,
1978.
3 MERCADANTE, Leila M. Z. Análise de modelos organizacionais de
bibliotecas universitárias nacionais. Brasília : PNBU, 1990.
4 MIRANDA, Antonio. Biblioteca universitária no Brasil : reflexões sobre a
problemática. Brasília : CAPES/ABDF, 1978.
5 SANTANA, Isnaia Veiga. Biblioteca universitária e transferência da informação:
problemas e perspectivas. Ci. Inf., Brasília, v. 18, n. 1, p. 35-44, jan./jun.
1989.
6 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Resolução nº 001 de 20
de junho de 1984. Dispõe sobre a implantação da Biblioteca Universitária da
UDESC. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONSEPE Florianópolis, 20 de junho de 1984.
�
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Evolução histórica da Biblioteca Universitária da Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC 1984-1994.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Correa, Elisa C. D.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Pesquisa realizada com a finalidade de resgatar a história da BU/UDESC, abrangendo o período de 1984 a 1994. São analisados dados referentes à tuação da BU/UDESC nas áreas administrativa, Recursos Humanos, acervo, processamento técnico e prestação de serviços. São apresentados os resultados, as conclusões e recomendações com base na pesquisa e na literatura analisada.
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6.9
GERÊNCIA DA QUALIDADE NA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
Lidia Eugenia Cavalcante∗
Virgínia Bentes Pinto*
RESUMO
A qualidade total é uma meta que está sendo buscada para que se possa alcançar
o desenvolvimento sócio-político-econômico das nações, visando não apenas a
aumentar a competitividade de bens e serviços, mas, fundamentalmente, a melhoria
da qualidade de vida da população e o crescimento do ser humano como um todo.
A gestão da qualidade total não pode ser desvinculada da informação, posto que,
sem a aplicabilidade desta, torna-se difícil a implementação daquela. Este trabalho
discorre também sobre a viabilidade de se implantar programa de qualidade em
unidades de informação nas bibliotecas universitárias brasileiras.
1 INTRODUÇÃO
Com a chamada globalização, percebe-se que a informação é atualmente o
grande fator de diferenciação na busca da competitividade entre as empresas. As
novas tecnologias, aliadas ao poder da realidade virtual, da multimídia e das redes
de informação, atingem todos os espaços políticos, comerciais, científicos, culturais
e educacionais.
Dessa forma, entendemos que os efeitos causados pela tecnologia da
informação refletem principalmente nos centros de excelência profissional, que são
as universidades, devendo estas se tornarem mais competitivas e caminharem na
vanguarda desta nova sociedade, na qual a palavra de ordem é informação.
∗
Professoras do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará - UFC
�6.9
Com a modernização das universidades, seus centros de informação
necessitam caminhar a passos largos na vanguarda dessas instituições; para que
isso ocorra, qualidade é indispensável.
2 QUALIDADE: ABORDAGEM HISTÓRICA E CONCEITUAL
De acordo com FERREIRA (1988), o vocábulo qualidade originou-se do latim
qualite e significa a “Propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas
capaz de distingui-las das outras e de lhes determinar a natureza, permite avaliar
e, consequentemente, aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa.”
Para a Organização Internacional de Normalização (ISO), a qualidade é
definida como o “conjunto das propriedades e características de um produto,
processo ou serviço que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as necessidades
explícitas ou implícitas.” (FRATTI, 1992)
A nível de elaboração de produtos e execução de serviços, a qualidade está
tendo um destaque cada vez mais acentuado na sociedade atual, embora o termo
remonte aos primórdios da evolução da humanidade, quando os homens das
cavernas já utilizavam alguns parâmetros ou padrões no desenvolvimento de suas
atividades, destacando-se os instrumentos de caça e de pesca.
A revolução industrial marcou o início da substituição do uso da força do
homem pela força da máquina, gerando profundas transformações na sociedade. A
partir destas transformações, a evolução da qualidade dos produtos passou a ser
percebida, embora apenas em nível de inspeção.
�6.9
Na década de 30, o americano Walter Shewhart desenvolveu as técnicas de
Controle Estatístico de Qualidade (CEQ) nos processos industriais, além de criar o
famoso Ciclo PDCA
plan, do, check e action (planejar, fazer, checar e agir),
divulgado por Deming, atualmente conhecido como Ciclo de Deming. Deming foi
também responsável pela criação e aperfeiçoamento dos chamados “Quatorze
Pontos - Métodos Deming de Administração.”
A partir de seu trabalho, a qualidade passou a ser buscada no mundo inteiro,
não apenas como Controle de Qualidade mas, fundamentalmente, como filosofia
que visa o desenvolvimento do ser humano como um todo. Após Deming, surgiram
outros teóricos da qualidade, destacando-se Joseph M. Juran, Armand V.
Feigenbaun, Kaoru Ishikawa e Philip B. Crosby.
Juran defende a idéia de que a qualidade não ocorre por acaso e sim através
de um programa constituído de planejamento, controle e aperfeiçoamento,
mundialmente conhecido como “Trilogia da Qualidade”. Foi o responsável pela
transformação no alto e médio níveis de gerência japonesa e pelo envolvimento da
alta administração.
Feigenbaum estabeleceu o Controle Total da Qualidade (CTQ) ou Controle
da Qualidade por Toda Empresa (CQTE). O “CTQ é um sistema voltado para
propiciar satisfação ao consumidor, gerando os produtos ou serviços através de um
sistema organizado de forma econômica e de assistência ao cliente, estruturando-se
de modo que todos os
empregados
da
organização possam participar e
contribuir para o esforço de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade
de forma global.” (FEIGENBAUM, 1986). Além do CTQ, estabeleceu, ainda, os 40
�6.9
Princípios de Gerenciamento Total da Qualidade e definiu os custos de qualidade
como sendo a soma dos custos de avaliação, prevenção e falhas.
Kaoru Ishikawa desenvolveu uma estratégia de qualidade específica para o
Japão, a partir do modelo de Deming e Juran. Conseguiu combinar as teorias
comportamentais de Maslow e McGregor e também as de Deming, resultando os
Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Deu grande ênfase ao amplo
desenvolvimento de toda a organização, com a qualidade em todo o ciclo de vida do
produto, com o famoso Diagrama de Causa-e-Efeito, conhecido como “Espinha de
Peixe”. Foi ainda o grande incentivador da necessidade de ampliar a educação e o
treinamento para a qualidade.
Com relação ao Diagrama de Causa-e-Efeito, Ishikawa desenvolveu um
gráfico semelhante a uma espinha de peixe, no qual são apresentados as causas e
os efeitos geradores de um problema.
No Brasil, a busca da qualidade ganhou maior destaque a partir de novembro
de 1990, com o lançamento do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(PBQP), bem como através da política industrial. Entretanto, pouquíssimos
programas foram efetivamente implantados, e os que o foram estão explicitamente
voltados para as empresas industriais, enquanto as de serviços e, principalmente,
as instituições públicas, ainda se encontram bem distantes de uma implementação
de qualidade.
Como podemos observar, existem muitas teorias voltadas para a questão da
qualidade. E, de acordo com elas, o propósito deste trabalho é oferecer alguma
contribuição que possa subsidiar a elaboração de propostas concernentes à
qualidade dos produtos e serviços dos nossos serviços de informação.
�6.9
3 GERENCIANDO A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO
A qualidade
total é uma meta que se está buscando com o objetivo de
promover o desenvolvimento sócio-político, técnico e econômico das nações,
visando não apenas aumentar a competitividade das empresas, produtos e serviços,
como também, fundamentalmente, a melhoria da qualidade de vida da população.
Para se chegar a esse objetivo, torna-se necessário que sejam levadas em
consideração inúmeras variáveis, dentre as quais se destaca a informação no
sentido lato, embora esta, visando a qualidade total, não possa ser desvinculada da
sua qualidade em particular. Então, como proceder para que os Centros de
Informação ofereçam a seus usuários produtos e serviços informacionais de
qualidade? Essa não é tarefa muito fácil. Entretanto, tentaremos apresentar
algumas considerações que julgamos necessárias para um trabalho nesse sentido.
Antes de qualquer coisa, é importante compreender que as unidades de
informação são instituições e, como tais, são constituídas por um conjunto de
funções responsáveis, que vão desde a implantação até a recuperação da
informação e o benefício social em que esta poderá se constituir. A sua estrutura
organizacional está formada por pedaços denominados de departamentos, divisões,
seções, chefias e áreas que, em muitos casos, são batizados por nomes diferentes
destes. A cada pedaço do todo cabe a responsabilidade pelo desenvolvimento de
algum produto e pela execução de algum serviço, formando uma cadeia de clientes
e fornecedores internos.
�6.9
Neste processo, existe uma dependência muito grande entre as partes, sendo
que, se uma destas falhar, afetará o sistema como um todo, o que poderá
comprometer a qualidade dos produtos e serviços.
Consideramos ainda, neste processo, outros elementos indispensáveis à
elaboração de produtos e à execução de serviços de informação com qualidade,
que vão desde questões ambientais até instrumentos de medição e que podem ser
utilizados para formar o Diagrama de Causa e Efeito desenvolvido pelo engenheiro
japonês Kaoru Ishikawa na década de 60 e amplamente empregado em diversas
áreas do conhecimento.
Através do Diagrama de Causa e Efeito elaborado em parceria por todos os
funcionários, pode ser possível traçar estratégias para solucionar
problemas
vivenciados pelas bibliotecas e que atingem diretamente a sua clientela,
prejudicando os serviços prestados a esta. Sendo, pois, a busca da qualidade total
responsabilidade de todos os que desenvolvem algum tipo de atividade na
instituição, só é possível chegar a resultados se as causas do problema forem
detectadas em conjunto.
3.1 QUALIDADE É INDISPENSÁVEL
A adoção de um programa de qualidade que direcione os produtos e serviços
oferecidos pela biblioteca constitui etapa fundamental na diminuição da distância
entre os centros de informação, sua clientela e a sociedade. Com certeza, esse
processo exigirá nova forma de pensar e de agir por parte da gerência e de todos
que compõem o corpo funcional da instituição.
�6.9
Para direcionar a biblioteca à satisfação do cliente e garantir resultados
favoráveis à sociedade, alguns requisitos são necessários: participação, cooperação
e informação.
Compartilhar as responsabilidades, dividir as tarefas e facilitar a interação
entre os níveis hierárquicos facilitará a comunicação e voltará a equipe para um
objetivo
comum. E, para que o espírito cooperativo e participativo possa ser
fortalecido, a delegação de poder torna-se fundamental.
Em relação ao fluxo de informação interna, se todos estão bem informados
das decisões, projetos, encaminhamentos, processos e realidade da instituição, o
fluxo de operações, respostas e soluções certamente se tornará mais ágil e facilitará
o resultado final.
Um dos principais desafios para se atingir níveis satisfatórios de qualidade
nos centros de informação das universidades é uma política de recursos humanos
que priorize política salarial, política de treinamento e política de valorização
profissional, visto que a principal fonte de apoio de um programa de qualidade são
os recursos humanos e seu potencial de motivação e participação.
4 GERÊNCIA: O NOVO PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO
Com a gestão da qualidade total nos serviços de informação, gerenciar
tornou-se o novo papel do bibliotecário. Novo, porque este encontra-se envolvido
�6.9
com um estilo gerencial que implica mobilização, negociação, debate, atualização,
delegação e criatividade, além de um papel inteiramente político.
Os quesitos acima citados podem tornar-se um grande desafio à figura do
atual profissional da informação que é responsável pela biblioteca. A gestão
gerencial moderna exige uma reviravolta na gestão gerencial tradicional.
Para o gerente da informação, atualizar-se significa adaptar-se às novas
necessidades do mercado através de uma postura comprometida com as mudanças
e os novos rumos tomados pela sociedade.
O profissional da informação, comprometido com o desafio de gerenciar uma
biblioteca de suporte, como é o caso da biblioteca universitária, deve voltar-se para
a busca da qualidade total como estratégia para alcançar a sua clientela. Aqui, além
de um serviço de informação competente, ágil, atualizado e inteligente, espera-se
que o sistema possa estar preparado para desenvolver novos mecanismos de apoio
informacional a seu usuário.
A mudança no pensamento estratégico do gerente da informação pode ser
medida através dos resultados obtidos com o novo processo de trabalho e com a
satisfação dos clientes internos e externos.
5 CONCLUSÃO
Entendemos, portanto, que para a manutenção e aperfeiçoamento dos
Centros de Informação devem ser traçadas políticas de trabalho e valorização
profissional, em que todos sejam contemplados para tornarem-se capazes de
�6.9
executar suas tarefas com o mínimo de erro possível, a fim de que a qualidade do
produto ou serviço seja tratada de modo fundamental, principalmente em se
tratando de satisfação do cliente. Por conseguinte, a proposta de qualidade deve
atingir a todos na instituição, desde a administração superior até os serviços gerais.
Para que isso realmente ocorra, torna-se essencial que o ciclo de comunicação
interna funcione perfeitamente entre clientes e fornecedores internos, o que
contribuirá para o atendimento às demandas dos clientes externos.
Através destes procedimentos, é possível que o trabalhador perceba o valor
de seu trabalho para o desenvolvimento do produto ou prestação de serviço, tanto
para a organização quanto para o cliente. Afinal, se ele for mal informado sobre a
sua participação neste processo, não terá capacidade de compreender que a sua
atividade faz parte de um todo e, não havendo esta compreensão, seu trabalho será
puramente mecânico.
Outro ponto fundamental no processo de busca da qualidade total é trabalhar
a informação com precisão e de forma personalizada, de modo que seja
apresentado ao cliente aquilo que realmente for solicitado, caso contrário, haverá
uma contribuição negativa no momento da busca e recuperação da informação.
É importante ter consciência de que para trabalhar a informação como
requisito chave para a qualidade total, é preciso, acima de tudo, compreender que
os recursos mais importantes neste processo são os recursos humanos. Assim, a
qualidade de produtos e serviços dependerá do investimento feito em treinamento e
capacitação de pessoal, bem como da satisfação destes. Deverá, entretanto, haver
o comprometimento da administração superior, de modo que haja uma sintonia
entre o que é solicitado e as condições para execução, pois “o apoio somente, não
�6.9
dá condições para superar as barreiras naturais e internas que surgirão frente às
mudanças necessárias” (ADRIANI, 1991).
A qualidade total é, pois, um desafio vivido atualmente pelas empresas
brasileiras, especialmente o setor de serviços, o que inclui os Centros de
Informação, seus produtos e serviços. A satisfação de seus clientes será, com
certeza, o instrumento de medição para se avaliar o grau de qualidade na prestação
de serviços e na atuação e valorização do profissional da informação, face às novas
mudanças ocorridas na nova ordem mundial e da globalização, onde a informação
constitui a matéria-prima essencial para o desenvolvimento das nações.
ABSTRACT
Total control is an aim people are striving for in the social, political and economic
development of nations, not only to increase the competitiveness of goods and
services, but essentially to improve the individual’s quality of life. Total quality control
cannot be separated from information, since it is difficult to put the former into
practice without access to the latter. This paper also looks at the feasibility of
implementing a quality programme in information units in Brazilian university
libraries.
�6.9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ADRIANI, C.S. Como implantar um sistema de qualidade para a redução de
custos e o aumento das vendas. São Paulo : TAMA, 1991. 209 p.
2 CAMPOS, V.F. Gerência da qualidade total : estratégia para aumentar a
competitividade da empresa brasileira. Belo Horizonte : Fundação Christiano
Ottoni, 1989. 189 p.
3 CYSNE, M. R. F. P. Significado social e educativo do trabalho do
bibliotecário. Fortaleza : UFC, 1992.
4 CROSBY, P.B. Qualidade falada a sério. São Paulo : McGraw-Hill, 1990.
210 p.
5 DENTON, D.K. Qualidade em serviços : o atendimento ao cliente como fator
de vantagem competitiva. São Paulo : Makron, 1990. 22 p.
6 FEIGENBAUM, A. V. Total quality control. New York : McGraw-Hill, 1986.
386 p.
7 FRATTI, G. Palestra sobre qualidade. Fortaleza : s. ed. 1993 (Documento
não publicado)
8 JURAN, J.M. Juran planejamento para a qualidade. São Paulo : Pioneira,
1990. 394 p.
9 MIRSHAWKA, V, FERREIRA, G. A. A estratégia para a qualidade total. São
Paulo : Nobel, 1987. 220 p.
10 PINHEIRO, M. G. Extensão tecnológica; a experiência em uma indústria de
laticínios, com enfoque para a área energética. Belo Horizonte : UFMG,
1990. 220 p. Tese (Mestrado) - UFMG
11 PINTO, V. B. Informação: a chave para a qualidade total. Ci. Inf., Brasília, v.
22, p.133-137, mai./ago. 1993.
�
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
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1996
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Português
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Evento
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Curitiba (Paraná)
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A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Gerência da qualidade na biblioteca universitária.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Cavalcante, Lidia Eugenia; Pinto, Virginia Bentes
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
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A qualidade total é uma meta que está sendo buscada para que se possa alcançar o desenvolvimento sócio-político-econômico das nações, visando não apenas a aumentar a competitividade de bens e serviços, mas, fundamentalmente, a melhoria da qualidade de vida da população e o crescimento do ser humano como um todo. A gestão da qualidade total não pode ser desvinculada da informação, posto que, sem a aplicabilidade desta, torna-se difícil a implementação daquela. Este trabalho discorre também sobre a viabilidade de se implantar programa de qualidade em unidades de informação nas bibliotecas universitárias brasileiras.
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8.8
IMPLANTAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS EM MicroIsis PARA
CONTROLE DE AQUISIÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
*
Cristina Dal Lin
Leila Maria Bento*
RESUMO
Apresenta a estrutura de uma base de dados em Micro-Isis, que tem por finalidade
melhorar o controle da aquisição de material bibliográfico. Informações como
número de fatura, número de patrimônio e termo de responsabilidade, por exemplo,
não são atribuídos simultaneamente à aquisição, o que dificulta a liberação
imediata do material.
1 INTRODUÇÃO
Os processos de seleção e aquisição de material bibliográfico constituem um
problema duplo para qualquer bibliotecário, principalmente para os que trabalham
em Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs).
O que comprar, onde comprar, como comprar (nem sempre em tempo hábil),
dificuldades financeiras e inevitáveis burocracias (processos volumosos percorrendo
reitorias e setores de contabilidade) são os principais problemas para a maioria das
bibliotecas universitárias brasileiras.
As IFEs estão sujeitas às normas do governo federal, no que diz respeito à
aquisição de qualquer tipo de material. Nosso objetivo é descrever a implantação de
uma base para controlar, principalmente, informações como número de empenho,
número de fatura e/ou nota fiscal e termo de responsabilidade - dados que
normalmente não são atribuídos logo após a compra, impedindo, muitas vezes, a
liberação do material para uso.
�8.8
2 DADOS INSTITUCIONAIS
A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o Centro de
Educação
Tecnológica
Celso
Suckow
da
Fonseca
(CEFET/RJ),
possuem
características (e problemas) em comum. Analisando essas semelhanças, optou-se,
a título de experiência, por desenvolver a base AQUIS na UFRRJ, pois seu Núcleo
de Aquisição (NFA) se encontra em fase mais adiantada de automação.
O quadro 1 informa dados de ambas as instituições:
QUADRO 1 - DADOS INSTITUCIONAIS
UFRRJ
CEFET/ RJ
12 bibliotecários
47 auxiliares
05 bibliotecários
09 auxiliares
cursos técnicos
03
09
cursos de graduação
17
02
staff
cursos de pós-graduação
total de títulos
11 mestrado
07 doutorado
25.256
9.368
total de títulos de periódicos (correntes)
784
350
folhetos
386
140
teses
monografias de discentes
bases de dados
2.224
110
CD ROM 06
disquete 07
on line
01
3 ESTRUTURA DA BASE AQUIS
*
01 mestrado
01 doutorado
Bibliotecárias da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
138
on line 03
�8.8
A base AQUIS foi criada em novembro de 1995, para ser implantada no ano
seguinte.
Foram enviados formulários aos departamentos, solicitando que fosse
informada à Biblioteca Central da UFRRJ (BC) a bibliografia básica das suas
disciplinas.
Ao retornar, as informações são cadastradas na base, e podem ser
recuperadas para posterior complementação dos dados referentes à aquisição.
Ao dar entrada no NFA, o material permanece aguardando que a Divisão de
Material informe os dados (número de empenho, número de patrimônio etc.), sendo
que cada título recebe o MFN correspondente.
Somente após essas informações chegarem ao NFA é que o material será
encaminhado ao processamento técnico.
As doações também são cadastradas, e cada ano de trabalho será registrado
em disquetes, para eventuais consultas, em caso de inventários.
3.1. DEFINIÇÃO DE CAMPOS
1) Tipo de Documento
Informa o tipo de documento que está sendo cadastrado
( L = livro, F = folheto, T = tese, MO = monografia, M = mapa).
2) Origem
Informa a procedência do documento ( C = compra, D = doação).
- Não incluímos a Permuta porque:
•
A UFRRJ só executa permutas com periódicos da própria instituição;
�8.8
•
O CEFET/RJ, no momento, não presta esse serviço.
3) Autor
Informa o(s) nome(s) do(s) autor(es), dentro das normas de catalogação.
4) Título
Informa o título e subtítulo da publicação, sem abreviações.
5) Edição
Informa a edição da publicação, a partir da segunda.
6) Local
Informa apenas um local de publicação.
7) Editora
Informa apenas uma editora.
8) Ano de Publicação
Informa o ano de publicação ou do copyright.
9) Volume
Informa o número de volumes da publicação.
10) Número de Exemplares Pedidos
Informa a quantidade de exemplares solicitada. No caso de não se adquirir a
quantidade pedida, essa informação será dada no campo
incluindo o motivo.
11) Requisitante/Doador
Observações,
�8.8
Informa o(s) nome(s) do(s) solicitante(s) ou doador da publicação.
NOTA: Um mesmo título pode fazer parte de mais de uma bibliografia.
12) Instituto
Informa o instituto do requisitante/doador.
13) Departamento
Informa o departamento do requisitante/doador.
14) Data de Requisição
Informa a data de sugestão/doação.
15) Data de Pedido
Informa a data de solicitação da compra.
16) Número de Exemplares Pedidos
Informa o número de exemplares solicitados pelo requisitante.
17) Número do Processo
Informa o número do processo de compra, atribuído pelo setor de compras.
18) Número de Empenho
O setor de compras fornece à Contabilidade, para execução.
19) Data de Entrega
Informa a data de chegada do material no Núcleo de Aquisição.
20) Número de Exemplares Recebidos
Informa o número de exemplares recebidos.
21) Preço
�8.8
Informa o valor da publicação. No caso de doação, estipula-se um valor
aproximado, para fins de patrimônio.
22) Número da Fatura/Nota Fiscal
Informa o número da fatura/nota fiscal.
23) Fornecedor
Informa a firma fornecedora.
24) Número de Patrimônio
Informa o número de patrimônio da Universidade.
25) Registro da Biblioteca
Informa o número de registro atribuído na Biblioteca.
26) Termo de Responsabilidade
Informa o número do termo de recebimento (responsabilidade) do material.
27) Observações
Dá informações complementares, não previstas na base.
�8.8
28) Não Cotado
Informa que o material não entrou na lista de compras, pois não foi cotado na
Divisão de Material.
Tabela de Definição de Campos (FDT)
B. Dados: AQU
-------------------------------------------------------------------------------?¦ Etq¦
Nome
¦Tam.¦Tip¦Rep¦Delimitadores/Padrão ¦
-------------------------------------------------------------------------------_
10 TIPO DE DOCUMENTO:
3 X
_
12 ORIGEM:
3 X
_
14 AUTOR:
100 X
R
_
16 TITULO:
100 X
_
18 EDIÇÃO:
5 X
_
20 LOCAL:
25 X
_
22 EDITORA:
25 X
_
24 ANO DE PUBLICAÇÃO:
4 N
_
26 VOLUME:
5 X
_
28 N. DE EXEMPLARES PEDIDOS:
5 X
_
30 REQUISITANTE:
100 X
R
_
32 INSTITUTO:
100 X
_
34 DEPARTAMENTO:
100 X
_
36 DATA DE REQUISIÇÃO:
10 P
99/99/9999
_
38 DATA DE PEDIDO:
10 P
99/99/9999
_
40 N. DO PROCESSO:
25 X
A - Insere (após)
P - Pág. anterior
¦B - Insere (antes)
¦N - Próx. página
¦ C - Troca linha
¦ T - Começo
¦ X - Saída
¦ D - Apaga linha
¦ E - Final
¦ ↵ - Próx.linha
Tabela de Definição de Campos (FDT)
B. Dados: AQU
-------------------------------------------------------------------------------?¦ Etq¦
Nome
¦Tam.¦Tip¦Rep¦Delimitadores/Padrão ¦
-------------------------------------------------------------------------------_
42 N. DO EMPENHO:
25 X
_
44 DATA DE ENTREGA:
10 P
99/99/9999
_
46 N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS:
25 X
_
48 PREÇO:
25 X
_
50 N. DA FATURA/NOTA FISCAL:
25 X
_
52 FORNECEDOR/DOADOR:
40 X
_
54 PATRIMÔNIO:
25 X
_
56 REGISTRO NA BC:
25 X
_
58 TERMO DE RESPONSABILIDADE:
25 X
_
60 OBSERVAÇÃO:
240 X
_
62 NÃO COTADO:
2 X
A - Insere (após)
P - Pág. anterior
¦B - Insere (antes)
¦N - Próx. página
¦ C - Troca linha
¦ T - Começo
¦ X - Saída
¦ D - Apaga linha
¦ E - Final
¦ ↵ - Próx.linha
UFRRJ - BIBLIOTECA CENTRAL - SETOR DE AQUISIÇÃO
CADASTRO DE AQUISIÇÕES - TELA 1/2
TIPO DE DOCUMENTO: ___
ORIGEM: ___
NÃO COTADO: __
�8.8
AUTOR: _________________________________________________________________________
TITULO: ________________________________________________________________________
EDIÇÃO: _____
VOLUME: _____
LOCAL: _________________________
EDITORA: ___________________________________
ANO DE PUBLICAÇÃO: ____
REQUISITANTE/DOADOR: ___________________________________________________________
INSTITUTO: __________
DEPARTAMENTO: _____________________________________
DATA DE REQUISIÇÃO: __________
N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: _____
¦M - Modifica ¦ R - Al.direita ¦ S - Espaço ¦ D - Apaga
¦A - Acresc.cpo¦<TAB> - Anterior¦ ↵ Próximo
¦ X - Saída
AQU
/
1
¦C - Centrar
¦
UFRRJ - BIBLIOTECA CENTRAL - SETOR DE AQUISIÇÃO
CADASTRO DE AQUISIÇÕES - TELA 2/2
DATA DE PEDIDO: __________
N. DO PROCESSO: ____________________
DATA DE ENTREGA: __________
N. DO EMPENHO: ________________________
N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: _____
PREÇO: _________________________
N. DA FATURA/NOTA FISCAL: ____________________
FORNECEDOR: ____________________________________________________________________
PATRIMÔNIO: _________________________
REGISTRO NA BC: _________________________
TERMO DE RESPONSABILIDADE: _________________________
OBSERVAÇÃO: ____________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
¦M - Modifica ¦ R - Al.direita ¦ S - Espaço ¦ D - Apaga
¦A - Acresc.cpo¦<TAB> - Anterior¦ ↵ - Próximo ¦ X - Saída
AQU
/
2
¦C - Centrar
¦
�8.8
Nome da Base de Dados: AQU
FST para inversão do arq. Nome da FST: AQU
-------------------------------------------------------------------------------¦ ID ¦IT ¦Formato extração de dados
-------------------------------------------------------------------------------_
10 0 v10
_
12 0 v12
_
14 0 (v14+|;|)
_
16 0 v16
_
22 0 v22
_
30 0 (v30+|;|)
_
32 0 v32
_
34 0 v34
_
38 0 v38*6
_
40 0 "processo: "v40
_
42 0 "empenho: "v42
_
50 0 "fatura: "v50
_
52 0 v52
_
54 0 "patrimônio: "v54
_
56 0 "registro bc: "v56
_
62 0 "NC: "v62
A - Insere (após)
P - Pág. anterior
¦B - Insere (antes)
¦N - Próx. página
¦ C - Troca linha
¦ T - Começo
¦ X - Saída
¦ D - Apaga linha
¦ E - Final
¦ ↵ - Próx.linha
Nome da Base de Dados: AQU
Nome do formato: AQU
-------------------------------------------------------------------------------'===============================================================================
='/'MFN: ',mfn(4)/,mhl,"TIPO DE DOCUMENTO: "v10,x8,"ORIGEM: "V12,x8,"NAO COTADO:
"v62/#,mdl,v14(0,2),v16(0,2),v18(2,2)". ed.",v26(2,2)" volumes.",mhl,x1,v20(2,2
),": "v22(2,2),", ",v24(2,2)". "/#,"REQUISITANTE/DOADOR: "v30/,"INSTITUTO: "v32/
,"DEPARTAMENTO: "v34/"DATA DE REQUISIÇÃO: "v36/,"N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: "v28/
#,"N. DO PROCESSO: "v40,c40,"DATA DO PEDIDO: "v38/%,"N. DO EMPENHO: "v42,c40,"DA
TA DE ENTREGA: "v44/%,"N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: "v46,c40,"PRECO: "v48/,"N. DA
FATURA/NOTA FISCAL: "v50,c40,"FORNECEDOR: "v52/%,"PATRIMONIO: "v54%/#,"REGISTRO
NA BC: "v56/%,"TERMO DE RESPONSABILIDADE: "v58/,%/#,"OBSERVACAO: "v60(0,12)/%##
,'-------------------------------------------------------------------------------'/##
EDIÇÃO: Substituir
===============================================================================
MFN: 0001
TIPO DE DOCUMENTO: L
ORIGEM: C
�8.8
BOYD, J. S. Atlas colorido de anatomia clinica do cao e do gato.
Paulo: Manole, 1996.
2. ed. Sao
REQUISITANTE/DOADOR: Roberto Xerez
INSTITUTO: IB
DEPARTAMENTO: Zoologia
DATA DE REQUISICAO: 16/11/1995
N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: 3
N. DO PROCESSO: 4567/95
N. DO EMPENHO: 1436/95
N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: 1
N. DA FATURA/NOTA FISCAL: 40765/6548
PATRIMONIO: 40886/96
DATA DO PEDIDO: 28/11/1995
DATA DE ENTREGA: 13/05/1996
PRECO: R$ 330,00
FORNECEDOR: Kibooks
REGISTRO NA BC: 987/96
TERMO DE RESPONSABILIDADE: 4445/96
Mais...
===============================================================================
MFN: 0002
TIPO DE DOCUMENTO: L
ORIGEM: C
SOLOMONS, T. W. Graham.
1994.
Quimica organica.
3 volumes. Rio de Janeiro: LTC,
REQUISITANTE/DOADOR: Joao Silva
INSTITUTO: IT
DEPARTAMENTO: Quimica Organica
DATA DE REQUISICAO: 08/08/1995
N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: 7
N. DO PROCESSO: 4567/95
N. DO EMPENHO: 3246/95
N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: 4
N. DA FATURA/NOTA FISCAL: 43759/6580
PATRIMONIO: 41447/96
DATA DO PEDIDO: 28/11/1995
DATA DE ENTREGA: 13/05/1996
PRECO: R$ 27,00
FORNECEDOR: Interciencia
REGISTRO NA BC: 988/96
TERMO DE RESPONSABILIDADE: 4445/96
Mais...
===============================================================================
MFN: 0003
TIPO DE DOCUMENTO: F
ORIGEM: D
O controle correto do carrapato.
REQUISITANTE/DOADOR: FEPAGRO
N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: 1
Porto Alegre: FEPAGRO
�8.8
DATA DE ENTREGA: 14/05/1996
N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: 1
OBSERVACAO: Integra base FOLHET
-------------------------------------------------------------------------------
===============================================================================
Mais...
===============================================================================
MFN: 0004
TIPO DE DOCUMENTO: MO
ORIGEM: D
CESAR, Regina Celia Farias. Uso da cama de frango e fezes de galinha na
nutricao de ruminantes.
Rio de Janeiro, 1993.
INSTITUTO: IZ
N. DE EXEMPLARES PEDIDOS: 1
DATA DE ENTREGA: 19/02/1996
N. DE EXEMPLARES RECEBIDOS: 1
OBSERVACAO: Integra base MONOG
------------------------------------------------------------------------------Mais...
�8.8
4 CONCLUSÃO
A Base AQUIS vem atendendo satisfatoriamente às necessidades do NFA,
pois a recuperação dos dados é mais rápida e precisa.
Não temos a pretensão de resolver o problema da burocracia nas IFEs, mas
apenas contribuir com uma sugestão, relatando nossa experiência com a
implantação de uma base de dados em Micro-Isis.
ABSTRACT
This paper describes the structure of a database in Micro-Isis designed to improve
control of the acquisition of bibliographical material. Formerly, information such as
invoice number, reference number, and term of responsibility, for example, was not
given simultaneously with acquisition, delaying the release of material.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BARRETO, Maria Helena de Sá, SOUZA, Zuleide Medeiros de. O processo de
aquisição de material bibliográfico nas universidades brasileiras. In:
SEMINÁRIO Nacional de Bibliotecas Universitárias, 1., 1981, Brasília. Anais...
Brasília : CAPES, 1981. p.135-144
2 MIRANDA, Antônio. Biblioteca universitária no Brasil; reflexões sobre a
problemática. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 1., 1978, Niterói. Anais... Niterói : CAPES, 1978.
3 SAYÃO, Luiz Fernando, MARCONDES, Carlos Henrique, MACEDO, Luiz
Fernando P. et al. Minimanual de referência Micro-Isis 2.3. Rio de Janeiro :
UFRJ, 1991. 42 p. il.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Implantação de uma base de dados em Microlsis para controle de aquisição: relato de experiência. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Dal Lin, Cristina; Bento, Leila Maria
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta a estrutura de uma base de dados em Micro-Isis, que tem por finalidade melhorar o controle da aquisição de material bibliográfico. Informações como número de fatura, número de patrimônio e termo de responsabilidade, por exemplo, não são atribuídos simultaneamente à aquisição, o que dificulta a liberação imediata do material.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4737/SNBU1996_049.pdf
87588dc245ed415185ddf3930fc6d54d
PDF Text
Text
6.12
IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS NO SISTEMA
INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
(SIBi/USP): PROGRAMA DE REMODELAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO
*
Joel Souza Dutra
Inês Maria de Morais Imperatriz**
Rosaly Favero Krzyzanowski***
RESUMO
Apresenta a programação centrada na valorização dos profissionais do Sistema
Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP) e no
compartilhamento de esforços interinstitucionais, como elementos relevantes à
concretização de um processo de remodelação, sob a responsabilidade do
Departamento Técnico do SIBi. Especifica a metodologia, constituída de
"workshops" e de etapas de implementação e monitoramento, estabelecendo os
alavancadores/ inibidores e os indicadores de sucesso. Os resultados, até o
momento, evidenciam a prática de processo decisório mais compartilhado e
participativo no Sistema, empenho no desenvolvimento, pessoal e profissional de
seus recursos humanos e maior incentivo ao trabalho de equipe.
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a instabilidade socio-econômica de vários países e os
avanços científico-tecnológicos, de alcance mundial, têm motivado a busca de
soluções viáveis, nos vários setores da atividade humana, que facilitem os
processos de modernização das instituições e valorizem os profissionais nelas
*
Professor da Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da USP.
** Diretora Técnica da Divisão de Tratamento da Informação do Departamento Técnico do Sistema
Integrado de Bibliotecas da USP
*** Diretora Técnica do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP
�6.12
envolvidos. Nesse sentido, verifica-se ênfase no aprimoramento da gestão de
pessoal, dentre os
meios existentes para se atingir os objetivos em cada
organização.
Particularmente em instituições de nível superior no Brasil, na área de
bibliotecas, ocorrências tais como a redução de contratações de funcionários e a
necessidade de preparo e readequação dos mesmos para as novas situações
constituem alguns dos aspectos verificados e que têm merecido a atenção de seus
responsáveis. Assim, para garantir e implementar a prestação de serviços aos
usuários, os administradores de bibliotecas e sistemas de informação, face às
restrições existentes, são levados a buscar alternativas para a gestão de recursos
humanos, por vezes na própria instituição a que pertencem.
O presente trabalho consiste no relato de experiência levada a efeito na
Universidade de São Paulo (USP), centrada na valorização dos profissionais do
Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBi/USP) e no compartilhamento de
esforços interinstitucionais, como elementos relevantes à concretização do processo
de remodelação proposto.
1.1 HISTÓRICO
Desde a fundação da Universidade de São Paulo, em 1934, as bibliotecas
foram se formando individualmente, junto às respectivas unidades universitárias,
acompanhando a expansão verificada ao longo do tempo. A partir de um
diagnóstico levado a efeito em 1979, por solicitação da Reitoria (UNIVERSIDADE,
1980), foi criado o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, oficializado pela
�6.12
Resolução no 2226, de 8 de julho de 1981, e regulamentado pela Portaria no 1790,
de 3 de maio de 1985. Constituído por 38 bibliotecas, um Departamento Técnico
(DT/SIBi) e um Conselho Supervisor, o objetivo do Sistema é o de "criar condições
para o funcionamento sistêmico das bibliotecas da USP, a fim de oferecer suporte
ao desenvolvimento do ensino e da pesquisa" (PASQUARELLI et al., 1988).
Este fato, se de um lado consistiu no ponto de partida para o aprimoramento
e a atualização dos recursos informacionais de apoio à pesquisa e ao ensino na
Universidade, por outro lado exigiu uma reavaliação de ações, pessoal e serviços,
além das adaptações necessárias a atender os objetivos propostos nessa nova
etapa. Assim, foram estabelecidos programas e projetos de responsabilidade
institucional, com a coordenação do Departamento Técnico do SIBi, e cuja
concretização previa a participação sistêmica de todas as bibliotecas. Estas, por sua
vez, deveriam também manter a sua individualidade, através da vinculação
administrativa às respectivas Diretorias de suas Unidades Universitárias.
A fim de incrementar a adequação de recursos humanos às novas atividades,
foram realizados cursos, treinamentos e eventos, organizados "manuais de
procedimentos" e materiais afins, bem como instituídos grupos de trabalho, com
representantes de várias bibliotecas e do DT/SIBI.
Para a implementação do Sistema, foram iniciados os trabalhos com a
finalidade de:
a) reunir as informações bibliográficas dos acervos e realizar o controle
bibliográfico da produção intelectual e das teses defendidas na
b) Universidade, por meio da formação do Banco de Dados Bibliográficos da
USP;
�6.12
c) racionalizar a aquisição de publicações para os acervos, instituindo
programas anuais com recursos da Reitoria e promovendo estudos e
ações para otimizar o custo-benefício dos investimentos;
d) implementar a preservação e conservação de acervos, com programa
anual de encadernação e outras atividades pertinentes;
e) modernizar
instalações
e
equipamentos,
destinados
a
reforçar a
comunicação e a automaçao dos serviços;
f) promover treinamentos/reciclagem para recursos humanos das bibliotecas;
g) ampliar o intercâmbio de serviços cooperativos de redes e sistemas de
informação;
h) promover o compartilhamento de recursos internamente na Universidade e
com outras instituições;
i) promover a divulgação do Sistema aos usuários.
Nessa etapa, em que o Departamento Técnico se concentrou em ações
normativas, para a definição de procedimentos comuns e o desenvolvimento da
programação destinada ao cumprimento dos objetivos estabelecidos, as bibliotecas
integrantes tiveram que ajustar as suas rotinas também para as atividades
sistêmicas.
No entanto, vinha sendo sentida a necessidade de se obter um mecanismo
mais dinâmico, para maior interação dos participantes do Sistema, como condição
primordial à consecução dos objetivos comuns através dos trabalhos em
andamento. Assim, em 1992, foi submetida pelo DT/SIBi à consideração das 38
bibliotecas do SIBi uma proposta de remodelação do Sistema Integrado de
Bibliotecas da USP, em termos de redefinição consensada de metas, pretendendo
�6.12
obter como consequência, também, uma redefinição de papéis. Nesse sentido, o
Departamento Técnico tornar-se-ia mais voltado ao apoio às bibliotecas do Sistema,
no desenvolvimento, implementação e agilização das atividades previstas, e as
bibliotecas, mais integradas à programação do Sistema como um todo. Para essa
finalidade, foi obtida a consultoria de especialista da área de gestão de recursos
humanos da própria Universidade, numa proposta de compartilhamento de esforços
interinstitucionais.
2 DESENVOLVIMENTO
Estando já visíveis os primeiros resultados dos trabalhos em nível sistêmico,
e sendo detectada a necessidade de uma ação específica à maior interação de seus
recursos humanos, foi prevista a criação de oportunidades para ampliar a
participação dos profissionais, nos programas e projetos em andamento,
paralelamente às suas rotinas diárias nas respectivas bibliotecas. Pretendeu-se
promover a adesão de bibliotecários das várias Unidades, que estivessem
exercendo atividades técnicas ou técnico-administrativas específicas, no sentido de
trazerem a sua contribuição nessa etapa de remodelação, através de seu potencial
de trabalho e da sua vivência na área, e incentivá-los a integrar mais efetivamente o
Sistema como um todo.
2.1 METODOLOGIA
�6.12
Como base para a realização desse processo, organizou-se uma fase
preparatória, reunindo as informações de caracterização do Sistema. Um "modelo"
foi
delineado
para
a
reavaliação
e
implementação
das
atividades
em
desenvolvimento, constando primeiramente de "workshops", com a finalidade de
obter a redefinição de metas consensadas para o SIBi (Quadro 1).
2.1.1 Realização de "workshops"
Inicialmente foram desenvolvidos dois "workshops" pelo especialista em
recursos humanos (RH).
2.1.1.1 "I Workshop" - realizado em outubro/92, com a seguinte programação:
a) Convocação dos bibliotecários responsáveis pelas Bibliotecas do Sistema
para uma reunião no Departamento Técnico do SIBi, com a seguinte
programação:
i) apresentação da proposta, com seu principal objetivo centrado na
negociação de compromissos entre todos os participantes, quanto a metas e
possibilidades de remodelação do Sistema;
ii) formação de grupos constituídos de aproximadamente 4-5 participantes,
oriundos de bibliotecas com áreas de especialidades e características
diversas, para desenvolvimento de forma interativa das seguintes atividades:
• obtenção de consenso entre os participantes quanto a metas de
modernização possíveis de atingir dentro dos próximos 12 meses;
�6.12
• análise conjunta dos aspectos existentes na realidade atual do Sistema que
deveriam ser alavancados, porque auxiliavam na consecução das metas
consensadas;
• análise conjunta dos aspectos existentes na realidade atual do Sistema que
deveriam ser eliminados ou minimizados, porque representavam obstáculos à
consecução das metas consensadas;
• definição, pelo conjunto de participantes, quanto à forma de mensurar o
atingimento das metas consensadas, através da identificação de indicadores
de sucesso.
b) Proposta de complementação das informações nas próprias bibliotecas do
Sistema: a partir dessa reunião, os responsáveis pelas bibliotecas receberam a
solicitação de aplicarem a metodologia acima descrita em suas respectivas
Unidades, como subsídio ao desenvolvimento do "II Workshop", programado para
dezembro/92. Para a realização desse trabalho, foi fornecido o material de apoio
necessário, já preparado pelo especialista em RH: "Manual de Coordenação para a
Condução de Workshops", "Relatório do I Workshop" e "Planilhas" a serem
preenchidas com as informações coletadas nos eventos.
2.1.1.2 "II Workshop" - realizado em dezembro/92, com as seguintes características:
O II "Workshop" reuniu os mesmos participantes da primeira etapa, com o
principal objetivo de estabelecer, em conjunto, um Plano de Ação, para os próximos
12 meses, com base na revisão e priorização das metas consensadas para o
Sistema Integrado de Bibliotecas. Com essa finalidade, foram criadas as Comissões
�6.12
Assessoras das "Metas", constituídas pela adesão espontânea de bibliotecários do
Sistema.
2.1.1.3 Acompanhamento dos trabalhos - previsto o início dos trabalhos em 1993,
as próximas etapas da programação estabelecida foram assim delineadas:
a) implementação e Monitoramento, através de workshops de avaliação, para
análise de resultados e redirecionamento do Plano de ação;
b) estabelecimento de Sistema de Comunicação, para manter todos os
integrantes do Sistema informados sobre o andamento do Plano de ação;
c) organização de Sistema de Capacitação, para disponibilização de ações de
treinamento, visando a preparar todos os profissionais do Sistema para a
consecução dos objetivos e metas do Plano de ação;
d) revisão de normas e procedimentos, para a sua adequação ao processo
decisório e circulação de informações, conforme as exigências do Plano de
ação;
e) Replanejamento do Programa, constando de novo” Workshop”, após seis
meses (junho/93), com os seguintes objetivos:
i) avaliar o andamento dos projetos e reanalisar prioridades e prazos das
metas;
ii)
reafirmar
ou
rever
os
compromissos
assumidos
quanto
ao
desenvolvimento do Sistema;
iii) manter a integração e a coesão dos vários esforços desenvolvidos pelas
Comissões Assessoras de "Metas" e pelas várias Unidades que compõem o
Sistema.
�6.12
3 RESULTADOS
Os eventos, realizados com a participação de representantes de todas as
bibliotecas do SIBi e de bibliotecários do Departamento Técnico, permitiram
evidenciar a necessidade de se pensar a remodelação do Sistema, com algo mais
do que simplesmente a aplicação de técnicas de gestão, voltando-se os
administradores também para a adequação do comportamento organizacional em
termos globais, com vistas a atender às pressões existentes sobre o SIBi, tanto as
mais imediatas como as futuras. O ajuste deste comportamento implicou na prática
de processo decisório compartilhado e participativo, numa postura gerencial mais
empreendedora e criativa de trabalho de equipe, e com maior preocupação das
chefias em relação a seu autodesenvolvimento e ao desenvolvimento de seus
subordinados.
Além disso, os eventos produziram resultados traduzidos em documentos e
compromissos, contando com o empenho e a determinação dos participantes,
permanecendo aberta a adesão de bibliotecários do Sistema às diversas Comissões
Assessoras das "Metas" constituídas (Quadro 2).
Com esses elementos, o grupo reunido estruturou a sua percepção coletiva
sobre os problemas e as prioridades, assim como sobre a capacidade e as
possibilidades de sua realização. Ao DT/SIBi foram solicitadas ações imediatas para
o detalhamento de planos de ação correspondentes às Metas, implementação de
ações a curto e médio prazo, além do acompanhamento dos trabalhos realizados,
no oferecimento de apoio logístico para as diversas iniciativas.
�6.12
Os "workshops" realizados permitiram, também, obter um panorama das
expectativas das Unidades em relação ao Sistema como um todo, identificando com
clareza os inibidores e os alavancadores.
Após quatro anos de acompanhamento, podem-se destacar as ocorrências
provenientes desse processo de remodelação, apresentadas no Quadro 3. De modo
geral, essa programação permitiu obter resultados muito positivos, de forma a
ultrapassar as expectativas iniciais, revelando a eficácia da metodologia utilizada,
quando aplicada a um grupo de profissionais conscientes de suas responsabilidades
e pretendendo desenvolver o seu potencial de trabalho, nas várias áreas de atuação
do Sistema.
Assim, cumprido um primeiro momento desse processo, as Comissões
Assessoras das "Metas" estão atualmente ampliando os objetivos das primeiras
propostas, elaboradas em 1992, demonstrando, assim, o progresso dos seus
integrantes e dos produtos obtidos até o momento.
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência levada a efeito durante esses anos, através do processo de
remodelação do SIBi/USP, trouxe renovação de propósitos e idéias, permitindo um
avanço considerável nos trabalhos em nível sistêmico.
A atuação das Comissões Assessoras das "Metas" vem estabelecendo uma
conotação mais dinâmica de eficiência e de valorização da atividade bibliotecária na
Universidade: de um lado, o incremento da responsabilidade profissional, através da
aquisição de técnicas e habilidades que favorecem o desempenho diário nas
�6.12
Bibliotecas; de outro lado, os resultados sob a forma de publicações, estudos,
projetos e eventos, diretamente relacionados com o Plano de Trabalho do SIBi/USP
- 1994-1997 (UNIVERSIDADE, 1994).
Nesse sentido, essas Comissões têm demonstrado uma participação muito
mais significativa no Sistema, tendo se tornado imprescindíveis à consecução dos
objetivos comuns estabelecidos, e contribuindo para ampliar a participação do SIBi
em outros segmentos dessa atividade profissional.
Finalizando, cabe ressaltar que a interação dos recursos humanos do
SIBi/USP vem se fortalecendo, através do trabalho compartilhado e criativo,
somando esforços nas várias iniciativas levadas a efeito, justificando, assim, os
investimentos realizados e ampliando consideravelmente as perspectivas para a
continuidade desse trabalho nos próximos anos.
�6.12
ABSTRACT
This paper reports on a project designed to improve staff performance in the
University of São Paulo’s Integrated Library System (SIBi/USP) and to increase
resource-sharing among its components, in order to develop a process of renewal
under the responsibility of SIBi Technical Department. It describes the methodology,
consisting of workshops, and the steps in its implantation and monitoring,
establishing inhibitors/enhancers and success indicators. Results so far show greater
sharing and participation in the decision-making process in the System, more
emphasis on personal and professional development of staff, and greater
encouragement for teamwork.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 PASQUARELLI, M.L.R. et al. Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade
de São Paulo: implantação e desenvolvimento. Ci. Inf., Brasília, v. 17, n. 1, p.
59-66, jan./jun., 1988.
2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Diagnóstico das bibliotecas da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 1980. 2 v.
3 _____. Sistema Integrado de Bibliotecas. Departamento Técnico. Plano de
Trabalho 1994-1997. São Paulo, 1994. 9 p.
�6.12
QUADRO 1 - ETAPAS PREVISTAS PARA A REMODELAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA USP
Início: Outubro/92
PARTICIPAÇÃO
ATIVIDADE
RESULTADOS
Especialist Bibliotecári
Outros
a em RH
os do
Especialista
Sistema
s
Etapa: Modelagem do Sistema
• Workshop
• estabelecimento de metas para o Sistema de Bibliotecas.
x
• estabelecimento de metas para cada uma das unidades
integrantes do Sistema.
• Plano de Ação
Etapa: Implementação e Monitoramento
• Workshops de Avaliação
x
x
• análise de resultados e redirecionamento do Plano de ação.
x
x
• manutenção de todos os integrantes do Sistema informados
sobre o andamento do Plano de ação.
• Sistema de Capacitação
• disponibilização de ações de treinamento visando capacitar
a todos os profissionais do Sistema para consecução dos
objetivos e metas do Plano de ação.
Etapa: Replanejamento do Programa
• Workshop de Planejamento
Etapa: Manutenção
• Workshops de Acompanhamento
x
• definição de um Plano de Ação para 93
• Sistema de Comunicação
• Revisão de Normas e Procedimentos
x
x
x
• adequação das normas e procedimentos relativos ao
processo decisório e circulação de informações às exigências
do Plano de ação.
x
x
x
• desenvolver Plano de ação para 94
x
x
• adaptações e ajustes nos Planos de ação para os demais
anos. Atualização das metas.
x
x
x
�6.12
QUADRO 2 -METAS ESTABELECIDAS PARA O PROCESSO DE REMODELAÇÃO DO
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS (1992)
1-
APRIMORAR O DEDALUS;
2-
COMPATIBILIZAR O DEDALUS COM O MICROISIS;
3-
CRIAR CONDIÇÕES PARA INFORMATIZAR OS SERVIÇOS DE BIBLIOTECAS;
4-
REVER POLÍTICA DE RH;
5-
EQUACIONAR E MANTER O QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DAS
BIBLIOTECAS DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DAS UNIDADES E DO
SISTEMA;
6-
CRIAR POLÍTICA E PROPICIAR CONDIÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DOS
ACERVOS;
7-
DESENVOLVER PROGRAMA E DEFINIR POLÍTICA PARA MANUTENÇÃO E
ATUALIZAÇÃO DO ACERVO, BASEADO EM ESTUDO DE AVALIAÇÃO;
8-
PROPOR FORMAS DE OBTENÇÃO DE RECURSOS PARA ATENDER AS
NECESSIDADES DE INSTALAÇÃO DO SISTEMA EM GERAL, DEFINIDAS A
PARTIR DE DIAGNÓSTICO;
9-
DIAGNOSTICAR AS NECESSIDADES DE APRIMORAMENTO DE RECURSOS
HUMANOS E PROMOVER ESTRATÉGIAS DE AÇÃO PARA MELHORIA DA
QUALIDADE DE SERVIÇO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO NAS VÁRIAS
UNIDADES DO SISTEMA;
10 -
IMPLEMENTAR UMA PROGRAMAÇÃO DESTINADA A MELHORAR A
INTERAÇÃO ENTRE OS ELEMENTOS DO SISTEMA (BIBLIOTECA DAS
UNIDADES/CONSELHO/DT);
11 -
REVER AS ATUAIS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVAS DAS BIBLIOTECAS
COM A NECESSÁRIA FLEXIBILIDADE;
12 -
APRIMORAR A COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARA USUÁRIOS;
13 -
ESTABELECER PARÂMETROS DE CUSTOS E PREÇOS DOS SERVIÇOS
OFERECIDOS PELAS BIBLIOTECAS;
E
DESENVOLVER
�6.12
QUADRO 3 - RESULTADOS OBTIDOS NO PROCESSO DE REMODELAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA USP
PROGRAMAÇÃO
RESULTADOS
• Necessidade de se repensar a adequação de sistemas de
gestão.
MEIOS DE OBTENÇÃO
• Processo decisório compartilhado e participativo
• Revisão do comportamento organizacional do Sistema,
para atender às demandas.
• Postura gerencial empreendedora e criativa.
• Auto-desenvolvimento de chefias e seus subordinados.
I Workshop
(1992)
• Estabelecimento de Metas, alavancadores/inibidores e
indicadores de sucesso, sinalizando para ações mais
urgentes e de preparação para médio e longo prazos.
• Desenvolvimento das etapas previstas nos cronogramas
estabelecidos pelos grupos.
• Ações de continuidade do processo
• Previsão de desenvolvimento de metas em nível sistêmico e
individualmente por biblioteca.
• Estruturação da percepção coletiva de problemas e
prioridades e de sua capacidade de realização.
• Panorama das expectativas das Bibliotecas em relação ao
Sistema como um todo.
• Apoio do DT/SIBi para ações imediatas e implementação de ações
• Identificação clara dos inibidores e alavancadores.
II Workshop
(1992)
• Estabelecimento de Metas consensadas para o SIBi
• Desenvolvimento das etapas previstas nos cronogramas
estabelecidos pelos grupos.
• Definição das Comissões Assessoras das "Metas", constituídas por
bibliotecários das várias Unidades da USP.
• Apoio logístico do DT/SIBi na realização das atividades
(cont.)
�6.12
PROGRAMAÇÃO
RESULTADOS
• Reforço na busca de identidade comum das Bibliotecas
em termos de sistemas operacionais, padrões de
eficiência, conceito externo, etc.
• Reforço na definição de papéis das Bibliotecas e do
Departamento Técnico.
MEIOS DE OBTENÇÃO
• Desenvolvimento de estudos e projetos complementares.
• Maior envolvimento nas questões inerentes ao Sistema.
• Motivação para o autodesenvolvimento. Participação dos
bibliotecários em eventos, cursos e treinamentos.
• Reforço na interligação das Bibliotecas.
• Produção dos resultados esperados.
• Dinâmica dos trabalhos das Comissões Assessoras de "Metas".
• Editoração do Boletim trimestral "Interação", em seu 4o ano de
existência. (Fig. 1)
Workshops de
Acompanhamento
(1993 - )
• Incorporação dos resultados obtidos às rotinas diárias das
Bibliotecas e do DT/SIBi.
• Aprimoramento da gestão de serviços.
• Desenvolvimento de estudos de carreira, de estruturas de
Bibliotecas, de preservação e restauro de coleções, de
treinamento de recursos humanos, de terminologia, dentre outros.
• Desenvolvimento de habilidades e competências de RH nas várias
áreas de atuação do SIBi.
• Apresentação de trabalhos em eventos da área. Elaboração de
projetos. Organização de encontros profissionais.
• Agilização de serviços.
• Reforço às atividades do DT/SIBi (Plano de Trabalho 1994/1997).
• Aperfeiçoamento de rotinas e ferramentas de trabalho.
�6.12
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Implementação da gestão de recursos humanos no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade ed São Paulo (SIBi/USP): programa de remodelação em desenvolvimento.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Dutra, Joel Souza; Imperatriz, Inês Maria de Morais; Krzyzanowski, Rosaly Favero
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta a programação centrada na valorização dos profissionais do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP) e no compartilhamento de esforços interinstitucionais, como elementos relevantes à concretização de um processo de remodelação, sob a responsabilidade do Departamento Técnico do SIBi. Especifica a metodologia, constituída de "workshops" e de etapas de implementação e monitoramento, estabelecendo os alavancadores/ inibidores e os indicadores de sucesso. Os resultados, até o momento, evidenciam a prática de processo decisório mais compartilhado e participativo no Sistema, empenho no desenvolvimento, pessoal e profissional de seus recursos humanos e maior incentivo ao trabalho de equipe.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4713/SNBU1996_039.pdf
5e3c83eaf0949a45abfcb5c901a2c8db
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6.1
INDICADORES DE AVALIAÇÃO PARA COLEÇÕES DE PERIÓDICOS DAS
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS BRASILEIRAS: REFLEXÕES SOBRE O
ESTUDO DAS REVISTAS DO INSTITUTO DE FILOSOFIA E
CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH - UNICAMPErro! Indicador não definido.
Maria Alice Rebello Nascimento*
RESUMO
Apresentam-se, a partir de um projeto-piloto em desenvolvimento na UNICAMP,
indicadores de avaliação para as coleções de periódicos em bibliotecas universitárias
brasileiras, objetivando oferecer metodologia que estabeleça parâmetros
semelhantes, com vistas à racionalização de recursos e desenvolvimento da pesquisa
e da capacitação nacional.
1 INTRODUÇÃO
Os processos avaliatórios em Ciência e Tecnologia, no Brasil, não constituem
novidade. Embora avaliações existam desde a década de 70 e perpassem todos os
órgãos de fomento à pesquisa, como é o caso do CNPq, CAPES, FINEP, FAPESP
etc., o processo avaliatório é ainda incipiente. O País não dispõe de indicadores
comparáveis e sistêmicos que possam ajudar a repensar a política científica e
tecnológica nacional de maneira abrangente.
Os indicadores convencionais de avaliação, além de extremamente
diferenciados entre os vários órgãos de financiamento, dizem respeito à competência
*
Diretora Técnica da Biblioteca do Institutode Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual
de Campinas - IFCH/UNICAMP
�6.1
profissional de docentes e pesquisadores e à qualificação das instituições de
pesquisa.
Até agora os indicadores eleitos no processo avaliatório tratam da produção
científica e institucional. Porém, a avaliação dessa produção requer indicadores que
contemplem os meandros do processo de pesquisa, ou seja, as condições de
pesquisa e suas ferramentas de trabalho. Tais critérios, raramente pensados,
permitem completar o ciclo avaliatório do processo de pesquisa e são imprescindíveis
para subsidiar a política científica e tecnológica nacional.
No tocante à questão da análise das ferramentas de trabalho, com o objetivo
de dimensionar a produção científica, é possível pensar na necessidade de
estabelecimento de relações entre indicadores de C&T versus coleções de bibliotecas
das universidades brasileiras, esforço conjunto de bibliotecários e pesquisadores,
estabelecimento de indicadores para países em desenvolvimento e, ainda, estudos
bibliométricos versus estudos qualitativos.
A revisão de literatura efetuada permite constatar que a abordagem de
estudo, do ponto de vista de ferramenta de trabalho, como indicador da produção
científica e tecnológica, não tem sido objeto de preocupação de pesquisadores.
Poucos são os estudos de especialistas envolvidos com indicadores de C&T e que
acreditam na importância da avaliação da coleção como objeto de estudo. Quando o
�6.1
tema é abordado, as coleções das bibliotecas têm sido tratadas muito mais como uma
pesquisa eventual.
Ao abordar a questão do perfil de excelência da pós-graduação norteamericana, CASTRO registra que "cumpre mencionar a ausência, nos exercícios
realizados, de algumas variáveis perfeitamente quantificáveis. A experiência norteamericana revela, por exemplo, forte associação entre a reputação dos cursos e o
acervo das bibliotecas especializadas que os servem. Eventualmente, esta informação
poderia ser coletada para o caso brasileiro" (CASTRO, 1986).
VILLASMIL, ao tratar da questão da avaliação de programas de pósgraduação, afirma que é essencial "a disponibilidade de recursos de informação
através de bibliotecas, centros de informação e documentação." (VILLASMIL, 1995).
IRVING e MARTIN, pesquisadores da Science Policy Research Unit (SPRU)
da Universidade de Sussex, no capítulo abordado por CASTRO, preocupados com a
avaliação institucional, trabalham com indicadores parciais convergentes estruturados
e que são baseados na estratégia de utilizar um número grande de indicadores
parciais. Esse estudo apresenta características bastante diferenciadas dos demais
métodos já utilizados, tratando de "comparar apenas instituições rigorosamente da
mesma
área
e,
se
possível,
que
tenham
equipamentos
comparáveis."
(SCHWARTZMAN, 1986).
É claro que o relato retrata uma experiência na área tecnológica, com
equipamentos de grande porte bem definidos. Entretanto, a biblioteca, enquanto
laboratório de pesquisa e armazenadora de fontes de pesquisa nacionais, regionais e
de alcance internacional, se não for possuidora de fontes adequadas, provoca
diferenças e dificuldades na pesquisa.
�6.1
Por último, a Conferência das Nações Unidas, ao abordar a questão da
produção científica, detecta as dificuldades de pesquisa nos países periféricos. Relata
que "os serviços de publicações e o acesso às revistas recentes são mais limitados
nos países em desenvolvimento." (UNITED NATIONS, 1991).
Por outro lado, o esforço conjunto de bibliotecários e pesquisadores é
fundamental na busca de consolidação de indicadores de C&T. O bibliotecário,
anualmente, é solicitado a contribuir no preenchimento de formulários dos órgãos de
fomento e na coleta de dados para fins institucionais. Porém, trata-se de dados
quantitativos que pouco contribuem para a análise da produção científica e
tecnológica do País e, mesmo, para repensar os rumos institucionais.
Todavia, se, por um lado, a literatura biblioteconômica é abundante em
estudos de bibliometria para as análises das coleções de bibliotecas, de centros de
informação e de documentação, esses estudos ocorrem à revelia da comunidade
acadêmica e científica. A interação não é buscada nem na apresentação dos
resultados e tampouco na discussão dos métodos empregados. Por outro lado, a
comunidade científica e acadêmica ignora os estudos feitos por bibliotecários, mas, ao
mesmo tempo, dispõe de uma literatura própria sobre o assunto. Ao percorrer a
literatura, na área de produção científica, e ao analisar as bibliografias referenciadas,
constata-se a inexistência de citações de trabalhos elaborados por bibliotecários.
�6.1
É fundamental que bibliotecários e pesquisadores intercambiem experiências
na área, a fim de que se possam compor indicadores nacionais que abordem a
produção científica, do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Se indicadores de
pesquisa produzem resultados consistentes e fidedignos, a prática da avaliação das
ferramentas de trabalho subsidia os avanços e os retrocessos da pesquisa
propriamente dita. Há que se proclamar indicadores comuns que caminhem em
direção ao estabelecimento de uma real política científica e tecnológica.
Há evidências de que o processo avaliatório não é uma tarefa fácil. A margem
de erros e inconsistência é significativa e deve ser objeto de preocupação e cuidados.
De fato, pode ainda se constituir num instrumento de controle e poder.
NEAVE conclui que "não se trata, portanto, de um mero fantasma a idéia de
que a avaliação institucional possa constituir um instrumento poderoso de controle do
estado sobre as universidades e, sim, de distribuição de sua autonomia" (NEAVE,
1986-1988).
O estabelecimento de indicadores para países em desenvolvimento talvez
possa assegurar indicadores diferenciados em relação à produção científica dos
países centrais. Para tanto, é preciso pensar em institucionalizar múltiplos processos
de avaliação, em busca de indicadores úteis aos países periféricos e que propiciem
maior adequação para a política de composição da coleção e de formação de acervo
desses países, de acordo com os objetivos da pesquisa local.
ALBORNOZ salienta que "podemos observar um atraso relativo da América
Latina... no que se refere a disponibilidade de informação confiável como a adoção de
metodologias homogêneas e a elaboração de séries comparáveis"
p.1).
(ALBORNOZ,
�6.1
No Brasil, para traçar uma política em C&T é recomendável a criação de
indicadores comparáveis. Porém, as atividades de C&T são desenvolvidas em
universidades e centros de pesquisa atrelados aos diversos ministérios, sem que haja
integração entre eles. Para que haja um sistema de C&T no País há necessidade de
um projeto de desenvolvimento, isto é, um Plano Nacional de Desenvolvimento em
C&T que perpasse os vários ministérios e, assim, detalhe os critérios de avaliação e
seus possíveis indicadores.
WOLYNEC lembra que "há que se implantar um Sistema de Informações e
Controle para obtenção de indicadores. Neste caso, Controle significa que as
informações são cruzadas com outras para se verificar o grau de confiabilidade..." Diz
ainda "estando a avaliação das universidades públicas do país estabelecida, seria
importante a definição de um conjunto de indicadores que permitissem comparação
entre instituições. Essas comparações auxiliariam as próprias universidades a
identificar onde há necessidade de esforços para melhorar a eficiência e o
desempenho. A avaliação deve, em princípio, comparar custos e desempenho"
(WOLYNEC, 1989).
BRISOLLA também enfatiza a necessidade de criação de bases de dados de
publicações que contemplem os indicadores bibliométricos da atividade científica dos
países periféricos e que consigam resgatar não só a produção científica publicada em
línguas hegemônicas e dentro das regras internacionais, mas a de abrangência e com
�6.1
cobertura de toda a literatura cinzenta local. "Os indicadores do conhecimento
científico gerado são de fácil obtenção. O número e a qualidade das publicações onde
quase sempre são divulgados os resultados da atividade científica constituem os
indicadores bibliométricos, que são os melhores indicadores da área... Seria
necessário, portanto, desenvolver indicadores mais sensíveis à produção dos países
em desenvolvimento, que deveriam criar seu próprio sistema de estatísticas
bibliométricas. Para isso é necessário não só recursos financeiros e conhecimentos
específicos para o tratamento dos dados, como também para tratar questões
conceituais de como definir o que constitui uma publicação científica." (BRISOLLA,
p.11).
Observa-se, atualmente, que quanto mais ativo e produtivo for o ambiente
científico, mais freqüentes e rigorosas são as rotinas de avaliação vigentes. Nos
países centrais, que lideram o universo da ciência, cultiva-se um complexo sistema de
avaliação. A própria prática de financiamento transita por mecanismos onde a
avaliação tem considerável peso. O vínculo entre avaliação e financiamento é hoje
claramente constatado, à medida que os recursos ficam mais escassos e a
comunidade científica cresce exponencialmente.
Daí, discutir uma metodologia quantitativa, utilizando a bibliometria para fins
de avaliação da coleção de periódicos da universidade, embora insuficiente, como se
verifica no transcorrer do trabalho. Porém, é fundamental para dar início ao processo
de repensar outras variáveis qualitativas, relacionadas ao final do trabalho.
�6.1
2 Avaliação da Coleção de Periódicos Assinados pela UNICAMP-PROJETOPILOTO
Em 1993, o Sistema de Bibliotecas da UNICAMP, através de um projetopiloto, efetuou a avaliação da Coleção de Periódicos Assinados pela Universidade.
2.1 UNIVERSO DA PESQUISA
O estudo, com caráter de projeto-piloto, foi aplicado nas bibliotecas de
Ciências Tecnológicas, compostas pelas Biblioteca da Área de Engenharia (BAE), o
Centro de Tecnologia (CT) e Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA); de
Ciências Biomédicas, representadas pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e
Instituto de Biologia (IB); de Ciências Exatas com o Instituto de Física (IF) e,
finalmente, de Ciências
Ciências Humanas (IFCH).
Humanas com a participação do Instituto de Filosofia e
Optou-se por trabalhar somente com os títulos
assinados pela Universidade - 3519 títulos, o que representou 50% da coleção
assinada. Não foram incluídos os títulos recebidos por intercâmbio e/ou doação,
mesmo em se tratando de títulos correntes.
�6.1
2.2 OBJETIVOS
Dentre os vários objetivos específicos de fundamental importância, ressaltase o objetivo geral do projeto - busca de consolidação de metodologia, através de um
elenco de critérios, para fins de análise das coleções de periódicos em bibliotecas
universitárias brasileiras.
2.3 METODOLOGIA
A literatura biblioteconômica nacional e internacional recuperou vários
estudos de análise de coleções de periódicos de bibliotecas. Porém, todos os
trabalhos optaram por um ou dois critérios, sem se ater à coleção em todos os seus
aspectos.
MULLER demonstra que "nenhum critério sozinho parece ser suficientemente
confiável" (MUELLER, 1991).
A metodologia empregada previu uma ampla gama de variáveis, permitindo
equalizar todos os critérios numa única ponderação, de maneira a ser possível a
comparação. Todos os critérios estão enquadrados numa escala de 0 a 100 pontos
para efeito de normalização. A coleta de dados ocorreu no período de maio a
novembro de 1993. Os critérios - uso da coleção e custo - tiveram tabelas próprias de
escalonamento em respeito às características próprias das áreas do conhecimento.
Por exemplo, a altíssima circulação de um periódico nas Ciências Humanas, isto é,
peso 100, significa que o título em questão circulou 10 vezes. Já nas Ciências
Biomédicas significa ter circulado 100 vezes.
�6.1
No uso da coleção chegou-se aos denominadores próprios de cada área,
após se ter
testado a circulação separadamente, de acordo com as unidades
participantes do projeto. Foram analisados os números de circulação e decidiu-se pela
distribuição em faixas. Para a análise de custo, o valor de cada assinatura foi
convertido da moeda original para o dólar americano, de acordo com a taxa de câmbio
oficial (para todas as moedas) e em dia determinado e adequado às variações de
custo nas diferentes áreas do conhecimento.
2.4 CRITÉRIOS
Os critérios para a avaliação dos periódicos ficaram definidos em três grandes
níveis: nível local (institucional), nível nacional e internacional.
2.4.1 Nível Local
a) uso da coleção;
b) consulta à comunidade docente;
c) prioridade pré-estabelecida pelas Comissões de Bibliotecas;
d) análise de custo.
�6.1
2.4.2 Nível Nacional
a) inserção do título na Lista Básica da CAPES;
b) status do título no CCN - Catálogo Coletivo Nacional.
2.4.3 Nível Internacional
a) inclusão do título em fonte de referência e/ou base de
dados.
3 ANÁLISE DA COLEÇÃO DO IFCH
O projeto piloto permitiu ao IFCH dar continuidade às análises da coleção de
periódicos.
O universo de pesquisa dos periódicos assinados pelo IFCH é composto de
403 títulos, distribuídos entre as áreas de Filosofia, Política, Sociologia, Antropologia,
História e História da Arte.
O resultado da avaliação da coleção de revistas do IFCH, tabulados através
do software SAS, classificou os periódicos, de maneira abrangente, por ordem de
interesse decrescente.
Partiu-se para a análise de cada critério, promovendo-se, em alguns
momentos, cruzamentos entre dois dos critérios para verificar a mobilidade de cada
título no ranking da coleção. A idéia é estabelecer a core collection das revistas e,
também, discutir possíveis cancelamentos, manutenções e incorporações de novos
títulos, com o elenco do ranking final.
�6.1
NÍVEL LOCAL
Esses critérios visavam respeitar a própria estrutura institucional. Aí estão
contemplados os critérios relativos ao volume de uso, às opiniões de docentes, à lista
de prioridades estabelecidas anteriormente pelas Comissões de Bibliotecas e,
também, às questões referentes ao custo e orçamento.
3.1 USO DA COLEÇÃO
Os dados de uso da coleção referiam-se à sua especificação quantitativa, a
partir da circulação interna e externa, durante um período pré-estabelecido. Os dados
eram de consulta, empréstimo local, comutação, xerox e empréstimo entre bibliotecas
dentro e fora da universidade.
Como já relatado, respeitaram-se as características próprias de cada área do
conhecimento, ou seja, os títulos foram enquadrados através do volume de circulação
de cada área. A partir do maior e do menor movimento de uso em todas as bibliotecas
envolvidas no projeto-piloto, estabeleceram-se a média e os demais parâmetros,
bastante diferenciados entre as diversas áreas do conhecimento, e foi feita sua
correspondência com a escala abaixo.
�6.1
USO DA COLEÇÃO
Conceito
Peso
altíssimo
100
alto
75
médio
50
baixo
25
nenhum
0
Inicialmente, dispunha-se de valores de uso absolutos no período, que foram
padronizados com base na divisão por quartis, significando que para o conjunto dos
valores ordenados em ordem de grandeza, o valor médio que divide o conjunto em
duas partes iguais é a mediana. Por extensão, os valores que dividem o conjunto em
quatro partes iguais são denominados quartis, sendo o segundo quartil igual à
mediana. O peso 25 corresponde, então, aos valores compreendidos até o primeiro
quartil; o peso 50 para os valores entre o primeiro quartil e a mediana; o peso 75 para
os valores entre a mediana e o terceiro quartil e o
peso 100 para os valores
superiores ao terceiro quartil. O peso 0, ou seja nenhum uso, por coerência
corresponde ao valor 0 dos dados originais.
�6.1
3.2 CONSULTA À COMUNIDADE DOCENTE
Para a coleta de dados empregada, diante do oneroso trabalho de se realizar
uma pesquisa censitária que contemplasse o universo docente como um todo, optouse pela análise através de um plano amostral. Sorteou-se (sem reposição) 20% do
total de professores de cada departamento constantes nas unidades contempladas.
Os docentes receberam a lista de periódicos para análise, acompanhada da escala
abaixo, para que se conceituasse o grau de importância de cada título. Solicitou-se,
ainda, a indicação, se fosse o caso, de título de interesse não constante da lista,
utilizando-se, para isso, a mesma tabela de conceituação. A última solicitação tinha
como objetivo detectar os títulos inexistentes na universidade, bem como apontar
títulos que talvez compusessem a lista de outra unidade da Universidade e que,
eventualmente, pudesse ter uma baixa pontuação em sua biblioteca de origem.
CONSULTA A COMUNIDADE DOCENTE
Conceito
Peso
Imprescindível
100
Importante
75
Recomendável
50
Dispensável
25
Não Familiarizado com o Título
0
Para que não se atribuísse erroneamente esses pesos, elaborou-se uma
fórmula para corrigir o número total de pontos obtidos por cada periódico, por uma
�6.1
ponderação que não permitisse que um título pudesse ter peso alto se o número de
docentes não familiarizados com o título também fosse alto. Da mesma forma, se
apenas poucos docentes estivessem familiarizados com o título e atribuissem pesos
máximos, este não poderia ter peso igual ou maior a um periódico com muitos
docentes familiarizados que atribuissem pesos baixos. A ponderação utilizada foi uma
razão entre o número de docentes familiarizados com o título e o número total de
docentes que responderam o questionário, ou seja:
TCP = TP
X
NA - NNF
NA
onde TC = total corrigido = TCP
TP = total de pontos
NA = número de docentes que avaliaram
NNF = número de docentes não familiarizados com o título. Assim, o número de
docentes familiarizados com o título = NA - NNF.
A partir daí, o total corrigido foi classificado entre os cinco conceitos.
�6.1
3.3 PRIORIDADE PRÉ-ESTABELECIDA PELAS COMISSÕES DE BIBLIOTECAS
Em 1990, as Comissões das Bibliotecas Seccionais elaboraram uma lista por
ordem de prioridade, para fins de aquisição, uma vez que a Reitoria da UNICAMP
libera, em parcelas, os recursos financeiros anuais.
A Biblioteca Central recebeu as listas, previamente selecionadas segundo os
critérios de cada biblioteca seccional, exigindo apenas o respeito ao percentual de
20% dos títulos em cada categoria.
As cinco categorias eram: Prioridade A, B, C, D e E.
PRIORIDADE PRÉ-ESTABELECIDA PELAS COMISSÕES DE BIBLIOTECA
Conceito
Peso
A
100
B
75
C
50
D
25
E
0
Este critério foi utilizado pelo IFCH diretamente. Novamente não foi
necessária qualquer adaptação nos dados.
�6.1
3.4 ANÁLISE DE CUSTO
A análise de custo passou por processo semelhante ao uso da coleção.
Foram analisados os títulos de periódicos (separadamente) de acordo com as
unidades participantes do projeto. Todos os títulos cotados foram convertidos para o
dólar americano. Em seguida, foram analisados os preços obtidos e decidiu-se pela
distribuição em faixas de até US$ 99.00 até mais de US$ 10.000.00. Dos totais por
faixa tirou-se a média ponderada, por unidade, utilizando-se a seguinte fórmula:
preço médio=
nº. periódicos/faixa x preço médio da faixa
nº. total de periódicos
Os títulos do IFCH com preço médio obtiveram conceito 50. Os títulos de
maior valor receberam zero e os de menor valor tiveram 100 pontos. Os demais, 75 e
25, foram calculados segundo a média dos intervalos.
ANÁLISE DE CUSTO
Conceito
Peso
Muito Baixo
100
Baixo
75
Médio
50
Alto
25
Altíssimo
0
A divisão do critério em cinco conceitos, já previamente balizados pelas
diferenças de custo das diferentes áreas, não exigiu qualquer modificação.
�6.1
NÍVEL NACIONAL
Ao contexto da instituição outros critérios se agregaram com o objetivo de
apresentar o panorama do que significa a assinatura de determinado título de
periódico para a pesquisa no País.
3.5 INSERÇÃO DO TÍTULO NA LISTA BÁSICA DA CAPES
A Lista Básica da CAPES foi estabelecida, a partir do desenvolvimento de
metodologia a pedido do PNBU (Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias),
para avaliar as listas básicas de periódicos financiados pelo PAP (Programa de
Aquisição Planificada de Periódicos). Essa lista foi composta a partir da indicação de
especialistas em cada área. Participaram do programa 19 universidades espalhadas
em todo o território nacional, que ofereciam um total aproximado de 743 cursos,
classificados em 63 áres do conhecimento. O programa selecionou, ao todo, 2334
títulos, composto da Lista Básica (LB) e da Lista de Títulos Sugeridos (LTS). Elas
representaram um outro parâmetro metodológico, dada a sua representatividade junto
à comunidade científica do País.
Cada título de periódico foi confrontado com a LB e LTS das
áreas específicas e correlatas, conforme pesos da escala abaixo.
�6.1
INSERÇÃO DO TÍTULO NA LISTA BÁSICA DA CAPES
Conceito
Peso
Integra LB e LTS da área
100
Integra LB e LTS de áreas correlatas
50
Não integra LB e LTS
0
Como os títulos analisados não continham a determinação de área do
conhecimento, esse critério, inicialmente com três conceitos, desconsiderou - "integra
LB (Lista Básica) e/ou LTS (Lista de Títulos Sugeridos da Area)" -, reduzindo apenas
para:
integra LB e/ou LTS da área - 100
não integra LB e/ou LTS
- 0
3.6 STATUS DO TÍTULO NO CCN
O critério de análise da coleção de periódicos face ao CCN, indicado como
critério auxiliar, representou importante indicador na tomada de decisão. Porém,
somente no que se refere aos periódicos de menor interesse, detectados na análise
global, com o objetivo de evitar o corte de periódicos de difícil obtenção no Brasil.
�6.1
Na tabela abaixo, é demonstrada a escala para este critério.
STATUS DO TÍTULO NO CCN
Conceito
Peso
Único no País
100
Mais completo no País
75
Único na Região
50
Mais completo na Região
25
Semelhante às outras bibliotecas
0
A análise dos dados acima revelou que muitos dos títulos eram recémassinados pela UNICAMP e os sistemas de indexação como o CCN levam tempo
para absorver o novo registro.
NÍVEL INTERNACIONAL
Na era da globalização é essencial que as coleções de periódicos
depositadas nas bibliotecas brasileiras sejam, também, analisadas face a critérios
consagrados internacionalmente. Por outro lado, é fundamental que essa coleção
contemple as discussões locais e regionais.
�6.1
3.7 INCLUSÃO DO TÍTULO EM FONTE DE REFERÊNCIA E/OU BASE DE DADOS
Títulos listados em fontes de referência internacionais, do tipo index, abstracts
ou base de dados bibliográficas, denotam ser o título suficientemente importante para
a área.
No tocante à indexação, a coleta de dados foi feita a partir de dados extraídos
do último fascículo de cada título e, também, em outras obras de referência da própria
área e no ULRICH'S.
Os pontos de escala são:
INCLUSÃO DO TÍTULO EM FONTE DE REFERÊNCIA E/OU BASE DE DADOS
Conceito
Peso
Indexado
100
Não indexado
0
Este critério também não exigiu qualquer modificação.
4 REVISÃO CRÍTICA DOS ESTUDOS E DE CRITÉRIOS APLICADOS
Os problemas enfrentados durante o processo de coleta de dados e as
dificuldades operacionais vivenciadas na aplicação de alguns dos indicadores
permitem fazer inferências em relação a vários dos critérios utilizados. Para tanto,
sugere-se a aplicação dos indicadores abaixo, já reestruturados, tanto no que diz
respeito à coleta de dados, como em seus próprios objetivos.
4.1 UNIVERSO DA PESQUISA
�6.1
A primeira questão diz respeito ao universo da coleção de periódicos, sendo
recomendável a análise de todos os títulos correntes, sejam recebidos por assinatura,
doação ou intercâmbio. A avaliação da coleção de periódicos, a partir dos títulos
assinados pela UNICAMP, criou expectativas negativas quanto à possibilidade de
redução do número de assinaturas e de cortes de despesa. Assim, o processo
avaliatório, ao invés de contar com a participação da comunidade acadêmica, embora
muitos esforços tenham sido envidados na busca dessa parceria, não contou, no
princípio, com a motivação e a participação da comunidade acadêmica.
4.2 USO DA COLEÇÃO
No tocante ao uso da coleção, a falta de padrão para estabelecer
homogeneização na coleta de dados foi um dos grandes desafios.
Ademais, a relação número de fascículos depositados na biblioteca e número
de transações está diretamente vinculada ao número de transações de empréstimo.
�6.1
4.3 CONSULTA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
O indicador de consulta à comunidade docente é superado pela consulta à
comunidade universitária. A inclusão de outros segmentos da comunidade, em
especial pesquisadores e alunos dos programas de pós-graduação, é imprescindível
para garantir a diversidade de opiniões dos diferentes grupos que compõem o cenário
da pesquisa e da produção científica. Também em áreas do conhecimento, onde a
diversidade temática é muito ampla e complexa, é importante realizar uma pesquisa
censitária.
Finalmente, as listas dos periódicos a serem enviadas à comunidade devem
estar acompanhadas da área de conhecimento de cada título.
4.4 AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA COLEÇÃO
A prioridade pré-estabelecida pelas Comissões de Biblioteca nada mais é do
que uma avaliação anterior, porém, elaborada a partir de análises informais. A adoção
desse critério, agora estabelecido em bases metodológicas criteriosas, fornece
subsídios para futuros estudos e deve ser adicionado em avaliações posteriores. Do
ponto de vista prático, a atualização da lista disponível na Biblioteca Central para fins
de aquisição é fundamental porque garante a agilidade na aquisição de "títulos
chaves" para a pesquisa.
4.5 ANÁLISE DE CUSTO
�6.1
A atualização dos dados de custo de aquisição é recomendável. A literatura,
nos últimos anos, tem descrito aumentos anuais desses custos.
Em síntese, a análise de custo é um critério de desempate na tomada de
decisão e, portanto, é um critério auxiliar.
4.6 INSERÇÃO DO TÍTULO NA LISTA BÁSICA DA CAPES
A comunidade científica tem sérias responsabilidades com respeito à
composição de títulos de periódicos fundamentais e disponíveis no Brasil. Assim, duas
questões são fundamentais. A proposição de reaplicação pela CAPES, objetivando
sua atualização, uma vez que a pesquisa é dinâmica. Em segundo lugar, a Lista da
CAPES fornece subsídios para o projeto de aquisição planificada, em âmbito nacional,
e pode se transformar no embrião da criação de vocações e da valorização de centros
referenciais nas universidades brasileiras. Representa o núcleo de interesse da
comunidade científica nacional.
4.7 STATUS DO TÍTULO NO CCN
O levantamento, mesmo que parcial, do status de cada título no CCN
demonstrou que as coleções depositadas nas bibliotecas brasileiras têm excessiva
duplicação, as coleções são incompletas e têm, também, ausentes muitos títulos
importantes à pesquisa no Brasil.
�6.1
Propõe-se, também, a redução
para três conceitos: único no país, mais
completo no país e semelhantes às outras bibliotecas, evitando elitizar ainda mais a
região sudeste.
4.8 INCLUSÃO DO TÍTULO EM FONTE DE REFERÊNCIA E/OU BASE DE DADOS
Talvez valesse a pena ser mais criterioso na seleção das fontes de referência,
relacionando, previamente, apenas as mais importantes de cada área. De fato, a
divulgação das bases de dados contempladas necessitam acompanhar o resultado da
pesquisa. Para tanto, ULRICH's (diretório) e fontes menos significativas não seriam
computadas.
Por outro lado, a coleta não pode se restringir ao Science Citation Index
porque contempla muito mais os periódicos publicados em língua hegemônica.
4.9 FATOR DE IMPACTO (MEDIDA DE FREQÜÊNCIA) DO TÍTULO
O projeto inicial previa a utilização da medida de freqüência do título de cada
periódico citado no Science Citation Index e no Social Science Citation Index,
publicados no JOURNAL OF CITATION REPORTS, por um dado período, como outro
indicador para identificação da qualidade do título a nível internacional. Tem-se como
�6.1
resultado títulos classificados de acordo com o volume médio de citações obtidas por
seus artigos. A opção por essa obra de referência se deu, embora não favoreça os
países em desenvolvimento, por ser a única publicação existente a tratar da medida
de freqüência de citações de publicações periódicas.
Esse critério requer muita cautela. MUELLER elenca algumas dificuldades no
uso desse indicador e sugere amplas análises antes da adoção e da aplicação do
fator de impacto. Aponta, ainda, na área de humanidades, a irregularidade das
publicações periódicas e a falta de hábito dos editores em colaborarem com os
serviços de citação (MUELLER, 1991).
Finalmente, apesar dos problemas detectados quanto à sua aplicabilidade, é
recomendável que o fator de impacto seja acrescido nas avaliações de periódicos,
não só para ser testado, mas também para acompanhar o ranking das publicações
mais conceituadas na pesquisa internacional.
4.10 ORIGEM DE PUBLICAÇÃO DO TÍTULO DE PERIÓDICO
A inclusão do país de origem de cada publicação periódica permite levantar
dados para a discussão de globalização da pesquisa: países centrais versus países
periféricos; pesquisa internacional versus pesquisa regional; línguas hegemônicas e
outras variáveis.
�6.1
4.11 DATA
DE INÍCIO DE PUBLICAÇÃO DO TÍTULO E DE RECEBIMENTO
NA
BIBLIOTECA
A data de início de publicação do título e de recebimento na biblioteca, para
cada periódico, auxilia e aprimora a análise do critério de uso da coleção e interfere na
análise dos critérios: da lista básica da CAPES, no status do título no CCN, na
inclusão do título em fontes de referência e no fator de impacto, uma vez que existe
defasagem entre disponibilidade do título e a sua inclusão nos sistemas CAPES, CCN
e fontes de referência.
4.12 DEFINIÇÃO DA ÁREA DO TÍTULO E DE SUAS ÁREAS CORRELATAS
A exclusão de determinação da área do conhecimento de cada título e de
suas áreas correlatas incide diretamente nos critérios de consulta à comunidade e
inclusão da lista básica da CAPES, que trabalha com as áreas e áreas correlatas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, a aplicação da bibliometria é insuficiente para responder às
questões pertinentes aos indicadores da produção científica, mas representa o ponto
de partida e, mesmo, o ingrediente indispensável no processo avaliatório de C&T
�6.1
nacional. Na verdade, os escores quantitativos são o somatório de pequenos
julgamentos e apreciações, realizados sobre determinados aspectos. A análise de
cada indicador vai nos revelando as várias facetas de uma mesma questão, o que nos
leva a novos questionamentos e discussões.
CASTRO nos auxilia quando diz que há duas vertentes nos processos de
avaliação. "A avaliação por pares, fortemente ancorada na reputação adquirida pelo
avaliado. A segunda deriva-se de critérios mais quantitativos que desembocam na
bibliometria e na cientometria. Previsivelmente, as alternativas mais interessantes
parecem residir em combinações dos dois métodos" (CASTRO, 1985).
Examinando as idéias de CASTRO, verifica-se que a avaliação por pares, que
contém muitos julgamentos subjetivos e imediatos, torna imprescindível o método
quantitativo, o que significa, na verdade, manipular quantitativamente julgamentos
qualitativos. No fundo, é um processo de contagem de coisas que já foram
qualitativamente julgadas.
Em síntese, na avaliação da produção científica contempla-se, primeiramente,
os indicadores de avaliação pelos pares e, depois, emprega-se a bibliometria. A partir
da combinação dos dois métodos chega-se a análises mais complexas.
A avaliação inicial das coleções de periódicos demanda indicadores
bibliométricos para, posteriomente, chegar a avaliações mais subjetivas. A análise da
coleção existente à luz da bibliometria permite aprimorar as coleções depositadas
em bibliotecas brasileiras. Evitar os desperdícios, o desequilíbrio e as injustiças
próprias
�6.1
da falta de diretrizes consensuais e de estudos básicos é essencial para dar suporte
às atividades de pesquisa em escala sistêmica.
A bibliometria, enquanto técnica, preliminarmente, permite manipular vários
elementos quantitativos. Entretanto, não dá conta de continuar o processo de
avaliação dessas coleções do ponto de vista de cancelamento de títulos e de inserção
de novos títulos.
A idéia de desenvolver indicadores objetivados de avaliação é uma medida
que, na melhor das hipóteses, reflete a subjetividade da pesquisa. Em última
instância, explicita critérios de estabelecimento de valores e de interesses. Segundo
as palavras de SCHWARTZMAN "a questão da avaliação é, em última análise, uma
questão política, no sentido de que implica um processo constante de negociações,
compromissos e conflitos entre diversos tipos de interesse." (SCHWARTZMAN,1981).
A pesquisa não é algo que se define por si mesma, mas sempre em relação a
algo. Existem pelo menos três possibilidades para o fazer da pesquisa, que se
misturam: a neutralidade versus o engajamento; a pesquisa de caráter internacional
versus a pesquisa regional e local e, finalmente, a vocação de cada instituição de
pesquisa. E, em todos esses momentos, as coleções das bibliotecas universitárias
brasileiras refletem essa associação.
ABSTRACT
This paper, based on a pilot project being carried out at the University of Campinas
(UNICAMP), presents indicators(?) for evaluating journal collections in Brazilian
university libraries. The aim is to offer a methodology establishing similar parameters,
which will make it possible to rationalize resources and develop research and
knowledge.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
�6.1
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�
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
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Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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Title
A name given to the resource
Indicadores de avaliação para coleções de periódicos das bibliotecas universitárias brasileiras: reflexões sobre o estudo das revistas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas- IFCH-UNICAMP.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Nascimento, Maria Alice Rebello
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresentam-se, a partir de um projeto-piloto em desenvolvimento na UNICAMP, indicadores de avaliação para as coleções de periódicos em bibliotecas universitárias brasileiras, objetivando oferecer metodologia que estabeleça parâmetros semelhantes, com vistas à racionalização de recursos e desenvolvimento da pesquisa e da capacitação nacional.
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ÍNDICE DE ASSUNTOS
Nota: O índice remete para a numeração decimal do Sumário, repetida na margem superior
de cada página.
Ação cultural
Extensão universitária;
Administração
Universidade Federal de São
Avaliação de desempenho;
Carlos (UFSCar); Biblioteca
Recursos humanos; Universidade
Federal do Paraná (UFPR) Comunitária - 8.21
8.18
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) Biblioteca para cegos; Braille;
Biblioteca Central;
Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) - Biblioteca Central Comunicação - 8.20
8.3
Acervo
Preservação de Acervo;
Deterioração de coleção 5.2
Depredação de Acervo;
Universidade Federal de
Sergipe (UFS) - Biblioteca
Central - 8.1
Desenvolvimento de coleções;
Consórcio de bibliotecas;
Biblioteca virtual - 5.1
Medidas de segurança;
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Biblioteca de
Ciência e Tecnologia; Furto
de livros - 8.2
Multa financeira - 5.6
Acervo audiovisual
Base de dados; Banco de
imagens; Área de Saúde 5.4
Motivação - 6.14
Recursos humanos; Universidade
do Estado de Santa Catarina
(UDESC) - Biblioteca
universitária - 6.16
América Latina
Aquisição planificada; Perfil
profissional; Tecnologia de
informação - 2.3
Análise comparativa de periódicos
Indexação de periódicos;
Comunicação Social - 5.19
Aquisição
Automação; Universidade
Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (UNESP Araraquara); Base de dados
DEMIQ - 8.6
Automação; Universidade Federal
do Espirito Santo (UFES);
Seleção automatizada - 5.9
Base de dados; MicroIsis 8.8
�Seleção automatizada; Instituto
Tecnológico de Aeronáutica
(ITA) - 5.7
Aquisição de periódicos
Recursos financeiros;
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) - 5.8
Aquisição planificada
Perfil profissional; Tecnologia
de informação; América Latina 2.3
Área de Saúde
Acervo audiovisual; Base de
dados; Banco de imagens 5.4
Automação
Conversão retrospectiva;
Catalogação em linha; Gestão
para modernização;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi) - 6.6
Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho
(UNESP - Araraquara); Base de
dados DEMIQ; Aquisição 8.6
Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) - Sistema de
Bibliotecas; Reengenharia 5.10
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Sistema de
Bibliotecas - 8.4
Universidade Federal do
Espirito Santo (UFES);
Seleção automatizada; Aquisição 5.9
Auxiliar de biblioteca
Perfil profissional; Recursos
humanos; Universidade Federal
do Paraná (UFPR) - Sistema de
Bibliotecas - 8.17
Avaliação de coleções
Publicações científicas;
Periódicos; Universidade
Estadual de Campinas
(UNICAMP) - 6.1
Universidade de São Paulo (USP)
- Instituto de Geociências;
Periódicos - 6.2
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Periódicos; Gerenciamento de
acervos - 6.4
Avaliação de desempenho
Avaliação de pessoal;
Universidade Federal de Goiás
(UFG) - 6.15
Recursos humanos; Universidade
Federal do Paraná (UFPR);
Administração - 8.18
Avaliação de pessoal
Universidade Federal de Goiás
(UFG); Avaliação de
desempenho - 6.15
�Avaliação de produtos
Avaliação de serviços; Recursos
Humanos; Recursos Financeiros 3.1
Estudo de usuários;
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Subsistema de
Bibliotecas de Ciências
Humanas, Letras e Artes;
Avaliação de serviços - 5.16
Ergonomia; Consórcio ISTEC;
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) - Biblioteca
Universitária - 5.14
Indexação de diapositivos;
Empresa Dental Press
International; Clinica
ortodôntica - 8.7
MicroIsis; Aquisição - 8.8
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Biblioteca de Ciência
e Tecnologia; Avaliação de
serviços - 6.3
Avaliação de serviços
Avaliação de produtos; Estudo
de usuários; Universidade
Federal do Ceará (UFC) Subsistema de Bibliotecas de
Ciências Humanas, Letras e
Artes - 5.16
Avaliação de produtos;
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Biblioteca de Ciência
e Tecnologia - 6.3
Recursos Humanos; Recursos
Financeiros; Avaliação de
produtos - 3.1
Banco de imagens
Área de Saúde; Acervo
audiovisual; Base de dados 5.4
Base de dados
Banco de imagens; Área de
Saúde; Acervo audiovisual 5.4
Radio e televisão
universitárias; Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE);
Centro de Documentação;
Material audiovisual - 5.13
Base de dados bibliográficos
Coleta de documentos; Produção
de base de dados - 5.15
Base de dados DEMIQ
Aquisição; Automação;
Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho
(UNESP - Araraquara) - 8.6
Base de dados ENERGY
Base de Dados Nacional de
Energia; Centro de
Informações Nucleares
(CIN/CNEN); Rede Brasileira
de Informação em Energia
(RBIE) - 5.22
Base de dados ERIC
Base de dados UNIBIBLI; Serviço
de referencia automatizado;
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP);
Levantamento bibliográfico
�automatizado - 8.5
Base de Dados Nacional de Energia
Centro de Informações Nucleares
(CIN/CNEN); Rede Brasileira
de Informação em Energia
(RBIE); Base de dados ENERGY 5.22
Base de dados UNIBIBLI
Serviço de referencia
automatizado; Universidade
Estadual de Campinas
(UNICAMP); Levantamento
bibliográfico automatizado;
Base de dados ERIC - 8.5
Base EXECAPES
Dissertações e teses
brasileiras; Recuperação da
informação - 7.4
Bases de dados
Linguagem de indexação; Ciência
no Terceiro Mundo - 5.12
Bases locais
Referencia; Biblioteca
Comunitária; Universidade
Federal de São Carlos
(UFSCar) - 8.15
Bibliodata
Catalogação cooperativa - 2.2
Biblioteca Comunitária
Ação cultural; Extensão
universitária; Universidade
Federal de São Carlos
(UFSCar) - 8.21
Captação de recursos externos;
Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (PADCT);
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) - 6.8
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Bases
locais; Referencia - 8.15
Biblioteca para cegos
Braille; Universidade Federal
da Paraíba (UFPB) Biblioteca Central;
Administração - 8.3
Biblioteca universitária e
contexto acadêmico
Interdisciplinaridade - 7.1
Planejamento estratégico;
Sistema Nacional de Bibliotecas
Universitárias (SNBU) - 4.3
Biblioteca virtual
Acervo; Desenvolvimento de
coleções; Consórcio de
bibliotecas - 5.1
Internet; Produção científica;
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE);
Tecnologia de informação 5.23
Braille
Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) - Biblioteca Central;
Administração; Biblioteca para
cegos - 8.3
�Campanha educativa
Modelo de avaliação; Depredação
do acervo; Furto de livros 5.5
Capacitação de recursos humanos
Gestão da qualidade;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi) - 6.11
Captação de recursos externos
Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (PADCT);
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Biblioteca
Comunitária - 6.8
Catalogação cooperativa
Bibliodata - 2.2
Catalogação de obras raras
Livro raro; Memória
bibliográfica; Universidade
Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) - 5.3
Catalogação em linha
Conversão retrospectiva;
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - Sistema
de Bibliotecas - 5.11
Gestão para modernização;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Automação; Conversão
retrospectiva - 6.6
Centro de Documentação
Material audiovisual; Base de
dados; Radio e televisão
universitárias; Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) 5.13
Centro de Informações Nucleares
(CIN/CNEN)
Política de serviços;
Tecnologia de informação 1.3
Rede Brasileira de Informação
em Energia (RBIE); Base de
dados ENERGY; Base de Dados
Nacional de Energia - 5.22
Ciência no Terceiro Mundo
Bases de dados; Linguagem de
indexação - 5.12
Clínica ortodôntica
Base de dados; Indexação de
diapositivos; Empresa Dental
Press International - 8.7
Coleta de dados
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Estatística - 8.9
Coleta de documentos
Produção de base de dados; Base
de dados bibliográficos 5.15
�Comportamento do usuário
Metodologia; Estudo de Usuários 8.11
Comunicação
Ação cultural; Universidade
Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE) - Biblioteca Central 8.20
Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (CNPq)
Internet; Comunicação
científica, Programa Prossiga - 4.1
Consorcio de bibliotecas
Biblioteca virtual; Acervo;
Desenvolvimento de coleções 5.1
Qualidade; Serviço de
referencia - 5.25
Comunicação cientifica
Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (CNPq); Internet
Programa Prossiga - 4.1
Comunicação Social
Analise comparativa de
periódicos; Indexação de
periódicos - 5.19
Comunicação visual
Marketing; Universidade Federal
de Uberlândia (UFU) - 8.22
Comutação eletrônica
ISTEC Library Linkages Program;
Ibero-American Science and
Technology Education
Consortium (ISTEC); Internet 5.24
Consorcio ISTEC
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) - Biblioteca
Universitária; Base de dados;
Ergonomia - 5.14
Conversão retrospectiva
Catalogação em linha; Gestão
para modernização;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi); Automação 6.6
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - Sistema
de Bibliotecas; Catalogação
em linha - 5.11
Depredação de acervo
Acervo; Universidade Federal de
Sergipe (UFS) - Biblioteca
Central - 8.1
Furto de livros; Campanha
educativa; Modelo de
avaliação - 5.5
�Desenvolvimento de coleções
Consórcio de bibliotecas;
Biblioteca virtual; Acervo 5.1
Deterioração de coleção
Preservação de acervo; Acervo 5.2
Dissertações e teses brasileiras
Recuperação da informação; Base
EXECAPES - 7.4
Distribuição de pessoal
Recursos Humanos; Universidade
de São Paulo (USP) - Sistema
Integrado de Bibliotecas
(SIBi) - 6.13
Editoração
Periódicos; Política editorial;
Pontifícia Universidade
Católica de Campinas
(PUCCAMP) - 8.19
Empresa Dental Press International
Clinica ortodôntica; Base de
dados; Indexação de
diapositivos - 8.7
Ergonomia
Consórcio ISTEC; Universidade
Federal de Santa Catarina
(UFSC) - Biblioteca
Universitária; Base de dados 5.14
Páginas Web; Redes acadêmicas;
Internet - 5.20
Paradigmas de bibliotecas
universitárias - 5.21
Espaço de comunicação
Objetivos da biblioteca
universitária - 7.6
Estatística
Coleta de dados; Universidade
de São Paulo (USP) - Sistema
Integrado de Bibliotecas
(SIBi) - 8.9
Estudo de usuários
Comportamento do usuário;
Metodologia - 8.11
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Subsistema de
Bibliotecas de Ciências
Humanas, Letras e Artes;
Avaliação de serviços;
Avaliação de produtos - 5.16
Extensão universitária
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Biblioteca
Comunitária; Ação cultural 8.21
Fontes de informação
Pesquisa tecnológica;
Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) Departamento de Engenharia
Elétrica - 5.17
Furto de livros
Acervo; Medidas de segurança;
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Biblioteca de
�Ciência e Tecnologia - 8.2
Campanha educativa; Modelo de
avaliação; Depredação do
acervo - 5.5
Gerenciamento de acervos
Avaliação de coleções;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Periódicos - 6.4
Gestão da qualidade
Informação para qualidade;
Qualidade de informação - 6.9
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Capacitação de recursos humanos 6.11
Gestão para modernização
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Automação; Conversão
retrospectiva; Catalogação em
linha - 6.6
Habito de leitura
Universidade Estadual de
Londrina (UEL) - Curso de
Biblioteconomia - 7.3
Ibero-American Science and
Technology Education Consortium
(ISTEC)
Internet; Comutação eletrônica;
ISTEC Library Linkages Program 5.24
Indexação de diapositivos
Empresa Dental Press
International; Clinica
ortodôntica; Base de dados 8.7
Indexação de periódicos
Comunicação Social; Analise
comparativa de periódicos 5.19
Índice de citação
Odontologia; Publicações
periódicas latino-americanas 5.18
Informação para qualidade
Qualidade de informação; Gestão
da qualidade - 6.9
Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA)
Aquisição; Seleção automatizada 5.7
Integração
Programa Nacional de
Bibliotecas Universitárias
(PNBU); Sistema Nacional de
Bibliotecas Universitárias
(SNBU) - 6.7
Interdisciplinaridade
Biblioteca universitária e
contexto acadêmico - 7.1
�Internet
Comunicação científica;
Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (CNPq)
Programa Prossiga - 4.1
Comutação eletrônica; ISTEC
Library Linkages Program;
Ibero-American Science and
Technology Education
Consortium (ISTEC) - 5.24
Ergonomia; Páginas Web; Redes
acadêmicas - 5.20
Normalização de acervos
eletrônicos - 8.12
Produção científica;
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE);
Tecnologia de informação;
Biblioteca virtual - 5.23
ISO 9004-2
Unidade de informação;
Qualidade - 6.10
ISTEC Library Linkages Program
Ibero-American Science and
Technology Education
Consortium (ISTEC); Internet;
Comutação eletrônica - 5.24
Levantamento bibliográfico
automatizado
Base de dados ERIC; Base de
dados UNIBIBLI; Serviço de
referencia automatizado;
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - 8.5
Linguagem de indexação
Ciência no Terceiro Mundo;
Bases de dados - 5.12
Livro raro
Memória bibliográfica;
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ); Catalogação
de obras raras - 5.3
Marketing
Universidade Federal da Paraíba
(UFPb) - Biblioteca Central;
Serviços ao usuário - 8.10
Universidade Federal de
Uberlândia (UFU); Comunicação
visual - 8.22
Material audiovisual
Base de dados; Radio e
televisão universitárias;
Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE); Centro de
Documentação - 5.13
Medidas de desempenho
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - Sistema
de Bibliotecas; Padronização
de relatórios; Padronização
de coleta de dados - 8.16
Medidas de segurança
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Biblioteca de
Ciência e Tecnologia; Furto
de livros; Acervo - 8.2
�Memória bibliográfica
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ); Catalogação
de obras raras; Livro raro 5.3
Metodologia
Estudo de Usuários;
Comportamento do usuário 8.11
Metodologia de pesquisa
pós-graduação em Ciência da
Informação; Universidade
Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ); Produção científica 4.4
MicroIsis
Aquisição; Base de dados 8.8
Modelo de avaliação
Depredação do acervo; Furto de
livros; Campanha educativa 5.5
Motivação
Administração - 6.14
Normalização de acervos
eletrônicos
Internet - 8.12
Objetivos da biblioteca
universitária
Espaço de comunicação - 7.6
Odontologia
Publicações periódicas
latino-americanas; Índice de
citação - 5.18
Padronização de coleta de dados
Medidas de desempenho;
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - Sistema
de Bibliotecas; Padronização
de relatórios - 8.16
Padronização de relatórios
Padronização de coleta de
dados; Medidas de desempenho;
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) - Sistema
de Bibliotecas - 8.16
Páginas Web
Redes acadêmicas; Internet;
Ergonomia - 5.20
Multa financeira
Acervo - 5.6
Necessidades informacionais
Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUI);
Universidade e Industria;
Usuário empresarial - 7.5
Paradigmas de bibliotecas
universitárias
Ergonomia - 5.21
�contexto acadêmico - 4.3
Perfil profissional
Recursos humanos; Universidade
Federal do Paraná (UFPR) Sistema de Bibliotecas;
Auxiliar de biblioteca - 8.17
Tecnologia de informação;
América Latina; Aquisição
planificada - 2.3
Periódicos
Avaliação de coleções;
Universidade de São Paulo (USP)
- Instituto de Geociências 6.2
Gerenciamento de acervos;
Avaliação de coleções;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi) - 6.4
Política editorial; Pontifícia
Universidade Católica de
Campinas (PUCCAMP);
Editoração - 8.19
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP); Avaliação
de coleções; Publicações
científicas - 6.1
Pesquisa tecnológica
Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) Departamento de Engenharia
Elétrica; Fontes de
informação - 5.17
Planejamento estratégico
Sistema Nacional de Bibliotecas
Universitárias (SNBU);
Biblioteca universitária e
Produção científica
Metodologia de pesquisa;
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Sistema de
Bibliotecas - 6.5
Planejamento orçamentário
Recursos financeiros - 2.1
Política de serviços
Tecnologia de informação;
Centro de Informações Nucleares
(CIN/CNEN) - 1.3
Tecnologia de informação;
Serviços ao usuário - 1.2
Política editorial
Pontifícia Universidade
Católica de Campinas
(PUCCAMP); Editoração;
Periódicos - 8.19
Pontifícia Universidade Católica
de Campinas (PUCCAMP)
Editoração; Periódicos;
Política editorial - 8.19
Pós-graduação em Ciência da
Informação
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ); Produção
científica; Metodologia de
pesquisa - 4.4
Preservação de acervo
Acervo; Deterioração de coleção 5.2
Estadual de Campinas
(UNICAMP); Avaliação de
�pós-graduação em Ciência da
Informação; Universidade
Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) - 4.4
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) Sistema de Bibliotecas 7.2
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE);
Tecnologia de informação;
Biblioteca virtual; Internet 5.23
Produção de base de dados
Base de dados bibliográficos;
Coleta de documentos - 5.15
Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (PADCT)
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Biblioteca
Comunitária; Captação de
recursos externos - 6.8
Programa Nacional de Bibliotecas
Universitárias (PNBU)
Sistema Nacional de Bibliotecas
Universitárias (SNBU);
Integração - 6.7
Programa Prossiga
Comunicação Científica, Conselho
Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, Internet - 4.1
Publicações científicas
Periódicos; Universidade
coleções - 6.1
Publicações periódicas
latino-americanas
Índice de citação; Odontologia 5.18
Qualidade
ISO 9004-2; Unidade de
informação - 6.10
Serviço de referencia;
Comunicação - 5.25
Qualidade de informação
Gestão da qualidade; Informação
para qualidade - 6.9
Rádio e televisão universitária
Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE); Centro de
Documentação; Material
audiovisual; Base de dados 5.13
Recuperação da informação
Base EXECAPES; Dissertações e
teses brasileiras - 7.4
Recursos financeiros
Avaliação de produtos;
Avaliação de serviços; Recursos
Humanos - 3.1
Planejamento orçamentário - 2.1
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS);
Aquisição de periódicos - 5.8
�Recursos humanos
Recursos Financeiros; Avaliação
de produtos; Avaliação de
serviços - 3.1
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi);
Distribuição de pessoal - 6.13
Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) - Biblioteca
universitária; Administração 6.16
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Sistema de
Bibliotecas; Auxiliar de
biblioteca; Perfil
profissional - 8.17
Universidade Federal do Paraná
(UFPR); Administração;
Avaliação de desempenho - 8.18
Valorização profissional;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi) - 6.12
Rede Brasileira de Informação em
Energia (RBIE)
Base de dados ENERGY; Base de
Dados Nacional de Energia;
Centro de Informações Nucleares
(CIN/CNEN) - 5.22
Redes acadêmicas
Internet; Ergonomia; Paginas
Web - 5.20
Reengenharia
Automação; Universidade Federal
de Uberlândia (UFU) - Sistema
de Bibliotecas - 5.10
Referência
Biblioteca Comunitária;
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Bases locais 8.15
Seleção automatizada
Aquisição; Automação;
Universidade Federal do
Espirito Santo (UFES) - 5.9
Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA); Aquisição 5.7
Serviço de referência
Comunicação; Qualidade - 5.25
Serviço de referência automatizado
Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP);
Levantamento bibliográfico
automatizado; Base de dados
ERIC; Base de dados UNIBIBLI 8.5
Serviços ao usuário
Marketing; Universidade Federal
da Paraíba (UFPb) Biblioteca Central - 8.10
Política de serviços;
Tecnologia de informação 1.2
�Tecnologia de informação;
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi) - 4.2
ao usuário - 4.2
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) - Centro
Referencial - 8.14
Tecnologias de CD-ROM - 1.1
Sistema educacional
Tecnologia de informação 8.13
Tecnologias de CD-ROM
Serviços ao usuário - 1.1
Unidade de informação
Qualidade; ISO 9004-2 - 6.10
Sistema Nacional de Bibliotecas
Universitárias (SNBU)
Biblioteca universitária e
contexto acadêmico;
Planejamento estratégico 4.3
Integração; Programa Nacional
de Bibliotecas Universitárias
(PNBU) - 6.7
Tecnologia de informação
América Latina; Aquisição
planificada; Perfil
profissional - 2.3
Biblioteca virtual; Internet;
Produção científica;
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) - 5.23
Centro de Informações Nucleares
(CIN/CNEN); Política de
serviços - 1.3
Serviços ao usuário; Política
de serviços - 1.2
Universidade de São Paulo (USP) Instituto de Geociências
Periódicos; Avaliação de
coleções - 6.2
Universidade de São Paulo (USP) Sistema Integrado de Bibliotecas
(SIBi)
Automação; Conversão
retrospectiva; Catalogação em
linha; Gestão para
modernização - 6.6
Capacitação de recursos
humanos; Gestão da qualidade 6.11
Distribuição de pessoal;
Recursos Humanos - 6.13
Estatística; Coleta de dados 8.9
Periódicos; Gerenciamento de
acervos; Avaliação de
coleções - 6.4
Sistema educacional - 8.13
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi); Serviços
Recursos humanos; Valorização
profissional - 6.12
�Serviços ao usuário; Tecnologia
de informação - 4.2
Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) - Biblioteca
universitária
Administração; Recursos humanos 6.16
Universidade e indústria
Usuário empresarial;
Necessidades informacionais;
Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUI) 7.5
Universidade Estadual de Londrina
(UEL) - Curso de Biblioteconomia
Hábito de leitura - 7.3
Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (UNESP Araraquara)
Base de dados DEMIQ; Aquisição;
Automação - 8.6
Universidade Federal da Paraíba
(UFPb) - Biblioteca Central
Administração; Biblioteca para
cegos; Braille - 8.3
Serviços ao usuário; Marketing 8.10
Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP)
Avaliação de coleções;
Publicações científicas;
Periódicos - 6.1
Levantamento bibliográfico
automatizado; Base de dados
ERIC; Base de dados UNIBIBLI;
Serviço de referência
automatizado - 8.5
Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) - Sistema de
Bibliotecas
Catalogação em linha; Conversão
retrospectiva - 5.11
Padronização de relatórios;
Padronização de coleta de
dados; Medidas de desempenho 8.16
Universidade Federal de Goiás
(UFG)
Avaliação de desempenho;
Avaliação de pessoal - 6.15
Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE)
Centro de Documentação;
Material audiovisual; Base de
dados; Rádio e televisão
universitárias - 5.13
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) - Biblioteca
Universitária
Base de dados; Ergonomia;
Consórcio ISTEC - 5.14
�Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar)
Bases locais; Referência;
Biblioteca Comunitária - 8.15
Biblioteca Comunitária; Ação
cultural; Extensão
universitária - 8.21
Biblioteca Comunitária;
Captação de recursos externos;
Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (PADCT) - 6.8
Universidade Federal de Sergipe
(UFS) - Biblioteca Central
Depredação de acervo; Acervo 8.1
Universidade Federal de Uberlândia
(UFU)
Comunicação visual; Marketing 8.22
Universidade Federal de Uberlândia
(UFU) - Departamento de
Engenharia Elétrica
Fontes de informação; Pesquisa
tecnológica - 5.17
Universidade Federal de Uberlândia
(UFU) - Sistema de Bibliotecas
Reengenharia; Automação - 5.10
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Biblioteca de Ciência e
Tecnologia
Avaliação de serviços;
Avaliação de produtos - 6.3
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Sistema de Bibliotecas
Automação - 8.4
Planejamento estratégico 6.5
Universidade Federal do Ceará
(UFC) - Subsistema de
Bibliotecas de Ciências Humanas,
Letras e Artes
Avaliação de serviços;
Avaliação de produtos; Estudo
de usuários - 5.16
Universidade Federal do Espirito
Santo (UFES)
Seleção automatizada;
Aquisição; Automação - 5.9
Universidade Federal do Paraná
(UFPR)
Administração; Avaliação de
desempenho; Recursos humanos 8.18
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Biblioteca de Ciência e
Tecnologia
Furto de livros; Acervo;
Medidas de segurança - 8.2
Universidade Federal do Paraná
(UFPR) - Sistema de Bibliotecas
Auxiliar de biblioteca; Perfil
profissional; Recursos
humanos - 8.17
�Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ)
Catalogação de obras raras;
Livro raro; Memória
bibliográfica - 5.3
Produção científica;
Metodologia de pesquisa;
Pós-Graduação em Ciência da
Informação - 4.4
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) - Centro
Referencial
Tecnologia de informação 8.14
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS)
Aquisição de periódicos;
Recursos financeiros - 5.8
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS) - Sistema de
Bibliotecas
Produção científica - 7.2
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE)
Tecnologia de informação;
Biblioteca virtual; Internet;
Produção científica - 5.23
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) - Biblioteca
Central
Comunicação; Ação cultural 8.20
Universidade Regional do Noroeste
do Estado do Rio Grande do Sul
(UNIJUI)
Universidade e Industria;
Usuário empresarial;
Necessidades informacionais 7.5
Usuário empresarial
Necessidades informacionais;
Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUI);
Universidade e Industria 7.5
Valorização profissional
Universidade de São Paulo (USP)
- Sistema Integrado de
Bibliotecas (SIBi); Recursos
humanos - 6.12
�Produção Editorial
Departamento de Biblioteconomia e
Biblioteca Central da Universidade Federal do Paraná
Rua Gal. Carneiro, 370/380
80001-970 Curitiba - PR
Fone/Fax: (041) 262-7784
�LEIA-ME
1) IMPRESSÃO
Os documentos foram gerados para Impressora IBM LEXMARK 4039 10 PLUS.
Quando o documento for carregado com outro drive de impressão, poderão
ocorrer modificações no documento original.
Não é recomendável a impressão com drives que não suportam resolução
gráfica.
2) ATRIBUTO DOS ARQUIVOS INSTALADOS
Para evitar a desconfiguração do texto, preservando a padronização utilizada, os
arquivos foram gerados com o atributo de “somente leitura”(read only)
Caso seja necessário, este atributo poderá ser retirado, digitando-se a partir da
linha de comando:
ATRIB <NOME DO ARQUIVO>-R
Exemplo: ALTERAR ATRIBUTO DO ARQUIVO AUTORES.DOC
C:\SNBU\ATTRIB AUTORES.DOC -R <ENTER>
3) ACESSO AOS ARQUIVOS
PRELIMINARES (acesso: digite prelimin)
. Comissão Organizadora do IX SNBU
. Ficha Catalográfica
. Homenagem
. Agradecimentos
. Apresentação
. Nota do Editor
. Lista de Siglas
. Sumário
TRABALHOS (acesso: digite o número decimal que consta do Sumário, Índice
de autor ou Índice de assunto)
ÍNDICE DE ASSUNTO (acesso: assunto)
ÍNDICE DE AUTOR (acesso: autor)
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Índice de Assuntos
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Índice de Assuntos
Language
A language of the resource
pt
-
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ÍNDICE DE AUTOR
Nota: O índice remete para a numeração decimal do Sumário, repetida na margem superior
de cada página.
AFONSO, Vera Labatut Pinto Ribeiro
BECALLI, Ângela Maria
5.19
5.9
AKABASSI, Maria Aparecida da Costa
Pereira
8.15
ALMEIDA JUNIOR, Oswaldo Francisco
de
5.5
ALMEIDA, Marina dos Santos
6.13
ALMEIDA, Norma Helena P. de
6.5
ALVES, Maria Bernadete Martins
5.10
ANDRADE, Diva C.
6.4
ANJOS, Liane dos
8.18
ASSIS, Dario Crispim de
6.14
BAGGIO, Tania de Barros
8.2
BARANOW, Ulf Gregor
7.4
BARBALHO, Célia Regina Simonetti
6.10
BARREIRO, Selma Chi
5.15; 5.22
BARRETO, Auta Rojas
5.23
BELLUZZO, Regina Célia Baptista
5.25; 6.11
BENTO, Leila Maria
8.8
BESSA, Diana Maria Cirino
5.16
BUENO, Claudia Oliveira de Moura
6.15
BUFREM, Leilah Santiago
4.4
BÜRGER, Maria Cristina
5.8
CABRAL, Carlos Eduardo Lopes
5.10
CARELLI, Ana Esmeralda
7.3
CARVALHO, Isabel Cristina Louzada
5.9
CARVALHO, Maria Apparecida de
5.18
CARVALHO, Telma de
6.11
CAVALCANTE, Lidia Eugenia
6.9
CAVALCANTI, Ilce Gonçalves Milet
5.19
�CHAGAS, Paulo da Silva
8.3
DUARTE, Emeide Nobrega
8.10
CHASTINET, Yone
4.1
DUPAS, Maria Angélica
8.15
CIARCIA, Telma Vitols
8.9
DUTRA, Joel Souza
6.12
CORMIER, Patricia Marie Jeanne J.
4.3
ELEUTERIO, Sonia G. G.
6.4
CORREA, Elisa C. D.
6.16
FARIA, Sueli de Fatima
8.16
COSTA, Janise Silva Borges da
7.2
FERRARI, Adriana Cybele
6.11
COSTA, Marilia Damiani
5.21
FERREIRA, Betania
8.20
COUTO, Ione Caldas
5.14
FIORAVANTE, Moacyr Antonio
2.2
CRISTIANINI, Gláucia Maria Saia
6.14
FLEXA, Raimunda Miguelina Alves
6.11
CRUZ, Vilma A. Gimenes da
7.3
FREIRE, Bernardina Maria J.
8.10
CURTY, Marlene Gonçalves
8.7
FREITAS, Izamar da Silva
5.18
CYBIS, Walter de Abreu
5.14; 5.20
GALVÃO, Ana Maria Mattos
5.8
DAL LIN, Cristina
8.8
GLINSKI, Luzia
8.2
DI GIORGI, Maria Luiza Andrade
8.14
GOMES, Aparecida Cristina Abrahão
Novaes
8.15
�GONÇALVES, Dirce
8.6
LOUREIRO, Marili Nogueira
8.19
GROVER, Mark
2.3
MACEDO, Luiz Fernando Passos de
1.3
GUIMARÃES, Rachel Cristina Mello
5.9
MACIEIRA, Maria Helena S. Leao
6.3; 6.5
GUNCHO, Vera Regina
8.18
MADUREIRA, Maria Aparecida E.
7.3
HEEMANN, Vivian
5.14; 5.20; 5.21
MARCHIORI, Patrícia Zeni
5.1
IMPERATRIZ, Inês Maria de Morais
6.6; 6.12
MARCON, Silvia Dambroski
8.2
KEGLER, Nelcy Terezinha da Rosa
7.5
MARTINS, Ana Lúcia
8.4
KLAES, Rejane Raffo
1.2; 4.3; 6.7
MARTINS, Valéria S. G.
6.4
KRZYZANOWSKI, Rosaly Favero
4.2; 6.6; 6.12; 6.13
MATIAS, Márcio
5.20; 5.21
LAMBERT, Maria Betânia Monte Alto
5.15
MATOS, Isabel Pereira de
5.18
LANE, Sandra B.
5.2
MATOSO, Maria Cristina
8.19
LIMA, Justino Alves
8.1
MATSUMOTO, Cláudio Hideo
5.18
LLULL, Harry
5.24
MELO, Edison
5.20
LOPES, Conceição
5.23; 8.20
MENGATTO, Angela Pereira de Farias
8.2
�MERCADANTE, Leila
3.1
PEREIRA, Marilia Mesquita Guedes
8.3
MORAES, Lourdes de Souza
6.8
PERES, Rosanara Urbaneto
8.11
MORETO, Eutália Cristina do
Nascimento
8.2
PEREZ, Dolores Rodriguez
1.1
MOURA, Janeti Bombini de
8.9
NASCIMENTO, Maria Alice Rebello
6.1
NOGUEIRA, Norma Maria Fernandes
8.10
NOVELLI, Valéria Aparecida Moreira
8.6
OLIVEIRA, Erica Beatriz P. M. de
6.2; 6.4
OLIVEIRA, Tereza da Silva Freitas
5.18
OTSUKI, Helena Sumika Sanomiya
5.18
PARIZOTTO, Rosamelia
5.14
PASSOS, Rosemary
8.5
PAULO, Maria de Lourdes Mussi
7.1
PAVÃO, Caterina Groposo
5.8
PRINGOLATO, Elaine Maria Pereira
PERNAMBUCO, Osvaldélia Santos
5.4
PFITSCHER, Eloisa Futuro
6.7
PIMENTEL, Carlos Eduardo
5.13; 8.13
PINHEIRO, Edna Gomes
5.16; 6.3
PINHEIRO, Lena Vânia Ribeiro
2.1
PINTO, Virgínia Bentes
6.3; 6.9
PIRES, Fernando
6.5
PLAZA, Rosa Tereza Tierno
6.2; 6.13
PONCE, Ana Maria C.
8.11
PRADO, Geraldo Moreira
5.3
PRATI, Suely C.
6.4
RUSSO, Mariza
�5.10
1.1; 8.14
PRÓSPERO, Heloísa R. de
5.14; 5.20
SANTORO, Maria Isabel
5.24
PUPO, Deise Tallarico
8.15
SANTOS, Anamelea de C. P. Luiz dos
5.14; 5.20
QUEIROZ, Gilda Gama
1.3
SANTOS, Gildenir Carolino
8.5
QUEIROZ, Valéria Marques de
7.1
SANTOS, Maria Tereza M.
6.4
QUINSAN, Marilda Leite
5.7
SANTOS, Marilda Correa Leite dos
8.6
RAMOS, Lucia M. S. V. C.
6.4
SANTOS, Sandra Moreira dos
6.15
RAPOSO, Maria de Fátima Pereira
2.1
SARI, Solange T.
5.20
REZENDE, Martha Izabel Souza
Duarte
6.15
SAYÃO, Luis Fernando
5.12; 5.22
RIBEIRO, Célia Maria
8.5
RIBEIRO, Marcelo Marim Richard
Duarte
5.14
ROHEM, Vanda Pires
7.1
ROLDAN, Fernando Marmolejo
5.4
ROSSETO, Márcia
6.6
SCHARNBERG, June Magda Rosa
5.8
SCHLÖGEL, Elayne Margareth
8.17
SILVA FILHO, José Tavares da
5.3
SILVA, Angela Maria
5.17
SILVA, Josiberti Flávio A.
Monteiro da
8.6
�SILVA, Leopoldo Nogueira e
8.22
SUGUINO, Rosely
8.7
SILVA, Márcio de Assumpção Pereira
da
8.21
TARAPANOFF, Kira
4.3
SILVA, Valéria de Assumpção
Pereira da
8.6
SILVEIRA, Mário César
5.20
SIMIONI, Sandra Maria
5.14
SIMÕES, Samira Elias
8.18
SOARES, Francisco Jonatan
8.4
SOMA, Nei Yoshihiro
5.7
SOUTO MAIOR, Robéria César
8.10
SOUZA, Francisco das Chagas de
5.6; 7.6
SOUZA, Lígia Maria Silva
8.21
SOUZA, Maria de Fátima Alves de
6.11
STROPARO, Eliane Maria
8.2
SUGIMURA, Flavio Yoshihiko
5.7
TARUHN, Rosane
6.4
TEIXEIRA, Cláudio Magalhães
5.14
TOLEDO, Nanci de Oliveira
5.23; 8.20
VAL, Marta S. R. do
5.2
VIANA, José Antonio Rodrigues
8.12
VIANNA, Maria José Gomes Monteiro
7.1
VICENTINI, Priscila Carreira
Bittencourt
8.6
VIEIRA, Leociléa Aparecida
8.17
XAVIER, Eliane Falcão Tuler
5.25
ZANAGA, Mariângela Pisoni
5.11
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Índice de Autor
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Índice de Autor
Language
A language of the resource
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5.3
LABIRINTOS DO PASSADO:
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE OS ACERVOS DE LIVROS RAROS DAS
INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS DE ENSINO SUPERIOR
Geraldo Moreira Prado*
José Tavares da Silva Filho**
“A verdadeira imagem do passado perpassa,
veloz. O passado só se deixa fixar, como
imagem que relampeja irreversivelmente, no
momento em que é reconhecida”
Walter Benjamin
RESUMO
�
Ressaltamos a importância da preservação dos acervos de livros raros, juntamente
com a análise dos resultados das pesquisas realizadas pelo SIBI/CR/UFRJ para a
constituição do Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras de Ensino SuperiorBase BIBES, em 1994, e do Catálogo de Obras Raras da UFRJ-Base RAR, em
1995. Evidenciamos, neste ensaio, a construção de um saber que reflita, de forma
gradual (tanto no referente à unidade, quanto à diversidade do conhecimento do
passado), a verdade relativa do conhecimento científico da nossa realidade
contemporânea.
*
Professor do Programa de Mestrado em Ciência da Informação - conv. IBICT/CNPq-ECO/UFRJ e do
Mestrado (curso noturno) em Economia do Comércio Internacional da Universidade Estácio de Sá UNESA/RJ.
**
Diretor da Divisão Centro Referencial da Biblioteeca Central-SIBI/UFRJ.
�5.3
1 INTRODUÇÃO
Imaginamos que estamos fazendo uma sondagem hipotética perguntando
para 100% da população brasileira o que acha da importância dos acervos de livros
raros1 existentes nas bibliotecas das Instituições Brasileiras de Ensino Superior,
para aprofundar o saber1 científico sobre a realidade nacional hoje. Certamente,
iríamos ter respostas com as mais variadas deduções, o que tornaria inviável mesmo usando os mais modernos recursos computacionais - a realização da
tabulação e análise das respostas, para chegarmos a um resultado ilustrativo do
assunto em pauta.
Continuamos insistindo em nossa sondagem e fazendo a mesma pergunta.
Só que agora vamos selecionar grupos sociais específicos, seguindo a orientação
dos preceitos metodológicos da pesquisa científica em Ciências Sociais,
selecionando algumas das suas variáveis. Imaginamos que estamos entrevistando
pessoas de ambos os sexos, residentes nas zonas rurais e nos centros urbanos das
cinco macro-regiões geográficas brasileiras: pequenos (até cem mil habitantes),
médios (entre cem e quinhentos mil) e grandes (acima dos quinhentos mil), e das
seguintes faixas etárias: jovens entre 16 a 30 anos; meia idade, entre 30 e 60 anos
e 3ª. idade, acima dos 60 anos.
1
Livro raro: “Livro assim designado por ser detentor de alguma particularidade especial (conteúdo, papel,
ilustrações, ou por seus poucos exemplares conhecidos”. Cf. .FARIA, Maria Isabel & PERICÃO, Maria da
Graça. Op. Cit. p. 209. Ver também sobre este mesmo assunto PINHEIRO, Ana Virgínia Teixeira da Paz. Que é
livro raro?: uma metodologia para o restabelecimento de critérios de raridades bibliográficas. Rio de Janeiro:
Presença, 1989. p. 19. Estamos nos baseando nesta definição porque acreditamos que ela resume a de Ana
Vigínia Pinheiros que é, no Brasil, o principal livro que dá um tratamento e uma definição mais completa do
livro raro..
1
Preferimos usar aqui o conceito de saber e não de conhecimento, porque no contexto que ele é usado, neste
texto, adequa-se melhor às nossas proposições. Saber pode ser usado como unidade ou diversidade de um objeto.
Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira, saber significa: “ter
conhecimento, ciência, informação ou notícia de...”; enquanto conhecer significa: “ter conhecimentos técnicos e
especiais relativos a, ou próprios para...”.
�5.3
Provavelmente, a maioria absoluta dos moradores das zonas rurais e dos
pequenos e médios centros urbanos responderia as nossas questões mais ou
menos nesses tons: “não entendo muito bem nada disso não. Não sei prá que serve
não, acho que deve servir par alguma coisa, mas acho que isso é coisa véia e tudo
qui é véio é feio e tudo qui é novo é bonito. Acho qui tudo isso aí, livro, rádio,
televisão, só diz pabulagens par mode enganar os tabaréus2”.
As respostas de alguns intelectuais, especialmente daqueles dedicados à
leitura e aos estudos de caráter históricos, poderiam se estender por longas
dissertações orais ou escritas sobre este tema, sem esquecer de chamar atenção
para o capitulo sobre a Biblioteca de Babel do livro Ficções, de Jorge Luis Borges,
ou poderia também ser uma explicação concisa sobre a concepção do espaço
hexágonal ocupado pelo livro nas prateleiras das bibliotecas, segundo descrição de
Borges nesse ensaio.
Mas uma professora leiga do interior do país talvez ainda desse uma resposta
parecida com esta: “nus livros, nu livro de história, geografia, educação moral e
cívica, tudo agora cum o nome de estudos sociais, é bom pruquê nóis, eu i us meus
alunos, fica sabendo um bando de coisas bunitas do Brasi, fica sabendo quem é o
presidenti du Brasi e que o brasi era habitado por índio e que us índios daqui era
bom e ajudou mais us português i que hoje nóis num vivi mais isolado do mundo
cuma antes, nóis hoje temos televisão aqui na roça graças ao presidente Médici e
ao governador Marcos Maciel e eles tirô o país da miséria e o país num vivi mais
2
Obs.: as palavras pabulagem e tabaréu praticamente não são mais usadas pelas novas gerações de brasileiros,
nem mesmo por aqueles que residem no meio rural.
�5.3
isolado cuma era antes quando era mandado pelus us português e isto a gente
3
sabe purquê os livros conta prá gente ”.
Com exceção do depoimento da professora leiga de Ouricuri, as demais
simulações são apenas exercícios da nossa imaginação. Mas essa imaginação não
deve ser olhada apenas pelo lado negativo, ou seja, pelo lado do senso comum,
onde se ajuíza o valor de qualquer coisa sem procurar a sua essência. Ela tem a
intenção de ressaltar a importância deste tema para a construção de um
conhecimento que se aproxime, o máximo possível, da verdade científica da nossa
realidade contemporânea. Por isso, este ensaio não é um produto exclusivo da
nossa imaginação como mera exposição queixosa do porquê de a sociedade
brasileira não ter mais acesso a esse padrão de informação4. Ele se propõe a trazer
contribuições ao tema, colocando algumas reflexões teóricas baseadas, em parte,
na leitura de alguns autores que ressaltaram a importância da preservação dos
acervos de livros raros, na análise dos resultados das pesquisas realizadas pelo
SIBI/CR/UFRJ para a construção do Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras
de Ensino Superior-Base BIBES5, em 1994, e do Catálogo (CD-ROM) de Obras
Raras da UFRJ-Base RAR, em 1995. Assim, é possível imaginar a construção de
um saber que reflita, de forma gradual (tanto no referente à unidade,
3
Ver PRADO, Geraldo Moreira. pp. 399-400. Saber e Desenvolvimento Agrícola. Dissertação de Mestrado.
Seropédica-RJ.: CPDA/UFRRJ, 1983. 425 p. Orient. Prof. José W. Pereira Bicudo. Esta citação é um fragmento
do depoimento (parte gravado, parte escrito pela própria entrevistada em 20/05/82) de uma professora leiga da
zona rural do município de Ouricuri-Pe.
4
Um excelente trabalho que, de certa forma, aborda um pouco a problemática de que estamos tratando, é a
Dissertação de mestrado em Ciência da Informação no DEP/IBICT de FONSECA, Maria Odila Kahl. “Direito à
informação: acesso aos Arquivos Públicos Municipais”. Orient. Profa. Maria Nelida Gonzáles de Gómez, 1996.
152 p.
5
Cf. “Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras de Ensino Superior”. Rio de Janeiro; SIBI/CR/UFRJ, 1994.
2 v.
�5.3
quanto à diversidade do conhecimento do passado), a verdade relativa do saber
científico da nossa realidade contemporânea.
2 PRESENTE-PASSADO-PRESENTE NO CONTEÚDO DO LIVRO RARO
Antes de atribuirmos o nosso parecer final sobre a importância do objeto
deste ensaio, vamos observar algumas características implícitas e explicitas desses
acervos. Entre outras, ressaltaremos a origem, evolução, situação atual e condições
físico-espaciais e arquitetônicas, importância do livro em si para formação e
desenvolvimento do pensamento científico e da conduta de um determinado
processo civilizador, assim como os procedimentos e cuidados que o leitor deve ter
quanto às concepções de falsidade ou de certeza do seu conteúdo em relação à
proposição de um determinado assunto.
Em atenção a última questão do parágrafo acima, nos apoiamos nas palavras
de SCHOPENHAUER (1993) quando, na segunda metade do século XIX,
expressava a sua opinião, em relação aos cuidados que o leitor deve ter ao fazer a
leitura de uma determinada obra. Dizia o autor: “Leio os antigos com cuidado, os
antigos de
verdade: O que os novos dizem deles quase nada significa6”.
O autor lança uma questão básica: a relação entre o velho e o novo.
Normalmente, ao adjetivar um coisa de velho - em particular em relação à conduta
humana - vem sempre às nossas mentes aquilo que vários estudos, no campo da
6
A. W. Schlegel. In SHOPENHAUER, Arthur. Sobre livros e leituras. Porto Alegre: Editora Paraula, 1993. p.
37.
�5.3
psicologia e da psicanálise, têm demonstrado: o grau de velocidade no campo da
percepção e da imaginação humana. Isto guarda uma certa similaridade entre a
questão orgânica do cérebro humano e a sua realização material, neste caso
específico, a produção da obra rara. Ora, vejamos, em uma obra, em um documento
escrito sobre um dado acontecimento ocorrido no século XIV, podemos identificar
não apenas o acontecimento em si, mas o nível psicológico, ou da capacidade
reflexiva e potencial observador de quem a escreveu.
Tais reflexões são importantes, visto que a palavra escrita, em sua
representação material, o livro, é produto da imaginação de quem a escreveu. Logo,
uns guardam idéias que podem ser banais, portanto provisórias, outros que podem
ser duradouras. Mas, não há dúvida de que são essas variedades também que
fortalecem a nossa argumentação sobre a necessidade de preservar e, sobretudo,
de democratizar o direito à sociedade brasileira de ter acesso a todas essas
informações.
De acordo com o que vimos argumentando, asseguramos que esses acervos
são preciosos “tesouros” de obras raras e/ou esgotadas de autores clássicos dos
séculos XV ao XX, que atuaram em diversas áreas do saber científico e cultural do
homem. Neles encontra-se registrado o saber de um passado virtual que,
incontestavelmente, é a melhor imagem que se tem sobre a articulação entre a
palavra escrita e a oral. Eles, ao lado dos museus, são um dos principais meios que
transmitem conhecimentos através de um dos feitos mais prodigiosos da ação
humana: a sua imaginação, que se materializa através da palavra escrita. Esta, por
sua vez, representa o pensamento humano, assim como outras formas de
linguagem, tais como as pinturas nas paredes das cavernas, passando pelas
�5.3
construções de estelas, colunas, máscaras funerárias, pergaminhos, incunábulos,
livros impressos através de processos mecânico-industriais, até o uso mais moderno
de registros da palavra oral, por CD-ROM, etc.
Assim, cabe ressaltar ainda que esses acervos existem - mesmo não estando
totalmente disponíveis ao pesquisador, mas isso é uma desfiguração da política de
salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro - para que o pesquisador possa
explorar, procurar no “desconhecido”, contribuições para a formulação de idéias
diferentes, inéditas, de preferência, sobre um objeto estudado. Esta é uma das
nossas preocupações básicas.
Daí, mais uma vez se pode notar a importância desses acervos. São neles
que encontramos estocadas, preservadas e/ou tratadas as informações básicas
destinadas àqueles que se interessarem em desenvolver algum estudo especifico
nas mais variadas áreas do saber, formulando e desenvolvendo as suas idéias,
baseando-se em conhecimentos anteriormente estocados. Esta é, na realidade, a
função principal desses nossos “laboratórios”. Eles, quando bem administrados,
podem ser o ambiente ideal para que o pesquisador evite correr o risco de estar
começando a produzir o seu conhecimento partindo de uma “idéia zero”, uma vez
que “a idéia de partir do zero para fundamentar e aumentar o próprio acervo só pode
vingar em culturas de simples justaposição, em que um fato conhecido é
imediatamente uma riqueza. Mas diante do mistério do real, a alma não pode, por
decreto, torna-se ingênua7
3 O VALOR HISTÓRICO, CIENTÍFICO E CULTURAL DOS ACERVOS DE LIVROS
E DOCUMENTOS RAROS DAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS DE ENSINO
�5.3
SUPERIOR
Como já é por demais conhecido nos meios cultos brasileiros, a base para a
construção do sistema universitário do País começou a partir de 1808, com a
transferência provocada por questões políticas européias daquela época - tentativa
de expansão e dominação da Europa pela França de Napoleão - da Corte de Lisboa
para o Brasil, fixando-se definitivamente na cidade do Rio de Janeiro. Assim, coube
a Universidade Federal do Rio de Janeiro ser a herdeira natural do acervo cultural
pertencente à Família Real. Foi também esse episódio que estimulou a mentalidade
das classes hegemônicas brasileiras a criação de Instituições de Ensino Superior
por todo o território nacional. Desssa forma, começam também a se organizar, no
âmbito de cada uma dessas unidades, acervos específicos de livros raros, conforme
ficou demonstrado na pesquisa (Base Bibes) do SIBI/UFRJ (Tabela 1), com base
nos questionários encaminhados pelos correios e respondidos pelas I.E.S.,
constituindo o Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras de Ensino Superior,
editado pelo Centro Referencial do SIBI/UFRJ e CBBU/FEBAB em 1994, com o
registro de 770 bibliotecas.
TABELA 1 - RELAÇÃO DAS BIBLIOTECAS DAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
DA ENSINO SUPERIOR COM
REGIÃO/
Nº BIBLIOTECAS
ACERVO DE OBRAS RARAS
FEDERAL/
ESTADO
PART.
EST.
PERCENTUAL
PERCENTUAL
POR ESTADO
POR REGIÃO
NORTE
Amazonas
3
3
Pará
3
2
1
1
10
9
-
1,531
1
1,531
NORDESTE
Alagoas
Bahia
7
0,196
1
5,102
Cf. BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico : contribuição para uma psicanálise
do conhecimento. Rio de Janeiro : Contraponto, 1996. p. 17-18.
3,062
�5.3
Ceará
3
2
1
1,532
Paraíba
4
3
1
2,05
Pernambuco
9
6
3
1,16
R. G. Norte
2
2
-
4,593
1
1
-
0,199
Minas Gerais
26
12
14
13,265
Rio de Janeiro
45
33
12
22,959
62
23
39
32
Paraná
7
5
2
3,571
R. G. Sul
8
S. Catari’na
1
14,633
SUDESTE
E.Santo
São Paulo
68,423
SUL
4
-
4
4,082
1
0,197
7,85
CENTRO-OESTE
D. Federal
8
Goiás
1
M. Grosso
TOTAL
1
-
7
4,09
1
0,92
2
1
1
1,022
6,032
196
107
89
100
100
Iniciativas dessa natureza são fundamentais para a realização de estudos e
pesquisas de caráter histórico e científico, em qualquer área da produção do
conhecimento. Esta aí, portanto, a importância de preservar e também de divulgar a
existência desses acervos que consideramos um dos principais patrimônios
nacionais.
�5.3
Em decorrência dessas características, a UFRJ mantém um rico acervo de
obras raras em torno de 6.000 títulos, identificados até o final de 1995, distribuídos
por valor científico e por época de publicação (ver Tabela 2). Nesses acervos
encontram-se, entre livros raríssimos, edições de Os Lusíadas, do século XVI, ou
História Natural de Plínio, o velho, publicado no século XV.
TABELA 2 - ACERVO DE OBRAS RARAS DA UFRJ
PERÍODO
Século XV
Século XVI
QUANTIDADE
PERCENTUAL
01
31
0,02
0,52
Século XVII
81
1,36
Século XVIII
583
9,96
Século XIX
4608
77,37
Século XX
462
7,76
Sem Data
180
3,01
TOTAL
5956
100
FONTE: Catálogo de Obras Raras da UFRJ, 1995.
4 ALGUNS PROBLEMAS FUNCIONAIS BÁSICOS
Neste sentido, este estudo aponta não apenas para a importância, mas
também para as dificuldades dos problemas cotidianos enfrentados por esses
acervos. Isto ocorre tanto em relação à formação de recursos humanos, quanto a
outros aspectos relacionados com a política de preservação, disseminação e direito
à informação.
�5.3
Considerando que as Universidades brasileiras não investem na conservação
preventiva de seus acervos, que inclue: instalações, armazenamento, higienização e
segurança; e este problema está relacionado a outro comumente enfrentado - a
inexistência de projetos arquitetônicos adequados às bibliotecas no Brasil. Tal fato
levou o PNBU/MEC a criar, dentro dos SNBUs, o Simpósio sobre Arquitetura de
Bibliotecas Universitárias. Lamentavelmente, o assunto não foi mais abordado
desde 1989, quando da realização do último seminário, em Belém do Pará.
Vale destacar que os edifícios das bibliotecas brasileiras são, em sua maioria,
projetados inadequadamente para a guarda de acervos, favorecendo a instalação
de agentes biológicos nos materiais orgânicos, beneficiando a devastação das
coleções.
5 CONCLUSÃO
A relevância de ressaltar a importância que tem o acervo de obras raras das
Instituições Brasileiras de Ensino Superior está na forma de analisar, por um lado, a
linguagem científica da época, e por outro, o próprio conteúdo científico do livro
“como portador de uma ordem do mundo que lhe é específica, de uma ordem a ser
decifrada” (ROBIN, 1977). Ao considerar essa organicidade prática, o texto, é
possível o pesquisador trabalhar e compreender, através da análise de uma ou de
várias dessas obras clássicas, um determinado trabalho científico e/ou cultural em
um dado período do nosso processo civilizador, tomando o livro como a “... tarefa de
reconstituir as variações que diferenciam “os espaços legíveis” - isto é, os textos nas
suas formas discursivas e materiais - e as que governam as circunstâncias da sua
�5.3
“efetuação” - ou seja, as leituras compreendidas como práticas concretas e como
procedimentos de interpretação (CHARTIER,1994).
Diante
do
exposto,
conclamamos
aos
especialistas,
pesquisadores,
cientistas, professores e alunos das nossas IES que explorem mais estes
verdadeiros tesouros, não somente no sentido de conhecer as suas riquezas de
detalhes bibliófilos e/ou bibliográficos mas, sobretudo, no de explorar o seu
conteúdo científico e cultural, o qual poderá trazer novos olhares à constituição do
processo civilizador brasileiro.
ABSTRACT
This paper stresses the importance of preserving collections of rare books, and
analyses the results of research carried out by SIBI/CR/UFRJ in order to prepare the
Guide for Libraries in Brazilian Higher Education Institutions - BIBES database, 1994
- and the UFRJ Catalogue of Rare Works - RAR database, 1995. It is shown how
knowledge is gradually built up which reflects (both with regard to the unity and
diversity of knowledge of the past) the relative truth of scientific knowledge about our
contemporary world.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico : contribuição para
uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro : Contraponto, 1996.
p. 17-18.
2 CATÁLOGO DE OBRAS RARAS DA UFRJ. Rio de Janeiro : SIBI//UFRJ, 1995.
(CD-ROM).
3 CHARTIER, Roger. A Ordem dos Livros : leitores, autores e bibliotecas na
Europa entre os Séculos XVI e XVIII. Brasília : Editora UNB.
4 GUIA DE BIBLIOTECAS DE INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS DE ENSINO
SUPERIOR. Rio de Janeiro : SIBI/CR/UFRJ, 1994. 2 v.
5 KAHL, Maria Odila. Direito à informação : acesso aos Arquivos Públicos
Municipais. Brasília : Rio de Janeiro, 1996. 152 p. Dissertação (Mestrado
�5.3
em Ciência da Informação) - DEP/IBICT.
6 PINHEIRO, Ana Virgínia Teixeira da Paz. Que é livro raro?: uma metodologia
para o restabelecimento de critérios de raridades bibliográficas. Rio de J
Janeiro : Presença, 1989.
7 PRADO, Geraldo Moreira. Saber e desenvolvimento agrícola. Seropédica, RJ:
CPDA/UFRRJ, 1983. 425 p. Dissertação (Mestrado)
8 ROBIN, Régine. História e Lingüística. São Paulo : Editora Cultrix, 1977. p. 78.
9 SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre livros e leituras. Porto Alegre : Editora
Paraula,1993. p. 37.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Labirintos do passado: algumas reflexões sobre os acervos de livros raros das instituições brasileiras de ensino superior.
Description
An account of the resource
Ressaltamos a importância da preservação dos acervos de livros raros, juntamente com a análise dos resultados das pesquisas realizadas pelo SIBI/CR/UFRJ para a constituição do Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras de Ensino Superior- Base BIBES, em 1994, e do Catálogo de Obras Raras da UFRJ-Base RAR, em 1995. Evidenciamos, neste ensaio, a construção de um saber que reflita, de forma gradual (tanto no referente à unidade, quanto à diversidade do conhecimento do passado), a verdade relativa do conhecimento científico da nossa realidade contemporânea.
Creator
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Prado, Geraldo Moreira; Silva Filho, José Tavares
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4767/SNBU1996_064.pdf
69c1ef55970015449a19891c3f09e4d4
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8.5
LEVANTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS EM CD-ROM NAS BASES DE DADOS
UNIBIBLI E ERIC NO PERÍODO DE JANEIRO/95 A DEZEMBRO/95 : O CASO DA
BIBLIOTECA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNICAMP
*
Gildenir Carolino Santos
Célia Maria Ribeiro**
***
Rosemary Passos
RESUMO
O presente trabalho teve início a partir da verificação do uso das bases de dados
UNIBIBLI e ERIC no período de jan/95 a dez/95. Os levantamentos, realizados
pelas diferentes categorias que compõem a clientela da Biblioteca da Faculdade de
Educação (BFE), foram analisados através dos dados coletados no momento da
entrevista e do preenchimento de formulário específico para pesquisa. Esta coleta
serviu como parâmetro para que o Serviço de Referência (SR) pudesse medir o
grau de satisfação, bem como apontar novas alternativas que possam dinamizar o
atendimento da biblioteca, criando condições para que o Bibliotecário de Referência
possa orientar seus clientes a explorar eficazmente todos os recursos disponíveis.
1 INTRODUÇÃO
A análise de dados ligados a algum tipo de serviço na biblioteca é sempre
necessária e dispende tempo para a sua conclusão.
Segundo FIGUEIREDO (1992), “a mensuração do serviço de referência tem
sido discutida na literatura por muitos anos, mas, apenas recentemente, tem-se
tentado medir e avaliar este serviço de maneira objetiva.
*
Bibliotecário-Diretor da Biblioteca da Fac. Educ./UNICAMP
Bibliotecária do Serviço de Referência da Bib. Central/UNICAMP
***
Bibliotecária de Proc. Técnicos/Referência da Bibl. Fac. Educ./UNICAMP
**
�8.5
A maioria dos estudos feitos antes na década de 60 eram puramente
quantitativos ou largamente subjetivos, com pouca atenção para distinguir sucessos
e falhas...”
A informação automatizada “é uma importante inovação tecnológica em
sistemas de informação, que torna possível o acesso rápido a dados específicos,
facilitando o preparo de bibliografias e a realização de buscas retrospectivas e
serviços de alerta diversificados. Estes serviços são, às vezes, até impossíveis de
ser oferecidos manualmente, devido ao reduzido número de pessoal existente nos
sistemas de informação...” (FIGUEIREDO, 1991).
A introdução do CD-ROM na biblioteca implica em desenvolvimento de novas
habilidades e conhecimentos da informação em suporte ótico, proliferando a forma e
o número de exigências, tanto da parte do usuário como da parte do profissional de
informação (CUNHA, 1994).
Uma base de dados em CD-ROM permite a personalização da informação, o
barateamento do acesso - comparado aos sistemas on-line; a economia de tempo em relação ao sistema manual, que são fatores considerados como medidas do
benefício de um Serviço de Referência e, “...por serem difíceis de executar, ou seja,
medir as horas economizadas, poucos estudos seguem essa linha” (FIGUEIREDO,
1992).
Podemos também observar que o serviço de informação utilizando a
tecnologia de CD-ROM tem aumentado no mercado da informação, e as bases de
dados desenvolvidas neste formato são consideradas satisfatórias pelos clientes
que as utilizam, apesar de que o material recuperado na busca nem sempre se
encontra disponível no País, implicando em custos elevados e difícil acesso.
�8.5
O presente trabalho aborda os resultados da análise dos levantamentos
bibliográficos no período de jan/95 a dez/95, através de formulário específico
(ANEXO 1), referentes às pesquisas realizadas nas bases de dados em CD-ROM UNIBIBLI e ERIC.
Este serviço é cobrado apenas dos usuários externos que não possuem
vínculos com a Universidade. Deste modo, foi planejada pela Biblioteca Central
(BC)/UNICAMP uma tabela de preços que determina o custo de acesso e de
referências adicionais (ANEXO 2), a qual foi adotada por algumas Bibliotecas do
Sistema.
2 HISTÓRICO
A BFE vem desenvolvendo suas atividades desde 1972, ano da criação da
Faculdade. Ela é parte, como as demais 19 (dezenove), do Sistema de Bibliotecas
da UNICAMP, que é coordenado pela BC.
O acesso a seu acervo é aberto a todos os interessados, sendo que os
serviços são facultados somente aos usuários individuais inscritos na BFE, ou em
qualquer outra biblioteca da UNICAMP (SANTOS, 1996).
As coleções do seu acervo estão classificadas em :
• Assuntos didáticos;
• Assuntos de pesquisa;
• Obras de referência;
• Obras de lazer;
• Obras informais.
�8.5
Dentre os serviços prestados estão:
• Levantamentos bibliográficos
a) manuais:
- catálogos
- ERIC impresso (CIJE/RIE)
b) automatizados:
- Base ACERVUS - disponibiliza em terminais: livros, teses e coleção
de periódicos da UNICAMP
- CD-ROM
> ERIC (1966-mar.1996)
> UNIBIBLI -(jan.1996) acervo de livros, teses e coleções periódicas
das três Universidades Paulistas: UNICAMP, UNESP e USP
> UNESCO - Catálogo de publicações e guia do usuário
> USP-CD - teses desde 1934 e publicações técnico-científicas dos
docentes da Universidade de São Paulo até 1994
> Almanaque Abril/95 - enciclopédia/dicionário
> Encarta - 1995:- enciclopédia/dicionário
> Folha de São Paulo - 1995:- fatos marcantes do ano de 1994
> Grolier - 1995:- enciclopédia/dicionário
- Micro CDS/ISIS
> CALCO - base de livros e teses do acervo da BFE em formato CALCO
> EDUBASE - base de artigos nacionais de periódicos em educação e
outros materiais como: folhetos, relatórios, TCC, etc. da área
�8.5
> LEISED - base de documentos
(livros, artigos e outros) pertinentes à
legislação da Educação
> REDUC - Rede Latino-Americana de Informação e Documentação em
Educação
- OEI -Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência
e a Cultura/Repertório dos Serviços Ibero-americanos de Documentação
e Informação Educativa - 1995.
- REDE
> INTERNET - consulta aos bancos de dados de outras instituições
• Empréstimo entre bibliotecas (EEB)
• Boletim Bibliográfico da Biblioteca-FE
• Sumários Correntes de Periódicos-FE
• Normalização e orientação bibliográfica.
Em 1989, iniciou-se a automação dos acervos do Sistema de Bibliotecas na
UNICAMP, com a entrada de seus registros pelo formato Bibliodata/CALCO, sob a
coordenação da BC/UNICAMP. O resultado dessa automação deu origem ao CDROM UNIBIBLI, composto dos livros, teses, dissertações e coleções de periódicos
da UNICAMP, juntamente com os acervos da USP e da UNESP.
A automação do acervo da BFE coincide com esse período, contando com
aproximadamente 45% de seu acervo inserido.
Os documentos recuperados no CD-ROM UNIBIBLI pelos usuários da
biblioteca são de extrema utilização em suas pesquisas. Apostando no sucesso do
UNIBIBLI, a BFE adquiriu também a base de dados ERIC em CD-ROM (indexação
de artigos de periódicos americanos em educação), para ampliar as fontes de
�8.5
recuperação automatizada da informação e complementar os recursos tradicionais
ora existentes. Embora possua em seu acervo a forma impressa e em microfichas
(incompletas) desta obra, a procura do CD-ROM é bastante significativa,
demonstrando a grande aceitação desse produto pelos pesquisadores, devido
principalmente à facilidade de operação e à diminuição do tempo dispendido nas
buscas normais. Além disso, alguns dos clientes da BFE já se acham ambientados
com essa nova tecnologia, sendo que aqueles que apresentam alguma resistência
são estimulados pelo bibliotecário - através de treinamento específico - a fim de
obterem melhores resultados
e descobrirem os benefícios oferecidos pela
tecnologia da informação.
3 AS BASES DE DADOS
3.1 UNIBIBLI
“A base de dados UNIBIBLI1 é o resultado do esforço cooperativo das três
Universidades Estaduais Paulistas - UNICAMP, UNESP, USP - com o objetivo de
possibilitar o acesso comum automatizado aos acervos de livros, teses e
dissertações existentes nas bibliotecas. Com o patrocínio da FAPESP - Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e assessoria da BIREME - Centro
Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, torna-se
realidade a integração das instituições, permitindo responder às necessidades de
informação da comunidade acadêmica como um todo.” (UNIBIBLI, 1994).
1
�USP/UNESP/UNICAMP, 1995
�8.5
A partir da segunda edição (1995), reúne, além das informações atualizadas
das teses apresentadas pelas Universidades e dos acervos de livros (mais de
700.000 referências), as coleções de periódicos, a partir de registros do CCN Catálogo Coletivo Nacional de Periódicos, do IBICT.
Atualmente essa base está em sua terceira edição (janeiro 1996).
3.2 ERIC
O ERIC2 - Educational Resources Information Center é um sistema nacional
de informação criado pelo Departamento de Saúde, Educação e Bem Estar dos
Estados Unidos e atualmente mantido e operado pelo National Institute of Education
(NIE), a fim de facilitar o acesso rápido à literatura sobre educação em geral.
A sua função é reunir, selecionar, organizar e disseminar documentos
educacionais. Funciona como um arquivo de literatura educacional, prepara
resumos interpretativos e bibliografias sobre tópicos em educação.
O ERIC possui uma rede de centros especializados ou Clearinghouses
naquele país, cada qual responsável por uma área específica da educação, que
adquire, avalia, resume, indexa e relaciona os documentos a serem inseridos no
sistema, que podem ser encontrados em forma de microficha, impressa e em CDROM.
2
� Eric Silver Platter, 1995
�8.5
Os artigos microfilmados estão registrados no Resources in Education (RIE)
- são publicações que não foram citadas no CIJE- e o Current Index to Journal in
Education (CIJE) - são bibliografias dos documentos indexados nas publicações
correntes.
Estão indexados no ERIC mais de 850 (oitocentos e cinqüenta) títulos de
periódicos americanos, sendo que a BFE possui 496 desses títulos no seu acervo.
4 CATEGORIAS ENVOLVIDAS NO ESTUDO
4.1 GRADUAÇÃO
O curso de Pedagogia hoje é composto por usários do período diurno e
noturno, totalizando aproximadamente 478 alunos matriculados na Faculdade. A
biblioteca atualmente conta com 429 alunos cadastrados no programa de
empréstimo e que são considerados usuários reais3.
O serviço de levantamentos bibliográficos automatizados é divulgado nos
murais da biblioteca, tentando aproximar os usuários reais para utilizarem com mais
frequência o computador e as bases de dados disponíveis. Também tem o objetivo
de despertar os usuários potenciais.
A categoria
Graduação é a que menos utiliza as bases de dados em
questão, e na maioria das vezes a base UNIBIBLI é a mais procurada. De acordo
com SOARES, SANTOS e CRISTIANINI (1994), este tipo de clientela só tem
3
Dados extraídos do Sistema de Bibliotecas da UNICAMP : relatório 1995, p.11.
�8.5
necessidade de realizar um levantamento bibliográfico para a elaboração de um
trabalho de formatura.
4.2 PÓS-GRADUAÇÃO
Os Pós-Graduandos matriculados na FE são em torno de 277, coincidindo
com o mesmo número de alunos cadastrados na BFE.
Devido às facilidades da busca retrospectiva em fontes automatizadas e ao
tempo restrito para a conclusão do seu trabalho, esta categoria é identificada como
a que mais se utiliza das bases de dados, e também dos outros serviços citados
anteriormente.
A elaboração da tese justifica o número elevado de pesquisas bibliográficas,
atendendo a uma necessidade natural do curso de Pós-Graduação.
�8.5
4.3 DOCENTES
Os Docentes cadastrados na BFE são 121, incluindo neste total alguns
professores visitantes de outras instituições, enquanto que os usuários potenciais
desta categoria são 109.
Muitos dos nossos docentes não chegam a utilizar as bases de dados: por
isso estão na quarta colocação no ranking.
4.4 FUNCIONÁRIOS
Os funcionários reais inscritos na BFE são 38, sendo que 58 são usuários
potenciais. O total de 89 funcionários cadastrados no Sistema de Empréstimo
Automatizado inclui pessoas de outras unidades da UNICAMP.
Fazendo a análise geral, esta categoria fica classificada em último lugar.
4.5 USUÁRIOS EXTERNOS
Nesta última categoria estão englobados usuários de outras instituições, que
freqüentam a biblioteca mas que não estão cadastrados por não possuirem vínculo
com a Universidade. Eles usam as bibliotecas do Sistema apenas para consulta ou
para conseguir cópias de documentos não encontrados na instituição de origem.
Como já citado anteriormente, é a única categoria que paga pelos serviços
de levantamentos bibliográficos, segundo a tabela de preços adotada por algumas
bibliotecas do Sistema. A demanda por levantamentos automatizados é muito
�8.5
grande, embora as fontes impressas ainda alcancem um índice considerável de
consultas.
A figura a seguir demonstra claramente a porcentagem do uso das bases de
dados, de acordo com as categorias, no período abrangido.
FIGURA 1 - COMPARATIVO DO USO DAS BASES DE DADOS ERIC E
UNIBIBLI POR CATEGORIAS NO ANO DE 1995
23%
U.Ext.
16%
3%
1%
Func.
UNIBIBLI
ERIC
6%
Doc.
10%
56%
Pós-Grad.
64%
28%
Grad.
10%
0
10
20
30
40
50
60
70
5 ÁREAS/DEPARTAMENTOS ENVOLVIDOS NO ESTUDO
Dentro do propósito deste trabalho, foi também verificada a divisão e a
proporcionalidade das áreas e/ou departamentos, com o universo dos usuários.
As áreas envolvidas foram: Biomédicas, Humanas, Exatas e Tecnológicas,
sendo que a mais representativa no propósito do estudo foi a área de Humanas,
da qual a BFE faz parte.
Os números coletados por áreas foram os seguintes, conforme o quadro 1.
QUADRO 1 - ENTREVISTAS REALIZADAS POR ÁREAS DE CONHECIMENTO
ÁREAS
ENTREVISTAS/ERIC
ENTREVISTAS/UNIBIBLI
�8.5
HUMANAS
BIOMÉDICAS
EXATAS
TECNOLÓGICAS
89
08
04
00
109
03
04
00
Pela FE podemos destacar os departamentos de
Psicologia Educacional
(DEPE), Filosofia e História da Educação (DEFHE), Metodologia do Ensino (DEME),
Admnistração e Supervisão Educacional (DASE) , Ciências Sociais Aplicadas à
Educação (DECISAE) e Educação Matemática (CEMPEM).
A análise dos formulários de entrevista com os clientes de graduação e pósgraduação por Departamentos demonstra a demanda por
levantamentos
bibliográficos como registra a tabela abaixo:
QUADRO 2 - ENTREVISTAS REALIZADAS ATRAVÉS DO DEPARTAMENTO/FE E
OUTRAS UNIDADES INSTITUCIONAIS
ÁREAS
DEPE
DEME
CEMPEM
DASE
DECISAE
DEFHE
OUTROS
ENTREVISTAS/ERIC
44
12
10
09
01
01
24
ENTREVISTAS/UNIBIBLI
33
20
08
12
04
05
34
�8.5
6 PROPÓSITO DA PESQUISA
Durante a entrevista preliminar, o entrevistado é questionado sobre o
propósito de sua pesquisa. Os assuntos são definidos, utilizando o Thesaurus para
a base ERIC e o índice para a base UNIBIBLI, incluindo todos os tópicos relevantes
possíveis.
O bibliotecário ajuda na montagem da estratégia de busca, esclarecendo ao
pesquisador as funções dos operadores booleanos, sugerindo que o mesmo
combine os termos escolhidos de forma a refinar e atingir o objetivo visado. O
Quadro 3 demonstra os dados referentes aos propósitos da pesquisa:
QUADRO 3 - PROPÓSITO DA PESQUISA PELAS BASES DE DADOS ERIC E
UBIBIBLI
BASES
PROPÓSITO
Dissertações/Teses
Projeto de Pesquisa
Outros
Relatório
Palestra
Preparo de Livro
Total
ERIC
58
34
04
03
02
00
101
UNIBIBLI
56
49
10
01
00
00
116
�8.5
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO/ASSUNTOS PROCURADOS
De acordo com as áreas de atuação, os assuntos evidenciados durante a
busca bibliográfica foram:
• Base de dados ERIC :
-PSICOLOGIA EDUCACIONAL (interligada com a Criatividade; Desenvolvimento
Cognitivo; Desenvolvimento da Criança e Assuntos Piagetianos); -EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
(interligada
com
Resoluções
de
Problemas
Matemáticos;
Aprendizagem Matemática e Habilidades Matemáticas)
• Base de dados UNIBIBLI:
-SEXUALIDADE; -PSICOLOGIA EDUCACIONAL; -APRENDIZAGEM; -EDUCAÇÃO
ESPECIAL; -DOENÇAS; -HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO; -ENSINO SUPERIOR
QUADRO 4 - RESULTADOS DE RECUPERAÇÃO E SELEÇÃO DOS LEVANTAMENTOS REALIZADOS NAS BASES ERIC E UNIBIBLI
Resultados
Bases
ERIC
UNIBIBLI
Total
Recuperadas
89.150
34.457
123.607
Selecionadas
Formulários
61.488
19.392
80.880
101
116
217
�8.5
8 SERVIÇOS ALTERNATIVOS/NOVAS FONTES DE PESQUISA
As pesquisas realizadas nas bases de dados que obtiveram resultados
negativos direcionam o cliente da BFE a outros recursos existentes para
complementar sua busca bibliográfica.
Os serviços alternativos, considerados como fontes de pesquisa durante a
elaboração do presente trabalho, obtiveram aceitação positiva por parte dos
clientes, independentemente da não-localização imediata do material na instituição,
pois contribuem para
o prosseguimento da pesquisa com um
resultado final
satisfatório.
Atualmente, a BFE oferece também buscas através de:
• Internet - a rede das redes - para consulta de:
> Telnet - acesso remoto a sistemas de informação/catálogos de bibliotecas no
mundo todo, desde que se tenha o endereço para entrada nos mesmos;
> Hytelnet - acesso remoto, por via de menus hierárquicos, a catálogos de
bibliotecas em linha por países;
> WWW - acesso remoto às informações disponíveis na Rede, utilizando
recursos gráficos.
A partir da localização do material em algumas das fontes acima, as
altenativas de solicitação do usuário são:
• Envio de FAX às instituições ligadas à área do documento;
• Via COMUT (Comutação bibliográfica a nível nacional);
• Via BLDSC (British Library Document Supply Centre - a nível internacional);
• Via EBB (Empréstimo Entre Bibliotecas - Regional/Municipal/Interestadual);
�8.5
Via E-Mail (Correio eletrônico).
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pretende-se, a partir desse levantamento, planejar novas alternativas de
treinamento de usuários
facilitar a acessibilidade da biblioteca para a melhor
utilização desses novos potenciais informacionais, centrando-se principalmente nos
docentes e alunos de Pós-Graduação, que são os maiores beneficiários desses
recursos.
A tecnologia em CD-ROM apresenta muitas vantagens, já confirmadas pela
literatura da área, como: uso ilimitado, diferentemente dos sistemas online cujos
custos aumentam proporcionalmente ao tempo de uso; maior número de pontos de
acesso;
fácil utilização; vida útil projetada de 10 a 25 anos; controle sobre o
processo de busca (flexibilidade); operação feita pelo próprio pesquisador com a
assistência do bibliotecário; custo fixo da assinatura independentemente do número
de vezes que é acessada; rapidez de acesso às informações; baixo custo de
fabricação por unidade; grande capacidade de armazenamento ( PAULA, 1991, CDROM, 1991, LOPES, 1991, CUNHA, 1994).
Todo o esforço em divulgar os trabalhos existentes na BFE,
para a
comunidade acadêmica, visa um serviço de referência mais aprimorado e útil aos
freqüentadores assíduos, assim como aos usuários potenciais que possam vir a
utiliza-los futuramente. A partir desses dados, foi possível verificar a necessidade de
treinamento mais intenso, para que essa clientela se torne segura e auto-suficiente
�8.5
para enfrentar o uso da máquina nas suas pesquisas e especificamente das bases e
CD-ROM.
ABSTRACT
The starting point for this work was the examination of the use of UNIBIBLI and
ERIC databases in the UNICAMP (University of Campinas) Education Library during
the period January-December 1995. Data was collected from the different categories
of user by means of interviews and specific research forms. The research served as
a basis for the Reference Service to measure client satisfaction, and to improve its
methods of attending clients and helping them to use available resources more
effectively.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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n.146, p.26-35, out. 1991. (Seção Multimídia)
2
CUNHA, Murilo Bastos da. As tecnologias de informação e a integração dos
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UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas, SP. Anais... Campinas, SP :
BC/UNICAMP, 1994.
3 FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Metodologias para a promoção do uso da
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Campinas, SP : Gráf. Fac. Educação, 1996. (folder)
�8.5
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Glaúcia Maria Saia. Levantamento bibliográfico informatizado local : a hora e
a vez do usuário. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 2., 1994, Belo Horizonte, CONGRESSO
BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 17., 1994, Belo
Horizonte. Anais... Belo Horizonte : ABMG : EB/UFMG, 1994. p. 223-231.
8 UNIBIBLI. Informativo IBICT, Brasília, v. 14, n. 2/6, set./dez. 1994. p. 5.
9 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Biblioteca Central. Sistema de
Bibliotecas da UNICAMP : relatório 1995. Campinas, SP : BC/UNICAMP,
1996.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
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Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
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A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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A language of the resource
Português
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Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Levantamentos bibliográficos em CD-Rom nas bases de dados UNIBIBLI e ERIC no período de janeiro/95 a dezembro/95: o caso da Biblioteca da Faculdade de Educação da UNICAMP. (Pôster)
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Santos, Gildenir Carolino; Ribeiro, Célia Maria; Passos, Rosemary
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O presente trabalho teve início a partir da verificação do uso das bases de dados UNIBIBLI e ERIC no período de jan/95 a dez/95. Os levantamentos, realizados pelas diferentes categorias que compõem a clientela da Biblioteca da Faculdade de Educação (BFE), foram analisados através dos dados coletados no momento da entrevista e do preenchimento de formulário específico para pesquisa. Esta coleta serviu como parâmetro para que o Serviço de Referência (SR) pudesse medir o grau de satisfação, bem como apontar novas alternativas que possam dinamizar o atendimento da biblioteca, criando condições para que o Bibliotecário de Referência possa orientar seus clientes a explorar eficazmente todos os recursos disponíveis.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4649/SNBU1996_014.pdf
c6904780e067ae5c4019ce8372f49785
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4.4
LINHAS E TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS NAS DISSERTAÇÕES DO
MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DO INSTITUTO BRASILEIRO DE
INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO (1972-1995)
Leilah Santiago Bufrem*
RESUMO
Analisa as dissertações de mestrado aprovadas no Programa de Pós-Graduação
em Ciência da Informação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq / Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IBICT - Universidade Federal do Rio de Janeiro / Escola de Comunicação, no
período de 1972 a 1995, sob enfoque crítico, com o propósito de levantar e
acompanhar entre as linhas e tendências metodológicas concretizadas as mais
evidentes e significativas contribuições à área de Biblioteconomia e Ciência da
Informação. Enfatiza a pesquisa como prática criativa necessária para evolução do
campo analisado, sem esquecer o contexto político-cultural do Brasil, como pano de
fundo de criação e desenvolvimento do Curso e seus desdobramentos para as
opções metodológicas. Apoia-se em dados quantitativos para a análise de um
corpus constituído de 215 dissertações.
1 INTRODUÇÃO
A condução das pesquisas acadêmicas ou institucionais tem sofrido os
impactos das descobertas científicas e dos avanços tecnológicos sobre o mundo
contemporâneo. São evidentes os efeitos de modelos científicos criados nem
sempre para interpretar, mas principalmente para transformar o mundo. O século
XX, que viveu e está vivendo renovações sem precedentes, assiste o surgimento de
novos saberes, com repercussões, segundo GRANGER, nunca antes atestadas na
vida individual e social dos homens (1994, p. 11). Seus desdobramentos
�4.4
evidenciam-se no campo do conhecimento e das práticas cujo objeto é a
informação. Eles concretizam-se em um universo de estudos proporcionalmente
ampliado por novos campos de pesquisa, resultantes das ramificações do saber. Ao
tomar consciência da necessidade de compreender possibilidades teóricas e
concretas, vivenciando uma crítica à prática, o profissional da informação depara-se
com um campo estimulante de conhecimento, ao mesmo tempo cumulativo e
comunicacional.
Enfatizo a necessidade do caráter reflexivo sobre a prática da pesquisa diante
da complexidade das atuais unidades de informação e do aperfeiçoamento da
transferência de conhecimentos. Se em todos os campos da pesquisa a perspectiva
das transformações metodológicas deverá estar presente, isso é mais crucial nas
áreas relacionadas com a informação. Assim, convido os profissionais da
informação, atuantes em instituições universitárias, a uma reflexão conjunta sobre
um corte da produção de pesquisa na área: as dissertações produzidas para o
Curso de Mestrado em Ciência da Informação do Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia - IBICT / Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ,
primeiro programa de pós-graduação na área da América Latina. Dele saíram
expressivos representantes, que atuaram ou continuam atuando em diversas
regiões do País e nas mais distintas atividades relacionadas ao campo profissional e
acadêmico.
O
estudo
acompanhou
diacronicamente
linhas
e
tendências
metodológicas, analisando-as para recuperar essa significativa contribuição à
Biblioteconomia e à Ciência da Informação no país. A crença na possibilidade de
aperfeiçoamento constante de metodologias e técnicas de pesquisa motivou-me ao
*
Professora do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Paraná.
�4.4
estudo. Ao analisar as dissertações, de 1972 a 1995, destacando os estudos sobre
bibliotecas universitárias, levantei dados sobre temática, encaminhamentos,
enfoques ou abordagens metodológicas, assim como estratégias ou técnicas de
obtenção dos dados. Analisei em seu contexto um corte da literatura na área e os
modos de organizar referenciais metodológicos, diante de uma complexa estrutura
de relações, identificando as circunstâncias que favoreceram as escolhas. Daí a
importância do contexto histórico e das decisões políticas determinantes para a
concretização
da
prática,
especialmente
porque
o
período
analisado
foi
marcadamente influenciado por contradições de natureza política e ideológica.
2 O IBICT E SEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Ao justificar, perante o Conselho Federal de Educação, a necessidade de
uma reforma do ensino da área, Laura G. M. RUSSO criticava a Biblioteconomia
brasileira da década de 60. Embora reconhecesse o nível elevado do ensino,
comparado ao de outros países, considerava então a necessidade de preparar
bibliotecários aptos a dirigir bibliotecas e serviços de documentação e a realizar
atividades complexas com vistas a processos eletrônicos de armazenagem e
recuperação de informações (1966, p. 24). Problemas relacionados à formação do
bibliotecário estariam a exigir soluções concretas, entre eles a falta de um curso de
pós-graduação. Era tão verdadeiro o diagnóstico, que o ideal da pós-graduação
stricto sensu viria a ser concretizado com a criação, em 1970, do primeiro curso de
mestrado na área, não só no Brasil, mas também na América Latina, por iniciativa
do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e mantido pelo então Instituto Brasileiro
�4.4
de Biblioteconomia e Documentação (IBBD). Para ele também acorreram
profissionais de outros países latino-americanos. Inicialmente direcionado à
Biblioteconomia e Documentação, a partir de 1977 passou a conduzir ao grau de
Mestre em Ciência da Informação (NEVES, 1992, p. 62).
A análise do processo histórico, pano de fundo para o início do Curso,
revela uma situação culturalmente desfavorável, quando a universidade teria
perdido o papel de fator criador na cultura brasileira. No período entre 1969 e 1974
teriam sido eliminadas dos seus quadros figuras do maior valor, verdadeiros chefes
de escola (MOTA, 1985, p. 261). O perigoso vazio cultural privilegiando a
quantidade em detrimento da qualidade, evitaria a temática polêmica e traria a
evasão dos melhores cérebros.
Alguns núcleos, entretanto, seriam fortalecidos com a criação do CNPq, da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), da
Agência Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Fundo Nacional para o
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os institutos de pesquisa e
programas de formação de recursos humanos em Ciência e Tecnologia no Brasil,
apesar das críticas que sofreriam por sua vertente tecnicista e operacional e pela
influência norteamericana, tiveram crescimento significativo. Como desenvolvimento
natural do IBBD, criado em 1954, o IBICT, institucionalizado em 1976, daria
continuidade às atividades do órgão de origem, inclusive ao Curso de Mestrado,
cuja finalidade de pessoal apto a lecionar nas escolas e cursos de Biblioteconomia e
Documentação teria efeito multiplicador, tanto pela atuação do corpo docente junto
a outros cursos de pós-graduação, quanto por suas atividades de extensão, em
diferentes regiões do País.
�4.4
O Programa de Pós-Graduação vivenciou três fases curriculares. De 1970 a
1983, caracterizado pelo instrumentalismo, visou a adequada administração e
controle dos acervos crescentes e cumulativos (FERREIRA, 1995, p. 5). Como em
seu início apresentasse problemas estruturais por ter sido o primeiro da área na
América Latina, e portanto carecesse de pessoal com formação adequada, foram
chamados professores dos Estados Unidos e da Inglaterra, com diversas formações
. Com apoio de vários organismos internacionais e a presença dos professores
estrangeiros, o Curso influenciou toda uma geração de alunos, na década de 70. Os
estudos bibliométricos não só marcariam época, como consolidariam a formação de
um grupo nele especializado.
De 1983 a 1992 a composição curricular sofreria grandes alterações e as
disciplinas seriam denominadas cursos, com apenas três de caráter obrigatório. O
currículo flexibilizado permitiria ao aluno construir sua própria área de concentração.
Com a instalação do IBICT em Brasília, em 1983, a Pós-graduação passaria a
funcionar como área de concentração do Mestrado em Comunicação da Escola de
Comunicação (ECO), na UFRJ, perdendo sua condição de curso autônomo, causa
de grandes transtornos, conforme depoimentos colhidos por NEVES. Sob outro
aspecto, entretanto, a mudança para o ambiente universitário daria autonomia ao
Curso pois a pesquisa anterior era dirigida às necessidades do IBICT (1992, p. 121).
A partir de 1986 o Curso deixou de ser área de concentração e, credenciado junto
ao CFE, obeteve pela primeira vez o conceito “A” da CAPES.
Em 1992 foi criado o Doutorado em Ciência da Informação e reduzido o
Mestrado a 30 meses e menor número de créditos, sem perda de sua qualidade,
flexibilidade e interdisciplinaridade. (BARRETO, 1995, p. 8).
�4.4
A trajetória do Curso sofreria reflexos do contexto político, dominado por um
regime de exceção, óbice à expressão de cunho social ou filosófico sobre as
contradições da área, os delineamentos políticos e os problemas decorrentes. Daí a
necessidade de tratar questões metodológicas reconhecendo seu contexto histórico
e as interferências políticas na concretização da pesquisa.
3 SOBRE O MÉTODO E A PESQUISA
Refiro-me à metodologia como um conjunto de procedimentos, incluindo
estratégias, abordagens, enfoques, técnicas e instrumentos de coleta de dados,
decorrente de posturas diferenciadas, desde a explícita predominância da forma
sobre o conteúdo, até as mais radicais posições contra qualquer delimitação ou
sistematização do rumo seguido pelo trabalho. Procurei considerar as opções
metodológicas como estratégias de conjunto geradas por questões de ordem
interna, espistemológicas, teóricas, técnicas, ou de ordem externa, relacionadas ao
contexto institucional e social da pesquisa .
A chamada crise das Ciências Sociais depara-se com a confusão entre
metodologia e uma espécie de formulário de receitas de senso-comum. Com efeito,
os exageros do formalismo metodológico, em contextos carentes de crítica,
conduzem as pesquisas a uma indesejável estereotipia, com categorias e fórmulas
cristalizadas. Apoiado em sua crença no anarquismo como remédio para a
epistemologia,
FEYERABEND
acusa
essa
prática
científica
e
a
ciência
ideologicamente petrificada que acredita deter o único método correto e os únicos
resultados aceitáveis (1989, p. 464). Embora alvo de críticas, a posição tem seu
�4.4
mérito ao questionar o dogmatismo e adotar uma linha de pesquisa cujos princípios
exigem posturas criativas e originais. Daí a possibilidade de se entender, sob uma
perspectiva dialética, a metodologia como conjunto de relações entre métodos,
técnicas e estratégias de pesquisa e aceitar que este conjunto possa estabelecer
situações transformadoras da estrutura de uma área, capaz de operar com seus
novos objetos.
A prática da pesquisa nas instituições visa a contribuir para a solução de
problemas de seu interesse ou da sociedade. Ora, para que a instituição se ajuste
aos esforços para resolvê-los, deverá favorecer o processo crítico, o debate, o
avanço do conhecimento e a intercomunicação entre investigadores. Assim,
concede suporte ao princípio universal que identifica na curiosidade natural do ser
humano o móvel de suas contribuições ao desenvolvimento da ciência. Na prática
diária, para compreender o existente, transformando-o, conforme a verdade obtida e
a verdade buscada, a participação de cada um é elemento revitalizador,
indispensável ao exercício pleno da atividade acadêmica e da prática profissional.
Mas esse exercício requer uma avaliação, tanto pelos produtores de conhecimento,
quanto pelos envolvidos no processo de aprovação institucional ou consagração
cultural, que, segundo BOURDIEU, detém o monopólio da autoridade científica
(1983, p. 123).
Essa avaliação seria inócua à falta de uma atitude política consciente a
superar por um lado os condicionantes temáticos e metodológicos e por outro, o
poder simbólico inerente ao campo científico. Assumir uma prática política de
comprometimento social evitará que as pesquisas sejam esvaziadas de sentido e
esquecidas nas bibliotecas. Esse compromisso, aliado a uma ampla divulgação dos
�4.4
registros de projetos e de resultados da pesquisa amplia a competência
comunicativa, não apenas entre autores, mas entre potenciais participantes de seus
resultados.
Um dos maiores desafios, entretanto, para o mundo acadêmico e profissional,
é a atualização sobre a literatura, especialmente a chamada literatura cinzenta,
fonte adicional de conhecimento, mas pouco explorada em relação ao seu potencial,
da qual fazem parte documentos publicados informalmente, em número limitado,
não disponíveis nos canais normais do mercado editorial. Hoje o conceito não se
reduz a documentos de circulação interna ou restrita, como alerta POBLACIÓN, pois
abrange relatórios, comunicações em eventos, anais e atas de reuniões,
conferências, pre-prints, publicações oficiais, teses, traduções, patentes, normas,
entre outros (1992, p. 244). A dissertação é também considerada literatura cinzenta,
com características semiformais e reduzida circulação, portanto pouco divulgada.
Isso confere maior peso aos estudos que a tenham como objeto, mesmo porque, a
um trabalho realizado sob a égide de uma instituição de pesquisa científica ou
tecnológica, deveria ser dado o benefício da divulgação ao público.
4 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA
A análise de conteúdo tem sido amplamente utilizada por pesquisadores para
identificação
da
natureza,
características
e
tendências
da
pesquisa
em
Biblioteconomia e Ciência da Informação. Nem sempre coincidem as categorias
selecionadas para a pesquisa, especialmente em relação aos métodos, estratégias,
técnicas ou instrumentos de investigação.
�4.4
O estudo de FEEHAN e outros relata uma análise de aspectos e tendências
da pesquisa na área, classificando-os por assunto, método de pesquisa, tipos de
bibliotecas estudadas e técnicas analíticas usadas. Suas conclusões revelam que os
três métodos de pesquisa mais utilizados foram a pesquisa histórica, o levantamento
e a observação e descrição (1987, p. 178).
JÄRVELIN e VAKKARI analisaram pesquisas internacionais, em sua
distribuição por temas, abordagens e métodos, revelando o predomínio de
estratégias empíricas (55,9%) e, com menos frequência, as conceituais (23,4%).
Entre as primeiras, destacaram-se o levantamento e o método histórico (1990, p.
408). Em outro estudo, constataram uma similaridade de resultados, com tendência
ao aumento das estratégias empíricas, entre as quais o levantamento foi a mais
utilizada, seguida do método histórico. (1993, p. 135).
A questão que se me apresentou em relação ao processo classificatório dos
tipos de pesquisa tem a ver com a diversidade de critérios utilizados pelos autores
pesquisados. Evitei estabelecer, de forma definitiva e a priori, as categorias de
análise. Assim, realizei um levantamento para analisar o repertório metodológico e
estabelecer um quadro das possibilidades e estratégias utilizadas nas pesquisas.
Levantei as categorias selecionadas na literatura e então procurei adaptar os
esquema classificatórios, adequando-os às denominações dadas pelos autores dos
trabalhos. Ao combinar o procedimento apriorístico, com a inclusão ou eliminação
de elementos durante o pré-teste com vinte dissertações, procurei seguir os
princípios de ALLEN e RESER, no sentido de que as categorias sejam exaustivas,
mutuamente
exclusivas,
claramente
definidas,
conceitualmente
válidas
e
previamente testadas (1990, p. 257). Também encontrei em JÄRVELIN e VAKKARI
�4.4
(1993) os principios para definir seu o esquema classificatório, originado tanto da
base de conteúdos dos artigos quanto de outros esquemas classificatórios. Após o
pré-teste, defini quinze categorias para a variável assunto e dezesseis para a
variável metodologia. Cada uma das dissertações foi incluida em apenas uma
categoria, tanto temática, quanto metodológica.
5 OPÇÕES METODOLÓGICAS CONCRETIZADAS NO CORPUS
O corpus analisado constituiu-se de um conjunto de 215 registros,
correspondentes a cada uma das dissertações, a primeira em 1972 e a última em
1995 e sobre um leque de quinze opções temáticas, distribuídas em dois períodos, o
de 1972 a 1983 e o de 1984 a 1995, sendo que no primeiro foram apresentadas 88
(40,93%) dissertações e no segundo, 127 (59,07%).
As cifras favorecem o segundo período, o que decorre de alguns fatores,
entre eles o aumento da quantidade de cursos de graduação com duas possíveis
consequências. A primeira seria a ampliação do número de egressos da graduação,
enquanto a segunda, a necessidade de professores com qualificação para suprir os
quadros de docentes desses cursos. Além disso, o alargamento e sofisticação de
um mercado de trabalho mais exigente, acarretaria sem dúvida uma demanda para
preencher lacunas em atividades vitais nas unidades de informação. Outra
possibilidade a explorar seriam as próprias características do Curso, no primeiro
período voltado para a vertente científica e tecnológica, como decorrência natural
do vínculo do Curso com o CNPq, e no segundo, pós-incorporação do Curso à
ECO/UFRJ, teria cunho mais social, ampliando oportunidades a profissionais de
�4.4
outras áreas e ensejando opções metodológicas mais adequadas aos novos
objetos.
A distribuição das 215 dissertações ao longo do período pode ser visualizada
no gráfico 1.
GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO POR ANO DAS DISSERTAÇÕES APRESENTADAS
AO CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DO
IBICT/UFRJ - 1972-1995
�4.4
35
30
25
20
15
10
5
0
72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95
�4.4
A distribuição das dissertações por tópicos permite observar que os temas
privilegiados pelos autores foram uso, usuários e transferência da informação
(24,7%), padrões e estruturas da informação registrada, (17,2%), processamento e
recuperação da informação (16,27%),
comunicação científica e tecnológica
(13,49%) e planejamento e/ou gerenciamento de unidades ou sistemas de
informação (13,02%), Biblioteconomia e Ciência da Informação e desenvolvimento e
avaliação de coleções, conforme se verifica no gráfico 2.
�4.4
GRÁFICO 2 - RELAÇÃO POR ASSUNTO DAS DISSERTAÇÕES APRESENTADAS
AO CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DO
IBICT/UFRJ - 1972-1995
60
Profissão e profissionais
Produção Editorial e editoração
científica
Currículo e ensino em B. e C.I.
50
Metodologia
Biblioteconomia e Ciência da
Informação
Nº das Dissertações
40
Desenvolvimento de coleções
Planejamento e/ou gerenc. de
unid. ou sist. de inf.
Processamento e recuperação da
informação
30
Uso, usuários e transferência da
informação
Arquivos
Padrões e estruturas da
informação registrada
20
Comunicação científica e
tecnológica
Política de ICT
10
Filosofia da informação
Museus
0
Assuntos
Quanto às opções metodológicas das dissertações, predominou a pesquisa
empírica (94,88%) em relação à teórica (5,12 %), confirmando resultados de
estudos no Brasil e no Exterior. Destacam-se os estudos bibliométricos, seguidos
dos exploratórios e de estudos de caso e o predomínio das linhas quantitativas foi
evidenciado também na lista dos dez autores mais citados nos capítulos destinados
�4.4
à descrição das metodologias das dissertações: Bradford, Solla Price, Lancaster,
Saracevic, Goffman, Braga (Gilda), Brookes, Kremer, Zipf e Bailey.
GRÁFICO
3
-
RELAÇÃO
POR
METODOLOGIA
DAS
DISSERTAÇÕES
APRESENTADAS AO CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA
Nº de Dissertações
DA INFORMAÇÃO DO IBICT/UFRJ - 1972-1995
58
56
54
52
50
48
46
44
42
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Estudo bibliométrico
Estudo exploratório
Estudo de caso
Levantamento
Análise ou proposta de
sistema ou programa
Estudo de uso
Pesquisa de avaliação
Pesquisa conceitual
Pesquisa operacional
Estudo exploratóriometodológico
Pesquisa histórica
Análise de conteúdo
Análise do discurso
Estudo comparativo
Pesquisa participante
Metodologias
5.1 ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS
Pesquisa-ação
�4.4
A opção pelos estudos bibliométricos ocorreu em 58 das dissertações
(26,98%), distribuídas em 32 no primeiro período e 26 no segundo. Foi expressiva a
quantidade de trabalhos que utilizou o enfoque bibliométrico, especialmente no
primeiro período do Curso. A diminuição desse enfoque no segundo período devese principalmente à ampliação do quadro de professores e à consequente
diversidade de posturas e tendências acadêmicas. Outras opções metodológicas
decorreriam da diversidade em relação à filosofia, formação, especialização e
tendência teórica dos mesmos, além da influência da literatura da área, cada vez
mais especializada e quantitativamente expressiva.
A influência dos professores estrangeiros é confirmada e o período em que
atuaram mais intensamente corresponde ao primeiro formato da primeira fase do
Curso, entre 1970 e 1975. Os estudos bibliométricos não teriam somente marcado
época, mas principalmente se constituíram em uma opção metodológica a
sobrepujar o comprometimento com objetos alternativos de pesquisa. Em 1988,
afirmava RODRIGUEZ GARCIA, 84 estudos bibliométricos foram realizados em todo
o País. Destes estudos, vinte teriam analisado as características dos pesquisadores
brasileiros e de sua produção científica, através da Análise de Citação. (1988, p.
165).
Além dessa expressiva influência, outra pressão teria sua origem na política
institucional do País, reforçada a partir de 1975 pela criação do IBICT. Comenta
GONZÁLEZ DE GOMEZ que o CNPq, órgão ligado ao planejamento e execução de
políticas de desenvolvimento científico-tecnológico, coloca como objeto de estudo e
de pesquisa, assuntos e técnicas de “mapeamento” da atividade científica como um
todo, trabalhando, de fato, com informação cadastral e estatística.... (1983, p. 75).
�4.4
O tema padrões e estruturas da informação registrada foi a opção
predominante (58,62%) de 34 das dissertações sob o enfoque bibliométrico, sendo
22 no primeiro período e 12 no segundo. A seguir, sob o mesmo enfoque situa-se o
tema comunicação científica e tecnológica em treze (13) das dissertações. O
enfoque também foi utilizado para tratar de temas como processamento e
recuperação da informação, em quatro (4) dissertações,
uso, usuários e
transferência da informação, em três (3) delas e apenas uma dissertação sob esse
enfoque foi defendida com as opções temáticas produção editorial, metodologia,
planejamento e/ou gerenciamento de unidades de informação e política de
informação em ciência e tecnologia. Apenas duas dissertações sob esse enfoque
voltaram-se à biblioteca universitária: a de IPPOLITO (1973), aplicada às bibliotecas
da área médica da USP, cujo objetivo foi desenvolver uma metodologia bibliométrica
baseada na lei de dispersão de Bradford, para analisar comparativamente a
aquisição e circulação de periódicos, em grandes sistemas de bibliotecas,
organizados em rede e a pesquisa de FOLLY (1977), sobre a otimização da coleção
de periódicos da Biblioteca de Veterinária da Universidade Federal Fluminense
(UFF), também com base na lei de dispersão de Bradford, para determinar o núcleo
de periódicos mais intensamente utilizados pelos usuários. Ambas as dissertações,
apresentadas no primeiro período, tiveram como base a lei da dispersão e como
objeto de interesse a coleção de periódicos.
As evidências reforçam o que já constatou anteriormente RODRIGUES, como
linha dominante do Curso: estrutura da literatura e fluxo da informação estudados
via métodos bibliométricos (1981, p. 42).
�4.4
Os trabalhos sob esse enfoque apresentaram cuidadosa descrição quanto
aos passos seguidos e às considerações teóricas introdutórias, como no caso das
leis bibliométricas, o que comprova a influência dos orientadores estrangeiros e
revela a segurança em relação ao planejamento do estudo.
A partir de oitenta, acompanhando o que já vinha ocorrendo na literatura
sobre a área da informação no Brasil, as próprias dissertações, trazem reflexos da
crítica aos procedimentos bibliométricos. Alguns autores expressam o cuidado em
evitar abusos em relação ao enfoque, contextualizam problemas ou munem-se de
um referencial mais extenso como pano de fundo para garantir a presença mais
forte do objeto de estudo.
As técnicas ou instrumentos mais citados como meios auxiliares para os
estudos bibliométricos foram os levantamentos de citações, de conteúdo e
bibliográfico, seguidos de dados colhidos anteriormente e registros existentes.
5.2 ESTUDOS EXPLORATÓRIOS
A opção pelos estudos exploratórios foi identificada em 26 das dissertações
(12,1%), distribuídas em somente uma no primeiro período e 25 no segundo.
O crescimento dessa opção no segundo período deve-se principalmente às
novas tendências metodológicas, decorrentes da expansão do corpo docente, além
da influência da literatura da área, cada vez mais especializada e expressiva,
originando uma abertura temática, acompanhada de certa flexibilidade formal.
Paralelamente, percebe-se a preocupação com a opção metodológica e a
caracterização da pesquisa. A questão da interdisciplinaridade também é objeto de
�4.4
reflexão nessas dissertações, especialmente devido à natureza da Ciência da
Informação.
Embora
a
opção
temática
das
pesquisas
exploratórias
recaia
predominantemente sobre uso, usuários e transferência da informação, há uma
distribuição mais equilibrada entre os assuntos do que na opção por estudos
bibliométricos, anteriormente analisada. Realizaram-se duas pesquisas de caráter
exploratório sobre biblioteca universitária: a de RODRIGUEZ ANTÚNEZ (1987), que
estuda percepções de usuários e bibliotecários na Universidade Federal de Viçosa,
para detectar as deficiências técnico-administrativas da Biblioteca e a de SOUZA
FILHO (1992), sobre os fatores intervenientes na absorção da tecnologia da
informação nos aspectos e componentes de automação de bibliotecas.
Expressiva variedade de técnicas e de instrumentos foi utilizada para a coleta
de dados, tanto em relação à totalidade dos trabalhos, quanto em cada trabalho
individualmente.
4.3 ESTUDOS DE CASO
A opção pelos estudos de caso foi identificada em 23 dissertações (10,70%),
distribuídas em cinco (5) no primeiro período e dezoito (18) no segundo.
A maior constância dessa opção metodológica no segundo período deve-se
principalmente à circunstância de que, nos anos oitenta, o estudo de caso
despontava como possibilidade para pesquisas de caráter intensivo.
O estudo de caso foi escolhido como opção metodológica principalmente em
trabalhos sobre uso, usuários e transferência da informação (30,43%), sobre
�4.4
comunicação científica e tecnológica (21,74%) e sobre processamento e
recuperação da informação (13,04%). Apenas um estudo de caso teve como objeto
a biblioteca universitária, com o propósito de conhecer as necessidades e hábitos de
aquisição de informação dos usuários do Sistema de Informação da Universidade
Federal de Mato Grosso (ALMEIDA, 1989).
Os estudos de caso ensejaram a conjugação de técnicas e instrumentos
como questionários, entrevistas, relatórios, histórias de vida, biografias e outras
fontes alternativas.
5.4 LEVANTAMENTOS
O levantamento foi identificado como prática metodológica em 19 (8,84%)
dissertações, sendo cinco (5) no primeiro período e quatorze (14) no segundo. Entre
os levantamentos, dez (10) trabalhos versaram sobre uso, usuários e transferência
da informação, cinco (5) sobre planejamento e ou gerenciamento de unidade ou
sistema de informação e dois (2) sobre profissão e profissionais.
Outros dois
levantamentos foram utilizados para estudos sobre processamento e recuperação
da informação e padrões e estruturas da informação registrada.
Foram três os levantamentos sobre biliotecas universitárias: o de JENSEN
(1991) visou analisar o grau de adequação das atividades informacionais da
Biblioteca da Escola de Engenharia às peculiaridades da área tecnológica e propor
modificações; o de MATTOS teve como objeto as estruturas sistêmicas em
bibliotecas brasileiras e objetivou ordenar o que seria, de acordo com a percepção
do momento, o sistema de bibliotecas universitárias dentro do contexto brasileiro e
�4.4
de acordo com a teoria geral dos sistemas, visando a uma posterior análise
comparativa de seus objetivos e propostas, com a situação atual das bibliotecas
universitárias brasileiras (1992, p. 57) e o estudo de CABRAL que analisou, sob o
enfoque sistêmico, o desempenho da Biblioteca Eugênio Gudin, da Faculdade de
Economia e Administração da UFRJ, considerando sua participação no desempenho
das atividades acadêmicas (1994).
A abertura de opções metodológicas como os estudos exploratórios, os
estudos de caso e os levantamentos tem sido constatada a partir do segundo
período do Curso e como ocorreu em relação às outras modalidades de pesquisa,
nos levantamentos as escolhas temáticas, conjugadas a uma variedade de técnicas,
formam um conjunto mais diversificado de elementos no mesmo período. Entre as
técnicas
e
instrumentos
mais
utilizados
como
meios
de
realização dos
levantamentos predominaram os questionários, os dados colhidos anteriormente e
as entrevistas.
�4.4
5.5 ANÁLISES OU PROPOSTAS DE SISTEMA OU PROGRAMA
O tipo de pesquisa voltada para análise ou proposta de sistema ou programa
ocorreu em 16 das dissertações (7,44%), sendo sete (7) no primeiro período e nove
(9) no segundo. Ao contrário do que ocorreu com os outros tipos de pesquisa, as
análises ou propostas de sistema ou programa apresentaram-se de modo
equilibrado nos dois períodos, o que revela a necessidade constante desse tipo de
estudo. Isso se explica especialmente se levarmos em conta por um lado a relação
íntima dos processos voltados para o tratamento e recuperação da informação com
a tecnologia informática e por outro, o próprio desenvolvimento dos sistemas de
informação automatizados, cujo ritmo cada vez mais acelerado, tende a aprofundar
os contrastes entre os países diferenciados economicamente.
Apenas três assuntos foram alvo das pesquisas do gênero, destacando-se os
estudos sobre processamento e recuperação da informação, em nove (9) das
pesquisas e planejamento e/ou gerenciamento de unidades ou sistemas de
informação, em seis (6) trabalhos. O tema desenvolvimento de coleções foi alvo de
uma das dissertações.
A biblioteca universitária foi objeto de apenas uma dissertação sob o enfoque:
um estudo de TAVEIRA, sobre a viabilidade de um catálogo em livro com utilização
de computador para o sistema de bibliotecas da Universidade Federal Fluminense UFF (1973).
As trajetórias metodológicas foram descritas, em geral, com precisão e
objetividade. Quanto às técnicas e instrumentos mais citados nas pesquisas
�4.4
destacam-se a observação e a utilização ou adaptação de modelos, observando-se,
em segundo plano, os questionários e as entrevistas.
5.6 ESTUDOS DE USO
O estudo de uso foi a estratégia de 14 (6,51%) das 215 dissertações,
distribuídas em oito (8), no primeiro período e seis (6), no segundo.
Foram quatro os estudos de uso voltados a bibliotecas universitárias. Seus
objetivos foram verificar por meio da análise comparativa dos dados coletados se há
atitudes peculiares a cada um dos usuários do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Federal de Pernambuco (LIMA, 1974); fornecer subsídios
sobre as necessidades dos usuários de bibliotecas universitárias (MELO, 1978);
detectar necessidades em potencial dos docentes e discentes dos cursos de pósgraduação stricto sensu da área biomédica da UFF levando a efeito uma pesquisa
cuja intenção foi a de obter respostas a problemas de interação biblioteca-usuários,
sem a preocupação de testar hipóteses (GARCIA, 1979) e verificar se os alunos do
Curso de Graduação em História da UFF utilizam racionalmente os recursos
informativos em bibliotecas (ROSA, 1982).
Os estudos voltam-se especificamente para questões relacionadas a um
grupo determinado ou a casos específicos, para o que foram utilizados
principalmente questionários, observação e entrevistas, além da técnica do incidente
crítico.
Destaca-se de modo especial para este estudo a crítica encontrada em
ROSA (1982), de que a análise do uso de diferentes fontes tem sido objeto da
�4.4
maioria dos estudos, porém a comparação dos resultados tem sido dificultada pela
falta de critérios na metodologia. Sob este ponto de vista, a área estaria deficiente,
segundo afirmavam os artigos de revisão da época e segundo a autora, os métodos
utilizados na coleta - questionário, entrevista e observação - não são compreendidos
em sua base teórica.
5.7 PESQUISAS DE AVALIAÇÃO
Os estudos de avaliação ocorreram em treze (13) das dissertações (6,05%),
distribuídas em onze (11) no primeiro período e duas (2) no segundo.
A análise dos dados sobre a distribuição das pesquisas de avaliação por
assunto e período permite visualizar maior variedade de temas e quantidade de
estudos de avaliação no primeiro período do Curso, o que se explica pela presença
marcante da orientação dos professores de outros países que atuaram no Curso
somente no primeiro período, orientando pesquisas que utilizaram padrões
quantitativos de avaliação.
Além disso, é importante que se atente para o contexto institucional e político,
cujas prioridades enfatizavam o aprimoramento profissional e da instituição,
privilegiando esse tipo de enfoque para avaliar os fenômenos relacionados com a
informação.
Os temas mais frequentes sob esse enfoque foram planejamento e ou
gerenciamento de unidade ou sistema de informação e uso, usuários e transferência
da informação. A seguir, aparecem os temas processamento e recuperação da
informação e apenas uma dissertação é sobre desenvolvimento de coleções.
�4.4
Foram realizadas cinco dissertações sobre bibliotecas universitárias com esse
enfoque. Para verificar a aplicabilidade de métodos ou modelos, destacam-se os
estudos de CASTILHO (1978) que testa a aplicabilidade do teste de liberação de
documentos e de FABIANO (1987), que avalia um modelo de centralização
monolítica de biblioteca, focalizando especialmente dois aspectos: disponibilidade
potencial e real. Foi avaliado o desempenho de três bibliotecas universitárias do
PUC-RJ quanto à demanda de seus usuários em relação as suas finalidades ou a
parâmetros, realizada por OBERHOFER (1979). Foram realizadas ainda avaliações
sobre a coleção de livros da Biblioteca do Instituto Biomédico da UFF (PINHEIRO,
1980) e sobre a coleção de periódicos da Biblioteca Central da Universidade Federal
da Paraíba (MELO, 1983).
Entre as técnicas e os instrumentos auxiliares das pesquisas de avaliação
foram mais utilizados dados colhidos anteriormente, registros existentes, listagens
anotadas pelos usuários e questionários.
5.8 PESQUISAS CONCEITUAIS
A opção por pesquisas conceituais, entre as práticas metodológicas, foi
identificada em 11 (5,12%) dissertações, sendo três (3) no primeiro período e oito
(8) no segundo.
�4.4
A maior concentração de pesquisas conceituais no segundo período, como
ocorreu com os levantamentos, com os estudos de caso e os exploratórios, reforça
a constatação de que houve maior diversidade em relação à filosofia, formação,
tendência teórica e especializações, assim como de uma visão menos tecnicista da
profissão. Efetivamente, a partir dos anos oitenta, com a ampliação gradativa da
liberdade de expressão política, iniciou-se um movimento crítico e contestador em
alguns quadros universitários, principalmente da pós-graduação. As pesquisas
começavam a explorar um campo mais amplo de reflexões filosóficas e
epistemológicas, resultando em maior produção de pesquisas conceituais, teóricas
ou qualitativas.
Os temas tratados nas pesquisas conceituais referem-se a processamento e
recuperação da informação, biblioteconomia e ciência da informação, planejamento
e/ou gerenciamento de unidades de informação, filosofia da informação, museus e
uso, usuários e transferência da informação. Ao contrário do que ocorreu com as
estratégias de pesquisa anteriormente analisadas, a biblioteca universitária não foi
objeto de estudo das dissertações sob esse enfoque.
Para a concretização dos trabalhos foram utilizados como procedimentos
auxiliares os levantamentos bibliográficos e de conteúdo.
5.9 PESQUISAS OPERACIONAIS
A opção pelas pesquisas operacionais foi identificada em 11 (5,12%) das
dissertações, distribuídas em oito (8), no primeiro período e três (3), no segundo.
A maior concentração de pesquisas operacionais, assim como das pesquisas
bibliométricas e das pesquisas de avaliação, efetivou-se, como se pôde verificar, no
�4.4
primeiro período, ao contrário do que sucedeu com os levantamentos, com os
estudos de caso, com o estudo exploratório e com as pesquisas conceituais.
Duas considerações podem servir para explicar a frequência mais acentuada
dessas pesquisas no primeiro período do Curso. A primeira parte do fato de que
esse tipo de pesquisa foi desenvolvido e passou a ser muito utilizado a partir da
Segunda Guerra, para auxiliar a tomada de decisões gerenciais, com a aplicação de
conhecimentos científicos. Fortemente influenciada pelo pragmatismo, teve sua
origem nas pesquisas dos americanos e ingleses. A segunda consideração é a
atuação significativa dos orientadores estrangeiros, especialmente Lancaster, Seidl
e Saracevic.
Os temas mais considerados nas pesquisas operacionais foram planejamento
e/ou gerenciamento de unidade ou sistema de informação e processamento e
recuperação da informação.
As pesquisas sob o enfoque operacional apresentaram modelos enquanto
formas de representação de uma realidade dada, visando resolver problemas típicos
das pesquisas do gênero que, conforme GAMA, estariam relacionados a alocação
ou aproveitamento de recursos, determinação de procedimentos ou planejamento
de organizações. (1983, p. 198). Entre as dissertações analisadas, entretanto, não
constam estudos sobre bibliotecas universitárias.
As pesquisas operacionais utilizaram-se, basicamente, para sua realização,
de dados colhidos anteriormente ou de registros já existentes, assim como de
levantamentos bibliográficos e observações.
5.10 ESTUDOS EXPLORATÓRIO-METODOLÓGICOS
�4.4
A opção por pesquisas do tipo exploratório-metodológico entre as práticas
empregadas nos trabalhos, foi identificada em 9 (4,19%) dissertações, sendo cinco
(5) no primeiro período e quatro (4) no segundo.
Houve um relativo equilíbrio da frequência de pesquisas do tipo exploratóriometodológico entre os dois períodos.
Quanto aos temas mais presentes entre esse tipo de pesquisa estão
planejamento e/ou gerenciamento de unidade ou sistema de informação, e
processamento e recuperação da informação.
Os objetivos das duas pesquisas relacionadas a bibliotecas universitárias sob
esse enfoque foram: apresentar uma estrutura básica para o desenvolvimento de
um sistema de classificação bibliográfica que suporte a organização documentária
da Biblioteca do Setor de Ciências Biológicas da UFMG (ASSUNÇÃO, 1972) e
investigar sobre os parâmetros de projeto de sistemas de recuperação da
informação e sua influência sobre a relevância no processo de comunicação,
através da adoção de políticas e métodos principalmente quanto à saida do sistema
de informação em metalurgia da UFSCAR (ROSSETE, 1973).
A característica principal desses estudos, além daquelas comuns aos estudos
exploratórios, é a apresentação ou tentativa de comprovação de uma metodologia
ou uma estrutura básica para implantação de um tipo de serviço ou a realização de
um estudo.
5.11 PESQUISAS HISTÓRICAS
�4.4
A opção pelos estudos históricos foi identificada em três (3) dissertações
realizadas no segundo período do Curso, provavelmente devido às mesmas causas
que contribuíram para a maior concentração de estudos de caráter filosófico, sóciopolítico e histórico e de enfoques metodológicos mais adaptados a esses estudos
como as pesquisas conceituais ou exploratórias e os estudos de caso. A diversidade
em relação à filosofia, formação, especialização e tendência teórica de professores,
assim como das novas opções curriculares originaram-se das mudanças pelas quais
passou o Curso.
Os temas tratados sob o enfoque histórico foram uso, usuários e
transferência da informação e política de informação em ciência e tecnologia.
Nenhuma das pesquisas históricas tratou do tema biblioteca universitária.
Nessas pesquisas foram citados o levantamento bibliográfico e documental,
dados colhidos anteriormente, registros existentes e entrevistas, como técnicas ou
instrumentos auxiliares da pesquisa.
5.12 ANÁLISE DE CONTEÚDO
A opção pela análise de conteúdo foi identificada em três (3), ou 1,40% do
total das dissertações, sendo uma no primeiro período, sobre processamento e
recuperação da informação e duas no segundo período, sobre uso, usuários e
transferência da informação e comunicação científica e tecnológica. O tema
biblioteca universitária não foi objeto de análise de conteúdo embora esta seja
considerada por BARDIN uma análise marcada por uma grande disparidade de
formas e adaptável a um campo de aplicações muito vasto: a comunicação (1991, p.
31). Como técnicas ou instrumentos auxiliares, as dissertações sob esse enfoque
�4.4
utilizaram-se de levantamento de conteúdo, dados colhidos anteriormente, registros
existentes e entrevistas.
5.13 ANÁLISE DE DISCURSO
A opção pela análise de discurso foi identificada em três (3), ou 1,40% do
total das dissertações, todas durante o segundo período do Curso. Seus temas
foram comunicação científica e tecnológica, filosofia da informação e padrões e
estrutura da informação registrada. Nenhum dos três estudos analisados teve como
objeto a biblioteca universitária.
5.14 ESTUDOS COMPARATIVOS
A opção pelo estudo comparativo foi identificada em três (3) dissertações,
uma, apresentada no primeiro período e as outras duas no segundo. Os temas
tratados
sob
o
enfoque
comparativo
foram
profissão
e
profissionais,
e
processamento e recuperação da informação. Embora estudos comparativos sejam
considerados adequados para análise de duas ou mais realidades, de modo a
identificar pontos de contrastes e semelhanças ou princípios comuns, nenhum deles
apresentou como tema bibliotecas universitárias.
As técnicas ou instrumentos auxiliares utilizadas nesses estudos foram a
entrevista, o levantamento de conteúdo e a pesquisa documental.
�4.4
5.15 PESQUISAS PARTICIPANTES
A opção pela pesquisa participante foi identificada em duas (2) dissertações,
uma no primeiro período e outra no segundo, ambas sobre o tema comunicação
científica e tecnológica. Nenhuma dessas pesquisas versou sobre bibliotecas
universitárias.
�4.4
5.16 PESQUISA-AÇÃO
Apenas uma das pesquisas adequou-se à categoria de pesquisa-ação: uma
proposta de Modelo de Biblioteca para Crianças (NOBREGA, 1992, p. 16),
concebida em estreita associação com a prática da autora.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Delinear, em poucos traços, o conjunto de escolhas metodológicas das
dissertações constituintes do corpus, implica em considerar os elementos mais
significativos para o campo de estudo, destacando-se o dinamismo acentuado nos
últimos anos, com tendência à ampliação do leque temático e de abordagens mais
criativas para tratamento de seus objetos.
A ampliação da quantidade de dissertações, do primeiro (1972-1983) para o
segundo (1984-1995) período do Curso, resultou do aumento dos cursos de
graduação e da consequente expansão do número de candidatos à pós-graduação,
assim como da necessidade de professores com qualificação para seus quadros
docentes. O mercado de trabalho, mais exigente, aumentou a demanda por
qualificação. E as próprias características do Curso, a partir do segundo período,
ensejaram maior abertura a profissionais de outras áreas, resultante
das
reformulações curriculares.
Com relação aos temas escolhidos, há preferência por problemas
relacionados a uso, usuários e transferência da informação e a padrões e estruturas
da informação registrada.
�4.4
Entre as opções metodológicas predominaram a pesquisa empírica e as
abordagens quantitativas, tendência mais forte no primeiro período do Curso,
quando questões de ordem prática, motivação de pesquisas operacionais e de
análises ou propostas de programas ou sistemas, contribuiriam para essa vertente.
Os projetos aplicados à realidade eram incentivados pelo apoio institucional, aliado
ao estímulo intelectual dado pela expressiva influência dos professores estrangeiros.
A política institucional seria fortalecida com algumas iniciativas de apoio às
atividades científicas desenvolvidas no País como, por exemplo, o caso do Banco
de Dados que o CNPq financiaria na forma de um Projeto Piloto na área de
Química. (PARANHOS, 1975, p. 1). Com a transformação do IBBD em IBICT, o
órgão teria sua atuação reforçada e as políticas de desenvolvimento científicotecnológico priorizariam assuntos relacionados à informação cadastral, estatística e
referencial.
Destaca-se, como pano de fundo, o contexto institucional e político, cujas
prioridades enfatizam o aprimoramento profissional e da instituição e o
privilegiamento dos aspectos quantitativos nas avaliações. Há evidências do
pioneirismo dos estudos bibliométricos, assim como a crença na necessidade de
estendê-los a outras áreas ou campos latentes da ciência.
Sobre
bibliotecas
universitárias
foram
realizados
vinte
estudos,
predominantemente pesquisas de avaliação (5), a partir do final da década de 70 e
durante a década de 80. Foram também realizados quatro estudos de uso, três
levantamentos, e em menor escala os estudos bibliométricos, exploratórios e
exploratório-metodológicos. É importante lembrar que o contexto institucional e
�4.4
político, cujas prioridades enfatizavam o aprimoramento profissional e da instituição,
favoreciam as pesquisas de avaliação, especialmente na década de oitenta.
A partir dessa década, há também uma reflexão maior sobre a prática de
pesquisa e uma consciência da crítica ao que se denominou excesso quantitativista.
Em alguns trabalhos há reflexos dessa consciência em relação às limitações da
bibliometria, ao fundamento mecanicista do método de análise de citação, e o
reconhecimento da necessidade de extrair informações mais completas para a
compreensão do assunto analisado pois o processo de comunicação dos resultados
é, em última análise, o principal responsável pela acumulação de conhecimentos e
pelo desenvolvimento de qualquer área de investigação. Há, portanto, uma
progressiva consciência do alcance e da prática metodológica, das mais recentes
perspectivas de abordagem e da própria crítica à produção acadêmica do Curso.
A relativa diminuição do uso de técnicas bibliométricas, do primeiro para o
segundo período, deve-se também à ampliação do quadro de professores e à
consequente diversidade de posturas e tendências acadêmicas e opções
metodológicas.
Além das influências institucionais, a ampliação gradativa da liberdade de
expressão política, cujo resultado mais concreto foi o movimento crítico e
contestador, sentiu-se principalmente na pós-graduação. As pesquisas passam a
explorar um campo mais amplo que incluía reflexões filosóficas e epistemológicas e
produção de pesquisas conceituais, teóricas ou qualitativas. No segundo período do
Curso, surgem os primeiros estudos do tipo pesquisa-ação, pesquisa histórica e
análise do discurso e há um aumento relativo das opções por metodologias como
estudos de caso, exploratórios e comparativos, levantamentos, análises de
�4.4
conteúdo e pesquisas conceituais. O aumento verificou-se de modo proporcional à
diminuição de pesquisas de avaliação e operacionais, estudos de uso e, em menor
escala, das pesquisas bibliométricas.
A ampliação de opções metodológicas foi acompanhada do que se poderia
denominar uma certa flexibilidade formal. Alguns dos estudos, por seu caráter
exploratório, apresentam-se menos rigorosos na explicitação dos procedimentos
metodológicos, ao apoiar-se na oportunidade de desvendar variáveis e conjugar
características de um determinado fenômeno para depois serem formuladas
relações entre causa e efeito ou hipóteses de trabalhos futuros. Minha observação
não se reveste aqui de um tom de crítica, pois a característica, por si só, não
apagaria o mérito dos trabalhos.
Por outro lado, percebi, a partir do segundo período, maior reflexão sobre a
opção metodológica e com a caracterização da própria pesquisa. Os autores
passam a contribuir com meu esforço de categorização, autodenominando suas
pesquisas. Paralelamente, as correntes filosóficas ou epistemológicas são mais
evidentes no referencial teórico ou na própria condução dos trabalhos do segundo
período. Métodos antropológicos influenciam técnicas de pesquisa como a história
de vida, as entrevistas e os processos interativos entre pesquisador e entrevistado.
Outros trabalhos orientam-se à prática de transformação do materialismo dialético. A
questão da interdisciplinaridade também desponta nas reflexões dos últimos anos.
A conjugação de métodos e técnicas foi observada especialmente a partir do
segundo período do Curso, devido em parte à consciência da interdisciplinaridade e
ao convívio mais estreito com outras áreas. Estas incluem as disciplinas cujos
objetos de estudo tem parentesco ou afinidade com a informação, ou áreas
�4.4
instrumentais, relacionadas à Biblioteconomia e Ciência da Informação enquanto
meios ou instrumentos para a realização de propósitos de natureza teórica ou
prática.
Tendências doutrinárias mais permanentes podem ser observadas durante
todo o processo, como a visão sistêmica, o funcionalismo, o pragmatismo e o
positivismo, embora com menor força no segundo período.
Defendo como tese que à medida em que cada campo de atividade científica
vai se fortalecendo e conquistando autonomia, as estratégias metodológicas, as
técnicas e os instrumentos selecionados pelos pesquisadores vão se tornando cada
vez mais complexos em suas combinações e menos puros em relação às formas
originais de concepção. Mas isso deveria ser observado e aceito como uma prática
viva de fazer pesquisa e não como uma quebra da ortodoxia metodológica.
Diante das constatações, evoco a questão colocada por LADRIÈRE: será que
o método científico, tal como é concebido atualmente, não predetermina os
problemas aos quais nos consagramos? (1978, p. 170). E pergunto ainda se não
seria a anterioridade temporal do método o móvel da formulação do problema e a
maneira de colocá-los?
A resposta requer muito mais do que os dados. E para interpretar o que se
apresenta há que reconhecer os seus contornos, as relações possíveis, as
influências dominantes e os conflitos que apresentam.
Sob o impacto da questão, embora concorde que a presença de professores
estrangeiros influenciou toda uma geração de alunos, na década de setenta,
acredito que a influência tenha se manifestado mais diretamente sobre a
metodologia adotada e, de uma forma indireta, sobre os temas. Esclarecendo
�4.4
melhor, eu diria que os estudos bibliométricos não somente marcaram época, mas
principalmente se constituíram em uma opção metodológica a sobrepujar o
comprometimento com objetos alternativos de pesquisa.
Cada uma das dissertações é única em termos das facetas ou variáveis de
que tratam, assim como de sua importância em relação ao conjunto. O método é
concretizado na pesquisa, produto da prática intelectual consciente e a diversidade
de posições tem como consequência a necessidade da coexistência entre os
pesquisadores representantes das tendências que se interpõem e atuam no campo,
de modo a permitir uma prática construtiva de pesquisa.
O conjunto dos procedimentos metodológicos de uma área ou disciplina,
resultante da pesquisa individual ou coletiva, em perspectiva diacrônica, deverá
servir de pano de fundo para que se possa aprimorar seu estágio presente. É o
desafio a ser enfrentado pelos profissionais da Biblioteconomia e Ciência da
Informação na tentativa de elaborar a síntese diante das situações de crise, tendose presentes simultaneamente a consciência da precariedade das soluções
dogmáticas ou dos modelos definitivos e o sentimento de que, embora contingentes
os seus sucessos, permanece o ânimo desvelador, como característica inseparável
do ser humano.
ABSTRACT
Analyzes Masters’ theses submitted from 1972 to 1995 on the Postgraduate course
in information Science run jointly by the CNPq (National Council fo Cientific and
Technological Development)/IBICT (Brazilian Institute of Scientific and Technological
Information) and the School of Communication of the Federal University of Rio de
�4.4
Janeiro. The purpose of this work is to make a critical appreciation of the
methodological trends, as well as the most significant contributions to the area of
Librarianship and Information Science. Research is envisaged from the point of view
of progress in the area against the background of the Brazilian political-cultural
context. A corpus of 215 theses constitutes the basis for this research.
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TAVEIRA, Dyrse Barreto. Catálogo em livro para as bibliotecas da Universidade
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Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - IBICT/UFRJ.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Linhas e tendências metodológicas nas dissertações do mestrado em Ciência do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia- Universidade do Rio de Janeiro (1972-1995).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Bufrem, Leilah Santiago
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Analisa as dissertações de mestrado aprovadas no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT - Universidade Federal do Rio de Janeiro / Escola de Comunicação, no período de 1972 a 1995, sob enfoque crítico, com o propósito de levantar e acompanhar entre as linhas e tendências metodológicas concretizadas as mais evidentes e significativas contribuições à área de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Enfatiza a pesquisa como prática criativa necessária para evolução do campo analisado, sem esquecer o contexto político-cultural do Brasil, como pano de fundo de criação e desenvolvimento do Curso e seus desdobramentos para as opções metodológicas. Apoia-se em dados quantitativos para a análise de um corpus constituído de 215 dissertações.
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A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4678/SNBU1996_028.pdf
d7773d7466ca977c419b1fee3286825a
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5.15
METODOLOGIA DE COLETA DE DOCUMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE
BASES DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS
Maria Betânia Monte Alto Lambert*
Selma Chi Barreiro*
RESUMO
É feita uma descrição detalhada das etapas que compõem o processo de coleta de
documentos para a formação de bases de dados bibliográficos. Chama-se atenção,
dentro da metodologia, para dois fatos: o desdobramento das fontes e a repetição,
sendo desdobramento a identificação de várias outras fontes a partir de um único
documento e repetição a possibilidade de identificação de fontes já selecionadas.
Os arquivos necessários para o controle adequado das informações coletadas, bem
como o conteúdo de cada um deles são apresentados.
1 INTRODUÇÃO
O trabalho de coleta de documentos para a produção de bases de dados
bibliográficos é pouco conhecido no Brasil. São poucas as organizações brasileiras
que têm essa experiência e se pesquisarmos a literatura brasileira publicada muito
pouco encontraremos sobre o assunto.
O Centro de Informações Nucleares da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CIN/CNEN) tem uma longa experiência na coleta de documentos para a
___________________
* Bibliotecárias do Centro de Informações Nucleares
�5.15
produção da base de dados INIS na área de Energia Nuclear. Recentemente, o CIN
passou também a fazer a coleta de documentos para alimentar a base de dados
ENERGY, que inclui todas as fontes de energia.
É objetivo deste nosso trabalho registrar essa experiência de forma que
outros profissionais, envolvidos nesta mesma tarefa,
possam ter seu trabalho
facilitado.
2 ÂMBITO DO TRABALHO
No contexto deste nosso trabalho, trataremos da coleta de documentos para
a organização de bases de dados bibliográficos, apesar desta metodologia servir
também para a coleta de documentos para outros tipos de bases de dados.
Outro aspecto a ser ressaltado é a coleta de documentos para bases de
dados que tenham como objetivo cobrir o
mais exaustivamente possível as
informações geradas em um determinado assunto. É o trabalho que se chama
convencionalmente
de ‘organização de uma bibliografia exaustiva sobre um
determinado assunto’.
Este caso é bem diferente da produção de bases de dados que tem como
objetivo a automatização do acervo de uma biblioteca. Neste caso, o acervo está
todo reunido e não há o problema de coleta; ao contrário, normalmente é feita uma
seleção do que vai ser incluído ou não na base de dados.
Já a coleta de documentos para a organização de bases de dados num
determinado assunto exige muito esforço, muita disciplina e muita persistência. Isto
porque os documentos de interesse estão dispersos em diversas bibliotecas, em
�5.15
diferentes organizações, são publicados em diferentes veículos de informação, sob
diferentes formas e é preciso identificar todas essas fontes, todos esses veículos
para atingir plenamente o objetivo.
Quando mencionamos ‘fontes de informação’ no nosso trabalho, damos um
sentido bem amplo para a expressão: podem ser pessoas, instituições, publicações
em papel ou em meio magnético que nos levem a um documento de interesse.
3 POLÍTICA DE FORMAÇÃO
DA
BASE
DE
DADOS E
A DEFINIÇÃO
DOS PARÂMETROS DA COLETA
Antes do trabalho de coleta propriamente dito, há uma fase anterior, a da
definição dos parâmetros a serem aplicados na coleta de documentos. Estes
parâmetros estão diretamente ligados à política de formação da base de dados: se a
política adotada para a formação da base de dados é muito abrangente, maior será
o esforço requerido na coleta dos documentos. É importante, então, que se avalie
cuidadosamente os impactos dos parâmetros estabelecidos no trabalho da coleta,
para não chegar à conclusão, no meio do trabalho, de que eles não são realistas.
Esses parâmetros são de extrema importância, pois eles servirão para a
identificação da base de dados no mercado de informações. Assim sendo, os
profissionais envolvidos na produção da base de dados devem conhecê-los muito
bem, para poderem aplicá-los corretamente no trabalho rotineiro.
�5.15
4 PARÂMETROS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DOCUMENTOS
Os parâmetros utilizados para a coleta dos documentos são os seguintes:
definição do escopo, tipo de literatura a ser incluída, limite geográfico e período de
tempo a ser coberto.
4.1 DEFINIÇÃO DO ESCOPO
O assunto deve ser de interesse da instituição que vai organizar a base de
dados. Existem casos, no entanto, em que a instituição tem interesses diversos, ou
o assunto é tão amplo que necessitaria ser subdividido em subtemas. Nestes casos,
é importante que a administração da instituição participe, fornecendo as prioridades.
Uma solução para este problema é iniciar o trabalho com um escopo mais
reduzido e, ao longo do tempo, depois de alguma experiência, ir acrescentando
novos assuntos.
Uma vez definido o assunto, é fundamental que seja preparada a ‘Tabela de
Assuntos Cobertos pela Base de Dados ...’, que contenha a lista detalhada dos
tópicos e inclua explicações detalhadas para facilitar a identificação da relevância ou
não dos documentos para a base de dados. Caso existam aspectos dos tópicos que
não sejam de interesse para a base de dados, isto também deve ser incluído na
Tabela.
Esta tabela deverá ser usada tanto pelos profissionais responsáveis pela
seleção dos documentos para a produção da base de dados, como também pelos
usuários que a utilizarão futuramente. Daí a importância de sua elaboração.
�5.15
No exemplo a seguir, vemos como pode ser apresentado um tópico na
‘Tabela de Assuntos Cobertos pela Base de Dados’ .
Ex: Radiologia e Medicina Nuclear
Radiação externa em diagnóstico.
Avanços no uso de radiações ionizantes, por exemplo, raios-X
radiação
gama. Avanços em procedimentos de imagens, incluindo espectroscopia de RMN
(ressonância magnética nuclear) e tomografia.
Nota: ultra-sonografia e raios-X de rotina em diagnóstico são excluídas.
4.2 TIPO DE LITERATURA
Dependendo do objetivo da base de dados, a seleção do tipo de literatura a
ser incluída pode ser mais ou menos rígida.
No caso das bases de dados que cobrem assuntos técnico-científicos,
somente deve ser incluída aquela literatura resultante de um trabalho de pesquisa
ou o resultado de um estudo técnico, como as dissertações e teses, os artigos de
periódicos técnico-científicos, os relatórios das instituições da área, patentes, os
anais de eventos etc. Ficam assim excluídos os artigos de revista não-assinados, as
notícias de jornal, os materiais de divulgação científica, folhetos e folders.
4.3 LIMITE GEOGRÁFICO
�5.15
O limite geográfico vai determinar as fronteiras do trabalho de coleta, vai
definir as fontes de informação que serão utilizadas, se vão ser limitadas às fontes
nacionais ou se serão direcionadas também às fontes internacionais.
Existem dois casos que podem nos levar a definir um limite geográfico ‘misto’.
Um deles é quando há escassez de literatura nacional no assunto desejado e é
preciso recorrer à literatura internacional para tornar a base de dados válida. No
segundo caso há um ou mais países, onde a pesquisa no assunto desejado é tão
avançada que não se pode omitir sua literatura. Neste último caso, a ênfase pode
ser dada à literatura nacional, mas incluir-se-á a literatura internacional por sua
importância.
4.4 PERÍODO DE TEMPO
Normalmente, quando se inicia a organização de uma base de dados,
retroage-se o período de tempo apenas alguns anos para trás, principalmente
quando se trata de base de dados na área técnico-científica. Isto se dá pelo fato do
volume da literatura publicada na área técnico-científica ser muito grande e o fator
‘data de publicação’ poder ser fundamental para o interesse ou não dos documentos
da base de dados.
Se, por outro lado, o período de tempo é definido pensando-se somente na
atualidade das informações e estabelecendo-se que só o que for publicado ‘daqui
para a frente’ deve ser incluído, podemos ter o problema de falta de documentos
para se alimentar a base de dados.
�5.15
Estudos já mostraram que a concentração dos documentos incluídos nas
bases de dados de um determinado ano foram publicados há dois anos. Assim,
caso a atualidade das publicações seja um fator importante na construção da base
de dados, pode-se retroagir o período de tempo em dois anos, estabelecendo um
parâmetro de alta qualidade para a base de dados.
O estabelecimento de períodos de tempo que retroagem em muitos anos
pode ser um fator complicador na coleta dos documentos, pois a tarefa é dupla:
tem-se que coletar os documentos antigos, acumulados por anos e anos, e o que
vem sendo publicado regularmente.
5 MANUAL DE COLETA DA BASE DE DADOS
Uma vez definidos os parâmetros da coleta, isto deve ficar registrado num
manual, que pode ser chamado de ‘Manual de Coleta da Base de Dados ...’. Neste
Manual pode-se incluir também a ‘Tabela de Assuntos Cobertos pela Base de
Dados ...’ . Sempre que possível, devem ser incluídos exemplos que facilitem a
seleção, como títulos de documentos que se enquadrem perfeitamente no escopo
da base de dados, como também títulos de documentos que devam ser rejeitados
por não serem de interesse.
Qualquer redefinição dada ou alteração introduzida em qualquer desses
parâmetros deve ser imediatamente registrada no ‘Manual de Coleta da Base de
Dados’ e informada ao grupo responsável pela produção da base de dados. Isto
evitará erros e falhas no processo de seleção de documentos.
�5.15
6 METODOLOGIA DA COLETA DE DOCUMENTOS
A metodologia da coleta de documentos envolve uma série de etapas, que
devem ser muito bem coordenadas e documentadas para evitarmos a duplicação de
esforços. A natureza do trabalho tende a gerar um volume muito grande de
informações, que precisam estar diligentemente organizadas para nos darem as
respostas que precisamos.
A coleta pode ser dividida em quatro etapas: levantamento das fontes de
informação, organização dos arquivos, organização dos contatos e feedback aos
autores.
6.1 LEVANTAMENTO DAS FONTES DE INFORMAÇÃO
Neste tópico, faz-se necessário mencionar dois fatos que ocorrem no trabalho
de levantamento das fontes de informação. O primeiro é a possibilidade de se obter
a partir de um só documento, indicações de novas fontes de informação. Por
exemplo: se identificamos uma bibliografia na lista das referências bibliográficas de
um documento, vamos ter, a partir daí, uma série de referências bibliográficas que
nos levarão a inúmeras outras, a nomes de autores, editores e orientadores, títulos
de periódicos, nomes de instituições etc. Formando o que se pode chamar de
cadeia de fontes de informações.
Esse ‘desdobramento de fontes de informação’ é um ponto positivo neste
contexto, fornecendo, sempre, farto material de trabalho. Por isso, o exame das
�5.15
listas de referências bibliográficas dos documentos identificados é o ponto
fundamental da metodologia de coleta de documentos.
O segundo fato que ocorre no desenvolvimento deste trabalho é a
possibilidade de, em algum ponto desta cadeia, surgirem fontes de informação já
anteriormente identificadas e coletadas, ou seja: a identificação de obras repetidas.
Daí a importância da sistematização das informações em arquivos bem
organizados, como vamos ver a seguir, e da disciplina nos procedimentos de coleta.
Esses dois fatos, o desdobramento e a possibilidade de repetição, podem ser
perfeitamente controlados com a organização de diversos arquivos. Esses arquivos
tem um papel fundamental, não só para informar se aquela fonte já foi identificada
ou não, mas também para nos dizer se ela foi relevante ou não para a base de
dados.
Para facilitar a manipulação das fontes de informações impressas, é
conveniente que elas sejam separadas em primária, secundária e terciária, pois elas
serão desdobradas de forma diferenciada. Nas fontes primárias o desdobramento é
mais simples, pois vamos direto às referências. Já no caso das fontes terciárias,
temos que passar por mais etapas, até chegarmos às referências bibliográficas do
documento primário.
6.2 ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS
O trabalho fica facilitado se já temos algum material identificado. Mas, caso
não o tenhamos, podemos dar início fazendo um levantamento das principais fontes
de informação da área. Os periódicos podem ser um bom ponto de partida, pois
�5.15
contêm informações sobre autores da área, instituições que desenvolvem pesquisa,
congressos realizados, títulos de outros periódicos relevantes e, através das
bibliografias dos artigos de periódico, outros documentos de interesse.
Reunindo essas informações, teremos os seguintes arquivos:
• Lista dos títulos de periódicos relevantes
Informações a incluir:
- nome do editor e endereço completo;
- nome das bibliotecas onde o título pode ser encontrado;
- controle dos volumes e números já vistos.
• Lista dos congressos realizados na área
Informações a incluir:
- nome das instituições patrocinadoras;
- local e data de realização do evento.
• Lista das instituições que desenvolvem pesquisas e estudos
Informações a incluir:
- endereço e o nome de um contato na instituição;
- publicação de relatórios anuais e outras publicações técnicas;
- existência ou não de biblioteca na instituição e nome do bibliotecário.
�5.15
• Lista das publicações identificadas
Informações a incluir:
- referência completa;
- biblioteca onde o documento pode ser encontrado;
- selecionado ou não para a base de dados (em caso negativo, é importante
colocar o motivo: fora do escopo, fora do prazo de coleta etc.).
• Lista dos documentos em processamento
Informações a incluir:
- título;
- autor;
- referência.
6.3 ORGANIZAÇÃO DOS CONTATOS
A organização dos contatos é etapa importante na coleta de documentos.
Cada instituição e pessoa de interesse pode ser abordada de diferentes formas. Os
contatos podem ser feitos através de correspondências formais, como as cartaspadrão, os formulários de pedidos entre bibliotecas, os formulários COMUT etc. E
também através de contatos informais, como o telefone, fax, e-mail etc. Os contatos
pessoais
são
extremamente
importantes,
pois
permitem
conscientizar
os
pesquisadores e/ou as instituições da necessidade de registro do trabalho científico
e da cooperação. Além disso, o contato pessoal com uma pessoa ou instituição
também pode gerar a multiplicação de outras fontes de referência, num processo de
realimentação contínuo.
�5.15
6.4 FEEDBACK AOS AUTORES
Esta é uma etapa fundamental para se estabelecer um fluxo constante de
documentos. Muitas vezes, a falta de vontade em remeter ou emprestar um
documento se deve ao fato de que as pessoas não sabem o que vai ser feito
daquele documento. Para evitar que isso aconteça basta informar ao autor do
trabalho, ou à pessoa que enviou o exemplar do documento, quando ele foi
incorporado à base de dados. Ainda melhor é enviar uma cópia da página da
bibliografia (caso haja) que contenha a referência bibliográfica em questão.
7 CONCLUSÃO
Como pode ser visto, os procedimentos para a coleta de documentos para
alimentação de bases de dados não são difíceis na sua essência, porém são
complexos na sua estrutura. A metodologia aqui apresentada é uma tentativa de
sistematização destas atividades, a fim de agilizar o trabalho dos profissionais
envolvidos e evitar duplicação de esforços e desperdício de dinheiro. É importante
salientar que qualquer oportunidade de contato neste processo
não deve ser
desperdiçada, seja formal ou informal. A comunicação é a base social para geração
de conhecimentos.
ABSTRACT
This paper provides a detailed description of the steps in the process of collecting
documents to form library databases, and calls attention to two points in the
methodology: the multiplication of information sources, and repetition. Multiplication
�5.15
is the identification of various other sources from the starting-point of a single
document, while repetition is the possibility of identifying sources already selected.
The files necessary for adequate control of information gathered, and the contents of
each, are also described.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 DODEBEI, Vera Lucia Doyle Louzada de Mattos. Metodologia de coleta de
documentos para bases de dados bibliográficos. Revista de Biblioteconomia
de Brasília, v. 14, n. 2, p. 313-327, jul./dez. 1986.
2 LAMBERT, Maria Betânia Monte Alto. Manual de coleta de documentos para
alimentação da base de dados do INIS. Rio de Janeiro : CNEN, 1996. (a
ser publicado)
3 MAREK, D. Organizaing input collection. In: INIS. Rio de Janeiro : Papers...
(Special Seminar Session for Latin American, 1981)
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Metodologia de coleta de documentos para a produção de bases de dados bibliográficos.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Lambert, Maria B. Monte Alto; Barreiro, Selma Chi
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
É feita uma descrição detalhada das etapas que compõem o processo de coleta de documentos para a formação de bases de dados bibliográficos. Chama-se atenção, dentro da metodologia, para dois fatos: o desdobramento das fontes e a repetição, sendo desdobramento a identificação de várias outras fontes a partir de um único documento e repetição a possibilidade de identificação de fontes já selecionadas. Os arquivos necessários para o controle adequado das informações coletadas, bem como o conteúdo de cada um deles são apresentados.
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A language of the resource
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e15b47db024dc1ee5abd49ebbb936bf6
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8.1
MOBILIZAÇÃO PARA UMA POLITICA DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE
ACERVOS CONTRA O AGENTE BIOLÓGICO HUMANO
*
Justino Alves Lima
RESUMO
O trabalho apresenta uma proposta de política de conservação e manutenção de
acervo fora dos padrões convencionais.
Trata-se de uma campanha de
conscientização junto ao agente biológico humano, uma política de serviços,
acompanhada pela implantação de um sistema de segurança, que representa uma
nova tecnologia. A política em curso na Biblioteca Central da Universidade Federal
de Sergipe consiste em uma proposta em dois módulos, sendo o primeiro a
sistematização de uma campanha vinculada em duas exposições, para a
conservação do acervo, e o segundo a instalação de um sistema de segurança
para manutenção do acervo.
1 INTRODUÇÃO
Ao se exprimir a palavra política, o sentido que se dá à mesma é de direção,
de administração e de ciência da organização. No mundo das profissões, cada
segmento vai adaptando o conceito para os seus interesses.
Assim, na
Biblioteconomia, quando se fala em política de conservação e manutenção de
acervo, deve-se entender como o estabelecimento de princípios que orientem,
conduzam ou influenciem o modo pelo qual uma biblioteca deverá pautar seus
métodos para conservar e manter o seu acervo.
*
Bibliotecário da Universidade Federal de Sergipe
�8.1
A conservação e manutenção de acervos é uma das mais constantes
preocupações dos bibliotecários nas bibliotecas universitárias. Entretanto, em torno
do assunto existe um número pequeno de publicações técnicas e apenas teorizam
sobre como devem ser conservados e mantidos os acervos bibliográficos, acervos
esses quase sempre formados durante anos e com muita dificuldade, devido aos
recursos financeiros serem sempre escassos.
Os teóricos da Biblioteconomia sempre tratam do assunto da forma mais
convencional existente: as intempéries climáticas, os acidentes biológicos ou
a
despreocupação higiênica de ordem funcional. Modernamente, no entanto, uma
modalidade de agente maléfico contra a conservação e manutenção dos acervos
vem tomando forma e assumindo contornos de difícil combate: o homem.
Em que pese ser considerado um dos agentes biológicos, o homem não tem
sido objeto de políticas de conservação e manutenção de acervos. Travestido de
usuário, ele tem frequentado as bibliotecas universitárias e depredado material
bibliográfico. De difícil combate, uma vez que age na surdina, tem infernizado a vida
dos bibliotecários e do pessoal de apoio técnico que se dedicam à tarefa de
preservação dos acervos. Difícil também é o seu combate quando identificado, pois,
devido à legislação penal, normalmente o depredador consegue safar-se de
punições.
Para isso, argui-se com a questão democrática universitária, sem
entender que o discurso da autoridade difere do discurso do autoritarismo.
O que fazer contra essa crescente investida criminosa contra os acervos das
bibliotecas universitárias? Cansados de ver revistas cortadas, livros recheados de
folhas xerox para substituir as páginas arrancadas, e ainda ter de dar baixa nos
registros de livros por motivo de furto, os bibliotecários da BICEN/UFS - Biblioteca
�8.1
Central da Universidade Federal de Sergipe - decidiram sistematizar um trabalho
contra o absurdo perpetrado contra o patrimônio público cultural.
Mobilizaram, então, a comunidade universitária para uma política de
conservação e manutenção de acervos, que priorizasse uma política de serviços e
novas tecnologias: serviços, no momento em que se decidiu por uma campanha
educacional pela conservação do acervo, e nova tecnologia, ao decidir-se pela
instalação de um sistema de segurança que trabalhasse com células fotoelétricas
para manutenção do acervo.
2 O FURTO DE LIVROS : A SOCIEDADE INTELECTUAL EM XEQUE
O Jornal da Cidade, um diário sergipano, ocupou parte de uma das suas
páginas com um assunto um tanto excêntrico: furto de livros na Biblioteca Central da
Universidade Federal de Sergipe.
Excêntrico, porque se trata de usuários de
bibliotecas que depredam o patrimônio público.
Expõe-se na revelação um agravante: não se trata de bibliotecas públicas,
que atende o lado pobre (financeira e intelectualmente) da sociedade, mas sim de
bibliotecas universitárias, freqüentadas, em tese, pela sociedade letrada, culta.
Então, o que dizer quando o roubo (qualquer sinônimo que se queira empregar em
substituição é eufemismo) chega à camada mais culta da sociedade ? A sociedade
está doente. É com esse sentimento que na imprensa repercute a notícia de roubo
de livros em bibliotecas universitárias.
O problema existe, no entanto fica circunscrito aos muros acadêmicos. No
momento em que a informação burlou a vigilância das cercanias intelectuais e a
�8.1
imprensa se apropriou da informação, fez barulho. Foi assim em Sergipe, quando o
fato foi noticiado pela imprensa escrita, logo após uma reunião entre a direção da
BICEN - Biblioteca Central, a direção do DCE - Diretório Central dos Estudantes e
os diretores dos CAs - Centros Acadêmicos da Universidade Federal de Sergipe.
Na reunião, em que se pretendia estabelecer parceria entre a biblioteca e os
estudantes, numa campanha em favor da Biblioteca, revelou-se a questão, a qual foi
levada à imprensa por um indignado estudante.
A matéria do Jornal da Cidade, intitulada “Usuários danificam e roubam livros
na Biblioteca Central”, chamou a atenção dos pauteiros da imprensa falada e
televisada. O fato virou manchete e foi veiculado em noticiário radiofônico e em um
telejornal locais.
A notícia, que aparentemente era banal e localizada, chegou a ser publicada
na Folha de São Paulo, através da Agência Folha em Aracaju, dando a informação
da instalação de um sistema de segurança com células fotoelétricas como solução
emergente para reduzir o número de furtos de livros. Esta ação foi considerada a
opção viável para combater a atuação de usuários inescrupulosos dos serviços da
biblioteca.
A notícia repercutiu no Rio Grande do Sul, fazendo com que a Rádio Guaíba,
através do programa ‘Mendes Ribeiro’, entrasse na questão. Colocou no ar, em
linha direta, o diretor da Biblioteca Central em entrevista, que durou sete minutos. O
entrevistador justificou a distância da entrevista dizendo que o assunto não era
sergipano, era brasileiro. Especulou-se sobre o que levaria membros da elite do
sistema de educação do país, da sociedade letrada, a cometerem tal crime. Para o
então diretor da BICEN/UFS, o problema existe e carece de uma profunda análise.
�8.1
No seu entender, algo que não chega a ser novidade: existe o usuário que rouba
pela “abjeta necessidade” de negócio, o que rouba pela “altruísta necessidade” de
colecionar e o que rouba pela “imperiosa necessidade” de não poder comprar e
querer possuir os livros didáticos exigidos pelos programas das disciplinas. Ora,
todos são delitos do mesmo porte e todos são imperdoáveis.
O fato de repercussão na grande imprensa parece ser banal nos círculos
acadêmicos e fica restrito a ensaios divulgados nos noticiosos internos das
Universidades.
Embora escasso, existe material sobre o assunto. O Jornal do
Campus (USP) traz um artigo com o título nada altruísta de “Bibliotecas tomam
medidas contra roubos”. Ali, conta-se a triste realidade que aguarda os usuários
das bibliotecas da maior universidade do País. Uma via-crucis, segundo o artigo,
com paradas quase sempre previstas: 1) procura nas estantes; 2) busca nos
carrinhos; 3) pesquisa nas mesas; 4) consulta ao funcionário; para finalmente
chegar a triste conclusão: o livro sumiu.
A escassa literatura sobre a depredação de acervos mostra que os números
dos crimes perpetrados contra os acervos são alarmantes:
a) na FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (USP), foram roubados 98
volumes em 1990, 66 em 1991 e 34 em 1992;
b) na ECA - Escola de Comunicações e Artes (USP), 1.200 volumes
roubados em 47.000 publicações inventariadas em 1991;
c) na PUC/MG - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, foi dado
baixa em 1.402 livros no ano de 1992, ano em que começou a ser feito o
levantamento sobre o estado de conservação dos livros das áreas de
�8.1
Ciências Biológicas, Engenharia, Agricultura, Matemática, Física e
Química;
d) na BICEN/UFS, foram contabilizados como extraviados e não repostos 89
livros, entre os anos 1980 e 1985, e 221 livros, entre os anos 1990 e 1995.
Esses dados dizem respeito a livros que só foram identificados devido a
insistentes reclamações de usuários que solicitavam o empréstimo dos
referidos títulos.
Embora ainda não exista um inventário que permita dizer quantos livros foram
roubados desde a existência da Biblioteca Central (15 anos), há uma certeza: os
preferidos são os livros didáticos. Assim como na USP, também na UFS os livros
preferidos são os de leitura obrigatória (livros-texto, ou didáticos), livros indicados
pelos professores para suporte dos programas das disciplinas.
Tal avaliação
coincide com o depoimento de uma professora da UFS:
Todo semestre letivo, recorro à Biblioteca Central da UFS para pesquisar sobre a História
de Portugal. O livro fundamental para estes estudos é quase uma obra rara. É de 1949,
edição portuguesa da Livraria Tavares Martins, cidade do Porto. Seu título é História de
Portugal - das origens até 1940 e seu autor é João Ameal. Na semana passada, fui à BC
para a costumeira pesquisa, mas após demorada busca, retornei ao balcão de mãos vazias.
Procurei o setor competente para saber onde poderia estar o livro e recebi, então, a
informação de que poderia ter desaparecido (VALENÇA, 1990).
�8.1
3 DEPREDAÇÃO DO ACERVO : A INSTALAÇÃO DO CAOS BIBLIOGRÁFICO
Se existe uma preocupação constante com a conservação e manutenção do
acervo, é porque existem causas que motivam essa preocupação. Os acervos, em
maior ou menor grau, são expostos às intempéries climáticas e ao uso constante,
que terminam por provocar desgastes e danos ao documento.
Os danos são
ocasionados pela existência de agentes físicos, químicos e biológicos que atacam
os documentos.
Portanto, toda a discussão sobre agentes físicos, químicos e biológicos
perfaz o campo da técnica, seja de bibliotecários ou químicos.
Neste sentido,
termos como bibliófagos e fungos tornam-se familiares. Combaten-se os ariscos
saprófitas, coleópteros, ortópteros, pseudoneurópteros, entre outros. No entanto, o
mais arisco, o agente biológico homem, passa ao largo do controle e assume a
forma de depredador de acervo. Configura-se como o mais nocivo deles, pois os
métodos de combate são inócuos. Ou porque não existe uma política de combate.
A questão da conservação e manutenção de material bibliográfico, na visão
dos administradores de bibliotecas, passa quase que exclusivamente pelos
problemas relativos aos agentes físicos (umidade, temperatura e luminosidade), aos
agentes químicos (acidez, oxidação e alcalinidade). Esses, por sua vez provocam e
contribuem para o aparecimento e proliferação dos bibliófagos.
questão passa também
Além disso, a
por problemas relativos ao manuseio excessivo, que
provoca a desestruturação física do material.
No primeiro caso, a solução, se não é difícil, torna-se cara. No segundo, já
não tão cara, entretanto inevitável. Por conta do manuseio indevido, é necessário o
�8.1
descarte temporário. Para VERGUEIRO (1992) “a retirada do material se dá pela
necessidade de recuperá-lo fisicamente, para melhor atendimento à demanda”. Se
esta é uma preocupação técnica adotada por bibliotecas e bibliotecários que
viabilizam a conservação do material, no entanto, nem todo o descarte para
recuperação do material é temporário. Existe o descarte imposto pelos depredários
que pode afetar toda uma coleção. Isso acontece normalmente com os livros de
arte.
O depredário assume o desprezo e o desrespeito pela coisa pública. Uma
atitude que vai contra a argumentação de VERGUEIRO (1992) para quem “em torno
de livros e outros materiais cria-se, assim, uma verdadeira aura de respeito, como
se tais materiais fossem mais ou menos sagrados e sua conservação, sob qualquer
condição, um dever inalienável.”
Se isto justifica o drama pessoal que cerca o
bibliotecário na hora de decidir sobre a retirada de algum material do acervo, não
atinge a consciência do depredador.
A depredação do acervo não é exclusividade brasileira, mas a forma sim. Em
que pese ser condenada, sob qualquer pretexto, nos Estados Unidos e na Europa, o
livro roubado é objeto de desejo de colecionadores.
Embora ato criminoso, os
registros são de descarte do acervo pelo motivo de furto, e não de mutilação do
acervo, e ocorrem motivados pela corrida às coleções de obras-raras.[1] O GEORJ
- Grupo de Estudos em Obras Raras do Rio de Janeiro cita casos exemplares de
bem sucedidas investidas contra o patrimônio público. Devido à valorização das
obras raras no mercado livreiro europeu e americano e a um controle vulnerável
desses livros, os roubos, sempre praticados por pessoas insuspeitas, tornaram-se
empreitadas bem sucedidas.
�8.1
Preocupado com o assunto e tentando minimizar a situação no Brasil, o
GEORJ buscou intrumento legislativo para penalizar o usuário-larápio e relata que
“existe um Projeto de Lei do Senador Jamil Hadad que define crimes contra a
memória nacional, ou seja, os bens públicos ou tombados, onde estão incluídas as
obras gráficas.
Esse projeto vem preencher uma falha na nossa legislação, e
significa um início de conscientizacão da importância dos acervos raros do país.”
[1] A esse respeito, Segurança em acervos raros do Grupo de Estudos em Obras Raras do
Rio de Janeiro, coordenação de Valeria Gauz, é leitura obrigatória.
Entretanto, uma atenta leitura no citado instrumento legislativo permite dizer
que é necessário alterá-lo, ampliando-o, uma vez que o texto do Projeto de Lei do
Senado nº 347, de 1989, admite crime contra a Memória Nacional, no caso das
obras gráficas, tão somente quando falsificadas, alteradas ou reproduzidas.
A
danificação e o furto ficam fora do texto.
4 AÇÕES CONTRA A DEPREDAÇÃO : MOBILIZAÇÃO PARA UMA POLÍTICA
DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ACERVOS CONTRA O AGENTE
BIOLÓGICO HUMANO
Embora conservação e manutenção exerçam quase o mesmo papel, há que
se levar em conta uma diferença significativa no exercício de uma política de
conservação e manutenção de acervos bibliográficos. Conservar é resguardar de
dano, é preservar o documento em qualquer que seja o suporte; manter é
resguardar de prejuízo. Assim, para entendimento dos métodos de controle dentro
da proposta de uma política de conservação e manutenção, adotamos o conceito de
�8.1
que resguardar de dano é evitar a depreciação do material, e resguardar do prejuízo
é evitar o desaparecimento do material.
Nesse sentido, conservar e manter acervos de bibliotecas universitárias exige
controles adequados através de procedimentos diferenciados:
a) conscientizar - através de uma campanha educacional; e
b)
4.1
complementar - zelando pela segurança do patrimônio público.
PROCEDIMENTO CONSCIENTIZADOR: AS EXPOSIÇÕES - UMA
CAMPANHA EDUCACIONAL
Embora o procedimento conscientizador possa ser considerado na literatura
específica como o método indireto de controle do agente biológico homem, não
temos conhecimento de campanhas sistemáticas sobre o mesmo. Pergunta-se:
como conscientizar coletivamente se não existe discussão sobre tal assunto ?
Preocupada com isso, a Biblioteca Central da Universidade Federal de
Sergipe decidiu mobilizar a comunidade universitária, primeiro, para alertá-la sobre o
problema e segundo, para torná-la parceira contra a depredação do material
bibliográfico. Para tal, programou duas exposições, que vêm sendo apresentadas
aos novos usuários do órgão. As mesmas foram criadas a partir de uma publicação
da Biblioteca da Escola de Administração e Economia de São Paulo da FGV Fundação Getúlio Vargas.
No ano de 1983, a Biblioteca acima citada publicou uma série de seis
histórias em quadrinhos cujo tema era a depredação dos acervos. A idéia, que fazia
�8.1
parte de uma campanha anti-roubo, era discutir com os usuários da Biblioteca da
FGV a questão do roubo e da depredação do material bibliográfico da Instituição.
De forma irreverente, apresentaram o problema e seu carsador, que traziam
sérias consequências à conservação e à manutenção de acervos.
Na primeira
história, em doze quadrinhos, os bibliotecários da FGV traziam à discussão com
seus usuários os efeitos danosos provocados nos acervos por um certo usuário
batizado de Aristides, um depredário, que de tão violento era chamado de ‘o hulk
acadêmico’. De forma bem-humorada, eram contadas as peripécias de um pacato
cidadão, Aristides, que ao entrar na Biblioteca, transformava-se no inacreditável
depredário. Um usuário que, escondido de todos, atacava o material bibliográfico
rasgando, riscando, escondendo e roubando.
A partir daí, idealizou-se na BICEN a primeira exposição denominada de ‘O
Depredário - o Hulk Acadêmico’, conforme idéia original dos bibliotecários da
FGV.[1]
Os quadrinhos foram ampliados para o tamanho de meia folha em
cartolina, pregados em painéis de exposição, dispostos na ordem numérica
sequencial da história. Como complemento, a exposição recebeu dois expositores,
com tampos e laterais em vidro, com livros abertos em que aparecem
conseqüencias da depredação.
Para explicar o fato, criou-se uma forma de
processamento técnico alternativo. Os livros são acompanhados por novas fichas
catalográficas nas quais são substituídas as notas bibliográficas.
Assim, um livro que teve páginas arrancadas, e um outro que teve gravuras
cortadas, por exemplo, ganharam novas notações de pista, passando a constar nas
respectivas fichas:
�8.1
[1] “Depredário - O Hulk Acadêmico” nasceu a partir de uma idéia do bibliotecário Oswaldo Francisco
de Almeida Júnior , que escreveu o texto, tendo sido materializado (criação do personagem e
desenho) pelo auxiliar de biblioteca Lourival Romero.
Em um livro de Linguística: - “Estava interessado em Linguística ? Então por
que não se contentou em ler o livro, e deixou as seis páginas (79-84) para um
outro colega que também esteja interessado ?”;
Em um livro de artes plásticas:
- “Deste livro o depredário levou cinco
gravuras, de um total de 60 que compunham o livro.
Desconfio que ele
esteja pretendendo abrir uma galeria de arte.”
A exposição consta ainda de um depredário em tamanho natural (estatura
humana), feito em folha de isopor, e uma cesta de lixo com uma seta indicando que
aquele será o resultado da ação do depredário. Para registrar o mais nocivo dos
atos do depredário, o roubo, um lugar em branco, marcando o formato de um livro,
dá conta de que o livro ali existente foi levado pelo depredário.[1]
Fora da série ‘Depredários’, foi publicada uma sétima história, em duas tiras
compostas por oito quadrinhos, intitulada de ‘Aviso de Utilidade Pública’, onde se
alertava para os riscos de vírus que atacam usuários de bibliotecas.[2] Alertava-se
ao mesmo tempo em que se questionava se usuários que escondiam, rasgavam,
rasuravam e roubavam livros eram pessoas normais.
Era uma nova e bem-
humorada versão de depredários.
[1] A exposição ‘O Hulk Acadêmico’ revelou-se um sucesso (de crítica e de público) em busca de
uma solução para o problema da depredação, sendo solicitada e exposta em três bibliotecas de
Aracaju e levada a efeito como tarefa em uma gincana de uma escola particular de ensino médio.
[2] O ‘Aviso de Utilidade Pública’ foi uma idéia do auxiliar de biblioteca Bob Heavy, com textos
discutidos com o bibliotecário Oswaldo F. de Almeida Júnior, e desenhos do auxiliar de biblioteca
Lourival Romero.
�8.1
A idéia dos bibliotecários da FGV foi aproveitada para dar continuidade à
campanha pela conservação e manutenção do acervo, criando-se a segunda
exposição: ‘A Biblioteca Devastada’, assim batizada na BICEN. Nessa exposição
buscou-se uma forma artística para denunciar a ação dos vândalos.
A exposição consiste então no seguinte: dentro de um quadrado, marcado no
chão simbolizando paredes, distribuem-se painéis de exposição com os quadrinhos
ampliados para o tamanho de meia folha de cartolina, e em volta desses
espalharam-se no chão livros e revistas danificados. Um local em branco no chão,
marcando o formato de um livro, denuncia o roubo do mesmo.
Para chamar a atenção para as exposições, a BICEN faz circular e afixa em
locais estratégicos um convite: “A administração das informações, dos suportes
dessas informações e do acesso a elas, é um dos trabalhos da nossa biblioteca. A
depredação e o vandalismo não permitem, no entanto, que todos tenham,
realmente, acesso a muitas das informações procuradas.
Para que todos
conheçam o problema e o causador, a biblioteca apresentará as aventuras (prá ele,
porque para os outros são desventuras) do: Depredário, o Hulk Acadêmico.”
4.2 PROCEDIMENTO COMPLEMENTAR : A SEGURANÇA - UM MÉTODO
PRAGMÁTICO
A campanha educacional de conscientização para a conservação do material
bibliográfico, levada a efeito pela BICEN, revela-se como um controle preventivo
adequado, que dá resultados ao longo do tempo. No entanto, se o método da
prevenção pode resolver o problema na parte relativa à conservação, fica faltando
�8.1
uma solução para a manutenção do acervo. Seria necessário pensar-se em algo
mais concreto.
Nesse sentido, observações e análises de situações levaram a
considerar-se a necessidade de um controle adequado à situação e ao ambiente.
Assim, se a campanha de conscientização pode surtir efeito quanto à conservação
do material, a instalação de um sistema de segurança se revela como método
adequado para a manutenção do acervo.
Esse método consiste na instalação de um sistema de segurança
especialmente desenvolvido para bibliotecas. É construído dentro de um conceito
de proteção eletrônica, tendo como objetivo a eliminação das perdas de material
bibliográfico, e utilizando microprocessadores de última geração, com base em
tecnologia magnética. O sistema consiste de finas fitas metálicas aplicadas aos
diversos tipos de documentos da biblioteca. O sistema, equipamento projetado a
base de computador sofisticado, pesquisa eletronicamente, na saída dos usuários,
as fitas colocadas nos materiais da biblioteca.
A instalação do sistema de segurança para bibliotecas tenta solucionar dois
problemas: o primeiro, são perdas monetárias, existentes devido ao custo de
reposição em virtude dos roubos; o segundo, é a insatisfação dos usuários ao
constatarem que estão privados da informação requerida, devido ao furto do
material.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que está posto neste trabalho, e vem acontecendo no setor da educação
de nível superior, teoricamente área que existe para eliminar a ignorância e
�8.1
fomentar a cultura, é reflexo do próprio caos social instalado no país. Esse estudo,
se não faz uma radiografia completa da estrutura do sistema de informações da
Universidade Federal de Sergipe, revela uma de suas facetas, que é a do
desperdício do dinheiro público, através da ação inescrupulosa de usuários da
Biblioteca Central.
Por que o assunto furto de livros tornou-se tão polêmico ? Porque revela a
exata dimensão da nossa pobreza acadêmica, que para alguns, é financeira e para
outros, moral. No primeiro caso, não se justifica o ato criminoso; no segundo, já não
resta dignidade social.
De concreto, os acervos bibliográficos estão sendo
duramente atingidos: rabisca-se, rasga-se e rouba-se.
O enfrentamento dos depredários é uma questão de política de conservação
e manutenção de acervos e deve ser discutido pela comunidade acadêmica com a
sociedade. É necessário tornar público o assunto. Não dá mais para viver entre o
analfabetismo de uma parcela considerável da sociedade brasileira e o “maucaratismo” de uma parcela da sociedade letrada.
A injustiça e a perversidade da ação depredatória podem ser conferidas
através de estatísticas relativas à área educacional: enquanto os 20% mais pobres
ficam com 16% dos recursos gastos na área, os 20% mais ricos ficam com 24% dos
gastos. Não dá para desperdiçar recursos, até em respeito aos analfabetos e semiescolarizados que, não tendo a prática da leitura, também não têm acesso aos
livros.
A identificação dos depredadores e a implantação de procedimentos que
garantam a conservação e manutenção do acervo apesar do agente biológico
humano, serão importantes para a manutenção do acervo em níveis estatísticos
�8.1
que, se não crescerem por falta de recursos financeiros, não diminuirão pela ação
depredadora humana, e para a conservação do material permanecendo em ordem
do ponto de vista da estrutura física.
O patrimônio cultural do Estado, sob as formas administrativas municipal,
estadual e federal, será preservado e mantido a partir do momento em que houver
conscientização do público usuário sobre a
importância de se respeitar a sua
cultura, manifesta em suportes físicos, no caso específico, em material bibliográfico.
O que se deseja é preservar a Memória Nacional e os recursos do País.
Se o combate aos agentes biológicos caminha por procedimentos que vão
desde os antigos banhos de querosene até as contemporâneas câmaras de
fumigação, nesses procedimentos não se inclui o homem. Para este agente, o
combate deve ser alternativo. Deve ser enfrentado por uma política de conservação
e manutenção de acervos que inclua métodos de controle adequados à
necessidade da conservação do material bibliográfico e manutenção dos acervos,
que se revelem antes de tudo como uma possibilidade de atuação de bibliotecas e
bibliotecários contra a ação dos depredadores do patrimônio público.
Se a política de serviços, aqui visualizada nas exposições, pode ser
considerada um fato novo criado pela BICEN, o mesmo não se pode dizer das
‘novas tecnologias’. Entretanto, o sistema evidenciado pode ser considerado uma
nova tecnologia a ser implantada nas bibliotecas universitárias brasileiras, uma vez
que ainda é desconhecido de grande parte de bibliotecas e bibliotecários.
Com essa mobilização para uma política de conservação e manutenção de
acervos contra o agente biológico humano quer se evitar a inutilidade ou inexistência
de centenas de exemplares de publicações.
Presume-se, assim, que os
�8.1
procedimentos adotados oportunizam métodos que podem dificultar a depredação,
reduzindo o prejuízo financeiro e intelectual.
Implantados os procedimentos, e
vencida a batalha, a biblioteca pode continuar tornando acessível à humanidade o
pensamento humano cristalizado através dos tempos.
ABSTRACT
This work proposes an unconventional policy for the preservation and maintenance
of library collections, consisting of an awareness-raising campaign for users,
combined with the introduction of a security system using new technology. This
policy, already being implemented in the University of Sergipe’s Central Library,
consists of two modules: a systematic campaign with two exhibitions to preserve the
collection, and the installation of a security system to maintain the collection.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BARBÁRIE é eufemismo. Jornal PUC-MG, Belo Horizonte, abr. 1993.
2 BIBLIOTECA adotará segurança fotoelétrica. Folha de São Paulo,
06.maio.1993.
3 FONSECA, Edson Nery da. Conservação de bibliotecas e arquivos em
regiões tropicais. Brasília : ABDF, 1975. 46 p.
4 FREITAS, Estanislau. Bibliotecas tomam medidas contra roubos. Jornal do
Campus, São Paulo, 6 maio 1993.
5 GAUZ, Valeria (Coord.). Segurança em acervos raros. Rio de Janeiro :
Grupo de Estudos em Obras Raras do Rio de Janeiro / Fundação Biblioteca
Nacional, 1994. 47 p.
6 LIMA, Justino Alves. Usuários do Apocalipse. Pipiri, Aracaju, ago. 1993.
7 PATRÍCIO, Patrícia. O porão dos condenados. Jornal do Campus, São
Paulo, 06 maio 1993.
8 USUÁRIOS danificam e roubam livros na Biblioteca Central. Jornal da
Cidade, Aracaju, maio 1993.
�8.1
9 VALENÇA, Ana. Cuidado! Canibais à vista! Jornal da Manhã, Aracaju, 4 jul.
1990.
10 VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo :
Polis / Associação Paulista de Bibliotecários, 1989. 95 p.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Mobilização para uma politica de conservação e manutenção e acervos contra o agente biológico humano.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Lima, Justino Alves
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O trabalho apresenta uma proposta de política de conservação e manutenção de acervo fora dos padrões convencionais. Trata-se de uma campanha de conscientização junto ao agente biológico humano, uma política de serviços, acompanhada pela implantação de um sistema de segurança, que representa uma nova tecnologia. A política em curso na Biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe consiste em uma proposta em dois módulos, sendo o primeiro a sistematização de uma campanha vinculada em duas exposições, para a conservação do acervo, e o segundo a instalação de um sistema de segurança para manutenção do acervo.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4755/SNBU1996_058.pdf
2da995926025b92f671b440091ca1cd1
PDF Text
Text
7.5
NECESSIDADES INFORMACIONAIS DE UMA COMUNIDADE EMPRESARIAL :
ESPAÇO PARA ATUAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
Nelcy Teresinha da Rosa Kegler*
RESUMO
O estudo de necessidades de usuários é essencial para o planejamento de serviços
de informação. A Biblioteca Universitária tem como função respaldar a clientela
com a qual a Universidade interage, desenvolvendo serviços de extensão. No caso
específico da UNIJUÍ, há necessidade de conhecer o usuário industrial do noroeste
do Estado do RS. Este trabalho identificou o perfil de interesse informacional das
empresas do setor de metal-mecânica, na região mencionada; verificou formas de
obtenção de informação por esse segmento; verificou o uso ou não-uso da
informação (técnica e/ou tecnologógica) como subsídio à gestão e à produção para
a qualidade no âmbito industrial; verificou o uso ou não-uso da Biblioteca
Universitária e de redes de ICT pelo segmento produtivo; identificou áreas
informacionais das empresas com vistas a negócios junto ao MERCOSUL. Os
sujeitos da pesquisa foram 25 diretores (Administrativos e de Produção/P&D),
envolvendo 18 empresas em três municipios, com as quais a Universidade tem
vínculo direto. Os principais resultados foram os seguintes: não é comum a
existência de biblioteca; entre as empresas pesquisadas, apenas 28% apresentam
este setor. As micro, pequenas e médias empresas usam canais informais de
informação (fornecedores, contatos pessoais, etc), enquanto as de grande porte se
utilizam mais de canais formais (bibliotecas, fontes documentais, revistas técnicas,
etc). Para a obtenção de informação em relação ao objetivo maior de busca de
informação o fator “aprimoramento e qualidade do produto” é mencionado como
prioridade 1 por 72% das empresas. Os problemas mais evidenciados na busca da
informação foram: “falta de orientação”, “desconhecimentos de fontes”, “demora na
busca de informação”. A relação entre Universidade/Empresa, no que tange à área
de Informação, está se iniciando; em relação aos recursos mais utilizados pela B.U.
da UNIJUÍ as revistas técnicas ocupam o primeiro lugar. Quanto às áreas de maior
interesse de informação junto ao MERCOSUL, destacam-se indicadores econômicosociais e normas técnicas.
1 APRESENTAÇÃO
�7.5
O trabalho em parceria na contemporaneidade é vital para as organizações,
no sentido de somar esforços para o desenvolvimento de projetos conjuntos entre
uma, duas ou mais organizações. Essa forma de articulação resultará no
compartilhamento de recursos materiais, equipamentos e, principalmente, recursos
humanos e organizacionais, no sentido de um crescimento coletivo. A troca de
experiências em prol de metas e objetivos comuns tem em vista a racionalização e a
otimização de recursos financeiros, materiais e outras estratégias, necessárias num
país carente como o Brasil.
A Universidade brasileira é uma das instituições que percebeu que não pode
trabalhar isoladamente. Nesse sentido, a Universidade como formadora de
Recursos Humanos, responsável pelo avanço da Ciência e da Tecnologia, cumpre
sua missão de maneira íntegra, quando estende seus serviços à comunidade que a
cerca. Faz-se mais necessária quando partilha seus recursos e serviços com os
segmentos da comunidade, com organizações civis e públicas e
com o setor
industrial.
Esse trabalho aborda também um dos programas que a UNIJUÍ coordena
junto à comunidade daquela região, envolvendo diferentes agentes: professores,
pesquisadores,
prefeituras
e
empresários
que
somam
esforços
para
o
desenvolvimento da região, no ramo da indústria metal-mecânica, através do
Programa Regional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PRCT). Este
programa é circunscrito na região de abrangência da UNIJUÍ, Universidade Regional
do Noroeste do Estado do RS.
Ressalta-se que o cenário da pesquisa envolve o
munícipo de Ijuí e sua região, área que faz parte do espaço sóciogeográfico
*
Bibliotecária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
�7.5
estratégico do eixo do MERCOSUL, devido aos aspectos fronteriço e econômicoindustrial. A geração de melhores produtos, sistemas e serviços industriais passa
pela gestão da qualidade e pelo uso da informação, elementos com que a
Universidade poderá contribuir de maneira eficaz e decisiva, na busca dessa
melhoria, se conhecer o perfil das indústrias da região em relação às necessidades
e demandas de informação.
Ao realizar o diagnóstico das necessidades de informação empresarial,
objetivou-se contribuir para a compreensão da região enfocada, em termos de suas
necessidades e demandas de informação, bem como subsidiar a Universidade em
sua atuação no campo do ensino, pesquisa e extensão.
2 INTRODUÇÃO
2.1 GLOBALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Neste século, a informação tornou-se matéria-prima das organizações,
"mercadoria" valorizada e comercializada entre os diversos países avançados e
aqueles em processo de desenvolvimento.
Este novo enfoque pode ser visto sob a luz do processo de globalização da
sociedade, acelerado pelos avanços tecnológicos, uso da telemática e redes de
comunicação, que favorecem a transmissão de informações e dados a qualquer
distância do planeta, aproximando os indivíduos e as organizações. Esse fenômeno
ocasionou um aumento acelerado da transnacionalidade de mercados e da
produção, decorrentes do pós-guerra, determinando que o local, o regional, o
�7.5
nacional e o continental são dados pelo movimento da sociedade global e esta por
sua vez calcada na economia política do capitalismo, reprodução ampliada do
capital e da acumulação em escala global (IANNI, 1992).
Essa mudança em nível internacional forneceu uma nova reorganização da
economia, da política demográfica e militar do mundo, declinando os poderes do
"Estado-nação" e emergindo as relações internacionais e transnacionais expandidas
em escala global. Esta reorganização político-social determinou o surgimento da
aglomeração de países em blocos econômicos como a União Européia, o NAFTA
(EUA, México e Canadá), o MERCOSUL (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai) e os
Tigres Asiáticos.
Dentro dessa seqüência de pensamento, envolvendo a globalização da
sociedade, a informação aliada à geração das novas tecnologias (microchips, CDRom, PC's etc.) é vista por muitos estudiosos (TOFLER, 1990) como o quarto
elemento de produção. Convém levantar que dentro do processo histórico ocorreu,
inicialmente, o destaque para os seguintes elementos: a terra, a mão-de-obra e o
capital; porém evidencia-se que a informação não é consumida como os recursos
anteriores, mas reciclada, estocada e reembalada, gerando novas informações e
aumentando a demanda por novos serviços, produtos, bases e bancos de dados em
diferentes áreas.
As atuais tendências da globalização da economia e da formação de
mercados e blocos econômicos em nível internacional (União Européia ; NAFTA ;
MERCOSUL) têm envolvido países e indivíduos nesse processo.
Esse fenômeno está abrangendo também outras áreas como a cultura, a
ciência e a tecnologia. A divulgação de novas pesquisas científicas e de novos
�7.5
produtos é feita num tempo cada vez mais reduzido à grande população pelos
diversos meios de comunicação, redes de informação e imprensa escrita, levando
ao surgimento e destaque do Setor de Informação na sociedade pós-industrial.
O desenvolvimento do Setor de Informação tem fortes bases na recente
aplicação das áreas de computação, telecomunicações e Ciência da Informação, no
cotidiano dos indivíduos e organizações dos países avançados e, em menor grau,
nos países em desenvolvimento.
As redes de informação/comunicação exercem um papel importante no
acesso à informação, da qual, isoladamente, a instituição e o indivíduo levariam
mais tempo para usufruirem.
As redes podem existir com ou sem os recursos da
telemática, tendo por base a cooperação de serviços e acervos, no caso das
bibliotecas e órgãos afins.
De qualquer forma, o acesso eletrônico já é uma realidade, aproximando
instituições, cientistas, técnicos, demais profissionais e seus pares através de
correio eletrônico, teleconferências, transferência de arquivos, etc.
No contexto
internacional tem-se a Internet e a Bitnet como meios mais conhecidos para o
trabalho em rede. No contexto brasileiro, pode-se destacar a Rede Nacional de
Pesquisa - RNP, Rede Antares e algumas redes estaduais que estão surgindo com
o apoio de agências de fomento federais, fundações de apoio à pesquisa, governos
estaduais e outros setores da sociedade.
Para as instituições e indivíduos usufruirem adequadamente das vantagens e
potencialidades existentes nas redes e sistemas de informação
tornam-se
necessárias a organização e a disseminação de fontes especializadas de
informação, que no caso brasileiro é um processo recente.
Destacam-se as
�7.5
iniciativas do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT,
criado em 1954 (com o nome de Instituto Brasileiro de Bibliografia e
Documentação), na tarefa do planejamento, coordenação e organização da
informação no país.
A partir da criação do IBICT ocorreu um impulso maior na organização das
fontes de informação científica e tecnológica no país.
As fontes tecnológicas se
organizaram, através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (PADCT), Tecnologia de Indústria Básica (TIB), criando a rede de
núcleos de Informação Tecnológica, onde a área de Informação para a indústria
ganha maior destaque. Também existem outras instituições e sistemas nacionais e
internacionais que merecem destaque na organização de fontes de informação
especializadas, como a BIREME, Biblioteca Regional de Medicina, o CIN/CNEN Centro de Informações Nucleares/Comissão Nacional de Energia Nuclear; a FGV Fundação Getúlio Vargas, a EMBRAPA - Empresa Brasileira de
Pesquisa
Agropecuária e outras.
Apesar da importância desses organismos especializados em informação,
vários estudos (SOUZA, 1992, LENK, 1990,
SOLEDADE, 1994) apontam que
muitos desses sistemas e redes se encontram ainda subutilizados em nível
nacional; convém destacar que em maior escala em níveis local e regional.
Os sistemas de biblioteca e informação não conseguem adquirir tudo e nem
todos os materiais publicados, em decorrência de vários fatores limitantes, tais
como: o aspecto econômico, o organizacional (espaço físico adequado, recursos
humanos, materiais etc) o que torna essenciais as redes de informação e o
adequado encaminhamento do usuário às fontes de informação.
�7.5
Dessa forma, o levantamento de necessidades de informação da clientela de
uma região é imprescindível como o primeiro passo para a adequada utilização das
fontes de informação hoje disponíveis, bem como para subsidiar possíveis diretrizes
voltadas para a organização de serviços de informação e, sobretudo, referenciais
que atendam a essa clientela.
Estes serviços levariam em conta o perfil, as
características e as necessidades dos segmentos analisados.
Nesse sentido, a fim de subsidiar a ação da Universidade dentro dos seus
programas, bem como tentar delimitar o perfil de interesse da área industrial
regional, propôs-se o levantamento de necessidades de informação deste
segmento, partindo do princípio de que a identificação da clientela, além de ser
determinante para o sucesso dos sistemas de biblioteca e informação, é importante
também para o reconhecimento destes na conjuntura atual.
3 JUSTIFICATIVA
A Universidade, como fonte geradora do saber, da Ciência e da Tecnologia,
exerce um papel relevante no espaço geopolítico em que se encontra, quer em nível
local ou nacional. Essa importância pode ser atribuída a suas funções de ensino, de
pesquisa e extensão e ainda ao seu comprometimento com determinada
comunidade.
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A Universidade, conhecendo seu espaço social, pode alterá-lo e provocar
mudanças profundas nesta realidade. Hoje, no mercado nacional e internacional,
em que a competitividade e a qualidade são as chaves da produtividade, a Ciência e
a Tecnologia se fazem necessárias.
Desta forma, acredita-se que a Universidade
só terá razão de existir se de fato antecipar-se à demanda, se a produção de seu
saber tiver vínculo direto com determinada realidade.
Não
são
mais
possíveis
práticas
artesanais
ou
semi-artesanais
e
improvisações na produção industrial, pois o controle de qualidade dos processos e
produtos deve ser exercido com sistemas adequados de competência e
cientificidade.
A participação da Universidade é essencial junto ao setor
empresarial, o que exige pesquisa de novos materiais mais baratos, leves e
adequados à perspectiva de novos produtos e mercadorias, indo em direção a uma
nova produção, movida pela pesquisa. Nessa perspectiva, o saber, produto e
insumo da Universidade, gerado em seus laboratórios e setores de pesquisa, é
elemento necessário ao setor empresarial para a geração de novos produtos e
mercadorias com maiores índices de qualidade.
Reforça-se, dessa forma, o
trabalho em parceria.
Para cumprir sua missão, avaliando as oportunidades e ameaças do meio
ambiente, a Universidade deverá estar bem respaldada em suportes bibliográficos,
de pesquisa e demais suportes informacionais, sendo a Biblioteca Universitária a
principal provedora, organizadora e disseminadora de informações em Educação,
Ciência, Tecnologia e demais áreas.
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Sabe-se que a informação é um recurso elementar para o desenvolvimento
em todas as áreas do conhecimento e da atividade humana. Nas organizações ela é
instrumento fundamental para o balisamento e a tomada de decisão, fornecendo
mais precisão e veracidade ao gerente ou ao tomador de decisão, elemento,
portanto, necessário às Universidades e às empresas, organizações envolvidas no
presente estudo.
No Estado do RS existe, atualmente, uma estrutura de comunicação
eletrônica interinstitucional, via "Sistema Estadual de Informações em C&T" - a "rede
Tchê", coordenada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado
do RS, juntamente com a FAPERGS e com a participação de diversas IES gaúchas,
centros de pesquisa, comunidade científica e tecnológica, órgãos de planejamento e
empresas.
Esta rede oferece diversos serviços, como o correio eletrônico,
transferência de arquivos, acesso remoto a outras máquinas, etc.
Salienta-se,
ainda, que está em processo de estudos de viabilização a disponibilidade dos
acervos e serviços das bibliotecas participantes do COMUNG (Consórcio das
Universidades comunitárias do Rio Grande do Sul), dentro da rede Tchê.
Os aspectos mencionados acima indicam ações e potencialidades para a
área de informação no Estado e, em especial, na região Noroeste e este diagnóstico
informacional poderá respaldar melhor esta realidade,
contribuindo para o
fortalecimento do papel do Sistema de Bibliotecas da UNIJUÍ, junto aos programas e
projetos da própria Universidade, no atendimento às demandas da comunidade
externa.
4 REVISÃO DE LITERATURA
�7.5
4.1 UNIVERSIDADE, BIBLIOTECA E SOCIEDADE
A educação é um
elemento imprescindível para o desenvolvimento
sóciocultural e econômico de um país.
Acredita-se que seja através das
universidades que se formam os profissionais do país e que são elas que formam a
massa crítica que irá conduzir muitos setores da sociedade. Dessa forma, a
Universidade exerce um papel relevante, tanto na formação de recursos humanos,
quanto na geração de novos conhecimentos, através das pesquisas que buscam
melhorar a qualidade de vida da população nas diferentes áreas: educação, saúde,
habitação, tecnologia, transportes, etc. Neste sentido, a Universidade devolve à
sociedade benefícios do investimento através de recursos destinados a esta.
A biblioteca universitária neste contexto exerce um papel preponderante: dar
respaldo às principais funções da Universidade - ensino, pesquisa e extensão através de seus acervos e serviços. A Universidade que não dá a devida atenção ao
setor de biblioteca e informação não prima pela qualidade em sua missão, pois a
relação entre uma e outra é muito estreita.
Na sociedade pós-moderna a informação é considerada mercadoria/insumo.
Ela se faz necessária para a tomada de decisão, para a geração de novas
tecnologias para a melhoria da qualidade de vida da população e é também
imprescindível para a própria geração do conhecimento através de pesquisa,
fechando o ciclo da geração do conhecimento e da informação.
A Universidade como organismo dinâmico "deve estar voltada para as
necessidades educacionais, culturais e científicas e tecnológicas do país.
As
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bibliotecas devem trabalhar visando a esses mesmos objetivos, condicionadas que
são às finalidades fundamentais da Universidade." (FERREIRA, 1980, p.7).
Portanto, as bibliotecas só terão sentido correspondendo às necessidades de
informação da Universidade aos programas de ensino, aos projetos e linhas de
pesquisas e às atividades de extensão que a Universidade realiza junto à
comunidade. Tudo isso implica caminhar junto com a Universidade. E a
Universidade, por sua vez, inserida em um contexto, como agente ativo e, por que
não dizer, propulsor de mecanismos de desenvolvimento local e sócio-regional.
Pode-se afirmar, com base na literatura, (FERREIRA, 1980, MILANESI, 1983)
que pelo tipo e pela qualidade dos serviços prestados pela biblioteca universitária é
possível mensurar o grau de desenvolvimento de uma universidade, pois hoje não é
mais possível um trabalho científico, intelectual e competente sem o respaldo de
fontes bibliográficas documentais ou eletrônicas.
Neste sentido, a Universidade, os métodos de ensino e de pesquisa e mesmo
a Ciência só se renovam se ocorrerem investimentos reais em recursos
bibliográficos, materiais e humanos que dêem condições à Biblioteca Universitária
de ser um setor dinâmico dentro da organização Universidade. Esta, por sua vez,
passa a ser encarada como uma organização competitiva que impulsiona o
desenvolvimento de um determinado contexto.
No
Seminário
Regional
Sobre
o
Desenvolvimento
das
Bibliotecas
Universitárias na América Latina, realizado em 1962, na cidade de Mendoza,
Argentina, concluiu-se que existe "falta de servicios suficientes y adecuados a las
exigencias de la docencia y la investigación" propondo "que se reconozca a la
biblioteca y como parte de la estructura total de la universidad y como elemento
�7.5
fundamental de la docencia y de la investigación" (MILCZEWSKI, 1967, p.7 apud
FERREIRA, 1980 ).
Em nível nacional, ocorre discrepância em relação à adequação das
Bibliotecas Universitárias (BUs) à nossa realidade. Muitas não recebem recursos
definidos e suficientes para a atualização de suas coleções; em outras faltam
recursos humanos especializados em número suficiente; em outras, ainda, faltam o
aparato material, espaço físico adequado aos serviços internos ou mesmo de
atendimento ao público, equipamentos, etc.
encontram
as
BUs
refletem,
na
Enfim, as condições em que se
qualidade
dos
serviços
prestados
e,
conseqüentemente, na qualidade do ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos na
Universidade.
Um dos grandes planos desenvolvidos na área de BUs na década de 80 foi o
Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias - PNBU que se propôs ir ao
encontro da solução dos problemas-chave das bibliotecas universitárias do país.
Visava qualificar recursos humanos, atender e atualizar acervos bibliográficos,
enfim, estabelecer políticas definidas para esta área. O PNBU contou com apoio do
MEC através da sua Secretaria de Ensino Superior, SESu, com o Conselho de
Reitores das Universidades Brasileiras, CRUB e o apoio financeiro da CAPES,
FINEP e CNPq. Foram muitos os bibliotecários que participaram dos cursos de
especialização e, a partir daí, receberam maiores subsídios para a sua atuação
profissional junto ao ambiente universitário. O programa também contou com o
financiamento de acervos de livros (Projeto BIBLOS) e periódicos ( PAP - Plano de
Aquisição Planificada), para o apoio à pesquisa da comunidade científica e, ainda,
apoiou
à
consolidação
de
uma
Central
de
Catalogação
Cooperativa
(
�7.5
BIBLIODATA/CALCO), para agilizar o processo de catalogação das bibliotecas
universitárias. Infelizmente, o PNBU hoje encontra-se praticamente desativado pelo
Governo Federal.
Essa importante iniciativa vinha norteando as B.U's do país,
através de um trabalho cooperativo e planificado que objetivava modernizar as
organizações através da qualidade de serviços e acervos.
MILANESI (1983, p.69) coloca que "a biblioteca universitária deveria ser a
concretização mais imediata de uma das características da instituição a qual serve:
atualização permanente do conhecimento. Cabe à Universidade atuar no sentido de
estar nas fronteiras do conhecimento para poder ampliá-lo". É aí que Universidade
e Biblioteca se entrelaçam alicerçadas, portanto, no ensino e na pesquisa de novos
conhecimentos. Isto só se faz com recursos humanos atualizados, estrutura
documental,
principalmente
periódicos
técnico-científicos
e
outros
suportes
informacionais.
A função de extensão também é vital, à medida que a Universidade não deve
estar fechada em si mesma, pois atualmente não é mais viável essa concepção.
Neste sentido, a produção do conhecimento poderá ser levada à população ou
comunidade local em que a universidade está circunscrita, em forma de serviços,
projetos e programas dirigidos a setores organizados, quer seja público, industrial,
ou de maneira ampla e segmentada, envolvendo indivíduos e a sociedade em geral.
Somente assim a Universidade e Biblioteca cumprirão sua missão enquanto
organismos sociais.
Portanto, a vinculação estreita entre o sistema de informação e sua clientela
é imprescindível, bem como o estudo de viabilidade de um futuro serviço oferecido a
�7.5
esta clientela e a avaliação do sistema atual de informação e biblioteca, dentro da
organização que pretende atender adequadamente o usuário.
Dessa forma, ressalta-se a missão das BUs em relação ao atendimento da
comunidade externa à Universidade, através das palavras de PINHEIRO (1990,
p.36), que com muita propriedade, destaca que estas deveriam divulgar seus
serviços, além dos programas de ensino e pesquisa, atendendo ao setor
empresarial e "levando o conhecimento gerado nas Universidades sob a forma
de informação, às indústrias e a sociedade civil em geral, estreitando os laços
entre pesquisa básica, tecnologia e indústria". Esta colocação reforça a idéia do
papel social que a B.U. deverá desempenhar no momento atual, se não quiser ficar
à margem da própria função social que a Universidade desempenha na sociedade
moderna, função relacionada com o respaldo da geração de conhecimentos e de
tecnologias, através de pesquisas e disseminação de avanços às diferentes facções
da sociedade.
4.2 UNIVERSIDADE, SETOR INDUSTRIAL E INFORMAÇÃO
Atualmente, percebe-se que as Universidades estão começando a trabalhar
mais em parceria com o setor produtivo industrial, interagindo na produção de novas
tecnologias, bens e serviços que venham a atender às necessidades em geral da
sociedade.
Esse trabalho de parceria advém
da própria necessidade de
sobrevivência das organizações sociais frente as novas contingências econômicosociais (globalização da sociedade, da economia, maior competitividade, etc.);
resultando, dessa forma, em um maior entrosamento entre as instituições de
�7.5
pesquisa com a empresa industrial, comercial, agrícola ou de serviços, o que
possibilita a esses organismos/indivíduos/docentes terem uma visão mais ampla da
realidade nacional, "através da participação de empresários na formação de
currículos e na realização de cursos" (MINDLIN, 1991, p.109). Essa preocupação
traz a perspectiva de um crescimento sócio-econômico voltado para as condições
reais de um país em desenvolvimento, o que envolve a capacitação científica e
tecnológica, podendo resultar em uma redução de importação de tecnologias e na
possibilidade da incrementação, elaboração e criação de tecnologias, métodos e
processos nacionais.
Apesar de as instituições Universidade e Empresa terem objetivos e natureza
distintos, a relação entre estas pode se dar através da cooperação em diferentes
áreas, programas, ações e pesquisas. PLONSKI (1995) aponta algumas principais
razões do crescente interesse das instituições nesta relação :
- Para a Universidade, a cooperação pode ser vista como forma de superar a
insuficiência das fontes tradicionais de recursos e de possibilitar manter o nível
adequado de ensino e pesquisa;
- Para as empresas, a cooperação se faz necessária pela possibilidade de
prover solução para "desafios multidimensionais de inovação", requerendo ações
como capacitação de Recursos Humanos especializados, assessoria nos aspectos
de qualidade e produtividade, adaptação aos requisitos da legislação do
consumidor, preservação ambiental, desenvolvimento de novos produtos, e acesso
privilegiado aos novos talentos.
PLONSKI (1995, p.67-68) acrescenta um terceiro parceiro interessado no
sucesso desta relação, já mencionado por SÁBADO e BOTANA (1968): o Governo,
�7.5
tendo como razão a cooperação como estratégia para a viabilidade econômica e
social de regiões e nações no novo paradigma econômico.
PLONSKI (1995, p.67-68) cita o caso da Costa Rica e da Espanha, que
buscaram a intensificação da cooperação Universidade-Empresa para aumentar a
capacidade competitiva no mercado internacional. As indústrias desses países
envolvidos no processo de inovação tecnológica buscam o potencial das
universidades locais para capacitá-las na competitividade internacional.
Em âmbito nacional, como resultado desse processo de trabalho cooperativo
visando ao desenvolvimento nacional, percebem-se algumas ações representativas
como, por exemplo, a rede do PADCT (Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico), a rede ANTARES, aliadas aos Núcleos de Inovação
Tecnológica e eventos na área de gestão tecnológica, como os "Seminários
Nacionais de Pólos e Parques Tecnológicos". Essas ações e atividades envolvem,
além das universidades e empresas, as Federações de Indústria e Comércio,
Secretarias de Ciência e Tecnologia, fontes fomentadoras de pesquisa, órgãos
públicos governamentais e demais órgãos afins.
Um dos exemplos de ações que está se estreitando entre Universidade e
Empresa são os pólos tecnológicos. Isto se dá uma vez que estes últimos estão
voltados para o incremento da inovação tecnológica.
Em contrapartida, muitos
profissionais saídos da universidade e que vão para as indústrias continuam
usufruindo da estrutura universitária, como atesta MONTALLI (1994). A mencionada
autora afirma que devido à proximidade física das empresas, a disponibiblidade de
recursos humanos, laboratoriais, de informação facilitam o intercâmbio de idéias,
propiciando ambiente para que a inovação ocorra. Neste trabalho é mencionado
�7.5
que esta experiência já foi vivenciada na Europa e nos Estados Unidos, onde
empresas e universidades voltadas para a área de eletrônica e informática (no caso
americano, especificamente na California, Vale do Silício) criaram empreendimentos
bem sucedidos, com a fabricação de produtos de base tecnológica.
A Biblioteca Universitária, vinculada diretamente às Universidades e principal
provedora de recursos informacionais neste ambiente, não poderá ficar alheia a
esse processo de interação da Universidade com a indústria, o que exigirá dela
repensar o atendimento de sua clientela, que hoje são os docentes, pesquisadores,
alunos e funcionários, procurando conhecer melhor a clientela externa industrial
com a qual a Universidade está mais diretamente relacionada.
Em relação aos argumentos favoráveis à prestação de serviços de
informação pelas BUs às empresas, especificamente de pólos tecnológicos,
destacam-se os seguintes, mencionados por LUTHER apud MONTALLI (1994,
p.200):
1) A Biblioteca Universitária/IES deveria atender adequadamente a essas empresas,
quando a participação da universidade no empreendimento significar a
oportunidade de professores e alunos desenvolverem habilidades empresariais e
interagir com a indústria. Pode-se mencionar, como exemplos, empresas que
oferecem cursos para estudantes em suas instalações; empresas que empregam
estudantes nas férias para completar projetos, estágios e outro tipo de atividades.
As bibliotecas dessas universidades sentem-se, nesses casos, responsáveis pelo
provimento de informações para o pessoal técnico e pesquisadores dos pólos
tecnológicos.
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2) Outro argumento favorável à questão é que a biblioteca tem responsabilidade
com a comunidade na qual está inserida, portanto, seus serviços devem estar
disponíveis para a comunidade local como um todo. Pensa assim a “London
South Bank Polytechnic”. Assim, a biblioteca contribui para o desenvolvimento
econômico da região. Essa responsabilidade com a comunidade traz benefícios
no sentido de tornar a biblioteca da universidade bem mais utilizada, aumentar o
perfil de assuntos que seu acervo cobre, melhorar cada vez mais a reputação da
biblioteca na comunidade - que pode em outros momentos ser de muita utilidade
para a mesma.
3) O último argumento diz respeito à captação de recursos. De modo geral, as
universidades têm sido estimuladas a fazer parceria com a indústria e, por meio
de convênios, canalizar recursos, não dependendo exclusivamente do governo
para se manterem.
Enfim, são muitas as vantagens do trabalho associativo entre Universidade e
Empresa. Percebe-se que a relação entre universidade e pólos tecnológicos é um
dos fortes aspectos da relação entre a Universidade e a Indústria, desencadeando,
conseqüentemente, um desafio para os bibliotecários, como salienta MONTALLI
(1994), e uma possibilidade de participação mais efetiva no sucesso dessa relação.
Para dar suporte a essa interação entre Universidade e o Setor produtivo
industrial faz-se necessário que a biblioteca tenha um contato mais próximo com a
área industrial e de negócios, com o tipo de informação que este setor mais utiliza,
visando sua atuação no contexto macro (novos mercados, legislação internacional,
normas
industriais
internacionais)
e
micro
(informações
técnicas
para
o
desenvolvimento de novos produtos, informações sobre gestão empresarial,
�7.5
treinamento de Recursos Humanos, patentes e normas industriais, etc.) A biblioteca
universitária poderá criar linhas de serviço que se adeqüem ao setor industrial.
Em relação à idéia da criação de linhas de serviços para o estímulo ao atendimento
do usuário, no depoimento de FERREIRA (1992), em evento sobre os Pólos
Tecnológicos, ele relata que nos países desenvolvidos eles estruturam primeiro
boas bibliotecas de conteúdo científico, com coleções de revistas científicas
completas têm um bom sistema de acesso à base de dados, com disponibilidade,
de bases nacionais e estrangeiras. Aí entra o papel fundamental das bibliotecas
universitárias que permitem buscar a informação científica e tecnológica, para
respaldar os serviços das indústrias.
No caso nacional, FERREIRA (1992) também menciona o papel dos próprios
parques tecnológicos, os balcões SEBRAE, o sistema CNI (Confederação Nacional
da Indústria) e núcleos de informação, na solução de problemas adequados ao
estágio tecnológico e econômico que o Brasil apresenta. É necessário, portanto,
usar os recursos mencionados acima, conhecer as fontes de informação nacionais
e, sobretudo, conhecer bem o problema que o empresário apresenta, buscar na
literatura as diferentes fontes de informação, analisar aquela informação que se
adequa e entregá-la ao usuário final.
Dessa forma, para que a necessidade de informação seja atendida
efetivamente, deve haver uma sintonia entre o problema e a resposta. Este
processo difere de tipo de usuário.
No caso do pesquisador da área científica, a
biblioteca fornece um volume de documentos e informações que será analisado e
irá gerar suas conclusões, enquanto o industrial ou tecnólogo precisa de uma
resposta imediata ao seu problema específico.
�7.5
Por outro lado, percebe-se, pela literatura, que nos países desenvolvidos
ocorre uma incidência maior de bibliotecas trabalhando com as indústrias; ocorre
que no Brasil esta característica é recente, devido ao processo de industrialização
brasileiro, aliado à estruturação e à consolidação do setor de informação, que
também é recente.
Por entender que a informação (científica, tecnológica e empresarial ) é
instrumento necessário ao processo de tomada de decisão e ainda de
criação/transferência de tecnologias, tanto no ambiente acadêmico como no
industrial, esta pesquisa voltou-se para o entendimento da perspectiva do usuário
industrial, especificamente
necessidades, uso e modalidades de obtenção da
informação.
4.3 INFORMAÇÃO PARA A INDÚSTRIA E NEGÓCIOS
Ao enfocar-se o usuário, a organização/empresa e a necessidade de
informação destas, parece ser relevante conceituar informação tecnológica industrial
e informação para negócios. Esses tipos de informações são a "matéria-prima" das
Unidades de Informações e das organizações atuais.
A informação nesse contexto produz a melhoria da competitividade nas
organizações, subsidia o processo de inovação tecnológica e a tomada de decisão
nos diversos níveis organizacionais: gerencial, técnico e operacional; ou seja,
diminui os riscos da decisão e ainda o desperdício de materiais.
A informação pode ser usada para a realização de bons negócios, como
informação sobre matérias-primas para o setor de produção, dados de mercado e
de preços de produtos para os setores de marketing. A informação dá suporte a
�7.5
uma empresa para manter custos de produção, possibilita a inovação de produtos,
localiza
oportunidades
para
novos
investimentos,
aumenta
e
qualifica
a
produtividade e a capacidade dos equipamentos, adequa a qualidade dos produtos
aos mercados e ainda realiza pesquisa e desenvolvimento que é fator
decapacitação
de competitividade industrial (MONTALLI, 1991).
Dessa forma
percebe-se a relevância do elemento informação, tida como ferramenta para o
desenvolvimento nas diferentes organizações e seus setores.
A autora (MONTALLI, 1991) ainda estabelece uma diferenciação interessante
entre informação para negócios e informação técnica. A primeira está relacionada
com companhias, produtos, mercados, estatísticas, finanças e exportação. A
segunda categoria está relacionada com informação contida em normas técnicas,
patentes, metrologia, garantia de qualidade e legislação (categoria que será
ampliada no final deste capítulo).
Por sua vez, a FID (Federação Internacional de Documentação), através de
seu Comitê de Informação para Indústria, conceitua informação tecnológica como
"todo conhecimento de natureza técnica, econômica, mercadológica, gerencial,
social, etc, que, por sua aplicação, favorece o progresso na forma de
aperfeiçoamento e inovação" (ALVARES OSÓRIO). Esta definição parece abarcar
a informação atendendo desde uma organização em nível mais específico, até um
país em nível geral, no que se refere ao apoio às atividades de desenvolvimento
econômico, social e industrial.
Percebe-se que o uso da informação pelo universo das pequenas e médias
empresas é diferente das empresas de grande porte ou já consolidadas. Para os
primeiros segmentos empresariais há uma necessidade maior de um trabalho
�7.5
associativo com outras organizações na busca e recuperação da informação, com
universidades, institutos de pesquisas, federações industriais, etc.
O profissional da informação, comumente o bibliotecário, que trabalha com o
usuário industrial necessita estar atento, uma vez que
esse tipo de clientela é
diferente da clientela científica e necessita de produtos e serviços elaborados
especificamente para o seu ramo, incluindo aí o aspecto de "valor agregado".
Portanto, a informação para a indústria visa o próprio desenvolvimento
industrial e tecnológico. Esse tipo de informação está relacionado com os diferentes
problemas e necessidades que a organização apresenta: questões gerenciais,
tecnológicas, psicológicas, mercadológicas, financeiras e outras.
Para que as
empresas forneçam produtos com padrões de qualidade desejáveis ao consumidor,
o elemento humano que atua nas organizações deve estar bem respaldado por
fontes de informação organizadas e, portanto, confiáveis, fazendo-se necessária a
ação de profissionais especializados para tanto.
�7.5
4.3.1 Principais Fontes e Suportes Informacionais Utilizados na Indústria
Tomando por base os assuntos e os suportes informacionais mais relevantes
para as empresas, pode-se mencionar as estatísticas, que poderão subsidiar as
atividades comerciais e o planejamento estratégico.
Este tipo de informação permite às empresas disporem de um razoável
conhecimento de vários aspectos da população e do mercado onde desenvolvem
suas atividades. As estatísticas demográficas apresentam, detalhadamente,
diferentes aspectos da população, como característica familiar, educação,
ofício/emprego, salários, etc. (MORT, 1991), oferecendo às empresas relevantes
informações em relação aos mercados, tendências, mercados potenciais, etc.
Informações sobre fontes de financiamento e o tipo de necessidade relevante
para as micro e pequenas empresas. No Brasil, o SEBRAE vem desenvolvendo um
trabalho através de seus balcões e tem auxiliado muito este tipo de empresa, uma
vez que, anteriormente, inexistia um serviço que atendesse a essas facções
industriais.
Em relação aos suportes relevantes às necessidades das empresas
destacam-se as patentes industriais. Para efeitos de conceituação, patente é um
direito concedido pelo Estado a um inventor, sobre o uso exclusivo, com fins
econômicos, de um determinado invento. O INPI (Instituto Nacional de Propriedade
Industrial), através de seu ato normativo no. 19/1976, exige como condição para
estudo do pedido o "relatório descritivo", onde o inventor deve "descrever a invenção
de forma clara, concisa e precisa, em termos que permitam a compreensão do
problema técnico e de sua solucão, expondo os efeitos e vantagens da invenção em
�7.5
relação ao estado da técnica." (CAMPOS e CAMPELLO, 1989). Dessa forma, um
dos requisitos para a concessão de patentes industriais é o caráter de novidade da
descoberta e sua aplicação industrial, devendo esta representar um avanço em
relação às técnicas, produtos e processos já existentes.
Para ARAÚJO (1991), apesar da quantidade existente desse material, as
patentes
são,
normalmente,
pouco
utilizadas,
devido
a
fatores
como
o
desconhecimento por parte de profissionais do aspecto técnico e econômico contido
neste tipo de material. Através das patentes é possível "a identificação de
tecnologias emergentes e alternativas, a ordenação dos fluxos tecnológicos com o
exterior e a formulação de políticas industriais." Percebe-se através destes estudos
a riqueza desse tipo de fonte de informação para a área tecnógica e industrial e a
pouca utilização de seu potencial por este setor.
No Brasil, o INPI é quem regula a propriedade industrial nacional, colocando
à disposição dos interessados, empresas, centros de pesquisa, centros tecnológicos
e inventores informações sobre patentes. O INPI também publica a Revista de
Propriedade Industrial em que divulga os processos de pedidos de patentes e
marcas.
As normas técnicas são outro tipo de suporte da informação. Estas regram,
dão parâmetros de funcionamento e permitem uma maior segurança no ambiente
de trabalho, agregam maior qualidade ao produto final e, conseqüentemente,
atendem à satisfação da clientela da empresa que se utiliza destes materiais. No
Brasil, o órgão responsável pelo estudo, elaboração e divulgação das normas
técnicas em diferentes áreas é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
que através de seus diversos comitês especializados, dentro das diretrizes
�7.5
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial, CONMETRO, elabora as Normas Técnicas Brasileiras, NBR, abrangendo
áreas como a tecnologia, agricultura, comércio, documentação, combustíveis,
alimentos, construção civil, têxtil, etc.
Catálogos industriais são um tipo de fonte muito útil às indústrias, apesar
de sua rápida obsolescência.
É do tipo de material adquirido por fornecedores
industriais e tem um caráter mais comercial, trazendo lançamentos de equipamentos
e máquinas.
Estes exigem do setor de biblioteca e informação um controle
constante de atualização em relação às solicitações e o que inexiste no acervo. É o
veículo que possibilita tomar conhecimento de novos produtos, fornecedores,
fabricantes que possam interessar o usuário, além de fornecer instruções
específicas de como estruturar um equipamento ou maquinaria na indústria
Para a área gerencial, as fontes bibliográficas como revistas-técnicas e livros,
e também a participação em eventos (feiras), seminários e cursos são instrumentos
de destaque para a atualização e instrumentalização na tomada de decisão.
�7.5
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
- Investigar as necessidades de informação da comunidade empresarial da
região noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul para subsidiar as ações da
universidade.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
− Identificar o perfil de interesse informacional das empresas regionais, do setor
de metal-mecânica;
− verificar formas de obtenção da informação por esse segmento;
− verificar o uso ou não uso da informação (técnica e/ou tecnológica) como
subsidio à gestão e à produção para a qualidade no âmbito industrial;
− verificar quais os problemas/barreiras que ocorrem na busca da informação;
− verificar o uso ou não uso da biblioteca universitária e de redes de ICT pelo
segmento produtivo;
− identificar áreas informacionais ou necessidades informacionais das empresas
pesquisadas, visando estratégias de negócios junto ao MERCOSUL.
6 MÉTODO
�7.5
6.1 CONTEXTO E CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL
A região Noroeste do Estado apresenta em sua formação histórica uma série
de ações cooperativas envolvendo diferentes atores: universidades, comunidades,
cooperativas, síndicatos rurais, associações de bairros; setores público e
empresarial.
Essa região e a UNIJUÍ estão intensamente relacionadas em suas trajetórias
históricas, pois a sua entidade mantenedora, a Fundação de Integração e
Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado - FIDENE foi instituída, em
1957, por 53 municípios, como mencionado anteriormente, que viam nesta entidade,
pioneira na região em ensino superior, um organismo fomentador e promotor do
desenvolvimento regional, voltado para a compreensão e atendimento das questões
específicas dos vários segmentos da comunidade regional.
Atualmente, destacam-se os seguintes programas trabalhados pela UNIJUÍ e
que estão ligados diretamente com o propósito deste trabalho:
a)
Programa de Regionalização Institucional da Universidade.
A
Universidade possui outros campi fora da sede de Ijuí, nos municípios de Santa
Rosa, Três Passos e Panambi e também Núcleos Universitários no município de
Santo Augusto, realizando nessas unidades cursos de graduação, pós-graduação,
trabalhos de pesquisas e extensão integrados com a sede.
b)
Programa Regional de Cooperação Científica e Tecnológica,
PRCT/NORS, criado em 1990, em parceria com empresas, setor público estadual e
regional, sociedade e universidade.
Este programa originou-se de um diagnóstico
�7.5
que "apontou a terceirização da economia, perda de competitividade e crescente
desempenho, evasão de recursos humanos e forte queda de investimentos nos
setores dinâmicos da economia regional." (PRCT Momento de decisão, p.24). Este
programa busca reverter o contexto da crise regional, aliado ao nacional, somando
esforços com vários setores, gerando e aplicando a ciência e a tecnologia para
capacitar e desenvolver a região noroeste do RS. As áreas de abrangência na
consolidação da competência tecnológica são: metal-mecânica, agropecuária,
alimentos, eletro-eletrônica e informática. Estas áreas estão contextualizadas em
diversos núcleos da região: Santa Rosa, Três Passos, Panambi e Ijuí.
A região Noroeste do RS, espaço físico social em que o programa se
desenvolve, abrange 50 municípios com uma população com cerca de 1 milhão de
habitantes, constituíndo um "centro produtor agrícola dos mais importantes eixos
industriais do Estado." (PRCT, 1992, p.24).
Dentre os objetivos deste programa, destacam-se abaixo aqueles que estão
estreitamente relacionados à área de informação e biblioteca:
- Qualificar cientifica e tecnologicamente recursos humanos através da
formação, capacitação, retenção e fixação; (fornecendo aparato bibliográfico e
documentário especializado para formação e atualização desses Recursos
Humanos).
- Propiciar condições de ampliação e consolidação da qualidade e
competitividade de produtos, processos e serviços do setor produtivo regional,
implantando infra-estrutura para a pesquisa, desenvolvimento e respaldo ao setor
produtivo nas áreas do programa, através do acesso a banco de dados de normas
técnicas, patentes industriais, índices, etc...
�7.5
- Articular e estreitar a relação entre o setor industrial e a Universidade,
lideranças políticas e institucionais, movimentos sociais de maneira a garantir a
interação do conhecimento e sua aplicação.
- Desenvolver banco de dados de informação em C&T, com recurso do
teleprocessamento, garantindo o acesso, o processamento, a difusão e a
comunicação na área de C&T, e ainda possibilitando a comunicação entre os
pesquisadores do programa com a comunidade acadêmica nacional e internacional
e intercâmbios também com as áreas de Ciências Sociais e Humanas.
Apesar da região descrita ter uma forte vocação agrícola, predominando
durante muito tempo o modelo agroexportador das monoculturas de trigo e soja,
existem hoje tendências à diversificação de culturas e o ao incremento
agroindustrial. Esse primeiro modelo, porém, deixou sequelas: descapitalização do
pequeno produtor rural, altos custos de produção, desgaste de solos, estagnação
industrial, êxodo de recursos humanos; desencadeando um quadro de crise
recessiva, inserida no contexto nacional.
Percebendo esse quadro regional, a UNIJUÍ buscou, através de diversos
parceiros - setor empresarial, público, comunidade, reverter aquele processo,
apresentando ações e programas dos quais destaca-se o Programa Regional de
Ciência e Tecnologia - PRCT (com diversos núcleos instalados na região), Programa
Regional de Saúde - PRIS, Programa Regional de Atuação Educacional Integrado PRAEI e outros projetos e serviços que já vinham sendo desenvolvidos junto à
comunidade.
6.2 INSTRUMENTO DE LEVANTAMENTO DE DADOS
�7.5
O instrumento utilizado foi o questionário que foi remetido para os diretores
ou vice das empresas, bem como para o gerente da área de P&D (daquelas
empresas que tinham este setor) ou para o setor de engenharia/produção. Este foi
constituído de questões abertas e fechadas, o total das questões foram em número
de 26, divididas em três blocos de questões.
6.3 UNIVERSO DA PESQUISA E PROCEDIMENTOS
Por razões de delimitação do foco, a pesquisa se deteve na categoria do
usuário industrial/empresário do setor industrial de metal-mecânica e sua
especificidade em relação às necessidades informacionais (Informação para
Indústria) no noroeste do Estado do RS.
Optou-se por trabalhar com todo o conjunto das empresas do setor de metalmecânica, nos municípios de Ijuí, Panambi e Santa Rosa, excluindo aquelas que
eram somente prestadoras de serviços (de carácter comercial).
Existem 35 empresas do setor de metal-mecânica na região noroeste do
Estado do RS, abrangendo os municípios de Ijuí, Panambi e Santa Rosa.
De
dezoito constitui-se a amostra pesquisada, devido a impossibilidade de um retorno
do instrumento da pesquisa por parte de todas as empresas.
A análise de dados foi feita a partir das respostas coletadas nos
questionários, as quais contribuiram para a configuração das necessidades de
informação das empresas na região Noroeste do Rio Grande do Sul.
Com os
resultados obtidos na análise descritiva, optou-se , em alguns casos, pela aplicação
�7.5
do teste de qui-quadrado, método apropriado para análise de dados qualitativos.
Algumas questões do instrumento buscaram identificar a ordem de prioridades em
relação a determinados fatores, como fontes de informação mais utilizadas,
suportes, áreas de interesse, finalidades da busca de informação e outras. Devido a
estes aspectos de priorização, optou-se pela “Análise de Pareto”, que é realizada a
partir do gráfico de Pareto que é utilizado, neste caso específico, para construir uma
avaliação de prioridades a partir de pesos atribuídos nas questões de múltipla
escolha, sendo que a prioridade é redefinida como função do coletivo e das
diferentes alocações de prioridade nas alternativas
7 RESULTADOS E CONCLUSÃO
O diagnóstico de necessidades de informação da comunidade industrial
regional foi um instrumento que se propôs a mapear e levantar alguns aspectos
desconhecidos pela Universidade Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ e pela própria comunidade industrial.
Foram constatados indicadores
significativos referentes ao uso da informação técnica/tecnológica.
Estes
indicadores poderão estreitar a relação de parceria da UNIJUÍ com as indústrias do
noroeste do Rio Grande do Sul, do setor de metal-mecânica, tendo como pano de
fundo o engajamento da biblioteca universitária da UNIJUÍ neste processo.
A Biblioteca Universitária torna-se participante desta relação à medida que é
o setor que, supostamente, está melhor preparado para atender às necessidades de
informação dos diversos segmentos da comunidade de usuários.
Este fator se
evidencia à medida que o setor apresenta um caráter comunitário desde a sua
�7.5
origem, pois a entidade a que a biblioteca está vinculada, a UNIJUÍ, surgiu através
da participação de diversos municípios da região noroeste do RS. Além do que, no
interior do Rio Grande do Sul existe um número limitado de bibliotecas de caráter
especializado.
Outro fator a ser considerado neste contexto é que as bibliotecas
universitárias estão se voltando mais para a área de extensão, especialmente na
área industrial, como pode ser observada na literatura nos últimos anos.
A seguir, mencionam-se os principais ítens que foram verificados na
pesquisa.
Pelas informações recebidas das empresas, conclui-se que existe uma
preocupação com relação à padronização dos produtos, no sistema de qualidade,
refletindo-se na observação de que 56% das empresas utilizam normas técnicas.
Esta preocupação também está apresentada pelos respondentes no que se refere
ao item da finalidade de busca da informação, destacando-se o Aprimoramento de
qualidade dos produtos.
Outro aspecto a ser considerado é que
a pesquisa confirmou o
levantamento, feito através da literatura do assunto, de que as bibliotecas estão
mais presentes nas grandes indústrias e, praticamente, inexistentes nas micro,
pequenas e médias empresas. Possivelmente, em decorrência deste fator, estas
últimas também usam mais os canais informais (contatos pessoais, fornecedores,
etc) de informação do que os canais formais (fontes bibliográficas, documentais,
normas técnicas, etc), conforme os resultados apresentados neste estudo.
O
conhecimento mais direto do uso dos canais formais e informais pelas empresas
permite identificar e compreender melhor como se dá a busca da informação pelas
diferentes categorias de empresas.
�7.5
Como as micro, pequenas e médias empresas operam em condições
adversas de concorrência, apresentam maior dificuldade para investirem em
informação tecnológica/técnica. Este fato pode justificar um esforço por parte da
Universidade, no sentido de trabalhar a questão da Informação de uma maneira
distinta em relação aos diferentes portes das empresas.
No que se refere aos problemas levantados pela clientela industrial,
destacaram-se os aspectos da falta de fontes que orientem a busca da informação e
o desconhecimento das fontes, evidenciando-se a necessidade de um trabalho de
cunho referencial dirigido para esta clientela.
Este serviço
poderá indicar e
encaminhar a clientela às fontes específicas de informação, através de um de
marketing das fontes existentes na atualidade, inserido na proposta de um Centro
Referencial Regional.
Os suportes materiais que se destacaram em primeiro e segundo lugares
como sendo os mais utilizados são, respectivamente, os catálogos industriais e as
revistas técnicas. Observando-se, desta forma, que estes tipos de materiais de
informação apresentam caráter mais técnico e operacional, pois são os catálogos
industriais que demonstram como se estrutura uma máquina ou equipamento, bem
como apresentam seu funcionamento e suas características.
As áreas que
demandaram maior interesse por informação técnica, por
ordem de prioridade, foram: Treinamento de pessoal, Inovação, matéria-prima, e
aproveitamento de materiais. Verifica-se que a capacitação de recursos humanos é
um tema de destaque para as empresas pesquisadas. Supõe-se que seja devido ao
aspecto de qualificação de pessoal ser tão evidenciado como vital nas empresas
modernas, no sentido de que é o capital humano que concretiza as ações dentro da
�7.5
organização, e é este que se propõe a aprimorar os produtos e serviços.
A
inovação que é a busca deste mesmo aprimoramento e o conhecimento de
matérias-primas e aproveitamento de materiais é o que as empresas que visam à
qualidade almejam para não gerar o desperdício.
Ao investigar o papel da Universidade permeando a relação empresainformação, observa-se que esta não é uma relação muito bem sucedida
atualmente, exigindo esforços para derrubar os tabus e afastamentos, para que as
empresas usufruam de um bem coletivo que é o conhecimento.
Este aspecto
poderá ser melhor trabalhado, especialmente no campo da Informação, à medida
que ocorrer um trabalho de marketing da informação voltado para estas empresas e
a criação de produtos e serviços que amparem, senão todas, pelo menos algumas
áreas consideradas prioritárias pela clientela industrial.
Percebeu-se que apenas 44% das empresas estudadas conhecem redes do
tipo Antares, Sebrae, Tchê, enquanto 8% fazem uso destes recursos. Este fator,
possivelmente, está relacionado ao desconhecimento destes instrumentos por essa
comunidade e também devido ao fenômeno de redes ser recente no Brasil, não
estando, ainda, tão presente na cultura empresarial regional.
Em relação à utilização dos serviços informacionais da UNIJUÍ, verificou-se
que 63% dos sujeitos não responderam a pergunta. Quanto aos que responderam
(27%), identificou-se que os recursos que tiveram destaque foram: audiovisuais,
consulta bibliográfica, empréstimo de livros. Desse modo, ainda que de forma sutil,
é possível dizer que existe um bom começo de intercâmbio que pode e deve ser
fortalecido, com a adequação de serviços específicos e divulgação daqueles já
existentes na comunidade industrial da região estudada.
�7.5
O interesse por um serviço de informação para o setor metal-mecânico é
grande entre os respondentes, com 15 indicações (60%).
Alguns situam este
interesse em áreas como normas técnicas, especificação de materiais, pesquisa de
mercado, fornecedores, etc.
Ocorreu uma relação entre a última necessidade de informação e uma das
áreas de interesse na prestação de um “Serviço regional”, isto é, a questão de
“Normas técnicas”.
Constata-se que esta necessidade está muito presente no dia-
a-dia das empresas, refletindo na consideração de que é importante a prestação de
um serviço mais estruturado na região sobre este tipo de informação. Percebe-se
que à medida que as empresas procuram aprimorar seu produto em conformidade
com a padronização nacional e internacional, cresce o uso e o interesse por normas
técnicas. Inclusive um dos respondentes sugeriu que a “região contasse com um
banco de normas, o que tornaria mais rápido e seguro a obtenção das mesmas”.
O MERCOSUL se constitui um mercado potencialmente visado pelas
empresas, pois alguns respondentes evidenciaram interesse por informação relativa
�7.5
à indicadores econômicos, políticos e mercadológicos (20%) e outros destacaram
normas técnicas e tarifas alfandegárias como sendo área de interesse para a
estratégia de negócios junto ao MERCOSUL.
No entanto, alguns não
demonstraram interesse neste mercado, principalmente, aqueles vinculados às
micro e pequenas empresas, possivelmente pela dificuldade em se manterem no
instável mercado nacional.
Ainda se destacou, como questão de interesse
para a prestação de um
serviço regional, a divulgação do acervo da biblioteca universitária, no que se refere
às revistas técnicas, fato que ilustra o interesse do empresariado em conhecer o
acervo que a B.U. da UNIJUÍ dispõe.
A B.U. poderá trabalhar no sentido de
desenvolver um programa de marketing de serviços e acervo para esta comunidade,
bem como realizar projetos ou prestação de serviços que aproveitem e utilizem os
indicadores levantados na pesquisa.
Em decorrência dos aspectos levantados acima, sugerem-se as seguintes
estratégias:
�7.5
a) a criação de linhas de serviços, boletins técnicos, informativos, diretórios e
outros que atendam, especificamente, aos usuários das empresas da região
noroeste do RS;
b) em relação aos aspectos de normalização (utilização de normas técnicas
pelas indústrias), indica-se que a UNIJUÍ, através dos serviços de biblioteca, poderá
desenvolver um programa de acesso e divulgação das bases na área de normas e
aprimorar o acervo na área de Engenharia Mecânica, para oferecer melhores
condições aos empresários interessados em utilizar normas técnicas e outros tipos
de materiais técnicos, como patentes industriais, revistas e boletins especializados.
O suporte a esta questão de qualidade e padronização também poderá ocorrer à
medida que seja intensificada a relação corpo docente e indústrias, pois através do
curso de Engenharia Mecânica, situado no campus de Panambi, as indústrias
poderão buscar soluções técnicas e participar mais diretamente na formação de
profissionais que atendam às exigências do mercado regional.
Na literatura ocorre alguns casos como o da Grã-Bretanha, que organizou e
disponibilizou aos empresários as fontes de informação para negócios através da
ampliação de uma coleção de revistas comerciais e de empresas, catálogos
industriais, diretórios comerciais, junto ao acervo de patentes e literatura técnica da
Biblioteca do Patent Office da Inglaterra e transformada na British Library Business
- Information Service - BIS. (KING , 1991 apud MONTALLI, 1993, p.7).
No caso da Filadelfia, em relato de FIGUEIREDO (1994), há uma biblioteca
setorial, pertencente a uma rede de bibliotecas, no centro da cidade, que atende os
usuários na área de negócios, a Mercantile Library.
�7.5
No contexto regional do Rio Grande do Sul, o Programa Regional de
Cooperação em Ciência e Tecnologia, o PRCT-NORS (programa articulado pela
UNIJUÍ junto às indústrias regionais, e poderes públicos) realiza a função de um
pólo
tecnológico
envolvendo,
fundamentalmente,
a
questão
da
inovação
tecnológica. É importante que a biblioteca universitária e este programa fortaleçam
os diversos aspectos da área da informação, tanto científica como tecnológica e
industrial, realizando ações e projetos integrados.
Neste sentido, sugere-se a criação de um Centro Referencial (CR) situado na
UNIJUÍ, em sua Biblioteca Universitária, para apoiar a busca e fomento do uso de
recursos de informação pelas micro, pequenas e médias empresas, podendo
também se estender às grandes empresas, quando estas necessitarem.
Inicialmente, os serviços deste Centro seriam estendidos aos municípios
participantes da pesquisa e, em uma etapa posterior, poderão ser ampliados aos
demais, conforme seus interesses.
Através de qualquer terminal instalado nos
Campi de abrangência da UNIJUÍ (Ijuí, Panambi e Santa Rosa), os usuários
dispersos na região poderiam se interligar ao Centro Referencial e fazer uso dos
recursos de informação disponíveis, encaminhar sua questão, necessidade
problema, ou seja, sua necessidade de informação para obtenção de respostas.
Para o fortalecimento de ações na área da informação tecnológica regional,
além da constituição de um CR e divulgação de redes tecnológicas (Núcleos do
PADCT e rede TIPS), há de ocorrer também a qualificação de recursos humanos
especializados, através de cursos de pós-graduação e treinamentos voltados para
as fontes de informação tecnológicas e seu uso para o perfeito atendimento do
usuário industrial.
�7.5
ABSTRACT
The analysis of user’s needs is essential in the planning of information services. The
function of the university library is to assist clients with whom the university interacts
by developing services to the community. In the case of the University of Ijuí
(UNIJUÍ), knowledge is needed of the industrial user in the northwest of the state of
Rio Grande do Sul. This study examined the need for information on the part of
metal-mechanical companies, investigating how this sector obtains information,
whether or not it uses the information (technical and/or technological) to improve
management and production, whether or not the University library and ICT networks
are used by the manufacturing sector, and what areas of information are important
for companies in relation to MERCOSUL business. The subjects of this research
were 25 administrative and production managers from 18 companies in 3 towns (Ijuí,
Panambi, and Santa Rosa) with which the University has direct links. The main
results were as follows: only 28% of the companies have a library; micro, small and
medium companies use informal channels of information (suppliers, personal
contacts, etc.), while larger companies use more formal channels (libraries,
documentary sources, technical journals, etc.); 72% of companies give as their top
priority for seeking information “the improvement of product quality”; the most
frequent problems with regard to information were “lack of orientation”, “lack of
knowledge of sources”, and “time wasted trying to get information”. The relationship
between University and companies has begun, with technical journals being the
resources most frequently used by the UNIJUÍ library, and socio-economic data and
technical standards the areas of greatest interest with regard to MERCOSUL.
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�
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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Português
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Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
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Title
A name given to the resource
Necessidades informacionais de uma comunidade empresarial: espaço para atuação da biblioteca universitária.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Kegler, Nelcy Teresinha da Rosa
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O estudo de necessidades de usuários é essencial para o planejamento de serviços de informação. A Biblioteca Universitária tem como função respaldar a clientela com a qual a Universidade interage, desenvolvendo serviços de extensão. No caso específico da UNIJUÍ, há necessidade de conhecer o usuário industrial do noroeste do Estado do RS. Este trabalho identificou o perfil de interesse informacional das empresas do setor de metal-mecânica, na região mencionada; verificou formas de obtenção de informação por esse segmento; verificou o uso ou não-uso da informação (técnica e/ou tecnologógica) como subsídio à gestão e à produção para a qualidade no âmbito industrial; verificou o uso ou não-uso da Biblioteca Universitária e de redes de ICT pelo segmento produtivo; identificou áreas informacionais das empresas com vistas a negócios junto ao MERCOSUL. Os sujeitos da pesquisa foram 25 diretores (Administrativos e de Produção/P&D), envolvendo 18 empresas em três municipios, com as quais a Universidade tem vínculo direto. Os principais resultados foram os seguintes: não é comum a existência de biblioteca; entre as empresas pesquisadas, apenas 28% apresentam este setor. As micro, pequenas e médias empresas usam canais informais de informação (fornecedores, contatos pessoais, etc), enquanto as de grande porte se utilizam mais de canais formais (bibliotecas, fontes documentais, revistas técnicas, etc). Para a obtenção de informação em relação ao objetivo maior de busca de informação o fator “aprimoramento e qualidade do produto” é mencionado como prioridade 1 por 72% das empresas. Os problemas mais evidenciados na busca da informação foram: “falta de orientação”, “desconhecimentos de fontes”, “demora na busca de informação”. A relação entre Universidade/Empresa, no que tange à área de Informação, está se iniciando; em relação aos recursos mais utilizados pela B.U. da UNIJUÍ as revistas técnicas ocupam o primeiro lugar. Quanto às áreas de maior interesse de informação junto ao MERCOSUL, destacam-se indicadores econômico-sociais e normas técnicas.
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e2042fbf978b41c292826e53778f8549
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1.2
NOVAS TECNOLOGIAS E POLÍTICAS DE SERVIÇOS
EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Rejane Raffo Klaes
*
RESUMO
O artigo comenta a adoção de novas tecnologias pelas bibliotecas universitárias,
discutindo as mudanças daí decorrentes para a prestação de serviços aos usuários
e nas políticas de serviços.
1 INTRODUÇÃO
O surgimento de novas tecnologias nas áreas de informação e comunicação,
sem dúvida, alterou o panorama das bibliotecas universitárias nas últimas décadas.
A evolução e o dinamismo dessas tecnologias vêm exigindo mudanças tanto
na postura do profissional da informação, quanto no desempenho da biblioteca
universitária, notadamente no que se refere à prestação de serviços e a suas
políticas.
Especialmente na década de 80, desenvolveram-se no País sistemas
automatizados de informação especializada em diversas áreas do conhecimento.
Bibliotecária da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul - UFRGS
*
�1.2
Paralelo a isso, várias universidades produziram seus próprios sistemas de
automação.
Com o advento das redes acadêmicas, da criação e implementação do
backbone da Rede Nacional de Pesquisas (RNP) - elemento chave para a conexão
com a Internet - pode-se acessar bases de dados localizadas tanto no Brasil quanto
no Exterior, ampliando-se, assim, a oferta de produtos e serviços de informação e
abrindo-se as portas para a hoje tão discutida “biblioteca virtual”.
No Brasil, a implantação da Rede Antares, pelo Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia, veio facilitar ainda mais o compartilhamento
de recursos, fortalecendo a infra-estrutura básica para o acesso à informação
através de redes, que são a característica dos anos 90.
Não é intenção deste trabalho realizar um levantamento bibliográfico sobre as
novas tecnologias que surgiram nos últimos tempos e que, de alguma maneira, nos
dizem respeito como profissionais da informação, e são particularmente importantes
para a melhoria da prestação de serviços em nossas bibliotecas universitárias. A
literatura internacional é vastíssima e há excelentes trabalhos na literatura nacional
que abordam o tema com muita propriedade.
A idéia básica é enumerar algumas dessas tecnologias, comentar
brevemente os benefícios de sua utilização e adoção, que tipos de mudanças elas
ocasionam
no
desempenho
das
atividades
da
biblioteca
universitária
e,
conseqüentemente, na política de prestação de serviços, com a intenção de
provocar uma discussão e uma reflexão a respeito deste assunto.
�1.2
2 NOVAS TECNOLOGIAS
Basicamente, as novas tecnologias podem ser caracterizadas através do
dinamismo e da evolução dos programas e equipamentos destinados à produção,
armazenamento e transmissão de dados, sons e imagens.
Para fins de nossa abordagem cremos ser desnecessário elencar a
diversidade de tipos das novas tecnologias e discorrer sobre cada um. Assim,
optamos por tecer breves comentários sobre bancos de dados, CD-ROM e sobre a
Internet, tecnologias que, sob nosso ponto de vista, estão modificando o perfil de
nossas bibliotecas universitárias, à medida que permitem acessar e movimentar
rapidamente imensa quantidade de dados e informações, tornando-se instrumentos
de busca, recuperação e disseminação de informações mais ágeis e dinâmicos.
Para a utilização dessas
novas tecnologias são necessários grandes
investimentos na infra-estrutura eletrônica (software e hardware) e em pessoal
(qualificação e aperfeiçoamento). Infelizmente, hoje assistimos a um processo de
desmonte do Serviço Público que afeta às bibliotecas universitárias e, que, se por
um lado, não impede, por outro, retarda o acompanhamento e a adoção das novas
tecnologias.
�1.2
2.1 BANCOS E BASES DE DADOS
Bancos de dados são conjuntos de bases de dados, constituindo fontes de
informação que podem ser acessadas de modo interativo ou remoto através de
catálogos online de acesso público. Contêm, em sua grande maioria, informações
referenciais e bibliográficas.
Os principais bancos de dados brasileiros são os produzidos pelo SERPRO,
BIREME, CENAGRI, CIN, FGV, IBICT e PRODASEN. No Exterior destacam-se:
DIALOG, ORBIT/INFOLINE, QUESTEL, STN e ECHO.
As bibliotecas universitárias brasileiras também estão constituindo suas
bases de dados bibliográficos, alguns dos quais disponibilizados em rede, via
Internet, destacando-se: DEDALUS (USP), SABi (UFRGS) e ALEPH (PUC/RS),
entre outras. Merecem menção as bases de dados produzidas pelo IBICT,
especialmente o CCN e o BIBLIODATA CALCO, produzido pela FGV.
2.2 CD-ROM
O CD-ROM é uma tecnologia de armazenamento de dados (textos, imagens
e sons) sob a forma digital em discos compactos, cuja capacidade de registro pode
chegar, em média, ao equivalente a 1200 disquetes!
As principais informações registradas neste suporte são bibliografias, índices,
abstracts, guias e enciclopédias.
Entre as bases de dados internacionais armazenadas em CD-ROM
destacamos: COMPENDEX PLUS (Engenharia), ERIC (Educação), MEDLINE
�1.2
(Saúde), SCIENCE CITATION INDEX (multidisciplinar) e LISA (Ciência da
Informação). Entre outros tipos destacamos: ULRICH’S (guia de periódicos) e
ENCARTA (enciclopédia de caráter geral).
No Brasil já são produzidas algumas bases de dados em CD-ROM, das quais
destacamos: UNIBIBLI (catálogo coletivo da USP, UNESP e UNICAMP), LILACS
(Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), IBICT (Catálogo
Coletivo Nacional de Periódicos, Eventos em C&T e Teses defendidas no Brasil e
por brasileiros no Exterior), CIN (Anais de conferências em C&T). Cabe citar
também o Almanaque Abril (mini-enciclopédia para o estudante de 1. e 2. graus).
2.3 INTERNET
A Internet, conhecida como “a rede das redes”, representa facilidade de
acesso a uma variedade de informações dispersas geograficamente, constituindo-se
no “caminho” por onde transitam dados e informações, e por meio do qual as
bibliotecas e usuários interconectam-se com o mundo.
Os principais serviços oferecidos pela Internet que vieram contribuir para
aumentar a capacidade de prestação de serviços das bibliotecas universitárias são:
− correio eletrônico (e-mail): possibilita a troca de mensagens entre usuários
da rede, bastando, para isso, ter um endereço eletrônico;
− acesso remoto (telnet): sistema que permite ao usuário entrar em um
computador localizado em outro local para a consulta de arquivos,
catálogos e bases de dados;
�1.2
− protocolo de transferência de arquivos (ftp): protocolo que serve para
transportar arquivos de um computador a outro;
− mailing-list: serviço de assinaturas de listas por áreas de interesse
específico.
Atualmente, a sensação da Internet é o World Wide Web (WWW) que exige
programas especiais para acesso (como o Mosaic e o Netscape) e computadores
com grande capacidade de processamento gráfico. Fácil de usar, seguindo um
menu gráfico na tela, aponta-se para o que se quer ver ou consultar. O principal
programa do WWW é o HTTP (hypertext transfer protocol) que permite o acesso a
belas páginas multimídia contendo textos, fotos, gráficos e mesmo vídeos.
Vem crescendo o número de universidades brasileiras que possuem sua
homepage na Internet, entre as quais USP, UFRGS, UFRJ, UFSM, e Faculdade
Carioca.
Além disso, a Internet proporciona acesso a cursos online e a links que
fornecem informações, as mais variadas, para o estudo de qualquer disciplina,
especialmente no Exterior.
No País, a Internet World Brasil pretende produzir a primeira lista de recursos
para estudantes e pesquisadores brasileiros, em português, desenvolvidos por
brasileiros, ou sobre o Brasil.
3 NOVAS TECNOLOGIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
As novas tecnologias da informação estão permitindo a oferta de produtos e
serviços que de outra forma se tornariam impraticáveis. Paralelamente, há um
�1.2
aumento na produtividade, qualidade e valor agregado aos serviços prestados aos
usuários, potencializando o valor da informação.
A adoção dessas novas tecnologias pode ser vista como um agente
catalisador de mudanças nas diversas atividades desenvolvidas pelas bibliotecas
universitárias.
A utilização de computadores e sistemas automatizados, bem como a
conexão a redes, têm privilegiado os serviços relacionados com a recuperação de
informações, colaborando para o aumento expressivo na prestação de serviços, em
nível qualitativo e quantitativo.
As principais modificações decorrentes do uso de novas tecnologias no dia a
dia de nossas bibliotecas são sumarizadas a seguir, de acordo com cada conjunto
de atividades desempenhado.
3.1 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
A disponibilidade de catálogos e bibliografias em CD-ROM agiliza o processo
de seleção de materiais informacionais. A facilidade, via Internet, tanto para consulta
de novos lançamentos no mercado editorial, quanto para a encomenda e aquisição
online de livros, periódicos, cd-rom, vídeos, etc.
com a possibilidade de débito
através de cartão de crédito internacional, disponibilizado por vários editores e
livreiros, vêm facilitar sobremaneira o trabalho do bibliotecário responsável pela
seleção e aquisição de material bibliográfico, independente de seu suporte físico.
Por outro lado, a variedade de formatos em que se apresentam os materiais
�1.2
informacionais transfere ao bibliotecário a escolha, nem sempre fácil, acerca do
melhor suporte: papel ou meio magnético/digital.
3.2 PROCESSO TÉCNICOS
A participação em redes de catalogação cooperativa e o desenvolvimento de
sistemas de automação por diversas universidades, com a adoção de formatos
compatíveis e intercambiáveis, veio reduzir o tempo gasto com a atividade de
processamento técnico e proporcionar maior segurança nas tarefas de indexação e
recuperação de informações. Por outro lado, os sistemas de automação
desenvolvidos para o processamento técnico não se restringem apenas à
catalogação e à classificação, agregando dados sobre aquisição, patrimônio,
indicador de produção intelectual, entre outros, facilitando a obtenção destas
informações sempre que necessário.
Cabe também ressaltar o efeito multiplicador que ultrapassa o benefício das
bibliotecas que compõem a rede. A disponibilidade desses catálogos atinge,
potencialmente, uma quantidade sem fim de usuários que podem vir a se interessar
pelas informações contidas nessas bases de dados.
3.3 SERVIÇOS AOS USUÁRIOS
Podemos presumir, sem dúvida, que os serviços aos usuários são os mais
beneficiados com a adoção de novas tecnologias.
�1.2
Desde a busca de informações mais simples como informações gerais sobre
assuntos diversos, através de links disponíveis, até a elaboração de bibliografias em
áreas especializadas, o tempo de resposta é menor e a qualidade e a quantidade de
informações tendem a ser maiores e mais relevantes. Levantamentos bibliográficos
realizados online ou em CD-ROM são mais eficazes, pois a busca em índices e
catálogos impressos não permite o cruzamento de informações e de assuntos que
conduzem ao refinamento e à especificidade na busca que, tampouco é realizada
com a mesma rapidez.
A disponibilidade de bases de dados bibliográficos em redes e em CD-ROM,
incluindo os catálogos coletivos, além de agilizar sobremaneira a localização dos
ítens, concorre para o aumento no volume de empréstimo entre bibliotecas e no
número de transações de comutação bibliográfica, devido à rápida atualização e à
confiabilidade desses instrumentos. A oferta da comutação online reduz o tempo de
atendimento consideravelmente, visto que as solicitações chegam “na hora”,
eliminando o tempo que a correspondência demora nos correios.
O correio eletrônico também veio facilitar a comunicação entre bibliotecas e
entre bibliotecas e seus usuários, proporcionando maior agilidade na troca e
disseminação de informações.
É interessante questionar até que ponto nossas bibliotecas universitárias
estão fazendo uso adequado e inteligente dessas facilidades como forma de
satisfazer as necessidades informacionais de seus usuários.
4 AS NOVAS TECNOLOGIAS, O BIBLIOTECÁRIO E O USUÁRIO
�1.2
Além dos investimentos em termos de recursos financeiros necessários para
a
utilização
universitárias,
e/ou
implementação
existem
implicações
das
novas
tecnologias
relacionadas
à
nas
assimilação
bibliotecas
de
novos
conhecimentos. Essa assertiva é válida tanto para os bibliotecários, quanto para os
usuários. Os primeiros necessitam não apenas ampliar sua visão com referência à
aplicação das novas tecnologias, tanto nos níveis operacional, físico e econômico,
como também estarem sempre atualizados no que diz respeito a software,
hardware, bancos e bases de dados, linguagens de recuperação da informação,
suportes
informacionais
não
convencionais,
multimídia,
hipermídia,
etc.
Paralelamente, deve haver também a preocupação com a satisfação dos usuários.
Estes, por sua vez, devem solicitar e receber treinamento e assistência para que
possam fazer uso correto e eficaz das novas tecnologias colocadas ao seu dispor.
O bibliotecário deve preocupar-se em saber se o usuário é capaz de fazer a
busca em sistemas automatizados e se ele realmente encontra o que procura. Neste
contexto, enfatizamos a importância e a necessidade da presença do bibliotecário
de referência, pois, por mais avançadas e evoluídas que sejam as novas
tecnologias, o bibliotecário não deve nem pode ficar à margem do processo de
transferência da informação, seja como organizador de produtos e serviços de
informação alimentando as bases de dados, seja como usuário da rede ou como elo
entre os usuários e as novas tecnologias.
Cabe aqui uma reflexão sobre o impacto que as novas tecnologias causam,
tanto nos bibliotecários como no comportamento dos usuários e, em última análise,
no desempenho da biblioteca como um todo, e em que medida a adoção de novas
tecnologias afeta a política de serviços das bibliotecas universitárias.
�1.2
5 NOVAS TECNOLOGIAS E POLÍTICAS DE SERVIÇOS
Na sua grande maioria, as políticas de prestação de serviços apresentam-se
em caráter informal ou genérico demais em nossas bibliotecas universitárias.
Sabemos que nossa missão é atender às necessidades informacionais de nossos
usuários. Sabemos que devemos prestar serviços. E isto muitas vezes “basta”.
Todavia, ao optarmos pela introdução de uma nova tecnologia (o uso do termo nova
não significa necessariamente a última, mas uma que até então não era utilizada),
conseqüentemente, nossa política de prestação de serviços (seja formal, genérica
ou informal) vai ser afetada e precisará ser revisada e atualizada.
Independente da existência ou não de uma política formalizada escrita, há,
pelo menos, dois aspectos a serem considerados: o primeiro diz respeito à clientela
que irá ser beneficiada com a oferta de serviços baseados em novas tecnologias.
Será seletiva? Somente interna? De outras áreas? Também externa? O segundo
aspecto é bem mais complexo e diz respeito a custo. Cobrar ou não cobrar? Quanto
cobrar? De quem cobrar?
A adoção de novas tecnologias para prestação de serviços informacionais
requer pesados investimentos financeiros em hardware, software e na manutenção
dos serviços. Tudo isto, aliado às recorrentes restrições financeiras, vem suscitando
questões a respeito de quanto custa a informação. Assim sendo, os bibliotecários
necessitam conhecer os componentes do custo de um serviço baseado em novas
tecnologias para estabelecer o preço desse serviço e saber como cobrá-lo. Quem
�1.2
paga? Quem subsidia? Quanto custa uma informação online? Quanto custa uma
informação a partir de um CD-ROM?
Este é um aspecto polêmico, mas que deve ser objeto de discussão, pois
constitui um elemento importante dentro da política de serviços da biblioteca
universitária.
6 CONCLUSÃO
A participação em redes automatizadas implica em investimentos elevados e
também em riscos, em virtude da própria dinâmica da evolução das novas
tecnologias.
Se comparadas as vantagens e desvantagens da adoção das novas
tecnologias, certamente as vantagens despontarão em número bem maior. Apesar
disso, não temos ainda um mapeamento das bibliotecas universitárias
�1.2
que estão conectadas em rede, que tipo de serviço oferecem, quais as tecnologias
que adotam e que proveito retiram disso.
Assim sendo, acreditamos que seja útil realizar um estudo em nível nacional
para saber:
1) que tipo de novas tecnologias as bibliotecas universitárias estão
efetivamente utilizando?
2) em que medida as bibliotecas universitárias estão incorporando as novas
tecnologias ao seu dia-a-dia?
3) em que medida a adoção de novas tecnologias melhorou a prestação de
serviços aos usuários?
4) em que medida a adoção de novas tecnologias provocou mudanças nas
políticas de serviços?
Paralelo à adoção de novas tecnologias, acreditamos que seja necessário
existirem coleções em nível nacional para garantir a consulta local e a contribuição
para as redes nacionais e internacionais.
Precisamos nos tornar exclusiva e totalmente “virtuais”? Parece-nos que não.
Precisamos, sim, saber fazer uso das novas tecnologias e delas tirar o máximo
proveito em benefício de nossos usuários.
ABSTRACT
Focusses on the introduction of new technologies in university libraries and their
consequences concerning user services and service policies.
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�1.2
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�
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1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O artigo comenta a adoção de novas tecnologias pelas bibliotecas universitárias, discutindo as mudanças daí decorrentes para a prestação de serviços aos usuários e nas políticas de serviços.
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8cc4b9f6abe8f781fc716f093a6f51c2
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8.14
O CENTRO REFERENCIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO:
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
*
Maria Luiza Andrade Di Giorgi
Mariza Russo*
RESUMO
O trabalho apresenta a trajetória do Centro Referencial da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, focalizando sua situação atual e projetando sua situação
futura com vistas ao uso das novas tecnologias computacionais e de
comunicação.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente se vive em uma sociedade da informação. A grande preocupação
das pessoas hoje em dia é:
a) como conseguir a informação?
b) como ser mais rápido do que os acontecimentos?
c) como estar em todos os lugares ao mesmo tempo?
A era da informação se define pela utilização dos meios de comunicação de
massa
*
especialmente o telefone, a televisão e os computadores. Estes meios,
Bibliotecárias da COPPEAD/UFRJ
�8.14
cujas características são a instantaneidade e a rapidez operacional, têm um enorme
poder de penetração na sociedade e são incorporados pelos serviços de
informação, que se tornam parte integrante dos sistemas de produção.
O enfoque da produção econômica passa a ser a informação; ocorrem então
transformações nos modos e na forma da produção, os meios se modificam e um
homem diferente do anterior é forjado dentro destas novas relações. Surgem uma
nova sociedade e novos recursos, que requerem novas estratégias de ação,
determinadas pelos novos meios e por um novo usuário, com necessidades de
informação mais diversificadas e mais profundas.
Para NAISBITT (1983), a informação será o grande negócio do próximo
século.
Já vislumbrando esta tendência, quando se delineou a proposta do modelo
do Sistema de Bibliotecas e Informação - SIBI da UFRJ e, em função do grande
número de bibliotecas e de sua localização em diferentes campi, sentiu-se a
necessidade de implementar na Universidade
um pólo concentrador das
informações residentes em todas essas bibliotecas, que serviria de irradiador
desses dados, não só para a comunidade interna como também para a comunidade
externa da Universidade. Este núcleo foi denominado de Centro Referencial - CR.
Este CR foi definido como “um órgão de orientação ao usuário pois indica a
fonte, isto é, instituição, especialista ou documento que possa atender à sua
questão” ( PINHEIRO, 1988)
Planejou-se que o CR da UFRJ arrolaria informações sobre as bibliotecas do
SIBI, para servir de guia sobre seu funcionamento, acervos, produtos, serviços etc.
Armazenaria, também, as informações sobre a produção técnico-científica, literária e
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artística da UFRJ, constituindo-se em um banco de dados que encaminharia os
usuários aos locais onde poderiam encontrar as respostas para as suas questões.
As próprias questões têm o poder de abrir novas perspectivas e provocar
reflexões. Atualmente, sentiu-se a necessidade de reformular todo o Centro,
tornando-o mais efetivo.
2
CONCEITUAÇÃO
Os sistemas dentro das bibliotecas e os modos de cooperação entre elas
mudaram, mas não mudaram as suas funções. Houve um tempo em que o
bibliotecário era a própria fonte de informação; mais recentemente, o serviço de
referência dependia do conhecimento e experiência acumulados pelo bibliotecário
quanto à disponibilidade e acesso a numerosas fontes locais e estrangeiras. A
cooperação entre bibliotecas, que era feita através de links informais, agora tomou a
forma de grupos e redes de recursos compartilhados e estruturados formalmente.
De modo geral, existe na profissão uma concordância sobre o significado de
referencial, mas não existe uma definição universalmente aceita de centros
referenciais. As descrições e definições encontradas na literatura tendem a
simplificar demais e ignorar algumas questões como: objetivos, processos de
operação e usuários.
A literatura sobre este tema não é muito grande, assim como não se
conhecem muitos exemplos de CR, em âmbito nacional ou internacional. Este fato
provoca alguns questionamentos, visto que este tipo de unidade informacional
�8.14
poderia, usando recursos escassos, satisfazer as necessidades de um grande
número de usuários.
De toda forma, da literatura foram selecionadas algumas definições de
Centro Referencial.
Segundo KOCHEN (1969), é dever do CR indicar a fonte para um
usuário/cliente resolver um problema, mais do que tentar resolvê-lo.
Esta seria a função básica de um Centro Referencial, que o distinguiria do
Serviço de Referência de uma biblioteca tradicional.
Abordando, também,
um conceito restrito, PAQUIN e HALANG (1976)
definem Centro Referencial como uma organização que não está engajada com o
armazenamento de informações e sim com o registro de fontes sobre informação
especializada para poder encaminhar os clientes a resolver seus problemas.
Enfocando um conceito mais amplo, um relatório da National Science
Foundation aponta o CR não só voltado para o encaminhamento dos clientes às
respostas, mas também interessado em prover esses clientes de algumas dessas
respostas (THE CONCEPTUAL..., 1977).
Outro ângulo é sugerido pela definição de GRAY (1976) na qual serviços
referenciais relacionam usuários a fontes de informação adequadas, de acordo com
guias especialmente preparados.
Ainda na literatura encontra-se que numa fase inicial o CR pode limitar-se
àquela função restrita, compilando em seus arquivos dados de serviços de
informação institucionalizados, como centros de documentação, bibliotecas, centro
de dados, arquivos, livrarias etc. Numa segunda fase, os arquivos podem ser
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ampliados com dados de outras fontes mais especializadas, como associações
culturais e profissionais, firmas de consultoria, museus etc. (GUIDELINES..., 1979).
Com uma visão mais ampla o CR deve ser visto ainda como um agente
promocional, em função da publicidade que faz sobre os diferentes tipos de serviços
de informação.
3
OBJETIVOS
Como filosofia, um Centro Referencial não possui acervo de livros,
periódicos, nem qualquer outro tipo de material bibliográfico que compõem os
acervos de qualquer unidade de informação. Um CR desenvolve seu trabalho
usando como base guias, catálogos, diretórios etc; ou seja, publicações quase
sempre organizadas pelo próprio Centro.
Por que a necessidade de um centro referencial e qual o seu objetivo?
Um centro referencial existe porque as pessoas
têm necessidade de
informação e as perguntas que elas fazem são a força motora que as leva a usar
um sistema de informações. O que
uma pessoa necessita conhecer é muito
extenso e inclui não somente informação estritamente técnica e profissional, nas
quais os sistemas formais de informação
se concentraram, mas também
informação que diga respeito a interesses pessoais e sociais. As necessidades de
informação são culturais e circunstanciais.
Devido à grande evolução da informação e ao número cada vez maior de
publicações técnicas
e científicas, acrescidas agora pelas bases de dados via
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Internet, fica muito difícil encontrar a informação, sem a ajuda de especialistas e
boas fontes de informação.
Os centros referenciais podem ser considerados, portanto, como um primeiro
passo essencial para a aquisição de informação, e um link necessário entre
usuários e fontes de informação.
Assim sendo, um centro referencial contribui para um custo efetivo de duas
maneiras: através do uso mais efetivo dos recursos de informação e, também,
acentuando a efetividade dos próprios usuários.
4
SITUAÇÃO ATUAL
O Sistema de Bibliotecas e Informação - SIBI, da UFRJ, embora
institucionalizado só em outubro de 1989, vem executando desde muito antes
atividade visando o estabelecimento de normas e metodologias para seleção,
aquisição, processamento, disseminação da informação e criação de serviços e
produtos bibliográficos para as suas bibliotecas.
Só depois de institucionalizado e reconhecido pela direção central da
Universidade é que o SIBI foi estruturado, tendo seu organograma oficialmente
modelado.
O SIBI, sob a coordenação da Biblioteca Central da UFRJ, teve definida
como uma de suas divisões o Centro Referencial, que nasceu da idéia plantada pelo
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT, que vem desde
1984 funcionando com essa função, sendo responsável pela elaboração e
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publicação de guias de fontes de informação em campos específicos do
conhecimento.
O CR atua como intermediário entre as fontes de informação e os usuários,
orientando-os a especialistas, documentos ou instituições que possam atender às
suas questões; identifica onde o usuário deve buscar a informação, principalmente
no âmbito da própria Universidade. Para isso, vem desenvolvendo vários produtos e
serviços.
O primeiro produto desenvolvido pelo CR foi o
“Guia de Bibliotecas e
Unidades de Informação da UFRJ”, que se encontra em sua terceira edição e arrola
informações sobre as 43
bibliotecas
da UFRJ, focalizando tópicos como sua
subordinação, endereço, nome do responsável, produtos e serviços desenvolvidos.
Em seguida, o CR, em parceria com a Comissão Nacional de Bibliotecas
Universitárias - CNBU, preparou o “Guia de Bibliotecas de Instituições Brasileiras de
Ensino Superior”, em dois tipos de suporte - papel e disquete. Este guia, que se
originou da Base BIBES, contém informações referenciais sobre 770 bibliotecas
universitárias brasileiras, servindo como um veículo de divulgação dessas unidades
de informação.
Outro produto desenvolvido pelo CR, recentemente, é o Catálogo de Obras
Raras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos resultados da
comemoração dos cinqüenta anos da Biblioteca Central da UFRJ e dos setenta e
cinco anos da UFRJ.
Este catálogo, editado em CD-ROM, constitui uma base de dados contendo a
descrição bibliográfica de cerca de 6.000 registros da coleção de obras raras da
Universidade, e, em alguns casos, uma imagem das mesmas.
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O CR está compilando as informações sobre o restante do seu acervo de
obras raras para editar outros catálogos.
Em relação a serviços, o CR possui infra-estrutura computacional para
acessar a base de dados de catalogação da UFRJ, podendo assim prestar
informações a qualquer usuário sobre este acervo. Pode, também, permitir o acesso
- através da rede Internet - aos acervos das maiores bibliotecas do mundo e
possibilitar visita aos sites que forem de interesse dos seus clientes.
5
SITUAÇÃO FUTURA
A literatura mostra que os princípios para estabelecimento de Centros
Referenciais tiveram um incremento a partir do momento em que se começou a
trabalhar com informações comunitárias.
Os avanços tecnológicos nos computadores e nas telecomunicações
trouxeram um efeito muito grande nas técnicas e nos serviços tradicionais das
bibliotecas.
A tecnologia computacional também provocou mudanças nas operações de
tratamento das informações nas bibliotecas, surgindo daí as redes de informações.
Uma rede de informações é um sistema de instituições integradas bibliotecas, centros de documentação, centros de análises etc. - sob uma única
coordenação,
para
disponibilizar
para
uma
comunidade
de
usuários
dados/informações relevantes, independentemente da sua origem, formato ou
localização física.
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Em se tratando do futuro do CR da UFRJ, a curto prazo será ampliada a
rede interna de computadores, para que as informações de interesse sejam
divulgadas e circulem o mais rápido possível entre os usuários do Centro. Esta rede
interna estará ligada à rede maior da Universidade e, conseqüentemente, à Internet.
Como um dos objetivos deste Centro será construir relações com
comunidades, profissionais e empresas,
fornecendo serviços de alta qualidade,
também será desenvolvida uma rede de fornecedores, através da inscrição de
empresas e profissionais.
A comunidade a ser trabalhada será constituída de empresas e indústrias,
profissionais de várias áreas, público em geral e bibliotecas.
Este objetivo só poderá ser alcançado se houver um bom relacionamento de
trabalho entre a comunidade e o Centro Referencial.
As informações estarão concentradas em uma grande base de dados
composta por:
a) informações fornecidas pelas empresas, constituídas em sua maior parte
por
solicitação de profissionais, de acordo com suas necessidades de
trabalho;
b) informações
fornecidas
pelos
profissionais,
como
currículo,
perfil
profissional, disponibilidade para trabalho;
c) informações fornecidas por estudantes para solicitação de estágio.
As solicitações de informação por parte da comunidade serão atendidas não
só através dos registros existentes na base de dados, mas também por consultas
pela rede a bibliotecas, a outras bases via on-line, em CD-ROM, etc.
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Além das informações que atendam necessidades técnicas e de pesquisa, o
Centro evoluirá para um trabalho mais amplo, fornecendo informações em estreito
relacionamento com empresas das quais receberá subvenções, talvez através de
patrocínios, visando, assim, solucionar o problema de recursos limitados e falta de
verbas. Deve-se considerar que as universidades atravessam um período difícil e
que torna-se necessário e urgente a procura por meios de subsistência próprios. O
Centro buscará seus recursos através do fornecimento de uma gama completa de
serviços.
Atividades em que o Centro Referencial deverá estar engajado:
a) desenvolvimento e atualização de arquivos sobre recursos comunitários;
b) disponibilização de informações sobre os recursos existentes nos arquivos,
por via local ou por telefone;
c) realização de follow-up com os clientes para verificar se os serviços foram
obtidos;
d) participação na educação comunitária;
e) preparação de materiais de publicidade;
f) preparação de relatórios estatísticos sobre os serviços oferecidos.
6
CONCLUSÕES
Este é um momento da história em que o conceito de trabalho está sendo
redefinido. A antiga era industrial está dando lugar à era do conhecimento, na qual
valores agregados significativos são encontrados na criação e comunicação
contínua de novas perspectivas. Esta transformação vai alterar a definição de
�8.14
trabalho, seu processo de execução e a necessária competência dos profissionais
da informação.
Diante deste cenário, várias serão as decorrências:
� o bibliotecário que atua junto à clientela do CR, atendendo a uma demanda de
informações de um grande número de usuários, provendo serviços personalizados,
passa a ser considerado um profissional indispensável, merecendo respeito e
confiabilidade;
� o nível de expectativa dos usuários em relação aos serviços do CR aumenta,
provocando a demanda por mais tipos de serviços, assim como por maior rapidez
nas respostas;
� os
recursos humanos envolvidos nos serviços precisam conhecer bem as
necessidades e as expectativas dos usuários e devem também ser treinados
regularmente para prestar bem estes serviços, para isso devendo ocorrer entrevistas
prévias, avaliação dos serviços prestados e relações públicas.
Estes impactos agirão em curto prazo, permitindo que os pesquisadores da
universidade atuem mais profundamente em suas áreas, acarretando uma
aceleração das pesquisas de boa qualidade, que, por sua vez, contribuirão para a
maior propagação do conhecimento.
ABSTRACT
This paper describes the development of the Reference section of the Federal
University of Rio de Janeiro, focussing on its current situation, and planning its future
situation with regard to the use of new computer and communication technology.
�8.14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CERNE, Frank. Wausau, Wisconsin. Hospitals and Health Networks, n. 5, Oct.
1993.
2 THE CONCEPTUAL framework for a comprehensive and continuing STI resource
inventory. Relatório submetido à National Science Foundation, em setembro
de 1977.
3 FINER, R. Referral centres and services : a review. London : ASLIB,1979.
(ASLIB Occasional Publication, n. 22)
4 GUIDELINES on referral centres. Paris : United Nations Educational, Scientific
and Cultural Organizational, 1979.
5 KOCHEN, M. Referential consulting networks. [ S.l. : s.n.], 1969.
6 NAISBITT, John. Megatrends 2000 : dez novas tendências de transformação da
sociedade nos anos 90. São Paulo : Amana Key, 1990.
7 PAQUIN, R.J., HALANG, F.G. Information services for industry in industrialized
countries. In: INTERNATIONAL FEDERATION FOR DOCUMENTATION
SYMPOSIUM, Brussels, 30 Sept.-2 Oct. 1975. Information systems design
for socio-economic development. The Hague : FID, 1976. p. 116-129.
8 PINHEIRO, L. V. R. Centro referencial do Sistema de Bibliotecas e Informação
- SIBI - da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Boletim CRB-7,
Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, jul./set. 1988.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
O centro referencial da Universidade Federal do Rio de Janeiro: perspectivas para o futuro. (Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Di Giogi, Maria Luiza Andrade; Russo, Mariza
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O trabalho apresenta a trajetória do Centro Referencial da Universidade Federal do Rio de Janeiro, focalizando sua situação atual e projetando sua situação futura com vistas ao uso das novas tecnologias computacionais e de comunicação.
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A language of the resource
pt
-
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50d9c95d1e18508f068b1dab6b0dcb14
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5.24
O ISTEC E A INTERNET ACELERANDO A COOPERAÇÃO NA IBERO AMÉRICA
Maria Isabel Santoro*
Harry Llull**
RESUMO
O Ibero-American Science and Technology Education Consortium (ISTEC) criado
em 1990, com sede no Departamento de Engenharia Elétrica e Computação da
University of New México, Albuquerque, NM - EE.UU., entre outros projetos instalou,
em abril de 1994, um projeto piloto, o “Library Linkages Project” com a participação
das instituições UAM (México), UV (Espanha), La Republica (Venezuela), UFSC e
UNICAMP (Brasil), objetivando a troca de documentos via INTERNET com o uso do
software ARIEL. A experiência entre UNM (EE.UU.) e UNICAMP (Brasil) teve muito
sucesso e vem servindo de modelo para implementação em outras instituições do
ISTEC.
1 INTRODUÇÃO
Das grandes revoluções na área de automação a mais significativa parece
ser a transformação por que passa o próprio homem. A competência profissional, a
busca pelos padrões de excelência, a qualidade de seus projetos e a velocidade de
sua atualização, vem colocando o homem frente a uma nova sociedade, onde o
computador ocupa lugar de destaque.
A heterogeneidade, a interdisciplinariedade e a complexidade das atividades
profissionais, somadas ao ritmo das mudanças tecnológicas, tem afetado
diretamente
*
Diretora da Biblioteca da Área de Engenharia/Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Diretor do Ibero-American Science and Technology Education Consortium - ISTEC
**
�5.24
toda a área de Recursos Humanos (RH). Com novas formas de liderança e
gerenciamento e com a integração de sistemas, são grandes as mudanças
organizacionais que estão ocorrendo. As mais diferentes áreas do conhecimento
estão atuando hoje com novas ferramentas de trabalho. As inovações constantes
das tecnologias avançadas de hardware e software vem modernizando a indústria
e o comércio, causando total revolução no campo da economia, incluindo
produção, estoque, distribuição e marketing; toda área de prestação de serviços financeiros (por exemplo a rede bancária), assistênciais, turísticos, culturais, entre
outros; a área política, que apesar de apresentar ainda problemas arcaicos como
reforma agrária, já tem implementado o voto eletrônico e atua com as grandes
parcerias internacionais, para tentar a solução dos macro-problemas como a
globalização da economia, a questão do meio ambiente, o habitat, planejamento
familiar etc.
Porém, é a modernização da educação que mais vem atingindo a área de
informação. A universidade com sofisticadas pesquisas de ponta, a automação dos
laboratórios e bibliotecas, os novos equipamentos para treinamento como o ensino à
distância, as teleconferências, as vídeo-conferências, enfim todo esse aparato
tecnológico exige que o homem atue em duas grandes frentes: como produtor e
como usuário dos novos conhecimentos.
Assim, a informação, ao lado da informatização, está se transformando no
grande desafio para o homem moderno, alterando e acelerando sua vida diária e,
conseqüentemente, modificando sua atuação em sociedade.
�5.24
Porém, esse é um processo lento. Segundo TOFFLER (1995), “A transição
da economia da força bruta da Segunda Onda para a economia cerebral da Terceira
Onda... ainda está longe de ser completada...” A verdadeira mudança virá “quando
os computadores acoplados à televisão chegarem aos lares e forem incorporados
ao processo educacional.”
Com estas afirmações, TOFFLER vem provocando reflexões nos mais
diferentes setores, especialmente no da informação. Um espaço “sem fronteiras” foi
criado pela INTERNET e a exploração destes recursos pelas bibliotecas, ainda não
é suficientemente conhecida e disponibilizada.
CUNHA (1994), COSTA e HEEMANN (1994), MERCADANTE (1995),
MIRANDA (1996), como muitos outros especialistas, já discutem e oferecem
literatura para que se tornem cada vez mais conhecidas as variadas formas de uso
dessas novas tecnologias pela biblioteca. Alguns debates tem provocado críticas
exageradas como a falência da profissão do bibliotecário ou sua substituição por
outros profissionais, a substituição da informação impressa pela informação
eletrônica, apenas a sobrevivência da biblioteca virtual e por aí seguem as
suposições. Tudo isto como se, num país com as mais diversificadas condições de
desenvolvimento, fosse possível amanhecer com toda uma estrutura de redes de
telecomunicações, com um mapa de infovias totalmente planejado e com as mais
sofisticadas e potentes máquinas instaladas nas bibliotecas, máquinas capazes de
prover os usuários de todo tipo de acesso: informação, texto completo, som e
imagem, serviços etc.
�5.24
2 AS IMPORTANTES FERRAMENTAS QUE ACELERAM A COOPERAÇÃO
2.1 A AUTOMAÇÃO
Algumas áreas do conhecimento hoje não sobrevivem mais sem a aplicação
e o acompanhamento das últimas novidades da automação. Uma delas é a
Engenharia.
Buscando um simples parâmetro para a questão-chave desse trabalho, que objetiva
chamar a atenção para o importante papel da atividade cooperativa, foi
surpreendente constatar na Engenharia o volume, a diversidade e a importância dos
diferentes tipos de convênios, acordos e outras formas de compartilhamento de
recursos.
Grande quantidade de parcerias é feita, com diferentes instituições, para que
se consiga atingir metas comuns, num menor espaço de tempo e com grande
racionalização e economia de recursos. Pode-se exemplificar que, desde o
conteúdo programático de disciplinas específicas do currículo de graduação em
Engenharia (ORSAK e ETTER, 1995) até pesquisas sobre chumbo (NAPP, 1995),
arquitetura de redes e serviços de telecomunicações (DUPUY, NILSSON e INOUE,
1995) e microondas de alta energia (BRARKER e AGEE, 1995) estão sendo objeto
de ações cooperativas, formalizadas em consórcios.
Assim, os pesquisadores de universidades, indústrias, laboratórios nacionais
e internacionais, setor privado, ou seja, dos diferentes segmentos da sociedade,
estão hoje, mais do que nunca, acionando as facilidades eletrônicas para
trabalharem em conjunto na resolução de problemas comuns.
�5.24
E por quê? Por que o computador aproximou as pessoas e vem estimulando
o compartilhamento de recursos? Afinal, o que acontece?
O trabalho compartilhado vem sendo uma prática no setor da automação.
Primeiro, pela própria característica da área, que oferece instrumental para qualquer
dos outros setores: da Lingüística à Arquitetura, da Política à Aeronáutica, do
Marketing à Medicina etc. O grande avanço na questão do tempo, isto é a
velocidade de realização das operações, e a possibilidade de transferência de
dados (transferência de tecnologia e de informações) em tempo real, acelerando
qualquer tipo de comunicação, colocam as pessoas num contínuo processo de
intercâmbio. O não-aproveitamento dessa ferramenta hoje significa ficar fora do
mercado competitivo e, conseqüentemente, fora de todo processo de modernização
da sociedade. A inovação, nos mais diferentes setores, passa a ser essencial.
Assim, as relações interpessoais passam a ser uma nova força no sentido de
possibilitar o avanço científico e tecnológico, pela soma de conhecimentos, pela
tentativa de solução de problemas comuns, pelo acompanhamento dos mais
diversificados instrumentos e métodos de trabalho, entre outros fatores.
�5.24
2.2 O CONSÓRCIO
Trabalhar em parceria vem sendo um eficiente instrumento para buscar
soluções de problemas, quando uma organização não consegue resolvê-los
sozinha. O consórcio tem sido um desses instrumentos que, segundo PETERSON
(1995), pode ser definido como um grupo de organizações que formam uma
entidade separada, com o objetivo de alcançar metas comuns.
A área de biblioteca, há muito tempo, já se utiliza de diferentes formas de
trabalho, compartilhando recursos informacionais e serviços cooperativos. No Brasil,
KRZYANOWSKI (1994) apresentou recentemente uma restrospectiva histórica
destas atividades que retratam importantes ações implementadas nessa área.
Algumas dessas esperiências estão tendo muito sucesso, como por exemplo a
formação de bases de dados em CD-ROM, com a participação de diferentes
bibliotecas.
Assim, a identificação de parceiros cujas capacidades se complementam, e
cujas metas se aproximam, levam as instituições a promoverem
acordos que
possam abrigar a implementação de diferentes projetos, desde que direcionados a
objetivos específicos.
Nesse sentido, PETERSON (1995) é muito claro quando apresenta, não só
as responsabilidades dos parceiros/membros, a questão do compartilhamento de
informações, o gerenciamento e a administração de consórcio, como também,
quando trata da formalização desse tipo de cooperação, através de termo de
adesão. As questões como campo de atuação, orçamentos e relatórios, adesões e
desligamentos, patentes, garantias e até acordos de propriedade intelectual são
�5.24
alguns dos ítens que devem integrar o documento de formalização. Estas
experiências vem corroborar a certeza de que o caminho do compartilhamento tem
apresentado resultados positivos.
Portanto, à semelhança das outras áreas do conhecimento, em especial a
área de Tecnologia, a Biblioteconomia tem em mãos as ferramentas essenciais para
acelerar e modernizar a área de prestação de serviços cooperativos.
3 A PROPOSTA DO ISTEC
O Ibero-American Science and Technology Education Consortium (ISTEC) foi
formado em 1990, e participam dele mais de 30 membros (indústrias, fundações e
instituições educacionais) com o objetivo de trabalhar para o desenvolvimento
hemisférico, através da disseminação da informação,
da pesquisa científica e
tecnológica e de inovações na área de educação.
Dirigido pelo Prof. Dr. Ramiro Jordan, do Departamento de Engenharia
Elétrica e Computação da Faculdade de Engenharia da “University of New Mexico
(UNM)”, Albuquerque, NM - EE.UU., o ISTEC tem uma Secretaria instalada nos
Estados Unidos, funcionando como um dos Programas do Latin American Institute
daquela universidade, e duas sub-secretarias funcionando, uma no Brasil (sob a
responsabilidade do Prof. Dr. Mauro Sérgio Miskulin - Faculdade de Engenharia
Elétrica da UNICAMP) e outra na Espanha.
Atualmente, o ISTEC tem suas ações direcionadas a quatro iniciativas:
a) Projeto e Instalação de Laboratórios de Desenvolvimento e Pesquisa;
�5.24
b) Educação Contínua Avançada;
c) Los Libertadores (Centros de Excelência);
d) Interligação de Bibliotecas
4 O PROJETO DE BIBLIOTECAS DO ISTEC E O USO DA INTERNET
4.1 A CRIAÇÃO DO PROGRAMA
Em 1993, segundo LLULL et al. (1996), membros da Secretaria do ISTEC da
UNM, consultando a Direção da Centennial Science and Engineering Library (CSEL)
da UNM, discutiram e identificaram importantes fatores que pareciam indicar que era
o momento de ser estabelecido um programa desenvolvendo uma infra-estrutura de
informação, através das bibliotecas universitárias de membros do ISTEC. Pois,
embora as bibliotecas universitárias americanas tenham tido longa tradição de
compartilhamento de seus acervos com os de outros paises, nem todos os paisesmembros do ISTEC possuíam a mesma infra-estrutura de comunicação para os
serviços de telefone, telefax e correio. Porém, como o ISTEC foi composto de
universidades com fortes programas em Ciência e Tecnologia, alguns membros já
tinham excelentes conexões com a INTERNET, e outros estavam antecipando a
instalação dessa conexão e/ou recebendo as condições necessárias para essa
conectividade.
�5.24
Mais um relevante fator foi que a UNM General Library já estava com o
planejamento de disponibilizar suas bases de dados pela INTERNET. Portanto, o
catálogo em linha LIBROS viria a ser acessado por qualquer instituição-membro do
ISTEC, em qualquer país com condições de se conectar via TELNET.
Assim, com a INTERNET, o acervo da CSEL / UNM, especializado em
Ciência e Tecnologia, seria disponibilizado e serviria de ponto de partida para se
estabelecer um projeto específico, na área de informação, dentro dos objetivos do
ISTEC, de compartilhamento de recursos.
Portanto, para apoiar os demais projetos em desenvolvimento, o ISTEC criou
o “Library Linkages Project”.
4.2 O PROJETO DE BIBLIOTECA
Identificadas as necessidades de troca de informações e de conhecimento da
literatura mais atualizada, na área de Ciência e Tecnologia, pelos pesquisadores
envolvido nos demais projetos do ISTEC, foi elaborado um programa específico
para este fim.
Nesse sentido, foi planejado o “Library Linkages Project”, que interligaria
bibliotecas universitárias das instituições participantes do ISTEC, objetivando
oferecer aos pesquisadores:
a) acesso às bases de dados eletrônicas das instituições-membros;
b)
treinamento em recuperação de informações em bases de dados
eletrônicas;
c) solicitação e fornecimento de documentos entre os membros do consórcio.
�5.24
Em novembro de 1993, durante a Third ISTEC General Assembly, na
Universidad Autónoma Metropolitana (UAM), no México, foram apresentadas essas
idéias
que,
endossadas
e
apoiadas
pelos
participantes,
resultaram
na
recomendação de se instalar um projeto-piloto para funcionar em 1994.
As instituições-membros que participaram do projeto piloto, além da
University of New México foram:
- Universidad Autónoma Metropolitana (UAM) - Cidade do México, México;
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Florianópolis, Brasil;
- Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas, Brasil;
- Universidad Simón Bolívar (USB) - Caracas, Venezuela;
- Universidad de Vigo (UV) - Vigo, Espanha.
Como primeira ferramenta de trabalho, para troca de documentos via
INTERNET, o ISTEC se utilizou do software ARIEL. As bibliotecas da área
tecnológica
dessas
universidades
deveriam
se
equipar,
mantendo
um
microcomputador conectado na INTERNET, com scanner, impressora laser e o
software ARIEL instalado, para receberem do ISTEC o treinamento necessário e
iniciarem a prestação de serviço aos usuários.
Na primeira fase as bibliotecas se utilizariam do acervo da CSEL / UNM.
A experiência entre a UNM e a UNICAMP foi a mais bem sucedida e vem
servindo de modelo para implementação desse serviço em outras bibliotecas
integrantes do ISTEC.
4.2.1 A Participação da Biblioteca da Área de Engenharia (BAE) da UNICAMP
�5.24
Considerando a atuação da UNICAMP junto ao ISTEC, especialmente na
área de Engenharia Elétrica, houve grande interesse por parte da Faculdade de
Engenharia Elétrica e Computação - FEEC e da administração da universidade para
que a BAE integrasse o grupo de bibliotecas que atuariam no Projeto-Piloto.
Esse interesse e essa participação expandiu-se no âmbito da equipe da
biblioteca, uma vez que imediatamente se abriria uma nova atividade no contexto de
serviços cooperativos internacionais. Uma diversidade de vantagens foi visualizada
pela direção da BAE nessa atuação :
a) a melhoria da área de prestação de serviços ao usuário final, através da
disponibilidade de acesso a documentos não-existentes no país;
b) o desenvolvimento da Biblioteca quanto ao uso de novas tecnologias;
c) o próprio desenvolvimento da equipe nas áreas de acesso à informação
(uso da INTERNET) e acesso ao documento (uso do software ARIEL);
d) desenvolvimento e implementação de metodologia específica de trabalho,
objetivando imprimir qualidade e eficiência no pronto atendimento ao
usuário.
Com a vinda do Coordenador do Projeto, Sr. Harry Llull, em abril de 1994, foi
instalado na BAE/UNICAMP o serviço denominado LIGDOC, isto é, disponibilidade
de cópia de documentos existentes na biblioteca da área de Ciência e Tecnologia
CSEL / UNM, Albuquerque - EE.UU., através de solicitações via correio eletrônico, e
recebimento via INTERNET, com o uso do software ARIEL. A receptividade aos
treinamentos oferecidos pelo Sr. Llull por parte da comunidade usuária, em especial,
os alunos de pós-graduação e professores, além dos bibliotecários, foi um dos
pontos fortes desse novo serviço.
�5.24
A facilidade do acesso ao catálogo LIBROS, a qualidade do acervo da CSEL
e a presteza no atendimento imediato aos pedidos da BAE foram fundamentais para
que o serviço LIGDOC conquistasse imediatamente a credibilidade e a
confiabilidade do usuário da área tecnológica, tão acostumado a longas esperas na
obtenção de cópias de documentos existentes até em bibliotecas brasileiras.
Somado a isso, a BAE prontamente absorveu essa nova atividade, no seu
Balcão de Referência, como a primeira opção de busca de documentos no Exterior.
Foram feitos investimentos nas áreas de treinamento de pessoal e de usuários e na
área de marketing, com divulgação do serviço através da distribuição de folders e da
participação em reuniões de Departamentos, Congregações, reuniões técnicas e até
em eventos da área.
Os dados estatísticos deste serviço, nestes dois anos de funcionamento, vem
mostrando que :
a) o aluno de pós-graduação é a categoria de usuário que mais utiliza o
serviço (74% dos pedidos);
b) os trabalhos de congressos são os documentos mais solicitados (47%),
seguidos de artigos de periódicos (33%);
c) a média de tempo de atendimento é de dois dias úteis.
Esse serviço vem, na prática, substituindo a busca de documentos pela
British Library, em função principalmente do tempo de atendimento.
Essa experiência da Biblioteca da Área de Engenharia da UNICAMP é a
pioneira no Brasil, no serviço de comutação via INTERNET, utilizando o software
ARIEL.
�5.24
4.2.2 Expansão do Projeto no Brasil
Pelo trabalho de divulgação da Secretaria Executiva do ISTEC, através de
sua
representação
na
América
Latina
pelo
Prof.
Dr.
Mauro
Miskulin
(FEE/UNICAMP), o consórcio já conta com a adesão de várias instituições e/ou
universidades brasileiras.
Algumas delas já estão se envolvendo com o Projeto de Biblioteca para
atuarem na implementação do serviço LIGDOC. É o caso da Universidade Federal
de Santa Catarina, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e, mais
recentemente, da Universidade de São Paulo.
�5.24
4.2.3 A Participação Atual das Bibliotecas Ibero-Americanas
Das cinco instituições que integraram o projeto-piloto, a UFSC e a UAM não
efetivaram sua participação. Atualmente, são seis as universidades conectadas à
CSEL / UNM e que solicitam cópia de documentos, conforme Quadro 1.
QUADRO 1 - UNIVERSIDADE CONECTADAS À CSEL/UNM
INSTITUIÇÕES
UNICAMP (Brasil)
UV (Espanha)
USB (Venezuela)
UTE (Equador)
LOS ANDES (Colombia)
LA REPUBLICA (Uruguai)
DATA DE INÍCIO
ABRIL / 94
ABRIL / 94
MAIO / 94
ABRIL / 95
NOVEMBRO / 95
FEVEREIRO / 96
Ainda este ano, segundo LLULL e SANTORO (1996), o projeto estará
expandindo seus serviços a outras instituições-membros, incluindo Peru e Chile. Já
em condições mais imediatas de participação, encontram-se as bibliotecas de EPN
(Equador), Carlos III (Espanha) e, no Brasil, USP, UFSC e PUC/RS.
Quanto ao tipo de usuário e número de documentos solicitados, o consórcio
registra os seguintes dados conforme os Quadros 2 e 3.
�5.24
QUADRO 2 - DOCUMENTOS SOLICITADOS
INSTITUIÇÃO
TOTAL DE DOCUMENTOS
SOLICITADOS ABR./94 A MAR/96
UNICAMP
592
UV
55
USB
04
UTE
08
LOS ANDES
68
LA REPUBLICA
14
QUADRO 3 - TIPO DE USUÁRIO
CATEGORIA DE USUÁRIO
PORCENTAGEM
ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO
65 %
PROFESSORES
18 %
ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO
07 %
PESQUISADORES
04 %
ADMINISTRAÇÃO
05 %
OUTROS
01 %
5 CONCLUSÃO
Na área da Biblioteconomia brasileira, pode-se afirmar que a atuação do
ISTEC veio proporcionar um grande avanço na implementação de novas tecnologias
para acesso ao documento, introduzindo o uso do software ARIEL no País e abrindo
as portas da comutação eletrônica.
�5.24
Seguramente, com a participação de outras instituições brasileiras no Projeto
de Biblioteca, o País estará consolidando o serviço LIGDOC, que vem colocar às
mãos do pesquisador, de forma ágil e eficiente, a literatura especializada dispersa
nos acervos destas bibliotecas.
Quanto à adesão das instituições ibero-americanas, sem dúvida alguma, se
constata, primeiramente, a existência de um amplo canal de divulgação da produção
científica de cada instituição-membro, acrescida da disponibilidade e do acesso aos
documentos gerados localmente, o que possibilita a troca de experiências entre os
especialistas e pesquisadores das áreas afins. Além disso, o acesso às bases de
dados bibliográficos contendo as informações dos acervos institucionais estarão
disponibilizando principalmente a coleção de periódicos especializados, a coleção
de atas de congressos (proceedings), os relatórios técnicos, enfim as últimas
novidades registradas pela literatura, nacional e internacional, prontas para serem
compartilhadas pela comunidade científica que hoje se beneficia do Consórcio.
O próprio Projeto de Biblioteca, pelos imediatos benefícios oferecidos aos
pesquisadores da área tecnológica, está sendo mais um elemento divulgador do
excelente trabalho de cooperação implementado pelo Consórcio, na área da
Educação para a Ciência e Tecnologia.
�5.24
ABSTRACT
The Ibero-American Science and Technology Education Consortium (ISTEC),
founded in 1990, with its headquarters in the Electrical and Computer Engineering
Department at the University of New Mexico, Albuquerque, started a pilot project in
April 1994 called the “Library Linkages Project”, with the participation of UAM
(Mexico), UV (Spain), La República (Venezuela), UFSC and UNICAMP (Brazil), for
the exchange of documents via Internet using ARIEL software. The UNM-UNICAMP
experiment has been very successful, and is serving as a model for implementation
with other ISTEC members.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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microwave research (NUCOMR). In: PROCEEDINGS OF SPIE, v. 2557,
1995, San Diego. Intense Microwave Pulses III. Bellingham: Society of
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networking telecommunications information services. IEEE Communications
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na busca e obtenção da informação. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas Anais... Campinas,
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�5.24
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Computers & Industrial Engineering, v. 29, n.1/4, p. 355-359, Set. 1995.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
O ISTEC e a internet acelerando a cooperação na Ibero-américa.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Santoro, Maria Isabel; Llull, Harry
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O Ibero-American Science and Technology Education Consortium (ISTEC) criado em 1990, com sede no Departamento de Engenharia Elétrica e Computação da University of New México, Albuquerque, NM - EE.UU., entre outros projetos instalou, em abril de 1994, um projeto piloto, o “Library Linkages Project” com a participação das instituições UAM (México), UV (Espanha), La Republica (Venezuela), UFSC e UNICAMP (Brasil), objetivando a troca de documentos via INTERNET com o uso do software ARIEL. A experiência entre UNM (EE.UU.) e UNICAMP (Brasil) teve muito sucesso e vem servindo de modelo para implementação em outras instituições do ISTEC.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4729/SNBU1996_045.pdf
01a3a1a9e942f2d411ac216365175085
PDF Text
Text
6.8
O PADCT E AS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: O CASO DA BIBLIOTECA
COMUNITÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Lourdes de Souza Moraes
*
RESUMO
Descreve a experiência de captação de recursos externos da Biblioteca Comunitária
da Universidade Federal de São Carlos nos últimos anos, por meio de apresentação
de projetos às agências financiadoras. Enfoca, sob vários pontos, a
sua
participação no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico PADCT, como unidade executora de projetos específicos para o financiamento de
acervo, infra-estrutura e serviços.
1 INTRODUÇÃO
Primeiramente, gostaríamos de tecer algumas considerações a respeito deste
trabalho, que tem por objetivo divulgar as experiências, consideradas bem
sucedidas, da Biblioteca Comunitária (antiga Biblioteca Central) da Universidade
Federal de São Carlos - BC/UFSCar, junto ao Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico - PADCT.
Quando falamos em
bibliotecas universitárias estamos, na verdade, relatando a nossa experiência e
talvez a de algumas bibliotecas que vivenciaram a mesma prática. Portanto, não
podemos e nem temos autoridade para falar em nome das bibliotecas universitárias
*
Diretora da Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos, SP
�6.8
brasileiras, uma vez que podem existir instituições que não se enquadram neste
cenário que procuraremos refletir agora.
As bibliotecas universitárias têm sentido com grande intensidade, ao longo
da última década, uma antiga e eterna ameaça - a falta de recursos para garantir a
manutenção e atualização de seus acervos.
Apesar da ausência de estudos mais recentes nessa direção, podemos supor
que, atualmente, a grande maioria das bibliotecas universitárias não tem condições
de manter seus acervos atualizados, principalmente a coleção de periódicos, sem o
investimento de outras fontes de recursos além daqueles do Tesouro Nacional,
mais comumente chamados de Recursos Orçamentários, isto é, aqueles definidos
no orçamento global da universidade (CHASTINET, 1988).
Agravando mais a situação, aparece a
exige
um
grande
investimento
para
a
nova tecnologia de informação, que
infra-estrutura
de
informática
e
telecomunicações, além dos recursos necessários para a aquisição de bases de
dados em CD-ROM , o acesso a bases de dados remotas e os serviços on-line de
comutação. A automação dos serviços de bibliotecas também aparece,
contexto, necessitando de elevados
neste
recursos para a sua implantação e
manutenção.
Assim,
universitária
hoje, a manutenção do acervo e dos serviços da biblioteca
requer uma significativa aplicação de recursos
que dificilmente
poderão ser captados apenas por uma fonte de recursos - a orçamentária.
Entretanto, contrastando com esse panorama de escassez de recursos, nos
últimos anos algumas bibliotecas universitárias apresentaram um grande salto de
�6.8
qualidade na prestação de serviços, com a utilização dos mais modernos meios de
armazenamento e recuperação da informação, e conseguiram manter seus acervos
atualizados e acrescidos dos novos suportes de informação, além da sua integração
em redes e sistemas nacionais e internacionais de informação.
Na nossa avaliação, dois foram os fatores fundamentais para esse
desenvolvimento das bibliotecas. O primeiro, um fator interno: os investimentos em
bibliotecas tiveram prioridade zero nas administrações universitárias, o que
ocasionou uma
imediata
elevação do percentual dos recursos orçamentários
aplicados na aquisição de acervo e implementação de novos serviços, chegando ao
ponto de destinar quase que a totalidade dos recursos de capital para a compra de
periódicos e livros.
Mas isto não bastaria para financiar toda a infra-estrutura necessária para a
grande mudança tecnológica esperada por todos
porque, apesar do percentual
aplicado pela universidade ser significativo, o montante de recursos para capital é
sempre inexpressivo face as reais necessidades de investimento de uma instituição
em franco desenvolvimento (como é o caso de várias universidades brasileiras). Em
outras palavras: a fatia é grande, mas de um bolo pequeno. Então temos também
grandes investimentos dos recursos próprios na biblioteca.
O segundo fator, tão importante quanto o primeiro, é o que chamamos de
uma nova cultura de captação de recursos para as bibliotecas universitárias. Até
bem pouco tempo atrás era extremamente difícil encontrar em agências
financiadoras linhas que pudessem financiar projetos de infra-estrutura para
bibliotecas. Existia, como existe até hoje, financiamento para aquisição de material
�6.8
bibliográfico em alíneas específicas, com objetivo de dar suporte a determinados
projetos de pesquisa .
Apesar da forma indireta, esse
tipo de financiamento
colaborou enormemente para atualização de acervos e ainda tem contribuído.
Entretanto, fica sempre condicionado à atitude do pesquisador, coordenador do
projeto, de integrar ou não o material bibliográfico adquirido na coleção da biblioteca
universitária.
Felizmente, hoje, no País, as agências financiadoras já apresentam linhas de
financiamento para as bibliotecas, onde não só a atualização e manutenção do
acervo são objetos de projetos específicos como também de infra-estrutura física,
de equipamentos e
materiais permanentes e serviços necessários para o
fortalecimento e a modernização das bibliotecas universitárias. E elas aprenderam
este novo caminho para a captação de novos investimentos.
Assim, o paradoxo existente entre a escassez de recursos orçamentários e o
desenvolvimento das bibliotecas universitárias pode ser melhor compreendido, se
analisadas as fontes externas de recursos, que nos últimos anos têm colaborado
enormemente no financiamento de acervo e infra-estrutura de bibliotecas.
2 O FINANCIAMENTO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Podemos supor que um relatório de aquisição de uma biblioteca universitária,
na década de 70,
mostrava apenas uma fonte de recursos aplicados no
desenvolvimento do acervo. Dificilmente a biblioteca, nessa época, teria outra forma
de captar recursos senão através do orçamento global da universidade.
�6.8
A partir da década de 80, mais especificamente em 1985, com o PNBU Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias, surgem as chamadas fontes
externas ou recursos extra-orçamentários,
com alguns programas especiais de
financiamento de acervo. O PAP - Programa de Aquisição de Periódicos e
o
BIBLOS - Programa de Aquisição de Livros Nacionais para a Graduação são os
pioneiros e começam a despertar as bibliotecas para
uma nova diretriz no sentido
de ganhar novos parceiros para a sua manutenção (PLANO, 1986).
Assim, começam a surgir nas agências financiadoras linhas que permitiram
às bibliotecas elaborar projetos de acervo, serviços e infra-estrutura e apresentá-las
como unidades executoras.
Nesta direção, a BC-UFSCar inicia sua atividade de conquista de novos
recursos com um projeto apresentado à FINEP para subsidiar a incorporação de seu
acervo de periódicos no CCN - Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas
por meio magnético. A concessão desse auxílio financeiro, além de permitir a
integração da BC-UFSCar em um sistema nacional de informação, deu também um
grande estímulo para apresentação de novos projetos. O segundo projeto, também
apresentado à FINEP, foi para completar a coleção básica de periódicos, através de
aquisições retrospectivas, cujo resultado foi o fortalecimento das coleções dos
principais títulos do acervo.
A partir daí, muitas mudanças ocorrem com relação à política de obtenção de
recursos para a manutenção do acervo. Além de tomar como básicas e essenciais
todas as orientações do PNBU, no sentido de ser adotado um percentual do
orçamento global da universidade para a manutenção do acervo, as
�6.8
direções das bibliotecas ficaram mais atentas para as novas possibilidades que se
abriram frente a nova política instaurada.
Atualmente, existem vários programas e linhas de financiamento que têm
contribuído enormemente para o fortalecimento das bibliotecas universitárias.
Além de outras formas de financiamento para os programas de pósgraduação, a CAPES tem, ao longo dos últimos três anos, subsidiado a aquisição da
coleção de periódicos estrangeiros, liberando desta forma os escassos recursos
orçamentários para outros investimentos, como por exemplo a compra de livrostexto para a graduação. Além disso, de forma indireta, mas muito positiva, a CAPES
destina 10% das chamadas taxas acadêmicas dos programas de pós-graduação
para a aquisição de material bibliográfico. Este percentual, bem gerenciado e
aplicado, tem resultado em grandes benefícios para o acervo de pesquisa e Pósgraduação.
A FAPESP (para as universidades paulistas) tem tido um papel fundamental
na atualização dos acervos de monografias para a pesquisa e Pós-graduação
através de um programa especial - o FAPLIVROS. Mais recentemente a FAPESP
lançou dentro do seu Programa Emergencial de Apoio à Recuperação e
Modernização da Infra-Estrurura de Pesquisa do Sistema Estadual de Ciência e
Tecnologia I e II, linhas de financiamento em que as bibliotecas puderam submeter
vários projetos diretamente: módulo 1 de Informática;
Ampliação e Modernização dos Recursos
módulo 2 - Bibliotecas: Restauração e Modernização da Infra-
Estrutura, e o módulo 4 - FAPLIVROS III (FAPESP, 1995).
�6.8
Outra nova parceria encontrada para financiamento de coleções especiais e
programas culturais foi o Ministério da Cultura, através do Fundo Nacional de
Cultura, que em 1995 apoiou um grande Programa de Incentivo à Leitura e de
Manutenção de Acervos Culturais para a Biblioteca Comunitária da UFSCar. Com
esta valiosa parceria foi possível a compra de um importante acervo de Literatura
Brasileira que, além de enriquecer uma área extremamente frágil, contribuiu para a
conservação e disponibilização de um patrimônio histórico e cultural brasileiro a toda
comunidade.
Entretanto, na nossa visão, o que realmente tem colaborado
mais
sistematicamente para a emancipação das bibliotecas universitárias na conquista
de novas formas de financiamento, através de apresentação e gerenciamento de
projetos específicos para o fortalecimento de acervos e implantação de novos
serviços de informação, é o PADCT - Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, com seus vários subprogramas.
Apesar de muitas dificuldades encontradas na execução dos projetos, o PADCT , e
mais especificamente sua segunda fase - o PADCT II, tem oferecido grandes
oportunidades às bibliotecas universitárias de concorrer com projetos que propiciam
a retomada do seu desenvolvimento e da sua modernização. A BC - UFSCar
concorreu com vários projetos e tem uma experiência bastante interessante de
trabalho em parceria com vários departamentos acadêmicos da universidade, no
sentido de juntar esforços na captação de recursos para a aquisição de acervos e
de infra-estrutura.
�6.8
3 O PADCT - PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO
Resgatando rapidamente a sua história, o PADCT teve
início em 1984,
quando foi assinado o Acordo de Empréstimo entre o Governo Brasileiro e o Banco
Mundial, que previa implantar uma série de ações para fortalecer no País a pesquisa
científica e tecnológica em áreas estratégicas.
Os recursos seriam aplicados e gerenciados através das agências
financiadoras brasileiras: CNPq, CAPES e FINEP, distribuídos em vários
subprogramas, com coordenações específicas.
Atualmente o programa, já no final de sua segunda fase -
PADCT- II,
apresenta 11 subprogramas: Química e Engenharia Química/QEQ; Geociências e
Tecnologia Mineral/GTM; Biotecnologia/SBIO; Instrumentação/SINST;
Educação
para a Ciência/SPEC; Informação em Ciência e Tecnologia/ICT; Planejamento e
Gestão em Ciência e Tecnologia/PGCT; Tecnologia Industrial Básica/TIB;
Manutenção/SPM; Novos Materiais/SNM e Ciências Ambientais/CIAMB (INFORME,
1995).
Segundo Luiz Antônio Barreto de Castro, secretário executivo do PADCT,
todas as avaliações e questões levantadas no Workshop, realizado nos Estados
Unidos, em maio de 1995 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Banco
Mundial, levam a um possível PADCT III (CASTRO, 1995).
�6.8
3.1 O SUBPROGRAMA DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O Subprograma de Informação em Ciência e Tecnologia, coordenado pelo
GT/ICT, iniciado também em 1984,
previa o fortalecimento dos sistemas de
informação para dar suporte às atividades científica e tecnológica do país, através
de várias ações no sentido de criar uma rede nacional de ICT, tendo como diretriz
principal a cooperação e o compartilhamento de serviços e produtos de informação
(PADCT, 1980).
Nessa direção, a proposta inicial do subprograma ICT, que sofreu algumas
alterações, propôs a criação do Sistema Público de Acesso à Base de Dados,
atualmente a Rede de Serviços de Informação em Ciência e Tecnologia ANTARES; a Capacitação de Recursos Humanos; a Criação e Fortalecimento de
Bases de Dados Nacionais em C&T e o Sistema Central de Duplicatas (PADCT).
A Rede ANTARES, coordenada pelo IBICT e composta por 11 Centros
Distribuidores e 168 Postos de Serviços localizados estrategicamente em todo
território nacional, tem o objetivo de disponibilizar para toda a comunidade científica,
tecnológica e empresarial os recursos informacionais em várias áreas do
conhecimento, através do uso da nova tecnologia de informação, ou como definido
pela própria coordenação da Rede: ‘organizar a oferta e estimular a demanda por
informações em Ciência e Tecnologia, criando infra-estrutura tecnológica de
serviços e de recursos humanos’ (IBICT).
4 O PADCT E AS
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS:
A
EXPERIÊNCIA
�6.8
DA BC/UFSCar
Apesar de ter sido o Subprograma de Informação Científica e Tecnológica,
através do projeto da Rede ANTARES, o que mais diretamente beneficiou a grande
maioria das bibliotecas universitárias, outros subprogramas também tiveram um
papel muito importante na questão de financiamento para acervo e infra-estrutura.
A BC-UFSCar concorreu com cinco projetos do PADCT II, tendo conseguido
a aprovação de quatro projetos em três diferentes subprogramas: - Subprograma de
ICT, com o Projeto Implantação do Posto de Serviço (tipo A) da Rede Antares;
Subprograma de Novos Materiais, com o projeto Fortalecimento do Acervo de
Ciência e Engenharia de Materiais; e o Subprograma de Química e Engenharia
Química, com dois projetos, Fortalecimento do Acervo de Química e Engenharia
Química
e Implantação de Posto de Serviço Especializado em Química e
Engenharia Química da Rede Antares ( INFOQUIM II). Participou também do projeto
de criação e implantação do Núcleo de Informação Tecnológica de Materiais,
coordenado pelo Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, dentro do
Subprograma Tecnologia Industrial Básica (PADCT, 1990).
Os benefícios e vantagens advindos da implantação destes projetos para a
BC-UFSCar não podem ser avaliados somente com base no valor absoluto dos
recursos aplicados para a aquisição de equipamentos e acervo, apesar de serem
significativos no total de investimentos efetuados nos últimos cinco anos.
Acreditamos que poderíamos tentar uma análise mais abrangente do impacto
�6.8
causado pelo PADCT na BC-UFSCar, nos seus produtos e serviços e na mudança
de postura
de seus profissionais frente ao uso das novas tecnologias no
armazenamento e acesso à informação. Para tanto tomamos quatro pontos básicos
para efeito de análise: acervo, infra-estrutura,
gerenciamento
e
produtos e
serviços.
4.1 ACERVO
A BC-UFSCar tem, dentre as suas diretrizes e políticas de alocação de
recursos para a aquisição de material bibliográfico, o compromisso de priorizar a
coleção de periódicos, as bases de dados em CD-ROM e o Banco de Livros-Texto
para o ensino de graduação. O acervo de monografias, que dá suporte ao ensino de
Pós-graduação, tem sido financiado, nos últimos anos, com recursos externos
captados por meio de vários projetos apresentados às agências brasileiras de
fomento à pesquisa e Pós-graduação.
Essa decisão é baseada em um pressuposto muito simples: a coleção básica
de periódicos é vital como suporte às atividades de pesquisa e ensino de Pósgraduação e, portanto, tem prioridade zero na aquisição. Da mesma forma, o Banco
de Livros-Texto tem também prioridade, pois oferece a infra-estrutura bibliográfica
básica para o ensino de Graduação, considerando também que não há grandes
linhas de financiamento de acervo para a Graduação,
que
as coleções de
periódicos necessitam de investimentos anuais e que existe uma certa
�6.8
facilidade em conseguir recursos para a aquisição de livros para a pesquisa e Pósgraduação através de projetos específicos.
Desta forma o PADCT II vem contribuindo com o fortalecimento do acervo de
livros e periódicos para a pesquisa e pós-graduação na UFSCar, através de dois
subprogramas: Novos Materiais e Química e Engenharia Química.
Os projetos
foram elaborados em parceria com os departamentos de Engenharia de Materiais,
Química e Engenharia Química e gerenciados pela BC-UFSCar. Os investimentos
priorizaram os livros técnico-científicos e alguns títulos de periódicos básicos para o
fortalecimento do acervo das áreas de abrangência dos projetos.
Outro ponto importante com relação ao acervo é que a BC-UFSCar tem
conseguido, através de projetos do PADCT II, além da aquisição das principais
bases de dados em CD-ROM em várias áreas do conhecimento, atualizar também a
sua área de obras de referência especializada, substituindo por edições em CDROM os dicionários,
enciclopédias etc. Assim, já dispomos de várias obras de
referência em suporte ótico.
Assim,
estamos colocando à
disposição de toda comunidade científica e
da
sociedade em geral um significativo acervo na área de Engenharia de Materiais,
talvez uma das mais completas coleções do País, e no mesmo sentido estamos
caminhando com a coleção da área de Química e Engenharia Química
�6.8
4.2 INFRA-ESTRUTURA
A medida que um sistema de informação se propõe a implantar e utilizar os
recursos da chamada nova tecnologia, necessita evidentemente de uma infraestrutura muito mais complexa, que vai desde os computadores, passando pelos
novos suportes de informação, e chegando até as redes de comunicações de
dados.
Tudo isso representa para a biblioteca universitária um grande desafio, tanto
na
aquisição do aparato tecnológico (equipamentos, software etc) quanto na
utilização correta dessas novas tecnologias.
A BC-UFSCar
iniciou em 1992
a implantação de seus serviços
automatizados. A sua primeira atividade automatizada surge com a implantação,
ainda que precária, do Posto de Serviço da Rede ANTARES, quando recebeu e
colocou em funcionamento os microcomputadores e as leitoras de CD-ROM, que
permitiram começar os levantamentos bibliográficos automatizados na primeira base
de dados, também recebida pelo projeto, o METADEX.
Atualmente, já dispomos de equipamentos mais sofisticados no Posto de
Serviço. Porém, o grande impulso foi dado, na verdade, com a criação do serviço
integrado a uma rede nacional, que incentivou e despertou a biblioteca e a
instituição para a implantação e uso das novas tecnologias de informação.
Com o programa INFOQUIM II estamos fortalecendo ainda mais o Posto de
Serviços, por meio da aquisição de novas bases de dados (principalmente as de
texto integral) e de novos equipamentos que permitem aumentar a capacidade
�6.8
atual de disponibilizar em rede interna as fontes de informação em suporte ótico e
magnético.
A infra-estrutura tecnológica tem também permitido uma racionalização na
aplicação dos recursos, otimização do uso, através de redes, das fontes de
informação disponibilizadas por outras instituições. Está planejado, através da
cessão de um ponto de acesso, o uso pela BC-UFSCar dos índices decenais do
Chemical Abstracts em CD-ROM, adquiridos pelo Instituto de Química da USP-São
Carlos no programa INFOQUIM I.
4.3 GERENCIAMENTO DA BIBLIOTECA
O novo cenário da área de Biblioteconomia e Ciência da Informação, abalado
pelas recentes
revoluções tecnológicas,
tem exigido dos profissionais de
informação uma nova postura, um novo perfil.
Acompanhando toda essa mudança, a biblioteca universitária também sofreu
alterações no seu velho e antigo modo de gerenciamento, ou melhor, pressupõe que
as bibliotecas adotaram, como fator básico de sobrevivência, os novos métodos de
planejamento e administração.
Os conceitos de planejamento e qualidade permeiam toda a administração da
biblioteca, buscando oferecer novos serviços e produtos, centrando sua atenção no
cliente - o seu novo usuário, muito mais exigente no acesso e uso da informação.
�6.8
O PADCT, abrindo novos espaços para a elaboração e apresentação de
projetos específicos de informação, exigiu dá parte das bibliotecas uma reflexão
sobre seus serviços e produtos, tanto no que se refere ao uso das novas tecnologias
como na sua própria organização e administração. Assim, a BC-UFSCar adota um
novo modelo de trabalho,
substituindo a administração por serviços pela
administração por projetos, ou seja: traça suas metas em função de grandes
projetos, onde a implementação de serviços são metas para atingir objetivos préestabelecidos. Neste sentido começa a definição objetiva das atividades e
estratégias para conquistar o planejado.
Um exemplo claro e que só viemos a perceber com clareza muito tempo mais
tarde foi a elaboração e implantação do projeto do Posto de Serviço da Rede
ANTARES na UFSCar. Inicialmente, tomamos o referido projeto apenas como uma
oportunidade valiosa de conseguir equipamentos e base de dados para a nossa
biblioteca, que na época dispunha de parcos recursos. Hoje, o Posto de Serviço,
para a biblioteca e para a UFSCar, é um grande projeto que representa um
expressivo conjunto de produtos e serviços de informação que estamos
disponibilizando à comunidade . Assim, tudo o que se relaciona com a recuperação
de informação por meio de acesso à base de dados (remotas e em CD-ROM) e
acesso ao documento por meio da comutação bibliográfica é função e
responsabilidade do Posto de Serviço, incluindo o treinamento e orientação aos
usuários. Como conseqüência temos hoje, na BC-UFSCar, não um serviço de
recuperação e acesso à informação, mas o Posto de Serviço da Rede Antares,
fazendo parte do planejamento e da estrutura organizacional.
�6.8
Neste sentido, estamos ainda fazendo investimentos no projeto, como por
exemplo, através do INFOQUIM II vamos aumentar a capacidade dos equipamentos
e fortalecer nossas bases de dados em CD-ROM, complementando os grandes
investimentos já efetuados pela universidade.
Outro ponto interessante e que merece ser analisado é, sem dúvida, a cultura
de parceria. A
BC-UFSCar descobriu que o trabalho conjunto com os
departamentos acadêmicos e programas de Pós-graduação pode resultar em
grandes benefícios para a biblioteca e, conseqüentemente, para toda a comunidade
universitária. Hoje, temos três grandes projetos do PADCT elaborados e
coordenados em parcerias, e têm
dado ótimos resultados, proporcionando a
otimização na aplicação de recursos e facilitando o trabalho de seleção e avaliação
de acervos e serviços.
O PADCT também tem representado um grande investimento na capacitação
de pessoal da BC-UFSCar, através dos cursos de especialização na área de
administração de sistemas automatizados de informação, oferecidos pelo Curso de
Pós-Graduação da PUCCAMP e dos cursos de treinamentos de geração e acesso a
bases de dados oferecidos, em várias oportunidades, pelo IBICT, contribuindo,
desta forma, para a mudança tão esperada no perfil dos profissionais da
informação.
�6.8
4.4 PRODUTOS, SERVIÇOS E USUÁRIOS
Muito poderíamos comentar a respeito dos novos serviços implantados na
BC-UFSCar, a partir dos vários convênios assinados no decorrer dos últimos anos,
com diversas agências e instituições, inclusive com os projetos do PADCT.
Entretanto, optamos por analisar aqui um outro lado da questão, pois acreditamos
que são axiomáticos, por exemplo, os benefícios advindos com a implantação do
serviço de levantamentos automatizados através do acesso às base de dados
remotas e em CD-ROM.
Muito se tem falado e discutido a respeito do novo perfil do profissional da
informação, onde os bibliotecários estão, logicamente, inseridos. Entretanto, não é
somente o perfil do bibliotecário que está mudando, mudando está também o perfil
do usuário da biblioteca universitária e a postura da instituição frente à informação.
Hoje, no rol dos usuários das bibliotecas universitárias, não consta apenas a
comunidade universitária interna, ou seja, alunos de Graduação e Pós-graduação,
professores/pesquisadores e servidores técnico-administrativos. A sociedade em
geral, e principalmente a comunidade empresarial, é uma clientela que a biblioteca
universitária não pode mais ignorar. Assim, os grandes projetos onde há uma
aproximação da universidade com a sociedade promovem, como reflexo imediato,
uma alteração no perfil do usuário e conseqüentemente na tipologia da informação
que a biblioteca universitária disponibiliza.
�6.8
O PADCT, em seus vários subprogramas, incentivou serviços e produtos que
pudessem criar e aumentar a demanda
de informação pela comunidade
empresarial, dando grande ênfase às pequenas e médias empresas. Como
resultado temos um novo tipo de informação, ou melhor: uma nova forma de utilizar
as informações armazenadas em nossa bibliotecas ou acessadas de outras
unidades e fontes de informação. Assim, a informação tecnológica, a informação
para negócios, as bases de dados referenciais não-bibliográficas e cadastrais, as
informações factuais e outras mais começam a surgir no meio até então puramente
acadêmico e científico.
Outra mudança é constatada no perfil do nosso usuário convencional. Com o
advento das novas tecnologias, e mais precisamente com as redes de
comunicações de dados, o usuário torna-se muito mais exigente com relação à
obtenção da informação - a velocidade de acesso e a qualidade da informação são
fatores determinantes para a satisfação do usuário.
Neste contexto, os serviços e produtos da biblioteca universitária tomam outra
dimensão. Sem deixar de cumprir a sua função básica e essencial de apoio ao
ensino, à pesquisa e à extensão da universidade, a BC-UFSCar tem procurado
renovar e inovar no sentido de se transformar em um grande centro de informação,
com o objetivo precípuo de disponibilizar a informação, que a universidade gera,
armazena e acessa, para todos os fins e em diferentes níveis.
Alguns projetos do PADCT tem nos auxiliado nesta visão de novos usuários,
serviços e produtos. Iniciando com o Posto de Serviço da Rede ANTARES, que tem
a diretriz de ser uma unidade de informação de acesso público, a BC-UFSCar
�6.8
tem atendido a um significativo segmento da comunidade, como profissionais
liberais e empresários de forma direta. Através do NIT-Materiais, ainda que de
forma indireta, a BC-UFSCar presta serviços de informação aos empresários da
região. O NIT-Materiais é um grande cliente do nosso Posto de Serviço e nesta
parceria estamos procurando não duplicar na universidade acervos e serviços de
informação.
E para finalizar este tema podemos colocar que, hoje, a UFSCar tem uma
grande preocupação com a informação, não somente como um insumo essencial
para a pesquisa e o ensino, mas também, como fonte produtora de conhecimento
que tem como uma das suas missões a disseminação da informação que gera,
armazena e acessa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluindo esta reflexão, podemos afirmar que a parceria das bibliotecas
universitárias com o PADCT tem sido muito profícua. Como já se disse, a análise
dos benefícios advindos com a contratação de vários projetos não pode e não deve
ser baseada somente em cifras.
O
PADCT,
sobretudo,
representou
e
tem
representado
para
nós,
administradores de bibliotecas universitárias, um grande estímulo na conquista da
modernização de serviços e produtos informacionais. O prazer de ver que um
projeto elaborado com tanto empenho, e, muitas vezes, com enormes dificuldades,
foi aprovado é extremamente gratificante e estimulante. A perspectiva de contar
�6.8
com novos recursos para a melhoria e a implantação de novos serviços estimula e
gera novas propostas de trabalho, sem falar na segurança que se conquista à
medida em que se consegue transpor muitas barreiras, que vão desde a definição
do projeto até a sua execução.
A BC-UFSCar, conjuntamente com toda a comunidade acadêmica,
comemorou
por várias vezes a conquista de novos projetos, tendo um lugar
destacado no rol de financiamentos externos recebidos pela universidade.
Entretanto, a perspectiva de termos uma terceira fase do PADCT nos obriga a
uma nova reflexão. Diante de um futuro de mudanças rápidas e diante da exigência
de um novo modelo de biblioteca, temos, ainda, muito que avançar. A biblioteca
universitária, como qualquer unidade de informação, terá, além de suas tradicionais
e convencionais tarefas (não acreditamos somente em bibliotecas virtuais para o
futuro), que se remodelar frente às novas tendências da área.
Na nossa visão, dois grandes problemas ainda estão sem solução adequada.
O primeiro vem em decorrência do próprio investimento feito no serviço de
recuperação de informação por meio da implantação dos levantamentos
bibliográficos automatizados. Hoje estamos colocando à disposição do usuário os
mais modernos recursos para acesso aos grandes bancos de dados, nacionais e
internacionais, que agregam centenas de bases de dados das diversas áreas do
conhecimento, através do acesso remoto ou em CD-ROM.
Porém, o serviço de acesso ao documento não teve o mesmo investimento. A
comutação bibliográfica automatizada ou em linha, tão esperada, ainda é um sonho;
o empréstimo entre bibliotecas permanece como sempre foi, cheio de
�6.8
protocolos e papéis (ainda não se admite a remessa de um livro, quando a
solicitação é feita por fax ou e-mail). Conseqüentemente, o usuário anda muito
insatisfeito, pois tem na mão rapidamente a informação referencial, mas não
consegue a informação primária tão desejada.
O segundo problema, não menos importante, e que também tem muita
relação com o primeiro, é como as bibliotecas universitárias, que abrigam grande
parte do acervo do País, vão disponibilizar para consulta e uso as suas obras.
Atualmente, a localização de uma monografia, no País, é quase que impossível
(sem mencionar o material não-convencional). Uma das grandes responsabilidades
das bibliotecas universitárias é justamente tornar acessível o seu acervo, utilizando
as redes que aí estão. Qual a solução? Formar grandes catálogos coletivos? Ou
cada biblioteca colocar em rede seu acervo, desenvolvendo seu próprio sistema,
utilizando seus próprios recursos? Acreditamos que a descentralização é a melhor
solução. Mas para tanto é necessário que as instituições tenham infra-estrutura para
gerar e disponibilizar a sua informação em rede.
Assim, temos ainda grandes desafios. E esperamos que o PADCT, em sua
terceira fase, possa somar grandes investimentos aos já iniciados e também aos
que, isoladamente, têm sido efetuados por inúmeras instituições que realmente
estão preocupadas com a definição e implantação de uma moderna e eficiente
política de informação, que dará o suporte necessário e essencial para que nosso
País conquiste realmente a transição da sociedade industrial para a sociedade de
informação.
�6.8
ABSTRACT
This paper describes the experiences of the Community Library of the Federal
University of São Carlos (UFSCar), in obtaining external funds in recent years by
presenting projects to financing agencies. It describes the Library’s participation in
PADCT (Support Programme for Scientific and Technological Development), which
carries out specific projects for funding the Library’s collection, infrastructure and
services.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CASTRO, Luiz Antônio Barreto. O futuro do PADCT. Informe PADCT,
v. 5, n. 21, p. 3-4, out.1995.
2 CHASTINET, Yone. Bibliotecas das Instituições Federais de Ensino
Superior : remontar ou desmontar. Brasília : PNBU, 1988.
(SESu/PNBU/DOC.TEC.009/88)
3 FAPESP. Programa Emergencial de Apoio à Recuperação e Modernização da Infra-estrutura de Pesquisa do Sistema Estadual de Ciência e
Tecnologia : Infra-estrutura de pesquisa fase 2, 1995.
4 IBICT/REDE ANTARES. Informação ao alcance de todos.
5 INFORME PADCT, v. 5, n. 21, p. 2, out.1995.
6 PADCT. Subprograma de Informação em Ciência e Tecnologia.
ICT/PADCT (resumo). Brasília, 1990.
7 PADCT. Subprograma de Informação em Ciência e Tecnologia. Projeto :
Sistema Público de Acesso às Bases de Dados - SPA.
8 PADCT. Subprograma de Informação em Ciência e Tecnologia. Documento básico, versão 9.0. Brasília, 1993.
9 PADCT. Subprograma Novos Materiais/SNM. Documento básico.
Brasília, 1989.
10 PADCT. Subprograma Tecnologia Industrial Básica/TIB. Documento
básico. Brasília, 1990.
�6.8
11 PADCT. Subprograma Química e Engenharia Química. Termos de
referência do INFOQUIM Fase II. Brasília, 1995.
12 PLANO Nacional de Bibliotecas Universitárias :1º PNBU. Brasília :
MEC/SESu, 1986. (SESu/BIBL./DOC PLAN/86-001)
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
O PADCT e as bibliotecas universitárias: o caso da biblioteca comunitária da Universidade Federal de São Carlos.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Moraes, Lourdes de Souza
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Descreve a experiência de captação de recursos externos da Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos nos últimos anos, por meio de apresentação de projetos às agências financiadoras. Enfoca, sob vários pontos, a sua participação no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - PADCT, como unidade executora de projetos específicos para o financiamento de acervo, infrastrutura e serviços.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4789/SNBU1996_076.pdf
1e324a5a181f3de295893152e3b47864
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8.17
O PERFIL PROFISSIONAL DO AUXILIAR DE BIBLIOTECA DO SISTEMA DE
BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ*
Leociléa Aparecida Vieira**
Elayne Margareth Schlögel**
RESUMO
Analisa o perfil profissional do auxiliar de biblioteca do Sistema de Bibliotecas (SIBI)
da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sessenta e quatro servidores
constituíram o universo da pesquisa, cujos dados colhidos por questionário
receberam tratamento estatístico (Programa Survey). Verificou-se que as mulheres
representam mais de dois terços da população estudada e que mais da metade dos
servidores ocupa o cargo de Assistente em Administração. Constatou-se que o
auxiliar desempenha mais de uma atividade e que a maioria pretende aperfeiçoar-se
(cursos de informática). As dificuldades levantadas pelos servidores envolveram
instalações físicas inadequadas, inexistência de ascensão funcional, falta de
reconhecimento de seu trabalho pela chefia e falta de treinamento para o
desempenho de tarefas. A auto-avaliação evidenciou que vinte e nove servidores
desempenham atividades que sabem e podem fazer, sendo que a mesma
quantidade de funcionários considera que poderia realizar tarefas mais complexas.
Três servidores desejam transferência e entre os que prestaram concurso para
ingressar na UFPR, mais da metade teria optado pelo cargo de auxiliar de
bibliotecas se lhes fosse facultada tal escolha. As sugestões para melhorar o
desempenho envolveram aumento do espaço físico, informatização das bibliotecas,
treinamento e maior união entre os colegas de trabalho.
1 INTRODUÇÃO
O Sistema de Bibliotecas (SIBI), de acordo com o artigo 3, parágrafo 1° do
Estatuto da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é um órgão suplementar
vinculado à Reitoria, sob a denominação de Biblioteca Central. É formado pela
sede administrativa e por treze sub-unidades, sendo nove bibliotecas universitárias,
*
Parte do trabalho de conclusão da disciplina Metodologia da Pesquisa em Biblioteconomia II, Curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal do Paraná.
** Funcionárias do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná.
�8.17
uma em nível de segundo grau (Curitiba) e três especializadas (Palotina, Pontal do
Sul e Paranaguá).
No Campus I (Bacacheri) está localizada a Biblioteca de Ciências Agrárias
(AG). O Campus II (Centro) é onde se concentra o maior número de Bibliotecas:
Ciências Humanas e Educação (HE); Ciências Jurídicas (SJ); Ciências Sociais
Aplicadas (SA) e Ciências da Saúde, que se subdivide em Saúde/Sede (SD/S),
Farmácia (SD/F) e Odontologia (SD/O). No Campus III (Jardim das Américas)
encontram-se as Bibliotecas de Ciência e Tecnologia (CT); de Ciências Biológicas
(BL) e da Escola Técnica (ET). Fora de Curitiba estão localizadas as Bibliotecas do
Campus Avançado de Palotina; do Centro de Estudos do Mar (Pontal do Sul) e do
Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá, vinculadas respectivamente às
Bibliotecas AG, BL e HE.
O quadro de pessoal em 1995 era composto por 115 funcionários, sendo
trinta e quatro bibliotecários e oitenta e um auxiliares (UFPR. SIBI. Relatório mensal,
jul. 1995). Esta relação (1:2,4) está bem abaixo do limite proposto pelo Conselho
Federal de Biblioteconomia (CFB) (1:5), no Art. 4° do Anteprojeto da Resolução que
visa regulamentar as atividades dos auxiliares de biblioteca. Devido à inexistência
deste cargo na UFPR, trabalham nesta condição servidores lotados em diferentes
cargos.
No Sistema de Bibliotecas (SIBI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
o auxiliar de biblioteca é elemento importante para que as bibliotecas ofereçam
serviços à comunidade acadêmica. Devido à escassez de bibliotecários no quadro
de pessoal da UFPR, esses funcionários garantem a continuidade das tarefas
�8.17
(principalmente as que dizem respeito ao atendimento ao usuário), mantendo as
seções abertas durante todo o período de funcionamento previsto.
No presente trabalho, analisou-se o perfil dos auxiliares de bibliotecas lotados
no SIBI, a fim de detectar quais as dificuldades por eles encontradas na realização
de suas atividades. Além disso, verificou-se de que forma esses funcionários
poderiam empregar melhor seu potencial na execução das tarefas a eles destinadas
e encontrar, ainda, satisfação no que fazem.
2 METODOLOGIA
O universo desta pesquisa envolveu oitenta e um funcionários, distribuídos
nas diversas bibliotecas do SIBI.
No mês de agosto de 1995, quando se procedeu o levantamento dos
funcionários do SIBI, nove encontravam-se em licença, dois foram desligados do
Sistema na semana em que se colheram os dados, um não devolveu o questionário
em tempo hábil, e cinco não o devolveram. Desta forma, o universo da pesquisa
ficou representado por sessenta e quatro auxiliares de biblioteca.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado questionário contendo
dezoito perguntas fechadas e uma aberta (Anexo 1), o qual foi testado na última
semana de julho de 1995 com sete funcionários do SIBI (um de cada biblioteca). As
bibliotecas foram escolhidas de forma a contemplar os três campi da UFPR:
Biblioteca de Ciências Agrárias (Campus I), Biblioteca de Ciências Sociais e
Aplicadas, Ciências da Saúde, Ciências da Saúde/Odontologia, Ciências Jurídicas
(Campus II) e Biblioteca de Ciência e Tecnologia e Escola Técnica (Campus III).
�8.17
Os dados definitivos para realização da pesquisa
foram coletados
pessoalmente de 15 a 19 de agosto de 1995, após contato com as chefias. Para
evitar inibições e garantir maior veracidade às respostas foi assegurado anonimato
aos servidores.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos sessenta e quatro funcionários, 57,81% estão lotados no cargo de
assistente em administração e 12,51% como recepcionistas. Os auxiliares
administrativos e datilógrafos representa 6,25% dos servidores e 3,13% são
contínuos. Outros cargos: ascensorista, encadernador, operador de copiadora,
técnico em contabilidade e vestiarista são representados, por um servidor. Nos
casos não informados (6,25%) identificou-se pessoal de nível superior aprovado em
concurso público para os cargos de secretário executivo, pedagogo, técnico em
assuntos culturais e administrador (Tabela 1).
TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS AUXILIARES DE BIBLIOTECA DO SIBI DA
UFPR POR CARGO - 1995
CARGO
Assistente em Administração
Recepcionista
Auxiliar administrativo
Datilógrafo
Contínuo
Ascensorista
Encadernador
Operador de copiadora
Técnico em Contabilidade
Vestiarista
Não informou
TOTAL
3.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
n°
37
8
4
4
2
1
1
1
1
1
4
64
%
57,81
12,51
6,25
6,25
3,13
1,56
1,56
1,56
1,56
1,56
6,25
100,00
�8.17
Os dados de identificação incluíram: sexo, faixa etária, estado civil, grau de
escolaridade e tempo de serviço no SIBI.
3.1.1 Sexo
A percentagem de mulheres trabalhando na função de auxiliar de biblioteca
alcança mais de dois terços (70,31%) do conjunto pesquisado. Até 1992, o SIBI,
com exceção da Biblioteca Central, contava somente com mulheres nas funções de
bibliotecário e auxiliar de bibliotecas. O Governo Federal, em 1991, sob a alegação
de reduzir gastos com pessoal, respaldado na Lei n° 8.112/90 (Regime Jurídico
Único), colocou servidores de algumas Instituições Federais em disponibilidade.
Após um ano de afastamento do serviço público, surgiu a UFPR como opção para
esses funcionários serem “readmitidos”, especialmente os da Previdência Social.
Entretanto, não se lhes facultou escolherem a seção ou o departamento condizente
com o cargo exercido na instituição de origem. Desta forma, alguns homens
ingressaram no quadro de pessoal do SIBI perfazendo atualmente 29,69%.
Por ocasião da pesquisa, não havia no SIBI nenhum bibliotecário formado do
sexo masculino. No Estado do Paraná, a Biblioteconomia é uma profissão quase
que exclusivamente feminina, representando as mulheres 98,42% dos profissionais,
de acordo com informações obtidas no Conselho Regional de Biblioteconomia - 9a.
Região (CRB-9), em 14/09/1995.
3.1.2 Faixa Etária
�8.17
Verificou-se que trinta e um auxiliares (48,44%) situaram-se na faixa entre 31
a 40 anos e vinte entre 20 a 30 anos (31,25%). A concentração nestas faixas devese possivelmente aos numerosos casos de aposentadoria precoce verificados desde
1994, em virtude da política governamental. Não há auxiliar com menos de 20 anos
de idade no SIBI.
3.1.3 Grau de Escolaridade
No total do universo pesquisado, o nível de instrução concentrou-se no
segundo grau completo, com 40,63%. Verificou-se, também, significativa incidência
de funcionários com terceiro grau incompleto (18,75%). Dez servidores têm
formação de nível superior (15,63%), mas cinco (7,81%) situam-se na faixa do
primeiro grau incompleto. Quatro (6,25%) completaram apenas o primeiro grau.
Os auxiliares com segundo grau (completo/incompleto) constituem a maioria
(51,57%), enquanto os que freqüentaram cursos superiores (completo/incompleto)
são representados por 1/3 do total. Tal heterogeneidade se deve à inexistência do
cargo de auxiliar de biblioteca na UFPR, bem como à impossibilidade de ascensão
funcional para servidores que possuem formação e qualificação em outras áreas do
conhecimento. Esses servidores, “em razão de impossibilidade legal, por ausência
de uma carreira digna, que permita a ascensão funcional em novos cargos,
permanecem estáticos quanto ao seu crescimento e ascensão, causando grande
desmotivação para estes profissionais” (ANTENA PRHAE, 1995). Este é um fator
gerador de insatisfação entre os auxiliares de biblioteca e uma das razões pelas
�8.17
quais alguns servidores desejam transferir-se do SIBI, conforme pode ser verificado
mais adiante.
Dezesseis pessoas (25%) da população pesquisada situam-se na faixa de
primeiro grau completo/incompleto. Este índice é preocupante
pelo fato de as
tarefas desempenhadas nas bibliotecas serem complexas e exigirem grau de
escolaridade mais elevado. Isto acarreta prejuízos em algumas bibliotecas do SIBI,
onde, embora o número de auxiliares seja suficiente, os mesmos não estão à altura
da função, por terem formação insuficiente.
A distribuição por nível de escolaridade, de acordo com o sexo, apresentouse, percentualmente, da seguinte forma: feminino, segundo grau completo com
35,56%, seguido do terceiro grau incompleto e completo com 20%, cada um. Entre
os homens prevaleceu o segundo grau completo, com 52,64% e o segundo e o
terceiro graus incompletos, com 15,79% cada. Presume-se que o fato de pessoas
de diferentes níveis de escolaridade desempenharem a mesma função e servidores
com primeiro grau perceberem salários mais elevados que outros com formação
universitária (por causa do tempo de serviço) possa estar causando frustração,
desmotivação e insatisfação entre os auxiliares do SIBI.
�8.17
3.1.4 Tempo de Serviço
Em relação ao tempo de serviço, pode-se aplicar a mesma observação feita
em relação à idade, ou seja, devido às aposentadorias precoces, a maioria é
representada pelo pessoal com menos de cinco anos de serviço no SIBI (53,12%).
Dezesseis funcionários (25%) concentram-se na faixa de 5 a 10 anos de serviço,
onze (17,19%) trabalham nas bibliotecas de 11 a 15 anos e somente dois auxiliares
estão na função há mais de 20 anos.
3.2 ASPECTOS FUNCIONAIS
Neste item foram analisadas as tarefas desempenhadas pelos auxiliares nas
bibliotecas do SIBI, onde estão atuando. Para efeito de tabulação dos dados
excluíram-se os dezesseis auxiliares que trabalham na Biblioteca Central (BC).
Esses servidores, em comparação com as demais bibliotecas, realizam atividades
atípicas tais como: aquisição de materiais bibliográficos, confecção de cartões do
usuário, controle de material de consumo e permanente (almoxarifado), intercâmbio
de periódicos, controle e execução orçamentária, coordenação de recursos
humanos, malote e digitação de planilhas.
A
Tabela
2
apresenta
a
distribuição
das
atividades
específicas
desempenhadas pelos auxiliares nas bibliotecas. A fim de facilitar o tratamento dos
dados, distinguiram-se nove funções definidas, comumente realizadas pela
categoria e já analisadas por ocasião do pré-teste. Além destas, abriu-se uma
categoria para outras tarefas. Cabe ressaltar que as condições de oferta de cada
�8.17
um dos serviços relacionados podem variar de uma biblioteca para outra, em função
das diferentes infra-estruturas existentes.
TABELA 2 - PRINCIPAIS TAREFAS REALIZADAS PELOS AUXILIARES NAS
BIBLIOTECAS DO SIBI DA UFPR - 1995
TAREFAS
DISTRIBUIÇÃO
Quantidade
%
42
19,35
34
15,67
23
10,60
22
10,14
21
9,68
17
7,83
16
7,37
10
4,61
4,15
9
10,60
23
100,00
217
Empréstimo de material
Reposição de material nas estantes
Ordenação de fichas no catálogo
Datilografia de fichas catalográficas
Preparo físico dos documentos
Registro de material bibliográfico
Restauração de material bibliográfico
Serviço de disseminação
Comutação bibliográfica
Outros
TOTAL
Levando-se em
consideração que muitos dos auxiliares de biblioteca
desempenham várias tarefas consecutivamente, a contagem foi feita pela soma das
atividades mencionadas nas dez categorias e não pelo número de servidores. No
item outros, a tarefa mais freqüentemente realizada pela categoria é o atendimento
ao usuário.
De
acordo
com
os
resultados
pode-se
dizer
que
as
atividades
desempenhadas pelos auxiliares no SIBI correspondem àquelas caracterizadas por
MOSTAFA et al. (1983) como “tarefas com alto teor repetitivo, onde não há
necessidade de fundamentação teórica para seu exercício, mas apenas o
adestramento, o treinamento”.
�8.17
No SIBI trabalham como auxiliares de biblioteca cinco estudantes de
biblioteconomia
e
dois
funcionários
lotados
no
cargo
de
assistente
em
administração, que possuem formação universitária de bibliotecário. Por esta razão,
apareceram na opção outros
atividades que não são responsabilidade dos
auxiliares e sim do bibliotecário, a saber, catalogação, indexação e compilação de
artigos para boletins, tarefas essas realizadas por estes servidores.
3.3 TREINAMENTO
Verificou-se que o SIBI da UFPR treina pouco seu pessoal. Do universo de
auxiliares de biblioteca pesquisados, quarenta e dois (65,62%) não receberam
nenhum treinamento específico para o desempenho de suas atividades. Apenas
vinte e dois (34,38%) informaram terem sido preparados para suas tarefas, e
mesmo assim, após algum tempo de serviço no Sistema.
O fato de 65,62% dos auxiliares não terem realizado treinamento específico
referente às tarefas que iriam executar “pode favorecer a precipitação de erros na
sua realização, com prejuízos para os usuários e comprometimento, a longo prazo,
do grau de motivação do próprio funcionário” (CHAGAS, 1992).
Entre
as
pessoas
que
receberam
treinamento
específico,
90,91%
responderam que o mesmo estava relacionado com sua função, enquanto 9,09%
responderam que não. Estes últimos freqüentaram curso específico para
desempenhar tarefas como auxiliar de biblioteca e atualmente trabalham na
digitação e na aquisição de materiais bibliográficos.
�8.17
Existe significativa receptividade por parte dos auxiliares de biblioteca quanto
ao treinamento. Questionados a respeito, quarenta e três funcionários (67,19%), ou
seja, dois terços, manifestaram-se de forma favorável e vinte e um (32,81%) não. O
desinteresse de um terço do total de auxiliares explica-se pelo fato de encontraremse em final de carreira, sem possibilidade de melhoria salarial mediante
aperfeiçoamento.
São muito diversificadas as áreas de interesse dos servidores. Na expectativa
de automação no SIBI da UFPR, este concentrou-se nos cursos de Informática
(51,16%); oito servidores desejam estudar Inglês (18,60%), um auxiliar quer
aprender Datilografia, outro quer realizar curso de Redação e onze (25,58%) querem
receber treinamento específico nos serviços de Restauração de livros, Atendimento
ao público, Referências bibliográficas e Documentação.
Evidenciou-se que os auxiliares desejam realizar cursos que lhes assegure
qualificação para melhor desempenharem suas tarefas, desenvolvendo suas
potencialidades e corrigindo deficiências. Caberá ao SIBI “aperfeiçoar, atualizar ou
especializar o indivíduo para integrá-lo no trabalho, segundo as atribuições do cargo
e da função que ocupa, tornando-o apto e capaz para determinada tarefa ou
habilidade” (BORBA, 1992).
A falta de treinamento de pessoal não é uma deficiência apenas do SIBI da
UFPR. Segundo BORBA (1992), as preocupações das bibliotecas têm sido
direcionadas quase que exclusivamente ao usuário da biblioteca e seu treinamento.
O pessoal interno ou não é treinado ou tem seu treinamento relegado a segundo
plano dentro das instituições nas quais é inserido.
3.4 DIFICULDADES NO DESEMPENHO PROFISSIONAL
�8.17
As principais dificuldades encontradas pelos auxiliares de biblioteca
levantadas em ordem de importância foram: condições físicas inadequadas ao
trabalho (26,27%), inexistência de ascensão funcional (25,42%), falta de
reconhecimento do trabalho pela instituição (neste caso, pela chefia imediata)
(14,41%). A falta de treinamento adequado apareceu apenas em quarto lugar, com
13,56%.
3.5 AUTO-AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PROFISSIONAL
Entre os sessenta e quatro auxiliares de biblioteca do SIBI, 51,56%
consideram seu próprio desempenho profissional bom, 42,19% como muito bom e
6,25% como razoável. A discrepância entre a auto-imagem e as dificuldades
encontradas para o desempenho das tarefas deixa entrever que a auto-avaliação foi
mais subjetiva do que propriamente relacionada ao desempenho real no trabalho.
No tocante às atividades desempenhadas, os entrevistados responderam que
as mesmas estão de acordo com seu potencial de trabalho: dos sessenta e quatro
auxiliares entrevistados, 45,31% asseguraram que as tarefas correspondem ao que
sabem e podem fazer. A mesma quantidade de servidores respondeu que poderia
realizar
atividades
mais
complexas.
Apenas
9,38%
acharam
que
estão
desempenhando atividades acima de seu preparo profissional. Supõe-se que as
tarefas realizadas por esses auxiliares não sejam condizentes com seu nível de
instrução, o que não deixa de ser uma observação a ser melhor analisada pela
Administração. Não é concebível que numa biblioteca universitária quase um
décimo do pessoal não se sinta qualificado para as tarefas que desempenha.
�8.17
Aqueles que estão realizando tarefas aquém do que são capazes, na sua
maioria, já se formaram ou estão realizando cursos de nível superior; entretanto,
continuam trabalhando no balcão de empréstimo ou recolocando livros nas estantes
das bibliotecas. Neste caso, a produtividade ideal desses funcionários só poderá ser
alcançada pela redistribuição de tarefas e/ou através de sua ascensão funcional.
3.6 MELHORIA NO DESEMPENHO PROFISSIONAL
A principal forma de melhorar o desempenho profissional apontada pelos
auxiliares do SIBI refere-se a treinamentos ou cursos específicos para a execução
de suas tarefas (41,19%). Esta pesquisa evidencia que a falta de treinamento do
auxiliar de biblioteca do SIBI da UFPR interfere na qualidade do desempenho das
tarefas e na produtividade do serviço.
Pode-se inferir das respostas colhidas neste item que existe - pelo menos em
termos subjetivos - considerável potencial de melhoria do desempenho profissional.
Sobre este assunto, PASQUARELLI et al. (1992) ressaltam que “os recursos
humanos de bibliotecas devem constantemente aperfeiçoar-se, atualizar-se, para
assumir novos desafios profissionais, desempenhar seu trabalho com maior
eficiência
e
qualidade,
denotando
os
seus
anseios
pessoais
e
da
organização/biblioteca”.
Outro item que segundo os auxiliares do SIBI melhoraria seu desempenho
profissional seria a compatibilização de seu horário de trabalho com as
necessidades pessoais de cada um (25%). Nove servidores (14,06%) responderam
que aumentariam seu desempenho, se lhes fosse dada maior autonomia em suas
atividades. Na categoria “outros”, as respostas indicaram que a melhoria do
�8.17
desempenho não depende exclusivamente do indivíduo mas da estrutura da
instituição (condições de trabalho e equipamentos). Apenas um auxiliar referiu-se à
baixa remuneração. Isso comprova que, apesar de as pessoas, freqüentemente,
reclamarem sobre salário, este é um incentivo a mais e não exclusivo na motivação
para melhorar o desempenho profissional.
Na literatura também tem sido ressaltado que o desempenho de cada
trabalhador não depende apenas dele e sim de outros fatores, tais como o trabalho
em si, a hierarquia e o ambiente de trabalho (OLIVEIRA, 1983).
3.7 INSATISFAÇÃO NO ATUAL LOCAL DE TRABALHO
A maioria dos auxiliares de biblioteca (68,75%) não quer mudar de local de
trabalho, apenas três (4,69%) desejam ser transferidos para outra biblioteca do SIBI,
dez (15,62%) preferem sair do Sistema e sete (10,94%) gostariam de trabalhar em
outra instituição. Entretanto, o fato de quase um terço dos auxiliares desejar a
transferência aponta para um grau de desajustamento considerável, a ser levado em
conta pela Administração.
Dos vinte auxiliares que desejam transferência, 20% não gostam das funções
que exercem. Respostas referentes à falta de orientação e treinamento para o
desempenho das tarefas e dificuldades de comunicação com a chefia imediata
representam, respectivamente, 15%. Dois funcionários (10%) consideram o
ambiente de trabalho desfavorável. Outra razão pela qual seis servidores desejam
sua transferência deve-se à formação em outras áreas do conhecimento como
Administração, Ciências Contábeis e Saúde. Há ainda servidores que desejam
�8.17
transferência devido à mudança para outra cidade. A alternativa “outros” obteve
índice percentual de 40%.
O desempenho é uma conseqüência da satisfação no trabalho: “fatores
ambientais e características das tarefas tornariam as mesmas mais agradáveis e
satisfatórias, resultando na melhoria do desempenho” (PASQUALI et al., 1981). Aos
funcionários que não estivessem satisfeitos com suas atividades deveria ser
facultada a transferência, mas não antes de ter sido considerada a possibilidade de
melhoria das condições atuais de trabalho.
3.8 MODALIDADES DE INGRESSO NA UFPR
Quanto à admissão de funcionários no SIBI da UFPR, apenas 10,94% não
prestaram concurso.
Das cinqüenta e sete pessoas que prestaram concurso (89,06%), trinta e
duas (56,14%) teriam optado pelo cargo de auxiliar de biblioteca, caso houvesse
esta possibilidade na ocasião de sua admissão e vinte e cinco (43,86%) escolheriam
outras opções.
A maior relutância pelo cargo ocorreu entre os dezenove homens que
ingressaram na UFPR através de concurso, sendo que dez (52,63%) não teriam
optado pelo cargo de auxiliar de biblioteca, se lhes fosse facultado a escolha.
Segundo oito dos entrevistados este é “um cargo mais adequado para mulheres”;
dois deles responderam que se adaptariam melhor em cargos administrativos.
Entre as trinta e oito mulheres que prestaram concurso, vinte e três (60,53%)
deixaram claro que estavam satisfeitas com seu cargo. Em contrapartida, quinze
(39,47%) teriam escolhido outros cargos por várias razões, entre as quais formação
�8.17
em outra área do conhecimento, preferência por serviços administrativos e por não
gostarem dos serviços rotineiros realizados nas bibliotecas.
3.9 SUGESTÕES PARA MELHORIA DO DESEMPENHO E DO AMBIENTE
DE TRABALHO
Dos
sessenta
e
quatro
auxiliares
de
biblioteca
entrevistados,
surpreendentemente, vinte e nove não se manifestaram sobre esta questão.
Possivelmente, isto não se explica por uma certa apatia, mas pelo fato de os
entrevistados já terem respondido questões específicas sobre formação profissional,
treinamento, dificuldades na realização de tarefas, auto-avaliação do desempenho
profissional e insatisfação no local de trabalho.
A principal sugestão apontada pelos auxiliares (20,97%) refere-se ao
aumento do espaço físico. Este também foi o item que obteve o maior percentual,
quando foram questionados sobre as principais dificuldades e problemas
enfrentados na execução de suas tarefas (item 3.4). A informatização das
bibliotecas e maior união entre os colegas de trabalho obtiveram 14,52% das
respostas, cada uma. Apenas cinco auxiliares (8,06%) reforçaram a necessidade de
treinamento, neste item, possivelmente por já terem se manifestado a respeito em
outras questões (cf. ítens 3.3 e 3.4).
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
�8.17
Os dados de identificação coletados mostraram que as mulheres representam
mais de dois terços do universo pesquisado. A maioria dos servidores é casada e
situa-se na faixa etária entre trinta e um e quarenta anos. Observou-se que mais da
metade dos funcionários que exerce a função de auxiliar de biblioteca está lotada no
cargo de assistente em administração e trabalha na instituição há menos de cinco
anos. O nível de instrução concentrou-se no segundo grau (completo/incompleto)
com 51,57%; entretanto, há incidência significativa de auxiliares com terceiro grau
(completo/incompleto) que constituem um terço do total pesquisado. Este desnível
de escolaridade entre pessoas que desempenham funções idênticas possivelmente
constitui fator de insatisfação entre os auxiliares do SIBI.
Com relação aos aspectos funcionais, verificou-se que o auxiliar costuma
desempenhar mais de uma atividade, principalmente empréstimo de material,
reposição de livros nas estantes, ordenação de fichas no catálogo e datilografia de
fichas catalográficas.
Somente vinte e dois servidores receberam curso específico para realização
de suas tarefas e dois desses executam atividades não relacionadas com o
treinamento
recebido.
Percebeu-se
receptividade
significativa
quanto
a
aperfeiçoamento; dois terços da população manifestou desejo em realizar cursos,
principalmente na área de Informática, que atrai metade dos servidores
entrevistados.
As principais dificuldades enfrentadas pelos auxiliares de biblioteca do SIBI
dizem respeito às condições físicas de seu local de trabalho, que consideram
inadequadas; a inexistência de ascensão funcional; a falta de reconhecimento de
�8.17
seu trabalho pelas chefias e pela Instituição e a falta de treinamento para o
desempenho das tarefas.
No tocante à auto-avaliação, prevaleceram os conceitos “muito bom” e “bom”,
sendo que vinte e nove servidores desempenham atividades de acordo com o que
sabem e podem fazer. A mesma quantidade de funcionários considera que poderia
realizar tarefas mais complexas e que o desempenho profissional poderia ser
melhorado mediante treinamento/cursos específicos.
Dos sessenta e quatro auxiliares de biblioteca entrevistados, dezessete
desejam seu desligamento do SIBI devido a fatores como falta de treinamento, outra
formação
profissional,
ambiente
de
trabalho
desfavorável,
dificuldade
de
comunicação com a chefia imediata e por não gostarem das tarefas que realizam.
Trinta e oito dos cinqüenta e sete auxiliares que prestaram concurso para
ingressarem na UFPR
teriam optado pelo cargo de auxiliar de biblioteca, caso
houvesse esta possibilidade na ocasião. Entre os dezenove homens, mais da
metade não teria optado pelo cargo caso lhes fosse permitida a escolha
previamente.
As principais sugestões apontadas pelos auxiliares de biblioteca para
melhoria do desempenho das tarefas e do ambiente de trabalho referem-se ao
aumento do espaço físico, informatização das bibliotecas e maior união entre os
colegas de trabalho.
RECOMENDAÇÕES
Com base nos dados coletados nesta pesquisa sugere-se ao SIBI/UFPR:
�8.17
a) promover seleção dos funcionários antes de ingressarem no SIBI,
considerando nível de escolaridade e aptidão para o desempenho das
tarefas;
b) ofertar treinamento aos auxiliares de biblioteca no momento de ingresso na
Instituição, bem como agilizar junto ao órgão responsável (PRHAE) cursos
que venham ao encontro dos interesses dos atuais servidores que
desempenham esta função, como Informática, Restauração de Material
Bibliográfico e outros, que permitam o crescimento profissional de cada
funcionário;
c) otimizar recursos financeiros, visando a ampliação do espaço físico,
compra de equipamentos e oferecendo melhores condições de trabalho
aos servidores.
�8.17
ABSTRACT
This study analyses the professional profile of assistants in the Federal University of
Paraná’s library system. 64 employees completed questionnaires, which were
statistically analysed. More than two-thirds of the sample were women, and more
than half were administrative assistants. It was found that assistants carry out more
than one duty, and that the majority intend to get a qualification in Data Processing.
Problems brought to light by the survey include unsatisfactory physical installations,
lack of career prospects, insufficient recognition of their work by some library heads,
and lack of professional training. Self-evaluation showed tha 29 employees perform
tasks which they know how to do and are able to do, and the same number consider
that they could perform more complex tasks. Three expressed a desire to be
transferred, and of those who took a public selection exam to work at the UFPR,
more than half would have chosen to be library assistants if they had been allowed to
choose. Suggestions for improving performance included increasing work space,
computerizing libraries, staff training and greater team spirit.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ANTENA PRHAE. Curitiba : Universidade Federal do Paraná, v. 1, n. 4, set. 1995.
2 BORBA, Maria do Socorro de Azevedo. Recursos humanos em bibliotecas : treinamenmento. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991,
Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro : SIBI/UFRJ, 1992. v.2, p. 417-429.
3 CHAGAS, Vera Lúcia Belo. Qualidade de vida no trabalho, fadiga psíquica e ergonomia na atividade do pessoal de apoio do Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal do Paraná. Belo Horizonte, 1992. 214 p. Dissertação (Mestrado)-Escola
de Biblioteconomia, Universidade Federal de Minas Gerais.
4 CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA. Resolução n° 75 de 18 de abril de
1973. Dispõe sobre as atribuições do Auxiliar de Bibliotecas. Presidente: Murilo
Bastos da Cunha. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 20
jun. 1973. Sec. 1, parte II, p. 1923.
5 _____. Assessoria Jurídica. Parecer n° 112 de 31 de dezembro de 1994. Ante-projeto
de resolução para regulamentar a profissão de Auxiliar de Biblioteconomia. Assessor
Jurídico: Paulo Alves da Silva. Brasília, 1994.
6 MOSTAFA, Solange Pimentel et al. O profissional de nível médio nas bibliotecas do
Estado de São Paulo. Campinas : PUCCAMP, 1983. 122 p.
7 OLIVEIRA, Sila Marques de. Avaliação de desempenho de pessoal em bibliotecas.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 16, n. 1/2,
p. 45-56, jan./jun. 1983.
�8.17
8 PASQUALI, Luiz , SZNÉSZI, George Vittorrio , SANTOS, José Rossine de Carvalho ,
FERREIRA, Meireluce da Silva. Satisfação na tarefa, auto-estima e dificuldade na
tarefa : um modelo explicativo. Revista de Administração de Empresas, Rio de
Janeiro, v. 21, n. 3, p. 53-57, jul./set. 1981.
9 PASQUARELLI, Maria Luzia Rigo , TURATTI, Carmen Luisa , BOCCATO, Vera Regina
Casari. Treinamento de recursos humanos de bibliotecas : programa de treinamento desenvolvido no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo
(SIBI/USP) : do levantamento de necessidades à avaliação. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECASUNIVERSITÁRIAS,7., 1991, Rio de Janeiro. Anais... Rio de
Janeiro : SIBI/UFRJ, 1992. v. 2, p. 672-695.
10 UFPR. Biblioteca Central. Relatório mensal - julho 1995. Curitiba, 1995. [n.p.].
ANEXO 1 - INSTRUMENTO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS
1. Cargo: ____________________________________________________________________
2. Sexo:
2.1 ( ) Masculino
2.2 ( ) Feminino
3. Faixa etária:
3.1 ( ) menos de 20 anos
3.2 ( ) de 20 a 30 anos
3.3 ( ) de 31 a 40 anos
3.4 ( ) de 41 a 50 anos
4. Estado civil:
4.1 ( ) solteiro
4.2 ( ) casado
4.3 ( ) viúvo
4.4 ( ) separado
5. Grau de escolaridade:
5.1 ( ) primeiro grau incompleto
5.2 ( ) primeiro grau completo
5.3 ( ) segundo grau incompleto
3.5 ( ) mais de 50 anos
4.5 ( ) divorciado
4.6 ( ) outros
5.4 ( ) segundo grau completo
5.5 ( ) terceiro grau incompleto
5.6 ( ) terceiro grau completo
6. Há quanto tempo trabalha no Sistema de Bibliotecas?
6.1 ( ) menos de 5 anos
6.3 ( ) de 11 a 15 anos
6.2 ( ) de 5 a 10 anos
6.4 ( ) de 16 a 20 anos
6.5 ( ) mais de 20 anos
7. Quais as tarefas que você realiza na biblioteca?
7.1 ( ) reposição de material nas estantes
7.2 ( ) registro de material bibliográfico
7.3 ( ) empréstimo de material
7.4 ( ) ordenação de fichas no catálogo
7.5 ( ) datilografia de fichas catalográficas
7.6 ( ) preparo físico dos documentos
7.7 ( ) serviço de disseminação (boletins bibliográficos, sumários correntes)
7.8 ( ) comutação bibliográfica
7.9 ( ) restauração de materiais bibliográficos
7.10 ( ) outra(s). Qual(is)? ____________________________________________________
�8.17
8. Desde que você ingressou no SIBI, recebeu treinamento específico para execução de
serviços em bibliotecas?
8.1 ( ) sim
Em que ano? _______________________________________
8.2 ( ) não
9. O treinamento realizado está relacionado com sua função atual?
9.1 ( ) sim
9.2 ( ) não
10. Você tem interesse em realizar algum treinamento/curso?
10.1 ( ) sim
Qual(is)?______________________________________________
10.2 ( ) não
11. Na sua opinião, quais as principais dificuldades ou problemas que você enfrenta no
desempenho de suas tarefas?
11.1 ( ) não há valorização de seu trabalho pelos colegas
11.2 ( ) ausência de definição clara das tarefas a serem desempenhadas
11.3 ( ) inexistência de ascensão funcional
11.4 ( ) falta de reconhecimento do seu trabalho pela Instituição
11.5 ( ) condições físicas inadequadas ao seu trabalho
11.6 ( ) não houve treinamento para o desempenho de suas tarefas
11.7 ( ) dificuldades no atendimento ao público
11.8 ( ) outro(s). Qual(is)? _______________________________________________
12. Como você avalia seu desempenho profissional?
12.1 ( ) muito bom (10-9)
12.3 ( ) razoável (6-5)
12.2 ( ) bom (8-7)
12.4 ( ) outro _______________________
13. Como você poderia melhorar seu desempenho profissional no SIBI?
13.1 ( ) com um treinamento/curso específico para execução de suas tarefas
13.2 ( ) com melhor orientação quanto à realização de suas atividades
13.3 ( ) horário de trabalho compatível com suas necessidades
13.4 ( ) recebendo maior autonomia nas suas atividades
13.5 ( ) mudando para uma outra seção da biblioteca, na qual você se adaptaria melhor
13.6 ( ) outro(s). Qual(is)?________________________________________________
14. Tendo em vista seu potencial, como você considera as atividades por você desempenhadas?
14.1 ( ) estão de acordo com que sabe e pode fazer
14.2 ( ) poderia realizar atividades mais complexas
14.3 ( ) está desempenhando atividades acima do seu preparo profissional
14.2 ( ) outro(s). Qual(is)? _______________________________________________
15. Você gostaria de mudar de local de trabalho?
15.1 ( ) não gostaria
15.2 ( ) sim, gostaria de transferir-me para outra biblioteca do SIBI
15.3 ( ) sim, para outro local da UFPR, fora do SIBI
15.4 ( ) sim, para outra Instituição
16. Quais as razões pelas quais você quer transferir-se?
16.1 ( ) não gosta das funções que exerce
16.2 ( ) falta de orientação e treinamento para o desempenho de suas tarefas
16.3 ( ) ambiente de trabalho desfavorável
16.4 ( ) dificuldades de comunicação com a chefia imediata
16.5 ( ) outro(s). Qual(is)? ______________________________________________
17. Você prestou concurso ao ingressar no quadro de funcionários da UFPR?
�8.17
17.1 ( ) sim
17.2 ( ) não
18. Você teria optado pelo cargo de Auxiliar de Bibliotecas, se houvesse essa opção por
ocasião de seu concurso na UFPR?
18.1 ( ) sim
18.2 ( ) não. Por quê? ______________________________
19. O que você sugere para que as suas tarefas e seu ambiente de trabalho se tornem
mais agradáveis?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
O perfil profissional do auxiliar de biblioteca do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Vieira, Leociléa Aparecida; Schlögel, Elayne Margareth
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Analisa o perfil profissional do auxiliar de biblioteca do Sistema de Bibliotecas (SIBI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sessenta e quatro servidores constituíram o universo da pesquisa, cujos dados colhidos por questionário receberam tratamento estatístico (Programa Survey). Verificou-se que as mulheres representam mais de dois terços da população estudada e que mais da metade dos servidores ocupa o cargo de Assistente em Administração. Constatou-se que o auxiliar desempenha mais de uma atividade e que a maioria pretende aperfeiçoar-se (cursos de informática). As dificuldades levantadas pelos servidores envolveram instalações físicas inadequadas, inexistência de ascensão funcional, falta de reconhecimento de seu trabalho pela chefia e falta de treinamento para o desempenho de tarefas. A auto-avaliação evidenciou que vinte e nove servidores desempenham atividades que sabem e podem fazer, sendo que a mesma quantidade de funcionários considera que poderia realizar tarefas mais complexas. Três servidores desejam transferência e entre os que prestaram concurso para ingressar na UFPR, mais da metade teria optado pelo cargo de auxiliar de bibliotecas se lhes fosse facultada tal escolha. As sugestões para melhorar o desempenho envolveram aumento do espaço físico, informatização das bibliotecas, treinamento e maior união entre os colegas de trabalho.
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4.1
O PROSSIGA NA INTERNET: INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A
PESQUISA
*
Yone Sepúlveda Chastinet
RESUMO
Descreve o programa PROSSIGA executado pelo CNPq e pelo IBICT que visa a
promover, via Internet, o uso da informação e da comunicação científica. Neste
programa é destacado o PROSSIGA/Sim, como serviço de informação e
comunicação científica, inclusive sobre o mercado de trabalho para pesquisadores
brasileiros; e o PROSSIGA/Rei, destinado a facilitar o uso da informação existente
na Internet para pesquisa, bem como divulgar a produção científica brasileira.
1 INTRODUÇÃO
Logo no início de sua gestão, o presidente do CNPq definiu como uma de
suas prioridades a criação ou fortalecimento de estratégias e mecanismos que
assegurassem aos pesquisadores ligados ao órgão maiores facilidades de acesso à
informação necessária ao desenvolvimento de seu trabalho. Tratava-se de
assegurar a esses pesquisadores, como usuários dos benefícios do CNPq, o uso
regular de informação como fator de otimização do investimento feito em sua
formação e/ou no apoio a sua atividade de pesquisa. Sem isto, ou seja, sem o uso
da informação como fator de atualização, de descobertas e de identificação de
novas necessidades e oportunidades de aperfeiçoamento, o capital adquirido, o
conhecimento se desvalorizaria a cada dia.
*
Coordenadora do PROSSIGA; Assessora do CNPq/IBICT.
�4.1
Com esses objetivos foi criado o Prossiga, integrando diversos projetos, todos
na Internet.
2 O QUE É O PROSSIGA?
É um programa que tem por objetivo promover o uso da informação e da
comunicação para pesquisa, principalmente por parte dos pesquisadores ligados ao
CNPq. Integra forte componente de informação gerencial do próprio CNPq,
disponibilizando dados e informações decorrentes de sua atividade de fomento e
importantes para a comunidade científica. Integra um segmento de mercado de
trabalho
para
pesquisadores
e
docentes,
permitindo,
assim,
à
agência
complementar suas atividades de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico:
formação de pesquisadores, auxílio à atividade de pesquisa e à colocação do
pesquisador no mercado de trabalho, de acordo com suas aptidões e com as
políticas governamentais.
Foi criado junto à Presidência do CNPq e é constituído de diversos projetos.
Alguns, têm como órgão executor o próprio CNPq. Os projetos mais voltados para a
área de Informação são executados pelo Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia (IBICT), que, para tal, estabelece parcerias com outras
instituições. O Prossiga tem ainda como parceiros o Laboratório de Computação
Científica (LNCC) e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e conta com o apoio da
Faperj.
Cada projeto do Prossiga constrói-se com base em interfaces WWW,
garantindo acesso à versão-texto aos usuários que ainda não dispõem de contas
�4.1
em plataformas SLIT/PPP. A adoção de tecnologia em hipertexto contribui para a
atualização tecnológica dos especialistas em ICT, ao mesmo tempo em que
possibilita integrar recursos em outras interfaces e acessar plataformas de
equipamentos de outras gerações.
3 QUAIS OS PROJETOS QUE INTEGRAM O PROSSIGA?
Foram definidos quatro projetos para integrarem o programa em sua fase
inicial, três dos quais já se encontram em fase de implantação, em distintos níveis
de desenvolvimento.
3.1 PROSSIGA/SIM (SERVIÇO DE INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E MERCADO
DE TRABALHO)
O Prossiga/Sim, criado e operado pelo CNPq, tem por objetivo promover a
comunicação científica entre pares e o uso da informação por parte de
pesquisadores brasileiros. Integrado por seis bases de dados, oferece um serviço de
mercado de trabalho para pesquisadores e docentes, complementando, assim, a
ação do CNPq no incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico. Propicia
também a divulgação da Ciência Brasileira no Exterior.
3.1.1 Jovens Pesquisadores Apoiados pelo CNPq
�4.1
Esta base arrola cerca de mil pesquisadores (doutores e doutorandos)
apoiados pelo CNPq (bolsistas no Exterior, ex-bolsistas e pesquisadores com bolsa
de recém-doutor). Para cada pesquisador são fornecidas informações sobre
endereço residencial, instituição de trabalho, instituição/endereço do Curso de
Doutorado, título do projeto/palavras-chave etc.
Deve-se iniciar, imediatamente, intensa ação para a promoção do uso dessa
informação pelos bolsistas no Exterior, visando a incentivar sua comunicação com
os colegas que já retornaram ao País originados da mesma instituição em que se
encontram no Exterior: informações sobre seu orientador, sobre eventuais
dificuldades na vida acadêmica ou pessoal, sobre escola para os filhos, lazer etc. A
necessidade desse tipo de informação foi identificada por ocasião do retorno dos
bolsistas ao País em 1995 e que foram entrevistados no âmbito do Sabe (Sistema
de Avaliação e Acompanhamento de Bolsistas do Exterior) da Diretoria de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do CNPq.
�4.1
3.1.2 Grupos de Pesquisas do Brasil
É uma base de dados criada pelo CNPq em 1994 que divulga a atividade de
pesquisa do País. Inclui dados de 99 instituições de ensino e pesquisa, cadastrando
4.402 grupos de pesquisa. Encontra-se em fase de atualização.
Utilizando-se dos dados dos arquivos citados neste item e no anterior, devese incentivar também a comunicação dos bolsistas com os pesquisadores de sua
área no País, visando a mantê-los constantemente atualizados quanto ao
desenvolvimento da atividade de pesquisa no Brasil. É importante que por ocasião
do seu retorno, eles se integrem rapidamente ao meio científico ao qual pertencem.
Semelhante ação será realizada junto aos pesquisadores brasileiros, no
sentido de permitir-lhes acompanhar os trabalhos dos bolsistas de sua área no
Exterior, ter acesso às últimas revisões de literatura sobre seu campo de pesquisa e
àquelas que sejam objeto de investigação por parte dos bolsistas, informação sobre
programas institucionais, novas linhas de pesquisas etc.
3.1.3 Mercado de Trabalho em Ciência e Tecnologia
Essa base contém dados de cerca de 800 pesquisadores e doutorandos
ainda sem vínculo empregatício, de acordo com informações por eles prestadas ao
CNPq e que devem ser pelos mesmos atualizadas, caso necessário.
Permite responder a questões como:
Quais os possíveis candidatos a
concurso de docente da área de Anatomia Patológica que tenha doutorado na New
York University? Quais os pesquisadores visitantes disponíveis na área de
�4.1
Matemática Aplicada e que já tenham tido experiências no IMPA? Quais os
pesquisadores em fase de término de bolsa de recém-doutor na área de é
Desenvolvimento Urbano e que já estão trabalhando em Manaus?
O
outro
arquivo
de
mercado
de
trabalho,
ainda
não
implantado,
“Oportunidades de Trabalho” trata de divulgar as oportunidades no setor (concursos,
necessidade de professores visitantes etc).
Pretende-se que, futuramente, os pesquisadores interessados em cadastrarse o façam na própria rede, mediante o preenchimento de formulário padronizado.
Da mesma forma, instituições de ensino e pesquisa que estiverem oferecendo
concurso, procurando professores visitantes etc, poderão colocar seus anúncios no
próprio serviço. Por enquanto, essas informações podem ser enviadas ao Prossiga
via e-mail.
3.1.4 Base de Dados Utilizadas em Instituições de Ensino e de Pesquisa do País
Essa base, produzida pela equipe do Prossiga no IBICT e que será atualizada
no âmbito das atividades regulares do Instituto (isto é, fora da programação de
projetos especiais) é de importância para orientar o uso da informação por
pesquisadores no País e também para orientar a pesquisa de campo dos
doutorandos que retornam ao País para aqui realizá-la e que, na maioria das vezes,
gastam grande parcela de seu tempo em busca de fontes de informação que
realmente atenda às suas necessidades.
3.1.5 Fontes de Informação Utilizadas nos Programas de Pós-Graduação no
Exterior
�4.1
Essa base contém dados sobre revistas científicas, bases de dados e
bibliotecas utilizadas por ex-bolsistas de doutorado do CNPq no Exterior. O objetivo
é tornar essas fontes disponíveis para os pesquisadores no País, já que devem
representar as fontes de vanguarda de cada área do conhecimento, partindo-se do
princípio de que os bolsistas se dirigem para as melhores instituições de ensino e
pesquisa no Exterior, que têm acesso às melhores e mais atualizadas fontes de
informação.
3.1.6 Veículos Eletrônicos Brasileiros de Divulgação Científica
Pretende-se fornecer informação sobre cada um desses veículos e sobre a
forma de acessá-los: listas de discussão, boletins de divulgação científica etc.
Entende-se que a divulgação de notícias sobre a Ciência Brasileira é relevante para
os pesquisadores no Brasil. No entanto, no contexto do Prossiga/Sim, os bolsistas
no Exterior constituem o público-alvo prioritário para esse tipo de informação. Ao
promover seu uso, pretende-se, também, contribuir para a manutenção do vínculo
dos bolsistas com suas instituições de origem do Brasil, favorecendo sua
reintegração às atividades de pesquisa por ocasião de seu retorno.
�4.1
3.2 PROSSIGA/REI (REPOSITÓRIOS DE INFORMAÇÃO DA INTERNET)
Esse projeto, desenvolvido no âmbito do IBICT, tem por objetivo facilitar aos
pesquisadores o uso da informação para a pesquisa existente na rede. Promove a
hospedagem da informação nacional na rede e, conseqüentemente, sua divulgação
para o País e o Exterior. Esse projeto esta situado no IBICT.
Os repositórios, que se constituem em verdadeiros catálogos que dão acesso
à informação especializada (como, por exemplo, Saúde, Engenharia, Sociologia
etc.), serão constituídos de acordo com as áreas dos núcleos de excelência, a
serem definidos no âmbito do MCT e CNPq. Serão produzidos em parceria com
instituições que tenham vocação, desejo político e competência para tal e que
assumam a continuidade do empreendimento.
O repositório de Estudos Culturais está sendo construído em parceria com o
Programa Avançado de Cultura Contemporânea - PACC, da UFRJ, que deverá
brevemente assumir sua continuidade e atualização regular, já que o repositório se
encontra bastante desenvolvido.
Diversos são os tipo de recursos de informação que constituem o repositório,
ou seja, os tipos de informação que são disponibilizadas pelo serviço. Informação para pesquisa
em Estudos Culturais sobre:
•
universidades e instituições de pesquisa - dados sobre a programação
dessas instituições no que se refere a Estudos Culturais: atividades
docentes, de pesquisa, publicações, eventos etc;
•
pesquisadores - dados sobre os pesquisadores da área;
�4.1
•
grupos de pesquisa do Brasil - é, até o momento, o único recurso de
informação nacional hospedado no repositório. Constituí-se no segmento
de Estudos Culturais da base do CNPq sobre os grupos de pesquisa do
País;
•
bibliotecas - indica algumas bibliotecas que dispõem de acervos na área e
em alguns casos possibilita o acesso a seus catálogos;
•
bases de dados bibliográficas - cita algumas bases e, em alguns casos,
possibilita o seu acesso para consulta;
•
lista de discussão - arrola listas na área de Estudos Culturais em áreas de
interface, orientando quanto aos procedimentos para seu uso;
•
artigos e outros textos - disponibiliza textos completos sobre a área,
hospedados na rede, os quais podem ser copiados em papel;
•
periódicos - inclui ampla lista de periódicos passíveis de incluírem artigos
na área e alguns totalmente a ela dedicados. Em sua maioria, são
periódicos que já nascem em suporte eletrônico, isto é, seus artigos
podem ser lidos na tela e copiados para o papel;
•
livrarias e editoras - inclui livrarias e editoras que produzem documentos
na área de Ciências Humanas. Em algumas livrarias é possível comprar
livros, usando cartão de crédito;
•
eventos - este site disponibiliza informações sobre eventos já realizados e
mesmo textos completos de trabalhos apresentados. Disponibiliza
também dados sobre a programação, chamadas de trabalho, vôos,
reservas etc., relativos a eventos a serem realizados;
�4.1
•
outros sites interessantes - que apontam para outros WWW ou gophers,
que de alguma forma se assemelham àquele do Prossiga/Rei/Estudos
Culturais.
Paralelamente à construção do Rei/Estudos Culturais, está se desenvolvendo
também o repositório de fontes de referência gerais para pesquisa. Pretende-se,
ainda, criar o repositório em Política Científica. Esses dois últimos repositórios
citados disponibilizarão recursos de informação, alguns dos quais atualizarão dados
do repositório de Ciência e Tecnologia, produzidos pela RNP. Além desses, estudase a criação de um repositório na área de Energia.
As áreas a serem cobertas pelos próprios repositórios serão definidas dentre
aquelas dos núcleos de excelência em fase de criação pelo MCT.
O projeto está desenvolvendo forte competência em treinamento, como
veículo para transferência da metodologia utilizada à criação dos repositórios, além
da assistência técnica.
4 CONCLUSÃO
Cabe ressaltar que o PROSSIGA é ainda um programa em fase de
implantação, que foi criado apenas há dez meses e que, apesar de já apresentar
resultados satisfatórios, ainda precisa de todos os cuidados exigidos por um bom e
ambicioso empreendimento em sua fase inicial. Há que consolidá-lo como foro de
discussão e troca de experiência entre profissionais, vindos de quaisquer das áreas
do Setor de Informação. Há que fortalecer equipes e desenvolvê-las tal qual estão
�4.1
sendo criadas: multidisciplinares, competitivas e capazes de absorver rapidamente
novas tecnologias de informação. Há que manter parcerias institucionais fortes, que
assegurem a continuidade dos produtos desenvolvidos inicialmente em conjunto,
para serem posteriormente descentralizados. Há que ir para a frente, contribuir para
a modernização
da área de Informação no País e, conseqüentemente, para o
melhor acesso à informação para pesquisa, nosso objetivo final.
ABSTRACT
Describes the PROSSIGA program under the auspices of the National Council of
Scientific and Technological Development (CNPq) and the Brazilian Institute for
Information in Science and Technology (IBICT). The aim of the program is to
facilitate access to scientific information and communication via Internet, including
information about the job market for Brazilian researchers. Furthermore, it promotes
diffusion by Internet of scientific work produced in Brazil.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
O Prossiga na internet: informação e comunicação para pesquisa.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Chastinet, Yone Sepúllveda
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Descreve o programa PROSSIGA executado pelo CNPq e pelo IBICT que visa a promover, via Internet, o uso da informação e da comunicação científica. Neste programa é destacado o PROSSIGA/Sim, como serviço de informação e comunicação científica, inclusive sobre o mercado de trabalho para pesquisadores brasileiros; e o PROSSIGA/Rei, destinado a facilitar o uso da informação existente na Internet para pesquisa, bem como divulgar a produção científica brasileira.
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A language of the resource
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11c6d6a371ab0728c517ccaf66910403
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ANAIS DO
IX SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
TEMA CENTRAL
A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
�IX SNBU
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente: Elayne Margareth Schlogel (UFPR)
Secretãria: Maria Simone Utida dos Santos Amadeu (UF.PR)
Tesoureira: Neuza Aparecida Ramos (PUCPR)
Relator Geral: Ricardo Triska (UFPR)
Secretaria Geral: Samira Elias Simões
Eliane Maria Stroparo, Eutália Cristina N. Moreto, Raquel Pinheiro Costa Jordão, Selma Regina R.
Conte, Simone de Santis e Tania de Barros Baggio (UFPR)
Comissão Técnica: Leilah Santiago Bufrem
Aymara F. Ribas, Célia Maria dos Santos Santiago, Dulcinéia Delatre Levis, Helena de Fátima
Nunes Silva, Lígia Leindorf Bartz Kraemer, Maria Célia Biscaia Bacellar, Relinda Kohler, Ruth
Ribeiro Borges, Sônia Maria Breda, Suely Ferreira Niehues, Ricardo Triska, Ulf Gregor Baranow,
Wanda Maria Maia da Rocha Paranhos (UFPR), Célia Maria Peres Lacerda (Positivo), Graça Maria
Simões Luz (TECPAR) e Maria José Resmer (CELEPAR)
Comissão de Divulgação: Áurea Maria Costin
Adalir de Fátima Pereira, Célia Regina da Fonseca Horst, Doroti Maria de Lourdes Andrade, Liane
dos Anjos, Mariza Kampfert e Moema Bassfeld (UFPR)
Comissão de Cursos: Wanda Maria Maria da Rocha Paranhos
Edmeire Cristina Pereira, Leiim Kou de Almeida (UFPR), Denise Gomara CavalHn (PUCPR) e Célia
Maria Peres de Lacerda (POSITIVO)
Comissão Editorial: Ulf Gregor Baranow
Angela P. de F. Mengatto, Leociléa Aparecida Vieira, Lilia Menezes de Figueiredo, Liliana Luisa
Pizzolato, Mara Sueli Wellner, Teima Terezinha Stresser de Assis, Michael Watkins, Solange L.
da Rocha, Renato Gomes, Danielle Adriana de Souza Araújo, Paulo Sérgio Garcia dos Santos
(UFPR)
Comissão de Recepção e Hospedagem: Teima Regina E. de Barros
Clarice Siqueira Gusso, Dina Kagueyama, Eliane Maria do Nascimento e Maria J. Klock (UFPR)
Comissão de Local (PUCPR):Heloisa Helena Anzolin
Angela Silvia C. Figueiredo (FCC), Luci E. Wielganczuk, Margareth Jansson Zanetti,
Lourdes Teixeira de Freitas Lima, Maristela S. Szpeiter e Tânia M. Dias
Maria de
Comissão de Local (UFPR): Lilian Daisy S. Bittencourt
Loiri Antonia Spader, Raquel Rutina e Rita Maria Perdoncini
Comissão de Monitoria: Vera Regina Guncho
Maria de Lourdes S. do Nascimento, Sheila Barreto, Sirlei do R. Gdulla e Sonia Mara S. Bach
(UFPR)
Comissão Social: Gisêle Voss Bergman
Debora dos Santos Toniolo, Marelis F. Boscardin, Sandra Helena Schiavon (PUCPR), Lígia Eliana
Setenareski, Rita de Cássia Alves de Souza (UFPR)
Assessoria em Informãtica: Sergio Miranda Martins (UFPR)
�UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
BIBLIOTECA CENTRAL
Rua General Carneiro, 370/380
Centro
Caixa Postal, 441
Curitiba-Paraná
CEP 80001-970
Fones: (041) 264-5545 e 262-3878; Pabx 362-3038 r. 2169 e 2170
Fax: (041) 262-7784
E.Mail: bc@leminski.bc.ufpr.br
PONTIFíCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Rua Imaculada Conceição 1155
Prado Velho
Curitiba-Paraná
CEP 80215-901
Fone: (041) 330-1515
Fax: (041) 330-7709
Ficha catalográfica
Elaborada pela Biblioteca Central - UFPR
Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (9. : 1996 :
Curitiba)
Anais do IX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias,
Curitiba, 27 de outubro a 01 de novembro de 1996. - Curitiba :
UFPR : PUC, 1996.
grafs. , tabs.
1. Bibliotecas Universitárias - Congressos - Brasil. 2. Sociedade
da Informação. I.Título.
CDD 027.706081
CDU 027.7(81)(063)
�HOMENAGEM ESPECIAL
A Regina Maria de Campos Rocha e Neuza Aparecida Ramos, que pleitearam a
organização conjunta deste evento, acreditando na conveniência de realizá-lo em Curitiba.
AGRADECIMENTOS
· aos especialistas e autoridades convidadas, meritórias presenças para conjugar os
interesses das bibliotecas universitárias brasileiras;
· à Administração Superior e aos funcionários da PUCPR e da UFPR pelo fundamenta l
apoio e incentivo;
· aos patrocinadores, MEC(SESu/CAPES), FINEP e CNPq, que prestigiaram e
viabilizaram a iniciativa;
· ao IBICT, FGV, CNBU, CBDA, GBIDA-PR e demais organizadores de eventos paralelos
por enriquecerem a programação do Seminário;
· à DAWSON, EBSCO, SWETS e CRB-9 pela expressiva colaboração;
· ao BANESTADO (Agência Comendador), PARANÁTURISMO, INFRAERO, VARIG,
ORION, UNIDAS RENT A CAR, BISCOITOS ATIVA, O BOTICÁRIO, CAFÉ
DAMASCO, ECO SALVA, PASTIFíCIO TORINO, SPAIPA-SAC, STOPMOR, 3M DO
BRASIL, YOMA e às empresas expositoras pelo apoio e confiança;
· aos autores dos trabalhos aqui publicados, que contribuíram para compor a imagem do
IXSNBU;
· aos coordenadores e relatores dos temas pela valiosa colaboração técnica;
· aos professores dos cursos oferecidos pelo Seminário, valiosos orientadores da
atualização profissional;
· aos estagiários de Biblioteconomia e da AGETUR (UFPR) pelo trabalho e dedicação;
· aos participantes do Encontro pela honrosa presença; e especialmente
· aos membros da Comissão Organizadora por não terem poupado esforços para
cumprimento do compromisso assumido.
�APRESENTAÇÃO
o trabalho comum, empreendido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUCPR) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), possibilitou a concretização do
IX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (IX SNBU), concebido com a
finalidade de se repensar a biblioteca universitária brasileira frente aos novos paradigmas
tecnológicos, a informação na era da competitividade, a autonomia universitária e a
questão do financiamento de suas bibliotecas, bem como a capacitação do profissional
para qualificar-se diante das novas expectativas dos usuários.
Sob o tema central A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E A SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO acolheram-se contribuições de profissionais do Brasil inteiro, interessados
em compartilhar suas experiências, realizações e projetos, tendo-se o privilégio de contar
com seleto contingente de especialistas para desenvolvimento dos sub-temas.
A versão eletrônica dos Anais do IX SNBU reúne os trabalhos oficiais
encomendados pela Comissão Organizadora e os de livre iniciativa dos participantes,
recebidos em tempo hábil. Os textos estão dispostos de acordo com os sub-temas do
Seminário e os índices arrolados permitem acesso pelos autores e assuntos dos
trabalhos.
Acreditando que a atualização constante induz ao desenvolvimento técnico e
aprimoramento da prestação de serviços, espera-se que a divulgação dos resultados do
evento possa desencadear melhorias para as bibliotecas universitárias e,
conseqüentemente, para a coletividade acadêmica e científica do País.
Elayne Margareth Schlõgel
Presidente do IX SNBU
�NOTA DO EDITOR
Os trabalhos apresentados ao IX Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
foram submetidos à editoração a cargo do Comitê Editorial do evento; entretanto, a
inclusão/ausência e exatidão das referências bibliográficas é de inteira responsabilidade
dos autores. Prestou-se especial atenção aos resumos em língua inglesa, dada sua
importância para a comunicação internacional na área. O acesso aos assuntos tratados
nos trabalhos é facilitado por um índice rotativo (não-hierárquico), gerado
automaticamente a partir de termos de indexação pré-coordenados. Este índice oferece
pontos de acesso múltiplo aos assuntos tratados nos trabalhos apresentados. O Comitê
Editorial se responsabiliza por quaisquer falhas devidas ou não à exigüidade do prazo
disponível para a execução de suas tarefas.
�LISTA DE SIGLAS
AAU
ABNT
ABPR
ANDIFES
ANTARES
ARIST
ARL
ARPA
ARPANET
BC
BIBES
BIBLlODATA
BIBLOS
BICENGE
BID
BIREME
BITNET
BL
BLDSC
BPP
BU
C&T
CALCO
CAPES
CBBUIFEBAB
CBDA
CBU
CBUE
CBUL
CCE
CCN
ASSOCIA TION OF AMERICAN UNIVERSITIES
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
ASSOCIAÇÃO DOS BIBLIOTECÁRIOS DO PARANA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DIRIGENTES DE
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
REDE DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
ANNUAL REVIEW OF INFORMATION SCIENCE AND
TECHNOLOGY
ASSOCIATION OF RESEARCH LlBRARIES
ADV ANCED RESEARCH PROJECTS AGENCY
ADV ANCED RESEARCH PROJECTS AGENCY NETWORK
BIBLIOTECA CENTRAL
BIBLIOTECAS DE INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS DE
ENSINO SUPERIOR
REDE DE INTERCÂMBIO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS
PELO FORMATO CALCO
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE LIVROS NACIONAIS
PARA A GRADUAÇÃO
BANCO DE DUPLICATAS E PUBLICAÇÕES
ESPECIALIZADAS
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO
CENTRO LATINOAMERICANO E DO CARIBE DE
INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
BECAUSE IT'S TIME NETWORK
BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
BRlTISH LIBRARY DOCUMENT SUPPL Y CENTER
BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAT ALOGAÇÃO LEGÍVEL POR COMPUTADOR
FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEiÇOAMENTO
DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR
COMISSÃO BRASILEIRA DE BIBLIOTECAS
UNIVERSIT ÁRIASIFEDERAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO DE
BIBLIOTECÁRIOS
COMISSÃO BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO
AGRÍCOLA
CONSELHO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
CONSELHO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
ESTADUAIS
CONSELHO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS LOCAIS
CENTRO DE COMPUTAÇÃO ELETRÔNICA
CAT ÁLOGO COLETIVO NACIONAL DE PUBLICAÇÕES
�CCQ
CD-ROM
CEBELA
CEBIES
CEBRAP
CEDOC
CEFET/RJ
CEFET/PR
CELEPAR
CENAGRI
CEPADIUFPR
CEPAL/CLADES
CEQ
CERN
CFB
CIAMBIP ADCT
CIJE
CIN/CNEN
CNBU
CNI
CNPq
COLLECTA
COMUNG
COMUT
CONMETRO
CONSEPE
CONSUNI
CPPTA
CQTE
CRB-9
SERIADAS
CÁLCULO DE CONTROLE DE QUALIDADE
COMPACT DISK - READ ONLY MEMORY
CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS LATINOAMERICANOS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO PARA BIBLIOTECÁRIOS
DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO
SUCKOW DA FONSECA/RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO
PARANÁ
CENTRO NACIONAL DE INFORMAÇÃO DOCUMENTAL
AGRÍCOLA
CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO
COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL
CARIBE/CENTRO LATINO - AMERICANO DE
DOCUMENTACIÓN ECONÓMICA Y SOCIAL
CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE
EUROPEAN CENTER FOR PARTICLE PHYSICS
CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA
CIÊNCIAS AMBIENTAIS (SUBPROGRAMA DO
PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
CURRENTS INDEX TO JOURNAL IN EDUCATION
CENTRO DE INFORMAÇÕES NUCLEARES DA COMISSÃO
NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
COMISSÃO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSIT ÁRIAS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PROCESSO, PRODUTO E COLETA DE DADOS LTDA
CONSÓRCIO DAS UNIVERSIDADES COMUNITÁRIAS DO
RIO GRANDE DO SUL
PROGRAMA DE COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA,
NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
CONSELHO UNIVERSITÁRIO
COMISSÃO PERMANENTE DO PESSOAL TÉCNICO
ADMINISTRATIVO
CONTROLE DA QUALIDADE POR TODA EMPRESA
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA -9
�CRBU
CSEL
CSNET
CTA
CTQ
DCE
EAESPIFGV
ECNUSP
EDI
EMBRAPA
ERIC
ESAG
ETDE
FAP
FAPERGS
FAPESP
FBN
FENUSP
FEBAB
FGV
FINEP
FUNCAP
FURB
FURG
GEORJ
GPDeC
HTML
IBICT
ICT
IEA
IES
IFCHlUNICAMP
INFOQUIM 11
REGIÃO
CONSELHO DE REITORES DAS UNIVERSIDADES
BRASILEIRAS
CENTENNIAL SCIENCE AND ENGINEERING LIBRARY
COMPUTER SCIENCE NETWORK
CENTRO DE TECNOLOGIA DA AERONÁUTICA
CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO
PAULO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ELETRONIC DATE INTERCHANGE
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
EDUCATIONAL RESOURCES INFORMATION CENTER
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
ENERGY TECHNOLOGY DATA EXCHANGE
FUNDAÇÃO DE APOIO Á PESQUISA
FUNDAÇÃO DE AMPARO Ã PESQUISA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
FUNDAÇÃO DE AMPARO Ã PESQUISA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
F ACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE
BIBLIOTECÁRIOS
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS
FUNDAÇÃO CEARENSE DE AMPARO Ã PESQUISA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE
GRUPO DE ESTUDOS EM OBRAS RARAS DO RIO DE
JANEIRO
GRUPO DE PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO DE
COLEÇÕES
HVPER TEXT MARKUP LANGUAGE
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA
INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
IMPLANTAÇÃO DE POSTO DE SERVIÇO ESPECIALIZADO
EM QUÍMICA E ENGENHARIA QUÍMICA DA REDE
ANTARES
�INIS
INPI
ISBN
ISI
ISO
ISSN
ISTEC
ITA
LANs
LASA
LISA
LNCC
MAD
MCT
MEC
MEDLINE
MIT
NBR
NIE
NPD/UFES
NRTVU
NSFNET
NUTES
OCLC
OECD
ONG'S
OPAC
OSTI
PADCT
PAP
PBQP
PDCA
PEREST
PES
PGCT
PNBU
INTERNATIONAL NUCLEAR INFORMATION SYSTEM
INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INTERNATIONAL STANDARD BOOK NUMBER
INSTITUTE FOR SCIENTIFIC INFORMA TION
INTERNATIONAL STANDARTIZATION ORGANIZATION
INTERNATIONAL STANDARD SERIAL NUMBER
IBERO-AMERICAN SCIENCE ANO TECHNOLOGY
EDUCATION CONSORTIUM
INSTITUTO TECNOLÓGICO DA AERONÁUTICA
LOCAL AREA NETWORKS
LATIN AMERICAN STUDIES ASSOCIATION
LIBRARY & INFORMATION SCIENCE ABSTRACTS
LABORATÓRIO NACIONAL DE COMPUTAÇÃO
CIENTÍFICA
MÉTODO DE ANÁLISE DESCRITIVA
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
BASE DE DADOS NA ÁREA DE SAÚDE
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MASSACHUSETTS
NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADA
NATIONAL INSTITUTE OF EDUCATION
NÚCLEO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
NÚCLEO DE RÁDIO E TELEVISÃO UNIVERSITÁRIAS
NATIONAL SCIENCE FOUNDA TION
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A
SAÚDE
ONLINE COMPUTER LIBRARY CENTER
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO ECONÔMICA E O
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS
ONLlNE PUBLlC ACCESS CAT ALOG
OFFICE FOR SCIENTIFIC AND TECHNICAL
INFORMATION
PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO PLANIFICADA
PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE
PLAN, DO, CHECK AND ACTION
SOFTWARE PARA CONTROLE DE PERIÓDICOS
ESTRANGEIROS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
PLANEJAMENTO E GESTÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
PROGRAMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS
�PRAEI
PRCT
PRIS
PROBIB
PROCAP/SIBI/USP
PROEPE
PROSSIGA
PUCCAMP
PUC
PUCPR
QEQ
RBIE
REDE TCHÊ
RENPAC
RH
RNP
RPG
SABi
SALALM
SAU
SBCHLNUFCE
SBCTIUFCE
SBUIUFRGS
SCI
SCRA
SEBRAE
SEESP
SENAl
SERPRO
SESu
SIBIUFES
SIBilUSP
PROGRAMA REGIONAL DE ATUAÇÃO EDUCACIONAL
INTEGRADO
PROGRAMA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PROGRAMA REGIONAL DE SAÚDE
PROGRAMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS DE
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE EQUIPES
BIBLIOTECÁRIAS DO SISTEMA INTEGRADO DE
BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA INFORMAÇÃO PARA A PESQUISA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
QUÍMICA E ENGENHARIA QUÍMICA
REDE BRASILEIRA DE INFORMAÇÃO EM ENERGIA
SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES EM C&T
REDE NACIONAL DE COMUNICAÇÃO DE DADOS POR
COMUTAÇÃO DE PACOTES
RECURSOS HUMANOS
REDE NACIONAL DE PESQUISAS
ROLE PLAYING GAMES
SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS
SEMINAR ON THE AQUISITION OF LA TIN AMERICAN
LIBRARY MATERIALS
SISTEMA DE AUTOMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
SUBSISTEMA DE BIBLIOTECAS DE CIÊNCIAS
HUMANAS, LETRAS E ARTES DO SISTEMA DE
BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
SUBSISTEMA BIBLIOTECAS DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
SClENCE ClT ATION INDEX
SEMINÁRIO CATARINENSE DE REDES ACADÊMICAS
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÁS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
SECRET ARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DE SÃO PAULO
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS
SECRETARIA DE ENSINO SUPERIOR DO MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA
�SIC&T
SINDIB
SIMEC
SISDOC
SISP
SITE
SNBU
SPRU
SR
SR&I
SRI
TECPAR
TIB
UAD
UAM
UCLA
UDESC
UEL
UFAL
UFCE
UFG
UFMG
UFPB
UFPE
UFPR
UFRGS
UFRJ
UFRPE
UFSC
UFSCAR
UFSM
UFU
UGF
UnB
UNESCO
UNESP
UNI-RIO
UNIBIBU
UNICAMP
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SINDICATO DOS BIBLIOTECÁRIOS DO PARANÁ
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA
SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO
SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS DE
INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE TESES
SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
SCIENCE POLlCY RESEARCH UNIT
SERVIÇO DE REFERÊNCIA
SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DO PARANÁ
TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA
UNIDADE DE AV ALlAÇÃO E DESEMPENHO
UNIVERSIDAD AUTONOMA METROPOLITANA
(MÉXICO)
UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA ( LOS ANGELES)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
UNIVERSIDADE GAMA FILHO
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND
CULTURAL ORGANIZATION
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE
MESQUITA FILHO
UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO
CAT ÁLOGO COLETIVO DE LIVROS, TESES E
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
�UNIFOR
UNIJUÍ
UNM
USB
USENET
USP
USPIDEDALUS
USU
UT-LANIC
UUCP
UV
UVA
WANs
WWW
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
UNIVERSITY OF NEW MEXICO
UNIVERSIDAD SIMÓN BOLIVAR
USER'S NETWORK
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
BANCO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA
UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTlN - LATlN AMERICAN
NETWORK INFORMATlON CENTER
UNIX- TO -UNIX COPY PROGRAM
UNIVERSIDAD DE VIGO (ESPANHA)
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
WIDE AREA NETWORKS
WORLD WIBE WEB
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
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Páginas iniciais.Homenagens. Agradecimentos. Apresentação. Nota do Editor. Lista de Siglas
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Páginas iniciais.Homenagens. Agradecimentos. Apresentação. Nota do Editor. Lista de Siglas
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A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4665/SNBU1996_022.pdf
c0ea6d9c4c3ae06d4c86764d97cd2f8c
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Text
5.8
PARÂMETROS PARA DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
GERENCIADOS PELO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE - SBU
NA COMPRA DE PERIÓDICOS
�
�
*
June Magda Rosa Scharnberg
Ana Maria Mattos Galvão*
Caterina Groposo Pavão*
Maria Cristina Bürger*
RESUMO
Apresenta a situação atual da distribuição de recursos financeiros para compra de
periódicos no SBU, com uma nova proposta para ajustá-los entre as várias
bibliotecas, através de variáveis diretamente relacionadas com periódicos, em
situações reais, desprezando as potencialidades.
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de revisar a distribuição de recursos financeiros destinados à
compra de periódicos para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (SBU)
determinou a realização de um estudo para detectar
indicadores consistentes utilizáveis por ocasião da aplicação desses recursos,
visando uma divisão proporcional entre as bibliotecas e respeitando as
peculiaridades de cada unidade. A responsabilidade desta tarefa foi atribuída ao
Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento de Coleções (GPDeC), que é um dos
Grupos de Trabalho do SBU, que tem entre seus objetivos manter a uniformidade e
qualidade técnica dos serviços prestados pelas bibliotecas que o integram.
�5.8
Os materiais bibliográficos disponíveis na Universidade representam, em
grande parte, insumo essencial de acesso à informação para sua comunidade
científica, técnica e acadêmica, no que se refere ao texto impresso ou disponível em
meios eletrônicos. A adequada formação de novas coleções, ou mesmo o pertinente
crescimento qualitativo e quantitativo daquelas já existentes, exige sistemáticas
verificações
e
análises
dos
processos
de
seleção,
aquisição,
avaliação,
desbastamento e identificação dos interesses da comunidade constantes da política
de desenvolvimento de coleções estabelecida.
As
restrições
orçamentárias,
financeiras
e
administrativas
vigentes
determinam que cada vez mais sejam revistas as prioridades de compra de material
bibliográfico e constatadas minuciosamente as necessidades prementes da
comunidade. Por ser a coleção de periódicos a que mais absorve os recursos
financeiros destinados a
material bibliográfico na Instituição, e por haver uma grande demanda de seu
crescimento, causada, principalmente, pela criação de novos cursos de pósgraduação a nível de mestrado e doutorado nos últimos anos, sem o respectivo
aporte bibliográfico desejável, determinaram-se duas diretrizes básicas e paralelas
na revisão e orientação dessa coleção: redefinir o rateio financeiro para a compra e
reavaliar a coleção em seu conjunto, com ênfase para os títulos correntes adquiridos
por compra, o que é objeto de outra ação em desenvolvimento na Universidade.
*
Bibliotecárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
�5.8
2 SITUAÇÃO ATUAL
De acordo com o Relatório Anual da Biblioteca Central referente a 1995, o
investimento feito pela UFRGS em periódicos, neste período,
foi equivalente a
86,6% do total destinado a material bibliográfico, que inclui, ainda, bases de dados,
livros e outros materiais.
Os títulos de periódicos pagos para o SBU correspondem a uma coleção
selecionada pela comunidade acadêmica a que atende. Porém, não representa a
totalidade de expectativa dos títulos essenciais para o adequado desempenho das
atividades de professores e alunos. Em intervalos não-regulares, o SBU realiza
avaliações dessa coleção, ou as próprias bibliotecas setoriais procedem atualização
dessas avaliações, com vistas a assegurar que os títulos adquiridos correspondam
às reais necessidades de seus usuários. Dessa forma, na medida em que alguns
títulos vão se tornando menos significativos, com o aval da Comissão de
Biblioteca da
respectiva Unidade, esses periódicos podem ser substituídos por outros mais
pertinentes àquela comunidade. Esta substituição tem sido efetuada com base na
equivalência de preço entre os títulos cancelados e os que lhes substituem. Assim, a
coleção existente corresponde à manutenção de um status quo financeiro, que ao
longo do tempo pode ter sofrido distorções por possíveis alterações e substituições
dos títulos.
Decorre, então, a necessidade de reavaliar a atual distribuição do recurso
financeiro, com vistas a torná-lo proporcional entre as várias bibliotecas da
Universidade. Com este intuito, foram propostas algumas variáveis, às quais foram
�5.8
atribuídos pesos que definiram sua prioridade e maior relevância de umas em
relação às outras e, posteriormente, foram submetidas às bibliotecas setoriais do
SBU para críticas e sugestões. A fundamentação da proposta inicial foi subsidiada
em trabalhos similares como os CRITÉRIOS para Distribuição de Verbas ... (1992),
GENAWAY (1989), SACOMANO (1988) e CARVALHO (1995).
3 DETERMINAÇÃO DAS VARIÁVEIS
A partir das respostas obtidas junto às bibliotecas que compõem o SBU, foi
feita uma avaliação criteriosa desses resultados e foram estabelecidas diretrizes
básicas para a determinação das variáveis, tais como:
a) relacionar as variáveis selecionadas diretamente com a coleção de
periódicos;
b) adotar situações reais, desprezando as potencialidades, já que os
parâmetros
referem-se a aplicações imediatas e não apenas de
planejamento;
c)
evitar
análise
de
aspectos
contemplados
em
variáveis
diferentes,
eliminando-se as repetições de mesmo enfoque, por exemplo: número de
usuários reais + número de usuários potenciais + número de consultas e
empréstimos realizados, nos quais se pretendia analisar o mesmo aspecto:
uso da coleção.
Com base na proposta anterior, enriquecida pelas sugestões do SBU,
�5.8
estabeleceu-se o elenco definitivo de variáveis que devem constituir os parâmetros
para a distribuição de recursos gerenciados pelo SBU na aquisição de periódicos.
As variáveis que foram excluídas, por não mais se compatibilizarem com as
novas diretrizes básicas ou serem redundantes, foram: Professores/técnicos lotados
na unidade, considerados usuários potenciais e, como tais, podendo ser potenciais
para qualquer unidade, independentemente daquela com a qual mantêm o vínculo;
Programas/Linhas de pesquisa desenvolvidas na Unidade, os quais não refletem
com exatidão os trabalhos da Unidade, e cuja forma de definição difere entre as
Unidades, além de estarem contemplados na variável mantida de Produção
Científica, que descreve o produto desses Programas/Linhas de Pesquisa;
Graduação e Pós-Graduação (número de cursos existentes na Unidade, número de
disciplinas e número de matrículas), que representam usuários potenciais para
qualquer unidade, além do aspecto uso da coleção estar contemplado na variável
mantida de Serviços Oferecidos; finalmente o
Número de Usuários, porque a
maioria dos inscritos utiliza a coleção de livros, o que não é objetivo do presente
estudo, além deste dado estar também considerado nos Serviços Oferecidos.
Mantiveram-se as seguintes variáveis:
a) Produção Científica, Técnica e Artística dos Professores/Técnicos da UFRGS,
porque a sua geração pode representar pesquisa bibliográfica, incluindo os
seguintes tipos de documentos: artigos de periódicos nacionais e trabalhos em
eventos realizados no País (Grupo A); artigos de periódicos estrangeiros,
trabalhos em eventos realizados no Exterior, teses, dissertações, trabalhos de
cursos de graduação, livros e capítulos de livros (Grupo B); relatórios técnicos e
de pesquisa, e trabalhos de cursos de especialização (Grupo C). Para a seleção
�5.8
destes tipos de documentos foi considerada a relação direta com o uso de
periódicos, bem como a incidência destes documentos na base SABi (Sistema de
Automação de Bibliotecas), a qual registra todos os documentos disponíveis no
SBU;
b) Serviços Oferecidos, subdivididos em cinco aspectos:
− Consulta & Empréstimo, onde são considerados somente os dados relativos
à coleção de periódicos e evidenciada a importância e utilização de cada
título adquirido pela Biblioteca;
− Comutação Solicitada, que aponta as deficiências no acervo da Biblioteca;
− Comutação Atendida, que identifica a relevância do acervo;
− Levantamentos Bibliográficos, que demonstram o uso efetivo dos serviços
da biblioteca, representando possibilidade de manuseio dos periódicos;
− Disseminação da Informação, onde foram destacados os seguintes
aspectos: circulação de fascículos, circulação de sumários e exposição de
novas aquisições;
c) Área Física, por ser um fator primordial para o crescimento da coleção de
periódicos, proporcionando condições de armazenagem e circulação;
d) Minutos Semanais, por relacionar-se com os serviços oferecidos, visto que o
horário de atendimento das bibliotecas pode interferir no número de consultas e
empréstimos dos periódicos.
Aos indicadores selecionados foram atribuídos pesos que revelam sua
importância no contexto global, indicados no Quadro 1:
�5.8
QUADRO 1 - PARÂMETROS PARA DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS GERENCIADOS PELA BIBLIOTECA CENTRAL NA
COMPRA DE PERIÓDICOS
VARIÁVEL
PESO
Produção Científica, Técnica e Artística
Grupo A
3
Grupo B
2
Grupo C
1
Serviços Oferecidos
Consultas & Empréstimos
1
Comutação Solicitada
1
Comutação Atendida
0.5
Levantamentos Bibliográficos
0.25
Disseminação da Informação
0.25
Área Física
0.5
Minutos Semanais
0.5
Os dados da Produção Científica, Técnica e Artística são obtidos através do
SABi, e os demais através do Formulário de Avaliação de Desempenho Anual
padronizado para o SBU, compondo uma média dos últimos três anos para cada
item analisado.
�5.8
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo concretizou-se em uma Proposta para Distribuição de Recursos
Financeiros Gerenciados pela Biblioteca Central na Compra de Periódicos para o
SBU, com a intenção de torná-la mais equilibrada, levando em conta variáveis que
pretendem abordar a coleção de periódicos do ponto de vista de seu uso: ambiente
propício, serviços que facilitem e produtos.
Os resultados demonstram alterações significativas a partir da situação
vigente, já que apresentam uma proporcionalidade desejável na distribuição dos
recursos, conforme Quadro 2. A proposta se encontra em fase final de discussão
com a comunidade universitária, sendo passível de algumas alterações.
�5.8
QUADRO 2 - ÍNDICES DE DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NA COMPRA DE PERIÓDICOS PARA O
SBU.
UFRGS, 1994-1995.
BIBLIOTECA
1994
1995
PROPOSTA ATUAL
BC
0.4162
0.4618
0.4434
AGR
0.2442
0.2548
0.7368
ARQ
0.0400
0.1202
0.2894
ART
0.0190
0.0777
0.1352
BIB
0.1102
0.0547
0.1933
BIO
1.4509
1.4045
0.6162
CEC
0.0000
0.0009
0.0220
CPD
0.0043
0.0099
0.0446
CSH
0.0746
0.1052
0.4287
DIR
0.1581
0.2963
0.2309
ECO
0.1037
0.1439
0.4292
EDU
0.0586
0.0988
0.6123
ENF
0.0103
0.0333
0.1768
ENG
0.8183
0.4106
0.4972
ESEF
0.0178
0.0358
0.1229
FAR
0.3817
0.2083
0.2117
FIS
1.9009
1.5647
0.6339
FISIO
0.6481
0.4761
0.1220
GEO
0.5624
0.4806
0.4062
ICTA
0.0964
0.0793
0.0512
INF
0.0853
0.2652
0.5175
IPH
0.1105
0.1711
0.6010
MAT
1.0456
0.6147
0.1861
MED
0.5083
1.2429
1.0387
ODO
0.0840
0.2210
0.2202
PSICO
0.1014
0.0652
0.1027
QUI
0.8860
0.9971
0.4080
VET
0.0616
0.1048
0.3016
APL
0.0014
0.0003
0.0964
ETC
0.0000
0.0000
0.1237
TOTAL
10
10
10
ABSTRACT
�5.8
This paper describes the current distribution of funds for the purchase of journals by
the SBU (Sistema de Bibliotecas Universitárias), and presents a new proposal for
allocating funds to the various libraries according to variables directly related to the
actual use of journals in reality, rather than their potential use.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CARVALHO, Maria Carmen Romcy de. Estatísticas e padrões para o
planejamento e a avaliação de bibliotecas universitárias. Brasília,1995.
159 p.
2 CRITÉRIOS para distribuição de verbas para aquisição de material bibliográfico
no Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais. [Belo
Horizonte, 1992] 7 p. (Datilografado)
3 GENAWAY, David C. Administering the Allocated Acquisitions Budget: Achieving
a balanced Matrix. In: KATZ, Bill, ed. The Acquisitions Budget, New York,
1989. p.145-167.
4 SACOMANO, C.C., FERNANDES, F.C., SILVA, R.R. Alocação de recursos
financeiros e política de aquisição de material bibliográfico. R. Bibliotecon.
Brasília, v.16, n. 2, p.179-189, jul./dez. 1988.
5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Sistema de Bibliotecas
da UFRGS. Centro de Processamento de Dados. SABi - Sistema de
Automação de Bibliotecas: recuperação da informação CDS/ISIS; versão
4.0. Porto Alegre, 1992. Várias paginações.
6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Central.
Relatório Anual de 1995. Porto Alegre, 1996.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
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UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
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The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Parâmetros para distribuição de recursos financeiros gerenciados pelo Sistema de Bibliotecas Universitárias- SBU na compra de periódicos.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Scharnberg, June Magda Rosa; Galvão, Ana Maria Mattos; Pavão, Caterina Groposo; Bürger, Maria Cristina
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta a situação atual da distribuição de recursos financeiros para compra de periódicos no SBU, com uma nova proposta para ajustá-los entre as várias bibliotecas, através de variáveis diretamente relacionadas com periódicos, em situações reais, desprezando as potencialidades.
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5.17
PESQUISA TECNOLÓGICA UNIVERSITÁRIA E CANAIS DE INFORMAÇÃO:
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA (DEENE/UFU): ESTUDO DE CASO
*
Angela Maria Silva
RESUMO
Estudo de caso sobre a atuação da biblioteca na pesquisa tecnológica da
Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Identifica as fontes de informação
usadas pelos pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e os canais
em que são obtidas estas fontes, avaliando o nível de satisfação da demanda de
informação destes pesquisadores junto à biblioteca ou a preferência por outros
canais. Ressalta a importância da adoção de políticas para o desenvolvimento da
coleção pela biblioteca, a partir da necessidade de informação de cada área e da
implementação de um serviço de obtenção de cópias que acompanhe a velocidade
da infomação na pesquisa tecnológica e facilite o acesso à literatura nãoconvencional.
1 INTRODUÇÃO
O objetivo principal desta pesquisa é conhecer a atuação da biblioteca, na
pesquisa tecnológica, na Universidade Federal de Uberlândia.
Mais especificamente, procura-se identificar as fontes de informação usadas
pelos pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e os canais em que
são obtidas estas fontes, avaliando
o nível de satisfação da demanda de
informação por estes pesquisadores junto à biblioteca, ou a preferência por outros
canais.
Bibliotecária Chefe do Setor de Referência da Biblioteca Central
Uberlândia.
*
- Universidade Federal de
�5.17
Não é incomum a pouca demanda de pesquisa nas bibliotecas universitárias,
levando a subutilização de suas coleções, especialmente periódicos científicos. Os
profissionais da informação, preocupados com o alto custo destas coleções ,
cobram
principalmente dos professores o não-uso pelos alunos ou por eles
próprios, tendendo a acreditar que o pesquisador não se interessa pela biblioteca,
ou que existe pouca demanda de pesquisa na instituição.
Por outro lado, a grande maioria destas bibliotecas não possuem políticas
para o desenvolvimento da coleção, formuladas a partir da demanda de informação
de cada área, principalmente porque as necessidades de sua clientela não são
conhecidas.
Transferindo para a pesquisa o conceito de marketing, no qual o verdadeiro
critério de medida da boa qualidade é a preferência do consumidor (usuário), e uma
vez que o
produto (informação) não está tendo boa saída, surgem indagações
que este trabalho se propõe a discutir e propor alternativas. A pergunta básica a ser
feita é: o consumidor (pesquisador) está satisfeito com o produto (informação)
que tem buscado?
A partir deste estudo
procura-se verificar como se dá a atuação da
biblioteca, hoje, com a sua estrutura de acervo e serviços, em uma área de ponta,
que depende da eficiência e velocidade da informação para o desenvolvimento de
pesquisas.
2 REVISÃO DE LITERATURA
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O termo “tecnologia” se transformou hoje em sinônimo de qualidade e
modernização. Entre as definições mais usadas para a palavra tecnologia, está a de
SABATO, citado por LEITÃO (1981), na qual
tecnologia representa “o conjunto
ordenado de conhecimentos científicos ou empíricos, utilizados para a produção de
bens ou serviços, na atividade econômica organizada.” A tecnologia tem
influenciado significativamente a relação entre os povos. Pode-se dizer que existe
hoje uma nova economia, a economia de informação. Na sociedade pós-moderna,
investir em informação significa estar à frente de novas tecnologias, reduzir custos e
aumentar a produtividade. Os países
que possuem a informação
detêm a
competitividade e estarão na vanguarda. 1
A comunicação virtual, através da rede Internet, facilita a comunicação de
cientistas em todo o mundo e o acesso a tecnologias emergentes. Porém, saber
como e porque usar essa informação, no momento certo, e ter equipamentos e
recursos humanos necessários para explorá-la, ainda constituirá um problema de
difícil solução para os países periféricos.
A questão fundamental é, portanto, não apenas possuir a informação, mas
saber usá-la.
Se este uso é um problema para os países periféricos, a sua
produção e coleta é o verdadeiro instrumento de hegemonia nas mãos dos países
cêntricos, considerando que dentre os 4.000 bancos de dados produtores de bases
de informação científica e tecnológica no mundo, a América Latina é responsável
Trecho da palestra de Leôncio Akstein sobre informação e tecnologias emergentes,apresentada no
segundo Congresso Latino Americano de Biblioteconomia e Documentação,em Belo
Horizonte,M.G.,abril/1994.
1
�5.17
por apenas 1% , ficando em quarto lugar depois dos Estados Unidos, Japão e
Comunidade Econômica Européia.2
Inserido nessa realidade, o setor de informação no Brasil tem se
desenvolvido com muita dificuldade. Não existe uma política para fortalecer a
educação em sua fase de implementação, na qual a universidade teria como uma
das funções básicas a criação de um potencial científico e tecnológico, através de
atividades de pesquisa e desenvolvimento. SANTAN (1989) e SCHWARTZMAN e
CASTRO (1986), porém, acreditam que, apesar da crise na universidade, é nela que
está reunida a maior parte dos pesquisadores qualificados do país e é onde se
produz a maior parte de nossas pesquisas, sendo o acesso à informação um dos
fatores fundamentais para o crescimento da pesquisa científica
Porém, como consequência do sistema educacional deficiente, as bibliotecas
universitárias deixam, muitas vezes, de exercer sua verdadeira função.
O trabalho de PINHEIRO (1989),
apesar de ser de
sete
anos atrás,
continua representando, ainda hoje, a realidade da grande maioria das bibliotecas
universitárias brasileiras. A conclusão dela é que, em geral, as bibliotecas continuam
dentro de suas fronteiras, não conseguindo se integrar com o organismo
universitário e trabalhar de forma cooperativa. A biblioteca universitária brasileira
não lança mão das tecnologias de informática e telecomunicação e muitas
possuem, ainda, coleções inacessíveis, fichários trancados e atividades de
disseminação somente no recinto da biblioteca. TARAPANOFF (1989) fala sobre as
características e tendências do profissional da informação em ciência e tecnologia
no Brasil, mostrando a importância deste profissional para identificar as
Dado citado em um dos trabalhos apresentados no segundo Congresso Latino Americano de
Biblioteconomia e Documentação, em 1994, Belo Horizonte, MG.
2
�5.17
necessidades informacionais dos indivíduos de sua organização, prestando serviços
e oferecendo produtos adequados às exigências identificadas. Para identificar as
necessidades de informação dos pesquisadores, torna-se básico o conhecimento
dos canais de informação mais utilizados nos diversos ramos da ciência. A literatura
sobre necessidades de informação na área tecnológica aponta que, embora os
pesquisadores desta área utilizem os canais formais, acabam tendo preferência
pelos
informais, baseados nos contatos interpessoais e na literatura não-
convencional, como constataram SANTOS (1988) e LIMA (1992).
Devido ao volume de informações e as barreiras de acessibilidade, o
pesquisador depende de canais intermediários para obter estas fontes de
informação. Entre estes canais, estão as bibliotecas técnicas; reuniões e simpósios;
centros de informação, entre outros. A intensidade de uso varia de acordo com a
área do pesquisador. Atualmente, alguns destes canais contam com recursos
automatizados para pesquisa e obtenção de documentos, como CD-ROM ou
Internet. Estes canais intermediários, no entanto, nem sempre conseguem suprir a
demanda de informação não-convencional, na área tecnológica, no Brasil.
3 METODOLOGIA
Foram desenvolvidos três tipos de
pesquisa neste trabalho: teórica,
documental e de campo. A pesquisa de campo foi realizada no Campus Santa
Mônica , onde se localiza a biblioteca central, que atende a 80% dos cursos da
Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Esta pesquisa tem como universo os
pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - CETEC, o objeto do
�5.17
estudo de caso é o Departamento de Engenharia Elétrica. O instrumento utilizado
para a coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada, com registros de gravação
oral. Inicialmente, foi previsto que seriam entrevistados todos os professores dos
cursos de Pós-graduação, ou seja, todos os doutores que, em total de 21,
representavam 45% dos professores do Departamento de Engenharia Elétrica e,
em relação ao CETEC, 25% dos doutores. No entanto, somente foram feitas 76%
destas entrevistas, devido a impossibilidade de alguns professores, afastados para
cursos. Assim, a pesquisa de campo resultou em 16 entrevistas, que perfazem um
total de 11 horas e 25 minutos de gravação, havendo portanto, uma média de 42
minutos por entrevista. Para a análise destas entrevistas, foi adotado um código que
preserva a identidade real dos entrevistados.
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
A informação para a pesquisa tecnológica é obtida em canais formais e
informais:
�5.17
TABELA 1 - CANAIS DE INFORMAÇÃO USADOS NA PESQUISA TECNOLÓGICA
DA UFU
CANAIS FORMAIS E INFORMAIS
%
Artigos de periódicos e de conferências
36,00
Comunicação informal
23,00
Teses
Catálogos técnicos/revistas técnicas
Livros
Relatórios de pesquisa
Total
Fonte: Pesquisa de campo.
15,40
10,20
7,70
7,70
100
Os periódicos científicos, juntamente com os
proceedings de
conferências,
são os canais de informação mais populares entre os entrevistados. A preferência é
dada aos periódicos estrangeiros. Para estes pesquisadores, os artigos de
periódicos
ou de congressos têm suas vantagens e desvantagens, mas um
completa o outro:
“O trabalho de conferência é mais quente a nível de informação, porque os
artigos de periódicos demoram até dois anos para serem publicados. Porém, o
artigo de congresso não é tão bem elaborado como o da revista” (Entrevista 16).
O segundo mais importante canal de informação usado é o “informal”, ou
seja, a busca de informação não registrada pelos meios convencionais. Esta busca
é feita pelos pesquisadores, através de contatos com especialistas da área e
acontecem por cartas, em visitas a outras instituições por ocasião de cursos,
palestras, defesa de teses, em eventos e, ainda, através da rede de informação
�5.17
“Bitnet”, que é o meio mais usado por 40% dos pesquisadores nesta troca de
informações.
As teses, apesar de serem pouco usadas, não são consideradas menos
importantes. Seria muito interessante se houvesse facilidade de acesso, por via da
biblioteca local, às teses nacionais e internacionais, porque para os pesquisadores
elas são muito mais didáticas e apresentam os assuntos com muito mais detalhes
que os artigos provenientes destas teses.
As revistas e catálogos técnicos são usados em menor escala,
para informações sobre atualidades tecnológicas em equipamentos,
software e montagem de teses. Assim como as teses, os relatórios
técnicos de pesquisa são pouco usados, devido a dificuldade de
acesso, mas considerados importantes:
“Os relatórios de pesquisa são difíceis de conseguir, mas seriam muito
importantes. São trabalhos que não merecem, entre aspas, uma publicação, mas
tem detalhes de resultados obtidos, que você normalmente não tem em periódicos”.
No Brasil, os relatórios de pesquisa não são considerados relevantes...” (Entrevista
10)
Para facilitar o acesso a estas fontes de informação são usados os canais
intermediários descritos na tabela 2:
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TABELA 2 - CANAIS INTERMEDIÁRIOS DE INFORMAÇÃO USADOS NA
PESQUISA TECNOLÓGICA DA UFU
Canais Intermediários
%
Congressos/Conferências
37,50
Biblioteca da UFU
23,22
Outras bibliotecas
19,64
Biblioteca particular
19,64
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo.
A atualização e o contato com outros pesquisadores que trabalham na
mesma linha de pesquisa, propiciando a troca de informações, é o motivo da
escolha de congressos e/ou outros eventos pelos pesquisadores, como o principal
canal provedor de informações. Nestes congressos, eles têm a oportunidade de
obter informações novas mais rapidamente, e também ter acesso aos trabalhos
apresentados, cujos proceedings já são incluídos no pacote de inscrição.
Quando não participam, já é mais difícil o acesso a estes trabalhos. Às vezes
a aquisição é feita em grupo pelos professores do departamento, já que a biblioteca
da UFU raramente tem estes documentos ou, quando tem, estão desatualizados.
Na opinião da maioria destes pesquisadores, esta desatualização é um dos
principais motivos que deixa a biblioteca da UFU em segundo lugar de preferência,
em relação aos dois canais formais mais usados: os periódicos científicos e os
trabalhos apresentados em congressos. Sem estes dois instrumentos básicos de
pesquisa, eles acreditam estar “perdendo tecnologia” e acham que a biblioteca
�5.17
deveria montar um sistema para fornecer informações mais rapidamente, porque o
pesquisador não pode esperar.
A retrospectividade dos periódicos é mencionada como uma das grandes
dificuldades da pesquisa, não só nas bibliotecas da UFU, mas em todo o Brasil,
sendo difícil encontrar números anteriores a 1960.
Existe também a dificuldade de localizar informações em uma biblioteca nãoespecializada, como a que freqüentavam na Pós-graduação.
A principal crítica é sobre a postura da biblioteca em relação ao empréstimo
de periódicos e livros. Eles acreditam que os números de periódicos dos anos
anteriores deveriam ser emprestados por mais tempo e haver um prazo maior para
o empréstimo de livros.
A questão da falta de tempo, ocasionada pelo excesso de trabalho, também é
um dos motivos do não-uso, e a saída foi trabalhar com os orientandos, o que
funciona como uma troca: os orientandos trazem as novidades em suas linhas de
pesquisa, e em troca eles oferecem os anais de congressos de que participam,
livros ou outros trabalhos que conseguem em outros canais intermediários.
Os principais motivos que levam os pesquisadores a usarem outras
bibliotecas ou as particulares é a busca de trabalhos que não são encontrados na
biblioteca da UFU, ou que acham que não encontrariam, devido a experiência
negativa que tiveram quando iniciaram suas atividades de pesquisa. A tendência
ainda hoje é acreditar que a biblioteca continua como era naquela época.
Alguns acham que é mais fácil e rápido usar outras bibliotecas, através de
colegas ou alunos que vão lá fazer cópias, do que usar os serviços da biblioteca
local, como, por exemplo, o COMUT, devido à rapidez na obtenção dos trabalhos e
�5.17
também pela facilidade de relacionamento e de pesquisa, no caso de bibliotecas
especializadas. Outros preferem assinar periódicos e comprar livros, montando sua
biblioteca particular.
Os meios usados para a localização de informações e atualização ainda são
manuais. Todos os pesquisadores citaram como principal fonte de localização de
informação
ou atualização
a consulta às referências do final de artigos de
periódicos ou de outros trabalhos.
Destas consultas, 30% são feitas pelos alunos, na biblioteca da UFU, com
uma certa freqüência, para não perderem as novidades. Os contatos pessoais com
os autores pela Bitnet, o contato com empresas privadas de informação, as
consultas de índices anuais de periódicos, ou simplesmente o ato de folhear
revistas, são também meios usados, mas com menor freqüência.
A pesquisa automatizada em CD-ROM ou on-line só é usada por 25% dos
pesquisadores e, assim mesmo, através dos alunos.
35%
não sabiam que já
existia este serviço na biblioteca local e o restante justificou o não-uso pela falta de
tempo de ir a biblioteca.
Alguns pesquisadores mencionaram também
outra barreira, que é a
obtenção dos trabalhos recuperados através destas bases de dados, porque a
biblioteca da UFU não possui grande parte destes trabalhos, especialmente os
internacionais mais recentes, como os artigos de periódicos, trabalhos apresentados
em conferências, teses ou relatórios de pesquisa.
5 CONCLUSÃO
�5.17
Analisando a questão do sistema de informação na pesquisa, mais
especificamente na pesquisa tecnológica, no âmbito da universidade, este trabalho
vem contribuir com os profissionais da informação de bibliotecas universitárias nesta
área.
A partir do momento que se conhece o perfil dos pesquisadores da área,
identificando as fontes de informação usadas, e como é o acesso a estas fontes,
observa-se algumas tendências bastante comuns, que podem orientar estes
profissionais na política de desenvolvimento da coleção e serviços da biblioteca
universitária como um todo. O principal pesquisador da área tecnológica na UFU é
o professor da Pós-graduação, em parceria com o aluno de Pós-graduação e
iniciação científica. Com esta parceria, o pesquisador desenvolve pesquisas ao
mesmo tempo que orienta teses e outros trabalhos.
Dos canais mais citados na literatura sobre o uso de fontes de informação na
área tecnológica, prevalecem, neste estudo, os periódicos científicos e trabalhos
apresentados em conferências/congressos, como fontes formais, e a comunicação
entre os tecnológos, como fonte informal, ambos com o mesmo peso. A preferência
por estes canais vem da oportunidade de acesso rápido às informações atualizadas.
As teses e relatórios técnicos de pesquisa também são considerados importantes,
mas menos usados, devido à dificuldade de acesso. Os congressos e conferências
são os canais
intermediários de informação mais usados, porque propiciam a
comunicação com outros especialistas da área, e a obtenção dos trabalhos
apresentados. A biblioteca da UFU fica em segundo lugar para a obtenção de fontes
formais de informação, sendo parte deste uso feita pelos alunos. Mesmo com esta
classificação, este uso ainda é bastante restrito, justificado por algumas críticas, que
�5.17
são colocadas tanto pelos pesquisadores usuários, como pelos não-usuários. As
principais críticas são em relação ao atraso no recebimento dos periódicos
científicos, a deficiência e desatualização do acervo de trabalhos apresentados em
congressos/conferências e a falta de um serviço mais rápido de obtenção de cópias
dos documentos que não constam do seu acervo. Como dificuldades menores, eles
citam a falta de retrospectividade dos periódicos científicos; a rigidez do
regulamento, em comparação com as bibliotecas em que fizeram Pós-graduação; a
própria dificuldade em manusear catálogos e localizar informações; e a falta de
divulgação dos serviços pela biblioteca. São estas críticas que levam ao uso de mais
dois canais intermediários, que são as bibliotecas particulares ou outras bibliotecas.
Este estudo de caso evidencia o uso da comunicação informal e
de outros canais intermediários, além da biblioteca, na pesquisa
tecnológica.
O que importa, no entanto, é que a biblioteca da UFU
ainda é um dos principais canais usados como sistema de informação
para a pesquisa tecnológica, embora tenha perdido espaço para as
bibliotecas particulares dos pesquisadores, e para outras bibliotecas.
O que leva estes pesquisadores a buscarem outros canais de informação?
O que eles realmente esperam da biblioteca? O depoimento destes pesquisadores,
já relatado no decorrer deste trabalho,
pode ser resumido em duas respostas
simples: encontrar um artigo de periódico ou trabalho de conferência mais recente
na sua área, e ter acesso com maior rapidez a qualquer trabalho localizado em uma
bibliografia que a biblioteca não possua, ainda que faça parte da literatura nãoconvencional, como é o caso de teses ou relatórios técnicos.
�5.17
Pode-se observar que estas duas expectativas não estão relacionadas
somente ao acervo da biblioteca, que alguns até elogiam, mas à facilidade de
obtenção dos documentos através de serviços
de troca de informações entre
bibliotecas. Apesar destas necessidades parecerem óbvias para qualquer biblioteca,
teoricamente, na prática
não são trabalhadas. Dificuldades orçamentárias?
Entraves burocráticos?
Estes fatores contribuem muito, porém, outros devem ser considerados:
a) É importante conhecer a demanda de informação dos pesquisadores de
cada área. Na área tecnológica, por exemplo, nunca houve uma política
direcionada para a criação de um acervo de anais de congressos nacionais
e
internacionais,
apesar
destes
trabalhos
serem
usados
pelos
pesquisadores tanto quanto os artigos de periódicos científicos. Também
não há política que agilize a aquisição de teses.
b) É necessário divulgar a coleção e serviços de forma contínua e oferecer
treinamentos para grupos de pesquisadores por áreas específicas,
mostrando a facilidade de uso dos recursos da biblioteca. Esta divulgação
não deve ser feita apenas a nível local, mas no próprio departamento,
visando atingir também os não- usuários. 35% dos pesquisadores não
sabiam que a biblioteca possuia um serviço de pesquisa automatizada, ou
assinava determinados periódicos de interesse em sua área.
Outro
aspecto positivo da divulgação dos serviços seria a maior utilização da
coleção
de
pesquisa.
O
serviço
de
levantamento
bibliográfico
automatizado, por exemplo, duplicaria o uso da coleção de periódicos,
�5.17
considerando que 80% dos trabalhos recuperados através destes
levantamentos são publicados em periódicos.
c) É fundamental a participação da biblioteca em redes de
informação e programas de intercâmbio com outras bibliotecas,
como alternativa para ajudar o pesquisador na obtenção mais
rápida de trabalhos não existentes em seu acervo, localizados
em
bibliografias
de
outros
trabalhos
ou
através
de
levantamentos bibliográficos automatizados que a própria
biblioteca
oferece.
Este
serviço
seria
particularmente
importante, como alternativa para a obtenção de documentos
não- convencionais, como as teses, relatórios de pesquisa,
normas técnicas
e também trabalhos mais recentes ou
retrospectivos publicados em periódicos ou conferências.
d) É preciso encontrar alternativas para diminuir a burocracia na
aquisição de periódicos científicos, possibilitando o recebimento
dos fascículos pela biblioteca com menor atraso.
Algumas respostas a estas demandas são a curto ou a longo
prazo, umas mais
difíceis
porque dependem da própria política de
informação brasileira, como é o caso do COMUT on-line, que ainda não
foi possível ser operacionalizado, e da cooperação entre bibliotecas,
que não é uma tradição no Brasil. Outras respostas dependem da
�5.17
própria biblioteca, como a forma de divulgação dos serviços e a política
de desenvolvimento da coleção.
Algumas sugestões podem ser
pensadas, contando com a colaboração dos próprios pesquisadores. No
caso das conferências, por exemplo, formar um acervo a partir dos
anais que os pesquisadores trouxerem dos congressos, que seriam
doados à biblioteca, ao invés de ficarem nos departamentos, uma vez
que a maioria destes anais são pagos pela universidade, no pacote de
inscrição dos eventos. Díficeis ou não, a curto ou longo prazo,
alternativas precisam ser procuradas. Este trabalho demonstrou que,
em nível de pesquisa tecnológica, a biblioteca pode ser apenas um
sistema de informação a mais, e continuar perdendo seu espaço para
outros canais de informação, mesmo com todos os investimentos em
material bibliográfico e fontes de pesquisa automatizada.
ABSTRACT
This paper describes a case study of the role of the library in
technological research at the Federal University of Uberlândia. It
identifies the sources of information used by researchers in the
Department of Electrical Engineering, and the channels through which
these sources are obtained, evaluating the level of satisfaction with
regard to these researchers’ demands for information from the library or
their preference for other channels. It stresses the importance of
adopting policies for developing the library collection, by taking into
consideration each area’s need for information and the implementation
of a service to obtain copies which matches the speed of information in
�5.17
technological research, and which facilitates access to non-conventional
literature..
�5.17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 LEITÃO, Dorodame Moura. O conhecimento tecnológico e sua importância
possibilidades de sua tranferência internacional. Ciência da Informação,
Brasília, v. 10, n. 2, p. 33-44, jul./dez. 1981.
2 LIMA, Ademir Benedito Alves de. Estudos de usuários de bibliotecas :
aproximação crítica. Ciência da Informação, Brasília, v. 21, n.3,p. 173-185,
set./dez. 1992.
3 PINHEIRO, Leda Vânia Ribeiro. Comunidade acadêmica e informação:
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4 SANTANA, Isnaia Veiga. Biblioteca universitária e transferência de
informação: problemas e perspectivas. Ciência da Informação, Brasília,
v. 18, n.1, p. 35-44, jan./jun.1989.
5 SANTOS, Vilma Moreira dos. Necessidades de informação e usos de
canais de informação nas diferentes etapas de projetos: revisão da
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Horizonte, v. 17, n. 2, p. 214-235, set 1988.
6
SCHWARTZMAN, Simon, CASTRO, Cláudio de Moura.
Pesquisa
universitária em questão. Campinas : UNICAMP, 1986. 232 p.
7 TARAPANOFF, Kira. O profissional da informação em áreas de ciência e
tecnologia no Brasil : características e têndencias. Ciência da Informação,
Brasília, v.18, n. 2, p.103-119, jul./dez.1989.
�
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Pesquisa tecnológica universitária e canais de informação: Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Uberlândia (DEENE/UFO): estudo de caso.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silva, Angela Maria
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Estudo de caso sobre a atuação da biblioteca na pesquisa tecnológica da niversidade Federal de Uberlândia - UFU. Identifica as fontes de informação usadas pelos pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e os canais em que são obtidas estas fontes, avaliando o nível de satisfação da demanda de informação destes pesquisadores junto à biblioteca ou a preferência por outros canais. Ressalta a importância da adoção de políticas para o desenvolvimento da coleção pela biblioteca, a partir da necessidade de informação de cada área e da implementação de um serviço de obtenção de cópias que acompanhe a velocidade da infomação na pesquisa tecnológica e facilite o acesso à literatura não-convencional.
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A language of the resource
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http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4725/SNBU1996_043.pdf
ed38e8a955e0eb767268a30454b274c5
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6.5
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA BIBLIOTECAS: A
EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ.
Fernando Pires*
**
Maria Helena S. L. Macieira
Norma Helena P. de Almeida***
RESUMO
Descreve o planejamento estratégico para o Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal do Ceará para o quadriênio 1995/99, a partir de um seminário de avaliação
dos serviços prestados. Analisa pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças,
definindo objetivos e estratégias a serem implantadas para melhoria do Sistema.
1 INTRODUÇÃO
A Biblioteca Universitária (BU) da Universidade Federal do Ceará (UFC) vinha
definindo objetivos a serem contemplados no decorrer de cada ano. Embora se
procurasse atingi-los, tais objetivos não se constituíam frutos de um efetivo processo
de planejamento, o que comprometia, muitas vezes, a viabilidade dos mesmos. A
despeito disso, a administração iniciada em 1991 procedeu a um levantamento da
situação das bibliotecas que compunham o Sistema e elaborou um plano de
trabalho para o quadriênio 1991/1995.
Atingidos três anos de administração, constatou-se a necessidade de uma
avaliação da situação, com o propósito de detectar os avanços conseguidos, como
*
Professor do Curso de Economia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Diretora do Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas Letras e Artes da UFC
***
Diretora do Sistema de Bibliotecas da UFC
**
�6.4
também proceder a uma análise acurada dos problemas mais relevantes que
afligem o desempenho da BU/UFC, de forma geral e específica; e daí redefinir
prioridades e objetivos a serem perseguidos.
Com esta finalidade, realizou-se um seminário na Casa José de Alencar, com
a participação de 43 bibliotecários e auxiliares, representando todas as bibliotecas
do Sistema. O referido evento contou com a colaboração técnica da Coordenadoria
de Modernização Administrativa da Pró-Reitoria de Planejamento e do Curso de
Biblioteconomia da UFC.
Os
trabalhos
do
Seminário
desenvolveram-se
fundamentados
na
metodologia do Planejamento Estratégico, com o propósito de se construir e
analisar acuradamente a rede causal de problemas que dificultam o bom
desempenho do Sistema de Bibliotecas, para, então, definir estratégias e propostas
de intervenção com vistas à sua melhoria.
A partir das discussões, evidenciou-se três dimensões de problemas que
afetam de forma significativa as atividades da BU/UFC, quais sejam: a situação do
acervo, questões relativas à carência de recursos humanos, bem como as de cunho
político-administrativas.
Por conseguinte, o desempenho não satisfatório da
BU/UFC manifesta-se na demora da transmissão da informação solicitada pelo
usuário e, muitas vezes, na falta de precisão e de valor agregado à mesma.
Deve-se ressaltar que foi imprescindível a utilização da metodologia do
Planejamento Estratégico, por possibilitar o envolvimento bastante participativo dos
atores envolvidos com a problemática do Sistema de Bibliotecas, e pelo
aprofundamento do estudo das causas e conseqüências relacionadas ao seu
�6.4
desempenho, e de suas implicações na qualidade do ensino, da pesquisa e da
extensão.
2 HISTÓRICO
A Biblioteca
Universitária da UFC foi criada em 1975, como Biblioteca
Central, tendo como objetivo reunir, de forma monolítica, todos os acervos das
bibliotecas, dispersos nas diversas unidades que então compunham a Universidade.
Em 1976 foi aprovada pelo DASP a primeira estrutura organizacional da Biblioteca
(MACHADO, 1994).
A partir de 1979, com o crescimento
do Sistema, e tendo em vista a
impossibilidade da centralização total dos acervos, estudos foram iniciados com
vistas à sua reestruturação e, na qualidade de Órgão Suplementar subordinado à
Reitoria, a Biblioteca Universitária passou, a partir de 1983, a centralizar serviços e
alguns acervos
já localizados no Campus Universitário do Pici. Na ocasião, a
Universidade tinha suas unidades distribuídas em três grandes áreas ou campi: Pici,
Porangabuçu e Benfica. Em 1987, novos estudos foram realizados, estabelecendo
para a Biblioteca Universitária a estrutura que conserva ainda hoje, com quatro
grandes divisões que centralizam os serviços técnicos e administrativos e três
subsistemas.
Atualmente, a BU/UFC está vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento, e se
compõe de 12 bibliotecas. Tem por competência prover a UFC de um sistema de
informações em Ciências, Tecnologia e Humanidades, de forma a proporcionar
�6.4
serviços bibliotecários e documentais eficientes que possibilitem o desenvolvimento
das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
3.1 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
A velocidade das transformações no mundo contemporâneo, aliada à
crescente limitação de recursos para enfrentamento de problemas que assumem
níveis de complexibilidade cada vez mais profundos, têm exigido das organizações
a aplicação de técnicas modernas de planejamento e gerência que permitem
contemplar
a
diversidade
de
condicionantes
que
permeiam
o
entorno
organizacional.
Aspectos
diversos, em natureza e magnitude, afetam a vida das
organizações, tanto públicas como privadas. Assim, competitividade, contingências
do mercado, influências das políticas governamentais e das normas e regulamentos
impostos, corporativismo, movimentos e reivindicações sindicais, lobies etc., têm
acelerado o processo decisório ao ponto de auxiliar-se da intuição como forma
premente de antecipação aos fatos.
Tais situações chegam a afetar mais rapidamente e intensamente as
organizações privadas - dada a sua maior vulnerabilidade frente à competitividade e
ao mercado - afluindo para o sentimento de insegurança em termos de
sobrevivência. Por outro lado, as Instituições Públicas, por estarem escudadas nos
"braços do Estado", são mais refratárias às influências externas (do ambiente), o
�6.4
que se traduz em resistências à mudanças adaptativas, preservando conceitos,
paradigmas, estruturas e dinâmicas gerenciais conservadoras e ultrapassadas.
Portanto, constitui-se em grande desafio a introdução de novas abordagens de
planejamento e gerência nos órgãos públicos.
As premissas que norteiam os vários paradigmas compreendem: que a
instituição deve ser analisada no contexto de um ambiente geral - envolvendo seu
ambiente interno (específico) e ambiente externo - o qual a condiciona
continuamente; que esse ambiente geral é complexo e se encontra em constante
transformação; que há a necessidade da organização se adaptar a estas mudanças
com vistas a atingir seus objetivos; e que o planejamento deve ser entendido como
um processo contínuo de adaptações, modificações e transformações.
Portanto, torna-se evidente a importância que assume o ambiente na
abordagem estratégica, uma vez que ele passa a ser o fundamento pelo qual a
organização deve se basear para implementar transformações adaptativas,
envolvendo exercício sistemático de revisão global e setorial, e relativo a vários
aspectos: missão, objetivos, metas, estrutura organizacional, meios, recursos etc.
Também deve ser procedido o exame dos valores que permeiam a
organização e que exercem significativa influência na dinâmica organizacional e no
processo de planejamento. Compreendem expectativas, preferências, crenças,
aspirações, ideais, tradições e padrões de comportamento dos diversos grupos que
compõem a organização.
Com os dados e informações selecionadas e analisadas, o administrador tem
condições de elaborar planos estratégicos, visando o aproveitamento organizacional
das potencialidades oferecidas pelo ambiente; ao mesmo tempo em que define
�6.4
ações que neutralizem ou minimizem os efeitos negativos das ameaças advindas
desse mesmo ambiente.
As estratégias de intervenção serão elaboradas considerando o balanço entre
os pontos fortes e fracos do ambiente interno, mediatizado pela análise do exame
de valores institucionais. Portanto, a viabilidade de se desencadear transformações
na organização estará condicionada ao confronto entre o que determina o ambiente
e a capacidade interna de resposta da instituição.
3.2 APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O SISTEMA DE
BIBLIOTECAS DA UFC
Com o auxílio do Planejamento Estratégico Situacional-PES, procedeu-se,
inicialmente, a uma análise situacional dos problemas inerentes ao Sistema de
Bibliotecas. Esta análise procurou refletir as causas que interferem nas atividades
do sistema, detectando interrelações e efeitos mediatos, imediatos e básicos sobre
o problema central. Através dessa hierarquia, foi possível identificar as causas
fundamentais (ou nós-críticos - NC), selecionar os mais relevantes e, a partir daí,
elaborar as operações, ações (através de uma lógica
recursiva), no intuito de
desencadear as transformações necessárias.
Ressalte-se, ainda, relativamente ao ambiente externo, que são identificadas
oportunidades e ameaças, que dizem respeito, respectivamente, a fatores potenciais
que poderão beneficiar a organização (seu fortalecimento e desenvolvimento) ou
prejudicá-la, afetando-a negativamente. Já ao ambiente interno são identificados
�6.4
pontos fortes e pontos fracos, assim classificados pelas vantagens ou desvantagens
operacionais que afetam o desempenho institucional.
4 ANÁLISE SITUACIONAL
4.1 CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DO MODELO EXPLICATIVO E DEFINIÇÃO DOS
NÓS-CRÍTICOS (NC)
Como salientado na metodologia, no modelo causal do "Desempenho NãoSatisfatório do Sistema de Bibliotecas da UFC", que constituiu-se no problema
central para efeitos do desenvolvimento do estudo, destacam-se três grandes
ramificações de fatores causais, acervo, recursos humanos e as de origem
político/administrativas, distribuídas em seis nós-críticos considerados os mais
relevantes:
NC 1- falta de uma política de desenvolvimento de coleções
A falta de uma política de desenvolvimento de coleções foi considerada de
grande relevância, devido a inexistência da definição de prioridades do que deve ser
adquirido e descartado, área do conhecimento a ser dada maior ênfase e previsão
orçamentária, entre outros.
A falta dessa política corrobora ainda para a desatualização do acervo,
influenciando na baixa qualidade e, conseqüentemente, ocasionando a
utilização do mesmo.
má
�6.4
Outro motivo que afeta bastante a utilização do acervo da biblioteca é
o
desconhecimento do perfil do usuário e das pesquisas desenvolvidas na
universidade.
NC 2- falta de procedimentos padronizados dos serviços da biblioteca
Como Sistema, alguns procedimentos são comuns, no entanto, há distorção
na interpretação e, conseqüentemente, na aplicação de determinadas regras, o que
ocasiona incompreensão e insatisfação do usuário.
NC 3- falta de comunicação com o usuário
Podemos considerar de grande importância, neste contexto, a deficiência de
comunicação com os usuários, que leva ao desconhecimento, pelos clientes, dos
serviços prestados pela biblioteca e das normas que regulamentam suas atividades,
ocasionando
o
descumprimento
das
regras,
contribuindo
para
o
não-
encaminhamento dos alunos, pelos professores, para a biblioteca.
Há ainda a se considerar a baixa atuação dos comitês de usuários, que se
constitui em fator importante para as limitações acima salientadas, resultante do
anacronismo de sua estrutura.
�6.4
NC 4- deficiência na aplicação de uma política de recursos humanos
Com respeito aos recursos humanos, outro fator que afeta significativamente
o Sistema de Bibliotecas é a falta de motivação e envolvimento dos funcionários.
Múltiplas razões são aventadas em relação a esse problema, as quais abrangem
desde a própria cultura do serviço público até a questões relativas aos baixos
salários.
A desqualificação dos funcionários afeta também, de forma imediata, os
trabalhos
desenvolvidos. Esse problema relaciona-se reciprocamente com a
desmotivação; ambos são reflexos de uma série de fatores que envolvem:
carência de pessoal,
a
inexistência de uma política para o funcionário-estudante,
reciclagem e atualização profissional, cargo de auxiliar de biblioteca, além
da
qualificação não-compatível com o cargo, alta rotatividade de funcionários e, por
último, como determinante de toda essa cadeia de problemas, tem-se a deficiência
da própria política de recursos humanos da Instituição.
Especificamente, a falta de uma política para o funcionário-estudante tem-se
revelado um transtorno administrativo no âmbito das bibliotecas, tanto devido ao
horário especial destinado a esse pessoal, quanto ao período contínuo de
funcionamento das bibliotecas, que os beneficia em termos de flexibilidade de
carga horária, dificultando também um maior controle de suas atividades. Outro
problema é a alta rotatividade, uma
vez que, ao concluírem
a graduação,
procuram outra lotação.
Saliente-se que a elevada rotatividade não diz respeito
apenas
aos
funcionários-estudantes, afetando todo o quadro de pessoal, cujas razões alegadas
�6.4
encontram-se
nos
baixos
salários da Universidade, na carência de incentivos
indiretos e de condições de trabalho.
Outro agravante é a falta do cargo de auxiliar de biblioteca. Isto torna-se
patente quando é feita a comparação entre as atividades de um assistente de
administração lotado na biblioteca e em outro setor da Universidade, em razão do
caráter específico das atividades desenvolvidas pelas bibliotecas.
Além disso, muitos dos concursados são alunos de graduação, profissionais
de outras áreas ou pós-graduados, que se submetem ao concurso para cargos
inferiores
ao
seu
nível
de
escolaridade,
manifestando
resistência
ao
desenvolvimento das atividades inerentes ao cargo.
Com relação ao profissional bibliotecário, além do número ser reduzido, não
há vagas para esta categoria, dificultando a liberação de pessoal para cursos de
reciclagem e atualização profissional, comprometendo, assim, a qualidade dos
serviços prestados.
Outro conjunto de causas que afeta o desempenho da BU/UFC relaciona-se a
aspectos
político-administrativos. Vale salientar, portanto, deficiências existentes
em infra-estrutura e apoio logístico, constatadas pela falta de equipamentos e de
manutenção, tanto do material bibliográfico quanto de instalações e equipamentos.
Registre-se, também, a carência permanente de material de consumo.
Um ponto bastante questionado consiste no fato de as bibliotecas não
ocuparem prédio próprio (exceção apenas da BU/UFC, Biblioteca de Ciências e
Tecnologia - BCT e, mais recentemente, da Biblioteca de Humanidades - BH). As
demais ocupam espaços nos edifícios de Centros e Faculdades, o que em certos
casos gera indefinições sobre a quem compete cuidar da manutenção do prédio.
�6.4
Há ainda a questão do atendimento pela Coordenadoria de Manutenção,
Recuperação e Conservação - COMAC que normalmente é demorado e burocrático.
Embora todas as bibliotecas recolham mensalmente, para os cofres da UFC,
uma quantia razoável oriunda de multas e xerox, elas não têm direito a suprimento
de fundos, o que complica sobremaneira a questão da manutenção.
NC 5- deficiência na estrutura organizacional da BU
A falta de autonomia dos subsistemas é um fato gerador de conflito. Tal
situação decorre não só da atual estrutura organizacional da BU/UFC, como da
perda política quando da desvinculação do Sistema ao Reitor, pela falta de assento
no Conselho Universitário (CONSUNI) e pelo desconhecimento da definição de
percentual para o orçamento das bibliotecas.
A desvinculação do Sistema ao Reitor significou um retrocesso e ocasionou
um aumento de burocracia na solução dos problemas, quando a tendência em nível
nacional é de vinculação direta ao Reitor, conforme levantamento feito pelo
Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias (PNBU).
Com relação à estrutura organizacional
do Sistema de Bibliotecas, foi
proposta uma reestruturação em 1987 que até agora não foi totalmente implantada
e já demonstra sua ineficiência.
A falta de assento no Conselho Universitário (CONSUNI) também foi
considerada uma das causas pelas
quais o Sistema não tem desenvolvido a
contento as suas funções, uma vez que para lá convergem todas as decisões da
Universidade, inclusive as que dizem respeito às bibliotecas, como horário de
funcionamento, regras de circulação, penalidades, etc.
�6.4
Outro ponto bastante questionado é o desconhecimento do percentual para o
orçamento da BU/UFC e o fato de só se incluir na previsão orçamentária a
renovação de assinaturas de periódicos e, quando possível, a aquisição de livros.
Seguindo a lógica do modelo causal explicitado, converge, como uma das
causas determinantes de toda a cadeia de problemas, a falta de percepção do
papel do bibliotecário na questão da Educação e no exercício profissional. Isso
contribui
para
uma
atitude
corporativista
negativa,
impedindo
que
sejam
reconhecidas e corrigidas as falhas na prestação dos serviços.
NC 6- deficiência no sistema de avaliação
A deficiência no atual sistema de avaliação também foi considerada de suma
importância, uma vez que através dele se detectam as falhas nas atividades
desenvolvidas pela BU e as possíveis
soluções; além do mesmo
ser peça
fundamental para um efetivo planejamento.
A limitação dos recursos financeiros e a falta de integração com o ambiente
interno e externo contribuem não
só para
que caia o padrão dos serviços
prestados, como também para o não-aproveitamento de oportunidades com vistas à
dinamização do mesmos.
Na realidade,
tudo isso é, de certa forma, resultante de deficiências no
planejamento que, paralelamente a uma política educacional ineficiente, tem levado
as universidades públicas a uma situação de penúria, afetando a performance das
bibliotecas.
Na parte superior da árvore de problemas encontram-se as principais
conseqüências do Desempenho não-satisfatório do Sistema de Bibliotecas da UFC,
�6.4
as quais refletem-se tanto na qualidade do atendimento ao usuário, quanto no
ensino/aprendizagem, culminando com o afastamento do usuário das bibliotecas.
Outros
pontos preocupantes referem-se à imagem dos profissionais
bibliotecários que transparece para o usuário - parecendo que não trabalham com
responsabilidade e comprometimento - bem como o baixo retorno dos investimentos
financeiros feitos pela UFC no Sistema.
4.2 ANÁLISE DOS AMBIENTES EXTERNO E INTERNO
Como salientado na metodologia, a análise dos condicionantes externos e
internos é fundamental para se empreender um planejamento efetivo, haja vista que
é através do aproveitamento das oportunidades externas e dos pontos fortes da
instituição que se poderá avançar e enfrentar as ameaças advindas e as limitações
internas (pontos fracos). A seguir, encontram-se discriminadas as potencialidades e
ameaças do ambiente externo, como também os pontos fortes do sistema de
bibliotecas e da UFC, de acordo com a definição dada pelos participantes. Vale
registrar
que os
pontos fracos constituem-se nos próprios "Nós-Críticos"
evidenciados acima, identificados com o auxílio do modelo causal.
�6.4
4.3.1 Ambiente Externo
Oportunidades
a) intercâmbio entre Bibliotecas no Brasil;
b) aumento de recursos financeiros no MEC, através de projetos específicos;
c) realizar levantamentos bibliográficos em bases de dados em diversas
áreas do conhecimento humano;
d) celebrar convênios com instituições diversas;
e) reciclar profissionais em outras instituições;
f) possibilidade de angariar recursos através dos projetos governamentais
(extra universidade) - alocações de verbas extra-orçamentárias;
g) realização de projetos e/ou convênios para empréstimos de material
bibliográfico entre bibliotecas;
h) utilizar meios de comunicação de massa;
i) desenvolver trabalhos com as comunidades;
j) promover palestras, eventos em geral, por áreas de interesse;
k) participar de movimentos sociais e culturais (feiras, convenções, etc);
l) incrementar o acervo através de doações e permutas de material
bibliográfico.
Ameaças
a) Política do MEC sem priorizar as universidades públicas federais;
b) falta ou corte de verbas para a Educação, em particular para a
Universidade;
c) iminência de privatização das universidades;
�6.4
d) possibilidade de cortes nas assinaturas de periódicos;
e) política econômica instável;
f) falta de definição no orçamento;
g) descrédito da sociedade para com o ensino superior.
4.3.2 Ambiente Interno
Pontos Fortes
a) Apoio financeiro da Administração Superior nos eventos para reciclagem
do servidor;
b) divulgação de eventos através da rádio Universitária;
c) existência, na UFC, de uma complexa rede de informatização (Hardware);
d) existência do Sistema de Automação Universitária-SAU;
e) acesso a bases de dados internacionais;
f) uso da RNP para conexão com o mundo;
g) apoio da Coordenadoria de Modernização Administrativa e da Imprensa
Universitária;
h) comunicação/participação da Biblioteca nos diversos programas da
universidade;
i) apoio de grupos de bibliotecários para desenvolver as atividades
propostas;
j) curso de atualização de técnicas bibliotecárias;
k) vontade dos bibliotecários de capacitar-se.
�6.4
5 CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DOS OBJETIVOS
Com o auxílio da árvore de problemas e da identificação e seleção das
causas críticas, definiu-se os objetivos a serem perseguidos que, pela lógica de
construção do modelo, tem-se através do alcance dos objetivos-meios o ataque às
referidas causas, as quais determinam o problema central. Isso contribui, portanto,
para o atingimento do objetivo central, qual seja, promover o satisfatório
desempenho do Sistema de Bibliotecas da UFC.
Como
resultados, ou objetivos finais, a melhoria na qualidade do
atendimento contribui para o aperfeiçoamento do processo ensino/aprendizagem na
universidade, maximizando a satisfação do usuário. Por fim, tudo isso se refletirá
em estímulo para um maior afluxo de usuários e utilização dos serviços ofertados
pelo Sistema de Bibliotecas da UFC.
Objetivos-Fins
a) Melhorar a qualidade no atendimento ao usuário;
b) melhorar a qualidade do ensino/aprendizagem;
c) maximizar a satisfação do usuário;
d) atrair o usuário para as bibliotecas.
Objetivo Central
Promover o Satisfatório Desempenho do Sistema de Bibliotecas da UFC.
�6.4
Objetivos-Meios
a) Elaborar e implementar uma adequada política de desenvolvimento de
coleções;
b) normatizar e padronizar os serviços, e documentar as
informações
internas;
c) proceder à reestruturação organizacional do Sistema;
d) definir e sugerir critérios para a melhoria na Política de Recursos Humanos
direcionada ao Sistema de Bibliotecas;
e) promover um adequado processo de comunicação com o usuário;
f) definir e implementar uma política de avaliação contínua do Sistema de
Bibliotecas.
6 PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
Após a identificação dos nós-críticos, passou-se à definição de propostas para
intervenção.
PROJETO
1:
ELABORAR
E
IMPLEMENTAR
UMA
DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
Operações/ações: (Op/A)
Op.1- Elaborar a Política de desenvolvimento de coleções.
A.1.1- Contratar técnico para assessoria;
A.1.2- definir grupo de trabalho;
POLÍTICA
DE
�6.4
A.1.3- treinar o grupo de trabalho;
A.1.4- elaborar o documento;
A.1.5- realizar evento para divulgar e distribuir o documento.
Op.2- Implementar a política de desenvolvimento de coleções.
A.2.1- inventariar coleções;
A.2.2- avaliar coleções;
A.2.3- sensibilizar a comunidade universitária.
PROJETO 2: NORMATIZAR, PADRONIZAR, DOCUMENTAR OS SERVIÇOS
E
DISSEMINAR INFORMAÇÕES INTERNAS DO SISTEMA
Operações/ações
Op.1- Identificar os serviços a serem normatizados.
Op.2- Criar comissão para elaborar critérios de padronização dos serviços
internos do Sistema e do fluxo para disseminação das informações para
tomada de decisões.
A.2.1-Elaborar rotinas, visando a consecução do manual de normas e
procedimentos;
A.2.2- Elaborar manuais de serviço;
A.2.3- Definir fluxo e formas de disseminação da informação para tomada de
decisões.
Op.3- Implementar proposta.
PROJETO 3: PROCEDER
À
REESTRUTURAÇÃO
ORGANIZACIONAL DO
�6.4
SISTEMA
Operações/ações
Op.1- Extinguir os subsistemas, reestruturar o comitê de usuários, elaborar
regimento interno, dotar a Divisão de Coordenação de Bibliotecas com
representante por Campus.
A.1.1- Criar grupo de estudo visando a discussão e elaboração de propostas,
objetivando uma nova estrutura;
A.1.2- Implementar proposta da nova estrutura.
Op.2- Vincular o Sistema de Bibliotecas ao Reitor.
A.2- Elaborar proposta e encaminhar ao Reitor.
Op.3- Participar do CONSUNI com direito a voz e voto.
A.3- Elaborar proposta e encaminhar ao Reitor.
PROJETO 4: PROMOVER UM ADEQUADO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
COM O USUÁRIO
Operações/Ações:
Op.1- Elaborar projeto de marketing para dinamizar produtos e serviços.
A.1.1- Elaborar serviço de alerta para a comunidade;
A.1.2- participar de campanhas sociais;
A.1.3- utilizar meios de comunicação de massa;
A.1.4- promover eventos culturais;
A.1.5- criar um balcão de informações utilitárias;
A.1.6- reestruturar e dinamizar o Biblionotícias;
�6.4
A.1.7- implementar um rodízio de todos os bibliotecários no balcão de
empréstimo e serviço de referência para não perder a visão do usuário;
A.1.8- que no início de cada ano a comunidade seja convidada a conhecer o
plano anual de trabalho e ao final do ano a apresentação do relatório
das atividades desenvolvidas;
A.1.9- a comunicação do Sistema com a comunidade deve ser feita através
das próprias bibliotecas ou, no caso do usuário discente, através de
seus canais de representação;
A.1.10- promover um adequado processo de comunicação com o usuário.
Op.2- Dinamizar treinamento do usuário.
A.2.1- Realizar reuniões com professores, conscientizando-os da
necessidade de treinamento para os alunos de graduação e de pósgraduacão;
A.2.2- participar das calouradas, estabelecendo o treinamento nesta ocasião.
Op.3- Criar serviço de telereclamação.
Op.4- Reestruturar e implementar comitê de usuários.
A.4.1- Realizar reunião com as chefias de Assistência ao Leitor para reavaliar
os comitês de usuários.
PROJETO 5: DEFINIR E SUGERIR CRITÉRIOS PARA A MELHORIA
POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS DA UFC.
Operações/ações
Op.1- Alocar pessoal através da SRH.
A.1.1- Fazer o levantamento das necessidades de pessoal;
A.1.2- solicitar transformação de cargos para bibliotecário;
DA
�6.4
A.1.3- definir o perfil do bibliotecário necessário à instituição para
apresentação quando da formulação do concurso;
A.1.4- fazer convênios com instituições de manutenção de menores carentes,
com a finalidade de profissionalizá-los como auxiliar de bibliotecas;
A.1.5- aumentar o valor financeiro da bolsa para estudantes que prestam
serviço nas bibliotecas.
Op.2- Regulamentar o horário do funcionário-estudante.
A.2.1- Estabelecer regras para o horário de trabalho.
Op.3- Definir critérios para liberação de funcionários para estudar.
A.3.1- Elaborar normas visando à regulamentação do direito a participação
em cursos.
Op.4- Definir horário oficial de funcionamento das bibliotecas do Sistema.
A.4.1- Encaminhar proposta para o estabelecimento do horário corrido.
Op.5- Definir estratégias visando promover a motivação dos funcionários.
A.5.1- Identificar pessoas e/ou grupos que trabalhem com motivação visando
um trabalho em conjunto.
Op.6- Criar o cargo de auxiliar de biblioteca.
A.6.1- Elaborar documento solicitando a criação do cargo.
Op.7- Capacitar recursos humanos para atuar em bibliotecas.
A.7.1- Levantar as necessidades de treinamentos e promover cursos.
�6.4
PROJETO 6: DEFINIR E IMPLEMENTAR UMA ADEQUADA POLÍTICA
DE
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS
Operações/acões
Op.1- Identificar as necessidades dos serviços a serem avaliados.
A .1.1 - Fazer estudo dos serviços prestados pelas Bibliotecas Setoriais.
Op.2- Contactar a Coordenadoria de Análise Institucional e Avaliação.
Op.3- Identificar a metodologia de avaliação.
Op.4- Elaborar a proposta de avaliação.
A.4.1- Instituir equipe interdisciplinar ou intersetorial para trabalhar
integradamente com a Coordenadoria de Análise Institucional e
Avaliação.
Op.5- Implementar a avaliação.
PROJETO 7: IDENTIFICAR E DISSEMINAR AS INFORMAÇÕES RELATIVAS À
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS
Operações/ações
Op.1- Criar um sistema de informações gerenciais na Biblioteca Universitária.
A.1.1- Subsidiar, com informações gerenciais, a administração superior da
UFC;
A.1.2- disseminar informações atualizadas para a administração superior.
7 ESTRATÉGIAS
�6.4
Elaborar projetos especiais para negociação junto aos diversos setores das
instituições públicas e privadas, no sentido de viabilizar programas de dinamização
das bibliotecas e recursos financeiros. De princípio, pode-se discriminar as
seguintes propostas:
a) convênio "Pró-Ler";
b) projeto de melhoria do acervo na área de Química,
visando tornar a
Biblioteca de Ciências e Tecnologia de referência nessa área na Região
Nordeste;
c) projeto para ampliar a videoteca do sistema;
d) elaborar convênios com órgãos Públicos e Privados para viabilização de
recursos financeiros para o Sistema de Bibliotecas, como:
e) convênio com a Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa - FUNCAP,
NUTEC e outros órgãos das administrações públicas estaduais e
municipais, bem como Organizações Não-Governamentais-ONGS, com a
iniciativa Privada (FIEC, CIC, FACIC, SINDICATOS, EMPRESAS etc); para
potencialização de recursos financeiros via utilização das bibliotecas da
UFC e do Posto de Serviços da rede ANTARES;
f) convênios entre o Sistema de bibliotecas da UFC e as bibliotecas das
universidades públicas e particulares do Estado e
fora dele, para
empréstimo de material bibliográfico;
g) atuar junto à SRH no sentido de definir e implantar uma política específica
de aquisição/alocação e treinamento de recursos humanos para o Sistema
de bibliotecas da UFC;
�6.4
h) promover cursos para formação de auxiliar de biblioteca aos alunos de 1° e
2° graus da rede
pública estadual e municipal, com a finalidade de
profissionalizá-los e engajá-los como estagiários nas bibliotecas da UFC;
i) promover a divulgação dos serviços ofertados pelas bibliotecas junto às
comunidades interna e externa à UFC.
8 CONCLUSÃO
A iniciativa de elaboração de um Planejamento Estratégico para bibliotecas
parece ser nova, já que só encontramos na literatura alguns artigos que se limitam
apenas a discutir alguns pressupostos.
Fazer uma análise criteriosa dos problemas que afligem a BU/UFC, sem
permitir que o corporativismo embotasse a visão dos que participaram do seminário
de avaliação, foi uma tarefa árdua.
A implementação das operações e ações aqui descritas têm acontecido não
com a velocidade desejada, mas esta é uma prerrogativa que o planejamento
estratégico oferece ou seja, a reavaliação e a retomada de algumas metas para a
consecução dos objetivos traçados.
O que há de mais positivo neste tipo de planejamento é, sem dúvida, a
possibilidade do reconhecimento do peso político da categoria e a importância de
uma participação mais efetiva nas decisões.
ABSTRACT
�6.4
This paper describes the strategic planning for the Federal University of Ceará’s
library system for the four-year period 1995-99, resulting from a seminar to evaluate
the services provided. It analyses weaknesses and strengths, opportunities and
threats, and defines objectives and strategies which should be introduced to improve
the system.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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203p.
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CRUB, 1988. 91 p. (Estudos e Debates, 16)
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situacional de Carlos Matus. Washignton : Borrador, 1987. 190 p.
4 BILL, Sérgio R. Sistema de informação; um enfoque gerencial. São Paulo :
Atlas, 1993. 183 p.
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Atlas, 1990. 270 p.
6 LOPES, Carlos Thomaz G. Planejamento e estratégia empresarial. São
Paulo : Saraiva, 1976. 194 p.
7 MACHADO, Gabriellita Carrhá. Atividades desenvolvidas pela Biblioteca
Universitária no período de junho de 1991 a setembro de 1994. [s.n.t.]
15 p. (datilografado)
8 MATUS, Carlos. O plano como aposta. São Paulo em Perspectivas, v. 5, n. 4,
p.28-42, out./dez. 1991.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Planejamento estratégico para bibliotecas: a experiência da Universidade Federal do Ceará.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Pires, Fernando; Macieira, Maria Helena S. Leão; Almeida, Norma Helena P. de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Descreve o planejamento estratégico para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Ceará para o quadriênio 1995/99, a partir de um seminário de avaliação dos serviços prestados. Analisa pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, definindo objetivos e estratégias a serem implantadas para melhoria do Sistema.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4634/SNBU1996_006.pdf
f9b19fc5588287892af47decf2a5101a
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1.3
POLÍTICA DE SERVIÇOS E NOVAS TECNOLOGIAS:
PERSPECTIVAS DO CENTRO DE INFORMAÇÕES NUCLEARES (CIN) DA
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)
Gilda Gama de Queiroz*
**
Luiz Fernando Passos de Macêdo
RESUMO
Relata, com detalhes, o redimensionamento prioritário do CIN para os serviços de
disseminação da informação, em especial, o acesso a bases nacionais e internacionais na área
de Energia, bem como o fornecimento de textos aos usuários através da transmissão
eletrônica.
1 INTRODUÇÃO
No início dos anos 70, quando começou a atuar o Centro de Informações
Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear, definiu-se por aplicar as mais
novas tecnologias disponíveis, o que
automatizados em
batch e microfichas.
na época traduzia-se por
Deu-se ênfase
sistemas
à disseminação de
informações e ao fornecimento de cópias. Depois, com a chegada dos sistemas online, propiciada pela ampliação de memória dos mainframes e pela capacidade de
armazenamento dos discos rígidos, nova mudança radical foi assumida, desta vez
para o oferecimento dos serviços de busca retrospectiva com grandes bases de
*
**
Bibliotecária da Divisão de Promoção do Centro de Informações Nucleares da CNEN
Gerente do Centro de Informações Nucleares da CNEN
�1.3
dados on-line. Inicialmente, os serviços eram on-line apenas para quem tinha linha
dedicada. Na prática, o uso interativo só era possível nas próprias instalações do
CIN e em demonstrações em feiras e exposições, sempre sujeitas
a chuvas e
trovoadas, com os nervosismos de instalação de última hora, até a abertura dos
eventos. O primeiro serviço on-line direto para o usuário final foi um projeto piloto
que usava telex. Hoje nos parece risível, mas o sistema pioneiro proporcionou ao
CIN muita “experiência de convívio ” com os usuários. A instalação da RENPAC
(INTERNATIONAL NUCLEAR INFORMATION SYSTEM - INIS, 1996)
pela
Embratel significou um salto qualitativo imenso. Chegava a era da utilização efetiva
das telecomunicações.
Mas o custo das comunicações ainda era alto e sua
utilização foi limitada. Ao ser estabelecida a RNP (1996) e, por fim, implantada a
Internet comercial, criaram-se as condições para a difusão ampla do uso de buscas
retrospectivas on-line por usuários finais e para a ampliação do uso do SUPRIR,
serviço on-line do CIN. Os outros recursos de informação disponíveis na Rede e o
advento das bases de dados em CD-ROM , no entanto, já atendem razoavelmente
esta demanda. Neste novo cenário, o CIN redirecionou suas prioridades para os
serviços de DSI e fornecimento de cópias de textos completos. Este será o tema de
nossa apresentação.
�1.3
2 POLÍTICA DE SERVIÇOS
A
Internet atende perfeitamente ao usuário que sabe bem o que está
procurando, e ao que está na ponta contrária, pois tudo é interessante para quem
não tem um interesse específico e está navegando por pura diversão.
Há na vida profissional de todos nós, no entanto, uma situação de
necessidade de informação não verbalizada e indefinida, que poderia ser
caracterizada por “necessidade de informação para atualização profissional
continuada”. Informação que não estamos verdadeiramente procurando, mas que
se chegar bem escolhida e sem trabalho, será sempre bem vinda. Este é o espaço
da disseminação seletiva de informações. Em recente levantamento junto aos
usuários do SONAR,
DSI (INIS, 1996) do CIN, quase 80% dos usuários
demonstraram sua pretensão de continuar a receber as bibliografias periódicas,
apesar de grande parte deles ter acesso à Internet.
A forma de entrega das
informações, entretanto, é que deve sofrer atualizações, passando a suportes
eletrônicos. Mas, se o usuário preferir, as bibliografias continuarão a lhe ser
entregues impressas em papel. Como decorrência de ter conhecimento da
existência de um documento os usuários querem ter acesso ao texto completo,
portanto os serviços de fornecimento de cópias ainda parecem ter muito espaço no
cenário atual.
Tendo esta orientação, reafirmamos algumas políticas gerais de serviços a
par de adotar outras novas.
�1.3
O CIN vai continuar a desenvolver produtos voltados a atender grande
número de usuários, de forma personalizada. E trabalhará nos indispensáveis filtros
de informação. Como afirmou o polonês Stanislaw Lem, escritor de ficção científica,
autor de “Solaris”, a capacidade de absorção do homem é limitada, sendo incapaz
de lidar com a avalanche de informações que circulam pela Web. A Internet não
permite nenhuma classificação hierárquica. Por causa disso, todas as informações
adquirem a mesma importância, desde a mais trivial até a mais profunda.
Um
serviço de disseminação de informações tem que atentar para isto e vamos ser
fiéis ao nosso velho slogan:
ler”.
“SONAR, um serviço para quem não tem tempo para
Afinal, os usuários estão começando a querer fugir da “indigestão de
informação”. O SONAR mantém hoje cerca de 1000 perfis. Como antes do período
de ênfase dada aos serviços de busca retrospectiva on-line, o CIN chegou a manter
mais de 3000 perfis, nossa meta será recobrar este patamar.
Trabalhamos com um público externo diversificado em termos de formação,
assuntos abrangidos e instituições a que os profissionais estão ligados. Para atingir
nossa meta, deveremos explorar intensamente cada um dos nichos já identificados,
atraindo o maior número possível de novos profissionais de cada um destes grupos.
Sem abandonar as áreas cobertas por outras bases de dados, será dada maior
ênfase à área de tecnologias de Energia e aplicações pacíficas da Energia Nuclear,
que correspondem às bases de dados Energy e INIS (1996). Na área de Energia,
o CIN representa o Brasil no ETDE1 e está dando grande ênfase à RBIE - Rede
Brasileira de
�1.3
Informação em Energia. Esta rede recebeu o apoio do PADCT - Sub-programa de
Informação e começa a se estruturar. Já conta com a adesão da USP - Instituto de
Eletrotécnica e Energia e da Eletrobrás/CEPEL - Centro de Pesquisa de Energia
Elétrica.
Chegamos a mais um ponto da política de serviços do CIN: o oferecimento
de produtos decorrentes do trabalho cooperativo a nível nacional e internacional. Aí
há dois aspectos a analisar.
A colaboração na construção de bases de dados
bibliográficas internacionais na área de Energia e a construção de Catálogos
Coletivos, em áreas onde haja demanda não atendida.
Como importante decorrência da participação em bases de dados
internacionais, temos a oportunidade de oferecimento simultâneo da literatura
brasileira e da literatura internacional da especialidade.
Já a construção de catálogos coletivos está mais ligada à política de criação
de instrumentos cooperativos para
facilitar o acesso ao documento.
O CIN
continuará investindo na produção do CD-CIN - o CD-ROM com as bases Anais,
Normas e Cat-CD e a ceder estes dados para compor vários outros
CDs
cooperativos, como o do IBICT (INIS, 1996) e o da Universidade de Colima, no
México. Ainda em relação a fornecimento de textos completos, investiremos em
experiências cooperativas iniciadas pelo INIS com CD-ROM e pelo ETDE (INIS,
1996) com a transmissão eletrônica de documentos
detalhado mais adiante.
completos, o que será
�1.3
O último ponto que gostaria de abordar em relação à política de serviços é a
cobrança. O CIN foi introduzindo a cobrança de seus serviços gradativamente, a
partir do início dos anos 80. Atualmente, praticamos uma política de ressarcimento
dos custos diretos. Com certeza a adoção das novas tecnologias terá um impacto
na forma de cobrança, o que terá que ser avaliado cuidadosamente no futuro.
3 NOVAS TECNOLOGIAS
3.1 SONAR VIA INTERNET
O SONAR é o serviço de disseminação seletiva de informações - DSI mantido
pelo CIN desde 1973.
Em levantamento feito em 1995 junto aos usuários, para saber se preferiam a
impressão das saídas mensais em
papel ou disquete, apareceu
o envio de
arquivos via Internet como alternativa espontânea de alguns deles.
O CIN
considerou imediatamente a sugestão e uma interface de comunicação com a
Internet para o DSI já se acha em fase de projeto-piloto.
No DSI Internet piloto, as referências selecionadas pelo perfil de cada usuário
são gravadas em arquivo a partir do qual são transformadas em home-pages
(HTML). O programa, após a preparação da home-page de cada usuário, a
transmite na forma de uma mensagem ao endereço eletrônico constante do seu
cadastro.
Para examiná-la, portanto, o usuário deve utilizar um browser da Internet,
dispondo de todos os recursos destes softwares. Por exemplo, buscar referências
�1.3
que contenham um certo termo, gravar a home-page em disquete ou imprimi-la, total
ou parcialmente. Os testes iniciais estão sendo realizados com o correio eletrônico
da versão 3.0 do Netscape Navigator. Posteriormente, serão testados outros
browsers que também incorporem recurso de correio eletrônico e sejam capazes de
reconhecer mensagens em HTML.
Cada home-page contém uma parte introdutória (logotipo do CIN e link para
enviar mensagens ao endereço eletrônico do CIN) e, opcionalmente, uma
mensagem aos usuários (por exemplo, sobre a introdução de uma nova base de
dados). Seguem-se as referências bibliográficas, iniciando-se com uma relação dos
títulos dos documentos. Cada título possui um link interno para a referência
bibliográfica completa. Assim, clicando-se sobre o título ou sobre o ícone a ele
associado é exibida a referência completa (resumo, descritores etc).
Examinando a sua home-page, o usuário poderá solicitar cópias de
documentos ao CIN por correio eletrônico. No corpo de cada referência o usuário
pode selecionar os documentos dos quais deseja obter cópia do texto completo,
clicando sobre um botão, e informar também se autoriza a obtenção do mesmo no
exterior quando não for localizado no país.
�1.3
Após examinar os títulos, um outro botão envia uma mensagem ao endereço
eletrônico do CIN finalizando o processo de solicitação de cópias de textos
completos. Esta mensagem identifica o usuário que fez a solicitação e as
referências solicitadas além de informar, para cada uma delas, se está autorizada a
sua obtenção no Exterior.
Este novo tipo de saída do SONAR será acrescido às opções existentes de
saída impressa e em disquete. Suas principais vantagens para o usuário serão o
recebimento mais rápido das informações e a possibilidade de envio imediato de
pedidos de cópias. Ao que se pode acrescer a facilidade em examinar os
documentos selecionados com o uso de um software amigável e com o qual o
usuário já se encontra, supostamente, altamente familiarizado. Para o CIN haverá
redução de tarefas administrativas (tanto para preparação e envio como para
recebimento de pedidos de cópias), dos materiais utilizados e de custos de correio,
viabilizando a manutenção de um serviço que tem recebido subsídio permanente da
CNEN, como contribuição ao desenvolvimento da área de C&T.
3.2 FORNECIMENTO DE TEXTOS COMPLETOS
O CIN vem participando desde 1995 de um projeto piloto desenvolvido pelo
INIS em substituição ao atual sistema de microfichas para armazenagem e
disseminação de literatura não convencional (LNC). Este projeto visa a produção de
um CD-ROM com textos completos. No sistema INIS considera-se literatura não
convencional toda a literatura que não pode ser obtida comercialmente - teses,
relatórios, alguns anais de congressos.
�1.3
A armazenagem das informações está dividida em três tipos de arquivos:
imagens, software de recuperação e dados bibliográficos e arquivos invertidos.
A recuperação das informações na base de dados em CD-ROM é baseada
num número de referência ou registro, obtido a partir da base de dados
bibliográficos INIS. Uma busca na base em CD-ROM fará um link direto com a
imagem da LNC. Inicialmente as imagens serão em TIFF (INIS, 1996), mas outros
formatos serão aceitos e exibidos, como ASCII, processadores de texto, HTML, PDF
(INIS, 1996). A aceitação em SGML fica como desenvolvimento posterior, face às
diferentes DTD - definições de tipos de documentos, usadas para os relatórios
científicos.
Códigos de barra serão colocados em cada peça de literatura, o que ajudará
muito o processamento dos documentos. O sistema pode ler automaticamente o
código de barra e fazer download do registro bibliográfico correspondente. Este
processo, além de rápido, elimina a possibilidade de haver links equivocados entre o
registro bibliográfico e a imagem correspondente a ele, uma vez que os códigos de
barra são lidos praticamente sem erros.
Convém lembrar aqui que o INIS é um
sistema internacional, cooperativo e descentralizado, em que cada país alimenta a
base de dados com os documentos publicados dentro de suas fronteiras. Estes
códigos de barra com os números de referência serão colocados nas folhas de rosto
pelo país que estiver fazendo a alimentação daquele documento na base de dados.
O INIS vai distribuir o software para geração de códigos de barra por impressoras
laser a todos os países membros.
�1.3
A qualidade das cópias impressas em papel a partir das imagens é de
qualidade muito boa, em alguns casos até superior ao original. Espera-se que este
sistema já esteja operativo em meados de 1997.
O ETDE (INIS, 1996)
também está desenvolvendo um projeto de
transmissão de documentos via WEB, que na fase inicial prevê a substituição do
atual sistema de microfichas pelo registro das informações em fitas DAT.
Em relação a experiências com outras instituições brasileiras, o CIN adquiriu
o software Ariel, de gerência de transmissão de imagens, e está executando testes
de transmissão de textos completos com a Universidade de Campinas - Biblioteca
de Engenharia.
4 CONCLUSÃO
O CIN
tem se esforçado em responder
a demandas, muitas vezes
paradoxais, entre aumento de volume e personalização dos produtos oferecidos,
entre escassez de recursos e necessidade de renovação. Pois, se por um lado a
evolução da tecnologia impõe exigências de atualização das equipes das unidades
de informação, ao mesmo tempo, a nova cultura tecnológica introduz mudanças no
comportamento dos usuários, que se tornam cada vez mais sofisticados em suas
demandas pessoais.
�1.3
5 NOTAS
5.1. LISTA DE SIGLAS E TERMOS USADOS NO TEXTO
browser - (navegador de WWW) - Programa utilizado para visualizar na tela as páginas da
World Wide Web
CIN - Centro de Informações Nucleares da CNEN
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear
DSI - disseminação seletiva de informações
DTD - Document Type Definition
e-mail - (correio eletrônico) Sistema para troca de mensagens pessoais entre os usuários.
ETDE - Energy Technology Data Exchange, da IEA
FTP - File Transfer Protocol, é a maneira de transferir arquivos na Net. Este recurso
possibilita a cópia de arquivos de um servidor da Internet para o micro do
usuário e vice-versa
HTML - HyperText Markup Language - Linguagem de Formatação de Hipertexto
IAEA - International Atomic Energy Agency
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
IEA - International Energy Agency
INIS - International Nuclear Information System da AIEA
LNC - literatura não convencional
RBIE - Rede Brasileira de Informação em Energia
RENPAC - Rede Pública de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes
RNP - Rede Nacional de Pesquisa
SGML - Standard Generalized Markup Language
Padrão ISO 8879 de formatação de textos
TIFF - formato produzido pela maioria dos “scanners”, com terminação “.TIF”
URL - Uniform Research Locator
WWW - World Wide Web - Seção gráfica de Internet formada por páginas de hipertexto.
5.2 ALGUNS MARCOS NO EMPREGO DE TECNOLOGIA PELO CIN
1973 - SDI automatizado com a base de dados INIS
1975 - Busca retrospectiva em “batch”
1976 - SUPRIR - Busca retrospectiva “on-line”
1978 - SABER - Primeira aplicação de DBMS
- Primeira etapa de automação do serviço de fornecimento de cópias - SERVIR
1982 - Lançamento do Catálogo Coletivo de Conferências em C&T em COM
1985 - Nova versão do SONAR
- Lançamento do SUPRIR TELEX
- Nova versão do SERVIR
1987 - Lançamento do SUPRIR-RENPAC
1995 - Lançamento do CD-CIN, CD-ROM com as bases ANAIS e INIS-BRASIL,
NORMAS E ARCAL-X
�1.3
ABSTRACT
Describes in detail the priorities of CIN (Center for Nuclear Information of the
Brazilian National Comission of Nuclear Energy) and the redesign of its services for
selective dissemination of information. Among its priorities are the access to national
and international databases as well as the provision of full texts to users by
electronic transmission.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 INTERNATIONAL NUCLEAR INFORMATION SYSTEM (INIS) - INIS.
Clearinghouse Imaging Pilot ( CHIP) - Final report. 11+ 16 p. April 1996.
2 SAYÃO, Luis Fernando , BARROS, Anna Christina T. Monteiro de. Centro
de Informações Nucleares: 25 anos de apoio da CNEN à área de C&T.
Ci.Inf., Brasília, v. 24, n. 2, p. 232-240, maio/ago. 1995
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Política de serviços e novas tecnologias: perspectivas do Centro de Informações Nucleares (CIN) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Queiroz, Gilda Gama de; Macedo, Luiz Fernando Passos de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Relata, com detalhes, o redimensionamento prioritário do CIN para os serviços de disseminação da informação, em especial, o acesso a bases nacionais e internacionais na área de Energia, bem como o fornecimento de textos aos usuários através da transmissão eletrônica.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4793/SNBU1996_078.pdf
97708f813568a0e3b454a6795185467c
PDF Text
Text
8.19
POLÍTICA EDITORIAL NA PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
CAMPINAS: UMA PROPOSTA
Maria Cristina Matoso*
**
Marili Nogueira Loureiro
RESUMO
Análise dos ítens bibliográficos dos periódicos técnico-científicos editados pela
Pontíficia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Para a análise das
publicações, utilizou-se a pesquisa desenvolvida por uma das autoras no segundo
semestre de 1995. Os resultados demonstraram que não há forma normalizada de
apresentação dos ítens bibliográficos, pois não há política editorial definida pela
Universidade. Diretrizes são propostas para o estabelecimento de uma política
editorial na PUCCAMP, visando a centralização do processo de publicação e
distribuição pelo Sistema de Bibliotecas de Informação.
1 INTRODUÇÃO
A política de pesquisa no âmbito das universidades visa direcionar todas as
atividades desenvolvidas na busca dos objetivos que norteiam as instituições de
ensino, pesquisa e extensão. Nesse contexto, deve estar contemplada a política de
divulgação do saber produzido intra-muros.
*
Especialista em Sistemas Automatizados de Informação, Responsável pelo Núcleo de Editoração
SBI/FCM da PUCCAMP.
**
Especialista em Administração de Bibliotecas Universitárias, Bibliotecária responsável pela Seção de
Aquisição do SBI/PUCCAMP .
�8.19
À medida que a produção científica ultrapassa os limites internos das
instituições, torna-se necessária a sistematização desses conhecimentos para o
alcance de legitimidade perante a comunidade científica externa.
Partindo do princípio de que o registro do conhecimento é fator primordial
para o ciclo de transferência do saber, surge a necessidade de normalizar e
padronizar as formas de comunicação técnico-científica.
O processo de automação em nível mundial envolve as produções literárias.
Num segundo momento, as diretrizes editoriais serão adaptadas às características
diferenciadas do periódico eletrônico.
COSTA (1988) verifica que a produção de periódicos científicos em nosso
país apresenta, ainda, caráter amadorístico e improvisado, sem a observância de
padrões mínimos de normalização, contribuindo para o surgimento de muitos tipos
de problemas, tais como a ausência de viabilidade econômica, de qualidade na
produção e de distribuição adequada. Outro problema decorrente da ausência da
normalização das publicações periódicas é a dificuldade de localização e acesso ao
documento.
Segundo ROSINHA (1993) a política editorial decorre da necessidade de se
racionalizar a atividade editorial para atingir os resultados pretendidos, evitar
desperdícios, prevenir duplicidade de esforços e atuações e normalizar e
sistematizar as publicações.
2 OBJETIVOS
�8.19
a) Propor diretrizes para o estabelecimento de política editorial na PUCCAMP,
em relação às publicações periódicas;
b) Diagnosticar a situação dos periódicos editados na Instituição quanto a
normalização e editoração;
c) Expandir o Núcleo de Editoração visando a centralização do processo
editorial, preservando-se o perfil e autonomia dos periódicos.
3 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho é parte do projeto Normalização e padronização: elementos de
uma política editorial da PUCCAMP, desenvolvido por uma das autoras1. O
instrumento metodológico utilizado foi o questionário, enviado aos editores das
publicações, contendo 25 questões fechadas e 14 questões abertas.
Foi aplicado um pré-teste para a validação do instrumento ao editor da
Revista Image (UNICAMP), que possibilitou
falhas no instrumento que foram
a
identificação
de
algumas
imediatamente corrigidas. Dos quatorze
questionários enviados, obteve-se retorno de 92,85%.
Num segundo momento foram acrescidos os dados e características
extrínsecos, coletados diretamente na Revista Comunicarte, editada pelo Instituto
de Artes da PUCCAMP, já que esta não respondeu ao instrumento.
1
MATOSO, M.C. Normalização e padronização: elementos de uma política editorial da PUCCAMP.
Campinas : [s.n], 1995. 50 p. Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, 1995.
�8.19
4. HISTÓRICO
4.1 PUCCAMP
A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) é uma
Universidade Comunitária, fundada em 1941, reconhecida a partir de 15 de agosto
de 1955 pelo Conselho Federal de Educação, mantida pela Sociedade Campineira
de Educação e Instrução. Recebeu o título honorífico de Pontifícia em 8 de
setembro de 1972.
Sua história teve início com a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras com oito cursos: Filosofia, Ciências Sociais, Geografia, História, Pedagogia,
Letras Clássicas, Letras Neolatinas, Letras Anglo-Germânicas e Matemática.
Atualmente
conta
com
aproximadamente
1.300
professores,
2.400
funcionários técnico-administrativos, 18.000 alunos distribuídos nos cinco campi,
oferecendo 39 cursos de Graduação, 26 cursos de Pós-Graduação, (vinte de
Especialização, cinco de Mestrado e um de Doutorado).
Desde sua fundação já formou 100.000 profissionais e educadores,
contribuindo para o projeto de desenvolvimento nacional.
A PUCCAMP mantém convênios com aproximadamente 200 empresas
nacionais e multinacionais, com o objetivo de:
a)oferecer oportunidades de estágio a seus estudantes;
b)desenvolver intercâmbio entre a Universidade e a indústria;
c) articular projetos de ensino/pesquisa, visando uma mútua tranformação e
desenvolvimento;
�8.19
d) realizar projeto de consultoria e pesquisa e programas de mútuo interesse
na área científica, cultural e tecnológica.
O trinômio ensino, pesquisa e extensão reflete hoje o papel exercido pelas
universidades - formar recursos humanos, produzir conhecimentos e servir à
comunidade. Na PUCCAMP, o ensino está organicamente associado às atividades
de pesquisa e extensão, possibilitando ao estudante e pesquisador o acesso aos
avanços científicos e tecnológicos em sua área.
4.2 SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO2
A origem das Bibliotecas da PUCCAMP remonta a 1941, com a criação da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em 1955, foi criada a Biblioteca Central,
com um acervo de aproximadamente 7.000 exemplares.
Em 1985, através da Portaria no. 220 do Magnífico Reitor, foi criado o Sistema
de Bibliotecas e Informação (SBI), constituído pela Biblioteca Central e doze
Unidades de Atendimento localizadas em cinco campi.
Atualmente, o SBI possui um acervo de 150.000 exemplares de livros
e
monografias/teses, 6.116 títulos de periódicos, sendo 1.250 correntes. Atende a
9.000 usuários reais dos 20.000 usuários em potencial, operando com 89
funcionários e estagiários.
Os recursos financeiros para a operacionalização do SBI são oriundos da
própria Universidade. A manutenção e atualização do acervo conta, além desses
2
PUCCAMP. Sistema de Bibliotecas e Informação. Relatório de atividades: 1995. 36 p.
�8.19
recursos, com o recebimento de verbas obtidas junto aos órgãos de financiamento
de pesquisas, sempre na forma de projetos.
O Sistema de Bibliotecas e Informação, órgão de apoio da Universidade, está
subordinado diretamente à Reitoria.
5 PANORAMA EDITORIAL DA PUCCAMP
A história do periódico científico remonta ao século XVII, com o surgimento
das sociedades científicas, cuja finalidade era promover a pesquisa em Ciências e a
troca de informações sobre os resultados dessa atividade.
Simultaneamente, surge o julgamento pelos pares onde a "confiança na
integridade da pesquisa e na literatura científica é de importância vital para o progresso do
conhecimento. De fato, isso se aplica a todas as formas de atividades intelectuais
sistematizadas da humanidade"3.
Os primeiros periódicos científicos surgiram na França e Inglaterra, Journal
des Sçavans, em janeiro de 1665, e
Philosophical
Transactions
da Royal
Society of London, em março do mesmo ano (COSTA, 1988).
Antes da criação desses dois períodicos, é possível supor que a comunicação
de informações científicas entre pesquisadores era mais rarefeita e ocasional,
favorecendo o
aparecimento dos
"colégios
invisíveis". O periódico científico,
contudo, na sua forma atual, surgiu há aproximadamente um século e, mesmo em
Guidelines for publication of research results in reproduction biology, publicação da Society for the
Reproduction, citado pelo Presidente da Associação Brasileira dos Editores Científicos durante o IV
Curso de Editoração Científica, Blumenau, SC, de 24 a 26 de maio de 1995.
3
�8.19
1900, algumas das revistas mais respeitadas não continham sequer um artigo nos
moldes atuais (PRICE, 1974).
Segundo SCHWARTZMAN (1984), as questões de qualidade, reputação,
padronização, regularidade, apresentação gráfica e custos são vitais porque podem
comprometer a vida da publicação. Na realidade, o objetivo de quem publica é
atingir a um determinado público-alvo, conquistar espaços na sua área e ser
respeitado pela comunidade científica.
Da mesma forma VALERIO (1994) afirma que "o padrão de qualidade pode ser
visto como conseqüência direta do controle de qualidade dos periódicos, cujo exercício
passa pelo atendimento a determinados critérios ou indicadores dessa qualidade". E vai
além, dizendo que esses indicadores são de caráter extrínseco: informações
relacionadas
com
tiragem, periodicidade,
distinção, origem
dos
trabalhos,
cumprimento de normas técnicas, indexação, padrão/gráfico; e, intrínseco, que são
os indicadores que conferem
qualidade
ao
periódico quanto ao conteúdo,
fornecidos através de dados que espelham a constituição do corpo editorial e de
consultores (referees), critério e procedimentos para seleção e avaliação de
manuscritos, entre outros.
Há várias preocupações quanto a produção, circulação e consumo de quem
publica um periódico. A PUCCAMP, apesar de sua tradição voltada ao ensino,
publica quatorze periódicos, alguns já consolidados e outros recentes, porém todos
vinculados às Unidades Acadêmicas da Universidade (Tabela 1).
TABELA 1 - PERIÓDICOS CIENTÍFICOS EDITADOS POR UNIDADE ACADÊMICA
DA PUCCAMP
�8.19
Início da Publicação
1969
1975
1982
1982
1983
1984
1987
1988
1989
1991
1992
1992
1992
1992
Título
Notícia Bibliográfica e Histórica
Reflexão
Letras
Comunicarte
Estudos de Psicologia
Revista Jurídica
Bioikos
Revista de Nutrição da Puccamp
Transinformação
Revista do Instituto de Informática da PUCCAMP
Revista de Ciências Médicas da PUCCAMP
Cadernos do ICH
Óculun
Cadernos da FACECA
Unidade
ICH
IF
IL
IAC
IP
FD
ICB
FCM
FABi
II
FCM
ICH
FAU
FCECA
Dentro desta realidade, o Sistema de Bibliotecas e Informação (SBI) da
PUCCAMP, como órgão de apoio e com a responsabilidade de atender
prioritariamente a demanda informacional do corpo docente e discente de nossa
Universidade, planejou e implantou em 1990 o Serviço de Publicação, Divulgação e
Intercâmbio (SPDI), com
dois setores: o de Intercâmbio, alocado no prédio da
PUCC-Central, com a finalidade de dar suporte aos editores no que diz respeito à
distribuição dos periódicos editados, e ao controle de permuta de publicações com
outros periódicos nacionais e estrangeiros; e o Núcleo de Editoração, alocado na
Faculdade de Ciências Médicas, atendendo simultaneamente à Revista de Nutrição
da PUCCAMP e à Revista de Ciências Médicas - PUCCAMP, com as seguintes
finalidades:
a)padronizar as publicações periódicas produzidas pela Área da Saúde;
b) evidenciar
a
identificação
da
publicação
como pertencente à
PUCCAMP;
c)manter acessíveis os dados para a produção da memória da Instituição
em relação a produção científica;
�8.19
d)estabelecer medidas para o funcionamento do serviço, tendo como base os
produtos desejados;
e)gerar rotinas que traduzam o funcionamento em atividades.
Este serviço foi implantado após cuidadosa análise dos problemas que
envolviam as publicações produzidas pelos diversos Institutos e Faculdades da
Instituição, tais como:
a) número elevado de periódicos técnico-científicos produzidos na
PUCCAMP;
b) falta de normalização, ou não observância de normas editoriais;
c) sistema de comercialização ineficiente;
d) tiragem excessiva;
e) ausência de padronização em alguns periódicos;
f) inexistência de um programa integrado de distribuição/comercialização;
g) falta de verbas para garantir a periodicidade das publicações;
h) relação custo
de
produto
e comercialização não observada; e,
finalmente,
i) desconhecimento de formas de auxílio, concedidas por instituições de
fomento à pesquisa no país, às instituições produtoras de publicações
técnico-científicas.
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Apesar da implantação do Núcleo de Editoração na Faculdade de Ciências
Médicas, a PUCCAMP não possui uma política editorial única. Cada editor adota
�8.19
padrões que considera adequados, algumas vezes por desconhecer a normalização
e outras por opção sua, segundo os dados coletados em pesquisa anterior.
A situação dos periódicos editados pela PUCCAMP, no que tange ao
cumprimento da periodicidade, número mínimo de artigos publicados por fascículo e
publicação de números condensados, são alguns fatores detectados pelo Núcleo de
Editoração SBI/FCM que revelam as dificuldades de se manter viva uma publicação.
VALÉRIO (1994) entende que o elemento que proporciona a organização e
condução do controle de qualidade da revista é representado pela sua estrutura
editorial, a qual é responsável pelo desempenho do periódico enquanto veículo de
comunicação da comunidade científica.
A estrutura editorial é representada, basicamente, pelo:
Editor: responsável por todas as etapas que envolvem a rotina de uma
publicação;
Conselho Editorial: grupo de pesquisadores de excelência que desempenha
funções variadas:
a)discutir a política editorial do periódico;
b)constituir o corpo de assessores científicos do periódico;
c)dar prestígio à revista, sem tarefa específica a executar.
6.1 ADOÇÃO DE REGIMENTO/ESTATUTO, CONSELHO EDITORIAL E
ADOÇÃO DE NORMAS DE EDITORAÇÃO
�8.19
Quanto à adoção de regimento, no qual consta a política editorial adotada
pelo Conselho Executivo responsável pela publicação, nota-se na tabela 2 que 50%,
ou seja, sete dos periódicos editados pela PUCCAMP, possuem Regimento.
As diretrizes adotadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) são aplicadas por treze (92,8%) editores, seja seguindo-as integralmente ou
como um referencial; percentual idêntico verifica-se em relação ao Conselho
Editorial.
TABELA 2 - SITUAÇÃO EDITORIAL DAS PUBLICAÇÕES
Freqüência das respostas
Sim
Não
No.
%
No.
%
Regimento
7
50,0
7
50,0
Conselho editorial
13
92,8
1
0,07
13
92,8
1
0,07
Normas editoriais*
* Regras próprias elaboradas a partir da ABNT
Opções
6.2
APRESENTAÇÃO MÍNIMA
DE
ALGUNS ÍTENS
BIBLIOGRÁFICOS
LEVANTADOS NAS PUBLICAÇÕES DA PUCCAMP
Quanto à presença de ítens bibliográficos nas publicações da PUCCAMP,
pode ser verificado que na apresentação de figuras e tabelas ficou evidenciada a
colocação inadequada das mesmas, (57%) ocasionando poluição visual ao leitor. A
apresentação adequada desses elementos facilita o entendimento do texto,
proporcionando ao leitor a visualização do assunto apresentado. Ficou claro que
mais de 50% dos editores desconhecem normas quanto à apresentação das figuras
e tabelas.
�8.19
TABELA 3 - ÍTENS BIBLIOGRÁFICOS PRESENTES NOS PERIÓDICOS DA
PUCCAMP
Ítens bibliográficos
Figuras
Tabelas
Resumo
Abstract
Descritores
Sumário
ISSN
Legenda bibliográfica (texto)
Legenda bibliográfica (folha
rosto)
Cabeçalho (título corrente)
De acordo com normas editoriais
Sim
Não
No.
%
No.
%
6
43,0
8
57,0
6
43,0
8
57,0
7
50,0
7
50,0
7
50,0
7
50,0
7
50,0
7
50,0
11
78,6
3
21,4
14 100,0
3
21,4
11
78,6
de
11
78,6
3
21,4
8
57,0
6
43,0
O número de periódicos que apresentaram resumo, abstract e descritores foi
7 (50%), o que facilita a indexação e recuperação da informação.
Dos quatorze periódicos pesquisados, onze (78,6%) apresentaram sumário (
falta clareza entre sumário e índice) enquanto que três (21,4%) não o apresentaram.
O sumário normalizado é importante, pois além de localizar o artigo dentro do
periódico, permite disseminar informações através dos serviços de alerta.
A apresentação do International Standard Serial Number (ISSN) nas
publicações periódicas visa facilitar a identificação do título do periódico,
principalmente em sistemas computadorizados (codificação em barras), e também
favorecer o intercâmbio de documentos.
A atribuição do ISSN é feita através de organizações nacionais autorizadas
pelo ISSN International Centre. No Brasil o sistema foi adotado em 1980, através do
acordo entre CNPq e ISSN International Centre, cabendo ao IBICT - Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, órgão vinculado ao CNPq,
administrar as atribuições de numeração através do Centro Brasileiro do ISSN
(ASSOCIAÇÃO ..., 1994).
�8.19
Para a ABNT, o ISSN deve estar localizado na folha de rosto ou na capa em
posição de destaque (Tabela 3). Nota-se que todos os periódicos da PUCCAMP
(100%) possuem o ISSN.
O número de periódicos que apresentam a legenda bibliográfica no texto e na
folha de rosto foi 11 (78,6%). No entanto, sabe-se que nem todos apresentaram-na
de forma padronizada e completa. Isto gera problemas para os serviços de
indexação e recuperação da informação e perda de tempo do usuário.
Dos quatorze periódicos, somente oito (57%) apresentaram no cabeçalho das
páginas pares o nome do autor do artigo e nas páginas ímpares o título do artigo. A
importância do cabeçalho deve-se ao fato de que, ao lado da legenda bibliográfica,
qualquer página isolada pode ser identificada com facilidade, no que diz respeito a
autor, conteúdo, periódico, data e páginas.
6.3 FORMA DE CITAÇÃO
O método de citação, autor e data (tabela 4), foi a preferência dos editores
(36%) evitando, assim, a consulta freqüente à lista de referências no final do artigo.
Quatro (28,6%) adotam o sistema numérico, no entanto, esse sistema pode
aborrecer o leitor, que, quando está lendo, desconhe o autor citado e o ano de
publicação. Atentamos para o fato de que, em algumas áreas é prioritário citar
literatura atualizada. O importante é a escolha de apenas um método de citação.
TABELA 4 - FORMA DE CITAÇÃO, NO TEXTO, DOS AUTORES MENCIONADOS
�8.19
Tipo
Alfanumérico (autor e data)
Número
Alfanumérico (autor e número)
Não
NR
Total
Freqüência das respostas
No.
%
5
36,0
4
28,6
3
21,4
1
7,0
1
7,0
14
100,0
6.4 NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Quanto à adoção de normas para referências bibliográficas, onze periódicos
(79%) adotaram artigos com referências bibliográficas com base na ABNT. Desses
apenas três (21%) tiveram na ABNT a norma de referência integral. Apenas 7%
adotaram uma norma internacional (APA) e três periódicos adotaram normas
próprias (Tabela 5).
�8.19
TABELA 5 - NORMAS
OU
PADRÕES
DAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ADOTADAS PELOS PERIÓDICOS
Normas
ABNT
APA
NR
NS
Total
NR = Não respondeu
NS = Não sabe
Freqüência das respostas
No.
%
11
79
1
7
1
7
1
7
14
100
Dos onze, alguns periódicos apresentaram num mesmo fascículo artigos com
referências bibliográficas no final do texto; em notas e com referências no final do
texto e referências e notas de rodapé no final de cada página (Cadernos do ICH, n.4
de 1994; Comunicarte, v.11, n.19, de 1994, Letras, v.13, n.1/3 de 1994; Reflexão,
v.19, n.58 de 1994 e Revista Jurídica, v.11 de 1995). Esta falta de uniformidade
também confunde e toma o tempo dos leitores e indexadores.
6.5 PERIODICIDADE
Verifica-se na tabela 6 que o maior número de revistas editadas pela
PUCCAMP possui periodicidade semestral (57,2%), porém a dificuldade de mantêlas com regularidade é enorme e isto pode ocasionar um forte comprometimento à
qualidade dos periódicos.
TABELA 6 - PERIODICIDADE
�8.19
Periodicidade
Semestral
Quadrimestral
Anual
Trimestral
Total
Freqüência das respostas
No.
%
8
57,2
4
28,6
1
7,1
1
7,1
14
100,0
6.6 FORMATO
O formato predominante nas publicações da PUCCAMP é o 14cm X 21cm
(79%). As dimensões recomendadas são 21cm x 28cm; 16cm x 23cm ou 18cm x
29,7 cm. A ABNT recomenda o formato A4 (21 X 29,7).
Dos resultados obtidos na pesquisa, pode-se extrair as seguintes conclusões
quanto a produção de periódicos na PUCCAMP:
• É necessário, ao editar um periódico, pautar-se por padrões de qualidade,
tais como normalização, regularidade de edição e avaliação pelos pares dos artigos
submetidos à publicação.
• A política editorial não está bem definida, isto é, não há ênfase em
objetivos, princípios e diretrizes, públicos e veículos.
• As normas de documentação não são utilizadas adequadamente na
transferência da informação impressa, sob a forma de periódicos.
• Não há forma normalizada de apresentação dos ítens bibliográficos.
• Os editores deveriam fazer o possível para que as informações
apresentadas aos leitores estivessem de acordo com os meios corretos de
expressão, isto é, fossem pautados em termos de normalização e padronização.
�8.19
7 FUTURO DAS PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DA PUCCAMP
Constantemente são discutidas novas tecnologias para divulgação e
apresentação
da produção do conhecimento, tendo em vista a globalização da
Ciência.
Estamos no limiar de um novo tempo, proporcionado pelo desenvolvimento
das telecomunicações e informática. O elemento fundamental dessa época é a
informação com sistemas gerados por alta tecnologia de hardware e software.
Nesse contexto, as primeiras publicações eletrônicas já aparecem no mercado e
prometem revolucionar os meios educacionais e de pesquisa.
De acordo com MUELLER (1994) há basicamente dois tipos principais de
periódicos eletrônicos, online e CD-ROM. Entre as vantagens de ambos em relação
ao periódico tradicional estão a capacidade de armazenamento, que é ilimitada, e as
possibilidades de busca que podem oferecer. O periódico online é disseminado
através das redes eletrônicas, e permite a interação entre autor e leitores com
vantagens de economia no preço do papel, impressão e correio. O periódico em
CD-ROM permite apenas leitura, podendo atualmente ser disponibilizado em rede
(CD-NET).
Embora a transformação da revista impressa em publicação eletrônica seja o
caminho, deve-se ter a percepção de que a edição em papel permanecerá por
alguns anos, pois mesmo nos países cientificamente desenvolvidos este tipo de
publicação está sendo mantido.
�8.19
O SBI, com apoio da Administração Superior, tem unido esforços para que as
novas tecnologias cheguem até o usuário final, visando ampliar cada vez mais o
apoio informacional, que é o objeto do seu trabalho.
8 RECOMENDAÇÕES
Na tentativa de se estabelecer a política editorial na PUCCAMP, são
apresentadas diretrizes:
a) política ditada por decisões dos Conselhos Executivos;
b) o sistema de julgamento pelos pares (peer review), sendo os relatores
escolhidos externamente, principalmente, se o artigo a ser publicado for da
Instituição;
c) imparcialidade nos processos decisórios, com democracia, rapidez e
elevado nível profissional;
d) criação de incentivos para a edição;
e) sistema de avaliação e normas da publicação visíveis e publicados em
todos os fascículos;
f) conduta ética em relação à publicação e seus colaboradores;
g) normalização
documentária
(formato,
padrão
de
referenciação
bibliográfica, sumário, termos de indexação, etc.);
h) elaboração dos custos reais da produção dos periódicos;
i) distribuição (intercâmbio centralizado);
j) comercialização de assinaturas com regras definidas pelos Conselhos
Executivos e aprovadas pela Reitoria;
�8.19
k) identificação de parcerias para a produção eletrônica de periódicos;
l) investimento em recursos humanos na área de Informação, Comunicações
e Informática;
m) investimento/parcerias para a modernização de hardware/software, para a
área de editoração.
A definição de uma Política Editorial possibilitaria aos autores, ao publicar
seus trabalhos nas revistas da PUCCAMP, a certeza de divulgação dentro do prazo
estabelecido (periodicidade); minimização de custos com editoração, composição,
arte final até o fotolito, com a produção interna e centralizada no âmbito da
Universidade, e
aproveitamento de profissionais
e serviços existentes na
Instituição.
Caberiam ao SBI as seguintes atribuições:
a) vincular as atividades editoriais ao SBI, visto que o serviço (Núcleo de
Editoração SBI/FCM) já existe, sendo operacionalizado com êxito.
�8.19
b) centralizar o processo de divulgação e distribuição dos periódicos pelo
Setor de Intercâmbio ( SPDI), ao ser estabelecida a obrigatoriedade de
depósito no SBI, de todos os periódicos produzidos.
Isto posto, estaríamos a um passo da criação do SELO PUCCAMP!
ABSTRACT
Bibliographical items of techno-scientific journals published by PUCCAMP (the
Catholic University of Campinas) are analysed, using research carried out by one of
the authors in the second half of 1995. Results show that there are no standardized
norms for bibliographical items, as there is no editorial policy established by the
university. Guidelines are proposed for establishing an editorial policy for PUCCAMP
with a view to centralizing the Information Library System’s process of publishing and
distribution.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO COMERCIAL. Codificação de
publicações periódicas. Encarte Técnico, São Paulo, n. 8, p.1-4, fev. 1994.
2 COSTA, A.F.C. Estrutura da produção editorial de periódicos biomédicos
brasileiros. Rio de Janeiro : IBICT, 1988. 152 p. Dissertação (Mestrado em
Ciência da Informação) - IBICT, 1988.
3 MUELLER, S.P.M. O periódico científico e as bibliotecas universitárias: velhos
problemas, novas soluções. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais.... Campinas : UNICAMP,
1994. p. 80-101
4 PRICE, D.J. de S. Society’s need in scientific and technical information. Ciência
da Informação, Brasília, v. 3, n. 2, p. 97-102, 1974.
�8.19
5 ROSINHA, R.C. Política editorial. In: SEMINÁRIO SOBRE EDITORAÇÃO
CIENTÍFICA DE REVISTAS EDITADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 1.,
1993, Campinas. Anais... Campinas : Instituto Agrônomico de Campinas,
1993. p.29-42.
6 SCHWARTZMAN, S. A política brasileira de publicações científicas e técnicas:
reflexões. Revista Brasileira de Tecnologia, Brasília, v. 15, n. 3, p.25-32,
1984.
7 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS. Anuário comemorativo do
jubileu de prata. Campinas, 1966. 56 p.
8 VALÉRIO, P.M. Espelho da Ciência: avaliação do programa setorial de
publicações em ciência e tecnologia da FINEP. Brasília : FINEP, 1994. 160 p.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Política editorial na Pontifícia Universidade Católica de Campinas: uma proposta.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Matoso, Maria Cristina; Loureiro, Marili Nogueira
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Análise dos ítens bibliográficos dos periódicos técnico-científicos editados pela Pontíficia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Para a análise das publicações, utilizou-se a pesquisa desenvolvida por uma das autoras no segundo semestre de 1995. Os resultados demonstraram que não há forma normalizada de apresentação dos ítens bibliográficos, pois não há política editorial definida pela Universidade. Diretrizes são propostas para o estabelecimento de uma política editorial na PUCCAMP, visando a centralização do processo de publicação e distribuição pelo Sistema de Bibliotecas de Informação.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4636/SNBU1996_007.pdf
177a9a28b3c6e127a29dd44afa5249ea
PDF Text
Text
2.1
POLÍTICAS DE FINANCIAMENTO EM BIBLIOTECAS
DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
*
Lena Vania Ribeiro Pinheiro
Maria de Fatima Pereira Raposo**
RESUMO
Aborda questões relacionadas a recursos para bibliotecas de instituições de ensino
superior, levando em consideração o fator orçamento como parte do planejamento.
Enfoca as políticas públicas, as bibliotecas universitárias e as questões
orçamentárias. Analisa a situação atual e tendências para financiamentos nos anos
90.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, as atividades de informação científica e tecnológica (ICT) estão
concentradas em organismos governamentais, diferentemente do que ocorre em
outros países como, por exemplo, nos Estados Unidos. No cenário das bibliotecas
de instituições de ensino superior, das 764 levantadas em Guia publicado pelo
SIBI/UFRJ e CBBU/FEBAB, em 1994, predominam as bibliotecas de universidades
públicas, sejam federais ou estaduais. Consequentemente, alguns dos problemas
enfrentados, ontem e hoje, por essas entidades, são uma decorrência da crise do
Estado e do imenso déficit público, agravados pelos impasses oriundos do modelo
*
**
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, IBICT/CNPq-ECO/UFRJ.
Coordenadora das Bibliotecas da Faculdade da Cidade, Rio de Janeiro.
�2.1
político-econômico atualmente adotado no Brasil, com as implicações do neoliberalismo e da privatização.
As universidades, em meio à crise nacional, com sua imagem comprometida
por constantes e longas greves e pressionadas por maior produtividade e melhor
nível de ensino, vêm lutando pela autonomia e, ao mesmo tempo, pela manutenção
do ensino público.
O tema financiamento, objeto deste trabalho, refere-se especificamente às
distintas formas de obtenção de recursos para informação, tanto interna quanto
externamente,
contempladas ou não em políticas do setor. No entanto, o
financiamento não pode ser estudado isoladamente, uma vez que se inscreve num
campo no qual
informação e
estão imbrincados
o planejamento em geral, a economia da
a política de preços. Como entidades públicas, as bibliotecas de
instituições de ensino superior têm a tradição da gratuidade dos serviços e produtos
de informação, tradução equivocada de que público significa gratuito. A cultura de
gratuidade vem causando, ao longo dos anos, consequencias negativas nas
bibliotecas universitárias, cerceando-as da busca de alternativas para sua autosuficiência.
Por outro lado, segundo CARVALHO (1981) ao se estabelecerem padrões
para bibliotecas universitárias, verifica-se que a situação do fator orçamento é a
mais crítica, a
parte mais vulnerável do planejamento, pois mesmo que bem
elaborado, sofre as intempéries de cada momento e de cada crise financeira no
período
de aplicação de recursos. Outra afirmativa da autora é de que os
bibliotecários não se encontram preparados para a tarefa de planejamento
orçamentário, baseando-se, simplesmente, em adicionar percentuais sobre quantias
�2.1
anteriormente concedidas. Dessa forma, pode o orçamento ser projetado acima ou
abaixo das necessidades reais, mas dificilmente de maneira satisfatória. Fica uma
pergunta: o que, dessas conclusões oriundas de pesquisa para dissertação de
mestrado desenvolvida em 1981, permanece, quinze anos depois? Estudos
posteriores podem conter a resposta.
Ao analisarmos a literatura brasileira sobre financiamento e assuntos
correlatos, constatamos a incipiência e insuficiência, em número, de estudos sobre
financiamento ou que englobem esse tema.
Em artigo de revisão sobre economia da informação, BARRETO (1984) avalia
a distribuição de trabalhos indexados no ARIST-Annual Review of
Information
Science and Technology, voltados para custo e controle de orçamento, custobenefício e custo efetividade e conclui que falta, aos gerentes de sistemas de
informação, base teórica para determinar o valor da informação.
Dos trabalhos identificados, alguns abordam política de preços, como é o
caso dos de CARVALHO (1984), RAUSH (1991) e COLETTA (1994), dos quais
destacaremos alguns aspectos.
Em seu artigo “Implementação de políticas de ressarcimento de custos de
serviços de informação em C&T”, Afrânio CARVALHO (1984) identifica as causas
que contribuiram para serviços de informação
mais onerosos, entre as quais
algumas são particularmente atuais, passados quase 12 anos: “diversidade
progressiva de fontes de informação e dos meios físicos de suporte, levando à
necessidade de aquisição de novos equipamentos, acesso a outros serviços de
informação, inclusive através de telecomunicação, tratamento automatizado de
registros, manutenção de equipes multidisciplinares, etc”.
�2.1
Os trabalhos de COLETTA (1994) e de RAUSH (1991) abordam políticas de
preços de serviços e produtos de informação , o primeiro relativo às bibliotecas da
USP, com definição de fórmula para cálculo de custos e, o segundo, ao CIN-Centro
de Informações Nucleares. Raras são as instituições brasileiras com experiência
em política de preços, de forma sistematizada, entre as quais se destaca o CIN,
onde inicialmente os serviços eram gratuitos, como “...forma de criar uma cultura de
uso de informação...” A partir de 1983, o CIN passou a adotar a cobrança gradativa
de seus serviços, para usuários externos, visando ao ressarcimento de custos, e
não o lucro. RAUSH (1991) demonstra os cálculos e fórmulas adotados no CIN para
definição de custos de levantamento bibliográfico on line, de microfichas do catálogo
coletivo de conferências e serviços de cópias.
2 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E ORÇAMENTO
Em
pesquisas sobre bibliotecas universitárias, foram identificadas duas
dissertações de mestrado direta ou indiretamente relacionadas a recursos
orçamentários, uma de ASSIS (1986) e outra de MATTOS (1992).
ASSIS (1986) avaliou a alocação de recursos financeiros de bibliotecas de
instituições de ensino superior, a partir de dados orçamentários relativos à atividade
de manutenção de acervo bibliográfico. Ele estabeleceu um modelo para
distribuição de recursos, baseado em aspectos teóricos e aplicados na medida
matemática e estatística e das formas de obter e analisar dados. O estudo
contempla variáveis como: número de bibliotecários, usuários em potencial, número
�2.1
de titulos de periódicos, número de mestres e doutores, número de livros e área
global, atribuindo pesos conforme o tipo de variável.
Na sua dissertação de mestrado sobre estruturas sistêmicas, MATTOS
(1992) estudou nove bibliotecas centrais (UFRJ, UFF, UFRRJ, UNI-RIO, UERJ,
PUC/RJ, UCP, UGF e USU) e 94 bibliotecas setoriais, no Rio de Janeiro, e incluiu
aspectos orçamentários. Embora os resultados indicassem que 71,7% das
bibliotecas têm um percentual definido no orçamento universitário, somente 34,12%
participam da distribuição dos recursos para bibliotecas. Na identificação do setor
responsável pela decisão orçamentária aparecem , em ordem decrescente, os
seguintes: Diretor da Biblioteca Central ou do Sistema, indicados em 30 respostas;
Diretores de Unidades, 4; Sub-Reitoria de Ensino para Graduados e Pesquisa, 3;
Pró-Reitoria Administrativa ou de Patrimônio e Finanças, 3, e Decano, 1.
Os resultados apontam para a diversidade de poder decisório, o que obriga
os gerentes de bibliotecas a transitar por diferentes esferas universitárias,
Quanto às alternativas encontradas pelas bibliotecas para obtenção de
recursos, MATTOS (1992) exemplifica com a UERJ, cuja Biblioteca Central não
possui orçamento próprio e a aquisição de material bibliográfico contou, em 1988,
com recursos provenientes também
de aluguel ou doações de livrarias instaladas
no campus e de parte da renda obtida através da cobrança de estacionamento na
Universidade.
No âmbito dos Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias-SNBU,
realizados desde 1978, e do Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias -PNBU,
iniciado em 1986, foram elaborados documentos nos quais as questões
�2.1
relacionadas
a
financiamento
surpreendentemente,
estão
claramente
identificadas.
No
entanto,
as possíveis soluções e diretrizes para os problemas
apontados não foram implementadas. Um exemplo é a manutenção de materiais
bibliográficos na rubrica “material permanente”, o que ocasiona sérios entraves na
administração de bibliotecas e unidades de informação, em geral, inclusive para
financiamentos.
O 70 Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, realizado no Rio de
Janeiro, em 1991, elegeu como tema “Padrões nacionais para planejamento e
avaliação em bibliotecas universitárias”, abrangendo
elaborado para este evento, SACOMANO
orçamento. Em trabalho
e MORAES (1991) abordaram 57
bibliotecas universitárias brasileiras (64,7% das filiadas ao CRUB-Conselho de
Reitores das Universidades Brasileiras), das quais 35 federais, 10 estaduais e 12
particulares. Os resultados apontaram 84,4% das bibliotecas como unidades
orçamentárias
da
instituição.
Esse
índice,
embora
alto,
é
passível
de
questionamento porque as autoras, ao cruzarem dados, perceberam ”alguma
inconsistência nas respostas” e afirmaram: “... supõe-se
haver problemas de
conceituação sobre o que seja unidade orçamentária, tipos de centralização ou
coordenação e elementos de despesa”, o que as levou a
esclarecerem que
“pouquíssimas bibliotecas são realmente consideradas unidades orçamentárias
formais”.
Estes são indicadores de um problema anterior,
que é a própria
compreensão do processo orçamentário, nas suas correlações com as estruturas
universitárias e de bibliotecas.
�2.1
Enquanto o trabalho anterior focalizava bibliotecas universitárias em geral,
SANTANA (1993) direciona o seu para bilbiotecas do Nordeste. Pelos dados
analisados, a autora constata que:
“... 7 bibliotecas centrais são unidades
orçamentárias, apenas duas delas dispõem de um percentual fixo sobre o
orçamento de Instituições. Dentre as outras 10, 3 contam com percentuais fixos
(UFAL, UETB e UEFS), porém, somente a primeira destacou que esse percentual
incide sobre o orçamento de custeio e capital de IES (8%)”.
Aqui se coloca um outro problema: a participação do orçamento institucional,
uma vez que não é fixa, não assegura a sobrevivência e o bom funcionamento da
biblioteca. A definição de percentual depende das prioridades
administração acadêmica, daí a vulnerabilidade da biblioteca
políticas. Outro fator agravante é
que
de cada
às instabilidades
a aprovação tardia do orçamento da União , o
muito tem comprometido a regularidade e continuidade
das ações das
bibliotecas. Nos ultimos três anos, a aprovação ocorreu no segundo semestre e, até
então, os órgãos públicos brasileiros, incluindo as bibliotecas, sobreviveram do
percentual (1/12) definido na proposta orçamentária institucional. Neste ano, embora
o orçamento tenha sido aprovado em janeiro, pelo Congresso Nacional, o poder
executivo contingenciou o orçamento, sobretudo despesas de capital, nele incluído
material permanente. Esta estratégia governamental é mais um elemento
dificultador para as instituições públicas em geral ,
e a liberação dos recursos
depende de negociação que, por sua vez, é decorrente de força política.
Já em seu trabalho, SACOMANO e MORAES (1991) assinalaram os prazos
de liberação de recursos como uma das dificuldades porque, “mesmo existindo a
disponibilidade
orçamentária,
a
sua
execução
encontra-se
extremamente
�2.1
comprometida, em vista da demora e da falta de previsão com que os recursos são
repasssados”.
SCHMIDT et al. (1991), em apresentação, também no 70 SNBU, recomendam
que qualquer esquema adotado para orçamento deve ser flexível, ter a capacidade
de ser mudado a cada ciclo orçamentário e fazer uso de dados que possam ser
realisticamente obtidos. Apresentam um modelo para servir de referencial na
alocação de recursos para aquisição de livros, no qual
são consideradas as
seguintes variáveis: custo médio de livro, média geral de uso, acervo, curso de pósgraduação, curso de graduação , número de inscritos , trabalhos publicados por
docentes e número de docentes, atribuindo pesos a essas variáveis. As autoras
concluem que o resultado demonstrou validade e utilidade para “uma distribuição
racional de recursos para aquisição de livros em bibliotecas universitárias”
Outro trabalho integrante do 70 SNBU é o de MENDES (1991), relato de
caso sobre orçamento nas Bibliotecas da Universidade Federal do Ceará, no qual
é constatado que “o quadro de transferência de recursos de custeio para IES
federais vêm
se deteriorando a cada ano”, apresentando redução de 64% nos
valores comparados a dez anos anteriores. A autora afirma que as bibliotecas em
questão obtiveram percentuais significativos nos recursos do orçamento da
Instituição, na época em que a Biblioteca Central era vinculada ao Reitor, que os
Programas Especiais do PNBU (BIBLOS e PAP) passaram a ser grande suporte
financeiro e, com o término desses programas, a Biblioteca deixou de renovar mais
de 50% da coleção de periódicos que vinha mantendo nos últimos quatro anos”.
O Relatório Final do Grupo de Trabalho/Orçamento do 70
SNBU (1992)
destaca, inicialmente, que o orçamento é decorrência de planejamento. A adoção do
�2.1
plano anual de trabalho representa o ponto de partida para o
planejamento
orçamentário, sendo este um processo dinâmico e contínuo. É através da avaliação
constante entre os recursos previstos e os efetivamente existentes ou repassados,
que a biblioteca universitária poderá buscar recursos financeiros em outras fontes
que não a própria instituição, a fim de que seu plano orçamentário possa
efetivamente ser realizado.
É imprescindível que as bibliotecas universitárias sejam, portanto, unidades
orçamentárias, cabendo ao bibliotecário o devido treinamento e domínio do
processo de previsão e execução orçamentárias. Devem ser incluidos no
planejamento orçamentário recursos relacionados
a todas as necessidades das
bibliotecas, não apenas para material bibliográfico mas, também, recursos para
material de consumo, encadernação, reciclagem de pessoal e outros.
Ainda de acordo com o Relatório , a proposta orçamentária
deve ser
elaborada segundo as peculiaridades de cada instituição, podendo-se aplicar
modelos já utilizados que identificam variáveis e pesos, objetivando a alocação
equitativa de recursos financeiros.
3 POLÍTICAS PÚBLICAS, BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E ORÇAMENTO
Os Seminários Nacionais têm exercido papel proeminente na formulação de
políticas para o setor. Tanto que foi um documento elaborado e apresentado pelo
IBICT ao 40 SNBU (1989), em Campinas, reunindo recomendações de eventos
sobre bibliotecas universitárias, que serviu de base para a concepção do I Plano
Nacional de Bibliotecas Universitárias-PNBU, criado em 1986 e institucionalizado em
�2.1
fevereiro de 1990 como Programa Nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino
Superior- PROBIB. O PNBU teve como ponto de partida “ampla consulta à
comunidade universitária brasileira” e o seu documento base, além de circular por
cerca de 80 instituições de ensino superior, foi analisado por dirigentes e técnicos do
IBICT, Biblioteca Nacional, BIREME e BICENGE.
O PNBU recebeu o apoio financeiro do MEC, CNPq e FINEP e Yone
Chastinet foi a mentora intelectual e primeira Secretária Executiva que, durante
quatro anos, implementou ações e atividades que impulsionaram e conduziram a
muitos avanços as bibliotecas universitárias brasileiras.
O relatório do PROBIB, de 1990, e a avaliação formal do Plano, empreendida
por Maria Lucia Andrade GARCIA (1991) e apresentada em sessão especial do 70
SNBU comprova a relevância e repercussão do PNBU no ambiente universitário
nacional.
Parte significativa do Plano, inicialmente constituído por 12 diretrizes que
enfatizavam o desenvolvimento de coleções, a capacitação de recursos humanos, o
fortalecimento de estruturas de sistemas de bibliotecas e pesquisas na área, foi
dedicado a questões orçamentárias. A diretriz III tinha como objetivo “dotar as
bibliotecas universitárias de recursos financeiros adequados à prestação de serviços
de informação, em estágio compatível com as exigências e necessidades de
informação da comunidade universitária” e definia oito ações, incluindo desde a
definição das bibliotecas universitárias como centro de custos no planejamento
orçamentário da universidade até
captação de recursos externos.
critérios para elaboração de orçamentos e
�2.1
Proveniente dessas ações, alguns programas específicos como o BIBLOS e,
principalmente, o PAP-Programa de Aquisição Planificada tiveram como suporte
recursos financeiros consideráveis que redundaram em planejamento mais eficiente
por parte das bibliotecas universitárias. É oportuno ressaltar o quanto os órgãos de
fomento
têm influenciado a gerência de bibliotecas, na medida em que, para
participar de projetos por
eles financiados, essas unidades de informação
dependem de um bom desempenho técnico-administrativo.
Do documento “Sugestões das bibliotecas universitárias para implementação
de algumas ações do I PNBU” (1986) constam ítens relativos a orçamento, entre os
quais o dólar-livro, a participação de bibliotecários em comissões de licitação, os
cronogramas de desembolso, a participação das bibliotecas
centrais no
planejamento orcamentário e a exclusão dos materiais bibliográficos da rubrica
“material permanente”, já mencionado.
As reivindicações de participação, sempre presentes em documentos dessa
natureza, por si só não solucionam os problemas porque, para uma participação
consequente, é fundamental conhecer o processo, seja orçamentário ou qualquer
outro e, no caso de bibliotecas universitarias , o ambiente universitário , no seu todo.
O II PNBU, de 1990, na diretriz III, praticamente repete as mesmas ações,
direcionando algumas na sua efetivação.
Importante documento foi elaborado por Yone CHASTINET (1988) sobre a
situação de acervos e
orçamento de 33 bibliotecas de instituições de ensino
superior, no perído de 1985-88, com valiosos dados sobre média de volumes por
aluno, orçamento das bibliotecas, percentuais alocados pelas universidades às
bilbiotecas e recursos externos para material bibliográfico.
�2.1
Os resultados refletem a oscilação de índices, de 0,4 a 9,66% nos
orçamentos distribuidos entre bibliotecas , predominando os percentuais entre 1 e
2,4% , em 14 bibliotecas, e de 3 a 5,9%, em 10 bibliotecas.
A distribuição do orçamento total de biblioteca, segundo CHASTINET (1988) ,
“apresenta um certo equilíbrio: 24,5% em 1985; 27,13% em 1986; 26,6% em 1987;
e 21,7% em 1988”. Na análise dos dados levantados a autora constata o seguinte:
“As razões que determinam, pois, a queda dos orçamentos das bibliotecas parecem
decorrer de decisões internas às IFES, reveladas através dos diferentes percentuais
a elas alocados no período estudado. Nos casos em que há uma certa estabilidade
de percentuais alocados à biblioteca, seu orçamento é crescente, acompanhando o
orçamento da IFES”.
Dado revelador de prioridades no âmbito de IFES é a comparação entre o
percentual orçamentário dedicado às bibliotecas e restaurantes: “as bibliotecas
receberam 3,49% do orçamento geral e os restaurantes 4,45”.
Em suas conclusões, CHASTINET (1988) inclui duas que merecem especial
atenção: a primeira, que “um dos principais fatores da deficiência dos acervos das
IFES parece ser o percentual baixo e flutuante de seus recursos alocados às
bibliotecas” e, a segunda e
mais importante, a
recomendação para
“o
desenvolvimento de programas cooperativos que assegurem maior racionalização
na aplicação dos limitados recursos financeiros e maior compartilhamento no uso do
recurso bibliográfico...”
Passados oito anos da realização da pesquisa de CHASTINET (1988), o
avanço das redes de comunicação, inclusive no Brasil, e a disponibilização de
acervos, via INTERNET, tem grande repercussão na política de aquisição de
�2.1
material bibliográfico que, a partir de agora tem que incorporar como variável nesse
processo, as bibliotecas virtuais e a disponibilização de acervos, na sua
representação ou em texto completo , através de redes de comunicação.
4 REPENSANDO O FINANCIAMENTO NOS ANOS 90
A análise do conteúdo da literatura estudada para elaboração deste trabalho
, por si só, é sinalizadora da situação e de algumas tendências.
A primeira é de que a produção técnica sobre financiamento, nas suas
interfaces com outros temas é, ainda, pouco significativa, em volume, caracteriza-se
pela descontinuidade e não-aplicabilidade e a ênfase é no financiamento para
aquisição de material bibliográfico.
Estudos relevantes para as políticas e planejamento do setor referem-se a
determinados períodos, principalmente durante a
vigência do PNBU, sem que
análises posteriores tenham tido continuidade.
Na política de preços, fórmulas e modelos foram elaborados mas não se tem
dados avaliativos de seus resultados ou se foram realmente implementados.
Se a concentração de projetos de financiamento na aquisição de coleções,
sobretudo de periódicos, de um lado reduz e mesmo empobrece, o universo dos
projetos, que poderiam estar voltados à criação de novos serviços ou pesquisas da
área, de outro é indicador de que as universidades ainda não assumiram,
completamente, as responsabilidades
pela manutenção e atualização de seus
acervos.
Em uma determinada fase, projetos de financiamento de acervo para cobrir
falhas de coleção foram
oportunos, levando-se em conta os altos custos de
�2.1
aquisição de fascículos antigos. Hoje, a política de aquisição deve ser ajustada às
novas facilidades tecnológicas, especialmente às redes de comunicação nas quais
estão disponibilizadas informações ou documentos na íntegra ou em bibliotecas
virtuais, via INTERNET, conforme mencionado anteriormente.
Outra constatação é que os profissionais que atuam nas bibliotecas
universitárias identificam, com clareza, os problemas relativos a orçamento, também
muito bem definidos no PNBU. Entretanto, não conseguem superá-los pela
concretização de ações, o que implica em pressões e estratégias políticas
sistemáticas. A prova definitiva desse problema é a manutenção, até hoje, de
documentos na rubrica de material permanente, situação que se arrasta por longos
anos.
As bibliotecas universitárias devem determinar ações imediatas para a
retomada do PNBU, que trouxe profundas transformações e apoio para a área na
década de 80. Calcados na experiência anterior, na visão macro da nossa realidade
política, através de ações conjuntas, será possível maior desenvolvimento desse
importante segmento de nossas universidades.
É fundamental estar antenado com as políticas públicas de Ciência,
Tecnologia, Cultura e Informação, acompanhando as linhas de financiamento e
áreas prioritárias dos planos governamentais, de modo a inserir as bibliotecas
nesses projetos. Assim, orgãos tradicionais de fomento como CNPq, FINEP,
CAPES e Fundação Vitae, além do PADCT-Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Científico e Tenológico, com recursos do Banco Mundial e, mais recentemente, o
PRONEX, devem ter suas ações devidamente acompanhadas. Este último
programa contemplará núcleos de excelência em C&T, complementando as ações
�2.1
dos demais órgãos. Além das instituições nacionais, o Banco Mundial, já
mencionado, o BID-Banco Interamericano , a Mellon Foundation, que vem
investindo no Brasil ultimamente e outras entidades, podem atuar como excelentes
fontes de financiamento, principalmente quando há algum interesse particular no
Brasil.
Especial atenção deve ser dada
ao SISP-Sistema de Administração dos
Recursos de Informação e Informática da Administração Pública Federal, criado em
janeiro de 1994 , cujo objetivo é o “planejamento, a coordenação. a organização, a
operação, o controle e a supervisão dos recursos de informação e informática dos
órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e
fundacional, em articulação com os demais
sistemas que atuam direta ou
indiretamente na gestão da informação pública federal” (JARDIM, 1995). Em
trabalho de JARDIM (1995), é mencionada
uma das
estreitamente relacionada ao tema deste trabalho:
diretrizes do SISP
“definir e propor a
institucionalização da função informação e informática na classificação Funcional
Programática do Orçamento da União”.
A questão do financiamento pode ser pensada, também, na sua relação com
o planejamento. A desenvoltura exigida em iniciativas para planejamento são uma
conseqüência natural da qualidade da gerência. Quanto melhor a administração de
uma
biblioteca,
maior
a
possibilidade
de
participação
em
projetos
de
financiamento,para os quais são básicos os padrões, metodologia, estatísticas e
outros instrumentos gerenciais.
Como parte do planejamento, a elaboração de projetos exige experiência e
domínio de técnicas e metodologia, nem sempre familiares aos profissionais de
�2.1
informação. Quando um projeto é analisado, parte dessa tarefa contempla as
repercussões do projeto , sejam institucionais, locais, estaduais, nacionais ou
regionais, isto é , extrapolam as questões técnicas e o projeto em si. Assim, para a
elaboração de um projeto, o profissional deve estar instrumentalizado para fazê-lo e
compreender o seu trabalho nas diferentes dimensões em que se insere.
�2.1
ABSTRACT
Deals with the question of funds for university libraries, taking into account the
budget as a factor in planning, and focuses on public policies with regard to these
funds. The present situation is analysed as well as funding trends in the 90s.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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as bibliotecas das instituições de ensino superior e federais. Natal,
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BIBL./ DOC.PLAN/86 - 002). 12 f.
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bibliotecas universitárias. Brasília : ABDF,1981. 71 p.
�2.1
8 CHASTINET, Yone. A criação do Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias - PROBIB e a implementação do I Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias - I PNBU: 1986 - 89. Brasília : PROBIB,1990.
(SESU/PNBU/DOC.TEC. 015/90).
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UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP,
1994. p. 174 -175.
10 GARCIA, Maria Lúcia Andrade. Avaliação do Plano Nacional de Bibliotecas
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UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro,
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11 ____.
Bibliotecas das instituições federais de ensino superior : remontar
desmontar? Brasília : PROBIB, 1988. (SESU/PNBU/DOC.TEC.009/88)
12 f.
ou
12 GUIA de bibliotecas de instituições de ensino superior. Universidade Federal do
Rio de Janeiro/Sistema de Bibliotecas e informação; Federação Brasileira de
Associações de Bibliotecários/Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias. Rio de Janeiro : UFRJ/SIBI,1994. 2 v.
13 JARDIM, José Maria. A dimensão informacional do setor público : a
administração federal. Rio de Janeiro : UFRJ/ECO,1995. 65 f. (Trabalho apresentado à disciplina Estudo Dirigido do Curso de Doutorado em Ciência da Informação).
14 MATTOS, Erotildes de Lima. Estruturas sistêmicas em bibliotecas universitárias brasileiras : ficção ou realidade ? Rio de Janeiro : UFRJ / ECO,
CNpq / IBICT, 1992.
15 MENDES, Helena Mattos de Carvalho. Orçamento de bibliotecas; relato de
uma experiência: caso UFC (Universidade Federal do Ceará). In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de
Janeiro, 1991. Anais... Rio de Janeiro, 1991. p. 79-90.
16 RAUSH, Júlio Cezar. Custos e preços dos serviços de um centro de informações técnico-científicas : uma experiência no Brasil. In :SEMINÁRIO
NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de Janeiro,
Anais... Rio de Janeiro, 1991. p. 269 - 286.
�2.1
17 SACOMANDO, Claudete Cury , MORAES, Lourdes de Souza. Padrões para
planejamento orçamentário em bibliotecas universitárias. In: SEMINÁRIO
NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de
Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 1991. p. 43 - 78.
18 SANTANA, Isnaia Veiga. Análise da situação das bibliotecas universitárias do
Nordeste. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS DO NORDESTE, 1., 1993, Salvador. (Documento-base). 81 p.
19 SCHMIDT, Suzana et al. Política de alocação de recursos e desenvolvimento
de coleções. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 1991. p. 91 104.
20 SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., 1991, Rio de Janeiro.
Relatório Final. Rio de Janeiro : UFRJ / SIBI , 1992.
�
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A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
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Title
A name given to the resource
Políticas de financiamento em bibliotecas de Instituições de Ensino Superior.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Pinheiro, Lena Vania Ribeiro; Raposo, Maria de Fatima Pereira
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Aborda questões relacionadas a recursos para bibliotecas de instituições de ensino superior, levando em consideração o fator orçamento como parte do planejamento. Enfoca as políticas públicas, as bibliotecas universitárias e as questões orçamentárias. Analisa a situação atual e tendências para financiamentos nos anos 90.
Language
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4653/SNBU1996_016.pdf
1fe2d636ae47b1cfee00f4045024770a
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Text
5.2
POLÍTICAS PARA PRESERVAÇÃO DE ACERVOS DE BIBLIOTECAS:
SELEÇÃO DE ÍTENS E MÉTODOS
Marta S. R. do Val*
Sandra B. Lane**
RESUMO
O trabalho focaliza meios e opções de tratamento de materiais em deterioração.
Trata, primariamente, as políticas de seleção de ítens e opções de reprodução ou
conservação.
1 INTRODUÇÃO
O termo “preservação” tem sido usado desde 1980, nos EUA e na Europa,
com significado globalizante de programas de preservação defensiva, que incluem:
definições de normas e procedimentos para a construção de bibliotecas,
planejamento físico de interiores (mobiliário adequado), controle ambiental,
acondicionamento de materiais frágeis, segurança contra furtos (SILVA e LANE,
1990), prevenção de acidentes, etc.; e programas de preservação retrospectiva, que
incluem:
conservação
(higienização,
esterilização,
desacidificação,
reparos,
restauração e encadernação) e reprodução (cópias e transferência de formatos).
Esse
*
Bibliotecária da Coleção de Obras Raras do Serviço de Coleções Especiais da Biblioteca Central da
UNICAMP.
**
Bibliotecária responsável pela Coleção de Obras Raras do Serviço de Coleções Especiais da
Biblioteca Central da UNICAMP.
�5.2
termo não deve ser confundido com conversão retrospectiva, que é utilizado na
catalogação em rede (ZANAGA, 1994).
Para se estabelecer uma política de preservação de acervos de bibliotecas é
necessário responder a questões relevantes como: o que deve ser preservado?
Quais os métodos que serão utilizados? Quais os recursos humanos e financeiros?
Como dividir o esforço em serviços cooperativos com outras instituições?
Um programa de preservação, dentro de uma instituição, deve incluir um
processo de identificação de itens a serem preservados, e seleção dos métodos
mais adequados a esses itens. Segundo BOOMGAARDEN (1987), como muitas
instituições possuem recursos limitados, destinados à preservação, esse processo
de seleção é mais um conjunto de decisões sobre o que deve ser preservado ou
não.
2 OPÇÕES PARA A SELEÇÃO DE ÍTENS
Em
geral, a seleção de ítens para a preservação em uma biblioteca
universitária é uma tarefa importante, porém difícil de realizar. Decidir o que fazer
com um item deteriorado ou em processo de deterioração não é simples, pois é
preciso conhecer o item, avaliá-lo como um bem cultural ou intelectual, sua história
bibliográfica, sua disponibilidade de compra ou empréstimo, o seu valor físico. Além
desses aspectos, é importante conhecer os métodos disponíveis de preservação,
como preservação do original através de reparos, encadernação, desacidificação,
ou transferência de conteúdo através de microfilmagem, de fotocópias ou imagem
�5.2
digitalizada. Somando-se aos aspectos técnicos acima mencionados, é preciso
considerar os recursos disponíveis pela biblioteca e o custo final correspondente.
As decisões a serem tomadas baseiam-se em questões como: condição atual
do item (mutilado, dobrado, rasgado, com partes faltantes ou soltas, papel frágil ou
quebradiço, margens muito estreitas para encadernação, texto apagado, etc.), uso
e idade do material, duplicatas, outras edições, possibilidades de empréstimo de
outro departamento, particularidades da edição (prefácio, ilustrações) ou do
exemplar (dedicatória, anotações, encadernação, ex-libris) são condições que
devem ser observadas. Também o valor do conteúdo, a importância do autor e sua
contribuição dentro de determinada área, a condição do item dentro da coleção. Por
exemplo, uma edição aparentemente sem importância pode ser de grande valor em
uma coleção exaustiva de uma determinada pessoa ou autor, ou numa coleção
especial, considerado o valor da coleção em nível local e nacional, para a pesquisa
e o currículo da instituição a que pertence, ou para os projetos cooperativos. Ou a
preservação de todas edições pode ser exigida em pesquisas literárias, em outro
exemplo (HENDERSON e HENDERSON, l995).
3 ROTINAS PARA A SELEÇÃO DE ÍTENS
A seleção do material para preservação deve se basear no levantamento dos
problemas de preservação por coleções
ou amostras do acervo geral. Esse
levantamento pode trazer resultados satisfatórios se realizado através de processos
de investigação bem definidos. Por exemplo, numa coleção contendo impressos
publicados a partir de 1870 até 1930, a amostragem é dispensável, porque essa
�5.2
época é conhecida como a era do papel fraco (doente). Uma amostra, nesse caso,
só irá confirmar o que já foi detectado, isso é, são materiais com papel quebradiço e
precisam de conversão para um novo formato.
A rotina da seleção de ítens inclui pesquisa bibliográfica, como autor, tradutor,
raridade e detalhes de outras cópias, ou outras edições na língua original do item.
Ao formulário de pesquisa deve ser acrescentada a informação de existência de
reproduções (em papel, microformas ou digital). Essa seqüência vai orientar o
bibliotecário quanto à política da biblioteca pela preferência de um certo formato,
para substituir um item (BOOMGAARDEN, l987).
A pesquisa bibliográfica pode ser agilizada se houver uma política de
pesquisa de acordo com a categoria e as prioridades de substituição.
3.1 PRESERVAÇÃO DO TEXTO
A reprodução de textos passa a ser necessária quando o item não pode ser
manuseado, sem que seja danificado, devido à acidez do papel e porque não está
acessível comercialmente, em qualquer formato. Quando o item possui valor de
artefato, uma encadernação de época, uma ilustração rara, uma edição especial, a
sua reprodução é recomendada desde que o método escolhido não danifique o
original.
Certos materiais são por natureza candidatos à conversão e correm perigo se
não receberem um tratamento diferenciado. A maioria das instituições com
experiência em conversão concentram sua atenção nas seguintes categorias:
folhetos e monografias publicados após meados do século XIX, devido à baixa
�5.2
qualidade do papel (LANE, 1994). Também jornais e periódicos, material estatístico,
cartas e manuscritos, atlas e mapas, relatórios governamentais, e reproduções de
formatos antigos e/ou de pouca durabilidade como estênceis, mimeografias,
termofax, etc. (BOOMGAARDEN, l987).
Essa parte do programa pode ser simplificada quando os materiais são
separados por categoria, ou que tenham as mesmas características.
A fotocópia em papel permanente tem bastante durabilidade e pode substituir
o original no manuseio. Os papéis permanentes são neutros, ou tem uma pequena
reserva alcalina, e são fabricados em fibra de madeira, como os papéis antigos. Os
equipamentos para fotocopiar para preservação são apropriados para prover
permanência da gravação e a tinta usada é neutra (LANE e VAL, 1996).
Uma ênfase maior foi dada até hoje ao processo de microfilmagem, pois esse
meio de conversão oferece a vantagem do filme ter uma vida útil elevada, o que
ainda não foi comprovado pelos novos meios eletrônicos, por isso é bem aceito
como um método para preservar documentos. Os documentos preservados em
microformas podem ser convertidos ao formato digital.
A tecnologia digital é um método alternativo que tem as facilidades de
armazenagem em massa, transferência da informação pelas redes entre pontos
geograficamente distantes e acesso fácil do pesquisador.
Materiais não apropriados à microfilmagem são aqueles materiais contendo
ilustrações coloridas, materiais frágeis que poderão ser danificados durante o
processo, materiais desbotados ou com contraste pobre. No entanto, esse material
pode ser digitalizado sem perdas, se o processo for compatível com a qualidade do
�5.2
original e com o que se deseja preservar como valor. Por exemplo, para ítens com
ilustrações e cores, deve ser usado um processo de resolução superior ao
empregado quando se deseja preservar um texto simples.
A razão mais aceitável para a conversão de um item, como uma opção de
preservação, é a captura do conteúdo informacional do material danificado.
A condição bibliográfica é parte da qualidade total de um item, assim, livros e
periódicos devem estar completos antes da conversão ou reprodução.
O depósito legal de direitos autorais é um elemento necessário aos
programas de conversão. A possibilidade de realizar cópias para preservação deve
estar prevista em lei, mas condicionada a fatores como idade do material, seus
formatos e motivos para copiar, como repor cópias roubadas, perdidas ou
danificadas. Os diferentes processos (fotocópias, microfilmes e conversão
eletrônica) podem apresentar questões legais específicas.
3.2 PRESERVAÇÃO DO FORMATO ORIGINAL
Uma orientação elaborada pela pessoa ou equipe responsável pela
preservação, isso é, um guia, deve ser acessível
a todos os funcionários da
biblioteca, auxiliando nas decisões de retenção de itens para preservação. Esse
guia deve indicar as opções de preservação dentro da biblioteca, suas vantagens e
desvantagens. No caso do original retido, ele pode passar por pequenos reparos
(conserto de lombadas, costuras, remendos), desde que não apresente perda de
resistência do papel. É uma opção econômica. A reencadernação, também de baixo
�5.2
custo, não é indicada para livros e papéis extremamente frágeis, quando se
recomenda acondicionadores como caixas e invólucros. A proteção é um método de
preservação temporário, que não impede a deterioração do item em estado
avançado de deterioração.
O tratamento completo de conservação é caro, só pode ser feito por
restauradores, e deve ser deixado para ítens muito valiosos, com problemas de
preservação.
Para ítens de uma única folha (mapas, gravuras,
documentos) a
encapsulação de poliéster é um método que oferece proteção estável, quando
precedido de um processo de desacidificação. A desacidificação é um método
especializado, portanto caro, e o poliéster pode ter um custo significativo para a
biblioteca.
A desacidificação em massa é uma opção que assegura o formato original, a
um custo mais baixo do que feito individualmente, enquanto estabiliza grande
quantidade de materiais (LANE e VAL, 1996).
A preservação através de ambiente climatizado também preserva o formato
original e reduz o grau de deterioração, mas não impede a degradação de um item
com a estrutura já comprometida. Essa opção exige equipamentos adequados para
manter a temperatura baixa, a umidade relativa do ar moderada, a luminosidade
adequada e a purificação do ar.
�5.2
4 DESCARTE OU SUBSTITUIÇÃO DO ORIGINAL
A biblioteca pode adquirir um exemplar igual ao item deteriorado, desde que
não seja um material raro ou escasso no comércio. A substituição de um item pelo
material disponível comercialmente em outros formatos (microformas, videodiscos,
CDs, meios magnéticos, etc.) tem baixo custo e economiza espaço. É
especialmente indicada quando existem no comércio microfilmes de títulos de
periódicos em vários volumes. A microforma, por sua vez, exige uma recatalogação,
equipamentos para leitura e cópia.
O descarte de um item pode indicar a falta de valor da coleção a que se
insere; ao mesmo, tempo essa decisão de não preservar pode significar uma
reserva de fundos para que outros itens possam ser preservados.
Conservar o item na estante e não tomar nenhuma medida, no sentido de
preservar, é uma outra opção, desde que seja tomada conscientemente e exista um
plano de prioridades para os itens mais importantes das coleções. Essa opção,
assim como o descarte, resultará, eventualmente, na perda gradual da coleção.
Segundo BOOMGAARDEN (l987), “as decisões na área de preservação são
diretamente relacionadas com o serviço de desenvolvimento de coleções e com as
políticas de aquisição, seguindo as regras formais ou os acordos e entendimentos
que norteiam as práticas de desenvolvimento das coleções”.
�5.2
5 O BIBLIOTECÁRIO DE PRESERVAÇÃO
O bibliotecário responsável pelos programas de preservação, dentro de uma
instituição, deve administrar as rotinas da área de preservação, através de opções
de tratamento adequado aos diversos tipos de materiais, bem como a relação entre
o seu custo e benefício. Deve consultar especialistas de áreas que possam indicar
o que vale ser preservado dentro de determinada coleção, como também revisão de
títulos candidatos à preservação retrospectiva, ou no preparo de listas de títulos
importantes nas suas áreas de atuação. Se considerar a possibilidade de preservar
os textos e ilustrações através de imagens digitalizadas deverá trabalhar com
especialistas em bancos de dados e fotógrafos (ROOSA, 1996, informação verbal).
Deve ser assistido tecnicamente pelo restaurador, sobre possibilidades de
tratamento e custos, para itens valiosos, como pelo encadernador e outros técnicos
dentro de suas áreas de especialização.
6 CONCLUSÃO
A decisão do que preservar, a seleção dos ítens à conversão de formatos, a
retenção ou não dos originais, e métodos utilizados na preservação dos materiais
são os passos iniciais na adoção de uma política de preservação dentro de uma
instituição. Outras rotinas serão estabelecidas a partir das iniciais. Na retenção dos
originais, programas de preservação defensiva e conservação. Na preservação
retrospectiva, programas de reprodução de ítens como fotocópias em papel
�5.2
permanente, microfilmagem ou escaneamento, revertem para rotinas distintas. Mas
qualquer programa de reprodução deve obter permissão de autores ou proprietários
de obras e buscar em outras instituições a complementação do seu acervo
(OHNEMUS,
1995).
Qualquer
programa
de
preservação
deve
buscar
patrocinadores públicos ou privados e colaborar com outras instituições em serviços
cooperativos.
ABSTRACT
This paper considers various ways of dealing with material in bad condition,
focussing mainly on policies for selection of items and the choice between
reproduction and conservation.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BOOMGAARDEN, Wesley L. Selection of materials for microfilming. In:
GWINN, Nancy E. (Ed.). Preservation microfilming. Chicago: ALA, 1987.
2 HENDERSON, Kathryn L., HENDERSON, William T. Preservation of library
materials: course syllabus (LIS447). Illinois: UIUC:GSLIS, 1995.
3 LANE, Sandra S. Programa nacional de preservação de livros do século XIX:
uma necessidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8., CAMPINAS, 1994. Anais... Campinas : UNICAMP,
1994.
4 _____. , VAL, Marta R. S. Ribeiro do. Preservação de acervos de bibliotecas:
parte I - degradação dos materiais. In: Ensaios APB, São Paulo, n.26, jan.
1996.
5 _____. Preservação de acervos de bibliotecas: parte II - um modelo de programa
local. In: Ensaios APB, São Paulo, n.27, fev. 1996.
6 OHNEMUS, Edward. What do digital library employes do all day, anyway?
Gazette Library of Congress, Washington, v. 6, n. 15, April 14, 1995.
The
7 ROOSA, Mark S. The Marston Project. [Presentation]. São Paulo : USP, 1996.
8 SILVA, Sonia T. D. G. , LANE, Sandra S. Uma política de preservação para
livros
�5.2
raros em bibliotecas universitárias. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 6., 1990, Belém. Anais... Belém, PA, 1990.
9 ZANAGA, Mariangela Pisoni. Conversão retrospectiva e cooperação no
processamento técnico de materiais bibliográficos: experiência do Sistema
de Bibliotecas da UNICAMP. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 8. , 1994, Campinas. Anais... Campinas: UNICAMP,1994.
�
Dublin Core
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Title
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SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
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A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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Title
A name given to the resource
Políticas para preservação de acervos de bibliotecas: seleção de itens e métodos.
Creator
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Val, Marta S. R. do; Lane, Sandra B.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O trabalho focaliza meios e opções de tratamento de materiais em deterioração. Trata, primariamente, as políticas de seleção de ítens e opções de reprodução ou conservação.
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08d779e4a9921975dcbb2570c3f1fb7b
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7.4
PRODUÇÃO DE ÍNDICES DE ASSUNTO REFERENTES A TESES E
DISSERTAÇÕES APROVADAS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO
BRASIL (PROJETO TESINDEX/CAPES)
Ulf G. Baranow*
RESUMO
Descreve o projeto de recuperação da informação TESINDEX, referente a 10.431
dissertações e teses em várias áreas do conhecimento, aprovadas em Instituições
de Ensino Superior brasileiras, no período de 1990-94. Patrocinado pela CAPES, o
projeto visa ao processamento de assuntos específicos tratados nesta modalidade
da produção acadêmica brasileira, a partir de dados armazenados na base
EXECAPES do Ministério da Educação.
1 ANTECEDENTES E OBJETIVOS
Em 18 de outubro de 1993, apresentamos à CAPES/Divisão de Estudos e
Metodologia e à RNP (Rede Nacional de Pesquisa) uma proposta de projeto-piloto
para a análise temática e recuperação da informação contida em dissertações e
teses aprovadas em Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras. Precedida por
uma pesquisa similar na área das Ciências Humanas e Sociais, (BARANOW, 1990),
*
Professor do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Paraná. Colaboraram nas diversas fases do projeto 1) na Universidade de Brasília: Hiroyuki Miki, Gilberto
Medeiros de Melo, Gustavo Lisboa, Mauro B. Miranda Prof. Rodrigo A. de S. Peñalosa; 2) na
a
a
Universidade Federal do Paraná: Prof . Lígia L. B. Kraemer, Prof .Leilah S. Bufrem, Prof. Ricardo
Triska, Andrea C. Schellin, Daniel M. Cruzeta, Dina K. Kageyama, Gisele T. Liegel, Ivan J. Santana,
�7.4
esta proposta abrangia o período de 1990-1992 para as áreas de Matemática,
Física, Economia, e o ano de 1992 para Informática, num total de 1926 ítens. Como
objetivo geral deste projeto-piloto propunha-se desenvolver uma metodologia de
processamento informacional, com auxílio do computador, a partir da base
EXECAPES, e gerar catálogos impressos por autor, orientador e, sobretudo, para os
assuntos específicos abordados neste tipo de produção acadêmica. Os objetivos
específicos propostos resumiam-se a:
1) elaborar uma metodologia de análise temática e indexação, a partir da
linguagem utilizada nos próprios documentos (linguagem natural);
2) formatar uma base de dados, apresentando seu conteúdo devidamente
editorado e possibilitando ao pesquisador acesso aos dados relevantes,
inicialmente,
sob
forma
impressa,
com
possibilidade
de
ulterior
disponibilização em suporte eletrônico;
3) produzir vocabulários controlados, específicos por área do conhecimento,
com a finalidade de constituirem insumos para um processamento futuro
(semi-) automático, de recuperação da informação, seja na entrada de
dados, seja por ocasião da busca de tipo booleano ou outro.
O objetivo geral daquele projeto-piloto, bem como seus objetivos específicos
1) e 2) foram plenamente atingidos, tendo sido apresentados os resultados à
CAPES e à RNP em abril de 1994. Em consenso com os patrocinadores, preferiu-se
deixar a implementação do objetivo 3) para um futuro projeto, a ser desenvolvido em
separado.
Janine A. van Kaick, Josiane Ma. Comarella, Leila Ma. Baranhuk, Silvana Ma. Spagnol, Solange L.
Rocha, Renato J. B. Gomes e Vanessa Zelik.
�7.4
Em maio de 1995, a Diretoria Colegiada da CAPES, acolhendo proposta à
Divisão de Estudos e Metodologia, no âmbito de seu Programa de Estudos sobre a
Pós-Graduação (PAPES/PG), decidiu pela retomada e ampliação do projeto-piloto
que passou a ser denominado Projeto TESINDEX.
Como produtos estavam previstos catálogos impressos por área do
conhecimento ou reunindo áreas afins, abrangendo parte da produção brasileira de
dissertações e teses acadêmicas referentes a 1993, posteriormente estendida para
o biênio 1993/94.
Portanto, o objetivo principal do Projeto era produzir para a CAPES um
protótipo de catálogos impressos das dissertações e teses contidas na base
EXECAPES, comparáveis a publicações internacionais do gênero, apresentando as
referências completas e resumos dessa produção e permitindo seu acesso por
índices de autor, orientador, instituição/curso e, sobretudo, por índices analíticos de
assunto, a fim de integrar esse material ao ciclo documentário da produção
científica.
Como objetivos secundários visaram-se ao aperfeiçoamento metodológico da
análise temática/indexação e, se a execução do Projeto permitisse, à geração de
vocabulários controlados por área do conhecimento.
O projeto abrangeu, portanto, a produção brasileira de dissertações e teses
de 1993 e 1994 em todas as áreas das Ciências Humanas e Sociais, além da
Matemática, Estatística, Física e Informática; nas áreas com asterisco incluiu-se a
produção de 1990-94. O total de teses indexadas completou 10.431 registros
oriundos de 400 cursos de Pós-Graduação (ANEXO 1).
�7.4
No presente relato de pesquisa, vamos concentrar-nos em aspectos da
análise temática e geração de índices de assunto em linguagem natural, tal como
utilizada nos documentos indexados. O nosso principal enfoque recai sobre a
recuperação da informação sob forma de índices de assunto, uma vez que estes
constituem um instrumento de crucial importância para o pesquisador.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA
No tocante à chamada representação do assunto, podem ser apontadas três
possibilidades para sua efetivação (LANCASTER e WARNER, 1993, p. 79 ss.):
1. Descrição ou análise de assunto, realizada diretamente pelo esforço
intelectual (humano) ou por meio de um algoritmo computacional;
2. Descrição do assunto, com aproveitamento da linguagem do próprio
documento (primário) ou de outro vocabulário;
3. Descrição do assunto, a partir da seleção de (virtualmente) todas as
palavras significativas encontradas no todo ou em parte do texto. Pode
também resultar de uma seleção de palavras ou de conceitos encontrados
no documento, de acordo com regras pré-estabelecidas.
Diante dessas três modalidades, a indexação propriamente dita pode
concretizar-se como um processo:
a) analítico, através da atividade intelectual de identificar, selecionar e
representar conceitos de documentos, envolvendo, ainda, a conversão
(ou “tradução”) dos conceitos identificados para os termos de um
�7.4
vocabulário controlado, ou a extração de termos a partir do próprio
documento primário;
b) automatizado, no qual, sem intervenção humana, é extraído um conjunto
de termos representativos do assunto tratado no documento ou a ele
atribuídos por meio de um tesauro, após comparação automática dos
termos (seqüências) no documento com os termos (seqüências) do
tesauro;
c) automatizado, no qual é gerado um arquivo invertido de todas as palavras
de “conteúdo”, isto é, significativas, oriundas de partes representativas do
documento tais como título, subtítulo, resumo, texto completo etc.
Modalidades de análise e representação do assunto (LANCASTER e WARNER
1993, p. 80):
documento primário
indexação
intelectual
(“manual”)
atribuição
de termos
controlados
indexação automática
(extração ou atribuição
de termos)
extração de
termos do
documento
processamento
automático (todas as
palavras de conteúdo)
texto
completo
texto parcial
(p. ex., resumos)
Neste Projeto, optou-se por um processamento em duas etapas: 1ª)
estabelecimento dos termos de indexação por meio da análise (intelectual) de
assunto; 2ª) geração automatizada de índices seqüenciais. A seguir será descrito
sucintamente o desenvolvimento deste trabalho.
�7.4
3 POLÍTICA DE INDEXAÇÃO
Entendendo-se a indexação como processo sobretudo cognitivo (cf.
FARROW 1994), é necessário estabelecer como uma política de indexação o
conjunto de critérios e diretrizes para nortear a ação do indexador. Sendo o principal
objetivo deste Projeto a produção de índices impressos, tivemos de optar por uma
configuração pré-coordenada de recuperação da informação1. Ao escolher os
termos de indexação representativos para gerar os índices, a análise de assunto
baseou-se na linguagem usada no próprio documento, isto é na linguagem nãopadronizada, natural, sem recorrer a um vocabulário controlado. O campo do
assunto, tal como preenchido na base EXECAPES, foi ampliado na base
TESINDEX, e além das palavras-chave já atribuídas pelos autores das dissertações
e teses, foram acrescentados termos oriundos do título e/ou resumo, desde que
relevantes para a complementação de pontos de acesso à informação contida no
documento (cf. ROWLEY 1993, p. 208 s.). Além do material indexável sob forma de
títulos e resumos foi necessário, por vezes, recorrer às informações relativas à área
de concentração, na qual o documento sob análise fora produzido (ANEXO 2).
Quanto à exaustividade/especificidade na indexação, adotou-se
um
procedimento pelo qual fosse possível manter um certo equilíbrio. Fixou-se em cinco
1) Diferentemente um sistema pós-coordenado, também chamado de pós-combinação ou
manipulatório, possibilita a combinação dos termos por ocasião da busca em linha (cf. LANCASTER,
�7.4
termos o limite máximo, só excepcionalmente ultrapassado, e o limite mínimo em
dois termos. Sabe-se que uma indexação exaustiva origina elevada revocação e
baixa precisão, enquanto uma indexação acentuadamente seletiva leva a uma
precisão elevada, mas reduzindo-se concomitantemente a revocação, por ocasião
na busca. Por outro lado, no presente caso, a intervenção do indexador fez-se
necessária, também, porque as palavras-chave propostas pelos autores das
dissertações e teses apresentam acentuada variação, desde termos muito gerais
até termos por demais específicos. Recomendou-se aos indexadores no Projeto,
adotar termos de indexação ao nível da especificidade temática do documento.
Evitaram-se, por exemplo, descritores que designam as áreas ou subáreas, uma vez
que os próprios catálogos impressos seriam discriminados pelas respectivas áreas
do conhecimento.
Em relação a aspectos específicos de determinadas áreas do conhecimento
foram adotados critérios que exigiam também a intervenção do indexador no campo
do assunto. Por exemplo, na área jurídica, foi preciso padronizar termos de
indexação relativos a leis, decretos, normas, etc. Em Economia, História, Geografia,
Antropologia, etc. o binômio espaço-tempo (onde? - quando?) relativo ao assunto
tratado, sempre que possível, entrou como exigência na política de indexação.
Outra diretriz na indexação refere-se à grafia e inversão de nomes próprios
de pessoas, tratados como assunto. Por ex. VILLA-LOBOS, Heitor.
A inversão obviamente, também foi aplicada aos nomes de autores e
orientadores, tendo-se constatado numerosos casos de inconsistência no tocante a
estes últimos na base EXECAPES (ANEXO 3).
1991, 31 ss.). Algumas dificuldades da pós-coordenação em sistemas de informação têm sido
apontadas reiteradamente (p.ex. WEINBERG, 1995, p.155-59).
�7.4
No caso de cidades e acidentes geográficos brasileiros, sempre foi utilizado
como cabeçalho principal o nome do respectivo Estado, seguido pelo local
mencionado no documento, de modo a facilitar posteriormente o acesso ao índice
gerado. Embora não tenha sido utilizado o arranjo hierárquico neste índice, no
presente caso teve que ser aberta uma exceção.
Ainda quanto à política de indexação, pode-se distinguir entre vocabulários
controlados, semi-controlados ou não-controlados. Enquanto no primeiro caso, o
indexador trabalha com um conjunto finito de termos previamente fixados
(“controlados”), no caso dos vocabulários semi-controlados ou não-controlados é
possível a utilização de termos novos à medida que apareçam no material indexável
do documento. Entretanto, “uma ausência total de controle do vocabulário na
indexação humana é rara, pois os indexadores, em geral, são levados a utilizar, pelo
menos, determinadas variantes morfológicas dos termos por eles selecionados”
(LANCASTER e WARNER, 1993, p. 84). Neste Projeto adotou-se a modalidade do
vocabulário semi-controlado, contemplando categorias gramaticais, sintagmas
nominais, variantes morfológicas como singular/plural, bem como regras para uso
de antropônimos, topônimos, organizações, siglas e, na medida do possível,
controle da sinomínia, nos índices gerados.
O controle mínimo do vocabulário foi realizado em duas etapas diferentes: 1ª)
antes da geração automatizada dos índices, isto é, no momento da editoração e
complementação pelo indexador, das palavras-chave já atribuídas no campo do
assunto pelos autores; e 2ª) após a geração dos índices, utilizando-se os mesmos
para proceder a uma certa padronização (“controle”) do vocabulário de indexação,
sobretudo ao nível formal dos termos gerados. Desta segunda fase, portanto,
�7.4
conhecida na técnica da indexação de livros como editoração da indexação (cf.
MULVANY, 1994, 214 ss.), resultou uma certa padronização dos termos que
constituiram definitivamente o índice. O ambiente de indexação, portanto, pode ser
caracterizado como semi-controlado, na medida em que está aberto para a
admissão de novos termos, quando aparecem no material indexável. Por outro lado
o vocabulário resultante, não só sob o aspecto de índice, como também sob o
aspecto de referencial para novas indexações, pode ser considerado um vocabulário
semi-controlado, derivado diretamente da linguagem natural dos documentos.
Nos índices gerados não se incluíram remissivas de nenhum tipo (veja, veja
também). No caso da coincidência morfológica de termos de entrada na posição de
cabeçalho, o aplicativo computacional automaticamente omite a repetição,
favorecendo a legibilidade do arranjo. Por ex.:
Fototriangulação
Densificação gravimética - 019
Detecção de erros - 026
Sistemas lineares - 025
Entretanto, é preciso lembrar que este arranjo de índice, em que pese a sua
configuração gráfica, não é de natureza hierárquica.
4 GERAÇÃO DOS ÍNDICES IMPRESSOS
Ao comparar sistemas de indexação pré-coordenada com sistemas póscoordenados, há consenso de que o segundo proporciona um nível de acesso bem
mais econômico na recuperação. Ao fazer a busca na própria base de dados, em
�7.4
linha, possibilita-se qualquer combinação dos termos que representem o
documento, sendo a fórmula matemática das combinações resultantes:
2n - 1
onde n representa o número de termos. Se por exemplo, um documento for
indexado sob 4 termos, teríamos 16 - 1=15 diferentes combinações, o que, numa
impressão de índice, exigiria 15 diferentes entradas ou linhas. Se o mesmo registro
exibisse o dobro de termos indexados (8 termos) o total de entradas chegaria a 255,
o que tornaria um índice impresso inviável (cf. LANCASTER, 1991, 43s.). Todavia,
pela sua própria natureza, a pós-indexação não se aplica a índices impressos, uma
vez que ela somente se concretiza por ocasião da busca em linha. Sendo a
produção de índices impressos o principal objetivo do presente Projeto, adotou-se a
pré-coordenação na etapa “intelectual” da escolha dos termos, e a indexação
seqüencial (string indexing) computadorizada, na etapa da geração dos índices.
Entre as diversas modalidades de índices seqüenciais escolheu-se o índice
seqüencial por alternação (LANCASTER, 1991, p. 45), um tipo de índice rotativo,
gerado automaticamente pelo computador, a partir de seqüências de entrada (input
strings) que contêm os termos selecionados pelo indexador. O índice é gerado
sistematicamente pelo aplicativo, resultando uma alternação, isto é, cada termo
(seqüência) que faz parte do conjunto de termos representativos do conteúdo do
documento é movido para a posição mais à esquerda, tornando-se termo de entrada
no índice. Com esta “rotação”, o termo deslocado da primeira posição, passa,
respectivamente, para a ultima posição na linha subseqüente. Dessa forma, cada
termo do conjunto representativo de termos do documento vai figurar na posição de
�7.4
entrada, oferecendo um ponto de acesso no índice ao assunto tratado no respectivo
documento. Esquematicamente representado, temos então:
A
B
C
D
E
B
C
D
E
A
C
D
E
A
B
D
E
A
B
C
E
A
B
C
D
Além de cada termo constituir um ponto de acesso no índice, ele continua
também posicionado junto aos demais termos, resultando daí uma contextualização
informacional preciosa para o usuário (ANEXO 4).
No presente caso, cada conjunto de seqüências do índice vem acompanhada
do respectivo locador, correspondendo ao número seqüencial do respectivo
documento indexado, numa listagem à parte, na qual constam as seguintes
informações sobre cada dissertação ou tese:
AUTOR
TÍTULO
GRAU ACADÊMICO
PÁGINAS
CURSO
INSTITUIÇÃO
ANO
ORIENTADOR
�7.4
ASSUNTO
RESUMO
Esta parte do Catálogo impresso contém, portanto, os dados essenciais a
cada documento (ANEXO 2), e é complementada pelos índices já referidos de autor,
orientador e sobretudo, de assunto.
5 AVALIAÇÃO PRELIMINAR E PERSPECTIVAS
Com respeito aos objetivos propostos no Projeto TESINDEX, pode-se afirmar
que os mesmos foram alcançados, dentro da configuração delimitada pelo produto
final desejado, que seriam os índices impressos. No decorrer do Projeto,
aperfeiçoou-se a metodologia da análise temática e indexação (intelectual),
sintetizada em “Rotinas de trabalho” para os indexadores; estabeleceram-se rotinas
de controle para acompanhar o fluxo e a qualidade dos dados durante o
processamentoda informação; adquiriu-se experiência na comunicação com os
centros produtores dos documentos para garantir a confiabilidade do material a ser
processado e suprir falhas na base EXECAPES. Formou-se em torno do Projeto
�7.4
uma competente equipe multidisciplinar de trabalho e um know-how, somente
adquirido pela prática continuada, voltada para a qualidade do produto final.
Apesar de o Projeto ter sido considerado bem sucedido, consoante as
primeiras apreciações dos produtos gerados, tanto pela Direção da CAPES como
por pesquisadores, alunos de pós-graduação, professores de diversas áreas do
conhecimento e em uma premiação de Evento Científico da Universidade Federal
do Paraná em 1996, o objetivo principal, que consistia na publicação de catálogos
por área do conhecimento pela CAPES, não será concretizado.
Com a implementação, desde 1995, do Sistema de Informação sobre Teses SITE, no âmbito do Programa de Informação para Pesquisa - PROSSIGA, sob os
auspícios do CNPq/IBICT, e a opção por suportes eletrônicos (CD-ROM),
disponibilização pela INTERNET e em redes regionais, tornou-se problemática a
publicação de catálogos impressos, seguindo aliás, uma tendência internacional.
Mas, enquanto nos Estados Unidos os tradicionais Dissertation Abstracts ainda são
distribuídos opcionalmente sob forma impressa e em CD-ROM, no Brasil, por razões
econômicas e considerando o mercado, uma publicação impressa do gênero tornarse-ia inviável, hoje. No caso do presente Projeto, com um catálogo por área do
conhecimento ou abarcando mais de uma área, sem os respectivos resumos mas
com índices a exemplo dos Dissertation Abstracts, teríamos um total de
aproximadamente 3.500 páginas. Isto cobriria apenas uma parte das dissertações e
teses produzidas no período de 1993-94, em todas as áreas do conhecimento
representadas nas universidades brasileiras. A inviabilidade econômica de tal
empreitada, portanto, torna-se hoje evidente, considerando as limitações de
recursos e as do próprio mercado para um tal produto, especialmente se for incluída
�7.4
ainda uma complementação retrospectiva, tão desejável em algumas áreas do
conhecimento, como nas Ciências Humanas e Sociais.
Entretanto, o know how adquirido no Projeto TESINDEX, no que concerne à
indexação, editoração, normalização, estratégias de trabalho e controle de
qualidade do processamento de uma grande quantidade de dissertações e teses,
além da bem sucedida comunicação com os centros geradores, certamente, poderá
contribuir, também, em projetos semelhantes, com vistas a suportes mais ágeis e
com maior viabilidade econômica.
ABSTRACT
Describes the TESINDEX project in information retrieval which processed 10.431
theses and dissertantions from several areas, approved by Brazilian universities
from 1990 to 1994. The aim of the project was to carry out subject analysis and
indexing of this material, contained in the EXECAPES database of the Brazilian
Ministry of Education.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BARANOW, U.G. Bibliografia indexada de dissertações e teses em Letras e
Linguística defendidas em universidades brasileiras. Linguística, v.1.
Recife : ANPOLL, 1990.
2 CRAVEN, T. String indexing. Orlando : Academic Press, 1986.
3 FARROW, J. Indexing as a cognitive process. In: ENCYCLOPEDIA of Library and
nformation Science. New York : M. Dekker, 1994. v.53, suppl. 16. p.155-171
�7.4
4 LANCASTER, F. W. Indexação e resumos; teoria e prática. Brasília : Briquet de
Lemos, 1991.
5
_____. , WARNER, A.J.
Resources,
1993.
Information retrieval.
Arlington : Information
6 MULVANY, N. C. Indexing books. Chicago : The University of Chicago Press,
1994.
7 ROWLEY, J. Informática para bibliotecas. Brasília : Briquet de Lemos, 1993.
8 WEINBERG, B. H. Why postcoordination fails the searcher. The Indexer, v. 19,
n. 3, p. 155-159, 1995.
�7.4
ANEXO 1
TESINDEX - Áreas das dissertações e teses; número de registros e cursos
Área
Num. de Registros
Num. de Cursos
1.
FÍSICA *
1328
26
2.
EDUCAÇÃO *
1279
44
3.
COMPUTAÇÃO *
1088
15
4.
ECONOMIA
987
24
5.
LETRAS
701
45
6.
ADMINISTRAÇÃO
593
26
7.
PSICOLOGIA
531
24
8.
MATEMÁTICA *
438
22
9.
HISTÓRIA
432
21
10.
SOCIOLOGIA
419
26
11.
ANTROPOLOGIA *
350
8
12.
DIREITO
325
19
13.
COMUNICAÇÃO
301
8
14.
CIÊN. POLÍTICA/REL. INTERNACIONAIS
284
10
15.
LINGUÍSTICA
264
9
16.
FILOSOFIA
232
16
17.
GEOGRAFIA
183
9
18.
ARQUITETURA
125
7
19.
ARTES
124
7
20.
SERVIÇO SOCIAL
123
7
21.
CIÊN. DA INFO./ BIBLIOTECONOMIA
81
6
22.
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
77
7
23.
TEOLOGIA
72
5
24.
ESTATÍSTICA
41
4
25.
MÚSICA
40
4
26.
DEMOGRAFIA
13
TOTAL 10431
1
TOTAL 400
NOTA: As áreas com asterisco (*) compreendem a produção de 1990 a 1994.
1400
1200
800
600
400
200
Área
26.
25.
24.
23.
22.
21.
20.
19.
18.
17.
16.
15.
14.
13.
12.
11.
9.
10.
8.
7.
6.
5.
4.
3.
2.
0
1.
Número de registros
1000
�7.4
ANEXO 2
TESINDEX - Referência Completa
MFN
: 254
AUTOR
: SADER, EMIR SIMÃO
TITULO : A CRISE HEGEMÔNICA E SUA IDEOLOGIA: TEORIAS DO
ESTADO
BRASILEIRO DURANTE O REGIME MILITAR
GRAU
: DOUTORADO
PAGINAS : 213
CURSO : CIÊNCIA POLÍTICA
INST.
: USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ANO
: 1990
ORIENT. : WEFFORT, FRANCISCO CORRÊA
ASSUNTO : CRISE HEGEMÔNICA
IDEOLOGIA
TEORIAS DO ESTADO
REGIME MILITAR (1964-1985)
CULTURA DO ESTADO BRASILEIRO
RESUMO : Estudo sobre os diferentes marcos teóricos subjacentes às principais
obras que tratam de explicar a cultura do Estado brasileiro no período
pós-64.
: 255
: SILVA, CÁTIA AIDA PEREIRA DA
: OS CONSELHOS TUTELARES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DE SÃO PAULO E OS SEGMENTOS PRO-CIDADANIA
GRAU
: MESTRADO
PAGINAS : 192
CURSO : CIÊNCIA POLÍTICA
INST.
: USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ANO
: 1994
ORIENT. : CARDOSO, RUTH CORRÊA LEITE
ASSUNTO : CONSELHOS TUTELARES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
POLÍTICAS PUBLICAS
DIREITOS DA CIDADANIA
SÃO PAULO (CAPITAL)
MFN
AUTOR
TITULO
RESUMO
ANEXO 3
: Os conselhos tutelares da criança e do adolescente de São Paulo,órgãos cogestores e fiscalizadores criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, são
vistos como espaços públicos que permitem aos atores sociais influenciarem nas
políticas públicas. A eleição e a mobilização dos conselhos tutelares em São Paulo
são o objeto da dissertação, que se volta para os conflitos e impasses criados entre
os segmentos defensores dos direitos da cidadania e outros segmentos sociais
minoritários, na composição dos conselhos. Estes conflitos dizem respeito às relações
que se estabelecem entre os conselhos, de um lado, e de outro, o poder público
municipal, órgãos públicos de atendimento (incluindo o poder judiciário) e a
população, no momento em que os conselhos tutelares são instalados e tentam
legitimar-se perante as demais instituições.
�7.4
TESINDEX - Índice de Orientadores
.
..........................................................
..........................................................
CANAHUATI, ANTONIO FERNANDO
MITRE
084, 104
CARDOSO, RUTH CORREA LEITE
234, 239, 245,
251, 255
CARNEIRO, REGINA MARIA DIAS
098
CARVALHO, JOSE MURILO DE
003, 028, 034,
048
CASTRO, LEDA MARIA BENEVELLO
DE
080, 086
.
..........................................................
..........................................................
VIANNA, LUIZ JORGE WERNECK
006, 024, 036
VIEIRA, EVANTINA PEREIRA
074
VIEIRA, JOSE RIBAS
054
WEFFORT, FRANCISCO CORREA
232, 254
WROBEL, PAULO SERGIO
052, 060, 064
ZAIDAN FILHO, MICHEL
123
ZENELON, LEA RIBEIRO
108
ANEXO 4
TESINDEX - Índice de Assuntos
�7.4
.................................................................................................
.................................................................................................
Congresso Nacional (1991-1994)
Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul); Tratado de Assunção 193
Conselho de Segurança Nacional
Amazônia; Projeto Calha-Norte; Política indigenista - 235
Conselhos Tutelares da Criança e do Adolescente
Políticas públicas; Direitos da cidadania; São Paulo (Capital) 255
Conservadorismo
Igreja Católica; Nova Republica - 082
Consolidação Democrática no Brasil (pós-1985)
Estabilização e reformas; Nova Republica - 014
Constitucionalidade das leis
Poder Judiciário; Revisão Constitucional (1993-94) - 230
.................................................................................................
.................................................................................................
.................................................................................................
Crise Econômica
Política econômica; Economia; Plano Trienal de Desenvolvimento
Econômico e Social (1963-1965) - 224
Crise energética
Política externa brasileira; Industria bélica; Relações Brasil Iraque (1979-1988) - 065
Crise hegemônica
Ideologia; Teorias do Estado; Regime Militar (1964-1985);
Cultura do Estado Brasileiro - 254
Crise internacional
Urbanização; América Latina; São Paulo (capital); Uruguai Montevideo - 277
Crise política de 1964
Governo João Goulart (1963-1964); Autoritarismo na política
brasileira; Analise histórica - 019
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Produção de índices de assunto referentes a teses e dissertações aprovadas em Instituições de Ensino Superior no Brasil (Projeto TESINDEX/CAPES).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Baranow, Ulf G.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Descreve o projeto de recuperação da informação TESINDEX, referente a 10.431 dissertações e teses em várias áreas do conhecimento, aprovadas em Instituições de Ensino Superior brasileiras, no período de 1990-94. Patrocinado pela CAPES, o projeto visa ao processamento de assuntos específicos tratados nesta modalidade da produção acadêmica brasileira, a partir de dados armazenados na base EXECAPES do Ministério da Educação.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4675/SNBU1996_027.pdf
9724b08990f5388fe1985ec5f3e486ad
PDF Text
Text
5.14
�
PROPOSTA DE UM SISTEMA DE AJUDA PARA ACESSO OTIMIZADO ÀS
BASES DE DADOS DO CONSÓRCIO ISTEC
*
Anamelea de C. P. Luiz dos Santos
Cláudio Magalhães Teixeira*
Heloísa R. de Próspero*
Ione Caldas Couto*
Marcelo Marim*
Richard Duarte Ribeiro*
Rosamélia Parizotto*
Sandra Maria Simioni*
Vivian Heemann*
**
Prof. Dr. Walter de Abreu Cybis
RESUMO
Este trabalho consiste na descrição da análise ergonômica da tarefa de acesso às
bases de dados, on line, na Biblioteca Universitária da Universidade Federal de
Santa Catarina, fornecendo os elementos utilizados na elaboração de um sistema
de ajuda ergonômica, em hipertexto, para o acesso às bases Libros, do Consórcio
ISTEC, em língua portuguesa.
1 INTRODUÇÃO
NO INÍCIO ESTÁ O FIM
A melhor forma de realizar algo é definir
sua finalidade essencial.
Não procure um hospital quando só
precisa de informação sobre saúde.
Para todo problema existem muitos
“como”, mas somente um “o quê”. O “o
quê” deve preceder as soluções
propostas. (WURMAN, 1991)
���������������������������������������� ��������
*
**
Grupo Via Expressa�
Coordenador do Grupo Via Expressa�
�5.14
�
�
�
Escutamos freqüentemente que estamos vivendo na “era da informação”
mas, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais distantes daquilo que realmente
buscamos: uma informação precisa sobre um assunto preciso.
Com a revolução tecnológica temos, a cada dia, um novo produto sendo
oferecido pelos “produtores de informação” aos “usuários ávidos”. Entretanto, como
selecionar todo esse material?
As bibliotecas têm cumprido de certa forma o papel de guias nesta busca
incessante. Todavia, seus serviços têm sido, muitas vezes, subutilizados. É o que
observamos no caso específico das bases de dados.
Atualmente, a Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa
Catarina/UFSC passa por essa situação, ou seja, existe um serviço de acesso às
bases de dados, que está sendo pouco utilizado pela comunidade acadêmica. Esse
fato ocorre em virtude de não existir um conhecimento prévio, por boa parte dos
usuários, das estratégias necessárias para se beneficiar desse serviço.
O tema do presente trabalho — Proposta de um sistema de ajuda para
acesso otimizado às bases de dados do Consórcio ISTEC — veio ao encontro de
uma demanda real da Biblioteca Universitária/ UFSC.
Esse estudo teve por objetivos:
a) realizar uma análise ergonômica do acesso às bases de dados para a
obtenção de documentos eletrônicos na Biblioteca Universitária/UFSC;
b) fornecer, a partir desta análise, subsídios para a elaboração de um sistema
informatizado de ajuda para acesso otimizado às bases de dados do
�5.14
�
�
Consórcio ISTEC, permitindo o acesso ao serviço por um número maior de
usuários, de forma autonôma.
A tecnologia de hipertexto foi útil para a elaboração desse sistema,
disponibilizando, assim, a cada usuário, o acesso de maneira independente, em
terminais remotos ou locais, bem como a realização de treinamentos específicos,
direcionados aos usuários das bases de dados do ISTEC.
Delimitações para a realização do trabalho:
a) para elaboração e conclusão do sistema de ajuda, os nove integrantes do
grupo trabalharam desde o início de dezembro/95 até março/96.
b) a perspectiva de análise foi qualitativa , pois o período dedicado à coleta
de dados no posto de trabalho - Seção de Referência da Biblioteca
Universitária/UFSC- coincidiu com as férias de verão da universidade.
Além deste fator condicionante, a biblioteca, em janeiro, sofreu um sinistro
decorrente das chuvas intensas, impossibilitando o acesso ao posto de
trabalho e aos usuários.
c) foram selecionadas as bases acessadas através da Libros do Consórcio
ISTEC1 em função desta base oferecer documentos eletronicamente, sem
custos para usuários vinculados às instituições consorciadas.
d) a forma utilizada para a análise da tarefa foi o Método de Análise
Descritiva (MAD), versão 1995.
���������������������������������������� ��������
� . LIBROS: Sistema de bibliotecas on-line da Biblioteca Geral do Novo México, que contém o acervo
de bibliotecas ibero-americanas que disponibilizam seus acervos para consulta e obtenção de
documentos.�
�5.14
�
�
2 HIPÓTESES
O conhecimento das estratégias de busca que implicam linguagens
estruturadas utilizadas para o acesso e a pesquisa em bases de dados, assim
como a performance das redes que suportam este acesso, foram os pressupostos
norteadores da elaboração das seguintes hipóteses:
a) o usuário não está familiarizado com o conceito, o uso e os recursos de
bases de dados, seus produtos e serviços;
b) o usuário utiliza, superficialmente, os recursos da Internet;
c) os conceptores da infra-estrutura dos sistemas de acesso a bases de
dados parecem não considerar a carga cognitiva que esta infra-estrutura
exige do usuário para o alcance de seus propósitos;
d) um sistema de ajuda para acesso otimizado às bases de dados pode
ser
concebido
ergonomicamente,
baseado
no
conhecimento
das
necessidades dos usuários, tendo em vista facilitar o acesso a bases de
dados e a obtenção do documento físico.
3 MÉTODO DE TRABALHO PARA A ANÁLISE ERGÔNOMICA
A avaliação ergonômica da tarefa de acesso a bases de dados foi realizada
seguindo as seguintes etapas: análise da demanda, análise da tarefa e análise da
atividade. A tarefa-objeto não tinha sido ainda implantada na BU-UFSC e, além
disso, não havia prescrições a serem seguidas. Tratava-se, portanto, de uma tarefa
informal.
�5.14
�
As ferramentas utilizadas nas diferentes etapas do trabalho foram:
=> Na análise ergonômica
· questionários;
· entrevistas informais (gravadas em áudio ou não);
· filmagens;
· observações;
· mad.
=> Na elaboração do modelo conceitual
· mad;
· Critérios ergonômicos preliminares;
=> Na implementação do sistema de ajuda
· linguagem HTML;
· páginas de WWW;
· critérios ergonômicos condicionados pelo ambiente.
3.1. ANÁLISE DA DEMANDA
A demanda inicial do trabalho partiu do Consórcio ISTEC, que solicitou à
Biblioteca Universitária da UFSC a implantação de um serviço de informação e
obtenção eletrônica de documentos através do acesso às bases de dados do
próprio consórcio.
�
�5.14
�
�
3.1.1 Identificação dos Parceiros Sociais
O primeiro parceiro social foi o ISTEC. Consórcio fundado em 1990 para
suprir as necessidades de melhoria da educação em áreas técnicas e para prover
mecanismos para compartilhar informações. Tendo como objetivos contribuir para
uma educação atualizada em ciência e tecnologia para todos os participantes do
Consórcio, estimular a pesquisa internacional, desenvolver projetos, oferecer meios
para a transferência de tecnologia e promover a cooperação internacional.
Com relação aos projetos, merece destaque o Projeto Bibliotecas, ao qual
nosso trabalho está relacionado. Esse projeto visa a integração das bibliotecas de
todas as instituições participantes do ISTEC. O projeto tem como objetivos a
modernização da transferência de documentos, a expansão da disponibilidade
eletrônica de materiais de pesquisa, a atualização e o treinamento de profissionais e
usuários das bibliotecas. A transmissão de documentos para essas bibliotecas é
feita através do software denominado ARIEL.
O apoio e a aprovação do ISTEC foram obtidos por uma das partipantes do
grupo responsável pela Proposta de um sistema de ajuda para acesso otimizado às
bases de dados do Consórcio ISTEC, igualmente representante deste Consórcio na
UFSC.
O segundo parceiro social envolvido neste trabalho foi a Seção de Referência
da Biblioteca Universitária2. As chefias desta seção e divisão foram devidamente
comunicadas a respeito dos objetivos deste trabalho.
���������������������������������������� ��������
�.
No relatório das atividades da Seção de Referências (anexo 2) encontram-se informações sobre a estrutura,
serviços e dados estatísticos relativos ao ano de 1995 nesta seção. �
�5.14
�
�
3
O terceiro parceiro social foi a Divisão de Informática da Biblioteca
Universitária, em função do suporte dado a todos os serviços automatizados da
biblioteca.
Os usuários do serviço de acesso às bases de dados foram igualmente
parceiros sociais, determinando a demanda e os direcionamentos das prioridades
na estruturação da tarefa e das atividades a ela relacionadas.
3.1.2 Fontes de Informação
As informações foram obtidas a partir de:
a) relatórios de avaliação de desempenho do exercício de 1995 da Divisão de
Informática e da Seção de Referência;
b) relatório de viagem - Assembléia Geral do ISTEC - Ibero-American Science
and Technology Education Consortium - 26/11/1993;
c) relatório de viagem - V Assembléia do ISTEC e Primeira Jornada em
Eletrônica e Informação Aplicada - 13 a 17/11/1995.
Também foram considerados os depoimentos:
a) da representante e interlocutora na UFSC do Consórcio ISTEC
(Bibliotecária-documentalista
da
Divisão
de
Infomática
da
Biblioteca
Universitária da UFSC — responsável pelo planejamento, treinamento e
confecção dos manuais para suporte das atividades informatizadas da
BU/UFSC);
���������������������������������������� ��������
�.
O anexo 3 contém as informações relativas à Divisão de Informática da BU/UFSC no exercício de 1995.�
�5.14
�
�
do chefe da Divisão de Informática da Biblioteca Universitária da UFSC,
responsável por todo o processo de automação da BU/UFSC;
b) dos usuários do sistema no posto de trabalho: o Coordenador do Curso de
Pós-Graduação em Teoria Literária e Literatura Brasileira (DLLV/CCE), um
aluno de pós-graduação, uma funcionária do HU/UFSC e uma bibliotecária da
Seção de Referência da BU/UFSC;
c) dos usuários do sistema em situação simulada: duas alunas de pósgraduação - uma das alunas simulou ser uma usuária leiga na tarefa e em
informática.
3.2 ANÁLISE DA TAREFA
Para a realização da análise da tarefa foram feitas observações através de
filmagens, gravações e aplicação de questionários a usuários do serviço de acesso
de bases dados da BU/UFSC.
A partir dos dados obtidos, o formalismo MAD foi utilizado na análise da
tarefa. Segundo SCAPIN e PIERRET-GOLBREICH, (apud SEBILOTTE,1995),
o MAD oferece uma extensão do conceito-chave de hierarquia (no sentido de parsing
estrutural) de níveis de abstração, usando gráficos de tempo e lógica dos objetos, do mais
geral (raiz) ao mais específico (ramos de tarefas, exemplo, tarefas elementares). Além disso,
uma estrutura baseada no objeto é escolhida para oferecer conhecimentos procedurais e
declarativos; cada objeto é uma entidade independente, a qual corresponde às necessidades
de representação das entidades conceituais significativas para o usuário. No MAD os
principais conceitos usados são tarefa-objeto, ação e estrutura.
3.2.1 Usuário
�5.14
�
�
Conforme foi relatado na introdução, circunstânicas adversas limitaram a
investigação junto aos usuários. Por isso, optamos por uma análise qualitativa,
elencando apenas oito usuários em situação real e simulada de pesquisa. Nossa
observação e coleta de dados referentes à busca de informação e documentos nas
bases de dados realizou-se no posto de trabalho — Seção de Referência da BU
— e na sala da Divisão de Informática da BU.
Consideramos dois usuários-tipo: usuário bibliotecário e usuário nãobibliotecário (cf. quadros 1 e 2) . Outras variáveis poderão ser consideradas em
futuros trabalhos.
3.2.1.1 Identificação dos usuários
Usuários bibliotecários
Média de idade: 38 anos
Sexo: feminino - 2 informantes
Formação: Bacharel em Biblioteconomia (2 informantes)
Média do tempo de serviço: 14 anos
Usuários não-bibliotecários
Média de idade: 33 anos
Sexo: masculino - 3 informantes
feminino
- 3 informantes
�5.14
�
�
Atividades exercidas (profissional e/ou acadêmicas)4
Alunos de pós-graduação - 4 informantes
Professores - 3 informantes
Funcionários - 2 informantes
As áreas de conhecimento representadas pelos informantes (bibliotecários e
não-bibliotecários) foram as seguintes:
a) Biblioteconomia,
b) Ciências da Computação,
c) Educação,
d) Enfermagem,
e) Engenharia de Produção (Ergonomia),
f) Engenharia Elétrica,
g) Letras.
���������������������������������������� ��������
�. Uma informante acumula as seguintes atividades: aluno de pós-graduação, professora e funcionária e um
informante atua, ao mesmo tempo, como professor e funcionário.
�
�5.14
�
�
3.2.1.2 Caracterização dos usuários
QUADRO 1 - USUÁRIO BIBLIOTECÁRIO
Bibliotecária 1 Bibliotecária 2
Nível de conhecimento em informática
experiente
experiente
Treinamento em informática
sim
não
Treinamento no acesso à base de dados sim
sim
Treinamento
da sim
sim
Treinamento em indexação
sim
não
Proficiência em outros idiomas
inglês ***
inglês *
no
acesso
e
uso
Internet
francês *
espanhol *
*** nível avançado
** nível intermediário
* nível básico
QUADRO 2 - USUÁRIO NÃO-BIBLIOTECÁRIO
usuário 1
Conhecimento em informática
usuário2
usuário 3
experiente experiente expert
Treinamento no acesso e uso da sim
sim
sim
usuário 4
usuário 5
usuário 6
experiente nenhum
nenhum
sim
nenhum
nenhum
Internet
Acesso à base de dados
sim
sim
sim
sim
não
não
Conhecimento prévio do serviço de sim
não
sim
sim
não
não
Utilização das bases de dados da sim
sem
sim
sim
sim [1]
sim [1]
BU/UFSC
resposta
espanhol*
inglês**
acesso à base de dados da BU/UFSC
Proficiência em outros idiomas
francês***
inglês***
inglês***
francês***
espanho**
espanhol*
francês*
espanhol*
espanhol*
inglês*
inglês*
espanhol**
�5.14
�
�
*** nível avançado
[1] Estes informantes utilizaram a base de
**nível intermediário
dados, mas
*nível básico
realizada pela bibliotecária!
a pesquisa foi
efetivamente
3.2.2 Compreensão da atividade pelo Método de Análise Descritiva (MAD)
T.0 OBTER DOCUMENTAÇÃO ELETRONICAMENTE SOBRE TEMA DE INTERESSE
Estado Inicial:
Tema;
Áreas abrangidas pelo tema.
Pré-Condições:
Ter o tema definido e saber com quais áreas do conhecimento o
tema se relaciona.
Objetivo:
Fornecer aos usuários da Biblioteca Universitária informações
e documentos referentes a temas de seu interesse, através de
meios informatizados.
Estado Final:
Documento Eletrônico;
Informação referente ao Tema.
Pós-Condições:
Pesquisa realizada com obtenção de informações ou do
documento desejado.
T.1 IDENTIFICAR AS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA OBTER O DOCUMENTO DESEJADO
Estado Inicial:
Tema;
Áreas abrangidas pelo tema.
�5.14
�
�
Pré-Condições:
Ter o tema definido e saber com quais áreas do
conhecimento tema de relaciona.
Objetivo:
Identificar as Bases de Dados onde o tema poderá ser
encontrado.
Estado Final:
Bases de Dados.
Pós-Condições:
Ter definido a(s) Base(s) de Dados em que se encontra o
tema desejado.
T.1.1 OBTER INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ISTEC E SUAS BASES DE DADOS
Estado Inicial:
Tema;
Áreas abrangidas pelo tema.
Pré-Condições:
Ter o tema definido e saber com quais áreas do conhecimento
o tema se relaciona.
Objetivo:
Dar ao usuário informações gerais sobre o ISTEC, suas Bases
de Dados e em quais Bases devem ser
encontrados os
documentos desejados.
Estado Final:
Bases de Dados.
Pós-Condições:
Ter definido a(s) Base(s) de Dados em que se encontra o tema
desejado.
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T1.1.2.1 CONHECER OS SERVIÇOS DISPONÍVEIS NO ISTEC
Estado Inicial:
Tema;
Áreas abrangidas pelo tema.
Pré-Condições:
Ter o tema definido e saber com quais áreas do
conhecimento o tema se relaciona.
Objetivo:
Apresentar ao usuário as Bases de Dados FIRST SEARCH
e LIBROS.
Estado Final:
Bases de Dados.
Pós-Condições:
Ter definido a(s) Base(s) de Dados em que se encontra o tema
desejado.
T.2 OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMO ACESSAR AS BASES DE DADOS
Estado Inicial:
Base de Dados.
Pré-Condições:
Ter conhecimento sobre qual Base de Dados deverá ser
acessada.
Objetivo:
Ensinar ao usuário como será o acesso às Bases de Dados
FIRST SEARCH e LIBROS.
Estado Final
Base de Dados.
Pós-Condições:
Ter conhecimento sobre como acessar a Base de Dados
desejada.
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T.3 PESQUISAR DOCUMENTOS NA BASE DE DADOS DO ISTEC (GUIADO OU
NÃO PELA BIBLIOTECÁRIA)
Estado Inicial:
Tema;
Área(s) abrangida(s) pelo tema;
Base de Dados.
Pré-Condições:
Ter o tema definido, saber com quais áreas do
conhecimento o tema se relaciona, em qual Base de
Dados ele se encontra e como acessar essa Base de
Dados.
Objetivo:
Obter os documentos desejados através da navegação
pelo sistema.
Estado Final:
Documento Eletrônico;
Informações referentes ao tema.
Pós-Condições:
Pesquisa realizada, com obtenção de informações ou do
documento desejado.
T.3.2 PESQUISAR DOCUMENTOS NA BASE DE DADOS LIBROS
Estado Inicial:
Tema;
Área(s) abrangida(s) pelo tema;
Base de Dados LIBROS.
Pré-Condições:
Ter o tema definido, saber que ele é encontrado na Base
de Dados LIBROS e saber como acessá-la.
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Objetivo:
Obter os documentos desejados através de navegação pelo
sistema.
Estado Final:
Documento Eletrônico;
Informações referentes ao tema.
Pós-Condições:
Pesquisa realizada com obtenção de informações ou do
documento desejado.
T.3.2.1 OBTER CONEXÃO DE REDE COM A BASE DE DADOS LIBROS
Estado inicial:
Base de Dados LIBROS.
Pré-Condições:
Saber como acessar à base de Dados LIBROS.
Objetivo:
Estabelecer conexão de rede com a Base de Dados
LIBROS.
Estado Final:
Base de Dados LIBROS.
Pós-Condições:
Ter-se estabelecido conexão com a Base de Dados LIBROS.
T.3.2.2.1 ENTENDER A TELA INICIAL DA BASE DE DADOS LIBROS
Estado Inicial:
Base de Dados LIBROS - Tela inicial.
Pré-Condições:
Ter-se estabelecido conexão com a Base de Dados LIBROS.
Objetivo:
Dar ao usuário uma explicação geral sobre a tela inicial da Base
de Dados LIBROS e como se dará prosseguimento à navegação pelo sistema.
Estado Final:
Base de Dados LIBROS - Tela inicial.
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Pós-Condições:
Após a compreensão da tela, estar apto a selecionar uma das
opções para prosseguir com a pesquisa.
T.3.2.2.2.1 PROCEDER A PESQUISA ATRAVÉS DA OPÇÃO “W”
Estado Inicial:
Base de Dados LIBROS - Tela W1.
Pré-Condições:
Na tela inicial, ter-se selecionado a opção “W”.
Objetivo:
Proceder a pesquisa através da opção “W”.
Estado Final:
Base de Dados LIBROS - Tela W3.
Pós-Condições:
Ter-se realizado a navegação pelas três telas da opção
“W”.
4 DEFINIÇÃO DA METÁFORA
São utilizadas, normalmente, três tipos de metáforas para a idealização de
páginas na WWW :
a) Metáfora da árvore: Apresenta o assunto dividido em níveis e subníveis
hierárquicos;
b) Metáfora do mapa: Constitui-se de uma planta baixa de uma casa virtual,
que pode existir ou não, no mundo real. Cada divisão da casa aloja um
conjunto de documentos (imagens, textos etc.), comuns e pertencentes a
uma mesma categoria;
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c) Metáfora do livro: Veicula o assunto através de elementos que,
normalmente, compõem um livro: folha de rosto (home page), sumário,
introdução, capítulos, notas de rodapé etc.
Nossa opção para a idealização das páginas na WWW foi a metáfora do livro,
pois desta forma o usuário pouco experiente em informática estará diante de um
contexto mais familiar, ainda que metaforizado.
O fato da BU/UFSC ser um parceiro social para a execução da tarefa-objeto
corrobora a pertinência do uso do livro enquanto metáfora.
4.1 ESTILOS DE OBJETO
Devido ao fato dos objetos de interface já estarem, previamente, definidos
pelo browser escolhido e, uma vez que a análise do browser não foi nosso objeto de
estudo, não tecemos considerações sobre os estilos de objeto.
5 IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE AJUDA
i. Páginas na WWW (em anexo)
ii. Critérios ergonômicos utilizados para a concepção das páginas
Existem várias versões da linguagem HTML - Hypertext Markup Language
(HTML, HTML+, HTML 2.0, HTML 3.0 E EXTENSÕES DO HTML). Levando em
conta este fator, optamos pela versão da linguagem HTML 2.0, de maior
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5
compatibilidade com os diferentes browsers existentes hoje no mercado, atingindo,
assim, um maior número de usuários.
CONDUÇÃO
A qualquer momento o usuário sabe onde está pela visualização da barra de
título, como também pode retornar ao início através dos links que compõem o
sumário. O usuário pode, igualmente, verificar suas ações anteriores pelo histórico
das telas visitadas, através da opção Go, na barra de menu.
PRESTEZA
Há um título para cada tela, permitindo ao usuário orientar-se quanto ao
estado ou o contexto.
AGRUPAMENTO / DISTINÇÃO POR FORMATO
Foi respeitado este critério para que o usuário possa identificar e discriminar
itens e sub-itens pelo corpo, estilo e fonte.
���������������������������������������� ��������
� O browser tem a tarefa de fornecer um apontador para uma parte da informação (URL) e acessa
aquela parte da informação ou opera aquele apontador. Em documento hipertexto isto significa um
diálogo com o servidor através do protocolo HTTP.�
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DISTINÇÃO POR LOCALIZAÇÃO
No final de cada página o usuário tem a opção de retornar ao sumário. Este,
por sua vez, facilita ao usuário a localização da informação.
FEEDBACK IMEDIATO
É fornecido em parte pelo browser (netscape, linxs...), assim como pelos links
do próprio sistema.
LEGIBILIDADE
O contraste fundo/letras é controlado pelo browser, assim como o corpo e o
estilo da fonte na versão utilizada. É importante salientar que se o usuário usar a
configuração padrão o contraste fundo/letras estará sendo respeitado.
CARGA DE TRABALHO
Procurou-se reduzir a carga perceptiva exigida do usuário (cf. densidade
informacional).
BREVIDADE
As páginas foram concebidas contendo no máximo três telas completas,
correspondentes a dois toques page down. A informação está estruturada em forma
de numeração progressiva.
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�
CONCISÃO
Os nomes escolhidos para os títulos de menu e frases são significativos,
exigindo do usuário menor tempo de leitura.
AÇÕES MÍNIMAS
Levando em conta o conhecimento dos usuários, encontram-se disponíveis
atalhos de acordo com suas respectivas necessidades. Por exemplo: o usuário
experiente e com fluência na língua inglesa não precisa passar pelas telas de
tradução.
DENSIDADE INFORMACIONAL
No caso específico deste critério, não possuímos condições de afirmar se ele
foi atendido ou não. No entanto, houve um cuidado quanto à dosagem de
informação disponibilizada em cada tela, conforme já evidenciado pelos critérios
acima observados.
CONTROLE EXPLÍCITO
A linguagem HTML é interpretada pelo browser e este é quem determina o
controle.
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AÇÕES EXPLÍCITAS DO USUÁRIO
Existem diferentes caminhos que o usuário pode percorrer dependendo da
sua opção. O usuário com alguma fluência em inglês, por exemplo, pode em um
determinado momento ler as telas traduzidas ou não.
CONTROLE DO USUÁRIO
O usuário não se perde na navegação do sistema, na medida em que o título
do link corresponde ao título do seu hipertexto. Outra opção que o usuário tem a
qualquer momento é voltar para o sumário, interrompendo a navegação.
ADAPTABILIDADE
O sistema permite fazer uma simulação do processo de busca e para o
usuário iniciante há uma explicação de cada passo da busca.
FLEXIBILIDADE
O sistema de ajuda respeita o nível de experiência dos usuários. Utilizando-o
com certa freqüência, o usuário iniciante poderá melhorar sua performance no
acesso às bases de dados em situação real.
CONSIDERAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO
Pela apresentação das informações, cada tipo de usuário tem uma
compreensão das mensagens contidas
elaborar
nas bases. Desta forma, buscou-se
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um sistema de ajuda que atende desde o usuário iniciante (pouco experiente) até o
usuário expert (com grande experiência).
HOMOGENEIDADE / CONSISTÊNCIA
O tipo de configuração é homogêneo, uma vez que o corpo e o estilo da fonte
são idênticos nos diversos contextos em que se apresentam. Itens, sub-itens e
textos respeitam uma padronização; a tela de simulação da navegação do ISTEC
conserva as mesmas características originais.
SIGNIFICADO DOS CÓDIGOS E DENOMINAÇÕES
Os nomes usados nos links são objetivos e significativos, evitando com isso
uma perda de tempo com o desvio na navegação.
COMPATIBILIDADE
Tendo em vista que este é um dos principais critérios a serem observados no
momento da concepção de qualquer sistema, priorizamos a utilização da linguagem
HTML 2.0 para atender a um maior número de usuários. Para se manter a
compatibilidade com outros browsers (linxs, etc.), que não fazem leituras gráficas,
não foram empregados recursos gráficos (fundo de tela, ilustrações etc.).
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6 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO
Cerca de mil horas foram utilizadas, no decorrer de quatro meses
(dezembro/95 a março/96), para a elaboração deste trabalho. Estas horas foram
preenchidas por 53 encontros do grupo, além de atividades individuais de estudo e
preparação de material.
7 CONCLUSÃO
7.1 RETOMADA DOS OBJETIVOS
De acordo com SEBILLOTTE (1995) «os dados a serem obtidos a partir dos
operadores humanos (usuários potenciais do sistema) e analisados são aqueles que
são necessários para a descrição da tarefa e para os objetivos de aplicação
almejados.»
Tendo em vista que nossa análise ergonômica se realizou a partir de uma
tarefa informal, nossa tarefa-objeto não foi, portanto, similar às descritas na
literatura básica consultada. Mesmo assim, aceitamos o desafio que o ineditismo
nos oferecia.
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Como resultado, atingimos nossos objetivos:
a) realizamos uma análise ergonômica do acesso às bases de dados para
obtenção de documento na BU/UFSC e passamos a ter elementos
definidores da tarefa prescrita (cf. itens 3 e 4);
b) construímos um sistema de ajuda para acesso otimizado às bases de
dados do Consórcio ISTEC (cf. item 5).
7.2 RETOMADA DAS HIPÓTESES
As dúvidas dos usuários não-bibliotecários indiciaram um desconhecimento,
total ou parcial, sobre bases de dados, relativo:
a) à conceitualização;
b) ao uso e aos recursos;
c) aos seus produtos;
d) aos seus serviços.
Os usuários não-bibliotecários com certa experiência (conhecimento de
acesso à base de dados e/ou informática) fizeram sua indagações específicas de
acordo com as suas dificuldades, durante o acesso supervisionado pela bibliotecária
— em situação real ou simulada. Já os menos experientes delegaram toda a
pesquisa à bibliotecária, interpelando-a a respeito de aspectos mais gerais.
Dos oito usuários informantes, apenas três (uma usuária bibliotecária e dois
usuários não-bibliotecários) demonstraram grande familiaridade com os recursos da
Internet. Os demais usuários justificaram a sua pouca habilidade frente à Internet
pelos seguintes fatores:
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a) falta de conhecimento sobre os recursos da Internet;
b) treinamento inadequado ou pouco eficiente;
c) proficiência insuficiente em língua inglesa;
d) limitações da infra-estrutura da rede.
Ao observarmos as diferentes linguagens e estratégias de busca que devem
ser manipuladas pelos usuários para o acesso às diferentes bases de dados,
percebemos a necessidade de se averiguar com cuidado qual carga cognitiva é
exigida para a realização da tarefa.
Uma sobrecarga cognitiva identificada é a
decodificação obrigatória da língua de concepção do sistema, que além de atender
ao falante nativo deve dar conta da globalização da informação, geralmente em
língua inglesa.
Entretanto, nos países em vias de desenvolvimento, o domínio de uma
segunda língua esbarra em problemas de ordem educacional, uma vez que os
falantes nativos já apresentam, muitas vezes, dificuldades em se expressar em seu
próprio idioma.
Tendo em vista atender a um maior número de usuários de língua portuguesa
foi concebido um sistema de ajuda para acesso otimizado às bases de dados do
Consórcio ISTEC . Para tanto, uma análise ergonômica da demanda, da tarefa e da
atividade foi realizada utilizando o formalismo MAD e os seguintes critérios
ergonômicos priorizados: compatibilidade e condução.
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7.3 TEMAS PARA FUTUROS TRABALHOS
No decorrer do trabalho, alguns problemas apresentados pelos usuários na
execução da tarefa demonstraram a necessidade de um maior aprofundamento na
avaliação do processo interativo homem-máquina. Para este fim, arrolamos os
seguintes temas:
a) Linguagem de busca: segundo a definição de GARDIN (1973) “ é um
conjunto de termos providos ou não de regras sintáticas, utilizados para
representação do conteúdo de documentos técnico-científicos, com fins de
classificação ou busca retrospectiva de informações.” Este tema é
problemático, na medida em que há um conhecimento deficiente dos
usuários em linguagens de busca (como os assuntos são indexados nas
bases, palavras-chave ou descritores em linguagem documentária ou não);
b) análise ergonômica do posto de trabalho: foram identificados problemas no
atendimento na seção de referência, justificando, assim, a realização de
uma análise completa neste posto de trabalho, para adequá-lo às
necessidades dos usuários;
c) testagem do sistema de ajuda proposto em situação real, com número
expressivo de usuários;
d) ajuste do sistema de ajuda: após a testagem em situação real, alterações
serão necessárias ;
e) ampliação do sistema de ajuda a outras bases de dados ;
tradução do sistema de ajuda proposto para os idiomas espanhol e francês.
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ABSTRACT
This paper describes an ergonomic analysis of the task of access to on-line
databases in the Library of the University of Santa Catarina (UFSC), providing
information to construct a Portuguese-language Help programme in hypertext to
facilitate access to ISTEC’s Libros database.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Project: P6593. April 1995.
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Emergency Situation: Fire”. In: Intiuitive Esprit 3 Project: P6593. April
1995.
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CNAM, 1972.
20 WURMAN, Richard Saul. Ansiedade da informação : como transformar informação em compreensão. São Paulo : Cultura Editores Associados,
1991.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Proposta de um sistema de ajuda para acesso otimizado às bases de dados do Consórcio ISTEC.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Santos, Anamelea de C. P. Luiz dos et al
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este trabalho consiste na descrição da análise ergonômica da tarefa de acesso às bases de dados, on line, na Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina, fornecendo os elementos utilizados na elaboração de um sistema de ajuda ergonômica, em hipertexto, para o acesso às bases Libros, do Consórcio ISTEC, em língua portuguesa.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4734/SNBU1996_047.pdf
305cb1199f1a7b29052842b2dddf52c2
PDF Text
Text
6.10
QUALIDADE & UNIDADE DE INFORMAÇÃO:
REFERENCIAIS PARA AMBIENTES UNIVERSITÁRIOS
Célia Regina Simonetti Barbalho*
RESUMO
Discute os pontos teóricos básicos para adoção de um sistema de qualidade em
unidades de informação. Unidade de informação como prestadora de serviço.
Qualidade: seus principais teóricos; suas abordagens; a Família ISO 9000. Norma
de prestação de serviços: ISO 9004-2 e suas implicações para o setor de
informação.
1 INTRODUÇÃO
A introdução de novas políticas de desenvolvimento industrial, baseadas na
abertura de mercado, fez com que a gestão pela qualidade fosse introduzida no
Brasil com o objetivo de tornar as empresas brasileiras competitivas no mercado
internacional.
A gestão pela qualidade1 inseriu uma série de princípios que, de forma muito
rápida, atingiram a totalidade do mercado brasileiro, sobretudo após a introdução
das Normas ISO 9000 e dos sistemas de certificação de conformidade.
Este novo modelo de gestão e o uso de novas conceituações refletiram em
ações efetivas no setor de serviços. Sob esse aspecto, as unidades de informação2
passaram a analisar o seu papel diante deste novo modelo através de estudos
americanos, canadenses, ingleses e brasileiros.
* Professora do Departamento de Biblioteconomia da Universidade do Amazonas.
1 Utilização de métodos, princípios e valores que busquem a total satisfação das necessidades dos
usuários/clientes.
2 Órgão cuja "função especial é prover informação para o seu cliente através da seleção, aquisição,
avaliação, análise, síntese, restruturação, formatação e reformatação." (SEETHARAMA, 1993).
�6.10
Informação e qualidade possuem grande valor na sociedade pós-capitalista,
possibilitando a renovação dos processos e uma grande motivação dos recursos
humanos envolvidos.
A qualidade e a confiabilidade da informação garantem a manutenção da
competitividade, a inovação tecnológica e a eficiente gestão empresarial.
Notadamente, pouco se tem publicado sobre a gestão pela qualidade em
unidades de informação, visto haver poucos artigos na literatura nacional. Em se
tratando da literatura estrangeira, a maior parte dos trabalhos trata da qualidade em
processos técnicos individualizados, como a classificação, catalogação e bases de
dados.
JOHANNSEN (1992), ao fazer uma breve revisão da literatura na área, divide
em três fases os trabalhos publicados: primeiramente, os trabalhos eram
acadêmicos e tratavam da filosofia pela qualidade (década de 70); durante a década
de 80 os trabalhos apresentados discutiam as técnicas com ênfase na descrição
das metodologias de erro e retrabalho e; finalmente, em uma terceira fase
a
discussão girou em torno das questões metodológicas sobre a qualidade, referindose especialmente à elaboração e adoção de medidas e avaliação de sistemas de
qualidade em unidades de informação.
Entretanto, apesar da primeira fase discutir a filosofia da qualidade, não é
encontrada na literatura uma conceituação específica para sistemas qualidade em
unidades de informação, mas a maioria dos autores é unânime em afirmar que
qualidade, garantia da qualidade, qualidade total, administração pela qualidade total,
são temas que estão diretamente relacionados à gestão de unidades de informação.
�6.10
Segundo BELLUZO e MACEDO (1993), o interesse pela qualidade em
unidades de informação surgiu como resultado da preocupação do treinamento de
recursos humanos em bibliotecas universitárias, por se tratar de ponto estratégico
para a implementação de novas filosofias de trabalho.
Atender às expectativas e necessidades dos clientes é, sem dúvida, o ponto
básico para que, segundo LUZ (1994), as unidades de informação trabalhem a
qualidade. Ainda segundo a autora, isto implica no conhecimento efetivo de seus
dados sobre o desempenho operacional, na indicação de prioridades através do
conhecimento dos seus pontos fortes e fracos, na identificação de sua clientela
interna e externa, adotando medidas de desempenho para seus produtos e
serviços, motivando seus recursos humanos, além de mensurar seus serviços.
Desta forma, este trabalho discutirá pontos relevantes para o estabelecimento
de programas de qualidade voltados para unidades de informação, sobretudo as
universitárias, discutindo os pontos teóricos fundamentais da qualidade, as
principais abordagens, bem como as implicações da ISO 9004-2 para ambientes
informacionais.
2 QUALIDADE
Os processos de modernização industrial passam pela adoção de modernos
métodos de gerenciamento e, de gestão tecnológica, mas principalmente pela
introdução de uma política de desenvolvimento e formação de recursos humanos,
possibilitando a auto-sustentação inovadora e duradoura para o progresso.
�6.10
O desafio da sobrevivência, aliado à competitividade e à agilidade da
tecnologia, fez emergir novas técnicas gerenciais: a reengenharia, o benchmarking,
o TQM - Total Quality Management e o ABC - Custeio Baseado em Atividades.
Estas novas técnicas gerenciais buscam manter as organizações em um
cenário
de
constante
mudança,
desenvolvendo
sistemas
administrativos
eficientemente ágeis e suficientemente fortes para os padrões estabelecidos pela
nova formação econômica da sociedade.
MACHADO (1994) afirma que a nova ideologia desenvolvimentista parte do
pressuposto de que produzir com melhor qualidade significa produzir com maior
produtividade, o que resultaria em menos desperdício e menos retrabalho e, por fim,
em menor custo.
A introdução de novas políticas de desenvolvimento industrial, baseadas na
abertura de mercado, fez com que a gestão pela qualidade fosse introduzida no
Brasil com o objetivo de tornar as empresas brasileiras competitivas no mercado
internacional.
Este novo modelo de gestão e o uso de novas conceituações atingiram de
forma efetiva as ações no setor de serviços.
A busca pela qualidade se dá a partir da boa formação e gestão dos recursos
humanos, da racionalização dos métodos de produção
e do desenvolvimento
tecnológico.
A produção de bens e serviços de qualidade é a nova regra do mercado
nacional e internacional que, com a formação de blocos econômicos, o fim das
reservas de mercado e das situações oligopolísticas, a globalização da economia e
o surgimento rápido e contínuo de novas tecnologias, se impõe como forma de
�6.10
mobilizar as organizações para obtenção do grau máximo de competitividade,
modernidade e qualidade, de modo a assegurarem sua sobrevivência e o seu
crescimento.
No cenário brasileiro de 1990, apenas 15% das organizações se
preocupavam com qualidade e produtividade. Decorridos doze meses, este número
subiu para 82% e em maio de 1992 já atingia o índice de 89%. Os dados da
pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústrias - CNI (Informativo
PBQP - 1992) atestam ainda o crescente interesse estratégico das organizações
pelo tema, sendo o movimento pela qualidade no Brasil reconhecido pelos
japoneses como o segundo maior do mundo.
A implantação da gestão pela qualidade é um processo educacional, que
ultrapassa as fronteiras das organizações; e seu
primeiro passo é desenvolver
meios e métodos para conquistar e conservar o cliente.
2.1 CONCEITOS
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua norma
NBR ISO 8402, qualidade é a totalidade de propriedades e características de um
produto ou serviço que lhe conferem sua habilidade em satisfazer necessidades
explícitas ou implícitas.
JURAN (1990), ao introduzir regras e metodologias para o estabelecimento
da qualidade e o envolvimento da alta gerência, determina que qualidade é a
adequação do produto ou serviço ao uso, ou seja, à necessidade do consumidor.
�6.10
Para CROSBY (1990), um sistema de qualidade deve atuar de forma a
prevenir defeitos. Sua definição é de que qualidade é fazer bem desde a primeira
vez, o que significa manter um compromisso real com aquilo que está sendo
realizado.
A definição de TAGUCHI (1990) está relacionada à satisfação do cliente,
sendo
considerada a
inovação
como
uma das
etapas
básicas
para o
desenvolvimento da qualidade. Segundo ele, nem sempre o ótimo é o melhor, já que
pequenas melhorias localizadas em sistemas complexos podem ter efeito
cumulativo; em síntese, aquilo que naquela etapa do processo pode ser melhorado,
poderá constituir-se em um problema para outra etapa. Portanto, a inovação estará
diretamente ligada à otimização do projeto que satisfaça totalmente o cliente.
Para FALCONI (1992), o verdadeiro critério para boa qualidade é a
preferência do consumidor em relação ao concorrente, uma vez que isto garantirá a
sobrevivência da empresa. A preferência se dá através da adequação do produto ou
serviço às necessidades, expectativas e ambições do consumidor, como uma forma
de agregar valor ao que será produzido com menor custo.
Diante dessa diversidade e complexidade de conceitos, pode-se considerar:
a) qualidade consiste nas características que o produto deve ter para
satisfazer as necessidades do consumidor;
b) qualidade consiste na inexistência da não-conformidade;
c) qualidade é adequação ao uso; e
d) qualidade está relacionada a capacidade da organização de satisfazer a
requisitos pré-determinados e pressupostos.
�6.10
Complementando esta variedade de significados, ressalta-se que todos estão
baseados no conhecimento do que o cliente deseja e exige, na busca de preencher
as suas expectativas. Isto significa que qualquer conceito de qualidade estabelece
um ponto comum: o consumidor, cliente ou usuário.
Em síntese, qualidade pode ser definida como um conjunto de procedimentos
que iniciam com o conhecimento das necessidades e expectativas do cliente,
influenciando na confecção original (projeto) de um produto ou serviço, bem como
na sua confecção final, com objetivo de cativar, manter e satisfazer o consumidor.
2.2 ABORDAGENS
A gestão pela qualidade está diretamente relacionada com todos os outros
sistemas de gestão, na busca de soluções coerentes com os macro-objetivos das
organizações, abrangendo todos os níveis hierárquicos.
Tendo como um de seus princípios básicos a focalização nas necessidades
do cliente, a gestão pela qualidade conduz a organização como um todo a um
processo de melhoria contínua e integrada, em direção ao cumprimento de sua
missão.
A gestão pela qualidade é desenvolvida, atualmente, através de três
abordagens distintas.
�6.10
A
ABORDAGEM
Americana
Japonesa
Européia
PRINCÍPIO
Qualidade não acontece por
acaso; baseada na Trilogia de
JURAN ® (planejamento,
controle e aperfeiçoamento)
Fundamenta-se em métodos
estatísticos e na valorização
do ser humano; baseada nos
princípios de DEMING
Qualidade é padronização dos
processos; baseada nas
normas ISO 9000
abordagem
européia foi introduzida no
Brasil através da criação do
Sistema
Brasileiro
de
Qualidade e Produtividade
(PBQP), em 1990, com o
objetivo
de
produzir
mudanças estruturais que
contemplaram, entre outros fatores, a criação do Sistema Brasileiro de Certificação
(SBC), a fim de aumentar o número de produtos e serviços certificados e promover
o reconhecimento internacional destes.
As Normas ISO 9000 apresentam três níveis de certificação, variando entre o
mais brando (ISO 9003) ao mais complexo (ISO 9001).
3 FAMÍLIA ISO 9000
A ISO 9000 é uma série de cinco normas sobre sistema de qualidade (duas
diretivas e três sobre normalização contratual), elaboradas pela International
Organization for Standardization - ISO, uma federação mundial de organismos
nacionais de normalização, que conta com noventa e seis países membros. É uma
organização não-governamental, estabelecida em 1947.
A ISO tem por objetivo promover o desenvolvimento da normalização e de
atividades mundiais relacionadas, com vistas a facilitar o comércio internacional de
�6.10
bens e serviços, bem como desenvolver cooperação na esfera da atividade
intelectual, científica, tecnológica e econômica (NAWA, 1994).
Considerando os diversos enfoques sobre normalização na área de
qualidade, com alguns países à frente de outros, a comunidade mundial percebeu a
falta de um documento que harmonizasse as diversas experiências e também que
fosse um elemento facilitador entre as relações comerciais. Nesse sentido, foi
formado na ISO o Comitê Técnico 176 - responsável pela normalização de uso
internacional que tratasse da qualidade, sob a liderança do Canadá.
Desta forma, o conjunto de normas ISO 9000 relativas a gestão e garantia da
qualidade, assim como a terminologia da qualidade, é denominado Família ISO
9000. A Família ISO 9000 é composta e estruturada conforme a Figura 1.
Os aspectos inerentes a ISO 9004-2 Diretrizes para serviços, a ser abordado
posteriormente, dispõem sobre as implicações específicas para prestadores de
serviço.
�6.10
FIGURA 1 - FAMÍLIA ISO 9000
Definição dos Conceitos
NBR ISO 8402
NBR ISO 9000
NBR ISO
9004
NBR ISO
10.000
9004-1
9004-2
9004-3
9004-4
9004-5 (CD)
9004-6 (WD)
9004-7 (DIS)
10.011-1
10.011-2
10.011-3
10.012-1
10.012-2 (WD)
10.013 (DIS)
10.014 (WD)
9000-1 (DIS)
9000-2
9000-3
9000-4
NBR ISO
9001
NBR ISO
9002
NBR ISO
9003
GARANTIA DA QUALIDADE
GESTÃO DA QUALIDADE
FONTE: ABNT CB 25. Seminário Nacional - qualidade aspectos estratégicos ... 1994.
4 QUALIDADE & UNIDADES DE INFORMAÇÃO
Para CLAYTON (1992), a qualidade é matéria intrinsecamente relacionada à
unidades de informação, uma vez que não se compreende serviços de informação
sem qualidade e com cliente insatisfeito; e RIGGS (1992) complementa, afirmando
que as unidades de informação são organizações essencialmente de serviços, onde
as pessoas (clientes) são a sua razão de ser.
�6.10
PATRUCCIANI e POGGIALI (1992) afirmam que a gestão de unidades de
informação deve estar aliada aos princípios básicos pela qualidade total,
especialmente por se tratar de um fator diferenciador para o cliente final (interno ou
externo).
A qualidade em unidades de informação é determinada pelo usuário e a
administração deve reconhecer que somente níveis elevados de qualidade
propiciarão a excelência dos serviços e, conseqüentemente, o sucesso almejado
(CLAIR, 1993).
Entretanto, DRAKE (1993) afirma que a ênfase na qualidade não sobrevive
em unidades de informação sem a confiança, sem a resposta em tempo oportuno e
sem a satisfação do consumidor. A esta consideração o autor acrescenta ainda que
sistemas de qualidade só poderão ser implantados se os bibliotecários forem
capazes de compreender o valor percebido pelo consumidor da informação, ou seja,
se forem capazes de avaliar os processos de transferência da informação, que deve
ser o foco básico para o trabalho pela qualidade em unidades de informação.
CARR (1992) ensina que a qualidade total teve ter o foco nas metas e
objetivos organizacionais, observando atentamente a sua missão e os seguintes
princípios:
a) filosofia - prevenção e não retenção;
b) aproximação - lideranças;
c) escala - envolvendo as responsabilidades da qualidade;
d) medidas - de custo da qualidade;
e) normalização - para todos;
f) extensão - toda a organização;
�6.10
g) tema - melhoramento contínuo.
Um outro elemento comum na literatura diz respeito à implantação de
constantes melhoramentos, necessitando que se estabeleça uma clara política de
qualidade que seja de conhecimento de todos e que se torne capaz de definir a
extensão do sistema de qualidade.
TÁLAMO (1992), no Relatório Final do II Congresso de Biblioteconomia,
Documentação e Ciência da Informação, menciona que a qualidade em unidades de
informação depende de:
a) elaboração de produtos, considerando a informação como manufatura, ou
seja, o uso de procedimentos técnicos e metodológicos que transformam
os dados em informação, utilizando-se dos processos gerenciais de
motivação e participação como forma de obtenção da qualidade; e
b) qualidade
na
gestão dos serviços, uma vez que a informação se
transforma em serviço no seu processo real de utilização.
O entendimento do real produto que as unidades de informação trabalham
a informação - as caracterizam, basicamente, como prestadoras de serviço, o que
incide em uma série de aspectos diferenciados que serão vistos a seguir.
5 UNIDADES DE INFORMAÇÃO: ORGANIZAÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS
As organizações que, voltadas para a satisfação do cliente, apresentam
resultados de seus processos relacionados ao provimento de uma atividade são
consideradas como organizações prestadoras de serviços ou organizações de
serviços.
�6.10
Segundo PARASURAMAN, ZEITHAML e BENY (1985), as características
comuns às organizações de serviços são:
a) intangibilidade - serviços não podem ser medidos tão facilmente, sendo
necessário que estas organizações pesquisem a escala de valores dos
clientes e a utilizem de forma a produzir serviços de qualidade;
b) heterogeneidade - seu desempenho varia de acordo com o comportamento
do cliente; e
c) simultaneidade - a execução e o consumo são praticamente realizados ao
mesmo tempo (o serviço não pode ser feito antes) e o contato pessoal é
muito importante para o resultado do serviço.
Por se tratar de um estudo clássico da criação de um modelo conceitual para
instituições prestadoras de serviços, os autores apresentam cinco dimensões
exigidas do sistema de qualidade: qualidade técnica (capacidade de manter serviços
atualizados), qualidade funcional (capacidade de envolvimento total da instituição),
qualidade física (relacionada a equipamentos e estrutura física), qualidade
corporativa (relacionada à imagem que a instituição possui no mercado) e qualidade
interativa (capacidade de envolvimento entre os fornecedores direto dos serviços e
os consumidores).
O Modelo Conceitual para Serviços de Qualidade inclui a compreensão da
abrangência dos cinco Gaps, conforme apresentado na Figura 2.
�6.10
FIGURA 2 - MODELO CONCEITUAL DA QUALIDADE EM SERVIÇO
Comunicação
pessoal
(boca a boca)
Desejos e
necessidades
pessoais
Experiência
do
passado
C
L
I
E
Serviço
esperado
N
T
GAP 5
Serviço
percebido
GAP 1
E
GAP 4
Serviço
fornecido
Comunicações
com o
Cliente
M
E
GAP 3
R
Especificações
de qualidade
em serviços
C
A
GAP 2
Gerência das
percepções da
expectativas
dos clientes
FONTE: PARASURAMAN, A., ZEITHAML, Valarie A.,
1985.
BERRY, Leonard L.
D
O
A conceptual model of service quality and ...
No modelo apresentado, os gaps significam pontos-chave onde os sistemas
de qualidade deverão agir para que os consumidores recebam serviços de alta
qualidade.
Uma vez que as atividades desenvolvidas em unidades de informação se
enquadram nos itens acima definidos, estas podem ser denominadas organizações
prestadoras de serviços com as seguintes características (ROCHA e GOMES,
1993):
FIGURA 3 - CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO
�6.10
comercialização direta
clientes com diferentes
aspectos culturais
UNIDADE DE INFORMAÇÃO
fatores ambientais
influenciam a demanda
resultado não é o
produto final
serviço sob demanda
contato direto e freqüente
tempo de atendimento
com o cliente
FONTE: ROCHA, Eliana da Conceição, GOMES, Sueli Henrique da A. Gestão da qualidade ...
1993.
A qualidade em organizações de serviço deve abranger a satisfação implícita
ou explícita do cliente, a duração, com distinção do tempo de espera e do tempo de
prestação do serviço e o custo (ELLENRIEDER, 1992).
Com a adoção da qualidade por organizações de serviços, e especialmente
nas unidades de informação, a melhoria do desempenho do serviço, da satisfação
do cliente, da produtividade e da eficiência tornam-se fator essencial para o
aumento de seu mercado de atuação.
6 ISO 9004-2:
QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Notadamente do ponto de vista do cliente, um serviço de qualidade deverá:
a) apresentar um bom desempenho e uma excelência em relação a um
padrão mínimo exigido;
b) possuir uma relação adequada entre custo
quantia de que o cliente poderá dispor;
e benefício, proporcional à
�6.10
c) possuir condições satisfatórias durante o atendimento para aquisição;
d) fornecer uma imagem positiva no mercado, incluindo-se a segurança na
prestação do serviço;
e) ter uma utilização adequada;
f) apresentar todos os atributos exigidos pelo segmento de mercado para o
qual foi destinado.
Desta forma, a ISO 9004-2 - Diretrizes para Serviços estabelece padrões
mínimos para a qualidade do setor, buscando encorajar as organizações a
gerenciarem os aspectos relevantes da qualidade de serviços de modo eficiente e
eficaz.
A norma entende por serviços “os resultados gerados por atividades na
interface fornecedor-cliente”
e apresenta uma esquematização exigida para o
estabelecimento da qualidade.
Isto implica em conhecer os princípios básicos que são gerados pela
organização de uma prestação de serviços, que devem refletir o real conhecimento
do que o cliente deseja, traduzindo suas expectativas na busca de um efetivo
processo de qualidade.
As implicações para o estabelecimento de uma gestão pela qualidade no
setor de serviços deverá obedecer ao seguinte fluxo:
�6.10
FIGURA 4 - CICLO DA QUALIDADE DO SERVIÇO
ORGANIZAÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS
Especificação
do Serviço
INTERFACE
Folha de
Informação
do Serviço
Processo
do
Projeto
Especificação
da prestação
do serviço
Especificação
do controle de
qualidade
Fornecedor
Cliente
Cliente
Fornecedor
NESCESSIDADE
DE SERVIÇO
Processo
de
Marketing
Processo de
Avaliação
do Serviço
Avaliação
pelo Fornecedor
Resultado
do Serviço
Avaliação
pelo Cliente
Análise e Melhoria
do Desempenho
do Serviço
FONTE: ABNT. NBR ISO 9004 - 2. p. 7.
A necessidade do serviço é o primeiro aspecto a ser efetivado, quando do
estabelecimento de um sistema de qualidade em unidades de informação. Trata-se,
em verdade, do levantamento real de uma necessidade, que deverá ser
fundamental para a prestação qualitativa da totalidade dos serviços. Esta
necessidade, detectada junto ao cliente através de caixas de sugestões,
questionários etc., deverá refletir a necessidade efetiva
da comunidade
universitária, buscando criar novos serviços ou avaliar os que já existem, em vez de
�6.10
adotar serviços desenvolvidos em outros ambientes sem
prévia análise e
adaptação. Neste primeiro passo, a adoção das estratégias de avaliação de
potencialidades, estabelecidas por planos estratégicos ou de marketing, contribuem
demasiadamente para a sua efetivação.
Tendo em vista que o processo de marketing visa estabelecer os elos entre
a necessidade dos clientes e as potencialidades da unidade de informação, o
segundo passo estabelecido pelo modelo trata da análise das necessidades de
serviço e dos recursos disponíveis (humanos, físicos e materiais), buscando
estabelecer os pontos fundamentais para a prestação do serviço, tais como:
descrição sucinta do serviço a ser prestado, clientela alvo (docentes, discentes, ou
funcionários), tempo para realização do serviço, distribuição das responsabilidades
pela prestação do serviço etc., aspectos estes que se farão presentes na folha de
descrição do serviço.
O processo do projeto visa a construção detalhada do serviço a ser prestado,
descrevendo suas especificações, as características da prestação do serviço (para
quem será prestado, de que forma, quando, onde e como) e a forma como será
controlada a qualidade do serviço prestado (métodos estatísticos, por exemplo).
Uma vez prestado o serviço, estabelecido por uma análise de demanda, o
passo seguinte será avaliar, através do cliente e do fornecedor, o serviço
implantado, na busca do grau de satisfação do cliente e do grau de envolvimento do
fornecedor. Neste aspecto, um questionário simples e bastante resumido poderá
levantar os dados necessários para a análise e, quando necessária, posterior
melhoria do serviço prestado.
7 CONCLUSÕES
�6.10
Não existem fórmulas prontas para a adoção da gestão pela qualidade que
se enquadrem em todos os tipos de unidades de informação, mesmo quando em
ambientes universitários. Em verdade, a diversidade dos ambientes deverá se
constituir em um ponto positivo para a implantação de programas de qualidade. A
existência de um modelo é na verdade uma diretriz mínima para implantação de
aspectos que diferenciem a prestação de serviços de informação.
A adoção de uma gestão pela qualidade implica, antes de tudo, na
necessidade de antever estrategicamente o futuro.
Trata-se de uma realidade que não mais se constitui um modismo, tendo em
vista todo o referencial teórico e as conseqüências que trazem para a prática da
qualidade.
A gestão pela qualidade, em verdade, se constitui em muito mais do que uma
simples prática em busca de maiores índices de aceitação. Trata-se da validação de
uma prestação séria e competente de serviços de informação, observando-se os
princípios elementares centrados no respeito pelo cliente e pelo cidadão.
ABSTRACT
This paper discusses the basic theoretical issues involved in adopting a quality
system for information units, and the information unit as a provider of services. It also
looks at the theoretical principles and approaches to quality, the ISO 9000 family, as
well as ISO 9004-2 and its implications for the information sector.
�6.10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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qualidade.
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11 JURAN, J. M. Juran planejando para a qualidade. São Paulo :
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�6.10
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College
20 SEETHARAMA, S. Diretrizes para o estabelecimento de unidades de
consolidação da informação. Brasília : IBICT / SENAI, 1993.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Qualidade & unidade de informação: referenciais para ambientes universitários.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Barbalho, Célia Regina Simonetti
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Discute os pontos teóricos básicos para adoção de um sistema de qualidade em unidades de informação. Unidade de informação como prestadora de serviço. Qualidade: seus principais teóricos; suas abordagens; a Família ISO 9000. Norma de prestação de serviços: ISO 9004-2 e suas implicações para o setor de informação.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4761/SNBU1996_061.pdf
d9a4a08986d2cb9e224a12ea2166cf2f
PDF Text
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8.2
QUALIDADE NA SEGURANÇA DO ACERVO NA BIBLIOTECA DE CIÊNCIA
E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - ESTUDO DE
CASO
Angela Pereira de Farias Mengatto*
Eliane Maria Stroparo*
Eutália Cristina do Nascimento Moreto*
**
Luzia Glinski
Silvia Dambroski Marcon**
Tania de Barros Bággio*
RESUMO
Demonstra a experiência de implantação do Sistema de Segurança “3M Tatte-Tape”
na Biblioteca de Ciência e Tecnologia. Através da metodologia aplicada constatouse que houve redução significativa de perda de livros e nos custos, sendo
necessário, porém, a adoção de outras medidas, para que se possa estabelecer um
nível satisfatório no item “Qualidade na Segurança do Acervo”.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho propõe-se a relatar a experiência de implantação de um
Sistema de Segurança na Biblioteca de Ciência e Tecnologia (BCT), integrante do
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná - UFPR. Instalada em
1965, a biblioteca atende atualmente a treze cursos de graduação e onze de pósgraduação, possuindo um acervo de 49.216 volumes de livros e 3.636 títulos de
periódicos e multimeios.
*
Bibliotecárias do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná - UFPR
Bibliotecárias Autônomas/UFPR
**
�8.2
A BCT tem por objetivos apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão
da UFPR. Todos os recursos da Biblioteca visam a atualização e manutenção do
acervo, em qualquer suporte físico.
Esses objetivos só serão plenamente atingidos se a prestação dos serviços
biblioteconômicos atender com qualidade às necessidades dos usuários; e essa
qualidade só será alcançada mediante a implantação de metodologias que
possibilitem medí-la.
Modernamente, tem-se visto que qualidade não se refere exclusivamente à
satisfação dos usuários, mas também à prestação de serviços ao menor custo
possível, zelando pelo cumprimento de prazos, pela segurança do acervo e pela
motivação e entusiasmo dos servidores.
Constata-se que a BCT tem tido dificuldades no atendimento satisfatório dos
usuários em razão do comprometimento da segurança de seu acervo, em virtude do
desaparecimento de livros, o que gera custos extra para reposição dos mesmos,
sobrecarregando um orçamento já bastante combalido.
2 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Durante os anos de 1993 - 1995, detectou-se na BCT elevado número de
furtos de livros, principalmente na classe de Ciências da Terra (550 - 559), o que
gerou queixas e cobranças por parte dos alunos e professores do Departamento,
resultando,
inclusive,
em
Sindicância
Interna
para
apurar
possíveis
responsabilidades, a qual em função de problemas externos à Instituição, ainda não
foi concluída. O estudo de caso realizado nesta classe deve-se ao fato de ser uma
�8.2
área de interesse específico e de um grupo limitado de usuários, composto por
professores, alunos de graduação e de pós-graduação.
3 JUSTIFICATIVA
Diante deste problema, a BCT viu-se obrigada a tomar algumas medidas de
segurança, tais como grades de proteção em algumas janelas, situadas em pontos
estratégicos; serviço de vigilância uniformizada (solicitação ainda não atendida); e,
mais recentemente, a implantação do Sistema de Segurança “3M Tattle-Tape”, que
consiste basicamente em fitas metálicas aplicadas aos livros e demais materiais,
unidades ativadoras e desativadoras que detectam eletronicamente a tentativa do
usuário de sair com qualquer material sem ter passado pelo empréstimo.
4 OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Agregar qualidade no processo de segurança da BCT, disponibilizando o
acervo aos usuários.
4.2. OBJETIVOS ESPECIFÍCOS
�8.2
a) Demonstrar a diminuição dos furtos de livros na BCT;
b) evidenciar o alto custo com a reposição dos livros furtados;
c) apresentar os resultados obtidos com a implantação do Sistema de
Segurança.
5 METODOLOGIA
Na realização deste estudo de caso, foram adotados os seguintes
procedimentos:
a) inventário da classe 550 - 559 para verificar o número de obras faltantes
nas estantes, até maio de l996;
b) comparação com os dados obtidos nos inventários realizados em 1993 1995;
c) conferências das fichas das obras não localizadas com o fichário de
empréstimo e com a listagem de obras para encadernação;
d) determinação do número de obras adquiridas por compra e doação no
período de l993 - maio/1996, anotando-se o preço de cada exemplar;
e) estabelecimento do custo médio de cada obra. Para este cálculo foram
considerados valores baixo, médio e alto de três obras por ano (1993 maio/1996). O preço médio ficou estabelecido em R$ 120,00 (Cento e vinte
reais) (Tabela 1). Deve-se salientar que esse preço é relativamente alto,
em função de grande parte do acervo dessa classe ser constituído de
obras estrangeiras.
�8.2
TABELA 1 - TABELA DE PREÇOS MÉDIOS
Preços correntes
ANO
CLASSIFICAÇÃO
PREÇO
PREÇO
ANUAL
1993
1994
1995
Maio/1996
550/i61
Cr$ 294.668,42
Cr$ 600.886,83
550.6/S678
Cr$ 600.000,00
R$ 218,50
551/F798
Cr$ 907.936,34
553/S634
R$ 76,10
55l.9/G475
R$ 27,52
552.4/P286
R$ 44,10
551.489/F631
R$ 115,59
551.028/S989
R$ 61,43
551/F93
R$ 34,86
551.71/G656
R$ 253,33
551.6/B896
R$ 19,33
552.03/C264
R$ 53,81
PREÇO MÉDIO
6 ANALISE DOS DADOS
6.1. PERDA ANUAL DE LIVROS
R$ 49,24
R$ 59,00
R$ 163,23
R$ 120,00
MÉDIO
�8.2
Com relação ao número de livros furtados, observou-se que houve diminuição
de 11,58% entre o ano de 1995 - maio/1996 (Tabela 2). Porém esse resultado ainda
não é satisfatório, pois deve-se considerar que o último inventário da classe 550 559 foi realizado no mês de julho de 1995, e o sistema de segurança citado foi
instalado
no mês de setembro do mesmo ano, podendo ser este intervalo de
tempo, um referencial dos desaparecimentos até maio de 1996.
Outro dado a ser considerado é a possibilidade de os livros estarem
localizados fora de sua classificação, em virtude da rotatividade de mão-de-obra
turn-over, que implica numa perda de qualidade na prestação de serviços. Esse
dado não pôde ser verificado, em virtude da não-realização do inventário anual no
acervo geral.
Entretanto, a diferença de 2,85% entre o ano de 1995 e maio de 1996
significa que a implantação do sistema de segurança permitiu uma redução do
número de furtos de livros (Tabela 2).
TABELA 2 - PORCENTAGEM DE LIVROS FURTADOS ANUALMENTE POR LIVROS ADQUIRIDOS
1993/1996
AQUISIÇÃO
ANO
COMPRA
DOAÇÃO
TOTAL
TOTAL
(nº de
(n° de
DE
DE
exemplares) exemplares) AQUISIÇÃO PERDAS
PORCENTAGEM
(%)
1993
11
75,86
47
58
44
DIFERENÇA
DE % DE
PERDA
-
�8.2
1994
37
19
56
37
66;07
(9,79)
1995
102
41
143
82
57,34
(8,73)
Maio/1996
59
-
59
27
45,76
(11,58)
TOTAL
209
107
316
190
-
-
6.2. PERDAS DO ACERVO NO PERÍODO DE 1993 - MAIO/1996
Comparando-se o número total de 316 (trezentos e dezesseis) obras adquiridas
com as 190 (cento e noventa) furtadas no período de 1993 a maio/1996, houve uma
perda total de 60,12% desse acervo. Tomando-se por base o ano de 1995, época
em que se detectou a gravidade do problema, em relação a maio/1996, houve uma
redução de aproximadamente 67,08% dos furtos (Tabela 3).
TABELA 3 - PORCENTAGEM DE LIVROS FURTADOS EM RELAÇÃO AO ACERVO ADQUIRIDO NO
PERÍODO DE 1993-MAIO/1996
44
PORCENTAGEM
DE
PERDA ANUAL
13,92
DIFERENÇA
PORCENTAGEM
DE PERDA
23,15
56
37
11,70
19,46
143
82
25,94
43,14
ANO
AQUISIÇÃO
PERDA
1993
58
1994
1995
DE
�8.2
Maio/1996
59
27
8,54
14,20
TOTAL
316
190
60,12
-
6.3. REDUÇÃO DE CUSTOS
No tocante à redução de custos, observa-se que com o valor total dos livros
furtados,
R$ 15.240,00 (quinze mil duzentos e quarenta reais), poderiam ser
adquiridos aproximadamente 127 (cento e vinte e sete) livros novos (Tabela 4).
TABELA 4 - CUSTO DE LIVROS ADQUIRIDOS E FURTADOS NO PERÍODO DE 1993-MAIO/1996
ANO
NÚMERO DE CUSTO
AQUISIÇÃO
(R$)
1993
58
6.960,00
NÚMERO
DE
PERDAS
44
CUSTO
(R$)
DIFERENÇA
PORCEN
TAGEM
5.280,00
1.680,00
11,02
1994
56
6.720,00
37
4.440,00
2.280,00
14,96
1995
143
17.160,00
82
9.840,00
7.320,00
18,03
MAIO/1996
59
7.080,00
27
3.120.00
3.960,00
25,98
TOTAL
316
37.920,00
190
22.680,00
15.240,00
-
Deve-se salientar que no período entre julho/1995 - maio/1996, houve uma
redução de 23,9% de custos, demonstrando que o sistema de segurança resolveu
parcialmente o problema (Tabela 5).
TABELA 5 - CUSTO MENSAL DE LIVROS DESAPARECIDOS
ANO
PERDA / MÊS (R$)
PORCENTAGEM (%)
1993
440,00
-
1994
370,00
-15,90
�8.2
1995
820,00
l2l,62
MAIO/1996
624,00
-23,90
7 CONCLUSÃO
Diante dos dados analisados, conclui-se que com o sistema de segurança
instalado houve redução de 67,08% de furtos e 23,9% de custos, denotando com
isto que houve uma melhoria no item “Qualidade na Segurança do Acervo”.
No entanto, a BCT considera que o número de furtos ainda é relativamente
alto, sendo necessário que outras medidas de segurança sejam adotadas para que
se possa atingir um nível satisfatório na disponibilidade do acervo para o usuário,
razão maior da existência da Biblioteca.
É importante ressaltar que a vivência dessa problemática despertou para a
necessidade da incorporação do item “Qualidade” nos demais serviços da
Biblioteca, esperando-se que isto se reflita na melhoria do atendimento ao usuário.
ABSTRACT
Describes the installation of the 3M TATTE-Tape Security System in the Federal
University of Paraná Science and Technology Library. Research shows that there
has been a marked reduction in book losses and in costs, although other measures
have been necessary in order to achieve a satisfactory level for the item “Quality of
Collection Security”.
REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS
1 BELLUZZO, Regina Célia Baptista; MACEDO, Neusa Dias de. A gestão da
qualidade em serviços de informação: contribuição para uma base teórica.
Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p.124-132, maio/ago.
�8.2
1993.
2 CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: controle da qualidade total (no estilo japonês).
Belo Horizonte : Fundação Christiano Ottoni, 1992.
3 _____ . TQC : gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Belo Horizonte :
Fundação Christiano Ottoni, 1994.
4 _____. Qualidade total : padronização de empresas. 3. ed. Belo Horizonte :
Fundacão Christiano Ottoni, 1992.
5 CERQUEIRA, Jorge Pereira de. ISO 9000 no ambiente da qualidade total.
3. ed. Rio de Janeiro : Imagem, 1994.
6 DELLARETTI FILHO, Osmário, DRUMOND, Fátima Brant. Itens de controle de
avaliação de processos. Belo Horizonte : Fundação Christiano Ottoni, 1994.
7 MIRANDA, Ricardo José, CARVALHO, Isabel C.L. Projeto de substituição do
atual sistema de segurança contra furto de material bibliográfico da Biblioteca Central da UFES. Trabalho Interno. Vitória, 1992.
8. PINTO, Víginia Bentes. Informação : a chave para a qualidade total. Ciência da
Informação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p.133-137, maio/ago. 1993.
9 ROCHA, Eliana da Conceição, GOMES, Suely Henrique de. Gestão da
qualidade em unidades de informação. Ciência da Informação, v. 22, n. 2,
p.142-152, maio/ago. 1993.
10 SILVA, Antonio Manoel dos, ALMEIDA, Glaura Mari Oliveira Barbosa de,
BELLUZZO, Regina Célia Baptista. O plano de gestão de qualidade e sua
implantação na rede de bibliotecas da UNESP : relato de uma experiência.
In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8. , 1994,
Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP, 1994. p.307-15.
11 3M Tattle-Tape : um sistema de segurança para Bibliotecas. Campinas : [s.n.],
[199-].
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Qualidade na segurança do acervo na Biblioteca de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Paraná: estudo de caso.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Mengatto, Angela Pereira de Faria et al.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Demonstra a experiência de implantação do Sistema de Segurança “3M Tatte-Tape” na Biblioteca de Ciência e Tecnologia. Através da metodologia aplicada constatou-se que houve redução significativa de perda de livros e nos custos, sendo necessário, porém, a adoção de outras medidas, para que se possa estabelecer um nível satisfatório no item “Qualidade na Segurança do Acervo”.
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pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4710/SNBU1996_038.pdf
808038e22565541b93f548beb234cb88
PDF Text
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5.25
QUALIDADE NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO (SR&I)
*
Eliane Falcão Tuler Xavier
Regina Célia Baptista Belluzzo**
RESUMO
A Qualidade do Serviço de Referência e Informação depende da influência de
algumas variáveis que atuam em seus elementos integrantes: informação,
profissional da informação e cliente externo/usuário. São apresentados alguns
indicadores de qualidade que poderão ser utilizados por esses profissionais
enquanto planejadores e participantes do Serviço de Referência e Informação, a fim
de avaliar a qualidade do processo, resposta e transferência de um Serviço de
Informação. Assim sendo, um dos fatores que permeia esses indicadores é a
comunicação, que desempenha um papel preponderante no êxito de qualquer
estratégia de serviço. Dentre os vários meios de transmissão de informação de um
emissor a um receptor, levou-se em conta o processo de comunicação visual, cujo
objetivo é promover e facilitar a interação do indivíduo com as suas organizações,
ou seja, entre a biblioteca e sua clientela. A finalidade é conscientizar a existência
da comunicação visual como fator de qualidade para melhor compreensão dos seus
clientes, tornando-os independentes no uso dos recursos informacionais existentes
na biblioteca.
1 APRESENTAÇÃO
O interesse pela qualidade dos serviços e produtos nas bibliotecas brasileiras
é uma tendência atual, embora a literatura nacional apenas relate casos e/ou
experiências iniciantes.
Supervisora Técnica do Serviço de Documentação e Divulgação (SBD/FOB-USP).
Professora Assistente Doutora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação (FFC/
Campus de Marília - UNESP). Diretora Técnica do Serviço de Biblioteca e Documentação da
Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.
*
**
�5.25
Técnicas e programas para se alcançar a qualidade e produtividade na área
de serviços são bastante variados, apresentando porém pontos comuns,
destacando-se: estratégia administrativa voltada para as necessidades do usuário,
capacitação de recursos humanos e envolvimento de todos.
A partir do conceito de Regina BELLUZZO (1995) sobre qualidade em
sistema de informação, pode-se dizer que há uma filosofia gerencial voltada ao
atendimento dos interesses, desejos e necessidades dos clientes internos e
externos.
Desse modo, é fundamental, portanto, que um sistema de informação possa
responder também aos aspectos humanos envolvidos no fornecimento de
serviços/produtos mediante:
a) gerenciamento dos processos sociais envolvidos com os serviços;
b) atenção às interações humanas como ponto crucial da qualidade dos
serviços;
c) reconhecimento da importância da percepção dos clientes em relação à
imagem, cultura e desempenho da organização de serviços; e
d) motivação dos recursos humanos e desenvolvimento de suas habilidades
para atender às expectativas dos clientes.
Ressalte-se, por outro lado, que um produto/serviço é no final, “um resultado”
do sistema de informação e, como tal, são tantas as áreas envolvidas que a sua
qualidade só existirá se essa organização como um todo estiver preparada para
tanto.
�5.25
Qualquer Biblioteca pretende atingir como meta final a satisfação do usuário,
sendo o ponto convergente dos serviços, meios e fins o atendimento com eficiência
e eficácia. O ponto final da transferência da informação é o chamado Serviço de
Referência e da sua qualidade depende o reconhecimento e valorização da
biblioteca por uma sociedade que precisa de informação para o seu avanço social,
cultural, científico e tecnológico.
Para melhor compreensão desse cenário deve-se iniciar pela conceituação
desse recorte intitulado Serviço de Referência e Informação, enfatizando-se as
concepções da Profa. Dra. Neusa Dias de Macedo (ECA/USP) a esse respeito.
1.1 CONCEITO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO (SR&I)
De acordo com MACEDO (1990), são os seguintes os conceitos de um SR&I
em Bibliotecas:
Serviço de Referência em sentido restrito - na essência, é o atendimento
pessoal do bibliotecário ao usuário que, em momento determinado, o procura para
obter uma publicação ou informação, por ter alguma dificuldade, ou por usar a
biblioteca e seus recursos e precisar de orientação, ou ainda por não ter encontrado
a informação na biblioteca, por precisar ser encaminhado a outra instituição.
Serviço de Referência em sentido amplo - compreendendo uma dupla
visão de sua personalidade:
a) Serviço de Referência, interface entre a informação e o usuário, tendo à
frente o bibliotecário de referência respondendo questões, auxiliando por
�5.25
meio de conhecimentos profissionais os usuários. Esse momento é
representado tipicamente pelo processo de referência.
b) Serviço de Referência e Informação, um recorte do todo da biblioteca, com
pessoal, arquivo, equipamento, metodologia própria para melhor canalizar
o fluxo final da informação e otimizar o seu uso, por meio de linhas de
atividades. Enfim, consiste no esforço organizado da biblioteca como um
todo, no seu momento-fim, quando o SR&I representa a biblioteca
funcionando na sua plenitude para os usuários.
Com base nos estudos e experiências desenvolvidos ainda por Neusa Dias
de MACEDO, ressalte-se que essa pesquisadora estabeleceu também as seguintes
funções/linhas de atuação para um Serviço de Referência e Informação, comuns a
todas as bibliotecas* :
a) gerencial (planejamento, organização, liderança e avaliação);
b) informacional (respostas às questões típicas de referência; uso do
“referral service”, orientação informal e momentânea ao usuário);
c) educacional (atividade de formação do usuário da informação, envolve:
planejamento pedagógico, material instrucional de apoio e avaliação
constante);
d) promover a atualização e facilitar pesquisa (serviços de alerta: murais,
estantes especiais, etc.; disseminação da informação: SDI);
e) divulgação e marketing (interpretação da biblioteca por meios gráficos,
comunicação visual e sinalização).
*
Conceitos não publicados, oriundos de comunicação pessoal da autora.
�5.25
É importante ressaltar que o SR&I nas bibliotecas depende do organismo
maior onde se insere, devendo seus objetivos irem ao encontro dos interesses e
necessidades dos grupos de usuários internos e externos que compõem a sua
comunidade atendida e demais interessados, adequando-se a sua atuação às
condições e características da área de conhecimento e dos níveis de especialização
em que se encontra.
Para se implantar uma filosofia de qualidade no SR&I das bibliotecas é
necessário que se compreenda quais são os elementos envolvidos e as principais
variáveis que os influenciam. Este é o próximo foco de atenção a ser abordado.
2 ELEMENTOS INTEGRANTES DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
(SR&I)
Teoricamente temos a existência de três participantes no SR&I: Informação,
Profissional da informação e cliente externo/ usuário.
Desse modo, é importante descrevê-los.
• Informação: vista atualmente como atividade de qualquer organização, na
biblioteca contribui para o desenvolvimento cultural do homem e sua
qualidade de vida, sendo o principal recurso da sociedade atual para sua
sobrevivência num mundo competitivo.
É produzida em grande massa, precisando ser registrada, organizada,
transmitida, distribuída e selecionada. Assim, assimilar e tornar informações
disponíveis é uma das funções dos serviços bibliotecários.
�5.25
• Profissional da Informação: Elemento-chave de garantia da qualidade
dos serviços bibliotecários, precisa ser devidamente capacitado para o
desempenho das atividades que compõem o processo de atendimento aos
usuários, principalmente aquelas que caracterizam o SR&I.
É importante ressaltar aqui
a necessidade da definição de habilidades,
competências e disposições que componham um perfil para esse profissional.
Exemplos dessa natureza podem ser encontrados na tese de doutorado de Regina
Célia Baptista BELLUZZO (1995) e também em SCHWARTZ e EAKIN (1986)
(Quadro 1).
• Cliente Externo/Usuário:
compreendido pela comunidade que busca
resposta aos seus interesses e necessidades informacionais, tem sua
tipologia e propósitos definidos em função do contexto onde se insere a
biblioteca. Portanto, pode ser qualquer pessoa que dependa de ajuda para
realizar alguma solicitação de informação.
Esses três elementos: informação, profissional da informação e cliente
externo/ usuário são influenciados por diferentes variáveis, as quais serão
explicítadas em seqüência.
�5.25
QUADRO 1 - HABILIDADES DO BIBLIOTECÁRIO DE REFERÊNCIA
(SCHWARTZ e EAKIN)
1) Características
Comportamentais:
2) Conhecimento de:
3) Habilidades específicas para a referência:
- acessibilidade
- boa vontade
- atitude amigável, sem
ser condescendente ou
orientador em demasia
- agradecer aos usuários por esperar
- determinação para
fazer um bom trabalho
- habilidade para lidar
com problemas de ordem pessoal
- reação/atitude positiva
para responder perguntas
- estar alerta para os
usuários que necessitam de ajuda, mas não
pediram
- fontes e de coleções
impressas e eletrônicas
- quando indicar as
fontes
- Unidade onde se situa
- intercâmbio com outras bibliotecas
- área de atuação
- uso correto de todos os
instrumentos de referência
- políticas da Unidade e
das Bibliotecas
- investigação completa
de um problema
- saber quando a resposta curta é apropriada
- fornecimento de estratégias de busca para o
usuário
- apresentar sistemática
de trabalho
- fazer o encaminhamento quando estiver
ciente de que não sabe a
resposta
- desenvolvimento de
metodologia para responder questões difí-ceis
- pensamento claro e
lógico
- usar todas as fontes
disponíveis, incluindo
impressas, computadorizadas e por telefone
- negociar quando for
necessário
- ter know-how de pesquisa
- recursos e limitação de
tempo
- intuição para responder corretamente
- para responder questões rapidamente
- eficiência na entrevista: obter a questão real
do usuário
Fonte: BELLUZZO (1995)
3 VARIÁVEIS DE INFLUÊNCIA NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
(SR&I)
O Serviço de Referência e Informação, como um recorte do sistema de
produção “biblioteca”, acha-se influenciado no seu desempenho por inúmeras
variáveis, destacando-se as que seguem:
�5.25
• Estilo gerencial
Expectativas dos administradores que devem ser explicitadas mediante o
compromisso com a qualidade do serviço de informação e a consciência de suas
próprias responsabilidades na organização e fornecimento desses serviços. Envolve
as normas e práticas administrativas adotadas para o desempenho dos
processos/atividades da biblioteca universitária e o estilo de administração adotado,
que deve ser baseado no poder da liderança perante a equipe bibliotecária, criando
uma cultura organizacional aberta, participativa e democrática.
• Ambientação física
Localização, tamanho, flexibilidade, variação de ambientes, decoração,
sinalização, murais etc., que devem ser adequados às necessidades da clientela.
• Infra-estrutura de equipamentos
Considerados insumos fundamentais à prestação de serviços informacionais,
os equipamentos precisam ser atualizados tecnologicamente e propiciar condições
de apoio técnico-administrativo, de comunicação e recuperação da informação.
• Acervo representativo
Materiais informacionais e instrucionais que possam oferecer apoio às
atividades de interesse do contexto. Correspondem às fontes tradicionais, impressas
e multimeios, e aquelas em formato eletrônico, acessíveis localmente ou integradas
a redes, desde que apresentem coerência, atualização e relevância em relação às
necessidades do usuário.
�5.25
• Processos/ atividades
Compreende por exemplo, velocidade na aquisição e processamento dos
materiais bibliográficos e multimeios do acervo, exatidão na catalogação, qualidade
na indexação e implantação de bancos de dados, transferências de informação online.
• Recursos humanos
Pressupõe a seleção e aperfeiçoamento contínuo da equipe bibliotecária para
atender aos requisitos necessários ao desempenho, além de um quadro mínimo de
pessoal para garantir a prestação de serviços aos usuários nos períodos diurno e
noturno, dentro dos padrões de qualidade.
• Comunicação
Deve ser produtiva, possibilitando a interação entre o pessoal da Referência e
os demais setores que compõem uma biblioteca.
Esses e outros fatores que compreendem o SR&I afetam a qualidade do
serviço que é oferecido aos usuários. Assim, é necessário que haja um
acompanhamento contínuo das gerências em relação às condições de melhoria dos
recursos de capital e humanos, identificando também os aspectos qualitativos
envolvidos, em situações de atendimento às questões dos usuários e procedendo
ao seu aperfeiçoamento.
Outro aspecto importante a ressaltar, no que diz respeito ao SR&I e a
questão da Qualidade, implica na existência de indicadores, sendo este o próximo
item a ser relatado.
�5.25
4 QUALIDADE/ INDICADORES NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
4.1 CONCEITO DE QUALIDADE
Aproveitando a analogia de TAYLOR e WILSON (1990), entre os serviços
bibliotecários e aqueles de venda a varejo em uma loja, pode-se dizer que a
qualidade no SR&I é reconhecida pelo cliente em termos de facilidade de
locomoção, sinalização clara, fontes/acervo atualizados e de fácil acesso, além de
pessoal competente. Esses autores ainda mencionam que os bibliotecários devem
garantir a qualidade dos serviços oferecidos aos usuários, a despeito da questão do
seu valor monetário, sendo fundamental a qualidade do seu administrador. Desse
modo, trabalham com a idéia de que um serviço de informação depende da
imaginação, desempenho e habilidades administrativas dos profissionais que nele
atuam.
Atualmente, a literatura tem procurado ressaltar também que a qualidade
acha-se intimamente ligada à percepção dos usuários em relação ao resultado do
serviço oferecido. Assim, quando alguém vai à uma biblioteca, o resultado imediato
será a facilidade de uso ou uma frustração. Esse usuário perceberá a qualidade do
serviço, ao mesmo tempo em que poderá ganhar alguma coisa com o resultado do
uso: uma informação, um documento recuperado, ou a própria satisfação de haver
usado a biblioteca. É nesse momento que ele percebe também o valor do serviço de
informação que utilizou.
�5.25
A questão da conceituação da Qualidade é caracterizada, portanto, pela
ambigüidade, uma vez que envolve fatores como os mencionados por Claus
MOLLER (1992), a saber:
a) um produto/serviço pode ser julgado de forma diversa por pessoas
diferentes (cultura, experiência, educação, idade etc.);
b) a mesma pessoa, em épocas diferentes, julga um produto/serviço de forma
diversa;
c) o mesmo produto/serviço pode satisfazer necessidades diversas;
d) as pessoas têm diferentes padrões de qualidade;
e) a qualidade que as pessoas esperam de outras pessoas nem sempre é a
mesma que esperam de si mesmas.
Em resumo, pode-se dizer que, os conceitos a seguir poderão ser oferecidos
como referencial à operacionalização em bibliotecas e futuras discussões:
� Qualidade, de modo geral, significa o atendimento dos interesses, desejos
e necessidades do cliente.
Qualidade do SR&I, é o conjunto de propriedades e características próprias de um
sistema de informação que possibilita o atendimento eficaz dos interesses,
desejos e necessidades do cliente, sendo importante considerar a forma
como este percebe e sente a satisfação dos seus anseios.
�5.25
4.2 INDICADORES DE QUALIDADE DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E
INFORMAÇÃO (SR&I)
Os bibliotecários somente poderão avaliar continuamente a qualidade do
SR&I, enquanto planejadores e participantes desse serviço, dependendo da
definição do que devem considerar como qualidade e quais os indicadores que
contribuem para a qualidade do processo, resposta e transferência de um serviço de
informação.
Podem ser mencionados, a título de exemplo, os indicadores existentes no
estudo de JUDKINS et al. (1986) voltados especificamente para o SR&I (Quadro 2).
�5.25
QUADRO 2 - INDICADORES DE QUALIDADE DO SR&I
(JUDKINS et al.)
♦ Controle de qualidade - exatidão, totalidade, relevância e
confiança no produto.
♦ Conveniência - o necessário, valor apropriado, nível, formato e
aceitação.
♦ Exatidão - a informação exatamente transcrita, livre de erros
tipográficos, conferida corretamente e copiada claramente.
♦ Documentação - fontes consultadas, estratégia de busca,
limitações e identificação de todos os materiais oferecidos ao
usuário, por exemplo, citações bibliográficas completas devem
aparecer em todas as publicações.
♦ Tempo de resposta - prazo que o usuário precisa para receber os
materiais e avaliação da urgência do pedido.
♦ Acessibilidade - procedimentos realizados para atender à
informação no devido tempo.
♦ Confidência - pedidos tratados confidencialmente.
♦ Avaliação - a avaliação do produto tanto pelo bibliotecário, como
pelo usuário e por outro tipo de observadores.
5 COMUNICAÇÃO/QUALIDADE NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMA-
�5.25
ÇÃO (SR&I)
5.1 CONCEITO DE COMUNICAÇÃO
Um fator que permeia todos os indicadores, já mencionados anteriormente, é
a comunicação, que desempenha um papel preponderante no êxito de qualquer
estratégia de serviço.
Como foi mencionado anteriormente, todo cliente de uma organização, de
modo geral, tem uma idéia a priori do nível de qualidade de um produto/serviço.
Com razão ou não, ele aborda esse produto/serviço sem espírito neutro.
Em se tratando de produtos de bibliotecas, a comunicação envolve seus
atributos intangíveis, como por exemplo, uma vantagem de ordem psicológica. No
caso de serviços, por natureza imateriais, a comunicação deve fazer com que suas
vantagens competitivas sejam compreendidas por meio de elementos concretos. Ela
é o veículo indispensável para ampliar a clientela e, não se restringindo à
mensagem publicitária ou à documentação técnica, deve cobrir todas as
circunstâncias diretas e indiretas que põem o cliente em contato com a biblioteca.
Discorrendo sobre os conceitos de comunicação, temos Fábio ELTZ (1994),
que em seu livro intitulado “Qualidade na Comunicação: preparando a empresa para
encantar o cliente”, coloca que:
na verdade, existem muitas formas de interpretar um processo de
comunicação. Pensamos em comunicação na família, conhecida
como diálogo. Na escola, é o aprendizado, a transmissão de
conceitos e conhecimentos. Entre os povos é a cultura, ou melhor, a
troca de cultura, o conhecimento de culturas distintas das nossas. A
humanidade tem feito esforços infindáveis para se comunicar, não
só com seu tempo, mas com seu futuro. Todo o registro de nossa
história: monumentos, bibliotecas, jornais, arquitetura e tantos
�5.25
aspectos outros, servem para deixar mensagens ao futuro. É uma
maneira de comunicação com o que está por vir.
A origem da palavra “comunicar” está no latim “comunicare”, que
tem por significado “pôr em comum”. Ela implica em compreensão,
pressupõe entendimento das partes envolvidas. Não existirá o
entendimento se não houver anteriormente a compreensão.
Nesta definição se iniciam os maiores problemas de
comunicação. Pensando mais especificamente no trabalho, tem sido
utilizado o conceito de concordância e não de compreensão.
Quantos atritos no dia-a-dia de nossa vida profissional são gerados
pela discordância. Temos o hábito de discordar, mesmo antes de
compreender a outra parte. Já no início do processo de comunicação
existe a preocupação com a concordância. Buscamos logo a adesão
da outra parte à nossa causa. As partes, em geral, comunicam-se
buscando a adesão das demais.
Ainda, baseado em ELTZ
(1994), pode-se afirmar que os seguintes
elementos são inerentes ao processo de comunicação em bibliotecas:
a) Compreensão - considerado o primeiro passo para a qualidade na
comunicação, oferece segurança e gera maior aproximação com o cliente.
Seu princípio básico é uma significação comum para cada ponto da
comunicação.
b) Identificação com a linguagem do cliente - envolvendo aspectos
técnicos, numéricos e emocionais, onde o raciocínio lógico acha-se
intimamente ligado. É necessário que se saiba fazer o ajuste adequado à
melhor linguagem, aquela que obterá êxito junto ao cliente.
c) Técnica e conteúdo da comunicação - início da qualidade na relação
biblioteca-cliente. Cada um destes aspectos exerce forte influência na
comunicação, sendo interdependentes e complementares. A técnica
compreende a maneira como transmitimos uma mensagem e varia de
acordo com o seu tipo, referencial cultural, preparo e situação emocional.
O conteúdo é a própria mensagem a ser transmitida, estando intimamente
ligado ao referencial de cultura. Pressupõe conhecimento, informação e
�5.25
domínio sobre o que se quer comunicar, sendo a base para o processo da
comunicação ser eficaz.
d) Barreiras à comunicação - situações que provocam a má qualidade no
processo de entendimento do cliente. Envolvem, basicamente, os
elementos: linguagem e personalidade. Tanto uma como outra interferem
na clareza do processo de comunicação, uma vez que muitos problemas
nas bibliotecas decorrem de diferenças nas experiências, expressões,
interpretações e julgamentos por parte dos bibliotecários e usuários. A
maior barreira na linguagem é que não existe correspondência exata entre
palavras e idéias. Assim, mesmo representada por um conjunto de
palavras, uma idéia não corresponde exatamente ao que se lê ou ouve.
Por sua vez, as barreiras referentes à personalidade são oriundas da
hereditariedade, da educação, das experiências individuais e da situação
emocional das pessoas.
Existem muitas formas de comunicação humana na sociedade, sendo
possível avaliar o nível do progresso social através da maior ou menor capacidade
de comunicação de cada contexto. Desse modo, inúmeras abordagens enfocam
essa questão, mas, fundamentalmente, pode-se dizer que temos a comunicação
verbal e não-verbal, conforme usamos a linguagem falada, escrita ou sem palavras.
De qualquer maneira, para entendê-la como um processo, é necessário que a
representemos, o que será feito usando o modelo linear de SHANNON e WEAVER,
(1992) (Figura 1).
�5.25
FIGURA 1 - MODELO LINEAR DE REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO (SHANNON & WEAVER, 1992)
Os elementos indicados na Figura 1 podem ser conceituados como:
1 - A Fonte
Pode-se dizer que toda comunicação humana tem alguma fonte, uma pessoa
ou um grupo de pessoas com um objetivo, uma razão para empenhar-se na
comunicação.
2 - O Codificador
Essa função é responsável por apanhar as idéias da fonte e colocá-las num
código, de maneira a exprimir os objetivos da fonte em forma de mensagem.
3 - A Mensagem
Para que o codificador possa trabalhar é necessário que os objetivos da fonte
tenham sido transformados em uma mensagem - a tradução de idéias, objetivos e
intenções em um código, um conjunto sistemático de signos e símbolos.
�5.25
4 - O Canal
É o intermediário, o condutor de mensagens. A escolha dos canais, ou do
canal, é fundamental para a eficácia da comunicação.
5 - O Decodificador
Assim como a fonte precisa de um codificador para traduzir seus objetivos em
forma de mensagem, para expressar seu objetivo num código, o receptor precisa de
um decodificador para retraduzir ou decifrar a mensagem.
6 - O Receptor
Se falamos, alguém deve ouvir, se escrevemos, alguém deve ler. A pessoa
ou pessoas na outra extremidade do canal podem ser chamadas de receptor da
comunicação, o alvo da comunicação.
A comunicação só se inicia no receptor, ao contrário do que se pensa. Se ele
não estiver disposto a receber a mensagem, não haverá comunicação.
Um meio imprescindível de transmissão de informação de um emissor a um
receptor com exatidão e objetividade - a comunicação visual - tem sido utilizado
em larga escala principalmente em recintos públicos. Seu objetivo primordial é
promover e facilitar a interação dos indivíduos com as organizações. Assim, este
será o próximo tópico a ser apresentado e discutido, dada a sua importância como
elemento de interação entre a biblioteca e a sua clientela.
�5.25
6 QUALIDADE/COMUNICAÇÃO VISUAL NO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E
INFORMAÇÃO (SR&I)
Apesar
da
sua
reconhecida
importância
nas
diferentes
áreas
do
conhecimento e setores de serviços da nossa sociedade, as bibliotecas brasileiras
parecem não ter a devida conscientização da necessidade da existência da
comunicação visual como fator de qualidade e para melhor compreensão dos seus
clientes, tornando-os independentes no uso dos recursos informacionais.
De acordo com Neusa Dias de Macedo a comunicação visual deve ser
considerada uma das linhas de atuação do Serviço de Referência e Informação,
envolvendo o esforço organizado de toda
biblioteca para fornecer informação
pertinente e relevante ao usuário e oferecer atividades-fim para otimizar o seu uso.
Assim sendo, essa autora tem repetido constantemente que "toda biblioteca, depois
de organizada dentro dos princípios técnicos, deve ser utilizada de modo adequado
pelo usuário. Para tanto, ele deve conhecê-la, compreendê-la; saber andar nos seus
vários espaços [...]. Além dos aspectos previstos pelo arquiteto para edificar o prédio
da biblioteca, posteriormente deve-se planejar o sistema de linguagem visual, dentro
de critérios de padronização de informações gráficas e pictogramas." (MACEDO,
1990).
Poucas experiências nesse sentido, entretanto, têm sido relatadas na
literatura nacional especializada, podendo-se destacar as citadas por MACEDO
(1990). Uma corresponde à tese do arquiteto e docente da Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Heliodoro Teixeira BASTOS
FILHO (1984), que desenvolveu um projeto
de sinalização para
a biblioteca
�5.25
daquela instituição, e outro trabalho é da comunicadora visual Maria Cristina Soares
que, com o apoio do estudo desenvolvido para a ECA/USP, iniciou a sinalização do
Departamento de Bibliotecas Públicas do Município de São Paulo, experiência
divulgada sistematicamente no curso de Biblioteconomia da ECA, como parte
integrante da disciplina "Serviço de Referência e Informação", à época, de
responsabilidade de Neusa Dias de Macedo.
Outro relato de experiência com a temática comunicação visual foi divulgado
no 8o. SNBU (Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias) por meio de “poster”,
em 1995, programa desenvolvido junto ao Serviço de Biblioteca e Documentação da
Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, intitulado “Projeto de Comunicação
Visual do SBD/FOB-USP”, surgiu como resultado do esforço conjunto da
administração e apoio de especialistas da área, afim de se estabelecer uma
sinalização definitiva para os Setores/Serviços, Acervo e Procedimentos, como parte
13,16
integrante de plano de marketing
. Em decorrência, o SBD/FOB-USP pode
oferecer melhoria da qualidade na orientação aos clientes internos e externos,
propiciando-lhes segurança, bem-estar e ambiência agradável.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendências do aumento do interesse pelo tema - Qualidade em Serviços de
Informação - são encontradas na literatura internacional corrente. Entretanto, de
modo geral, as bibliotecas brasileiras acham-se distanciadas do reconhecimento da
importância de efetuarem mudanças nas suas formas de gestão, voltando-as para
as modernas exigências do estabelecimento de padrões de identificação de
�5.25
problemas por meio da monitoração contínua dos processos de análise das causas
e efeitos e promoção constante de melhorias - metas da Qualidade Total.
Em particular, é preciso refletir e promover maiores discussões sobre a
importância da Comunicação Visual nas bibliotecas, considerando-se ser esse um
dos requisitos de qualidade de um Sistema de Informação, permitindo trabalhar com
os clientes e não apenas para os mesmos, e garantindo a existência de demandas
para uso dos produtos e serviços oferecidos.
A questão da Qualidade está colocada diretamente no produto, em face do
problema da valorização, ou seja, da visualização do usuário satisfeito ou não com o
serviço oferecido ou com a informação obtida. Isto requer que todo o staff do serviço
de informação esteja integrado e participativo na definição e realização do que é
produzir com Qualidade. Sem dúvida, o esteio fundamental disto é a melhor
capacitação dessas pessoas, consubstanciada em princípios como: priorização do
trabalho em equipe, estímulo à criatividade e polivalência profissional, a valorização
da necessidade de aprendizagem contínua e, principalmente, a criação de cultura
organizacional voltada para as necessidades dos clientes.
�5.25
ABSTRACT
The quality of the Reference and Information Service depends on certain variables
that affect is components: information, information professionals and internal and
external clients. This paper presents some quality indicators which may be used by
professionals working with the planning and operation of the Reference and
Information Service, in order to evaluate the quality of the process, response and
transfer of an information service. One of the factors common to these indicators is
communication, which plays a crucial role in the success of any service strategy.
Among the various means of information transmission from emitter to receiver,
special attention is given to the process of visual communication, the aim of which is
to facilitate interaction between the individual and the organization, i.e. between
client and library. The purpose of this paper is to increase awareness of visual
communication as a factor in improving clients’ understanding, making them
independent when using information resources available in the library.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Dissertação (Mestrado) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de
São Paulo, 1984.
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�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Qualidade no serviço de referência e informação (SR&I).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Xavier, Eliane Falcão Tuler; Belluzzo, Regina Celia Baptista
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
A Qualidade do Serviço de Referência e Informação depende da influência de algumas variáveis que atuam em seus elementos integrantes: informação, profissional da informação e cliente externo/usuário. São apresentados alguns indicadores de qualidade que poderão ser utilizados por esses profissionais enquanto planejadores e participantes do Serviço de Referência e Informação, a fim de avaliar a qualidade do processo, resposta e transferência de um Serviço de Informação. Assim sendo, um dos fatores que permeia esses indicadores é a comunicação, que desempenha um papel preponderante no êxito de qualquer estratégia de serviço. Dentre os vários meios de transmissão de informação de um emissor a um receptor, levou-se em conta o processo de comunicação visual, cujo objetivo é promover e facilitar a interação do indivíduo com as suas organizações, ou seja, entre a biblioteca e sua clientela. A finalidade é conscientizar a existência da comunicação visual como fator de qualidade para melhor compreensão dos seus clientes, tornando-os independentes no uso dos recursos informacionais existentes na biblioteca.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4739/SNBU1996_050.pdf
2ba01b72ea7c5b8bec431a0b85f79566
PDF Text
Text
6.13
RECURSOS HUMANOS EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: MODELO
APLICADO À DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL, POR NÍVEIS FUNCIONAIS, NO
SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
(SIBi/USP)
*
Marina dos Santos Almeida
Rosa Tereza Tierno Plaza**
***
Rosaly Favero Krzyzanowski
RESUMO
Estudo desenvolvido para determinar um modelo de distribuição de recursos
humanos nas 38 bibliotecas do "Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade
de São Paulo". Foram identificadas três possibilidades a saber: "ideal", "mínimo
ideal" e "mínimo indispensável" para a definição de Recursos Humanos necessários
ao desempenho dos serviços bibliotecários. A metodologia inclui variáveis aplicadas
a cada biblioteca, de acordo com suas características próprias e da sua área de
atuação. Como resultado, recomenda-se que pelo menos o "mínimo indispensável"
seja observado, para garantir a continuidade de prestação de serviços das
bibliotecas da USP.
1 INTRODUÇÃO
No final da década de 70, a Reitoria da Universidade de São Paulo
constituiu um grupo de trabalho (Portaria GR 780, de 05/11/79), com vistas à
apresentação de plano para implantação de um sistema de informação e de
Coordenadora da Comissão Assessora de "Metas" sobre Recursos Humanos em Bibliotecas.
Membro da Comissão Assessora de "Metas" sobre Recursos Humanos; Diretora do Serviço de
Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da USP.
***
Diretora Técnica do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP.
*
**
�6.13
integração das bibliotecas na USP. A análise dos dados obtidos resultou no
"Diagnóstico das bibliotecas da Universidade de São Paulo" (UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO, 1980), onde são descritas as condições técnicas e administrativas das
bibliotecas então existentes.
Face a essa situação, foi instituído o Sistema Integrado de Bibliotecas da
USP - SIBi/USP, através da Resolução no 2226, de 08/07/81, composto,
atualmente, de 38 bibliotecas ligadas às suas Unidades de Ensino e Pesquisa, e
assim distribuídas: 17 da área de Ciências Biológicas, 11 da área de Ciências
Exatas e 10 da área de Ciências Humanas, caracterizadas pelas letras B, E e H,
respectivamente, na presente documentação.
Várias dificuldades foram encontradas quando da implantação do Sistema
(março-1982), dentre elas a inadequação do número de recursos humanos, a
diversificação de estruturas administrativas, de tratamento da informação, e que, a
partir da definição de diretrizes e programas de ação, foram aos poucos sendo
superadas. Foram readequadas as estruturas organizacionais para as 38 bibliotecas
da Universidade, bem como desenvolvidos projetos e programas para atender aos
objetivos propostos. Entretanto, o dimensionamento ideal dos recursos humanos,
com o estabelecimento de modelo adequado, tornou-se de difícil solução a curto
prazo, tendo sido elaborados vários estudos preliminares sobre o assunto.
Apesar das conquistas obtidas ao longo do tempo, e dos esforços da Reitoria
para atender às necessidades propostas nos estudos referidos acima, as
consequências da crise econômica no País levaram a uma redução generalizada de
novas contratações, interferindo também na área de bibliotecas. Essa situação foi
sentida mais intensamente a partir de 1990, quando as bibliotecas da USP se viram
�6.13
forçadas, devido a falta de pessoal técnico e de apoio, a reduzir serviços prestados
aos usuários.
Na qualidade de órgão coordenador do Sistema, o Departamento Técnico do
SIBi(DT/SIBi) foi coletando informações sobre recursos humanos durante esse
período, o que permitiu a elaboração de análises sobre o assunto, particularmente a
partir de 1991.
No final de 1992, foi criada a Comissão Assessora da "Meta 5" - com vistas a
"equacionar e manter o quadro de funcionários das bibliotecas de acordo com as
necessidades das unidades e do sistema". Essa Comissão composta de
bibliotecários integrantes do Sistema, deu continuidade ao trabalho já iniciado pelo
DT/SIBi, a partir de então, e que será objeto do presente estudo.
2 OBJETIVO
Com base na análise feita em 1991 pelo DT/SIBi, acrescida de relatório
elaborado por assessoria externa*, a Comissão Assessora analisou a situação
existente nas 38 bibliotecas do Sistema com a finalidade de determinar o número de
recursos humanos mínimos imprescindíveis que pudessem possibilitar, às
bibliotecas, a manutenção de seus serviços essenciais de apoio ao ensino e à
pesquisa, em atendimento aos objetivos da Universidade de São Paulo.
3 METODOLOGIA
�6.13
Inicialmente foi analisado documento elaborado pelo DT/SIBi em 1991,
concluindo-se que o estudo apresentava, de forma bastante clara e precisa, o
universo de cada biblioteca.
Assim, a metodologia aqui empregada foi pautada naquele estudo,
mantendo-se
todos
os
ítens
das
variáveis
analisadas,
com
as
devidas
implementações, bem como a organização das bibliotecas por área do
conhecimento (Biológicas, Exatas e Humanas), devido às características marcantes
de cada área e, também, ao estabelecido em outros estudos elaborados pelo
DT/SIBi.
Foram ainda mantidas as classificações adotadas para o dimensionamento
de recursos humanos, a saber:
a) "ideal", representando o número de RH adequado para atender a todos os
serviços/atividades desenvolvidos pela biblioteca, com flexibilidade para
garantir
a
continuidade
dos
mesmos
e
o
acompanhamento
do
crescimento/evolução das necessidades do ensino e da pesquisa;
b) "mínimo ideal", representando o número de RH para atender aos
serviços/atividades desenvolvidos pela biblioteca, com flexibilidade limitada
para garantir a continuidade dos mesmos e o acompanhamento do
crescimento/evolução das necessidades do ensino e da pesquisa;
c) "mínimo indispensável", representando o número de RH imprescindível
para atender aos serviços/atividades desenvolvidos pela biblioteca, sem
flexibilidade
*
para
garantir
a
continuidade
dos
mesmos
e
O Prof. Robert M. Hayes, da Universidade da Califórnia - Los Angeles (UCLA), foi convidado pelo
Magnífico Reitor da USP, para uma assessoria técnica sobre as bibliotecas da Universidade, em
1993, a exemplo do que já vinha acontecendo em outras áreas.
o
�6.13
acompanhamento do crescimento/evolução das necessidades do ensino e
da pesquisa.
3.1 COLETA DE DADOS
Para esta fase foram utilizados os seguintes instrumentos:
a) "Estudos dos recursos humanos existentes nas bibliotecas da USP análise para determinação do RH mínimo indispensável", estudo elaborado
pelo DT/SIBi, em 1991;
b) "Levantamento de pessoal das bibliotecas da USP - set/91", em resposta
ao questionário enviado pelo DT/SIBi às bibliotecas e cujos dados retratam
a situação existente naquele ano;
c) "Levantamento de pessoal das bibliotecas da USP - set/92", em resposta
ao questionário enviado pelo DT/SIBi às bibliotecas e cujos dados retratam
a situação existente naquele ano;
d) quadro de pessoal lotado nas bibliotecas da USP, em abril/93, elaborado
com base nas listagens emitidas pelo Centro de Computação Eletrônica da
USP - CCE/USP;
e) resposta aos questionários enviados às bibliotecas para confirmação de
informações referentes a recursos humanos existentes, situação dos
serviços prestados, publicações geradas pelas bibliotecas e participação
nas publicações oficiais das Unidades, maio/93;
�6.13
f) "RIBI/94 - Relatório Individual por Biblioteca", do SIBi/USP, em relação aos
dados de: acervo, usuário, circulação/empréstimo, horário e serviços
prestados;
g) Anuário Estatístico da USP, 1994;
h) quadro de pessoal lotado nas bibliotecas da USP, em out/94, organizado
com base nas listagens emitidas pelo CCE/USP.
As informações coletadas permitiram definir um quadro dos recursos
humanos, o mais próximo possível da realidade, bem como analisar os fatores
quantitativos e qualitativos dos serviços prestados. Foi possível também identificar o
grau de envolvimento de cada biblioteca quanto à sua participação no processo de
editoração/distribuição das publicações oficiais da Unidade.
3.2 ESTABELECIMENTO DE PARÂMETROS
A definição de parâmetros se deu a partir das variáveis: acervo, usuários e
serviços prestados, bem como horário semanal de atendimento, dados de
circulação/empréstimo e reprografia, sempre em relação aos recursos humanos
ideais, conforme Escalas I e II (Anexos 1 e 2), constantes do estudo elaborado pelo
DT/SIBi, em 1991. Essas escalas permitem a classificação da biblioteca em
pequena, média e grande, com amplitude mínima e máxima, tendo por base as
variáveis analisadas.
3.3 ELABORAÇÃO DE QUADROS DEMONSTRATIVOS
�6.13
Após o levantamento dos dados e estabelecimento dos parâmetros, foram
elaborados quadros demonstrativos, separados sempre por área de conhecimento
(Biológicas, Exatas, Humanas). Os recursos humanos foram distribuídos por nível
funcional (Superior, Médio, Básico), conforme abaixo especificado:
a) QUADRO 1 (B, E, H) - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS
EM RELAÇÃO A ACERVO, USUÁRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS, EM
1994 (Anexo 3)
- demonstra, por área de conhecimento e por biblioteca, a relação de acervo,
usuários
e
serviços
prestados,
com
"recursos
humanos
ideais",
estabelecendo as médias da área, em 1994. Quanto ao item serviços
prestados, considerou-se somente a prestação ou não dos serviços pela
biblioteca, não se levando, portanto, em conta a quantidade, como no caso
dos ítens acervo e usuários;
b) QUADRO 2 (B, E, H) - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS
EM
RELAÇÃO
AO
TOTAL
DE
HORAS
SEMANAIS,
CIRCULAÇÃO/EMPRÉSTIMO, BALCÕES DE ATENDIMENTO, GUARDAVOLUMES E REPROGRAFIA, EM 1994 (Anexo 4)
�6.13
- demonstra, por área de conhecimento e por biblioteca, a relação de horário
de funcionamento, circulação/empréstimo, balcão de atendimento, guardavolumes e reprografia, com "recursos humanos ideais", estabelecendo as
médias da área, em 1994. Quanto ao item reprografia, considerou-se a
quantidade de cópias fornecidas pela biblioteca e não somente a informação
da prestação do serviço, como observado no quadro anterior. Nos ítens
balcão de atendimento e guarda-volumes foram considerados os pontos
existentes em cada biblioteca, visto representarem uma variação no número
de funcionários distribuídos para esses atendimentos;
c) QUADRO 3 (B, E, H) - DEMONSTRATIVO DO MÍNIMO INDISPENSÁVEL
DE
RECURSOS
HUMANOS
NECESSÁRIOS
NAS
BIBLIOTECAS,
CONSIDERANDO A SITUAÇÃO EM 1990, O ATUAL (ATIVO) DE 1991 A
1994, O IDEAL, O MÍNIMO IDEAL, COM INDICAÇÃO DO NÚMERO DE
FUNCIONÁRIOS FALTANTES E EXCEDENTES, COM BASE NO ATUAL
(ATIVO) (Anexo 5)
- demonstra, por área de conhecimento e por biblioteca, o total de "postos de
trabalho em 1990" (representado pela situação existente em 1990), o número
de "funcionários ativos" (de setembro de 1991 a outubro de 1994), o "ideal",
"o mínimo ideal", o "mínimo indispensável" e o "número de faltantes e
excedentes", em 1994.
O número de recursos humanos de cada coluna que compõe o QUADRO 3
(B, E, H), foi obtido da seguinte forma:
1) situação em 1990: representa o total de postos de serviço existentes
naquele ano, de acordo com o "Estudo dos recursos humanos existentes
�6.13
nas bibliotecas da USP - análise para determinação do RH
mínimo
indispensável", elaborado pelo DT/SIBi, em 1991;
2) atual (ativo) set/91: representa a somatória dos ítens funcionários ativos +
1
2
3
4
funcionários ativos em LS , AF , LG , LP + vagas autorizadas para
preenchimento, obtidos a partir do questionário enviado pelo DT/SIBi às
bibliotecas no segundo semestre de 1991, conforme consta no estudo
citado no item 3.1-a;
3) atual (ativo) set/92: representa o total de funcionários existentes, de acordo
com o quadro de pessoal lotado nas bibliotecas, conforme levantamento
do DT/SIBi, em setembro de 1992;
4) atual (ativo) abril/93: representa o total de funcionários existentes, de
acordo com questionário respondido pelas bibliotecas para confirmação
dos dados emitidos pelo CCE/USP à Comissão Assessora - Meta 5, em
abril de 1993;
5) atual (ativo) out/94: representa o total de funcionários existentes, de acordo
com listagem, emitida pelo CCE/USP, em outubro de 1994;
6) ideal: o número "ideal", que representa a média aritmética dos recursos
humanos ideais estabelecidos nos QUADROS 1 (B, E, H) e 2 (B, E, H), foi
mantido do estudo elaborado pelo DT/SIBi, em 1991, já que refletia a real
necessidade de RH nas bibliotecas;
7) mínimo ideal: o número "mínimo ideal" foi obtido pela média aritmética
entre o "ideal" e a "situação em 1990", com a seguinte ressalva: quando o
"ideal" mostrou-se menor que a "situação em 1990", ele foi mantido;
1
2
3
4
licença saúde; afastamento; licença gestante; licença prêmio
�6.13
8) mínimo indispensável: o número "mínimo indispensável" foi obtido pela
comparação entre o "mínimo ideal" e a "situação em 1990", prevalecendo o
número menor;
9) faltantes/94: o número de "funcionários faltantes" foi obtido quando o
"mínimo indispensável" mostrou-se maior que o "atual (ativo) out/94";
10)excedentes/94: o número de "funcionários excedentes" foi obtido quando
o "mínimo indispensável" mostrou-se menor que o "atual (ativo) out/94".
d) QUADRO 4 (B, E, H) - DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE
FUNCIONÁRIOS FALTANTES A PARTIR DA DIFERENÇA EXISTENTE
ENTRE O ATUAL (ATIVO) SET/95 E O MÍNIMO INDISPENSÁVEL (Anexo 6)
- apresenta, por área do conhecimento e por biblioteca, o total de funcionários
faltantes, em relação ao "mínimo indispensável" e o "atual (ativo) set./95".
4 ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS
A tabulação dos dados permitiu visualizar a redução marcante de recursos
humanos nas bibliotecas do Sistema, sobre a qual serão apresentadas algumas
considerações:
4.1 Tomando-se por base os dados indicados nos Quadros 3 e 4 (B, E, H), foi
possível constatar um decréscimo de RH nas três áreas do conhecimento, no
período compreendido entre set/91 e set/95:
B = -10,37%
E = -6,03%
H = -21,59%
>
média = -12,66%
�6.13
4.2 Comparando-se o RH de 1990 (que representava uma situação entre o "mínimo
ideal" e o "mínimo indispensável") com o existente em 1995, verifica-se um
decréscimo, mais acentuado ainda, ao apresentado em set/91:
B = -19,95%
E = -20,42%
H = -32,13%
>
média = -24,17%
4.3 Com relação ao "mínimo indispensável" e o atual ativo set/95, verificamos
também que:
a) por área do conhecimento, houve redução de RH:
B = -19,57%
E = -23,98%
H = -22,47%
>
média = -22,0%
b) por nível funcional, houve redução de RH:
Superior (S) = -13,68%
Médio (M) = -30,81%
Básico (B) = -9,35%
>
média = -17,94%
4.4 Observa-se, ainda, a redução expressiva de RH que vem ocorrendo, ano a ano,
nas bibliotecas do Sistema:
a) 1991 em relação a 1990, perda de 122 funcionários (-12,69%)
b) 1992 em relação a 1991, perda de 46 funcionários (- 5,48%)
c) 1993 em relação a 1992, perda de 41 funcionários (- 5,17%)
d) 1994 em relação a 1993, ganho de 05 funcionários (+ 0,66%)
e) 1995 em relação a 1994, perda de 26 funcionários (-3,43%)
Se considerarmos a redução na sua totalidade, constatamos:
a) 1995 em relação a 1990, perda de 230 funcionários (- 23,93%)
�6.13
b) 1995 em relação ao mínimo ideal, há uma diferença a menor de 343
funcionários (- 31,93%)
c) 1995 em relação ao mínimo indispensável, há uma diferença a menor, de
208 funcionários (-22,15%).
4.5 A partir da análise dos totais de acervo, empréstimo e recursos humanos em
relação aos usuários Quadro 1 (B, E, H); Quadro 2 (B, E, H) e Quadro 3 (B, E, H))
obtemos a seguinte relação:
Biológicas
Exatas
Humanas
Geral (B, E, H)
{
{
{
{
52,9 volumes (acervo) por usuário
89,1 empréstimos por usuário
57,6 usuários por funcionário
41,3 volumes (acervo) por usuário
76,8 empréstimos por usuário
114,8 usuários por funcionário
63,3 volumes (acervo) por usuário
55,3 empréstimos por usuário
104,1 usuários por funcionário
52,5 volumes (acervo) por usuário
73,7 empréstimos por usuário
92,1 usuários por funcionário
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os levantamentos realizados e as análises do item 4 evidenciam uma
redução dos recursos humanos das bibliotecas integrantes do Sistema, levando,
conseqüentemente, à redução de serviços prestados e de horário de funcionamento
em várias bibliotecas.
�6.13
A literatura internacional consultada nos permite verificar que a relação
usuários/funcionários existentes nas bibliotecas da USP é similar à relação
estabelecida em outros países.
A relação funcionários/usuários na República Alemã é de 138,88 usuários
por funcionário. No Canadá temos uma variação da relação funcionários/usuários
em cinco níveis, sendo que nos dois primeiros níveis há uma equivalência com o
padrão SIBi/USP; a partir do terceiro nível o número de funcionários (bibliotecários)
mostra-se superior ao do SIBi/USP (KRZYZANOWSKI, 1993).
Esse mesmo trabalho nos permite observar que as bibliotecas da USP
apresentam prestação de serviços de apoio ao pesquisador e às publicações das
Unidades de que fazem parte, sendo que essas atribuições não se verificam nas
bibliotecas dos países investigados.
Segundo observações do relatório técnico de consultoria do assessor
externo, as bibliotecas da Universidade apresentam maior diversidade de serviços,
não só de apoio ao pesquisador como de publicações, do que as bibliotecas dos
Estados Unidos (HAYES, 1993).
�6.13
6 CONCLUSÃO
De acordo com o modelo proposto, a opção "mínimo ideal" mostra-se a mais
adequada para atender as especificidades das bibliotecas da USP. No entanto, em
decorrência das restrições de novas contratações, recomenda-se que pelo menos a
opção "mínimo indispensável" seja observada, a fim de garantir a prestação dos
serviços de forma satisfatória, evitando soluções de continuidade.
ABSTRACT
This study was carried out in order to devise a model for the allocation of human
resources in the 38 libraries of the University of São Paulo’s Integrated Library
System. Three possibilities were identified: the ideal number, the minimum ideal
number, and the minimum essential number of staff necessary for the operation of
the library’s services. The methodology includes variables applied to each library,
according to its individual characteristics and its subject field. As a result, it is
recommended that at least the minimum essential number be maintained, in order to
ensure that USP libraries continue to offer an adquate service.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 HAYES, Robert M. Automation in the libraries & staffing of the libraries of
the University of São Paulo : report to the Rector of the University of São
Paulo. 1993. 5 p. (Executive Summary)
2 KRZYZANOWSKI, Rosaly Favero. Análise comparativa de padrões propostos pelo SIBi/USP e os existentes internacionalmente, em relação a recursos humanos. 1993. 12 p. (Mimeografado)
�6.13
3 PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo ; KRZYZANOWSKI, Rosaly Favero. Estudo
comparativo dos padrões internacionais com estudo de estrutura organizacional das bibliotecas da USP (EEO/USP). [1989]. 10 p. (Mimeografado)
4 PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo; KRZYZANOWSKI, Rosaly Favero. Estudo de
estrutura organizacional para as bibliotecas da USP. 2.ed. São Paulo,
SIBi/USP, 1988. 148 p. (Cadernos de estudos, 1)
5 PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo; KRZYZANOWSKI, Rosaly Favero;
IMPERATRIZ, Inês Maria de Morais. Sistema Integrado de Bibliotecas da
Universidade de São Paulo: implantação e desenvolvimento. Ciência da
Informação, Brasília, v. 17, n. 1, p. 59-65, jan./jun. 1988.
6 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Diagnóstico das Bibliotecas da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 1980. 2 v. (Mimeografado)
7 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Coordenadoria de Comunicação Social. USP Anuário Estatístico. São Paulo, 1994. 328 p.
8 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Sistema Integrado de Bibliotecas. Estudo
dos recursos humanos existentes nas bibliotecas da USP - análise para
determinação do RH mínimo indispensável [1991]. (Relatório -Mimeografado)
9 WATKINS, D. R. Standards for university libraries. Library Trends, Urbana,
v. 21, n. 2, p.190-203, 1972.
10 WITHERS, F. N. Standards for library service : an internacional survey.
Paris : UNESCO, 1974. 421 p.
�6.13
ANEXO 1 - ESCALA I DE CRESCIMENTO DOS RECURSOS HUMANOS
PERANTE ACERVO, USUÁRIO E SERVIÇOS REALIZADOS
NAS BIBLIOTECAS DA USP
cação da
ca
(mínimo)
Recursos Humanos*
No
Acervo
Usuário
Serviço
(2S,4M,1B)
50 - 10.000
10 - 100
(5S,10M,2B)
10.001 - 20.000
101 - 1.000
Ítens acima + assistência técnica ao
usuário, levantamentos bibliográficos, normalização técnica
Aumento de ac
serviços
(6S,12M,3B)
20.001 - 40.000
1.001 - 2.000
Ítens acima + elaboração de
publicações e Indexação (ou S.D.I.
ou treinamento ao usuário
Aumento de se
(11S,22M,4B)
40.001 - 80.000
2.001 - 3.000
Idem
Aumento de ac
usuários acent
(12S,24M,6B)
80.001 - 100.000
3.001 - 5000
Ítens acima + S.D.I., treinamento
ao usuário, estudos bibliométricos
e de usuário, manuais de serviços e
bibliografias especializadas
Aumento de se
responsabilida
otimização de
usuário
(17S,34M,8B)
100.001 - 500.000
5.001 - 6.000
Idem
Aumento de ac
usuários acent
Obse
ESCALA
7
Circulação e processos técnicos
EEB, comutação bibliográfica
11
18
(máximo)
(mínimo)
3
21
13
37
(máximo)
(mínimo)
5
42
17
59
(máximo)
Legenda: A escala de crescimento de funcionários aumenta na proporcionalidade de 11 para 13 e para 17 em
relação do aumento do acervo e do número de usuários.
Em função de aumento de serviços prestados, esta escala de crescimento está na proporção de 3 para
5.
Fonte : “Estudo dos recursos humanos existentes nas bibliotecas da USP - análise para determinação do RH
mínimo indispensável” (anexo 1).
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
�6.13
ANEXO 2 -ESCALA II DE CRESCIMENTO DE RECURSOS HUMANOS PERANTE
HORÁRIO DAS BIBLIOTECAS,
REPROGRAFIA, CIRCULAÇÃO E EMPRÉSTIMO
Classificação da
Biblioteca
Recursos Humanos*
No
(mínimo)
7
Pequeno Porte
Horário Semanal
Circulação/Empréstimo
Reprografia
30:00
500 - 20.000
1.000 - 50.000
50:00
20.001 - 40.000
50.001 - 100.000
50:30
40.001 - 80.000
100.001 - 200.000
70:30
80.001 - 160.000
200.001 - 400.000
(12S,24M,6B)
71:00
160.001 - 250.000
400.001 - 700.000
17
(17S,34M,8B)
a
ESCALA
(2S,4M,1B)
11
(5S,10M,2B)
(máximo)
18
a
3
(mínimo)
21
Médio Porte
(6S,12M,3B)
13
(11S,22M,4B)
(máximo)
37
a
5
(mínimo)
Grande Porte
42
(máximo)
59
100:00
250.001 - 500.000
700.001 - 1.000.000
Legenda: A escala de crescimento de funcionários na proporcionalidade de 11 para 13 e para 17
em relação ao aumento do horário semanal,
circulação/empréstimo e reprografia.
Fonte : “Estudo dos recursos humanos existentes nas bibliotecas da USP - análise para
determinação do RH mínimo indispensável” (anexo 1).
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
�6.13
ANEXO 3 - QUADRO 1-B -DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO A
ACERVO, USUÁRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE BIOLÓGICAS DA
USP, EM 1994
BIBLIOTECA
B-1
B-2
B-3
B-4
B-5
B-6
B-7
B-8
B-9
B-10
B-11
B-12
B-13
B-14
B-15
B-16
B-17
TOTAL
MÉDIA
ACERVO
USUÁRIOS
161.336
12.727
25.824
26.243
141.023
175.887
42.707
52.062
59.324
78.472
12.155
18.545
78.862
43.754
45.140
50.779
70.768
1.095.608
64.447
3.982
1.297
834
486
2.393
3.783
826
1.691
890
917
234
677
1.397
543
537
138
55
20.680
1.216
SERVIÇOS PRESTADOS*
Básico
Especial
1a5
7 a 10,12
1a5
6,10,11
1a5
6 a 8, 10 a 12
1 a 3, 5
6 a 10,12
1a5
6 a 8,10,12
1a5
6,7,10,12
1 a 3, 5
6 a 8,10 a 12
1a5
6,7,10 a 12
1a5
6 a12
1a5
6,7,9,10,12
1 a 3, 5
1a5
6 a 8,10,12
1a5
8,12
1a5
6 a 8, 10 a 12
1, 2, 5
6 a 8, 10,12
1a5
7,8,12
1a5
6 a 9, 12
80
78
4,7
4,6
TOTAL = 158
MÉDIA = 9,3
RECURSOS
HUMANOS**
IDEAL
S
14
02
06
06
16
17
12
12
12
12
02
05
10
10
11
11
11
169
9,9
M
28
04
12
12
32
34
24
24
24
24
04
10
20
20
22
22
22
338
19,9
B
06
01
03
03
08
08
06
06
06
06
01
02
03
03
04
04
04
74
4,4
* Especificação dos serviços
Serviços Básicos
1.Assistência ao usuário
2.Levantamento bibliográfico
3.Normalização técnica
4.Reprodução de documentos
5.Comutação Bibliográfica
Serviços Especiais
6.Indexação
7.Treinamento ao usuário
8.Serviço de alerta
9. S.D.I.
10.Publ.básicas (Guias,Bol.Bibl.,Sumários Correntes)
11.Publ.especiais (produção docente, bibliografia especializada)
12.Outras publ.(manuais, est.de avaliação,regulamento de serviços,publicações da Unidade participação)
** Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
�6.13
QUADRO 1-E -DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO A ACERVO,
USUÁRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE EXATAS DA USP, EM 1994
BIBLIOTECA
ACERVO
USUÁRIOS
E-1
E-2
E-3
E-4
E-5
E-6
E-7
E-8
E-9
E-10
E-11
TOTAL
MÉDIA
160.500
81.702
180.151
42.260
62.284
48.706
53.529
61.690
60.265
79.050
34.891
865.028
78.638
4.516
2.445
6.388
277
537
153
2.210
871
551
2.092
871
20.911
1.901
SERVIÇOS PRESTADOS*
Básico
Especial
1a5
6,7,9 a 12
1a5
7,8,10
1a5
6,7,11,12
1,2,4,5
7 a 11
1a5
7,8,10 a 12
1a5
7 a 11
1a5
7 a 12
1a5
6 a 8, 10,11
1 a 3,5
6,7,10,12
1,2,3,5
7,8,10,11
1a5
6 a 8, 10,11
52
52
4,8
4,8
TOTAL= 104
MÉDIA= 9,5
RECURSOS
HUMANOS**
IDEAL
S
17
11
17
06
10
02
11
07
08
10
06
105
9,6
M
34
22
34
12
20
04
22
14
16
20
12
210
19,1
B
08
04
08
03
03
01
04
03
03
03
03
43
3,9
QUADRO 1- H - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO A ACERVO,
USUÁRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE HUMANAS DA USP,
EM 1994
BIBLIOTECA
H-1
H-2
H-3
H-4
H-5
H-6
H-7
H-8
H-9
H-10
TOTAL
MÉDIA
ACERVO
USUÁRIOS
128.740
201.525
325.094
109.957
122.998
279.027
108.162
58.690
38.277
52.478
1.424.948
142.494
1.889
1.632
3.116
4.403
1.332
9.992
9
28
60
28
22.489
2.248
SERVIÇOS PRESTADOS*
Básico
Especial
1a5
6,7,10 a 12
1a5
6 a 8, 10,11
1a5
6 a 10
1 a 3,5
6 a 10,12
1a5
6,7,10,12
1a5
7,8,10,12
1a5
7,8
1,2,3,5
7,12
1a5
6 a 12
1a5
6,7,9,12
48
44
4,8
4,4
TOTAL= 92
MÉDIA= 9,2
RECURSOS
HUMANOS**
IDEAL
S
12
17
17
11
12
17
04
04
04
04
102
10,2
M
24
34
34
22
24
34
08
08
08
08
204
20,4
B
06
08
08
04
06
08
01
01
01
01
44
4,4
* Especificação dos serviços
Serviços Básicos
1.Assistência ao usuário
2.Levantamento bibliográfico
3.Normalização técnica
4.Reprodução de documentos
5.Comutação Bibliográfica
Serviços Especiais
6.Indexação
7.Treinamento ao usuário
8.Serviço de alerta
9. S.D.I.
10.Publ.básicas (Guias,Bol.Bibl.,Sumários Correntes)
11.Publ.especiais (produção docente, bibliografia especializada)
12.Outras publ.(manuais, est.de avaliação,regulamento de serviços,publicações da Unidade participação)
** Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
�6.13
ANEXO 4
QUADRO 2-B - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO
AO TOTAL DE HORAS SEMANAIS, CIRCULAÇÃO/EMPRÉSTIMO, BALCÕES DE
ATENDIMENTO, GUARDA-VOLUMES E REPROGRAFIA NAS BIBLIOTECAS DA
ÁREA DE BIOLÓGICAS DA USP, EM 1994
Biblioteca
Horário
(2a a 6a)
(sábado)
08:00 - 23:00
08:00 - 16:00
08:00 - 17:00
Total de
Horas
Semanais
83:00
Balcão de
Atendimento
05
Guarda
Volumes
45:00
07:30 - 19:00
07:30 - 12:30
07:30 - 19:00
62:30
7.407
-
-
303
02
04
01
51.298
01
-
1.047.938
06
12
05
57:30
237.904
01
01
-
06
12
04
07:30 - 22:00
07:30 - 11:30
08:00 - 20:00
76:30
226.101
05
01
942.255
17
34
08
B-11
08:00
09:00
08:00
08:00
08:00
08:00
08:00
08:00
08:00
18:00
13:00
20:30
13:00
19:00
12:00
19:00
12:00
20:00
60:00
331.307
02
04
1.199.251
19
34
09
54:00
29.760
01
01
-
10
20
04
67:30
97.504
01
01
387.432
11
22
07
59:00
94.260
02
01
232.338
11
22
04
59:00
95.278
01
01
688.606
10
20
05
B-12
08:00 - 17:00
60:00
13.172
01
-
02
04
01
45:00
30.892
01
01
96.288
05
10
02
B-13
08:30 - 21:50
66:40
64.630
01
01
764.466
06
12
06
B-14
08:30 - 19:45
56:15
105.495
02
-
763.396
10
20
04
B-15
08:00 - 18:00
50:00
100.559
02
01
-
10
20
04
B-16
08:30 - 17:30
45:00
24.153
01
01
06
12
04
B-17
31.888
01
01
170.530
06
12
03
1.840.527
28
16
6.871.305
151
298
77
1,64
0,9
404.194
8,9
17,5
4,5
B-1
B-2
B-3
B-4
B-5
B-6
B-7
B-8
B-9
B-10
-
08:00 - 18:00
50:00
TOTAL
-
996:15
MÉDIA
-
58:59
Circulação/
Empréstimo
298.919
108.266
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
01
Reprografia
551.133
-
27.369
Recursos Humanos*
Ideal
S
M
B
14
28
06
�6.13
QUADRO 2-E - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO
AO TOTAL DE HORAS SEMANAIS, CIRCULAÇÃO/EMPRÉSTIMO, BALCÕES DE
ATENDIMENTO, GUARDA-VOLUMES E REPROGRAFIA NAS BIBLIOTECAS DA
ÁREA DE EXATAS DA USP, EM 1994
Biblioteca
E-1
E-2
E-3
Horário
(2a a 6a)
(sábado)
08:00 - 22:00
08:00 - 16:30
08:00 - 22:00
08:00 - 12:00
08:00 - 18:00
Total de
Horas
Semanais
77:30
Circulação/
Empréstimo
Guarda
Volumes
222.368
Balcão de
Atendimento
01
Reprografia
Recursos Humanos*
Ideal
S
M
B
12
24
06
01
677.533
74:00
125.708
01
01
32.053
11
22
04
50:00
345.929
09
-
154.978
17
34
08
08:00
08:00
08:00
08:00
08:00
-
19:00
12:00
21:00
12:00
17:00
59:00
41.171
02
-
474.274
06
10
05
69:00
111.187
01
-
89.096
06
12
03
45:00
12.180
01
01
720
04
08
02
08:00
08:30
08:00
09:00
08:00
-
21:45
13:00
22:00
12:00
19:00
73:15
166.277
01
01
489.030
11
22
05
73:00
110.912
01
02
74.325
07
14
03
55:00
62.055
01
-
-
06
12
03
08:00
08:00
08:00
09:00
21:00
14:00
21:00
12:00
71:00
289.984
01
02
-
10
20
03
68:00
118.880
01
01
83.423
06
12
03
TOTAL
-
20
09
2.075.432
96
190
45
MÉDIA
-
1,8
0,8
188.675
8,7
17,3
4,1
E-4
E-5
E-6
E-7
E-8
E-9
E-10
E-11
714:45
65:35
1.606.651
146.059
�6.13
QUADRO 2-H - DISTRIBUIÇÃO IDEAL DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO
AO TOTAL DE HORAS SEMANAIS, CIRCULAÇÃO/EMPRÉSTIMO, BALCÕES DE
ATENDIMENTO, GUARDA-VOLUMES E REPROGRAFIA NAS BIBLIOTECAS DA
ÁREA DE HUMANAS DA USP, EM 1994
Biblioteca
H-1
Horário
(2a a 6a)
(sábado)
09:00 - 22:00
Total de
Horas
Semanais
65:00
H-2
07:30 - 18:00
52:30
H-3
08:00 - 22:00
H-4
Guarda
Volumes
156.252
Balcão de
Atendimento
02
01
783.932
197.387
01
01
26.892
07
14
06
70:00
131.292
08
-
34.639
17
34
08
22:00
15:00
21:45
13:00
22:00
16:00
17:00
78:30
301.383
01
01
7.954
12
24
06
70:15
108.094
01
01
538.900
11
22
06
71:00
307.449
03
03
2.079.099
17
34
06
H-7
07:30
09:00
08:30
09:00
09:00
10:00
09:00
40:00
7.656
01
-
25.880
04
08
02
H-8
09:00 - 18:00
45:00
13.998
01
-
11.845
02
04
01
H-9
08:30 - 17:30
45:00
9.787
01
-
6.860
04
08
01
H-10
08:00 - 17:00
45:00
11.578
01
-
32.161
05
10
02
TOTAL
-
582:15
1.244.876
20
07
3.548.162
96
192
46
MÉDIA
-
58:21
2,0
0,7
354.816
9,6
19,2
4,6
H-5
H-6
-
Circulação/
Empréstimo
124.487
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
Reprografia
Recursos Humanos*
Ideal
S
M
B
17
34
08
�6.13
ANEXO 5
QUADRO 3-B - DEMONSTRATIVO DO MÍNIMO INDISPENSÁVEL DE RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE BIOLÓGICAS DA USP, CONSIDERANDO A
SITUAÇÃO EM 1990, O ATUAL (ATIVO) DE 1991 A 1994, O IDEAL, O MÍNIMO IDEAL, COM INDICAÇÃO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES E EXCEDENTES, COM BASE NO ATUAL
(ATIVO) OUT./94
Biblio
RECURSOS HUMANOS*
teca
Situação em
1990
B
S
M
B
06
14
28
06
12
23
05
12
17
06
02
01
-
-
-
0
02
04
01
02
02
01
01
01
01
-
-
01
-
-
-
07
04
06
12
04
06
11
03
06
09
02
02
02
-
-
-
02
03
03
01
06
12
04
05
07
03
04
02
02
01
-
01
-
01
-
0
20
29
0
17
33
08
17
33
04
17
33
04
-
04
04
03
-
-
08
16
20
07
18
34
09
18
29
09
18
24
09
02
04
02
-
-
-
05
10
14
05
11
22
05
11
18
05
10
14
05
04
06
-
-
-
-
15
05
10
16
05
12
23
07
12
21
07
12
19
07
02
03
02
-
-
-
07
13
01
09
12
01
12
23
05
10
20
03
08
16
01
-
04
-
01
-
-
07
07
12
07
10
10
07
11
22
06
11
19
06
11
15
06
01
05
-
-
-
01
-
-
-
-
02
01
0
02
04
01
02
04
01
02
04
01
-
03
01
-
-
-
05
0
02
06
0
02
05
0
05
10
02
04
08
02
02
06
01
-
01
01
-
-
-
06
10
04
06
09
04
06
08
04
08
16
05
08
13
05
07
09
05
01
01
01
-
-
-
03
05
13
03
05
12
03
05
10
03
10
20
04
08
16
04
06
12
03
01
02
-
-
-
-
08
03
08
08
04
08
06
03
10
09
04
11
21
04
11
18
04
11
14
04
01
05
-
-
-
-
13
04
07
14
03
06
14
03
07
14
03
09
17
04
09
17
04
09
16
04
02
02
01
-
-
-
07
01
03
07
01
03
03
05
01
09
17
04
06
12
02
03
07
01
-
02
-
-
-
-
126 196
54
51 163
318
79
152 271
68
139
218
62
19
45
14
04
01
03
B-1
09
17
04
08
17
04
10
20
05
08
19
05
10
16
B-2
01
01
0
01
01
0
01
01
0
01
01
0
01
01
B-3
06
09
01
05
08
01
06
06
04
05
06
04
04
B-4
04
02
02
04
01
02
04
02
01
03
02
02
B-5
24
34
0
22
32
0
22
32
0
22
32
B-6
19
24
09
18
24
09
15
21
09
13
18
B-7
10
14
06
09
13
06
07
10
05
05
09
B-8
12
19
08
10
16
07
11
16
05
10
B-9
08
16
01
07
16
01
09
14
01
B-10
11
15
08
10
14
08
09
14
-
-
-
-
-
-
-
-
B-12
02
06
01
02
06
01
02
B-13
07
09
06
06
08
04
B-14
06
12
03
06
12
B-15
13
14
05
08
B-16
10
16
06
08
03
07
01
02
145
215
61
TOTAL
421
Excedentes/94
M
B
TOTAL
Faltantes/94
S
M
B-17
Mínimo Ideal
Mínimo
Indispensável
S
M
B
S
B-11**
Ideal
Atual
(Ativo)
out/94
S
M
B
Atual
(Ativo)
abril/93
S
M
B
Atual
(Ativo)
set/92
S
M
B
Atual
(Ativo)
set/91
S
M
B
376
06
01
125 193
52 111 180
51
370
342
GERAL
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
** Não constam dados de 1990 a 1993 em razão da criação da Unidade em dez. 1992.
128 180
359
560
491
419
S
M
78
B
S
M
08
B
-
�6.13
QUADRO III - E
DEMONSTRATIVO DO MÍNIMO INDISPENSÁVEL DE RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE EXATAS
DA USP, CONSIDERANDO A SITUAÇÃO EM 1990, O ATUAL (ATIVO) DE 1991 A 1994, O IDEAL, O MÍNIMO IDEAL, COM INDICAÇÃO
DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES E EXCEDENTES, COM BASE NO ATUAL (ATIVO) OUT./94
Biblio
RECURSOS HUMANOS*
teca
Situação em
1990
Atual
(Ativo)
set/92
S
M
B
Atual
(Ativo)
abril/93
S
M
B
Ideal
Mínimo Ideal
Atual
(Ativo)
out/94
S
M
B
S
M
B
S
M
Faltantes/94
B
Mínimo
Indispensável
S
M
B
S
M
Excedentes/94
S
M
B
Atual
(Ativo)
set/91
S
M
B
E-1
15
15
13
13
11
11
13
11
09
13
12
07
14
12
07
15
29
07
15
22
07
15
15
07
01
03
-
-
-
-
E-2
09
07
02
07
07
02
07
08
0
08
09
0
07
09
01
11
22
04
10
15
03
09
07
02
02
-
01
-
02
-
E-3
24
24
11
23
20
07
22
19
08
20
18
07
21
16
08
17
34
08
17
29
08
24
35
12
03
19
04
-
-
-
E-4
08
08
03
04
04
02
04
06
02
04
06
02
03
06
02
06
11
04
06
10
04
06
08
03
03
02
01
-
-
-
E-5
06
07
01
04
05
01
03
05
01
03
05
01
03
05
01
08
16
03
07
11
02
06
07
01
03
02
-
-
-
-
E-6
0
02
0
0
02
0
0
02
0
02
01
0
01
01
0
03
06
02
02
04
01
01
02
01
-
01
01
01
-
-
E-7
07
11
03
05
10
04
05
09
02
06
08
02
09
07
02
11
22
05
09
17
03
07
11
03
-
04
01
02
-
-
B
S
M
B
E-8
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
08
03
0
07
14
03
07
08
02
07
04
01
-
01
01
01
-
-
E-**
15
03
0
15
03
0
15
03
0
15
03
0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
E-9
05
09
03
05
08
03
04
09
02
03
08
02
04
06
02
07
14
03
06
12
03
05
09
03
01
03
01
-
-
-
E-10
09
13
02
07
14
02
07
11
02
07
11
02
07
08
02
10
20
03
10
17
03
09
13
02
02
05
-
-
-
-
E-11
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
07
0
0
06
12
03
06
06
02
06
04
01
-
04
01
01
-
-
99
38
83
84
32
80
83
26
81
81
23
84
200
45
95 151
38
95
115
36
15
44
11
05
02
-
TOTAL
TOTAL
98
235
199
189
GERAL
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
** Unidade desmembrada em 2 Unidades, E-8 e E-11, a partir de 1994.
185
73
182
25 101
346
284
246
70
07
�6.13
QUADRO III - H
DEMONSTRATIVO DO MÍNIMO INDISPENSÁVEL DE RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE HUMANAS
DA USP, CONSIDERANDO A SITUAÇÃO EM 1990, O ATUAL (ATIVO) DE 1991 A 1994, O IDEAL, O MÍNIMO IDEAL, COM INDICAÇÃO
DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES E EXCEDENTES, COM BASE NO ATUAL (ATIVO) OUT./94
Biblio
RECURSOS HUMANOS*
teca
Situação em
1990
Atual (Ativo)
abril/93
Atual
(Ativo)
set/92
S
M
B
S
M
Atual
(Ativo)
out/94
S
M
B
Ideal
Mínimo
Ideal
S
M
B
S
M
B
Mínimo
Indispensável
S
M
B
S
M
B
Atual
(Ativo)
set/91
S
M
B
H-1
18
22
04
16
20
04
14
17
04
13
15
03
13
17
02
15
29
07
15
26
06
15
22
H-2
14
13
06
13
13
06
12
10
06
11
10
06
13
08
03
12
24
07
12
19
07
12
13
H-3
18
23
07
16
20
07
18
20
04
15
20
04
15
17
06
17
34
08
17
28
08
17
H-4
09
11
13
09
11
12
06
10
10
06
10
10
06
10
10
12
23
05
11
17
09
H-5
09
10
04
08
10
03
07
10
03
08
09
04
07
07
05
12
23
06
11
17
05
H-6
28
57
07
20
43
07
18
35
07
18
35
07
18
32
06
17
34
07
17
34
H-7
04
03
0
04
03
0
04
03
0
03
03
0
03
03
0
04
08
02
04
H-8
05
05
0
03
02
0
02
02
0
02
01
0
03
02
0
03
06
01
H-9
03
04
01
02
04
01
02
04
0
02
04
0
01
03
0
04
08
H-10
04
02
01
04
02
01
03
02
01
03
02
01
03
02
01
05
09
112
150
43
95 128
41
86 113
35
81 109
35
82
10
33
10
19
TOTAL
B
1
TOTAL
305
264
GERAL
* Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
234
225
216
1
Faltantes/9
4
Excedentes/94
S
M
B
04
02
05
02
-
-
-
06
-
05
03
01
-
-
23
07
02
06
01
-
-
-
09
11
09
03
01
-
-
-
01
11
14
04
04
07
-
-
-
01
07
17
34
07
-
02
01
01
-
-
06
01
04
03
01
01
-
01
-
-
-
03
06
01
03
05
01
-
03
01
-
-
-
01
04
06
01
03
04
01
02
01
01
-
-
-
02
05
06
01
04
02
01
01
-
-
-
-
-
46
99
16
46
95
13
41
15
30
10
02
-
02
8
5
1
345
310
267
55
S
M
04
B
�6.13
QUADRO IV - B
DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES, A PARTIR DA
DIFERENÇA EXISTENTE ENTRE ATUAL (ATIVO) SET/95 E MÍNIMO
INDISPENSÁVEL, NAS BIBLIOTECAS DA ÁREA DE BIOLÓGICAS
BIBLIOTE
CA
B-1***
B-2
B-3
B-4
B-5
B-6
B-7
B-8
B-9
B-10
B-11
B-12
B-13
B-14
B-15
B-16
B-17
TOTAL
MÍNIMO
INDISPENSÁVEL*
S
13
01
06
04
17
18
10
12
08
11
02
02
07
06
09
11
03
140
M
24
01
09
02
33
24
14
19
16
15
04
06
09
12
16
14
07
225
426
B
05
01
02
02
04
09
05
07
01
06
01
01
05
03
04
04
01
61
RECURSOS HUMANOS**
ATUAL
(ATIVO) SET/95
S
M
B
11
15
07
01
01
0
06
07
05
04
03
01
20
30
0
16
10
16
05
07
04
10
13
06
09
12
01
10
11
07
02
01
02
02
05
0
05
07
04
05
09
04
06
07
0
09
09
04
03
05
0
124 152 61
337
FALTANTES
S
02
02
05
02
01
02
01
03
02
20
M
09
02
03
14
07
06
04
04
03
01
02
03
09
05
02
74
109
B
01
01
04
01
01
01
01
04
01
15
* Caracterizado no Quadro III-B
** Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
***Em virtude de reanálise da situação da B-1, devido a não-inclusão da totalidade de funcionários existentes
quando do término do processo de fusão das bibliotecas daquele campus, o número mínimo indispensável,
indicado no Quadro III-B, foi alterado de 12S/17M/06B para 13S/24M/05B
Obs.: Diferença com Quadro III-B - Mínimo Indispensável
RH
SUPERIOR
MÉDIO
BÁSICO
QUADRO III
139
218
62
419
QUADRO IV
140� -1 (B-1)
225� -7 (B-1)
61� + 1 (B-1)
426 - 7
�6.13
QUADRO IV - E
DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES, A PARTIR DA DIFERENÇA
EXISTENTE ENTRE ATUAL (ATIVO) SET/95 E MÍNIMO INDISPENSÁVEL, NAS BIBLIOTECAS DA
ÁREA DE EXATAS
RECURSOS HUMANOS**
MÍNIMO
INDISPENSÁVEL*
BIBLIOTEC
AS
E-1
S
15
M
15
B
07
ATUAL(ATIVO)
SET/95
S
M
B
14
12
07
E-2
09
07
02
08
06
02
01
01
-
E-3
24
35
12
20
14
11
04
21
01
E-4
06
08
03
04
06
04
02
02
-
E-5
06
07
01
02
05
01
04
02
-
E-6
01
02
01
01
01
0
-
01
01
E-7
07
11
03
08
06
03
-
05
-
E-8
07
04
01
09
03
01
-
01
-
E-9
05
09
03
04
08
02
01
01
01
E-10
09
13
02
07
09
02
02
04
-
E-11
06
04
01
07
0
0
-
04
01
TOTAL
95
115
36
84
70
33
15
45
04
246
FALTANTES
S
01
M
03
-
187
B
64
* Caracterizado no Quadro III-E
QUADRO IV - H
DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FALTANTES, A PARTIR DA DIFERENÇA
EXISTENTE ENTRE ATUAL (ATIVO) SET/95 E MÍNIMO INDISPENSÁVEL, NAS BIBLIOTECAS DA
ÁREA DE HUMANAS
BIBLIOTE
CAS
MÍNIMO
INDISPENSÁVEL*
RECURSOS HUMANOS**
H-1
S
15
M
22
B
04
ATUAL
(ATIVO) SET/95
S
M
B
12
14
01
H-2
12
13
06
12
06
02
-
07
04
H-3
17
23
07
12
18
06
05
05
01
H-4
11
14
04
09
09
05
02
05
-
H-5
09
11
09
04
10
10
05
01
-
H-6
17
34
07
18
32
07
-
02
-
H-7
04
03
01
03
03
0
01
-
01
H-8
03
05
01
02
02
0
01
03
01
H-9
03
04
01
01
03
01
02
01
-
H-10
04
02
01
03
02
0
01
-
01
TOTAL
95
131
41
76
99
32
20
32
11
267
207
*Caracterizado no Quadro III-H
** Níveis Funcionais: S: Superior; M: Médio; B: Básico
FALTANTES
S
03
M
08
B
03
63
�6.13
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Recursos humanos em bibliotecas universitárias: modelo aplicado à distribuição de pessoal, por níveis funcionais, no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP).
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Almeida, Marina dos Santos; Plaza, Rosa Tereza Tierno; Krzyzanowski, Rosaly Favero
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Estudo desenvolvido para determinar um modelo de distribuição de recursos humanos nas 38 bibliotecas do "Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo". Foram identificadas três possibilidades a saber: "ideal", "mínimo ideal" e "mínimo indispensável" para a definição de Recursos Humanos necessários ao desempenho dos serviços bibliotecários. A metodologia inclui variáveis aplicadas a cada biblioteca, de acordo com suas características próprias e da sua área de atuação. Como resultado, recomenda-se que pelo menos o "mínimo indispensável" seja observado, para garantir a continuidade de prestação de serviços das bibliotecas da USP.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4638/SNBU1996_008.pdf
f7de09f1a700fc622fbde5f5416f64bc
PDF Text
Text
2.2
REDES COOPERATIVAS NO BRASIL O FUTURO DA REDE BIBLIODATA
*
Moacyr Antonio Fioravante
RESUMO
Trata de inovações recentes no ambito do BIBLIODATA, principal cooperativa
brasileira para desenvolvimento de atividades ligadas a bibliotecas e serviços de
informação bibliográfica, vinculada a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As mudanças
tecnológicas em direção a sistemas abertos e compatibilização de formatos
permitirão o intercâmbio informacional e integração com redes nacionais e
internacionais. Com atual modernizaçao e capacitação de recursos humanos,
apoiadas pelas fundações VITAE e MELLON, haverá uma multiplicação dos
benefícios gerados por este trabalho cooperativo.
1 PORQUE COOPERAR?
A
expressão
cooperar
significa
operar
em
conjunto,
ou
trabalhar
coletivamente em busca de um resultado comum.
Desde os tempos mais remotos, o trabalho coletivo tem sido uma forma de
realização de diversos tipos de atividades sociais, religiosas ou econômicas, mas o
movimento cooperativo moderno, que deu origem às cooperativas organizadas,
como hoje são conhecidas, tem pouco mais de cem anos. A estrutura organizacional
básica de uma cooperativa, pode-se dizer, teve origem na Inglaterra, na primeira
metade do século XIX, com a criação de uma cooperativa de consumo chamada
Rochdale Society of Equitable Pioneers. Essa sociedade estabeleceu um conjunto
de regras para o trabalho conjunto, conhecido como princípios de Rochdale,
válidos até hoje. Em resumo, esses princípios contemplam
o controle
Diretor da Divisão de Gestão da Informação da Fundação Getúlio Vargas e Coordenador da Rede
Bibliodata.
*
�2.2
democrático, livre filiação, não discriminação política ou religiosa, serviços a
preço de custo e educação dos membros.
A observância desses princípios é fundamental para o sucesso de qualquer
sociedade cooperativa, pois são eles que garantem a eqüitativa distribuição dos
resultados alcançados através do trabalho coletivo. Sem essa garantia, não se pode
esperar que os membros contribuam com o seu trabalho ou colaborem de qualquer
forma com a sociedade.
Do ponto de vista econômico, a filiação a uma cooperativa é uma opção à
qual uma pessoa, física ou jurídica, pode recorrer para adquirir bens ou serviços, ao
invés de produzi-los por conta própria ou adquiri-los no mercado. Se as três opções
estiverem disponíveis para o interessado, é claro que ele irá escolher a de menor
custo. Nem sempre é fácil, entretanto, distinguir nitidamente a opção de menor
custo, principalmente porque, em geral, parte do pagamento pelos bens ou serviços
obtidos de uma cooperativa, não é feita em moeda corrente, mas sim pela
contrapartida em trabalho ou outra forma de colaboração previamente contratada.
Outro aspecto da questão, ainda do ponto de vista econômico, é o do
investimento. Na sociedade cooperativa os capitalistas são substituídos pelos
próprios cooperados. Em havendo necessidade de capitalizar a sociedade para que
esta possa realizar investimentos, os membros da cooperativa terão que fazer
contribuições em dinheiro, ou então a sociedade terá, de alguma forma, que se
financiar para fazer face às necessidades de capital. Isso implica em risco a ser
assumido por todos os membros da sociedade.
�2.2
Pelas razões expostas, quase sempre é mais simples optar pela aquisição do
bem ou serviço no mercado, quando a alternativa existe. Quando essa opção não
está disponível, ou a que está disponível não satisfaz em preço e qualidade, resta
analisar a alternativa entre produzir por conta própria ou organizar-se em
cooperativa. Em que casos será mais vantajoso associar-se em cooperativa para
produzir o bem ou serviço, ao invés de produzi-lo por conta própria? Que fatores
irão estimular ou desestimular a criação de uma cooperativa para a realização da
atividade específica? Quem irá tomar a iniciativa de organizar a sociedade
cooperativa? Como será essa organização? Quais as fontes de recursos disponíveis
para investir na sociedade? Como definir o preço dos produtos ou serviços que
serão prestados aos cooperados ou ao mercado, quando for o caso? Que formas de
colaboração serão exigidas dos membros da cooperativa? Que conjunto de regras
e princípios deverá se adotado com o objetivo de garantir a eqüitativa distribuição
dos benefícios alcançados pela sociedade?
A formação de redes cooperativas no Brasil para o desenvolvimento de
atividades ligadas à Bibliotecas e Serviços de Informações, dentre elas a da Rede
Bibliodata, pode ser analisada à luz dos princípios anteriormente enunciados e,
embora em sua constituição essas redes não sigam estritamente o modelo de uma
cooperativa formal, as respostas às questões anteriores são fundamentais para o
entendimento do seu processo de desenvolvimento.
Analisaremos, neste trabalho, o caso especial da Rede Bibliodata. A
intenção é a de trazer ao debate no âmbito da comunidade, participante ou não da
rede, questões relevantes para o futuro das Redes Cooperativas no Brasil, e seu
papel no desenvolvimento das Bibliotecas e Serviços de Informações no País.
�2.2
2 A REDE BIBLIODATA E OS PRINCÍPIOS DE ROCHDALE
Em primeiro lugar cabe a pergunta: Em que medida a organização da Rede
Bibliodata segue os princípios de Rochdale? A resposta poderia ser dada em sua
perspectiva histórica, mas interessa muito mais analisar a situação atual e a
evolução futura do modelo que está sendo adotado. Analisemos a situação da rede
à luz de cada um dos cinco princípios:
2.1 CONTROLE DEMOCRÁTICO
A Rede Bibliodata foi instituída como uma central de catalogação
cooperativa pela Fundação Getúlio Vargas, atuando como Unidade Central
coordenadora da rede, contando inicialmente com o apoio de um conjunto de
instituições denominadas fundadoras, e mais tarde de outras instituições
participantes que tiveram participação importante no processo de constituição da
rede, mas não se pode dizer que tenham exercido o controle das decisões.
Embora tenha sido essa uma decorrência natural da forma pela qual a rede
foi instituída, isto é, por iniciativa e risco da própria Fundação Getúlio Vargas,
tornou-se claro, mais recentemente, que esse modelo centralizado não teria futuro.
Em primeiro lugar, como a rede exige constantes investimentos no seu
desenvolvimento tecnológico e operacional, e como se espera que os resultados
gerados beneficiem em primeiro lugar os próprios membros cooperados, nada mais
justo que os membros, ao mesmo tempo que assumem o ônus desses
�2.2
investimentos e manutenção da rede, assumissem também os riscos associados ao
empreendimento e a responsabilidade pelas decisões sobre a sua condução.
A partir dessa constatação, que se tornou consenso entre os membros e no
âmbito da própria Comissão Consultiva, iniciaram-se as gestões para a realização
de uma profunda reforma na organização da Rede Bibliodata. Essa reforma, ainda
em curso, iniciou-se pela aprovação do Regimento Geral da rede, que entre
inúmeras
inovações
democratizantes,
criou
a
Comissão
Diretora,
órgão
deliberativo composto por representantes eleitos pelos membros, com poderes para
estabelecer as regras de participação, reformar o Regimento Geral, e estabelecer a
política geral para o desenvolvimento das atividades cooperativas da rede.
Com a implantação definitiva da reforma, em todos os seus desdobramentos,
espera-se que a Rede Bibliodata caminhe no sentido de sua institucionalização e
ganhe uma base estável para o seu desenvolvimento futuro.
2.2 LIVRE FILIAÇÃO
A filiação à Rede Bibliodata é livre. Qualquer instituição, que se disponha a
assinar o contrato de adesão e a pagar a taxa de inscrição e a anuidade, estará
habilitada a participar da rede. A
Comissão Diretora está elaborando a
regulamentação do dispositivo introduzido no Regimento Geral que cria categorias
de membros, diferenciadas pelo nível de contribuição na catalogação cooperativa,
em termos do número de registros catalogados pelo participante.
A introdução
desse dispositivo no Regimento Geral tem por objetivo tornar mais eqüitativa a
distribuição dos benefícios gerados pela atividade cooperativa, já que não é apenas
�2.2
a contribuição em dinheiro que gera esses benefícios, mas sim e sobretudo, a
contribuição em termos da geração de registros na Base de Dados, principal acervo
da rede de propriedade da coletividade de membros.
2.3 NÃO DISCRIMINAÇÃO
O princípio da não discriminação aplicável à Rede Bibliodata, refere-se não
somente a questões políticas ou religiosas, em relação as quais a ausência de
discriminação é obvia, mas, mais especificamente, às categorias de instituições que
participam ou venham a participar da rede.
Não existe qualquer tipo de
discriminação à entrada ou permanência de membros na rede, seja em relação à
região na qual a instituição se localize, à dimensão ou importância do seu acervo
bibliográfico ou ao tipo de instituição. Dessa forma podem participar da rede:
bibliotecas universitárias, especializadas, públicas, particulares ou quaisquer outras,
bastando para tanto que se disponham a cumprir os regulamentos e as disposições
contratuais.
2.4 SERVIÇOS A PREÇOS DE CUSTOS
Uma cooperativa é, por definição, uma sociedade sem capitalistas e,
portanto, sem fins lucrativos. Daí decorre, necessariamente, que eventuais
superávits operacionais gerados deverão ser aplicados em investimentos nas
�2.2
próprias atividades, ou repassados aos cooperados sob a forma de redução de
preços ou aumento dos serviços prestados. Da mesma forma, um eventual déficit
deverá ser coberto por contribuições adicionais dos cooperados. Esse mecanismo
de compensação de resultados leva, pelo menos no médio prazo, ao equilíbrio entre
receitas e despesas, ou em outras palavras, os preços se igualam aos custos
médios. Essa afirmativa merece duas qualificações: a primeira é que os custos,
aqui, devem incluir as despesas de capital e a segunda é que, embora o mecanismo
de compensação leve à igualdade entre preços e custos médios, ele não garante
por si só, que cada cooperado individualmente, esteja pagando pelos serviços
recebidos a preço de custo. Comentemos cada uma dessas qualificações tomando
o caso da Rede Bibliodata como exemplo:
A criação de uma rede da catalogação cooperativa exige investimentos de
vulto em capital fixo, necessário na montagem da sua infra-estrutura, aquisição de
equipamentos e desenvolvimento de sistemas, alem do capital de giro para a sua
operação contínua. Por outro lado, é necessário investir por longo tempo na geração
de registros bibliográficos que constituirão a Base de Dados, razão de ser do
esforço cooperativo. Os investimentos em capital fixo e de giro da Rede Bibliodata
foram e são suportados, basicamente, pela Fundação Getúlio Vargas, enquanto que
a geração de registros bibliográficos constitui a contribuição dos cooperados na
formação do acervo de propriedade coletiva.
No que diz respeito à geração de receitas correntes, que seriam obtidas pelo
fornecimento de cópias de registros e prestação de serviços correlatos aos
cooperados , estas somente atingiriam nível suficiente para equilibrar-se com as
despesas correntes a partir de um certo volume mínimo de registros acumulados na
�2.2
Base de Dados. Por essa razão, era de se esperar que a operação da rede, em sua
fase de formação, iria ser deficitária. O déficit operacional verificado ao longo do
tempo
vem
sendo
coberto
por
contribuições
regulares
dos
cooperados,
correspondentes às taxas de manutenção em vigor até hoje. Como a taxa de
manutenção tem sido fixada de forma a cobrir o déficit operacional verificado, é lícito
afirmar que os cooperados estão pagando, na média, pelo custo corrente dos
serviços. O custo de capital, entretanto, bem como o custos fixos da infra-estrutura
não são cobertos pelas contribuições, acarretando uma situação de desequilíbrio
orçamentário de longo prazo da cooperativa, inviabilizando a realização de novos
investimentos na sua modernização e no desenvolvimento de novos serviços.
A solução dessa situação vem sendo buscada por dois caminhos: Primeiro,
pretende-se implantar, gradativamente, a cobrança por registro copiado e pelos
serviços correlatos prestados aos cooperados e usuários ( como a assinatura do
CD-ROM da Base de Dados, por exemplo),
e, simultaneamente, criar um
mecanismo de acumulação de créditos correspondentes aos registros catalogados
pelo cooperado. Segundo, estão sendo realizados investimentos em novas
tecnologias e novos serviços visando, através da redução de custos e ampliação
das receitas, à eliminação do déficit operacional e portanto das contribuições fixas
regulares. Tais investimentos estão sendo custeados pela Fundação Getúlio Vargas
e por recursos obtidos junto a instituições de fomento como o CNPq/PADCT e a
Fundação Vitae.
Com a implantação do novo mecanismo de cobrança espera-se que o
princípio do pagamento pelos serviços a preço de custo venha a ser observado, não
mais pela média mas sim para cada membro individualmente. Ressalte-se que os
�2.2
custos de capital
resultados
deverão ser contabilizados, de forma que a operação gere
positivos
para
viabilizar
os
investimentos
necessários
ao
desenvolvimento da cooperativa.
2.5 EDUCAÇÃO DOS MEMBROS
Dos cinco princípios de Rochdale, o que propugna a educação dos membros
como uma das missões das sociedades cooperativas é, certamente, o que mais
demonstra a preocupação com a equidade na distribuição dos benefícios gerados
coletivamente. Como é de se esperar, é pouco provável que todos os membros de
uma cooperativa sejam todos homogeneamente instruídos ou capacitados a gerar,
ou utilizar, adequadamente, os serviços ou produtos objetos da atividade
cooperativa. Por essa razão, educar os membros torna-se uma necessidade
imperiosa para o sucesso da sociedade.
No caso das redes cooperativas de bibliotecas, como a Rede Bibliodata, a
aplicação desse princípio é essencial à sua sobrevivência, já que o nível de
qualidade na geração e utilização dos produtos e serviços depende diretamente da
capacitação dos membros.
Inspirado nesse princípio, o Programa de Capacitação de Recursos Humanos
em Redes de Bibliotecas que a Fundação Getúlio Vargas está promovendo, com
apoio da The Andrew Mellon Foundation, pretende levar ao maior número possível
de profissionais das bibliotecas participantes da Rede Bibliodata o conhecimento
sobre as inovações que estão ocorrendo no campo da Biblioteconomia em geral e
�2.2
na própria rede em particular. Através de uma série de seminários, com a
participação de conferencistas internacionais, mesas redondas e cursos regulares,
realizados nas diversas regiões onde a rede tem presença e no Exterior, o programa
pretende cobrir os temas mais atuais de interesse dos profissionais das bibliotecas,
com ênfase especial nas atividades desenvolvidas em rede. O programa enfoca o
futuro da Rede Bibliodata e tem por objetivo preparar os membros da rede para as
inovações em curso.
3 AS INOVAÇÕES
A inovação mais significativa para o futuro da Rede Bibliodata é a que está
sendo implantada na sua forma de organização. A força de uma ação cooperativa
é resultante de relações multilaterais desenvolvidas por intermédio de uma
organização que canaliza a contribuição de cada membro em benefício de todos. A
Rede Bibliodata, entretanto, em função do seu histórico e pelo fato de ter sido
constituida a partir de uma iniciativa centralizada, não desenvolveu de maneira
adequada os princípios cooperativos, como os anteriormente discutidos. Os
membros da rede comportam-se, ainda hoje, como se seus direitos e deveres se
resumissem à relação contratual firmada com a Fundação Getúlio Vargas como
prestadora de serviços. Essa realidade começou a mudar com a aprovação recente
do Regimento Geral da Rede Bibliodata, já mencionado anteriormente. O
Regimento constitui um compromisso coletivo dos membros da rede com o seu
desenvolvimento conjunto. Ao fixar direitos e deveres dos membros cooperados, o
�2.2
Regimento Geral atribui a um colegiado eleito, a tarefa de conduzir os destinos da
rede e de fazer com que a participação se torne um efetivo exercício de cooperação.
Outra inovação significativa, que terá grande repercussão na atividade de
catalogação cooperativa, é a introdução do formato em padrão MARC em
substituição ao CALCO. Está nascendo, com essa mudança o formato BRMARC.
Também na plataforma tecnológica
estão sendo introduzidas diversas
inovações que possibilitarão a prestação de novos serviços e mudarão a face futura
da rede. O novo módulo de entrada de dados, que está sendo lançado juntamente
com o CD-ROM do catálogo coletivo, irá permitir a consulta, a cópia, a edição e a
entrada de novos registros em uma estação de trabalho ou em rede local, conforme
a opção da biblioteca participante. A base de dados do Catálogo Coletivo estará
disponível para consulta através da Internet e em breve será possível a catalogação
on-line, como alternativa ao CD-ROM.
O novo módulo de entrada de dados irá permitir, ainda, a extração e edição
de dados de outros CD-ROMs como o CAT-CD da OCLC, ampliando
significativamente as possibilidades de obtenção de registros para a catalogação
corrente ou retrospectiva. Com essa finalidade, e tambem de prover o acesso a
outros serviços e produtos da OCLC para as bibliotecas da rede, a Fundação
Getulio Vargas está negociando com aquela organização um contrato de
representação que se encontra em vias de ser assinado.
4 CONCLUSÃO
�2.2
As inovações que estão se processando no âmbito da
Rede Bibliodata
abrem os caminhos para o sua modernização e desenvolvimento. As diretrizes da
mudança tecnológica, em direção a sistemas abertos e formato compatível com
padrões estabelecidos, permitirão o intercâmbio de informações e a integração com
outras redes nacionais e internacionais, alargando os horizontes e consolidando o
futuro das redes cooperativas no Brasil. A continuidade e sustentação do processo
de modernização somente se tornará possível a partir do momento em que a
comunidade passar a encarar o rede como uma verdadeira sociedade cooperativa.
Essa mudança de postura já começa a se fazer sentir e a gerar resultados positivos,
tanto assim
que os projetos de modernização tecnológica e de capacitação de
recursos humanos, que se encontram em andamento, contam com a participação
direta de alguns dos membros mais ativos da rede trabalhando em conjunto com a
Fundação Getulio Vargas. Esses projetos contam com o apoio financeiro das
fundações Vitae e Mellon, as quais vislumbram nesse trabalho cooperativo uma
forma de multiplicar os benefícios gerados pelos recursos empregados e contribuir
com um empreendimento de dimensão nacional.
ABSTRACT
Deals with recent innovations in BIBLIODATA, the main Brazilian cooperative for the
development of activities related to libraries and bibliographic information, linked to
the Getúlio Vargas Foundation (FGV). Technological changes leading towards open
systems and format compatibilization will allow the exchange of information and
integration with national and international networks. Current modernization and
qualification of human resources, supported by VITAE and MELLON Foundations,
will lead to multiplication of benefits resulting from these cooperative activities.
�2.2
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Redes cooperativas no Brasil o futuro da Rede Bibliodata.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Fioravante, Moacyr Antonio
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Trata de inovações recentes no âmbito do BIBLIODATA, principal cooperativa brasileira para desenvolvimento de atividades ligadas a bibliotecas e serviços de informação bibliográfica, vinculada a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As mudanças tecnológicas em direção a sistemas abertos e compatibilização de formatos ermitirão o intercâmbio informacional e integração com redes nacionais e internacionais. Com atual modernização e capacitação de recursos humanos, apoiadas pelas fundações VITAE e MELLON, haverá uma multiplicação dos benefícios gerados por este trabalho cooperativo.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4659/SNBU1996_019.pdf
886972f9eec86bd9ef6b8bc2563051ed
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5.5
ROUBO, DEPREDAÇÃO DE MATERIAIS E CAMPANHAS EDUCATIVAS EM
BIBLIOTECAS: PROPOSTA DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO
Oswaldo Francisco de Almeida Junior*
RESUMO
Apresenta uma proposta de modelo de avaliação sobre depredação de acervo e
campanhas educativas em bibliotecas universitárias. Descreve as etapas para
implantação do modelo, dividindo-as em três grandes momentos. Demonstra como
obter o "indice de depredação", utilizado como parâmetro para a avaliação.
1 APRESENTAÇÃO
Pretendo apresentar aqui uma proposta para avaliação não só de roubo e
depredação de materiais em bibliotecas mas, também, das campanhas educativas
normalmente realizadas como uma das principais ações visando a amenização do
problema.
A experiência sobre a qual estou embasando a proposta foi realizada em 1983
e 1984, na Biblioteca da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da
Fundação Getúlio Vargas - EAESP/FGV. O simples relato dos trabalhos
concretizados naquela época poderia não deixar aparentes as idéias básicas que os
*Professor
da Universidade Estadual de Londrina - UEL
�5.5
motivaram. Assim, darei ênfase nessas idéias, tentando, a partir da experiência
localizada, apresentar um modelo que possa ser empregado em outras bibliotecas
com características semelhantes.
Vale acrescentar que a experiência ocorreu em uma biblioteca universitária,
com a participação dos 30 funcionários do Serviço de Referência e de alguns de
outros serviços. A coordenação esteve sob a responsabilidade da chefia do Serviço
de Referência.
2 INTRODUÇÃO
Roubo e depredação de materiais constituem um problema enfrentado por
todas as bibliotecas. Apesar das constantes ações empreendidas, a solução total e
definitiva não foi e nem será conseguida. A inexistência dessa solução definitiva, no
entanto, não deve redundar em comodismo, em passividade. A tentativa para, no
mínimo, amenizar o problema deve fazer parte das preocupações dos responsáveis
pela coleção dos diferentes tipos de biblioteca. Todavia, diferentemente da
necessidade de enfrentar o problema, a literatura é pobre e escassa sobre o
assunto, indicando talvez uma indiferença ou um conformismo ante o que é, muitas
vezes, considerado inevitável. Poucos são os trabalhos que enfocam o tema e,
quase sempre, atêm-se às campanhas educativas, sem uma clara e objetiva
fundamentação. Invariavelmente, a preocupação está voltada para a execução e
implantação da campanha, esquecendo-se da avaliação e dos resultados. Estes,
quando existem, baseiam-se em critérios meramente de observação, passíveis,
como é óbvio imaginar, de vieses, já que, inconscientemente, há o desejo e até a
�5.5
necessidade de obtenção de resultados, numa ação que demandou tempo e
trabalho.
Além das poucas experiências relatadas na literatura específica da área,
muitas bibliotecas, em especial as universitárias, realizam campanhas visando
combater o roubo, a depredação e até as maneiras inadequadas com as quais os
usuários manipulam os materiais. Não obstante a importância desses trabalhos,
quase sempre são implantados sem uma discussão anterior, sem fazer parte de um
plano ou programa maior e são executados isoladamente, na esperança de
solucionar o problema.
Pequenas e simples atitudes administrativas podem obter melhores resultados
do que uma campanha grande e desgastante, em termos de trabalho, e custosa,
em termos financeiros. Por exemplo: o funcionamento do setor de fotocópias,
acompanhando todo o horário de atendimento da biblioteca, pode diminuir a
quantidade de capítulos rasgados dos fascículos de periódicos, pois muitos
usuários, na impossibilidade de retirar o material (porque não é emprestado ou
porque ele, usuário, já retirou a cota máxima permitida) e de fotocopiá-lo, terminam
por arrancá-lo da revista, premidos pela “necessidade”. Não depredam por simples
desejo ou por uma compulsão ao vandalismo. O combate ao roubo e à depredação
não pode partir de premissas desse tipo. Um outro dado, que também parece ser
uma crença dos bibliotecários, é a relação direta e indissociável entre alunos pobres
e roubo. Tenta-se atingir a consciência do usuário, imaginando que ele, refletindo
sobre as consequências de seus atos para a comunidade, modificará seu
comportamento. Isso é tão utópico quanto a "biblioteca universal" ou uma sociedade
�5.5
moldada sob "nossos" parâmetros. Nenhum trabalho sério pode ser desenvolvido
sobre tais pressupostos.
Outros
exemplos
de
pequenas
atitudes
administrativas
podem
ser
apresentados: - o aumento do número de funcionários no setor de fotocópia,
objetivando diminuir as imensas e constantes filas e a excessiva demora no
atendimento dos usuários (um usuário com pressa, mesmo que, para os
bibliotecários, injustificada, e a demora no atendimento da fotocópia, ocasionam
mais um item na relação dos materiais depredados ou "desaparecidos", eufemismo
utilizado pelos funcionários do balcão de empréstimo para o termo roubados); - a
liberação de determinados livros durante o período em que a biblioteca se encontra
fechada; - a oferta formal de livros alternativos aos solicitados pelos professores
pois, normalmente, a biblioteca possui poucos exemplares dos livros constantes nas
bibliografias básicas dos cursos.
A pior solução em relação ao roubo talvez seja a proibição do acesso dos
usuários ao acervo. Transformar o livre acesso em acervo fechado é, muitas vezes,
a primeira atitude que, embora nem sempre aplicada, surge como solução imediata.
Óbvio que tal solução não deve nem ao menos ser cogitada: significa o fim de um
dos objetivos básicos da biblioteca universitária, ou seja, a pesquisa. Não se
concebe mais uma biblioteca universitária com acervo fechado, ainda mais quando
sua implantação for motivada por problemas que podem ser amenizados com outras
ações.
3 O PROBLEMA
�5.5
Antes de abordar o problema propriamente dito, necessito frisar que considero
o termo "depredação" como abrangente e o termo "roubo" como dele fazendo parte.
No entanto, como as bibliotecas dividem suas preocupações entre o roubo e os
danos causados aos materiais, resolvi destacar o termo "roubo". O alerta se faz
necessário porque, no texto, pode parecer que os dois termos estejam empregados
como dissociados.
A exemplo de todas as bibliotecas universitárias, a da EAESP/FGV vivenciava
e enfrentava, na época, o problema do roubo e da depredação. Uma ação forte e
decisiva se fazia necessária e para isso foi elaborado um plano calcado em quatro
grandes tópicos:
a) estudo da literatura
sobre problemas de depredação e experiências
relatadas;
b) análise das possíveis causas dos roubos e ações administrativas para
solucionar ou amenizar os problemas decorrentes dessas causas;
c) avaliação e determinação quantitativa das proporções da depredação;
d) criação e implantação de uma campanha educativa, visando ampliar as
discussões e, nelas, inserir a comunidade acadêmica.
O estudo da literatura pouco contribuiu para a determinação de ações a serem
desencadeadas. As experiências relatadas, no entanto, deixaram claro que as
campanhas tradicionais, voltadas para a sensibilização dos usuários e para o
caráter coletivo do acervo das bibliotecas, não obtiveram resultados satisfatórios em
relação aos objetivos pretendidos. Vale lembrar que utilizamos, além da literatura,
experiências relatadas por bibliotecários que não as registraram em texto.
�5.5
As análises das causas de depredação e as ações para saná-las ou amenizálas foram implantadas de imediato, antes mesmo dos resultados provenientes da
campanha educativa e da avaliação das proporções da depredação. As ações
desenvolvidas não serão aqui especificadas, por não fazerem parte dos interesses
imediatos deste trabalho.
4 A CAMPANHA EDUCATIVA
Cientes de que os apelos para o caráter comunitário e público dos materiais da
biblioteca não atingem bons resultados, principalmente porque a tendência é
considerá-los piegas (já que, no Brasil, existe pouco ou nenhum apreço pelo bem
público), eu e minha equipe optamos por uma campanha que satirizasse o usuário
que depreda e rouba materiais. O humor pareceu-nos a forma mais adequada de se
lidar com o problema: não se ofende frontalmente os usuários (o que poderia
ocasionar uma imediata barreira, impossibilitando a reflexão, principalmente entre os
que não se enquadram na categoria dos "depredadores") e, o mais importante,
apresenta o problema de maneira direta e objetiva, atingindo a todos de maneira
indiscriminada. Além disso, o humor propicia e viabiliza a reprodução da campanha
entre os próprios usuários, pois possibilita a discussão do seu conteúdo, através da
forma como o problema é veiculado.
Inicialmente, optou-se pela história em quadrinhos como principal veículo da
campanha. A criação de um personagem tornou-se obrigatória, surgindo então o
"depredário", ironicamente cognominado "o hulk acadêmico". Um dos funcionários
�5.5
da biblioteca, ótimo desenhista, assumiu a responsabilidade pela criação, desenho e
nome do personagem.
Posteriormente, até pelo sucesso rapidamente alcançado pela campanha,
outro funcionário, que não tomara parte do grupo inicial, apresentou a proposta de
outro material para fortalecer as ações contra a depredação: um pequeno folheto
que, também com humor, mostrasse os diversos “tipos” de usuários depredadores.
Entre eles estariam os que roubam livros; os que arrancam páginas, ilustrações e
artigos de periódicos; os que escrevem e rabiscam nas margens ou sublinham
palavras e trechos dos materiais; e os que manuseiam descuidadamente, destruindo
livros e periódicos. Sua proposta era mais ampla, devendo o novo material abordar,
também, outras atitudes dos usuários que as bibliotecas normalmente consideram
incompatíveis com uma postura adequada. Aqui, a exemplo dos depredadores, os
usuários também seriam divididos em “tipos”: aqueles que escondem livros ou
fascículos de periódicos para uso exclusivo; os que reclamam das suspensões por
atraso de materiais; os que retiram das estantes uma grande quantidade de
materiais, além da necessidade e da possibilidade de uso; os que só falam gritando,
berrando e esbravejando; os que não respeitam os funcionários da biblioteca. Sua
idéia era abordar o assunto apresentando esses tipos de usuários como infectados
por vírus fictícios presentes nas bibliotecas. Todos os vírus foram batizados a partir
de corruptelas de palavras em latim. Surge, então, o "Aviso de utilidade pública:
vírus que atacam os usuários de bibliotecas". O lançamento desse novo material se
fez com grande alarde, precedido de uma ampla divulgação. O espaço junto aos
catálogos foi modificado e devidamente preparado para o lançamento. A
�5.5
comunidade acadêmica foi convidada e sua resposta superou toda nossa
expectativa, esgotando-se rapidamente a primeira edição do "Aviso".
Muitas bibliotecas solicitaram permissão para utilizar esses materiais em suas
próprias campanhas, algumas, inclusive, criando novos "vírus", adequados a suas
características e realidade.
É importante alertar que a campanha só foi implantada após a primeira
avaliação do acervo e a partir do que se chamou de "índice de depredação". Esse
dado merece uma atenção especial, pois sem ele torna-se difícil a avaliação dos
resultados efetivos conseguidos com a campanha.
5 ANÁLISE QUANTITATIVA DE DEPREDAÇÃO DO ACERVO
Para se obter uma avaliação correta, ou próxima a isso, da proporção de
depredação do acervo (que chamo aqui de "índice de depredação"), são
necessários os seguintes passos: a) amostra do acervo; b) revisão do material; c)
recuperação dos materiais danificados ou reposição dos perdidos; d) análise dos
dados. Esses passos devem ser executados, na primeira vez em que se analisa o
acervo, em dois momentos distintos e espaçados por um critério determinado pela
biblioteca executora. Apenas após o segundo momento é que se conseguirá o
"índice de depredação". As campanhas educativas devem ser realizadas depois de
obtido tal índice. Findo o período inicial da campanha, pré-definido como idêntico ao
determinado como espaço entre o primeiro e o segundo momento, de execução dos
passos, uma nova série desses passos deverá ser realizada (terceiro momento). A
avaliação do desempenho da campanha ocorrerá com o confronto do índice obtido
�5.5
no segundo momento com o obtido no terceiro momento. Para que a seqüência
possa ser melhor esclarecida, convém segmentar em tópicos todos os ítens
envolvidos, o que farei em seguida.
5.1 OS PASSOS
Quase sempre as bibliotecas possuem uma grande quantidade de tipos de
suportes em seus acervos. Visando facilitar a explicação do modelo de avaliação
utilizarei, a título de exemplo, apenas o acervo de periódicos. Pode-se empregar a
mesma proposta para os demais tipos de suporte, fazendo-se pequenas
adaptações.
Como frisei anteriormente, quatro são os passos necessários para a análise da
proporção de depredação do acervo, ou seja, para a obtenção do índice de
depredação.
�5.5
5.1.1 Amostra do Acervo
O universo de títulos de periódicos correntes de algumas bibliotecas
acarretaria um trabalho de análise de danos e roubos quase impossível pois, para
essa análise, é preciso verificar todos os fascículos desaparecidos e todas as
páginas faltantes. Por esse motivo, deve-se trabalhar com uma amostra do acervo,
o que de nenhuma forma implica em perda de qualidade. Os critérios para se definir
a amostra devem ser determinados pela biblioteca que realizará a análise. Sugiro,
no entanto, o seguinte critério: - divide-se o acervo em três grandes grupos: os
títulos de periódicos que possuem grande, média e pequena consulta; - de cada um
desses grupos seleciona-se uma porcentagem representativa dos títulos (a
porcentagem deve ser a mesma para cada um dos grupos).
Exemplo: uma biblioteca possui 900 títulos correntes. Após uma rápida análise
(inclusive porque algumas bibliotecas já conhecem esse dado), chega-se aos
seguintes números: 100 títulos com muito uso, 500 com pouco uso e, obviamente,
300 com uso médio. A porcentagem definida pela biblioteca para a amostra foi de
10%. A quantidade de títulos a serem analisados fica assim determinada (Quadro
1):
�5.5
QUADRO 1 - AMOSTRA DO ACERVO
TÍTULOS DE
PERIÓDICOS
Muito uso
UNIVERSO
AMOSTRA
100
10
Pouco uso
500
50
Médio uso
300
30
Totais
900
90
A quantidade de títulos de pouco e médio uso não deve preocupar ou
"assustar" ao bibliotecário interessado em aplicar esta proposta em sua biblioteca,
porque os danos e roubos são proporcionais à quantidade de uso. Isso significa que
a maior quantidade de problemas será encontrada nos fascículos dos títulos de
periódicos mais utilizados que, como se observa facilmente na tabela, representam
a menor quantidade da amostra.
Após a determinação do tamanho da amostra, deve-se selecionar os títulos de
periódicos que a comporão. Pode-se simplesmente sortear dentre todos os títulos
de cada um dos três grandes grupos aqueles que serão incluídos na amostra.
Devo enfatizar que o critério apresentado é apenas uma sugestão. Algumas
bibliotecas, em função das características de seu acervo, talvez necessitem
aumentar o número dos grupos de periódicos, ou fazer subdivisões nos três grupos
propostos. Essa decisão deve considerar também as necessidades particulares da
biblioteca e o conhecimento que os bibliotecários de referência têm do acervo e do
uso. É possível que uma biblioteca decida incluir um título específico de periódico
porque entenda ser ele um parâmetro adequado para a análise. O que não pode ser
�5.5
esquecido é o perigo de vieses na pesquisa, em decorrência da quantidade de
títulos escolhidos.
5.1.2 Revisão do Material
Definida a amostra, os materiais devem ser verificados. Todos os fascículos
dos títulos de periódicos, selecionados devem ser vistoriados individualmente.
Deve-se confrontar, como num levantamento de estoque, as fichas ou folhas
de registro de periódicos com as estantes. Os fascículos faltantes são anotados em
fichas previamente preparadas para esse fim.
Após a verificação de roubo, procura-se os danos causados pelos usuários no
acervo. Cada fascículo deve ser folheado página por página e registrados todos os
problemas encontrados. Os problemas mais comuns são: páginas faltando, páginas
rasgadas, trechos sublinhados ou riscados e páginas com sujeiras. No momento em
que se encontra o problema, decide-se pela necessidade ou não de substituição e
reparo. Óbvio que páginas arrancadas ou rasgadas exigem a reposição ou a
inserção de fotocópia em substituição à parte danificada.
Faz-se a anotação apenas dos problemas que exigem substituição ou reparo.
No entanto, ela deve ser rigorosa, registrando o tipo de problema e a parte onde se
localiza. Proponho três tipos de fichas: uma para roubo, uma para páginas
arrancadas e outra para páginas rasgadas. Na primeira ficha inclui-se o título do
periódico, o volume, o número, o mês e o ano do fascículo; na segunda e na
terceira, além dos dados anteriores, deve-se acrescentar o autor, o título do artigo e
�5.5
o número das páginas com problemas. Esses dados são importantes pois, nas
análises posteriores, é possível detectar se a depredação tem uma incidência maior
em determinadas épocas ou se atinge predominantemente os textos solicitados
pelos professores como literatura básica e de leitura obrigatória.
5.1.3 Recuperação dos Materiais Danificados ou Reposição dos Perdidos
Todos os materiais com problemas devem ser recuperados. No caso de
páginas rasgadas ou arrancadas, é possível localizar o fascículo em outra biblioteca,
fotocopiar as partes necessárias e acrescentá-las ao material danificado. Outra
possibilidade é substituir o fascículo com problemas. Algumas bibliotecas mantêm
em depósito duplicatas de fascículos dos periódicos mais utilizados e nos quais se
constata a maior incidência de depredação. Nesse caso, torna-se mais fácil a
substituição. Não sendo possível nenhuma das alternativas apresentadas, deve-se
simplesmente retirar o fascículo das estantes e excluir seu registro do catálogo de
público. O material roubado deve seguir a mesma sistemática.
5.1.4 Análise dos Dados
No primeiro dos três momentos apresentados como necessários para a
avaliação da proporção de depredação, a análise dos dados pode contribuir, como
afirmado anteriormente, para determinar o período ou o tipo de textos em que há
uma predominância de materiais danificados, auxiliando na determinação do tipo de
duplicatas que devem ser mantidas, os títulos que necessitam de mais de um
�5.5
exemplar de cada fascículo nas estantes etc. Além disso, após a verificação da
amostra e da reposição ou recuperação dos materiais danificados, o acervo estará
completo e sem problemas nas estantes, à disposição do público. Dá-se a essa
situação a designação de "índice de depredação zero", ou simplesmente "índice
zero".
5.2 OS TRÊS MOMENTOS
O primeiro grande momento da análise das proporções da depredação ocorre
quando a biblioteca prepara seu acervo para posteriores avaliações. Essas
avaliações posteriores só são possíveis com o "índice de depredação zero", pois
sem ele não há possibilidade de comparações. Os passos e a forma de se
conseguir o "índice zero" já foram apresentados. Resta definir o tempo de espera
entre o final do primeiro momento e o início do segundo (lembrando que o tempo
aqui determinado deverá ser o mesmo entre o final do segundo momento e o início
do terceiro). Esse tempo, na verdade, significa o período em que o material estará a
disposição do usuário e, em consequência, sujeito a depredação. Alguns ítens
devem ser considerados: o período letivo, os picos de frequência, diferenças entre
semestres etc. O ideal parece ser um período de espera de um ano, incluindo,
inclusive, os meses de férias. O tempo mínimo entre os dois momentos, no entanto,
pode ser de seis meses, apesar de, dependendo das análises desejadas, correr-se
o risco de alguns desvios nos resultados finais. O critério novamente é da biblioteca
realizadora.
�5.5
O segundo grande momento seguirá os mesmos quatro passos realizados no
primeiro. Porém, ao contrário daquele, na análise dos dados obteremos, com toda a
certeza, um "índice de depredação" diferente de zero. A proposta de cálculo desse
novo índice deve considerar os seguintes números:
a) número total de páginas de todos os fascículos de cada título de periódico
que compõem a amostra, a soma do total de páginas de todos os títulos de
periódicos de cada grupo da amostra (muito, médio e pouco uso) e a soma
dos totais dos três grupos;
b) número total de fascículos de cada título de periódico que compõem a
amostra, a soma do total de fascículos de todos os títulos de periódicos de
cada grupo da amostra (muito, médio e pouco uso) e a soma dos totais dos
três grupos;
c) número total de páginas rasgadas ou arrancadas de todos os fascículos de
cada título de periódico que compõem a amostra, a soma do total de
páginas rasgadas ou arrancadas de todos os títulos de periódicos de cada
grupo da amostra (muito, médio e pouco uso) e a soma dos totais dos três
grupos;
d) número total de fascículos roubados de cada título de periódico que
compõem a amostra, a soma do total de fascículos roubados de todos os
títulos de periódicos de cada grupo da amostra (muito, médio e pouco uso) e
a soma dos totais dos três grupos.
O confronto desses números resultará no índice de depredação do acervo
daquela biblioteca específica.
�5.5
Para se conseguir o número total de páginas dos fascículos de um título de
periódico, não é necessário "contar" página por página; basta escolher ao acaso três
fascículos, somar a quantidade de páginas de cada um deles e dividir por três.
Obtem-se assim a quantidade média de páginas por fascículo. A multiplicação
dessa média pelo número total de fascículos determina o número total de páginas
daquele título de periódico. O número é aproximado mas perfeitamente válido.
O índice de depredação pode se dividir em dois grandes grupos, ou seja, um
índice específico para roubo e outro para páginas rasgadas ou arrancadas. Esses
grupos podem, por sua vez, ser subdivididos em três, respectivamente. Têm-se,
então, os seguintes índices:
a) índice de roubo de fascículos de cada título de periódico;
b) índice de roubo de cada grupo de análise (periódicos com muito, médio e
pouco uso);
c) índice de roubo de toda a amostra;
d) índice de páginas faltantes de fascículos de cada título de periódico;
e) índice de páginas faltantes de cada grupo de análise;
f) índice de páginas faltantes de toda a amostra;
g) índice de depredação geral (incluindo roubo e páginas faltantes).
Obviamente que este último deve ser considerado o mais importante. Como
afirmado anteriormente, para se obter cada um dos índices, é necessária a
comparação entre os números obtidos:
a) para o índice de roubo de fascículos de cada título de periódico - confrontase o número total de fascículos com o número de fascículos roubados.
Exemplo: um título de periódicos possui registrado na biblioteca, 40
�5.5
fascículos. Desses, não foram localizados na revisão do material, 2
fascículos. Dividindo-se 2 por 40, chega-se a um índice de roubo de
fascículos daquele título de 0,05;
b) para o índice de roubo de cada grupo de análise - confronta-se o número
total de fascículos de todos os títulos de periódicos que compõem o grupo,
com o número de fascículos roubados desses mesmos títulos. Exemplo: o
número total de fascículos dos dez títulos de periódicos que compõem o
grupo de muito uso é 398. Desses, não foram localizados na revisão do
material, 26 fascículos. Dividindo-se 26 por 398, chega-se a um índice de
roubo daquele grupo de análise de 0,065;
c) para o índice de roubo de toda a amostra - confronta-se o número total de
fascículos de todos os títulos de periódicos que compõem a amostra, com
o número total de fascículos roubados. Exemplo: o número total de
fascículos dos títulos de periódicos que compõem a amostra é de 4.150.
Desses, não foram localizados na revisão do material, 133 fascículos.
Dividindo-se 133 por 4.150, chega-se a um índice geral de roubo de 0,032.
O mesmo procedimento deve ser utilizado para se obter os índices de páginas
faltantes de fascículos de cada título de periódico, de páginas faltantes de cada
grupo de análise e de páginas faltantes de toda a amostra.
Para se obter o índice de depredação geral, soma-se o "índice de roubo de
toda a amostra" e o "índice de páginas faltantes de toda a amostra" e divide-se por
dois. A biblioteca terá, assim, um "índice geral de depredação".
�5.5
As campanhas educativas só devem ser iniciadas após a obtenção do índice
geral de depredação, pois ele permitirá, no terceiro momento, a avaliação da
eficácia ou não dessas campanhas.
O mesmo tempo decorrido entre o primeiro e o segundo momento deve
separar o segundo do terceiro momento. Este terá a mesma sistemática e os
mesmos trabalhos desenvolvidos no segundo. Os índices levantados no segundo e
no terceiro momento devem ser comparados, diminuindo-se um do outro. No caso
de um aumento do índice no terceiro momento em relação ao segundo, a campanha
educativa deve ser revista, pois não atingiu o objetivo a que se propunha, pois a
depredação naquela biblioteca aumentou. No caso de um resultado menor, a
campanha foi bem sucedida, já que a depredação diminuiu.
6 CONCLUSÃO
Embora aparentemente trabalhosa, a proposta que apresentei não despende
muito tempo dos funcionários da biblioteca. Podem ser escolhidos os períodos de
férias letivas para a revisão do material, momento em que os auxiliares do Serviço
de Referência estão mais disponíveis para trabalhos internos. Outro momento
propício pode ser o de "levantamento de estoque", utilizando-se assim o mesmo
trabalho para dois objetivos diferentes.
O "índice de depredação" trará contribuições para várias atividades da
biblioteca. As ações visando a educação do usuário, desempenhadas pelo Serviço
de Referência, poderão utilizar esse índice como norteador; a política de
preservação da biblioteca ampliará sua eficácia a partir dos dados refletidos pelo
�5.5
índice; a previsão de gastos com encadernação e recuperação dos materiais será
muito mais precisa; a biblioteca poderá remodelar a disposição do acervo,
favorecendo o controle e a fiscalização sobre os setores com mais incidência de
depredação; um trabalho com os professores e alunos das disciplinas que utilizam
os materiais onde ocorrem o maior percentual de depredação, pode ser implantado
etc.
A experiência desenvolvida com essa proposta na biblioteca da EAESP/FGV
indicou que a campanha educativa e as ações administrativas implantadas levaram
à diminuição da quantidade de materiais depredados.
Finalizando, vale lembrar que, apesar das ações preventivas e do emprego de
equipamentos inibidores, o roubo e a depredação não serão totalmente eliminados.
Deve-se, então, trabalhar para amenizá-los.
�5.5
ABSTRACT
This paper describes a model for evaluating the depredation of library collections,
and proposes educational campaigns in university libraries. It describes the various
steps for implementing the model, dividing it into three main stages, and shows how
to obtain the depredation rate used as a parameter for evaluation.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Roubo, depredação de materiais e campanhas educativas em bibliotecas: proposta de um modelo de avaliação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Almeida Júnior, Oswaldo Francisco de
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta uma proposta de modelo de avaliação sobre depredação de acervo e campanhas educativas em bibliotecas universitárias. Descreve as etapas para implantação do modelo, dividindo-as em três grandes momentos. Demonstra como obter o "indice de depredação", utilizado como parâmetro para a avaliação.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4667/SNBU1996_023.pdf
122db02a70b7ece332ed6987e979b6df
PDF Text
Text
5.9
SELEÇÃO E AQUISIÇÃO:
1
UMA PROPOSTA DE AUTOMAÇÃO E A EXPERIÊNCIA DO SIB/UFES
*
Rachel Cristina Mello Guimarães
Ângela Maria Becalli**
Isabel Cristina Louzada Carvalho***
RESUMO
Apresenta o aplicativo ISA - Sistema de Gerenciamento para Seleção e
Aquisição de Material Bibliográfico e relata sua implantação no SIB/UFES.
1 APRESENTAÇÃO
O
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal do Espírito
Santo (SIB/UFES) compreende a Biblioteca Central, a Biblioteca Setorial Biomédica
e a Biblioteca Setorial Agropecuária. A Coordenação do Sistema é de competência
da Biblioteca Central (BC/UFES), órgão suplementar da Universidade Federal do
Espírito Santo, criada em 1963 e localizada no Campus de Goiabeiras.
O SIB/UFES atende a 42 cursos de graduação, 14 de especialização, 12 de
mestrado e um de doutorado. Seu quadro de recursos humanos é constituído por 90
servidores, sendo que 17% possui curso de pós-graduação: três mestres e 14
especialistas (UNIVERSIDADE, 1996, 1995b).
1
*
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal do Espírito Santo
Bibliotecária e Analista de Sistemas do SIB/UFES
Diretora do SIBI/UFES
***
Professora do Departamento de Biblioteconomia/UFES
**
�5.9
A estrutura organizacional da Biblioteca Central (Universidade, 1995a) pode
ser visualizada no organograma abaixo:
O Plano de Informatização do SIB/UFES (Universidade, 1992) foi aprovado,
em 1992, pelo Conselho Deliberativo da BC/UFES e sua operacionalização teve
início no primeiro trimestre de 1993. A implantação da primeira etapa do Plano
constou da assinatura de convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o
objetivo de prover as unidades do SIB/UFES de um sistema de catalogação
�5.9
cooperativa.
Esta
ação
representou
a
integração
do
SIB/UFES
aos
serviços/produtos oferecidos pela Rede Bibliodata.
Buscando agilizar a informatização dos serviços oferecidos aos usuários,
decidiu-se, ainda nesta primeira
etapa, pela instalação do aplicativo SAB 2
(Sistema de Automação de Bibliotecas), desenvolvido pela Fundação Universidade
do Rio Grande (FURG), IBM do Brasil e FGV, o qual permitiu a formação da base de
dados institucional, que opera em plataforma IBM 9221 VM/ESA e está domiciliada
no Núcleo de Processamento de Dados da UFES (NPD/UFES).
A partir da instalação do SAB 2 foi possível a implantação de serviços e
produtos tais como:
a) geração e manutenção de catálogo coletivo;
b) cadastramento e controle dos usuários;
c) realização de pesquisa bibliográfica;
d) controle de circulação de acervo .
A integração à Rede Bibliodata e a implantação do SAB 2 permitiram ao
SIB/UFES maximizar a utilização dos seus recursos informacionais, já que ambos,
rede e sistema, com certa dose de insistência e dedicação da equipe, se mostram
compatíveis (BECALLI, 1994).
O investimento feito no parque computacional com a aquisição de diversos
equipamentos (microcomputadores, impressoras, leitoras de CD-ROM, scanner...)
deixou implícita uma questão: a produtividade dos diversos setores da BC/UFES
passaria a depender, também, da adoção e utilização de ferramentas mais
adequadas à realidade que se contextualizava.
�5.9
Além da aquisição destas ferramentas (processadores de textos, planilha
eletrônica, bases de dados...), tornara-se necessário investir numa rede de
comunicação, pois as tecnologias de informação domiciliadas em cada ponto do
SIB/UFES representam um investimento que exige, sem sombra de dúvida,
compartilhamento de recursos e de conteúdo (informações armazenadas).
Adotada esta postura gerencial, a rede local (local area network - LAN),
método de conectar computadores e seus periféricos, cuja filosofia básica é o
processamento distribuído (CUNHA, 1994), passou a ser implantada na BC/UFES,
estando ligada, via fibra óptica, ao NPD/UFES, o que possibilita acesso a outros
ambientes computacionais, ou seja, a comunicação com o mundo (RNP, Internet
...).
Com a performance alcançada pelos serviços já automatizados e com o
compartilhamento propiciado pela rede local, a maior preocupação da gerência do
SIB/UFES passou a ser a informatização da Seção de Aquisição, que é
responsável pelo processo de seleção e aquisição de todo o material bibliográfico do
Sistema.
Após análise, demonstração e teste de diversos softwares disponíveis no
mercado e instalados em
outras unidades de informação, principalmente em
bibliotecas universitárias, a decisão tomada recaiu sobre o desenvolvimento de um
produto que atendesse aos seguintes quesitos:
a) formação de uma base de dados a partir das sugestões;
b) gerenciamento do processo de seleção e aquisição de material
bibliográfico;
c) cadastramento de fornecedores;
�5.9
d) controle patrimonial do material bibliográfico adquirido, inclusive
periódicos; e
e) integração com softwares já instalados na UFES, em nível gerencial,
como por exemplo, apuração de licitação e execução orçamentária e
financeira.
Cabe aqui esclarecer que a opção pelo projeto de um novo aplicativo não é
conseqüência da inoperância ou mesmo inadequação dos softwares que
analisamos. Na realidade buscávamos um aplicativo com um grau de abrangência
maior, que pudesse maximizar o gerenciamento de todas, ou quase todas as rotinas
da Seção de Aquisição. Talvez por isso não encontramos no mercado, naquela
época (1994), um aplicativo que equacionasse nossos problemas, além
de
esbarrarmos em entraves burocráticos e técnicos nas duas tentativas que fizemos
para assinatura de contrato de cessão de software.
Vencido esse momento, estava decidido que a próxima seção a ser
informatizada seria a Seção de Aquisição, que, de acordo com o Regimento Interno
do SIB/UFES (UNIVERSIDADE, 1995a), tem por competência:
a) executar a política de seleção e desenvolvimento do acervo da
Biblioteca Central, observando seus princípios e normas e avaliandoa periodicamente;
b) coordenar a avaliação periódica da coleção da Biblioteca Central,
objetivando as novas aquisições, a complementação de falhas no
acervo, a separação e o descarte de material bibliográfico;
�5.9
c) acompanhar a publicação de novos títulos, em nível nacional e
internacional,
através
de
consulta
a
catálogos,
periódicos,
especialistas e outras unidades de informação;
d) organizar e manter atualizada a coleção de catálogos de material
bibliográfico
publicados
por
livrarias,
editoras
e
instituições
congêneres;
e) organizar o arquivo de sugestões de compras solicitadas pelos
departamentos, bibliotecários e usuários;
f) selecionar, em conjunto com os representantes dos departamentos,
o material bibliográfico, visando a formação e o desenvolvimento do
acervo da Biblioteca Central;
g) executar o processo de aquisição (compra, permuta e/ou doação) de
material bibliográfico;
h) submeter a lista de compras de material bibliográfico à apreciação da
autoridade competente;
i) registrar o material bibliográfico recebido;
j) comunicar às unidades requisitantes o material bibliográfico recebido
pela Biblioteca Central;
k) identificar e divulgar o acervo disponível para permuta e/ou doação;
l) manter contato com outras unidades de informação, nacionais ou
internacionais, objetivando o estabelecimento de permuta e/ou
doação;
m) executar outras atividades afins.
�5.9
Baseada nestas atribuições, foi feita uma análise das necessidades da Seção
de Aquisição (CHINELATO FILHO, 1993), como um primeiro passo para posterior
implantação do ISA - Sistema de Gerenciamento para Seleção e Aquisição de
Material Bibliográfico (GUIMARÃES, 1994) que, naquela época (1994), não tinha
o escopo e a completeza que tem hoje (1996).
2 CONTEXTO DA SEÇÃO DE AQUISIÇÃO DO SIB/UFES
2.1 A TRANSIÇÃO ENTRE SISTEMA MANUAL E A IMPLANTAÇÃO DO
NOVO
APLICATIVO
Resumidamente, podemos descrever o processo de seleção e aquisição da
seguinte forma:
a) as sugestões eram enviadas, em fichas, pelos órgãos (unidades
administrativas e/ou de ensino) para a Seção de Aquisição, que as
armazenava até a autorização do processo de compra;
b) havendo disponibilidade de recursos financeiros para efetuar a aquisição
dos materiais bibliográficos, era iniciada a seleção das fichas de sugestão
arquivadas. As sugestões eram então avaliadas em sua coerência
e
completeza, através de consulta à base de dados do SAB 2 ( que contém
os materiais bibliográficos disponíveis no SIB/UFES em tipo e quantidade).
Até esse estágio, o processo de aquisição era completamente manual,
repleto de incorreções e duplicidades. O que mais preocupava era o sistema de
apuração das licitações, que era manual e deficitário, exigindo da equipe que o
�5.9
executava um grau de responsabilidade, de empenho, de rapidez e de qualidade
impossíveis de serem alcançados.
Com
a
decisão
da
administração
superior
da
UFES
em
investir,
prioritariamente, na compra de material bibliográfico, não coube à gerência do
SIB/UFES outra alternativa a não ser a de apoiar o desenvolvimento do aplicativo
hoje implantado e conhecido como ISA.
Numa fase intermediária entre a sistemática acima descrita, completamente
manual, e a
conclusão do ISA, o SIB/UFES utilizou o aplicativo AQUISI,
desenvolvido em 1993, como uma primeira tentativa de iniciar a informatização do
processo de aquisição de material bibliográfico, principalmente no que se referia à
apuração das licitações. Este sistema armazenava os dados transcritos das fichas
de sugestão e produzia um arquivo- texto contendo os materiais selecionados para
compra. Este arquivo-texto era
Processamento
Almoxarifado
de
e
enviado, através de disquetes, ao Núcleo de
Dados/UFES
Patrimônio
para
(SILAP),
alimentar
gerenciado
o
Sistema
pelo
de
Licitação,
Departamento
de
Administração da UFES (DA/UFES).
O Departamento de Administração/UFES executava a licitação, usando os
dados enviados ao NPD/UFES e devolvia à Seção de Aquisição, via disquete, um
novo arquivo- texto contendo a relação dos itens adquiridos. Quando os materiais
adquiridos eram recebidos pela Seção de Aquisição, esta verificava se as aquisições
conferiam com as solicitações.
Após registro, o material bibliográfico adquirido era enviado às seções
pertinentes, com vistas ao processamento técnico. Paralelamente, a lista dos itens
�5.9
adquiridos era encaminhada aos departamentos solicitantes, às Bibliotecas Setoriais
e à Divisão de Assistência ao Usuário (DAU).
Não estavam contempladas nas tentativas já descritas as rotinas de registro
patrimonial do acervo, as de controle dos títulos de periódicos assinados e doados,
e as de intercâmbio...
2.2 PROBLEMAS DETECTADOS
Fica evidente no relato acima (item 2.1), a inconsistência do processo de
aquisição até então praticado.
A análise pela qual passou a Seção de Aquisição para subsidiar o
desenvolvimento do aplicativo ISA deixou evidentes os seguintes problemas:
a) existência de fichas de sugestão incompletas, dados incorretos e/ou
preenchidos de forma ilegível;
b) falta de controle na distribuição e retorno das fichas de sugestão;
c) vulnerabilidade das informações, já que essas fichas eram em papel
e armazenadas em equipamentos, sem qualquer segurança;
d) inexistência de relatórios gerenciais que pudessem dar apoio ao
processo de tomada de decisão quando da triagem das sugestões
recebidas, tornando-a praticamente dependente de fatores subjetivos;
e) falta de cronograma para a seleção do material bibliográfico;
f) inadequação da atual política de desenvolvimento do acervo, devido à
falta de informações gerencias consistentes;
g) integração deficitária com o SILAP;
�5.9
h) vulnerabilidade dos dados de patrimônio (livro de tombo), devido ao
fato do livro de registro ser em papel e manuscrito;
i) inexistência de cadastro atualizado das instituições com as quais o
SIB/UFES mantém intercâmbio;
j) falta de controle adequado quanto ao material doado e recebido por
doação;
k) envio antecipado
aos departamentos de informações sobre
aquisições, sem que estas estivessem disponíveis para uso (o que só
ocorre após o processamento técnico); e
l) dificuldade no controle do fluxo do material bibliográfico, desde sua
aquisição até a liberação para o acervo, fato este que podia ocasionar
sinistro.
O
aplicativo AQUISI desempenhava parcialmente algumas atividades do
processo de aquisição, porém não propiciava relatórios suficientes para o processo
de tomada de decisão. Sua base de dados também não estava preparada para
incorporar novas necessidades de informações, pois fora desenvolvida segundo a
dependência dos dados em relação aos processos (rotinas). Assim, todo o sistema
deveria ser substituído por uma base de dados mais estável, bem como deveria
estabelecer um grau de comunicação mais alto com as bases de dados dos
aplicativos SAB 2 e SILAP, lendo e alimentando diretamente seus arquivos.
Uma outra deficiência era que o aplicativo AQUISI permitia que uma mesma
sugestão fosse feita de formas diferentes, ocasionando aquisições duplicadas, com
conseqüente perda de investimento.
Tal fato aumentava a necessidade de
consistência humana, que sabidamente é suscetível a erros.
�5.9
Desta forma, estava evidente que todo o sistema deveria ser substituído por
uma proposta mais estável, com maior grau de confiabilidade e maior possibilidade
de intercâmbio de dados através de suporte magnético e/ou comunicação via rede
(VINAGRE, 1990 e MARCONDES, 1992).
3 REQUISITOS EXIGIDOS DO NOVO SISTEMA
O delineamento do novo sistema foi estruturado a partir das seguintes
exigências:
a) reduzir os erros nas sugestões, garantindo assim maior integridade
e completeza aos dados, já que os campos para informações
essenciais não podem ficar sem preenchimento;
b) eliminar o registro manual no livro de tombo;
c) reduzir
o percentual de erros ocorridos na seleção
do material
bibliográfico a ser adquirido;
d) gerar relatórios gerenciais que possam apoiar tanto o processo de
decisão quanto a seleção dos materiais bibliográficos;
e) gerar relatórios de custo das aquisições efetuadas;
f) eliminar o registro e o controle manuais do acervo de duplicatas;
g) aumentar o grau de intercâmbio de dados com outros sistemas em
funcionamento na UFES e em outras instituições;
h) eliminar a geração de informações duplicadas sobre o material
bibliográfico adquirido, já que diversos setores do SIB/UFES as
utilizam;
�5.9
i) manter atualizados e automatizados os cadastros:
- de instituições intercambiadoras;
- de fornecedores; e
- de editores;
j) gerar automaticamente mala direta
a partir dos cadastros acima
citados.
4 A CONCEPÇÃO DO APLICATIVO ISA
Partindo das observações in loco e da análise dos problemas enfrentados
pela Seção de Aquisição, foi estruturada uma proposta que contemplasse não só a
solução dos problemas como também trouxesse mais qualidade e economicidade
ao processo de seleção e de aquisição do material bibliográfico.
No desenvolvimento desta proposta foram utilizadas metodologias
que
incluíram:
a) entrevistas com equipes envolvidas, direta e indiretamente, nas
rotinas da Seção de Aquisição;
b) técnicas de prototipação; e
c) análise essencial de sistemas.
Aumentar a confiabilidade do processo de seleção foi uma constante na
concepção do aplicativo ISA, já que a principal dificuldade da Seção de Aquisição
era a inexistência de dados estatísticos e de indicadores que minimizassem a
influência de fatores subjetivos na seleção das sugestões.
�5.9
Com a preocupação de que nem tudo precisa ser completamente novo, todas
as atividades da Seção de Aquisição foram mantidas, mudando apenas a forma e
os meios utilizados para executá-las.
Além disso, foram acrescidos relatórios
gerenciais e gerais que dão suporte ao processo de tomada de decisão.
4.1 SEU AMBIENTE E SUA ESTRUTURA
O aplicativo ISA possibilita a integração de todas as rotinas desenvolvidas
pela Seção de Aquisição, tendo ainda uma peculiaridade: permite o uso isolado de
cada um de seus módulos, sem comprometer a qualidade e a integridade dos
dados.
Buscando uma interface amigável para seu usuário final, foi utilizada uma
ferramenta de desenvolvimento multi-usuária que permite o funcionamento do ISA
no ambiente gráfico “Windows” e que garante a integridade dos dados armazenados
em seu banco de dados.
O aplicativo ISA (com todos os seus módulos) exige, como requisitos para
seu funcionamento:
a) microcomputador 486;
b) 4Mb de memória Ram (recomendado 8Mb);
c) 6Mb de disco rígido (HD);
d) drive 3 ½” de alta densidade;
e) monitor EGA ou VGA; e
f) aplicativo Microsoft Windows 3.1
Sua estrutura está apoiada em seis módulos, a saber:
�5.9
1 - TABELAS
Permitem acesso aos cadastros de autores, títulos, fornecedores,
órgãos (unidades administrativas e/ou de ensino ), tipos de material,
suportes físicos, países, moedas, cotações de moedas, idiomas
e
periodicidades.
2 - MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
Representa o agrupamento das informações contidas no módulo
“Tabelas”, onde elas são armazenadas de forma individualizada.
3 - SUGESTÕES
Armazena todas as sugestões enviadas pelos órgãos (unidades
administrativas e/ou de ensino), possibilitando, ainda, a seleção do
material bibliográfico sugerido de acordo com os parâmetros préestabelecidos.
4 - AQUISIÇÕES
Gerencia o processo de aquisição, seja por compra (direta e / ou
licitação) ou por doação. Este módulo também contempla o registro
patrimonial do material bibliográfico adquirido.
�5.9
5 - INTERCÂMBIO
Permite o acesso ao cadastro de fornecedores, de material
bibliográfico disponível para intercâmbio, e possibilita a emissão
de lista de duplicatas e de mala direta dos fornecedores.
6 - RELATÓRIOS
Proporciona a emissão de relatórios gerenciais e gerais de todos os
módulos que compõem o aplicativo.
5 IMPLANTAÇÃO DO ISA
Com a instalação do ISA na Seção de Aquisição, iniciou-se o processo de
treinamento e alimentação da base de dados.
Primeiro foi feito treinamento com os funcionários da Seção, os gerentes do
sistema, visando a alimentação das tabelas necessárias ao funcionamento do ISA.
O módulo “TABELAS”, no que concerne a fornecedores, órgãos (unidades
administrativas e de ensino), tipos de material, suportes físicos, países, moedas,
idiomas e periodicidades, foi alimentado a partir das informações disponíveis na
Seção de Aquisição.
Diante
da
necessidade
de
se
fazer
um
teste
piloto
no
módulo
“SUGESTÕES”, foram escolhidos três departamentos da UFES (Informática,
Filosofia e Ciências Fisiológicas) para participarem desta fase. O objetivo deste
teste foi avaliar o comportamento do módulo e verificar a receptividade dos
departamentos perante a implantação desta nova forma de fazer sugestões.
�5.9
Com o feedback positivo alcançado nesta etapa, foram feitos alguns ajustes
e, então, executada a distribuição definitiva do módulo “SUGESTÕES” a todos os
departamentos da UFES, visando a formação da base de sugestões, necessária à
execução do processo de compra de material bibliográfico.
Com o retorno dos disquetes contendo as sugestões dos departamentos,
foram executadas todas as etapas inerentes ao processo licitatório que, na época
(dezembro/95), continha, aproximadamente, 6.000 itens.
Concluído o processo de licitação e recebido o material bibliográfico
adquirido, procedeu-se ao seu tombamento, através do módulo “AQUISIÇÕES”
que, dentre outras funções, contempla o registro patrimonial do acervo.
A realização deste processo permite-nos afirmar que todos os módulos foram
testados e avaliados quanto ao seu desempenho, ficando constatada a integridade
dos dados armazenados em suas bases de dados, a interface amigável com o
usuário e a qualidade dos relatórios gerados.
O aplicativo ISA, efetivamente, suporta a diversidade de tarefas e a
quantidade de informações manuseadas num processo de seleção e aquisição de
material bibliográfico e tem respondido, satisfatoriamente, aos desafios que lhe
foram impostos.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência do SIB/UFES no desenvolvimento do aplicativo ISA consolidou
questões tais como:
�5.9
a) a interação bibliotecário/analista de sistemas é fundamental, tanto na
concepção quanto no desenvolvimento e na operacionalização de
qualquer sistema;
b) do analista de sistemas é, cada vez mais, exigido o entendimento na
área e, também, sua inserção no contexto do cliente;
c) do bibliotecário é exigida participação ativa no processo de
planejamento do aplicativo, visando o atendimento de suas
necessidades, a compreensão das
ferramentas utilizadas no
desenvolvimento do novo produto e o domínio do contexto no qual o
software é projetado.
Outros dois fatores foram decisivos e, em muito, contribuíram para
alcançarmos o atual estágio de satisfação com o ISA:
a) a formação multidisciplinar do analista de sistemas, que possui
graduação
em Biblioteconomia e pós-graduação em Análise de
Sistemas; e
b) sua vivência acumulada no SIB/UFES, pois, desde 1993, vem
acompanhando a operacionalização do Plano de Informatização, a
implantação da Rede Bibliodata e do SAB 2 e o gerenciamento e a
instalação da LAN (rede local) na Biblioteca Central.
A constituição de um “fórum de debates” no momento da concepção e da
operacionalização de projetos para a informatização de nossos serviços/produtos
tem se mostrado saudável e estimulante, pois os desafios impostos e a serem
transpostos têm se apresentado de forma mais amena e o envolvimento do grupo
permite a solução mais rápida dos problemas.
�5.9
ABSTRACT
This paper describes ISA (Management System for Selection and Acquisition of
Bibliographical Material) and reports on its implantation in the SIB/UFES (Integrated
Library System at the University of Espirito Santo).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
BECALLI, Angela M. et al. Informatização do Sistema Integrado de Bibliotecas
da Universidade Federal do Espírito Santo : relato de experiência. In: SEMINÁRIO SOBRE AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS E CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO, 5., 1994, São José dos Campos. Anais... São José dos Campos : UNIVAP, 1994. p.57-62.
2 CHINELATO FILHO, João. A arte de organizar para informatizar. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos, 1993.
3 CUNHA, Murilo B. da. As tecnologias de informação e a integração das bibliotecas brasileiras. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994, Campinas. Anais... Campinas : UNICAMP/Biblioteca Central, 1994. p.105-22.
4 GUIMARÃES, Rachel C. M. ISA : Sistema de Gerenciamento para Seleção e
Aquisição de Material Bibliográfico. Vitória, 1995. Monografia (Especialização em Análise de Sistemas) - Universidade Federal do Espírito Santo.
5 INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. Documentation:
format for bibliographic information interchange on magnetic tape : ISO 2709.
2.ed. [Genebra], 1981.
6 MARCONDES, Carlos H. et al. Situação brasileira dos formatos de intercâmbio bibliográfico e dos softwares de suporte. In: SEMINÁRIO NACIONAL
DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 7., Rio de Janeiro, 1991. Anais...
Rio de Janeiro : UFRJ/Sistema de Bibliotecas e Informação, 1992. p.241255.
7 RAMALHO, José A. O banco de dados certo para os seus dados. Informática Exame, São Paulo, v. 9, n. 98, maio 1994.
8 TRISKA, Ricardo. Processo de seleção : rumo à automação. Rio de Janeiro, 1993. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
�5.9
9 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Biblioteca Central. Plano
de Informatização do Sistema Integrado de Bibliotecas... [Vitória],
1992.
10 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Conselho Universitário.
Resolução n. 23/95, de 23 de outubro de 1995. Aprova o Regimento Interno da Biblioteca Central da UFES. [Vitória, 1995a].
11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Sistema [Integrado] de
Bibliotecas. Relatório de atividades 1995. Vitória, 1996.
12 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Uma nova Universidade :
1992/1995. Vitória, 1995b.
13 VINAGRE, Ronaldo de C. M. Catalogação cooperativa : uma proposta para
uma rede nacional. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 6., Belém, 1990. Anais... Belém : UFPA/Biblioteca Central,
1990. p. 253-259.
�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
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Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Seleção e aquisição: uma proposta de automação e a experiência do SIS/UFES.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Guimarães, Rachel Cristina Mello; Becalli, Ângela Maria; Carvalho, Isabel Cristina Louzada
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Apresenta o aplicativo ISA - Sistema de Gerenciamento para Seleção e Aquisição de Material Bibliográfico e relata sua implantação no SIB/UFES.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4786/SNBU1996_074.pdf
6b88304aac19cc6bb898da3664c25d7a
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Text
8.15
SERVIÇO DE REFERÊNCIA DA BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO CARLOS: IMPLANTAÇÃO DE BASES LOCAIS
*
Maria Angélica Dupas
**
Aparecida Cristina Abrahão Novaes Gomes
Deise Tallarico Pupo**
Maria Aparecida da Costa Pereira Akabassi**
RESUMO
Relato da experiência vivenciada pelo pessoal do Setor de Referência da Biblioteca
Comunitária da Universidade Federal de São Carlos, a partir da inauguração, e
norteado por objetivos de ampla e irrestrita acessibilidade à informação, voltado, não
apenas ao público universitário como também para a nova clientela de 1º e 2º graus.
Refletindo sobre os padrões de valor na pesquisa acadêmica versus pesquisa
científica, enfatiza o emprego das novas tecnologias e a utilização de fontes
alternativas de informação, visando responder perguntas emergenciais.
1 INTRODUÇÃO
Quando a Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCAR) começou seu atendimento ao público de 1º e 2º graus e à comunidade
em geral, naturalmente a primeira preocupação foi com a adequação do acervo às
perguntas ainda não feitas pelos usuários, pois tudo era novidade, inclusive para o
pessoal da Referência, acostumado a atender pesquisadores, docentes e alunos,
com perfil completamente definido e conhecido.
É interessante notar que, além desses novos usuários necessitarem de
informações menos complexas, a premência pelo urgente é muito maior do que
*
Supervisora da Seção de Apoio ao Usuário - Biblioteca Comunitária - Universidade Federal de São Carlos
�8.14
entre os pesquisadores universitários que realizam pesquisas em Ciência e
Tecnologia.
Em termos comparativos, a urgência é semelhante à dos balcões de
Tecnologia, onde o cliente necessita de conhecimento de ponta, e a informação tem
valor de mercado. Só que a urgência pelo material menos técnico do usuário de 1º
e 2º graus se justifica por outro valor: a necessidade de realizar a pesquisa escolar
como requisito para cumprir as exigências curriculares. O usuário da Biblioteca
Universitária, acostumado a persistir nas pesquisas, fazer buscas retrospectivas,
acompanhar pontualmente os avanços em sua área, tem um padrão de tempo
diferente dos usuários menos qualificados, mas não menos importantes.
As necessidades de informação imediata do usuário de nível básico são
abordadas por SILVA (1986), ao relatar que “o clima é do ‘vire-se quem puder’ e
como a biblioteca é um receptáculo que tudo aceita, então que ela se vire e/ou se
sacrifique no sentido de fornecer a informação certa, na hora certa, a um leitor com
uma orientação geralmente incerta e não muito certo sobre o que procura e o que
realmente quer”.
Nesta direção a Biblioteca Comunitária é uma proposta pioneira que reflete a
vocação da Universidade Federal de São Carlos pelos serviços de extensão.
Assim, a construção do novo prédio não representou apenas um arrojado projeto
arquitetônico, com um de seus níveis totalmente dedicado ao ensino fundamental,
mas também as implicações que essa abertura traria: por um lado, democratizando
seu espaço, acervo e serviços numa clara proposta de socialização do saber e, por
outro, exigindo uma nova postura dos profissionais da informação, indo ao encontro
**
Bibliotecárias de Referência da Biblioteca Comunitária - Universidade Federal de São Carlos
�8.14
da necessidade de sanar “a desigualdade brutal entre os acervos e serviços
bibliotecários nos três níveis de ensino”, como menciona SILVA (1994).
Vivemos a era da velocidade, da ação e da transmissão ultra-rápida das
informações e de documentos, seja via fax ou pela Internet.
As publicações
convencionais e as eletrônicas vêm crescendo em progressão geométrica, gerando
uma expectativa cada vez maio r pelo acesso à informação e recuperação dos
documentos.
CAMPELLO e ANDRADE (1988), em sua proposta de objetivos, conteúdo
programático e metodologia de ensino para o estudo de fontes de informação para
bibliotecas públicas e comunitárias, enfatizam a utilização mais consciente das
fontes alternativas, ressaltando-as como necessárias devido à “precariedade das
fontes de informações disponíveis para o usuário de Bibliotecas Públicas no Brasil”.
Devido à natureza técnico-científica do acervo bibliográfico, oriundo da
Biblioteca Universitária, com textos complexos e nem sempre adequados à nova
clientela, optou-se pelas fontes alternativas de informação, visando responder às
questões de forma clara, rápida e objetiva e, ao mesmo tempo, preenchendo as
lacunas de informação atualmente existentes nos dicionários e enciclopédias.
�8.14
O Serviço de Referência, avaliando periodicamente as deficiências do acervo
é o real representante dos interesses dessa nova clientela junto ao Serviço de
Seleção e Aquisição, objetivando desenvolver uma coleção mais adequada.
A Biblioteca Comunitária, apesar de sua vocação abrangente e democrática,
não tem por objetivo abarcar as funções de Biblioteca Pública ou de Biblioteca
Escolar, mas sim
de favorecer a comunidade externa, oferecendo um amplo
espaço físico, disponibilizando a maior parte do seu acervo bibliográfico para
empréstimo, livre acesso à consulta e à tecnologia, ficando aberta para qualquer
categoria de usuário.
A tabela abaixo demonstra o afluxo de usuários cadastrados de 18.08.95 a
25.06.96 e a receptividade do novo público.
CATEGORIA
Alunos de
Graduação
Alunos de
Pós-Graduação
Docentes
Iniciação Científica
da UFSCAR
Servidores TécnicoAdministrativos da UFSCAR
Aluno externo de Ensino de 1º
e 2º Graus
Alunos de Ensino Superior
Externo
Docentes Externos
Cidadãos Comuns
TOTAL
QUANTIDADE
PORCENTAGEM
%
4030 58%
940 13,52%
365
5,25%
234
3,41%
205
486
2,95%
6,99%
250
3,59%
83
1,19%
355
5,10%
6 948 100%
�8.14
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM USO DE NOVAS TECNOLOGIAS
“Os sistemas de recuperação de informação podem ser definidos como um
conjunto de operações consecutivas executadas para localizar, dentro da totalidade
de informações disponíveis, aquelas realmente relevantes. Para isso, executam as
funções de seleção, análise, indexação e busca das informações” (CESARINO,
1985).
As principais bases locais da Biblioteca Comunitária, utilizando o software
Microisis, são: Base BIBLIO, que retrata o acervo de livros, Base CATAL, que
representa a coleção de periódicos, Base PRODUF, da produção intelectual da
Universidade e Base COLESP, que arrola o acervo das coleções especiais, entre
elas a do Prof. Florestan Fernandes, recentemente adquirida pela UFSCAR.
O investimento em novas tecnologias da informação determinou o sucesso
das bases de dados, tanto on-line como em CD-ROM, decretando a obsolescência e
o abandono dos catálogos manuais.
Tanto os pesquisadores em Ciência e
Tecnologia como os novos usuários da comunidade vêm sendo atendidos em suas
necessidades de informação, utilizando, até o momento, as seguintes bases de
dados em CD-ROM:
�8.14
QUADRO 1 - BASES DE DADOS EM CD-ROM
ÁREA
REDE ANTARES/
MULTIMÍDIA
AGRIS
Agricultura
Compton’s Interative Encyclopedia
ANALYTICAL
ABSTRACTS
Química analítica
Cia World-Tour
BIOTECHNOLOGY
ABSTRACTS
Biotecnologia, bioquímica e
microbiologia
Turma da Cozinha (A)
ERIC
Educação
Passeio no zoológico/Orquídeas brasileiras
INSPEC
Computação, física, engenharia
elétrica, informação, informática
Jorge Amado: vida e obra
LILACS
Literatura Latinoamericana e do
Caribe em Ciências da Saúde
Jazz: a multimedia history
MEDLINE
Medicina, ciências da saúde
World Atlas: the world at your fingertips
METADEX
Metais, polímeros e cerâmicas
Aurélio: dicionário eletrônico
OSH-ROM
Saúde e segurança do trabalho
Time table of history: business, politcs & media
PSYCLIT
Psicologia
Desert storm: the war in the persian gulf
RAPRA
Polímeros, pla’sticos, borracha
SOCIOFILE
Ciências Sociais
Great cities of the word, v.1: interoptica’s
multimedia travel guide
Dr. Shueler’s: home medical advisor
BOOK’S IN PRINT
Informações gerais sobre livros,
preço, ISBN, endereços
Animal: a true multimedia experience (The)
CNN
Catálogo Coletivo de
Publicações Periódicas
Pimpo na fazenda: data Book para toda a
família
DICTIONARY OF
NATURAL PRODUCTS
Dicionário de produtos naturais química orgânica
Ortografando
ULRICH’S
Informações sobre periódicos,
preço, ISSN, endereço
Almanaque Abril
UNIBIBLI
Coleções das Três
Universidades Paulistas: USP,
UNESP, UNICAMP
Revista Neo
DATOS
SIGNIFICATIVOS
SOBRE EDUCACION
INDEX
TRANSLATIONUM
Dados sobre educação,
compilados pela UNESCO
Ciência Hoje
Referências bibliográficas de
mais de 600 000 obras
traduzidas UNESCO
Ciência Hoje Especial
Bases de dados sobre AIDS,
documentos e publicações da
UNESCO, ensino superior
Ciência Hoje Hipertexto
UNESCO
DATABASES
�8.14
3 UTILIZANDO O MICROISIS PARA RESPONDER QUESTÕES RÁPIDAS
Neste primeiro ano de vida, a Biblioteca Comunitária foi acumulando
experiência no contato com seu novo público e o resultado tem sido um número
crescente de informações referenciais, que acabam justificando a utilização de um
banco de dados para gerenciar, agilizar, combinar e recuperar os dados tão
ansiosamente procurados e aguardados. A proposta da nova base - PRÁ-JÁ - é de
manter os mesmos campos das bases BIBLIO, CATAL, PRODUF e COLESP,
garantindo completa compatibilidade e integração futura na rede, respeitando-se as
seguintes particularidades:
a) a indexação, mesmo utilizando termos livres, ganha importância primordial,
pois a recuperação pelo título do trabalho nem sempre retrata a realidade
do assunto, como nos trabalhos científicos;
b) o campo do título é utilizado para o material técnico e ignorado para o
material publicado em revistas gerais;
c) a base é permanentemente renovável, sendo que a avaliação da
pertinência dos registros deve ser realizada periodicamente, em função da
demanda;
d) a base servirá para subsidiar futuras implementações, como o Projeto do
Banco de Imagem e Texto.
LANCASTER (1995), citando WEIBEL e FENLY, lembra que é mais
importante que as abordagens automatizadas da catalogação sejam
“inteligentemente implantadas” do que apenas “inteligentes”.
�8.14
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A grande simbiose na Biblioteca Comunitária consiste em utilizar uma infraestrutura já existente em equipamentos, software, pessoal qualificado, espaço físico,
em benefício do cidadão menos privilegiado. Além disso, deve prover acesso à
informação e ampliar os serviços de extensão, procurando reverter os benefícios
para a comunidade universitária no que se refere a proporcionar maiores
oportunidades de atividades culturais e de lazer.
Para que o “uso inadequado dos produtos/serviços da Biblioteca não
repercuta de um modo muito acentuado no serviço de referência”, AKABASSI
(1992) enfatiza a necessidade de, posteriormente à implantação e avaliação da
nova Base, priorizar o planejamento de um programa de educação de usuários na
Biblioteca Comunitária.
Reportanto-nos a WEIL (1993), sobre o profissional do Terceiro Milênio e
uma nova consciência que nos orienta sobre “o papel educacional da informação, a
adesão a uma nova ética e o conhecimento aprofundado do processo de
desenvolvimento de uma nova consciência holística”, considera-se que a Biblioteca
Comunitária tem conseguido atingir seu objetivo de “garantir a acessibilidade e o
uso da informação em todos os níveis e para todos os fins.” (MORAES et al, 1994).
�8.14
ABSTRACT
This paper reports the experiences of the Reference Section of the Federal
University of São Carlos (UFSCar) Community Library, starting from its inauguration,
with the aim of providing full, unrestricted access to information, not only for
university users but also for primary and secondary school students. It considers the
relative value of academic versus scientific research, and emphasises the use of
new technology and alternative sources of information in order to answer urgent
questions.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 AKABASSI, M. A. C. P. Avaliação do programa de educação de usuários
na Universidade Federal do Espírito Santo. Campinas : PUCCAMP,
1992. 100 p. Dissertação (Mestrado)-PUCCAMP
2 CAMPELLO, B. S., ANDRADE, M. E. A. Fontes de informação para
bibliotecas públicas e comunitárias brasileiras : proposta para seu
estudo nos cursos de biblioteconomia. R. Esc. Bibliotecon. UFMG,
Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 173-185, set. 1988.
3 CESARINO, M. A. N. Sistemas de recuperação da informação. R. Esc.
Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 14, n. 2, p. 157-168, set. 1985.
4 LANCASTER, F. W. Ameaça ou oportunidade? O futuro dos serviços de
Biblioteca à luz das inovações tecnológicas. Tradução por G. A. Borém.
R. Esc. Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 23, n. 1, p. 7-17, jan./jun.
1994.
5 MORAES, L. S. et al. Projeto para implantação da Biblioteca
Comunitária da Universidade Federal de São Carlos. São Carlos :
UFSCAR, 1994. 34 p.
Datilografado.
6 SILVA, E. T. Ações integradas da universidade e ensino de 1º e 2º grau. In:
SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8., 1994,
Campinas. Anais... Campinas : Unicamp, 1994. 361 p. p. 39-40.
�8.14
7 SILVA, E. T. Leitura na escola e na Biblioteca. 2. ed. Campinas : Papirus,
1986.
8 WEIL, P. O profissional da informação na empresa do terceiro milênio. R.
Esc. Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 22, n. 4, p. 112-113, jan./jun.
1993.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Serviço de referência da Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos: implantação de bases locais.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Dupas, Maria Angélica; Gomes, Aparecida Cristina Abrahão Novaes; Pupo, Deise Tallarico; Akabassi, Maria Aparecida da Costa Pereira
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Relato da experiência vivenciada pelo pessoal do Setor de Referência da Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos, a partir da inauguração, e norteado por objetivos de ampla e irrestrita acessibilidade à informação, voltado, não apenas ao público universitário como também para a nova clientela de 1o e 2o graus. Refletindo sobre os padrões de valor na pesquisa acadêmica versus pesquisa científica, enfatiza o emprego das novas tecnologias e a utilização de fontes alternativas de informação, visando responder perguntas emergenciais.
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A language of the resource
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1c06177bbc39884b67c9532ee654a142
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OBSERVAÇÃO:
A Biblioteca da Escola de Ciência da Informação da UFMG efetuou
modificações, no formato original da publicação do IX Seminário Nacional de
Bibliotecas Universitárias que encontra-se disponível em disquete para eventuais
consultas e impressões.
A biblioteca inseriu uma paginação, distribuída em 7 volumes encadernados,
visando o acesso mais rápido às informações contidas neste seminário.
A LISTA DE SIGLAS, encontra-se no VOLUME 1. O ÍNDICE DE AUTOR E DE
ASSUNTO, encontram-se no VOLUME 7.
SUMARIO
VOLUME 1
I
TRABALHOS OFICIAIS APRESENTADOS NAS SESSÕES PLENÁRIAS
1
POLÍTICAS DE SERVIÇOS E NOVAS TECNOLOGIAS
1.1
Evolução do uso da tecnologia de CD-ROM nas bibliotecas das
Instituições de ensino superior brasileiras, Dolores Rodrigues Perez ;
27
Mariza Russo
1.2
Novas tecnologias e políticas de serviços em bibliotecas universitárias,
49
Rejane Raffo Klaes
1-3
Politica de serviços e novas tecnologias: perspectivas do Centrode
57
Informações Nucleares (CIN) da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN), Gilda Gama Queiroz ; Luiz Fernando Passos de Macedo
2
A QUESTÃO DO FINANCIAMENTO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
2.1
Políticas de financiamento em bibliotecas de Instituições de Ensino
64
Superior, Lena Vânia Ribeiro Pinheiro; Maria de Fátima Pereira Raposo
2.2
Redes Cooperativas no Brasil o futuro da rede BIBLIODATA, Moacyr
Antonio Fioravante
83
�2.3
Enfrentando "a estrada do futuro": bibliotecas, cooperação e a era da
95
informação, Mark Grover
3
A BIBLIOTECA E A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
3.1
A biblioteca e a autonomia universitária: aspectos administrativos e
financeiros, Leila Mercadante
116
�VOLUME 2
4
A BIBLIOTECA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO ACADÊMICO
4.1
O Prossiga na Internet: informação e comunicação para pesquisa,
121
Yone Sepúlveda Chastinet
4.2
A modernização da biblioteca universitária para a sua interação
127
adequada à universidade na "era da informação",
Rosaly Favero Krzyzanowski
4.3
A biblioteca universitária e o contexto acadêmico,
Kira Tarapanoff; Rejane Raffo Klaes; Patricia Marie Jeanne J. Cormier
137
4.4
Linhas e tendências metodológicas nas dissertações do mestrado em
174
Ciência da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência
e Tecnologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972-1995),
Leilah Santiago Bufrem
II
TRABALHOS APRESENTADOS NAS SESSÕES TÉCNICAS
5
POLÍTICAS DE SERVIÇOS E NOVAS TECNOLOGIAS
5.1
Acessar ou possuir, eis a questão..., Patrícia Zeni Marchiori
200
5.2
Políticas para preservação de acervos de bibliotecas: seleção de itens e
métodos, Marta S. R. do Vai; Sandra B. Lane
212
5.3
Labirintos do passado: algumas reflexões sobre os acervos de livros
218
raros das instituições brasileiras de ensino superior,
Geraldo Moreira Prado; José Tavares da Silva Filho
5.4
Construção de um banco de imagens na área da saúde: algumas
226
reflexões, Osvaidélia Santos Pernambuco; Fernando Marmolejo Roldan
5.5
Roubo, depredação de materiais e campanhas educativas em
bibliotecas: proposta de um modelo de avaliação, Oswaido Francisco de
Almeida Júnior
234
�VOLUME 3
5.6
A multa financeira nas bibliotecas universitárias: sua contribuição ao
244
desvio educacional e à injustiça social, Francisco das Chagas de Souza
5.7
Compra de material bibliográfico: seleção otimizada,
250
Nei Yoshihiro Soma; Marilda Leite Quinsan; FIávio Yoshihiko Sugimura
5.8
Parâmetros para distribuição de recursos financeiros gerenciados pelo
259
Sistema de Bibliotecas Universitárias - SBU na compra de periódicos,
June Magda Rosa Scharnberg; Ana Maria Mattos Gaivão; Catarina Groposo
Pavão; Maria Cristina Bürger
5.9
Seleção e aquisição: uma proposta de automação e a experiência do
265
SIB/UFES, Rachel Cristina Mello Guimarães; Ângela Maria Becalli;
Isabel Cristina Louzada Carvalho
5.10
Automação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de
276
Uberlândia: um estudo de caso, Maria Bernadete Martins Alves; Elaine Maria
Pereira Pringolato; Carlos Eduardo Lopes Cabral
5.11
Conversão retrospectiva no Sistema de Bibliotecas da UNICAMP:
281
integração de registros MARC a catálogo on-line, Mariângela Pisoni Zanaga
5.12
Bases de dados: a metáfora da memória científica, Luiz Fernando Sayão
5.13 Sistema de documentação audio-visual do CEDOC do Núcleo
287
294
de Rádio e Televisão Universitária, Carlos Eduardo Pimentel
5.14 Proposta de um sistema de ajuda para acesso otimizado às bases de
299
dados do Consórcio ISTEC, Anamelea de C. P. Luiz dos Santos; Cláudio
Magalhães Teixeira; Heloísa R. de Próspero; lone Caldas Couto; Marcelo
Marim Richard Duarte Ribeiro; Rosamelia Parizotto; Sandra Maria Simioni;
Vivian Heemann; Walter de Abreu Cybis
5.15
Metodologia de coleta de documentos para a produção de
315
bases de dadosbibliográficos, Maria B. Monte Alto Lambert; Selma Chi Barreiro
5.16
A visão dos usuários sobre os produtos e serviços ofertados pelo
Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes da
Universidade Federal do Ceará, Diana Maria Cirino Bessa; Edna Gomes
Pinheiro
322
�5.17
Pesquisa tecnológica universitária e canais de informação:
Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de
Uberlândia (DEENE/UFO): estudo de caso, Angela Maria Silva
334
5.18
Da necessidade de um índice latino-americano de citação científica na
área de odontologia, Tereza da Silva Freitas Oliveira; Maria Apparecida de
Carvalho; Helena Sumika Sanomiya Otsuki; Isabel Pereira de Matos; Izamar
Silva Freitas; Cláudio Hideo Matsumot
344
Análise comparativa de revistas da área de comunicação social: um
357
5.19
relato,llce Gonçalves Milet Cavalcanti; Vera Labatut Pinto Ribeiro Afonso
da
�VOLUME 4
5.20
Concepção ergonômica de páginas Web, Edison Melo; Solange T. Sari;
371
Walter de Abreu Cybis; Anamelea de C. P. Luiz dos Santos; Heloísa R. de
Próspero; Márcio Matias; Mário César Silveira; Vivian Heemann
5.21
As bibliotecas universitárias e seus paradigmas: a missão, o ensino, a
394
pesquisa, os custos, o pessoal, Vivian Heemann; Marilia Damiani Costa;
Márcio Matias
5.22
A estruturação da rede brasileira de informação em energia,
403
Luiz Fernando Sayão; Selma Chi Barreiro
5.23
A Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco e os
410
desafios das tecnologias emergentes de informação, Nanei de Oliveira
Toledo; Conceição Lopes; Auta Rojas Barreto
5.24
O ISTEC e a Internet acelerando a cooperação na Ibero-América, Maria
420
Isabel Santoro; Harry Llull
5.25
Qualidade no serviço de referência e informação (SR&I), Eliane Falcão
430
Tuler Xavier; Regina Célia Baptista Beiluzzo
6
A BIBLIOTECA E A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
6.1
Indicadores de avaliação para coleções de periódicos das
443
bibliotecas universitárias brasileiras: reflexões sobre o estudo
das revistas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH
- UNICAMP, Maria Alice Rebello Nascimento
6.2
Avaliação de coleção de periódicos adquiridos por compra do serviço
460
de biblioteca e documentação do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo: estudo preliminar, Érica Beatriz P. M. de
Oliveira; Rosa Tereza Tierno Plaza
6.3
Análise da demanda, uso e avaliação dos serviços ofertados pelo
Subsistema de Bibliotecas de Ciência e Tecnologia da Universidade
Federal do Ceará, Edna Gomes Pinheiro; Maria Helena S. Leão Macieira;
Virgínia Bentes Pinto
470
�6.4
Estudos em gerenciamento de acervos da USP: critérios de avaliação
de títulos de periódicos, Diva C. Andrade, Érica Beatriz P. M. Oliveira;
Lúcia M. S. V. C. Ramos; Maria Tereza M. Santos; Rosana Taruhn;
Sônia G. G. Eleutério: Suely C. Prati; Valéria S. G. Martins
483
6.5
Planejamento estratégico para bibliotecas: a experiência da
490
UniversidadeFederal do Ceará, Fernando Pires; Maria Helena S. Leão
Macieira; Norma Helena P. de Almeida
�VOLUME 5
6.6
Gestões para a modernização do Sistema Integrado de Bibliotecas da
502
Universidade de São Paulo: incremento da automação através de
projetos em desenvolvimento, Rosaly Favero Krzyzanowski; Inês
Maria de Morais Imperatriz; Márcia Rosseto
6.7
Bibliotecas universitárias: e agora?, Rejane Raffo Klaes; Eloisa Futuro
517
Pfitscher
6.8
O PADCT e as bibliotecas universitárias: o caso da biblioteca
526
comunitária da Universidade Federal de São Carlos, Lourdes de S. Moraes
6.9
Gerência da qualidade na biblioteca universitária, Lidia Eugenia
538
Cavalcante: Virgínia Bentes Pinto
6.10
Qualidade & unidade de informação: referenciais para ambientes
554
universitários, Célia Regina Simonetti Barbalho
6.11
Capacitação de equipes bibliotecárias no Sistema Integrado de
557
Bibliotecas da Universidade de São Paulo em face às novas dinâmicas
de gestão da qualidade, Regina Célia Baptista Beiluzzo; Telma de
Carvalho; Adriana Cybele Ferrari; Maria de Fátima Alves de Souza;
Raimunda Miguelina Alves Flexa
6.12
Implementação da gestão de recursos humanos no Sistema Integrado
de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP): programa de
remodelação em desenvolvimento, Joel Souza Dutra; Inès Maria de
Morais Imperatriz; Rosaly Favero Krzyzanowski
568
6.13
Recursos humanos em bibliotecas universitárias: modelo aplicado á
580
distribuição de pessoal, por níveis funcionais, no Sistema Integrado de
Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP), Marina dos
Santos
Almeida; Rosa Tereza Tierno Plaza; Rosaly Favero Krzyzanowski
6.14
Administrando a (des)motivação nas bibliotecas universitárias, Dario
Crispim de Assis; Gláucia Maria Saia Cristianini
601
6.15
Avaliação de desempenho: uma experiência do Sistema de Bibliotecas
608
da Universidade Federal de Goiás (UFG), Claudia Oliveira de Moura
Bueno; Martha Izabel Souza Duarte Rezende; Sandra Moreira dos Santos
6.16
Evolução histórica da biblioteca universitária da Universidade do
Estado de Santa Catarina - UDESC 1984 a 1994, Elisa C. D. Corrêa
626
�VOLUME 6
7
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO
ACADÊMICO
7.1
A biblioteca e sua relação com o contexto acadêmico, Maria
636
José Gomes Monteiro Vianna; Maria de Lourdes Mussi Paulo; Valéria
Marques de Queiroz; Vanda Pires Rohem
7.2
Coleta, organização e divulgação da produção intelectual gerada na
643
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Janise Silva Borges da Costa
7.3
Caracterização do comportamento e atitudes de leitura dos alunos do
652
Curso de Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina, Ana
Esmeralda Carelli; Maria Aparecida E. Madureira; Vilma A. Gimenes da
Cruz
7.4
Produção de indices de assunto referentes a teses e dissertações
aprovadas em Instituições de Ensino Superior no Brasil (Projeto
TESINDEX/CAPES), Ulf G. Baranow
663
7.5
Necessidades informacionais de uma comunidade empresarial: espaço
para atuação da biblioteca universitária, Nelcy Teresinha da Rosa
Kegler
676
7.6
A biblioteca universitária enquanto espaço de múltipla comunicação,
Francisco das Chagas de Souza
702
III
TRABALHOS APRESENTADOS SOB FORMA DE POSTERS
8
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
8.1
Mobilização para uma política de conservação e manutenção
710
de acervos contra o agente biológico humano, Justino Alves Lima
8.2
Qualidade na segurança do acervo na Biblioteca de Ciência e
Tecnologia da Universidade Federal do Paraná: estudo de caso,
Angela Pereira de Faria Mengatto; Eliane Maria Stroparo; Eutália
Cristina do Nascimento Moreto; Luzia Glinski; Silvia Dambroski Marcon;
Tania de Sarros Baggio
720
�8.3
Administração do Setor Braille da Biblioteca Central em bibliotecas
727
universitárias: relato de uma experiência, Marília Mesquita Guedes
Pereira; Paulo da Silva Chagas
8.4
Automação do Sistema de Bibliotecas da UFCe, Ana Lúcia Martins;
736
Francisco Jonatan Soares
8.5
Levantamentos bibliográficos em CD-ROM nas bases de dados
748
UNIBIBLI e ERIC no período de janeíro/95 a dezembro/95: o caso da
Biblioteca da Faculdade de Educação da UNICAMP, Gildenir Carolino
Santos; Célia Maria Ribeiro; Rosemary Passos
8.6
Base DEMIQ - controle automatizado da demanda de material
759
bibliográfico, Valéria de Assumpção Pereira da Silva; Marilda Corrêa Leite
dos Santos; Valéria Aparecida Moreira Novelli; Dirce Gonçalves; Priscila
Carreira Bittencourt Vicentini; Josiberti FIávio A. Monteiro da Silva
8.7
Base de dados para indexação de slides com a utilização do Microlsis,
Marlene Gonçalves Curty; Rosely Suguino
765
�VOLUME 7
8.8
Implantação de uma base de dados em Microlsis para controle de
772
aquisição: relato de experiência, Cristina Dal Lín; Leila Maria Bento
8.9
Estatísticas em bibliotecas universitárias, Janeti Bombini de Moura;
781
Telma Vitols Ciarcia
8.10
Desempenho dos usuários internos da Divisão de Serviços aos
788
Usuários da Biblioteca Central da UFPB: diagnóstico para
aplicação de técnicas de marketing, Bernardina Maria J. Freire; Emeide
Nobrega Duarte; Norma Maria Fernandes Nogueira; Robéria César Souto Maior
8.11
Estudo de usuários: sob o prisma do comportamento, Ana Maria C.
Ponce; Rosanara Urbaneto Feres
801
8.12
Contribuição para a referenciação de trabalhos disponíveis na Internet
José Antonio Rodrigues Viana
813
8.13
A biblioteca universitária e o sistema educacional, Carlos Eduardo
Pimentel
818
8.14
O centro referencial da Universidade Federal do Rio de Janeiro:
perspectivas para o futuro, Maria Luiza Andrade Di Giorgi; Mariza Russo
823
8.15
Serviço de referência da Biblioteca Comunitária da Universidade
Federal de São Carios: implantação de bases locais, Maria Angélica
Dupas; Aparecida Cristina Abrahão Novaes Gomes; Deise Tallarico Pupo;
Maria Aparecida da Costa Pereira Akabassi
830
8.16
A busca pela padronização: procedimentos para coleta de dados
836
quantitativos, Sueli de Fátima Faria
8.17
O perfil profissional do auxiliar de biblioteca do Sistema de Bibliotecas
842
da Universidade Federal do Paraná, Leociléa Aparecida Vieira;
Elayne Margareth Schiõgel
8.18
Uma proposta para a avaliação de desempenho na Universidade
856
Federal do Paraná, Liana dos Anjos; Samira Elias Simões; Vera Regina Guncho
8.19
Política editorial na Pontifícia Universidade Católica de Campinas: uma
proposta, Maria Cristina Matoso; Marili Nogueira Loureiro
872
�8.20
Biblioteca acadêmica - uma visão sistêmica de ação cultural:
884
o caso da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Conçeição
Lopes; Nanei Oliveira Toledo; Betania Ferreira
8.21
Universidade, biblioteca e ação cultural. Márcio de Assumpção Pereira da
890
Silva; Lígia Maria Silva e Souza
8.22
Comunicação visual, políticas de comunicação e marketing para
bibliotecas universitárias: uma proposta para a Universidade
Federal de Uberlândia, Leopoldo Nogueira e Silva
ÍNDICE DE AUTOR
ÍNDICE DE ASSUNTO
895
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Sumário
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Sumário
Language
A language of the resource
pt
-
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3d3a85f264157e07cd274d966600412a
PDF Text
Text
8.18
UMA PROPOSTA PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ
Liane dos Anjos*
Samira Elias Simões*
Vera Regina Guncho*
RESUMO
Avaliação de desempenho é um processo gerencial que permite acompanhar o desenvolvimento integral dos Recursos Humanos na organização. A Universidade Federal do Paraná, tendo como referência o Plano Institucional de Gestão 1994/98, no
seu Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos, visa a educação permanente de seus servidores e propõe que a discussão da avaliação envolva toda a
comunidade universitária. Os subsídios colhidos nos Grandes Seminários resultaram na elaboração do instrumento de coleta de dados (formulários) a ser utilizado. O
processo a ser iniciado com o planejamento da unidade compreenderá três fases:
auto-avaliação, avaliação individual (chefia imediata) e avaliação grupal, e será implantado em caráter experimental, através de grupos-pilotos, buscando aperfeiçoar
a metodologia de avaliação de desempenho do servidor e organizar, em cada unidade, um grupo de trabalho responsável pelo desenvolvimento de Recursos Humanos.
1 INTRODUÇÃO
As organizações sociais que buscam a qualidade em seus serviços precisam
acompanhar o desenvolvimento dos mesmos.
A adoção de um sistema de avaliação de desempenho eficiente possibilita
colher informações para a tomada de decisões gerenciais. Para CHIAVENATO
(1992), a avaliação de desempenho é uma responsabilidade gerencial constante,
contínua e abrangente, que deve acompanhar todos os passos da equipe e de cada
pessoa que a integra.
*
Bibliotecárias do Sistema de Bibliotecas da UFPR.
�8.18
A avaliação de desempenho visa acompanhar o trabalho e os objetivos propostos aos indivíduos e dar feed-back a essas pessoas com vistas a torná-las motivadas e produtivas (PONTES, 1991). Assim, a avaliação não é um fim em si mesmo, mas um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar o desempenho
dos recursos humanos da organização (CHIAVENATO, 1994).
A avaliação de desempenho é utilizada nas organizações como meio de socialização de seus membros, envolvendo atuação conjunta, participação, criatividade de ação, sendo freqüentemente empregada para:
a) adequar o indivíduo ao cargo;
b) fornecer treinamento;
c) permitir promoções;
d) proporcionar incentivo salarial ao bom desempenho;
e) melhorar as relações humanas entre superiores e subordinados;
f) incentivar o auto-aperfeiçoamento do empregado;
g) fornecer informações básicas para pesquisa de recursos humanos;
h) estimar o potencial de desenvolvimento dos empregados;
i) estimular a produtividade;
j) oportunizar o conhecimento dos padrões de desempenho das organizações;
k) retroagir (feedback) informações ao próprio indivíduo avaliado;
l) decidir sobre transferências, dispensas, etc.
2 HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA UNIVERSIDADE
�8.18
FEDERAL DO PARANÁ
A Universidade Federal do Paraná (UFPR), instituição pública de ensino superior, comprometida com o ensino, a pesquisa e a extensão, tem como objetivo
norteador maior de sua política de Recursos Humanos promover a educação permanente. Considera a avaliação de seus 2.928 servidores técnico-administrativos
como um fator de crescimento e valorização.
Nos termos do Decreto n° 94.664, de 23 de julho de 1987, complementado
pela Portaria n° 475, de 27 de agosto de 1987, do MEC, a avaliação de desempenho do pessoal técnico-administrativo nas Instituições Federais de Ensino é atribuição do órgão de Recursos Humanos e tem como objetivo exclusivo a progressão
funcional de um para outro nível dentro da mesma classe.
Na UFPR, a Comissão Permanente do Pessoal Técnico-Administrativo
(CPPTA) assumiu a primeira avaliação em face da inexistência de um órgão de Recursos Humanos na Instituição.
Com a criação da Pró-Reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis
(PRHAE), em 1990, atribuiu-se à mesma a coordenação, implantação, execução,
acompanhamento e aperfeiçoamento do processo de avaliação de desempenho.
O primeiro instrumento de Avaliação de Desempenho foi utilizado de 1º de
abril de 1991 a 31 de março de 1993, e com esta experiência detectou-se:
a) quanto ao seu propósito: o sistema era entendido como estritamente vinculado ao processo de promoções da Instituição, não estando prevista nenhuma ação no que se refere a desempenhos fracos e a insatisfação em
relação as tarefas realizadas;
�8.18
b) quanto à validade da avaliação como instrumento de medida: o sistema permitia a interferência de sentimentos pessoais e subjetividade na avaliação, não estando claros seus parâmetros (desempenho ou capacidade) sobre o que a Instituição esperava de seus funcionários, e o avaliador
ficava com toda a responsabilidade da avaliação e o que isto acarretava.
Os resultados, portanto, não correspondiam a realidade;
c) quanto aos procedimentos: o processo de avaliação não era contínuo,
havendo ausência de diálogo entre avaliador e avaliado e falta de entendimento dos conceitos e procedimentos adotados.
Por determinação do Magnífico Reitor da UFPR, Prof. José Henrique de Faria, a Unidade de Avaliação e Desenvolvimento (UAD) da Coordenação de Recursos
Humanos da PRHAE propôs que a discussão da avaliação de desempenho envolvesse toda a comunidade universitária, em reuniões denominadas Grandes Seminários.
Foram colhidos subsídios nas Universidades Federais de Uberlândia e de
Goiás e nos Grandes Seminários com resultados significativos, visto terem 25% dos
servidores técnico-administrativos, gerentes participado ativamente dos mesmos.
Os resultados qualitativos foram surpreendentes, com todas as contribuições devidamente registradas e processadas. Dando continuidade ao processo, iniciou-se a
fase de elaboração dos formulários (instrumentos) de avaliação de desempenho,
baseados no que foi definido e consolidado nos Grandes Seminários. A avaliação
de desempenho passa a ser vista como um processo eminentemente pedagógico,
voltado para o desenvolvimento, aperfeiçoamento, capacitação e competência do
�8.18
servidor técnico-administrativo da UFPR e, conseqüentemente, da Instituição como
um todo.
Participaram desta fase o Grupo Gestor (servidores representando os vários
setores da Universidade) e a equipe da UAD da PRHAE, estudando, discutindo, refletindo e elaborando consensualmente os formulários de uma nova avaliação de
desempenho.
3 PROPOSTA DE UMA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
3.1 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO
3.1.1 Objetivos Gerais:
- possibilitar ao servidor a reformulação da sua prática, visando seu aperfeiçoamento e desenvolvimento;
- propiciar a melhoria dos recursos humanos e dos serviços que a UFPR
presta à comunidade e, como conseqüência, o desenvolvimento da própria
Instituição.
�8.18
3.1.2 Objetivos Específicos:
- favorecer o trabalho em equipe e a interação de seus componentes;
- fornecer informações necessárias que permitam o planejamento integrado, visando ao desenvolvimento pessoal e institucional;
- melhorar a qualidade do trabalho através
da
criação de condições
mínimas;
- identificar situações-problemas nas condições de trabalho e propor de imediato sua correção;
- subsidiar o plano de capacitação e saúde ocupacional.
3.2 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO AVALIAÇÃO
a) Processo por objetivos e metas:
As diversas Unidades da UFPR deverão definir seus objetivos e metas
tendo por referência o Plano Institucional de Gestão 94/98 (UFPR, 1994).
b) Processo contínuo, sistemático:
Visa a identificação das dificuldades e dos avanços conseguidos e sugere
que as avaliações ocorram a cada 06 (seis) meses.
c) Processo contínuo de aperfeiçoamento:
A proposta não é a de uma avaliação fechada, mas sim, entende a avaliação como Processo e, como tal, submetido constantemente a críticas que
possibilitem discussão permanente das questões da UFPR.
d) Acompanhamento do processo:
�8.18
Visa evidenciar as ações e o desempenho do servidor e do grupo natural de
trabalho que propiciará a correção imediata que se fizer necessária.
e) Processo participativo e descentralizado:
A avaliação de desempenho irá ocorrer no grupo avaliativo, o qual será
composto pelos servidores que desenvolvem atividades afins e suas chefias. O processo avaliativo deverá ter como referência os objetivos e metas
da Unidade.
4 PROCESSO DE AVALIAÇÃO
a) Planejamento da unidade:
instrumento sobre o qual a avaliação será processada (Anexo 1).
b) Auto-Avaliação:
o servidor irá proceder sua auto-avaliação mediante reflexão acerca de
seu desempenho, e sobre as dificuldades que interferiram no seu fazer
(Anexo 2).
c) Avaliação Individual:
o avaliador (chefia imediata) procederá a avaliação do servidor sob sua
responsabilidade, buscando identificar sua competência e/ou necessidade
de treinamento. Fará parte da avaliação individual uma entrevista da chefia
com o servidor, que juntos discutirão tanto a auto-avaliação quanto a avaliação individual (Anexo 3).
d) Avaliação Grupal:
O grupo avaliativo, composto pela chefia imediata, os servidores da uni-
�8.18
dade e a subcomissão, se reunirá em data pré-fixada, para a reflexão das
auto-avaliações, avaliações individuais, bem como do processo grupal:
como o grupo trabalhou, quais as dificuldades por que passou, quais
os objetivos e metas alcançadas e não alcançadas, os empecilhos que
inteferiram no processo e a reformulação necessária para o próximo período avaliativo (Anexo 4 e 5).
4.1 PARTICIPANTES DO PROCESSO
Será participante do processo de avaliação de desempenho todo o servidor
em cargo e função técnico-administrativa.
4.2 PERIODICIDADE
A avaliação ocorrerá a cada 06 (seis meses), estando a proposta baseada no
pressuposto do desenvolvimento da competência do servidor. Após 02 (dois) anos
do processo implantado, a PRHAE analisará os dados obtidos e definirá se a progressão funcional continuará ou não sendo concedida automaticamente.
�8.18
4.3 AVALIADORES
A avaliação será feita pelo próprio servidor, pela chefia imediata e pelo grupo
natural de trabalho. O Grupo Avaliativo deverá ter no máximo 20 (vinte) pessoas e
a chefia imediata fará parte do grupo. Quando a Unidade for composta por um grupo
maior, serão constituídos tantos grupos quantos forem necessários e a chefia deverá participar de todos.
A coordenação do processo de avaliação de desempenho na UFPR ficará a
cargo da Comissão Permanente de Avaliação (U.A.D./PRHAE). Haverá uma Subcomissão de Avaliação em cada unidade constituída pela chefia imediata e por dois
componentes do grupo avaliativo para assessorar os trabalhos.
4.4 INSTRUMENTOS
No referido processo serão utilizados os seguintes formulários:
1. Formulário para o planejamento da unidade (Anexo 1);
2. Formulário para auto-avaliação (Anexo 2);
3. Formulário para avaliação individual (Anexo 3);
4. Formulário para avaliação do grupo (Anexo 4).
4.5 DINÂMICA DA AVALIAÇÃO
A avaliação de desempenho será implantada em caráter experimental, através de grupos-pilotos, obedecendo a 3 (três) fases:
Fase 1 - Preparatória, composta de 2 (duas) subfases:
�8.18
a) trabalho de base nas unidades selecionadas como grupo-piloto, objetivando a definição de papéis e responsabilidades;
b) treinamento de avaliadores e avaliados com o objetivo de capacitá-los
a:
1) planejar suas ações através de objetivos e metas,
2) definir as atribuições individuais dos componentes do grupo,
3) proceder a avaliação conforme o disposto na nova proposta da avaliação de desempenho.
Fase 2 - Organizativa:
a) formação dos grupos avaliativos;
b) formação das subcomissões;
c) definição dos objetivos e metas pela unidade piloto;
d) definição das atribuições individuais.
Esta fase será desenvolvida pelo grupo gestor setorial com a coordenação da
da UAD/PRHAE.
Fase 3 - Implantação:
Esta fase obedecerá as seguintes etapas:
a) auto-avaliação;
b) avaliação individual;
c) avaliação grupal;
d) preenchimento do formulário de avaliação grupal pela subcomissão e
consolidação do mesmo pelo grupo;
�8.18
e) devolução do formulário original consolidado a UAD/PRHAE.
5 CONCLUSÃO
A partir da experiência descrita, e considerando a realidade da UFPR, conclui-se a respeito da avaliação de desempenho de pessoal, que um dos fatores essenciais ao sucesso de qualquer sistema de avaliação consiste no comprometimento e no envolvimento dos membros da organização nas várias etapas do processo de avaliação, desde a sua formulação até a sua aplicação e acompanhamento. Na UFPR, a coerência entre os princípios filosóficos da avaliação de desempenho e a sua práxis torna possível a uniformização dos procedimentos do sistema,
pois possibilita que o mesmo seja aperfeiçoado pelos seus próprios usuários.
A Unidade de Avaliação e Desempenho da PRHAE deve ser co-responsável
pela elaboração e aperfeiçoamento da avaliação, interagindo com as demais unidades de Recursos Humanos, na busca de soluções para problemas de pessoal.
O comportamento humano é complexo e multideterminado e, por esta razão,
estendeu-se também o foco central do processo de avaliação para fora do indivíduo.
Buscou-se identificar, na organização, a gama de variáveis que podem contribuir
para o fracasso ou sucesso de um grupo de indivíduos, ou mesmo de um segmento
funcional, dentro da organização.
O treinamento em avaliação de desempenho merece ênfase no programa de
Recursos Humanos da Instituição, pois é através dele que muitas dúvidas são resolvidas e a subjetividade é minimizada. Esta prática é importante para os avaliadores,
bem como para todos os que participam da avaliação.
�8.18
ABSTRACT
Performance evaluation is a management process which makes it possible to follow
staff development in an organization. The University of Paraná (UFPR), based on the
1994-98 Institutional Management Plan, has as the aim of its staff development plan
the continual education of its employees, and suggests that the discussion of evaluation should involve the whole university community. Information gathered at major
seminars has led to the development of data collection forms. The process, which is
to begin with the planning of the unit, will consist of three phases: self-evaluation,
individual evaluation (by the immediate superior) and group evaluation, and will be
carried out experimentally with pilot groups in order to improve the methodology of
staff performance evaluation and organize in each unit a working group responsible
for staff development.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo : Makron Books, 1992.
2 _____. Recursos humanos. 3. ed. São Paulo : Atlas, 1994.
3 PONTES, B. R. Avaliação de desempenho: uma abordagem sistêmica.
5. ed. São Paulo : Ltr, 1991.
4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Plano Institucional: gestão 19941998. Curitiba, 1994.
ANEXO 1 - FORMULÁRIO PARA O PLANEJAMENTO DA UNIDADE
NOME DA UNIDADE _______________________________________________________
SETOR__________________________________________________________________
1° PERÍODO
DE
/
/
A
/
/
2° PERÍODO
DE
/
/
A
/
/
3° PERÍODO
DE
/
/
A
/
/
�8.18
4° PERÍODO
DE
/
/
A
/
/
N° DE SERVIDORES____________________________________ N° DE CHEFIAS______________
1
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DA UNIDADE
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2
OBJETIVOS DA UNIDADE (6 MESES)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3
METAS A SEREM ATINGIDAS (6 MESES)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
ASSINATURA DOS COMPONENTES DO GRUPO
______________________________
______________________________
______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
ANEXO 2 - FORMULÁRIO PARA AUTO-AVALIAÇÃO
1
Dados Pessoais/Capacitação
a) Nome: _______________________________________________________________
b) Matrícula: ____________________________________________________________
c) Lotação: _____________________________________________________________
2
Tempo de serviço
1- na UFPR____________
2- na unidade___________
3- no cargo_____________
�8.18
3
Capacitação:
1) Cursos
Nome do curso:______________________________________________________
Número de horas:___________________________________________________
Entidade realizadora:__________________________________________________
2) Seminários:
Nome do seminário:_________________________________________________________________
Número de horas:___________________________________________________________________
3) Palestras: (com comprovação)
Palestrante: _______________________________________________________________________
Tema: ____________________________________________________________________________
4
Descrição das atividades rotineiras e/ou eventuais:
(Descreva detalhadamente o que você faz no dia-a-dia de seu trabalho e também o que faz ocasionalmente)
___________________________________________________________________
5
Descreva as atividades que você realiza e que obedecem a um calendário:
(da Instituição, da Unidade, etc...)
___________________________________________________________________
6
A atividade que atualmente você exerce lhe traz realização profissional?
� Sim
� Não
Em caso negativo, explique o que está faltando para que você se realize profissionalmente e ao
mesmo tempo possa colaborar para o desenvolvimento da Instituição.
__________________________________________________________________________________
7
A realização das suas atividades dependem de outras pessoas ou seções?
� Sim
� Não
Em caso afirmativo, esta contribuição tem sido satisfatória para a realização das suas atividades?
Justifique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
8
Você sente necessidade de participar de treinamento/cursos, que lhe ajudarão no trabalho que
executa? Quais?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
�8.18
9
Que dificuldades você tem encontrado com relação à infra-instrutura no seu local de trabalho
(ambiente físico, material de consumo/equipamentos, etc...) que interferem na execução de
suas atividades?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
10
Você tem encontrado dificultades de relacionamento com os colegas/chefias?
11
O usuário tem reagido positiva ou negativamente ao atendimento prestado por você? Explique:
Em caso positivo, explique quais são e o que você sugere para saná-las.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
12 �
Como você considera o seu desempenho?
Aquém do esperado
� Dentro do esperado
� Além do esperado
Justifique
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
ANEXO 3 - FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
1
Descreva as tarefas que o servidor realiza cotidianamente:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2
O servidor alcançou as metas propostas?
� Sim
� Não
�8.18
Por que?
(No caso negativo, detalhe o que impediu o servidor de cumprir suas metas)
__________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3
Você considera o servidor comprometido com os objetivos da sua Unidade?
(Este item deve conter informações sobre pontualidade, assiduaidade e comprometimento de
fazer)
� Sim
� Não
Justifique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4
O servidor é capaz de resolver situações imprevisíveis em seu ambiente de trabalho?
� Sim
� Não
Por que?
__________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
5
O servidor necessita de:
( ) treinamento (em que área? por que?)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
( ) transferência - por que?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6
De acordo com a análise do potencial que o servidor tem apresentado, que planejamento traçaria para ele:
� Permanecer em atividade
� Não permanecer na atividade, por que?
( ) Não possui qualificação para tarefas mais complexas.
( ) É novo na atividade
( ) Outros: especifique:
� Aconselhar, informar ao servidor que seu desempenho está aquém do esperado e tentar sensibilizá-lo de suas responsabilidades e da importância de seu desempenho.
� Readaptar, aproveitar em outra atividade compatível com suas qualificações.
� Outros: especificar
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7
Como tem sido a reação do usuário ao atendimento prestado pelo servidor?
�8.18
�Positiva
� Negativa
Justifique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
8
O servidor tem apresentado dificuldades de relacionamento com os colegas/chefias?
Em caso positivo, explique quais são e o que você sugere para saná-las.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
9
O servidor tem apresentado constantemente problemas de saúde física, mental, ou outros que
demonstre necessidade de um acompanhamento especializado?
� Sim
� Não
Explique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
ANEXO 4 - FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO GRUPAL
AVALIAÇÃO DE GRUPO
SUBCOMISSÃO:
GRUPO AVALIATIVO:
________________________________________ ________________________________________
________________________________________ ________________________________________
________________________________________
1
As metas estabelecidas para este período avaliativo foram alcançadas?
� Sim
� Não
� Em parte
Justifique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
�8.18
2
Relacionar as metas não atingidas:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3
Este grupo considera que os serviços prestados por esta unidade são de qualidade:
� Aquém do esperado
� Dentro do esperado
� Além do esperado
Justifique:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4
Relacione as situações que dificultaram o desempenho do grupo:
a) ambiente físico:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
b) instrumento de trabalho:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
c) capacitação (cursos, teinamento, seminários):
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
d) condições de saúde pessoal e familiar:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
e) interação grupal:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
f) outros:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5
Quais as soluções que o grupo apresenta para as dificuldades apontadas para o item anterior?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6
Parecer consensual do grupo, sobre cada elemento que o compõe. (usar os conceitos: aquém,
dentro ou além do esperado).
Nome do servidor
Parecer do grupo com indicação da dificuldade
�8.18
________________________________________ apresenta pelo servidor a ser corrigida.
________________________________________ ________________________________________
________________________________________ ________________________________________
________________________________________
7
O grupo tem sugestões para o aprimoramento do processo avaliativo, seja em relação ao formulário ou em relação ao próprio processo?
�Sim
�Não
Em caso afirmativo, aponte objetivamente estas sugestões:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Após a análise e discussão dos ítens desta avaliação, os componentes abaixo subscritos referendam
as conclusões apresentadas.
Curitiba, de 1996.
Assinatura da subcomissão:
________________________________________
________________________________________
________________________________________
Assinatura dos participantes do grupo:
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
�8.18
ANEXO 5 - FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO INDIVIDUAL
PARECER DO GRUPO SOBRE O
DESEMPENHO INDIVIDUAL
Nome
Aquém/Dentro/Além
Do Esperado
Justificativa
1
_______________________
_______________________
_______________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
2
_______________________
_______________________
_______________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
3
_______________________
_______________________
_______________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
4
_______________________
_______________________
_______________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
5
_______________________
_______________________
_______________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
____________________________ ___________________________
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Uma proposta para a avaliação de desempenho na Universidade Federal do Paraná.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Anjos, Liane dos; Simões, Samira Elias; Guncho, Vera Regina
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Avaliação de desempenho é um processo gerencial que permite acompanhar o desenvolvimento integral dos Recursos Humanos na organização. A Universidade Federal do Paraná, tendo como referência o Plano Institucional de Gestão 1994/98, no seu Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos, visa a educação permanente de seus servidores e propõe que a discussão da avaliação envolva toda a comunidade universitária. Os subsídios colhidos nos Grandes Seminários resultaram na elaboração do instrumento de coleta de dados (formulários) a ser utilizado. O processo a ser iniciado com o planejamento da unidade compreenderá três fases: auto-avaliação, avaliação individual (chefia imediata) e avaliação grupal, e será implantado em caráter experimental, através de grupos-pilotos, buscando aperfeiçoar a metodologia de avaliação de desempenho do servidor e organizar, em cada unidade, um grupo de trabalho responsável pelo desenvolvimento de Recursos Humanos.
Language
A language of the resource
pt
-
http://repositorio.febab.org.br/files/original/45/4799/SNBU1996_080.pdf
2416a19c210efaf70b1ba883dd0f20b6
PDF Text
Text
8.21
UNIVERSIDADE, BIBLIOTECA E AÇÃO CULTURAL
*
Marcio de Assumpção Pereira da Silva
Lígia Maria Silva e Souza*
RESUMO
Analisa as iniciativas da Ação Cultural dentro da Biblioteca Comunitária, bem como
o relacionamento dessas atividades com a Extensão Universitária da UFSCar.
Apresenta uma tabela relacionando as atividades desenvolvidas e o público
presente. Estabelece objetivos da Ação Cultural e relaciona-os com as atividades
desenvolvidas. Apresenta, ainda, os projetos de extensão institucionalizados pela
Ação Cultural da Biblioteca Comunitária da UFSCar.
Discorrer sobre um determinado tema em eventos como esse implica, a
princícpio, fazer uma revisão bibliográfica sobre o mesmo. Infelizmente, a escassez
de textos nacionais sobre o tema abordado não nos permitiu fazer uma revisão
significativa. Por isso, optamos por fazer um relato da experiência prática acumulada
durante nosso trabalho.
O ensino, a pesquisa e a extensão têm sido a tríade que marca a atuação da
Universidade brasileira na atualidade.
No caso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), além do ensino e
pesquisa, vem sendo desenvolvido um trabalho que destaque a Universidade pelas
atividades de
extensão que executa. Nesta perspectiva, o papel social que a
Universidade deve assumir vem sendo enfatizado. A relação orgânica com a
sociedade deve acontecer de modo que a Universidade venha a contribuir
amplamente para a solução de problemas em todos os segmentos sociais. Desta
*
Bibliotecários de Ação Cultural da Biblioteca Comunitária da UFSCar.
�8.21
forma, a integração entre Universidade e sociedade poderia se dar de forma
marcante e eficaz.
As bibliotecas universitárias brasileiras não têm atuado, de forma efetiva, para
que possam atender ao público extra-universitário. Como um projeto pioneiro, a
Biblioteca Comunitária da UFSCar foi inaugurada em 17 de agosto de 1995, visando
atender à comunidade universitária e científica, à comunidade de primeiro e
segundo graus, à comunidade em geral e a grupos especiais de usuários. Tem
ainda como função servir como canal catalisador da informação gerada e
armazenada na UFSCar.
Os objetivos da Biblioteca Comunitária dividem-se em três categorias:
a) educacional, propondo-se a fornecer oportunidades de acesso e uso da
informação a um maior número de estudantes, professores e dirigentes de
todos os níveis de ensino formal e não-formal, contribuindo para minimizar
as desigualdades sociais e para democratizar a educação;
b) informacional, propondo-se a oferecer recursos informacionais, utilizando
diversos suportes físicos, para atender às demandas das áreas
educacional, científica, tecnológica e cultural, estabelecendo canais de
cooperação com unidades gerais e especializadas, através do acesso a
redes e sistemas nacionais e internacionais de informação;
c) cultural, propondo-se a implantar atividades de animação e ação cultural,
visando formar o cidadão crítico da cultura, estimulando sua criatividade,
reflexão, expressão e senso estético.
A Ação Cultural dentro da Biblioteca Comunitária vem trabalhando com vistas
a cumprir os objetivos de natureza cultural acima descritos. O início das atividades
�8.21
culturais foi um pouco atribulado, devido às novidades inerentes ao trabalho. Com o
decorrer dos meses, as ações começaram a efetivar-se e, em decorrência disso,
conseguimos também um pouco da indispensável experiência prática do trabalho
com a cultura. Dia-a-dia, fomos tomando contato com os elementos culturais que
passariam a ser nossas ferramentas de trabalho e, a partir disso, pudemos delinear
alguns objetivos específicos do trabalho de ação cultural dentro da Biblioteca.
Provavelmente, este ainda não é um conjunto definitivo de objetivos, devido à
“juventude” da experiência mas, mesmo assim, iremos apontá-los:
a) produção de elementos culturais;
b) interpretação de elementos culturais;
c) visualização de elementos culturais;
d) uso de elementos culturais;
e) orientação sobre elementos culturais disponíveis;
f) disponibilização de espaço físico para contato com os elementos
culturais.
Faz-se necessário, aqui, um esclarecimento: os objetivos que acabamos de
relacionar não são puramente frutos de nossa imaginação; ao contrário, foram
estabelecidos (todos) a partir de nossa experiência prática no trabalho de ação
cultural. Apontamos esses objetivos com base nas atividades já desenvolvidas. Para
que isso fique mais claro, apresentamos, a seguir, uma tabela de atividades do
período de 17 de agosto de 1995 a 30 de maio de 1996.
TABELA 1 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA AÇÃO CULTURAL DA BIBLIOTECA
ATIVIDADES
NÚMERO DE
EVENTOS
MÉDIA DE
PÚBLICO
TOTAL POR
ATIVIDADE
�8.21
ESTIMADA1
Apresentações musicais
(coral, orquestra, banda marcial)
Aula aberta de teatro
Cursos
Encontro de jogadores (RPG2)
Exposições
Feiras de livros
Horas do conto
Lançamentos de livros
Oficinas
Palestras
Shows literário-musicais
Seminários
Visitas orientadas
06
01
01
06
07
02
08
02
06
02
02
02
125
150
20
30
12
450
350
60
40
60
30
840
50
40
900
20
30
72
3.150
700
480
80
360
60
1.680
100
5.000
TOTAIS
170
2.132
12.632
1
A média de público nos itens curso, exposições e visitas orientadas foram obtidas através de
registros
2
Role Plaing Games
O conjunto de ações (atividades) acima descrito tem como objetivo maior
promover o contato entre as comunidades de usuários e os elementos culturais,
visando propiciar condições de aproximação entre usuário e acervo.
Para que se possa compreender melhor a vinculação entre as atividades
desenvolvidas e a consecução dos objetivos da Ação Cultural dentro da Biblioteca
Comunitária, faremos a seguir algumas considerações:
a) Com relação à produção de elementos culturais, as oficinas realizadas
foram suficientes para que usuários produzissem elementos de nossa
cultura. Dentro da Biblioteca, sob a coordenação de um instrutor, usuários
puderam construir objetos através de dobraduras, recortes, colagens, etc.
Evidentemente, não foram produzidas obras de arte, mas objetos alusivos
à datas comemorativas (folclore, religião, costumes, etc), que fazem parte
de nossa cultura, dentro do espaço físico da Biblioteca.
�8.21
b) A interpretação dos elementos culturais se deu através das seguintes
atividades: horas do conto e shows literário-musicais. Neste caso, a
interpretação de obras literárias ocorreu de duas maneiras distintas:
oralmente (hora do conto) e musicalmente (show). Essas atividades
poderão, no futuro, dar-nos a certeza (ou não) da eficácia deste método de
colocar o usuário em contato com o livro. Acreditamos que os participantes
destas atividades possam ter o livro como elemento cultural um pouco
mais desmistificado, propiciando, assim, uma maior possibilidade de os
participantes tornarem-se usuários efetivos da Biblioteca.
c) A visualização de elementos culturais é conseguida através da realização
de exposições. Para isso, existe uma área exclusiva para esse fim dentro
da Biblioteca. As exposições já realizadas podem ser divididas em duas
categorias: exposições de arte e exposições educativas. No primeiro caso,
já foram realizadas exposições de fotografias, esculturas e desenhos. No
segundo caso, foram realizadas exposições abordando os seguintes
temas: “Einstein e o Brasil”, “Trabalho do Menor no Meio Rural” e “400
Anos da Lírica de Camões”. Temos buscado, também, montar um acervo
de exposições itinerantes, do qual os “400 Anos da Lírica de Camões” é
nosso primeiro material, já tendo sido exposto em ambiente externo à
Biblioteca Comunitária.
d) O uso de elementos culturais dá-se pela possibilidade de contato entre
leitor e acervo, a partir do momento em que o usuário, chamado à
Biblioteca pelas atividades de Ação Cultural, pode tornar-se também
usuário de livros, vídeos, CD’s multimídia e hipertextos (já disponíveis),
�8.21
bem como outros materiais que futuramente comporão o acervo da
Biblioteca.
e) A orientação sobre os elementos culturais disponíveis dá-se através das
visitas orientadas, onde grupos de usuários são acompanhados por um
bibliotecário a todas as dependências da Biblioteca, ocasião em que o
bibliotecário esclarece aos usuários sobre todas as possibilidades de uso
do acervo e espaço existentes.
f) A disponibilização do espaço para contato com elementos culturais dá-se
pela cessão do espaço físico para atividades de lazer, como jogos (até
agora). De uma forma global, todas as atividades contribuem para o uso do
espaço, bem como do acervo. Porém, acreditamos que abrigar grupos de
usuários em suas horas de lazer possa também contribuir para que essas
pessoas tornem-se usuários efetivos.
Considerando as atividades já desenvolvidas e a “juventude” da Ação Cultural
dentro da Biblioteca Comunitária, acreditamos estarmos cumprindo com os objetivos
propostos. Porém, a questão quantitativa ainda é preocupante para nós. Queremos
muito mais usuários. A respeito da questão qualitativa, o possível, por enquanto,
está sendo garantir a qualidade dos elementos culturais acervados e abrigados
temporariamente. A melhoria qualitativa, em termos críticos e intelectuais, por parte
dos usuários não nos é possível ainda detectar. Futuramente pretendemos realizar
estudos nessa direção.
Outro tema importante a ser abordado é a institucionalização de projetos
junto à Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar. Até o momento, contamos com cinco
projetos aprovados que, num futuro próximo, passarão a compor o “Programa de
�8.21
Atividades de Extensão” da Biblioteca Comunitária. Dividimos os projetos
institucionalizados em duas categorias temporais: permanentes e eventuais. O
projetos permanentes são: “Arte na Biblioteca”, “Área de Exposições” e “Semana do
Livro e da Biblioteca da UFSCar”. O primeiro vem promovendo, a cada primeiro
domingo de cada mês, atividades como: oficinas, apresentações musicais, horas do
conto e sessões de jogos. O segundo tem o objetivo de abrigar, em nossa área de
exposições, obras de arte e material de caráter educativo. O terceiro projeto, que
promove atividades visando primordialmente a integração com o ensino de 1º e 2º
graus, já tem sua quarta versão agendada para outubro de 1996. Os projetos
institucionalizados de ocorrência eventual são os seguintes: “Curso de Uso da
Imagem na Sala de Aula” e “Curso para Formação de Contadores de Histórias”. É
também importante ressaltar que, na maioria dos projetos, além de contar com a
aprovação pelo mérito, conseguimos também financiamento na própria UFSCar
para a execução dos mesmos.
Cabe-nos ainda esclarecer sobre o grande apoio que conseguimos, junto aos
nossos parceiros, no desenvolvimento de nosso trabalho. Sem eles, muito do que
fizemos talvez não tivesse sido realizado. Estas parcerias foram estabelecidas
aproveitando
oportunidades
desenvolvemos,
negociações
equipamentos,
quando
para
que
recursos
que
pudemos
detectamos
estabelecer
conseguíssemos
humanos
e
durante
as
contatos,
compartilhar
artístico-culturais,
atividades
conversações
que
e
serviços,
produtos,
dentro
fora
e
da
Universidade.
O questionamento sobre a eficácia de nossas iniciativas tem sido objeto de
constante reflexão. Neste momento, em que pretendemos tornar nosso trabalho
�8.21
público perante a comunidade bibliotecária das universidades brasileiras, vimo-nos
forçados a realizar um “balanço” de nossas atividades. Isso foi duplamente
oportuno, pelas seguintes razões: primeiro, pela própria confecção do “balanço”, que
um dia teríamos que fazer; segundo, olhando para ele, pudemos visualizar que não
fizemos pouco, considerando os dez meses de atuação. O que mais nos salta aos
olhos é ver que algumas das atividades já consolidadas detêm níveis de
participação do público entre os mais altos. Esse momento de reflexão também
mostrou-nos outras implicações:
a) precisamos continuar fazendo;
b) precisamos fazer mais e melhor;
c) precisamos avaliar periodicamente nossas ações.
Finalmente, esperamos ter a oportunidade de participar de um próximo
SNBU, com a certeza de estarmos avançando constantemente na consecução dos
objetivos que estamos propondo neste momento.
ABSTRACT
This paper analyses the cultural events in the Community Library, and the relation
between these events and the Extension Program of the University of São Carlos
(UFSCar). A list of events is given, with details and attendance figures. The aims of
the Cultural Events Section are described, and related to the events held. Details are
also given of community projects instituted by the Cultural Events Section of the
UFSCar Community Library.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 09 - Ano: 1996 (UFPR & PUCPR - Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária e a sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFPR & PUC-PR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Universidade, biblioteca e ação cultural.(Pôster)
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Silva, Márcio de Assumpção Pereira da Silva; Souza, Lígia Maria Silva e
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba (Paraná)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
PUCPR
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1996
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Analisa as iniciativas da Ação Cultural dentro da Biblioteca Comunitária, bem como o relacionamento dessas atividades com a Extensão Universitária da UFSCar. Apresenta uma tabela relacionando as atividades desenvolvidas e o público presente. Estabelece objetivos da Ação Cultural e relaciona-os com as atividades desenvolvidas. Apresenta, ainda, os projetos de extensão institucionalizados pela Ação Cultural da Biblioteca Comunitária da UFSCar.
Language
A language of the resource
pt